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FARMACOGNOSIA

AULA 1

Prof. Dulcinéia Furtado Teixeira


dulcineia.furtado@gmail.com
Farmacognosia - Aula I

Objetivos
Definições
Derivados de Drogas Vegetais
Análise Fitoquímica
Preparação do Material Vegetal
Métodos de Extração
Análise Preliminar
Fracionamento, Isolamento e purificação
de substâncias
Elucidação Estrutural
Monografia Farmacopéica
Biossíntese Vegetal
Óleos fixos x Óleos essenciais
Farmacognosia - Aula I

Em 1815 Seydler criou o termo farmacognosia em seu trabalho Analecta


Pharmacognostica.

Etimologicamente vem das palavras gregas:


Pharmakon = que significa droga, medicamento, veneno
Gnosis = que significa conhecimento.

Farmacognosia
Antigamente - ciência que estudava as matérias de origem natural, usadas
no tratamento de enfermidades.

Hoje em dia - exclusividade às matérias de origem vegetal e


animal.
Farmacognosia - Aula I

•Objetivos – Avaliação da qualidade das drogas,


através da identificação e verificação da sua pureza, bem
como da integridade química; descoberta de novas drogas ou
melhoramento da qualidade das atualmente existentes.

•Análise Fitoquímica → Conhecer os constituintes químicos de


espécies vegetais ou avaliar a sua presença.

•Análise Fitoquímica Preliminar → Não se conhece a química da


espécie → Busca- se conhecer as classes químicas presentes.

•Investigação Biodirigida → As classes químicas de


interesse biológico são conhecidas → Investigação
direcionada.
Farmacognosia - Aula I

Regulamentação

Apenas os medicamentos fitoterápicos industrializados para uso humano são


registrados na ANVISA. Para o registro de medicamentos fitoterápicos, existe
regulamentação específica desde 1967, a Portaria 22, que foi seguida pela Portaria
06, publicada em 1995, RDC 17, publicada em 2000, a RDC 48, publicada em 16
de março de 2004 e a norma vigente RDC 14/2010, publicada em 05 de abril de
2010.

Como forma de aperfeiçoar o marco regulatório, inserido no contexto da cadeia


produtiva de plantas medicinais e fitoterápicos, a legislação sanitária brasileira que
dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos foi recentemente atualizada,
sendo publicada na forma de Resolução de RDC nº. 14/2010, permitindo o
acompanhamento do desenvolvimento científico e tecnológico, e possibilitando a
ampliação do acesso da população aos medicamentos.
Farmacognosia - Aula I

Plantas medicinais e drogas vegetais notificadas


O comércio de plantas medicinais é regulamentado no país através da Lei no. 5.991/73, que
determina, no Art. 7º, que “A dispensação de plantas medicinais é privativa das farmácias e
ervanarias, observados o acondicionamento adequado e a classificação botânica.” Esse artigo não foi
ainda regulamentado, deixando em aberto os requisitos de qualidade para plantas
medicinais, como também sua segurança e eficácia. Plantas medicinais não podem ser
comercializadas como medicamentos, não podendo alegar indicações terapêuticas em suas
embalagens.

Nesse sentido, a ANVISA publicou recentemente a RDC 10/2010 com o objetivo de


regulamentar a notificação de drogas vegetais, as quais poderão ter alegações terapêuticas
padronizadas baseadas no uso tradicional. A norma traz uma lista de 66 espécies vegetais
que foram selecionadas com base no uso tradicional. Para cada espécie foram
padronizadas indicações terapêuticas, forma de uso, quantidade a ser ingerida e os cuidados
e restrições a serem observados no seu uso. Esses produtos não se enquadraram como
medicamentos e terão, em breve, um Guia para boas práticas de fabricação específicas, ainda
a ser publicado pela ANVISA.
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Plantas medicinais e drogas vegetais notificadas

Essa proposta de resolução vem preencher as demandas da Política Nacional de


Plantas Medicinais e Fitoterápicos, Decreto 5813/06, e da Política de Prática
Integrativas e Complementares no SUS, Portaria GM/MS 971/06.

A RDC 10/10 foi elaborada com base na normativa Alemã para os “Chás
Medicinais”, seguindo os requisitos de qualidades citados naquela legislação.

Também foi determinado o limite máximo de carga bacteriana, fúngica e de


aflatoxinas que pode estar presente nesses produtos, conforme determina a OMS.

Outros controles preconizados são da quantidade de outros contaminantes, tais


como metais pesados, partes não permitidas da própria planta, outras plantas
medicinais, etc.
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Plantas medicinais e drogas vegetais notificadas

As drogas vegetais industrializadas e notificadas na ANVISA, conforme essa


norma, são destinadas ao uso episódico, oral ou tópico, para o alívio sintomático
das doenças, devendo ser disponibilizadas exclusivamente na forma de droga
vegetal para o preparo de infusões, decocções e macerações.

