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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI

CAMPUS ALTO PARAOPEBA

Determinação de cafeína em refrigerante Usando método espectrofotométrico por


absorção molecular na região do ultravioleta e por cromatografia a gás

Relatório apresentado ao curso de Engenharia de


Bioprocessos na disciplina Análise Instrumental
Experimental Aplicada à Engenharia de
Bioprocessos, sob responsabilidade do prof.
Vagner Fernandes Knupp.

Ouro Branco
2017
INTRODUÇÃO

A cafeína (1,3,7-trimetilxantina) é um alcalóide que atua como estimulante do


sistema nervoso central e está presente em uma grande quantidade de alimentos, é o
estimulante mais comum atualmente, é barato e facilmente encontrado, o que contribui
para seu elevado consumo. Ela é encontrada ainda no guaraná, erva-mate e em outros
vegetais, e é responsável pelo efeito estimulante de bebidas como chá e café e de
refrigerantes como Coca-Cola e Pepsi- Cola. É também um dos princípios ativos de
bebidas ditas “energéticas”.
Neste experimento foi utilizado uma lata de Coca-Cola de 250 mL para quantificar
a composição da cafeína do mesmo e foram utilizados para esse procedimento os
materiais e métodos descritos no roteiro. Porém, o teste foi feito para 100mL de amostra.
Do mesmo jeito que manda o protocolo, foi realizado os testes para validar o método
utilizado para análise.

DISCUSSÃO E RESULTADOS
Primeiramente deve-se construir a curva de calibração. Para isso utilizou-se a
Tabela 1.
Tabela 1: Dados da titulação potenciométrica
Volume Concentração Absorbância Sinal
Número solução em em 276nm / Cromatografia
padrão (mL) µg/100mL Abs a gás / µVs-1

0 0,00 (branco) 0 0 0
1 0,100 40 0,008 1050
2 0,100 40 0,009 1108
3 0,100 40 0,010 1130
4 0,250 80 0,042 1456
5 0,250 100 0,063 2756
6 0,500 200 0,067 3567
7 0,750 300 0,069 5234
8 1,000 400 0,108 5345
9 1,000 400 0,117 5065

Amostra 6347,450 1,601 -


(extrato)

Amostra 122,916 0,040 2345

(diluída)

Esses dados nos proporcionou a obtenção da construção do gráfico, obtendo-se a


seguinte regressão linear:

0.14

0.12
y = 0.0003x + 0.0077
R² = 0.8941
0.1

0.08

0.06

0.04

0.02

0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450

Imagem 1: Gráfico Concentração x absorbância

Com uso da regressão linear, é possível construir o gráfico de resíduos que é obtido
pela diferença da absorbância experimental pela absorbância teórica.

Tabela 2: Resíduos
Concentração Absorbância Resíduos
Absorbância
em em 276nm /
Teorica
µg/100mL Abs
0 0 0 0
40 0,008 0,0197 -0,0117
40 0,009 0,0197 -0,0107
40 0,010 0,0197 0,0097
80 0,042 0,0317 0,0103
100 0,063 0,0377 -0,0253
200 0,067 0,0677 -0,0007
300 0,069 0,0977 -0,0287
400 0,108 0,1277 -0,0197
400 0,177 0,1277 0,0493

Tendo o somatório dos resíduos em - 0,0275 ressaltamos que ele indica-se


inconsistência dos dados.

0.06

0.05

0.04

0.03

0.02

0.01

0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
-0.01

-0.02

-0.03

-0.04

Imagem 2: Gráfico dos resíduos


O gráfico de resíduos acima demonstra uma dispersão homogênea dos dados e
demonstra também que há uma homostaticidade quando a dispersão dos dados aumenta
com aumento da concentração - abaixo, mostrando assim a inconsistência dos dados.

ANOVA

A análise de variância é um teste que deve ser realizado para mostrar que o modelo
matemático escolhido (linear) é adequado para representar os pontos apresentando alta
correlação. Assim sendo ele prevê se o modelo tem bom desempenho.

Tabela 3: Resultados do teste ANOVA

M (inclinação) 0,000306 0,006014 B (intercepto)


Sm 5,19E-06 0,001126 Sb
R2 0,997703 0,002406 Sr
Valor F 3474,841 8 Grau de liberdade
SSregressão 0,020114 4,63E-0,5 SSresíduos
Tabela

Para melhor avalição deve-se observar os parâmetros associados:

1- Inclinação e seu desvio

Para análise da inclinação e seu desvio é desejável que a variação de m seja pequeno.
Neste caso, temos a razão (Sm/m) x 100 igual a 0,02%. Este valor é aceitável,
considerando um tratamento de curvas analíticas para padronização externa.

2- Intercepto e seu desvio

Nesse caso esperamos que o Sb seja um terço do intercepto. Como essa afirmativa é
verdadeira pode-se adotar que o valor de b passa pela origem, estatisticamente
constatando.

3- Coeficiente de relação e correlação


Podemos ver que a correlação está bem próxima de 1, indicando assim uma boa
regressão linear. E como o Sr é de 0,002406 indicando que a incerteza é pequena o que
é desejável.

4- Teste F

O teste F é um teste usado para testar se grupos diferentes apresentam a mesma


variância de seu resultado. Aqui ele é usado para demonstrar que os resíduos em relação
ao modelo matemático, não explicáveis, são pequenos.

Para compararmos com o valor tabelado a 95% (confiança padrão usada o que
não quer dizer que não possamos usar outros valores) devemos determinar os graus de
liberdade (GL) do numerador e do denominador. Segundo a equação abaixo, obtemos:

O grau de liberdade do Numerador=6 e do Denominador=3. Para comparar com o valor


de F tabelado, foi utilizado a tabela com o nível de confiança analisado de 95%. Nesta
tabela o valor para 6 e 3 é 8,94, multiplicando por 10 89,4. Comparando com o valor de
F da tabela pode-se assim que o valor calculado que é 3474,841. Isso indica uma boa
correlação dos dados, mostrado que este modelo pode representar bem os pontos.
CALCULO DA CONCENTRAÇÃO

Com o uso da equação Y= 0,0003X + 0,0077, pode-se achar a concentração das


amostras substituindo os valores da absorbância das amostras na equação, sendo a
concentração de 25,66 umolL-1. Encontrando para o extrato a concentração de 6347,450
e para a diluição de 20 vezes a concentração de 1,601.

CONCLUSÃO

A partir dos dados descritos acima, pode-se perceber que a maioria dos critérios foram
atendidos, demostrando que este método pode ser utilizado, pois a maioria dos testes
tiveram resultados dentro do esperado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. SKOOG, D.A.; HOLLER, F.J.; NIEMAN, T.A. Princípios de Análise Instrumental.


5a Ed. Bookman, 2002. 1055 p.

2. SKOOG, D.A.; WEST, D.M.; HOLLER, F.J.; CROUCH, S.R. Fundamentos de


Química Analítica. 8a Edição, São Paulo: Thomson, 2007. 999 p.

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