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PREFEITURA DE GOIÂNIA

PLANO DE MANEJO
PARQUE TAQUARAL

GOIÂNIA – GO
2006
Prefeitura de Goiânia
Iris Rezende Machado

Secretaria Municipal do Meio Ambiente - SEMMA


Clarismino Luiz Pereira Júnior – Secretário
Tiago Camargo – Chefe de Gabinete

Coordenadoria de Desenvolvimento Ambiental


Ronaldo Vieira – Diretor

Coordenador do Projeto
Geórgia Ribeiro Silveira de Sant’ Ana - Bióloga

EQUIPE EXECUTORA
Corpo Técnico:
Georgia Ribeiro Silveira de Santana Bióloga - Coordenação
Antônio Esteves dos Reis Eng.º Florestal
Fernando Augusto Lemos Sales Eng.º Agrônomo
Márcia Yuriko Eng.° Agrônoma
Mariana Nascimento Siqueira Bióloga
Yara Emy Tanimitsu Hasegawa Arquiteta
Sandra Maria de Oliveira Eng.° Agrônoma
Marize Moreira Gibrail Bióloga
Daniella Santos Cruvinel da Cruz Bióloga

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ESTAGIÁRIOS:

Ado Lúcio Fernandes Carvalho Acadêmico de Eng. Ambiental


Alexandre Aires de Freitas Ferreira Acadêmico de Biologia
Érika Maria Siqueira Acadêmica de Gestão Ambiental
Flávia Paulino Crispim Baiocchi Acadêmica de Biologia
Flávio Cardoso Poli Acadêmico de Biologia
Frederico Fernandes de Ávila Acadêmico de Geografia
Geraldo Magela Acadêmico de Zootecnia
Higor Aléssis Nogueira Oliveira Acadêmico de Zootecnia
Larissa Silva Naves Acadêmica de Biologia
Michel Midlin Rodrigues Acadêmico de Eng. Ambiental
Milane Lima do Nascimento Acadêmica de Gestão Ambiental
Mônica Silva Zaquia Academica de Gestão Ambiental
Pablo Guilherme Alves Silva Acadêmico de Geografia
Samara Bastos Portela Acadêmica de Biologia

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ...................................................................................... 07

CAPÍTULO I .......................................................................................... 09

HISTÓRICO........................................................................................... 09

CAPÍTULO II ......................................................................................... 13

2. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ........................................................... 13

2.1. MEIO FÍSICO............................................................................................. 13


2.1.1. Ocupação Física do Entorno .................................................................. 13
2.1.1.1. Ambulantes Cadastrados ......................................................... 14
2.1.1.2. Levantamento de Ruídos.......................................................... 15
2.1.1.3. Aspectos Geomorfologicos ...................................................... 19
2.1.1.3.1. Solo ....................................................................................... 21
2.1.1.4. Água ......................................................................................... 24
2.1.1.4.1.Córrego Taquaral.................................................................... 24
2.2. MEIO BIÓTICO.......................................................................................... 26
2.2.1. Fauna ..................................................................................................... 26
2.2.1.1. Fauna Silvestre........................................................................ 36
2.2.1.2. Animais Domésticos ................................................................. 36
2.2.1.3. Animais Exóticos ................................ ..................................... 37
2.2.2.Flora .................................................................. ..................................... 38
2.3. MEIO SÓCIO-ECONÔMICO ..................................................................... 43
2.3.1. ASPECTO SÓCIO-ECONÔMICO .................................................................... 46
2.4. Análise da Paisagem................................................................................. 53
2.5. Principais Problemas e Medidas Mitigadoras............................................ 56
2.5.1. Poluição do Córrego Taquaral..................................................... 56
2.5.2. Segurança ................................................................................... 58
2.5.3. Invasão........................................................................................ 59
2.5.4. Nascentes ................................................................................... 59
2.5.5. Permissionários - Ambulantes ................................................................ 59