Cápsula, tintura, comprimido, extrato, xarope, entre outras formas farmacêuticas,


não se enquadram nessa categoria, ou seja, drogas vegetais não podem ser
confundidas com medicamentos fitoterápicos. Ambos são obtidos de plantas
medicinais, porém elaborados de forma diferenciada: enquanto as drogas
vegetais são constituídas da planta seca, inteira ou rasurada (partida em pedaços
menores) e utilizadas na preparação dos populares “chás”, os medicamentos
fitoterápicos são produtos tecnicamente mais elaborados, apresentados na forma
final de uso (comprimidos, cápsulas e xaropes). A forma de uso, se infusão,
decocção ou maceração, como também o tempo de uso das drogas vegetais foi
determinado na RDC 10/10.
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Derivados de Drogas Vegetais

Extrato → Preparações líquidas, sólidas ou semi-sólidas


obtidas pela extração de drogas vegetais, frescas ou secas, por meio de
líquido extrator adequado, seguida de sua evaporação total ou parcial e ajuste do
concentrado a padrão previamente estabelecido.

Tinturas → Preparações alcoólicas ou hidroalcoólicas resultantes da extração de


drogas vegetais ou da diluição dos respectivos extratos.
São classificadas em simples ou compostas, conforme preparadas com uma ou mais
matérias- primas

Segundo a FARMACOPÉIA BRASILEIRA IV

10mL de tintura devem corresponder aos


componentes solúveis de 1g de droga seca, ou seja, solução à 10%.
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Composição química
Princípios amargos: Cinarina
(0,5% é um diester do ácido
quínico 1,3-O-dicafeilquínico),
presente nas folhas, galhos e raízes
(menos nos capítulos florais).
COMPOSIÇÃO DA ALCACHOFRA
Outros princípios amargos são as COMPOSTA VITAMED:
lactonas sesquiterpênicas,
características da família Cada comprimido revestido de Alcachofra
Asteraceae, cinaropicrina, Composta Vitamed contém:
cinaratriol, cinarolido, etc.
Extrato seco Cynara scolymus L.
....................................200 mg
Extrato seco Peumus boldus
Mol.......................................50 mg
Excipiente (amido de milho, lactose, fosfato
bicálcico,
dióxido de silício, estearato de magnésio,
eudragit E,
dióxido de titânio, talco, polietilenoglicol,
corante azul
nº 2, corante amarelo nº 5) qs.............................1
comprimido
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MaterialVegetal

Coleta → Preparação de exsicatas


para identificação botânica.

Material fresco→Pode ser indispensável para a


detecção de algumas substâncias
específicas, evitando a presença de metabólitos
de fenecimento do vegetal.
Deve ser processado imediatamente ou conservado a baixas
temperaturas até a análise.

Material seco → Estabilidade química / Interrupção de


processos metabólicos que ocorrem mesmo após a coleta
•Inativação enzimática.
•Ausência de crescimento microbiano.
• Secagem, liofilização ou estabilização.
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TEOR DE UMIDADE EM ÓRGÃOS VEGETAIS
Órgão Umidade no órgão Umidade permitida
vegetal fresco na droga
Casca 50 a 55 % 8 a 14 %
Erva 50 a 90 % 12 a 15 %
Folha 60 a 98 % 8 a 14 %
Flor 60 a 95 % 8 a 15 %
Fruto 15 a 95 % 8 a 15 %
Raiz 50 a 85 % 8 a 14 %
Rizoma 50 a 85 % 12 a 16 %
Semente 10 a 15 % 12 a 13 %

% DE ÁGUA NECESSÁRIA PARA AÇÃO DE AGENTES


DELETÉRIOS
Agentes % de umidade
Bactérias 40 a 45
Enzimas 20 a 25
Fungos 15 a 20
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Secagem

Retirada de água evita reações de hidrólise e


crescimento de microorganismos.
Redução do volume da droga
facilitando sua conservação:

Estufa sem circulação de ar → Entre 35 e 40°C

Ao ar livre → Exige vigilância para garantir uniformidade


durante processo; deve ser realizada à sombra; o local de
secagem deve ser protegido de insetos ou contaminantes
ambientais.

Desvantagem: Processo lento que pode


facilitar a decomposição de substâncias por
ação enzimática.

Liofilização → Melhor processo / Maior custo


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Liofilização (Freeze Dryer)

Secagem do material congelado pelo processo de


sublimação, ou seja, a água no estado sólido é
convertida diretamente em vapor de água, sem
passar pelo estado líquido.

Transferência de calor e de massa: O calor é


transferido até à frente de sublimação (fronteira
entre produto seco e produto congelado) através
da camada seca, da camada congelada ou de
ambas. O vapor de água é transferido desde a
frente de sublimação, através pressão
do produto seco, até à superfície e retirado
através do vácuo.
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Estabilização

Desnaturação protéica de enzimas através da destruição das estruturas


quaternária e terciária → Ação de agentes desidratantes (solventes), aquecimento
ou irradiação.

Aquecimento → Acima de 70°C a maior parte das enzimas são inativadas. O


ideal é usar entre 80 e 90°C por curto espaço de tempo, 15 a 30 minutos.
Desvantagem: Degradação térmica.

Solventes → Imersão do material vegetal em etanol em ebulição ou uso de


equipamentos de estabilização por passagem do vapor entre os materiais.
Desvantagem: Extração de princípios ativos.

Irradiação → Radiação ultravioleta.


Desvantagem: Baixo poder de penetração → Exposição demorada
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Extração

Obtenção da solução extrativa:

Fatores que influenciam na extração:

Estado de divisão das drogas


Agitação
Temperatura
influencia na solubilidade
destruir os princípios ativos termolábeis,
promover reações de hidrólise ,
racemização,
descarboxilação
ácido mecônico no pão do ópio

Natureza do solvente - polaridade


Farmacognosia - Aula I

Métodos de Extração Constituintes Fixos

Extração sólido-líquido → Retirada de substâncias ou fração ativa


presente na droga vegetal, da forma mais seletiva e completa possível

A Frio: Maceração, Percolação e Turboextração

A Quente:
Com sistemas Aberto: Digestão/Infusão/Decocção
Fechados: Sob refluxo e com aparelho de Soxhlet
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Métodos de Extração Constituintes Fixos

A Frio
Maceração

Desvantagem:
Depende
permeabilidade
solvente/droga
solubilidade a frio
saturação do
solvente
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Percolação ou
lixivigação

Desvantagem:

permeabilidade solvente

Droga solubilidade a frio

gasto de muito solvente.

Vantagem:

Não há a saturação do
solvente.
Strychnos nux-vomica
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Turbo-extração

simultânea redução do tamanho da partícula


=↑ forças de cisalhamento.

redução drástica do tamanho da partícula e


=rápida dissolução substâncias ativas.

Desvantagens:

difícil filtração

geração de calor

limitação técnica quando se trata de materiais de


elevada dureza (caules, sementes e raízes).
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Métodos de
Extração Constituintes Fixos

A Quente

Com sistemas Abertos:

Digestão

Infusão

Decocção
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Métodos de Extração Constituintes Fixos

A Quente

Com sistemas Fechados:

Extração sob refluxo

Extração com
aparelho de Soxhlet
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Métodos de Extração Constituintes


voláteis

A frio: Enfleurage, Prensagem, Solventes

A Quente: Hidrodestilação ou Clevenger


Fluido supercrítico
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Métodos de Extração Constituintes voláteis
ENFLEURAGE
Farmacognosia - Aula I

O Enfleurage foi gradualmente substituído por


processos industriais mais produtivos, baratos
e de melhor rendimento (hidrodestilação).

Atualmente algumas empresas, em parceria


com universidades, modernizou-a,
substituindo a gordura animal pela de
origem vegetal e instalou um espaço
exclusivo em seu parque industrial, destinado
exclusivamente à obtenção do óleo essencial, a
exemplo do que faziam os antigos perfumistas.
Farmacognosia - Aula I

Prensagem
usado para obter óleo essencial de frutos cítricos como bergamota, laranja, limão e
grapefruit.

Extração com solventes


Técnica para obter maior rendimento ou produtos que não podem ser obtidos por
nenhum outro processo.

As plantas são imersas no solvente adequado (acetona ou qualquer outro solvente


apolar)

Neste caso, os óleos obtidos geralmente não são usados em aromaterapia, pois
geralmente contêm vestígios do solvente.
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Hidrodestilação

APARELHO DE
CLEVENGER
Farmacognosia - Aula I
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O Perfume - Patrick Süskind


Farmacognosia - Aula I

Extração com fluído supercrítico

melhor método pois permite recuperar os aromas


naturais de vários tipos e não somente óleo volátil.

Método de escolha em escala industrial → Alto


custo

Vantagem a não existência de traços do solvente


no produto extraído.

Solvente CO2 → Tc = 31ºC e Pc = 73 bar.

Mantém a temperatura constante e varia a


pressão.

Obtenção do extrato puro, isento de solvente, livre de


oxidação (sistema sem O2) e sem danos térmicos.
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Extração com
fluído supercrítico
Farmacognosia - Aula I
Análise Fitoquímica Preliminar
Reações de
cor/precipitação
Caracterização das
EXTRATO classes de PN

Reações de coloração e precipitação


que visam denunciar a presença das
principais classes químicas.

Reações de caracterização
diretamente no extrato bruto →
Pode ocorrer um falso resultado.

O fracionamento do extrato e a Vantagens → Rapidez;


realização dos testes com as frações emprego de pouca
obtidas possibilita reações mais quantidade de material
nítidas. vegetal
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Exemplos de Caracterização de Classes


de Metabólitos Especiais
Farmacognosia - Aula I
Fracionamento, Isolamento e Purificação de Substâncias

O processo de fracionamento pode ser


monitorado por ensaios direcionados para a
avaliação da atividade biológica ou por
cromatografia

CCF, CLAE-EM ou CLAE- RMN

Partição por solventes → Separação dos


componentes do extrato bruto
(mistura complexa) segundo a polaridade.

As substâncias podem ser obtidas puras


durante os processos de fracionamento ou,
necessitar de purificações posteriores
CLAE
Recristalização, destilação
fracionada.
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Análise CG cocaina e metabólitos majoritários

1.Ecgonina metil ester


2.Ecgonina
3.Cocaina
4.Cocaetileno
5.Benzoilecgonina
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Fracionamento, Isolamento e Purificação de Substâncias

EM
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Fracionamento, Isolamento e Purificação de Substâncias

Métodos cromatográficos → Separação e isolamento das substâncias.


→ Identificação e análise de misturas e de substâncias isoladas
(cromatografia analítica)

Tipos cromatográficos:

- Adsorção
- Partição
- Troca iônica
- Exclusão molecular
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Fracionamento, Isolamento e Purificação de Substâncias

Técnica → CCF (cromatografia de camada fina)


Farmacognosia - Aula I

Formas mais abundantes de


Cannabinoides

THC, delta 9-tetrahydrocannabinol


CBD, cannabidiol
CBC, cannabichromeno
CBG, cannabigerol
Farmacognosia - Aula I
Fracionamento, Isolamento e Purificação de Substâncias
CCF (cromatografia de camada fina) ou TLC (thin layer chromatography)
Eluente: Hexano/éter(8:2)
Revelador: Fast Blue Salt/KOH
Farmacognosia - Aula I
Farmacognosia - Aula I

CLAE/UV CG/EM
Farmacognosia - Aula I

CG DIFERENTES PARTES
C.sativa
Farmacognosia - Aula I

QUIMIOTIPOS
Farmacognosia - Aula I
Fracionamento, Isolamento e Purificação de Substâncias

CG CLAE CCF
Farmacognosia - Aula I
Elucidação Estrutural

Espectroscopia no ultravioleta (UV);

Espectroscopia no infravermelho (IV);

Espectrometria de massas (EM);

Ressonância magnética Nuclear (RMN1H e 13C);

Cristalografia por raios X;

CLAE e CG (co-injeção com padrões);

Ponto de fusão;

Índice de refração.
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Isolamento e Purificação de substâncias extraídas de
Piper lhotzkyanum C.DC.

Davyson Moreira, 2000


Farmacognosia - Aula I

Estabelecimento dos Parâmetros da Qualidade

FARMACOPÉIA BRASILEIRA

Métodos Farmacopéicos → Não são os únicos


existentes nem os mais avançados, mas são os
métodos oficiais nos quais são baseados as decisões
em caso de dúvida ou litígio.

Critérios para inclusão de plantas medicinais:

- Existência de estudos toxicológicos – Toxidade


aguda, sub-aguda e crônica.
- Existência de estudos comprovando atividade
farmacológica.
- Identificação de substâncias marcadoras.

Garantia da autenticidade e pureza da amostra vegetal


Farmacognosia - Aula I

Monografia Farmacopéica

1.Nome botânico com referência aos autores


2.Descrição da droga
3.Nomes populares
4.Caracteres organolépticos
5.Descrição morfológica
Macro e microscópica da droga vegetal;
Microscópica do pó
6.Identificação
Ensaios químicos; Cromatografia em camada fina
(ccf) 2: 334 nm, 4 nm
Chica_031105

7.Ensaios de pureza
ACV2_DF_Chica_311005
200 Retention Time 200

Matéria estranha; Determinação de umidade; 150 150

mAU

mAU
100 100

Determinação de cinzas

22.73

25.39
18.61

24.23

26.73

29.30
50 50

15.30
14.41
3.61

17.03
12.51
11.57

34.26

39.23
36.26
36.47
36.73
37.00
2.41
1.06

9.67
8.Determinação quantitativa de substâncias marcadoras

7.05
5.21

7.94
1.41

20.53
0 0

Titulometria; Espectrofotometria; HPLC 0 10 20


Minutes
30 40

9.Embalagem e armazenamento
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Identificação Através de Constituintes Químicos

Rhamnus purshiana DC. (Rhamnaceae)

Identificação → Umedecer corte transversal da casca com hidróxido


de amônio 6M. Desenvolve-se cor avermelhada.

Misturar 0,1g da droga pulverizada com 10 mL de água fervente e agitar


durante 5 minutos. Resfriar, filtrar e diluir o filtrado com 10 mL de água e 10
mL de NH4OH 6M.
Desenvolve-se cor alaranjada.

Empregar CCF → Solução amostra: Aquecer 0,5g da droga pulverizada com


50 mL de etanol por 30 minutos. Filtrar e evaporar até a secura em banho-
maria. Rediluir em 2 mL de etanol.
Solução referência: Dissolver 20 mg de aloína em 10 mL de álcool 70%.
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Identificação Através de Constituintes Químicos

Rhamnus purshiana

Bandas com fluorescência azul de Rf 0,35-


0,75 ou vermelho-alaranjado entre a zona da
aloína e dos cascarosídeos →
Adulteração com Rhamnus frangula

Eluente: AcOEt:MeOH:H2O (100:17:13) ; Revelador: NP/PEG em UV 365nm


Manchas: Rf 0,1 - 0,15 = Cascarosídeos A + B (amarelos) ; Rf 0,2 - 0,25= Cascarosídeos C + D
Rf 0,5 = Aloína A e B ; Rf 0,6 = Desoxialoína ; Frente do Solvente = Agliconas emodina, Aloe- emodina,
crisofanol ; T1 = Aloína A (Rf 0,5) e Aloinosídeo A (Rf 0,45)
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Identificação Através de Constituintes Químicos

Cinchona succirubra Pavon & Klotzsch (Rubiaceae)

Parte usada → Casca

Identificação → 0,5 g em tubo de ensaio. Aquecer e


visualizar aparecimento de vapores vermelho-
púrpura que se condensam na parede superior do
tubo.

Extração seletiva para alcalóides de 5g da droga,


adição de reagente de Mayer (iodo-mercurato de
potássio), dando forte turvação
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Identificação Através de Constituintes
Químicos

Cinchona succirubra Pavon & Klotzsch (Rubiaceae)

Perfil cromatográfico de quina

Sistema: CHCl3/Dietilamina (9:1)


Detecção: H2SO4/Mistura
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Metabolismo primário:
-os vegetais não armazenam ATP como forma de energia, através de reação químicas com
consumo de carbono = carboidratos armazenado, ↑ O2

-Metabolismo secundário:
Importância do Metabolismo secundário para o Vegetal

Comunicação com o meio ambiente


polinização
síntese de subst. com odor
síntese de subst. com cor
Proteção contra predadores
Defesa mecânica
espinhos
acúleos
espessamento de folhas
Defesa química: alcaloides, taninos
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Óleos Fixos – Lipídeos

Óleo de Rícino: Extraído da semente madura (45 a


55% de óleo fixo) de Ricinus communis Linné
(Euphorbiaceæ).

Óleo de Amêndoas: Óleo fixo extraído por


compressão das amêndoas (45 a 50%)
de diversas variedades de Prunus amygdalus Batsch
(Rosaceæ).

Óleo Pérsico: Óleo de caroço de damasco e óleo de


pêssego é obtido por expressão dos caroços de
variedades de Prunus armeniaca Linné, e Prunus pérsica
Siebold Zuccarini (Rosaceæ).

Óleo de Linhaça: Extraído das


sementes maduras e dessecadas de
Linum usitatissimum Linné (Linaceæ).
A via do Acetato: Ácidos graxos e Policetídeos

ÁCIDOS GRAXOS

2 Principais funções:

Reserva energética: vegetais


(sementes)

e animais (tecido adiposo e


fígado)
A via do Acetato: Ácidos graxos e Policetídeos
ÁCIDOS GRAXOS

2 Principais funções:

Revestimento foliar: para evitar perda de H2O

Biossíntese de Icosanóides (prostaglandinas,


tromboxanas e leucotrienos)

Constituição da Membrana celular: fosfolipídeos


A via do Acetato: Ácidos graxos e Policetídeos
ÁCIDOS GRAXOS

2 Principais
formas de
Ácidos Graxos
encontradas na
Natureza:

Óleos fixos 
geralmente
líquidos

Gorduras 
geralmente semi-
sólidos ou sólidos

Cêras  ésteres de
ácidos graxos
com álcoois
graxos de cadeia
longa
A via do Acetato: Ácidos graxos e Policetídeos
ÁCIDOS GRAXOS

2 Características dos Ácidos Graxos mais comuns:

Acíclicos,
saturados ou não,
monocarboxilados,
cadeia normal
e número par de carbonos.
A via do Acetato: Ácidos graxos e Policetídeos

Representação dos ácidos graxos.

14:0 mirístico,

16:1 (9c) palmitoleíco,

18:2 (9c:12c) linoleico

20:4 (5c,8c,11c,14c) Araquidônico


A via do Acetato: Ácidos graxos e Policetídeos

Síntese de ácidos graxos a partir de Acetil-CoA.


2 moléculas de Acetil-CoA se unem formando uma molécula de Malonil-CoA, com
a descarboxilação de uma das moléculas do Acetil-CoA.

O O O
2 BIOTINA
SCoA HO SCoA

Acetil CoA Malonil CoA


A via do Acetato: Ácidos graxos e Policetídeos
A via do Acetato: Ácidos graxos e Policetídeos
Farmacognosia - Aula I
Métodos de Extração Constituintes voláteis

A ISO (International Standard Organization) define óleos voláteis


(conhecidos também como óleos essenciais, óleos etéreos ou
essências) como sendo os produtos obtidos de partes de plantas por
meio da destilação por arraste de vapor d’água, bem como os
produtos obtidos por prensagem dos pericarpos de frutos cítricos.

Os óleos essenciais são misturas complexas de substâncias voláteis


(monoterpenos, sesquiterpenos e fenilpropanóides), lipofílicas,
geralmente odoríferas e líquidas.

Aroma agradável e intenso da maioria dos óleos voláteis, sendo por


isso, também chamados de essências

São ainda solúveis em solventes orgânicos apolares, como o éter,


recebendo, por isso o nome de óleos etéreos ou, em latim, aetheroleum.
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Óleos Essenciais

MONOTERPENOS

SESQUITERPENOS

FENILPROPANÓIDES
Farmacognosia - Aula I
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Fenilpropanóides
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Fenilpropanóides

São substâncias C6-C3 originados da via biossintética do ácido


chiquímico.

Miristicina: Presente em Myristica fragans Houttuyn (Myristicaceæ),


conhecida como noz-moscada. O óleo contém cerca de 12% de
miristicina, trata-se de um aromatizante e apresenta propriedades
carminativas.

Cinamaldeído ou aldeído cinâmico: Encontrado em Cinnamomum


loureirii Ness, C. zeylanicum Ness, C. cássia (Ness) Ness (Louraceæ). O
óleo essencial de canela, também conhecido como óleo de cássia,
contém de 80 a 95% desse fenilpropanóide.

Eugenol: Pode ser obtido de Syzygium aromathicum (Sprengel) ,(E.


Caryophyllata Thumberg) (Myrtaceæ), popularmente conhecida como
cravo da índia. O óleo essencial contém de 70 a 95% de eugenol.
VIA DO MEVALONATO: BIOSSÍNTESE DE
TERPENOS E ESTERÓIDES

Os terpenos formam uma grande classe de


produtos naturais derivados de unidades
isoprênicas (C5).

Unidade Isoprêno
isoprênica
Ác id o M eva lônic o

O PP O PP

Pirofosfa to d e Pirofosfa to d e
Dim etila lila Isopentenila
D M A PP IPP
Hemiterpenos C5

C10 M onoterpenos
IPP e Iridóides C 10

C 15 Sesquiterpenos C 15
IPP

2X
C20 D iterpenos C 20
IPP

C 25 Sesterterpenos C 2 5

2X
C30 Triterpenos C 30 Esteróides C 18 -C 30

C 40 Tetraterpenos e
Carotenóides C 40
geraniol

farnesol

geranilgeraniol

esqualeno

fitoeno

mentol bisaboleno taxadieno


HEMITERPENOS (C5)

São as moléculas de Pirofosfato de isopentenila


(IPP) e de Pirofosfato de Dimetilalila (DMAPP).

O PP O PP

Pirofosfato de Pirofosfato de
D im etilalila Isopentenila
D M A PP IPP
SÍNTESE DO ÁCIDO MEVALÔNICO E DOS HEMITERPENOS
FORMAÇÃO DOS ESQUELETOS C10

Pirofosfato de Geranila
(GPP)
REAÇÕES DE ISOMERIZAÇÃO NA FORMAÇÃO DE MONOTERPENOS
Thuya
Erva doce Cânfora
MECANISMO DA CICLIZAÇÃO DOS MONOTERPENOS ACÍCLICOS
MONOTERPENOS AROMÁTICOS
Principais Plantas com Óleos Essenciais de origem Terpênica
MONOTERPENOS IRREGULARES C10 (PIRETRÓIDES E IRIDÓIDES)

Os piretróides são uma


importante classe de monoterpenos
irregulares. Presentes em flores de
Chrysanthemum cinerariaefolium (= Tanacetum
cinerarifolium). Conhecidos por seu grande
poder inseticida. As flores podem conter
de 0,7 a 2 % de piretróides o que
representa entre 25- 50% do extrato. Um
extrato típico contém Piretrina I (35%),
Piretrina II (32%), Cinerina I (10%),
Cinerina II (14%), Jasmolina I (5%) e
Jasmolina II (4%).
Ex: cravo-de-defunto
IRIDÓIDES

São monoterpenos que normalmente apresentam em seu


esqueleto um anel ciclopentano ligado a um anel heterocíclico de seis
membros com o oxigênio.

VALERIANA
GENCIANA
Valeriana  As raízes de Valeriana officinalis são secas a uma
temperatura máxima de 40 °C.
As preparações de Valeriana são muito usadas para tensão nervosa,
ansiedade e insônia. Era muito usada na época da 1ª. Guerra Mundial.
Seus constituintes ativos são conhecidos como valepotriatos, que são
iridóides com um epóxido na sua molécula, sendo o principal o valtrato.
SESQUITERPENOS (C15)

Ao adicionarmos uma molécula


de Pirofosfato de Isopentenila ao Pirofosfato de geranila (GPP)
Pirofosfato de geranila obtemos
o Pirofosfato de Farnesila (FPP).
Cátion alílico

Pirofosfato de farnesila (FPP)


SESQUITERPENOS (C15)
SESQUITERPENOS (C15)

Pirofosfato de nerolidila

A ciclização do FPP pode ocorrer de várias maneiras


diferentes via precursor E,E-FPP ou E,Z-FPP.
SESQUITERPENOS (C15)
SESQUITERPENOS (C15)

Os sesquiterpenos são menos voláteis que os


monoterpenos.

O α-Bisabolol e os óxidos do bisabolol são os


responsáveis pelo odor característico de flores da
camomila alemã (Matricaria recutita) Asteraceae.
SESQUITERPENOS (C15)
O γ-bisaboleno junto com o β-
felandreno e o Zingibereno são os
responsáveis pelo aroma do Gengibre
(Zingiber officinale) Zingiberaceae.
SESQUITERPENOS (C15) As lactonas sesquiterpênicas são muito
conhecidas por sua atividade biológica,
normalmente tóxica. É o caso da
elefantopina (Elephantopus elatus)
Asteraceae, com atividade citotóxica.

Ou alergias de pele causadas por


substâncias como a partenina
(Parthenium hysterophorus) Asteraceae. A
elefantopina partenina
partenina pode alquilar de forma
irreversível enzimas responsáveis pela
divisão celular, sendo então citotóxica.

Parthenium hysterophorus
Elephantopus elatus
SESQUITERPENOS (C15)

A α-santonina foi identificada como o


principal componente antihelmíntico em
espécies de Artemisia (Asteraceae).

A tapsigargina promove tumores e é um


potente ativador de células envolvidas no
processo inflamatório.
α-santonina

tapsigargina
Thapsia garganica
Artemisia sp.
SESQUITERPENOS (C15)
A matricina presente na camomila alemã
degrada com o calor formando o
camazuleno, que confere cor azulada ao
óleo essencial de camomila.

camazuleno
matricina
SESQUITERPENOS (C15)

O α-cadineno é muito importante


economicamente, é encontrado em
espécies de (Juniperus communis)
Cupressaceae, que é usado para
fazer o Gin.
α-cadineno O esqueleto do α-cadineno é ponto
de partida para a biossíntese de
vários derivados da Artemisina,
sendo um importante antimalárico.
Normalmente proveniente de
Artemisia annua.
SESQUITERPENOS (C15)

artemisina
SESQUITERPENOS (C15)
SESQUITERPENOS (C15) O humuleno é encontrado no lúpulo
(Humulus lupulus) Cannabinaceae e o
β-cariofileno é muito comum em várias
plantas aromáticas como o cravo da
índia (Syzigium aromaticum) Myrtaceae
e a canela (Cinnamomum zeylanicum)
Lauraceae.

HUMULENO

β-cariofileno

Humulus lupulus
SESQUITERPENOS (C15)
Gossipol é encontrado nas flores imaturas do algodoeiro
(Gossypium spp) Malvaceae. É um exemplo de sesquiterpeno
aromático. Foi descoberto ao se estudar casos de infertilidade anormal
em comunidades rurais chinesas que usavam óleo da semente de
algodão na sua dieta. O Gossipol atua como contraceptivo masculino,
pois altera a maturação do espermatozóide, sua motilidade e inativa
enzimas no sêmen necessárias na fecundação.
Muitas pesquisas mostraram que os efeitos são reversíveis
assim que cessar a administração do gossipol. Sabe-se que o (-)-
gossipol é farmacologicamente ativo e o (+)-gossipol é o responsável
pelos efeitos tóxicos que podem ser a infertilidade.

Gossypium spp.
SESQUITERPENOS (C15)

gossipol
DITERPENOS (C20)

Ao adicionarmos uma molécula


de Pirofosfato de Isopentenila
ao Pirofosfato de farnesila Pirofosfato de farnesila (FPP)
obtemos o Pirofosfato de
Geranilgeranila (GGPP).

Cátion alílico

Pirofosfato de geranilgeranila (GGPP)


DITERPENOS (C20)

Um dos mais simples e mais


importante diterpenos é o fitol (forma
reduzida de geranilgeraniol), que
constitui a cadeia lateral das clorofilas,
por exemplo, clorofila a.

fitol
DITERPENOS (C20)

Reações de ciclização do GGPP mediada pela formação do


carbocátion mais rearranjos do tipo Wagner-Meerwein permitirá que
estruturas variadas de diterpenos sejam formadas.

Paclitaxel
(taxol)

Taxus baccata
Taxadieno
Paclitaxel
(taxol)
DITERPENOS (C20)

TAXOL (Paclitaxel) é uma droga usada no tratamento do


câncer é extraído das cascas de (Taxus brevifolia) Taxaceae. Uma
planta adulta demora 100 anos para chegar a maturidade e produzir os
taxanos. Há a necessidade de 3 árvores de 100 anos de idade para se
extrair 1 grama do material.
É usado clinicamente para o tratamento de câncer de ovário e
está em testes clínicos para o câncer de seios metastático. Ainda tem
potencial para câncer de pulmão, cabeça e pescoço. Age como anti-
mitótico ao se complexar com os microtúbulos. Diferente de alcalóides
como a vincristina e lignanas como a podofilotoxina que agem se
complexando com a tubulina.

Paclitaxel
(taxol)

Taxus brevifolia
DITERPENOS (C20)

Ent-caureno

esteviol esteviosídeo

O ent-caureno é precursor do Esteviosídeo produzido pela Estévia


(Stevia rebaudiana – família Asteraceae). O Esteveosídeo tem poder adoçante
entre 100 a 300 vezes maior que a sacarose, sendo usado comercialmente
como adoçante.
DITERPENOS (C20)

ginkgolideo bilobalideo
DITERPENOS (C20)

O Ginkgo biloba é um membro primitivo dos


gimnospermas e o único sobrevivente da família
Ginkgoaceae, sendo todas as outras espécies encontradas
como fósseis. Originário da China se manteve viva por ser
muito usada como ornamental. Extratos padronizados são
usados contra doenças vasculares cerebrais e no tratamento
de doenças degenerativas do SNC que causam a perda de
memória e de controle de motilidade. Seus princípios ativos
são diterpenos e flavonóides.
DITERPENOS (C20)

A forskolina ou colforsina foi obtida em um screening com


plantas indianas extraídas de raízes de Coleus forskohlii Labitaceae
tem como atividade diminuir a pressão sanguínea e possui
propriedades cardioativas. A forskolina estimula a adenilato ciclase e é
muito usada para testes farmacológicos com enzimas e indicada no
tratamento do glaucoma, falha congestiva do coração e asma
brônquica.

forskolina

Coleus forskohlii
TRITERPENOS (C30)

Ao contrário dos mono, sesqui e diterpernos, o esqualeno


(triterpeno mais simples) é formado a partir da dimerização de duas
unidades de Pirofosfato de Farnesila (FPP).

Formação do esqualeno e Formação do óxido de esqualeno

Esqualeno

Óxido de Esqualeno
O
TRITERPENOS (C30)
OPP

Já forma isolados mais de 4000 + OPP

triterpenos naturais até hoje com


mais de 40 tipos de esqueletos H OPP

diferentes. H +

OPP

H
Eles podem ser divididos em 2
classes principais: os tetracíclicos e +

os pentacíclicos H

+
H

NADPH

H H
Esqualeno
CICLIZAÇÃO DO ÓXIDO DE ESQUALENO

Óxido de
Esqualeno

Cátion
Protosterila
CICLIZAÇÃO DO ÓXIDO DE ESQUALENO

Óxido de
Esqualeno

Cátion
Protosterila
O

H+

+
H
H

H
HO
Cátion Protosterila
Formação do Lanosterol:

+
H
H

Cátion Protosterila

H
HO

Lanosterol

HO
Formação do Cicloartenol: +
H
H
H
Cátion Protosterila

H
HO

Cicloartenol

HO
+
Formação da Cucurbitacina E: H
H
CH3 Cátion Protosterila
Cátion protosterila
H

HO
H
H

H
H H

CH3

HO

As curcubitacinas são
substâncias que possuem sabor
amargo, servindo de defesa OH

contra insetos herbívoros. São AcO


H
substâncias citotóxicas H H OH

encontrado em espécies da Cucurbitacina


Cucurbitacina E E
CH3
família Curcubitaceae (pepino, O

melão, abóbora).
BIOSSÍNTESE DE TRITERPENOS PENTACÍCLICOS
BIOSSÍNTESE DE
TRITERPENOS
PENTACÍCLICOS
Os triterpenos pentacíclicos podem ser do tipo damarenodióis

α-amirina (ciclohexano - 1 metila em C20 e 1


em C19),

β-amirina (ciclohexano - 2 metilas em C20) e


Lupeol
lupeol (anel ciclopentano).

O lupeol é comum no tremoços (Lupinus)

Os damarenodióis são comuns no ginseng


(Panax)

O taraxasterol no dente-de-leão (Taraxatum)

β-amirina
taraxasterol α-amirina
ESTERÓIDES

Nos estágios finais da biossíntese podem ser retiradas pequenos fragmentos de


carbono para produzir moléculas com menos de 30C, como por ex. os esteróides.
Definição:
São triterpenos modificados contendo 4 anéis e sem as metilas em C4 e C14.
Esteróide é qualquer composto que contenha núcleo pentanoperifanantreno sem as
metilas em C4 e C14.
Nomenclatura:
A nomenclatura química dos esteróides baseia-se em seu esqueleto carbônico
fundamental com átomos de carbono em cadeias laterais adjacentes.
ESTERÓIDES
Colesterol

2 É o principal esterol animal; constituinte de


membranas celulares.
2 Quando depositado nas paredes das artérias, junto
com ésteres de colesterol e outros lipídeos, causa
aterosclerose e aumento do risco de trombose e ataque
cardíaco.
2 Lovastatina ⇒ droga anticolesterolêmica que atua
na inibição da Via do Mevalonato.
ESTERÓIDES

Os esteróides tem uma vasta gama de aplicações terapêuticas.


Funcionam como:

-Cardiotônicos (ex. digoxina)


- precursores de vitamina D
- agentes anti-inflamatórios (ex. corticosteróides)
- agentes anabolizantes (androgênios)
SAPONINAS

São glicosídeos de Esteróides ou Terpenos Policíclicos. Esse tipo de estrutura,


que possui uma parte com característica lipofílica (triterpeno ou esteróide) e
outra parte hidrofílica (açucares), determina a propriedade de redução da
tensão superficial da água s suas ações detergentes e emulsificantes.

Alcaçuz (Glycyrrhiza glabra L.)


droga : raízes e rizomas.
Glicirriza em grego significa raiz
doce.
A saponina predominante é a
glicirrizina.
Tem atividade anti-inflamatória,
antiviral (contra o vírus do HIV) Ácido glicirrético

e já foi usada na cicatrização de


úlceras.
Hoje em dia é usado como
edulcorante.
SAPONINAS
Ginseng (Panax ginseng)
droga: raízes.
É considerado uma planta adaptógena ou
agentes antiestresse

( Fármacos que aumentam a resistência


não-específica do organismo ‘as influências
externas como infecções e o estresse
SAPONINAS

Calêndula (Calendula officinalis L.)


droga: flores.
As saponinas estão presentes em até
6 %. Para os extratos de flores foram
relatadas ações bactericida,
fungistática, virucida e tricomonicida.
Tem também ação cicatrizante e
imunoestimulantes (devido aos
polissacarídeos).
SAPONINAS
Centelha (Centella asiatica L.)
droga: toda a planta.
Vem sendo utilizada em preparações
magistrais e em cosméticos,
preconizada como cicatrizante, em
queimaduras e quelóides
e para o tratamento de insufiência
venosa crônica e lipodistrofia.
Tem sido relatados casos de
dermatites
SAPONINAS
Quilaia (Quillaja saponaria Molina)
droga: cascas.
Tem sido descritas atividades
hipocolesterêmica, imunopotenciadora
para vacinas antirábicas orais,
imunoestimuladora pelas vias oral e
intradérmica, imunomoduladoea,
adjuvante em vacinas antiparasitárias para
malária e tripanossomíase
e estimuladora da absorção de
antibióticos e peptídeos por via nasal e
ocular em ratos
GLICOSÍDEOS CARDIOATIVOS
São esteróides presentes na natureza
caracterizados pela sua alta especificidade
e poderosa que ação que exercem no
músculo cardíaco
Robert A. Newman1; Peiying Yang; Alison D. Pawlus
and Keith I. Block. Cardiac Glycosides as Novel
Cancer Therapeutic Agents. Molecular
Interventions, v. 8, Issue 1,2008.
GLICOSÍDEOS CARDIOATIVOS
TETRATERPENOS (C40)
São formados a partir de duas
moléculas de Pirofosfato de
Geranilgeranila.
TETRATERPENOS (C40)
TETRATERPENOS (C40)

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