CAPÍTULO III ........................................................................................ 61

3. MANEJO ........................................................................................... 61

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3.1. Objetivos ................................................................................................... 62
3.2. Zoneamento .............................................................................................. 62
3.2.1. Zona de Uso Intensivo............................................................................ 63
3.2.2. Zona de Uso Restrito.............................................................................. 65
3.2.3. Zona de Recuperação ............................................................................ 67
3.2.4. Zona de Preservação Integral ................................................................ 68
3.3. Determinação da Capacidade de Carga ................................................... 70
3.4. Programa de Manejo ................................................................................. 71
3.4.1. Programa de Manejo do Meio Ambiente ............................................... 71
3.4.1.1. Subprograma de Manejo da Flora ............................................ 71
3.4.1.1.1. Transportes de Mudas...................................................................... 71
3.4.1.1.2. Plantio propriamente dito.................................................................. 72
3.4.1.1.3. Proteção das mudas......................................................................... 72
3.4.1.2 Subprograma de Manejo da Fauna ........................................... 73
3.4.1.3. Subprograma de Pesquisa e Monitoramento ........................... 75
3.4.1.4. Subprograma de água ............................................................. 78
3.4.1.5 Subprograma do solo ................................................................ 79
3.5. Programa de Manejo de Uso Público ........................................................ 81
3.5.1. Subprograma de Recreação .................................................................. 81
3.5.2. Subprograma de Educação Ambiental ................................................... 82
3.5.3. Subprograma de Turismo....................................................................... 86
3.5.4. Subprograma de Relações Públicas ...................................................... 87
3.6. Programa de Manejo da Operação ........................................................... 88
3.6.1. Subprograma de Proteção ..................................................................... 88
3.6.2. Subprograma de Administração ............................................................. 90
3.6.3. Subprograma de Manutenção ................................................................ 93
3.6.4. Subprograma do Entorno ....................................................................... 93
3.6.5. Subprograma de Cooperação Interinstitucional ..................................... 95

CAPÍTULO IV........................................................................................ 96

4. IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE MANEJO ...................................... 96

4.1. Subprogramas........................................................................................... 96
4.1.1. Subprograma de Manejo da Flora .......................................................... 96
4.1.1.1. Controle de Cipós...................................................................... 99

5
4.1.1.2. Poda, lmpeza e remoção de árvores mortas..................................100
4.1.1.3. Estudos e Pesquisas sobre Flora...................................................100
4.1.2. Subprograma de Manejo da Fauna.......................................................101
4.1.3. Subprograma de Água...........................................................................101
4.1.4. Subprograma de Pesquisa e Monitoramento........................................102
4.1.5. Programa de Manejo e Uso Público......................................................103
4.1.5.1. Subprograma de Educação Ambiental...................................103
4.1.5.2. Subprograma de Turismo........................................................104
4.1.5.3.Subprograma de Relações Públicas.........................................104
4.1.5.4. Subprograma de Proteção.......................................................105
4.1.5.5. Subprograma de Administração..............................................105
4.1.5.6. Subprograma Manutenção......................................................106
4.1.5.7. Subprograma do Entorno.........................................................107
4.1.5.8. Subprograma de Cooperação..................................................107
4.1.5.9. Subprograma de Recreação...................................................107
CAPÍTULO V...................................................................................................109

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................109

BIBLIOGRÁFIAS CONSULTADAS....................................................110

6
INTRODUÇÃO

Na década de 30, Atílio Côrrea Lima, já previa as alterações que os


governos futuros poderiam fazer, quanto ao crescimento da cidade, desviando
os rumos das diretrizes do plano. Ele ressaltava a importância de se definir
claramente as reservas de áreas verdes:
“Mesmo no caso em que a expansão do loteamento se fizesse
desordenadamente, sem o rigor aconselhável em tais casos, à relação de 25%
dificilmente seria prejudicada, estando às zonas verdes já demarcadas. Seria
inevitável, dentro em breve, a especulação desenfreada, em torno da venda de
terras. Logo que a cidade começar a dar foros de progresso, aquela se fará
sentir com todas as suas nefastas conseqüências; muito contribuirá para isso
as mudanças do governo. É preciso, portanto, que desde já fiquem bem
estabelecidas as reservas. Embora só muito mais tarde poderá a administração
transformar essas matas em parques, nem por isso poderá dispor delas para
outros fins que não os previstos.(Lima, 1937)”
Verifica-se desde a concepção de Goiânia, que as áreas verdes, eram
de fundamental importância para o desenvolvimento da cidade. Depois de
Atílio, o outro projeto de Armando Godói, também ressaltou a importância da
preservação das áreas verdes, preocupando-se com a salubridade da
população e por fim o último projeto da cidade, por Coimbra Bueno, preocupou-
se bastante com essa manutenção.
Com o passar do tempo, esta preocupação e recomendações foram
sendo deixadas de lado e a partir da modificação do artigo 6.210 da Lei nº.
575. de 1947, são retiradas pelo proprietário, em especificação do agente
responsável pelo custeio dessas benfeitorias urbanas e permitindo a criação de
loteamento da baixa qualidade de urbanização. A partir dessa lei, o espaço
urbano de Goiânia é ocupado por uma avalanche de loteamentos em torno do
seu Plano Original. As áreas públicas são invadidas pela população de baixa
renda, nos locais destinados à implantação do restante do projeto original e à
medida que cresce a cidade há o incentivo ao parcelamento nas zonas rurais
do município, que é o caso da área em estudo, que antes era uma grande
fazenda, que corresponde a todo o Setor Goiânia Viva.

7
O Parque Taquaral Doracina dos Santos Soares, foi criado em 25 de
julho de 1995, pelo Decreto nº. 1468, Lei Municipal 6.063 de 19 de dezembro
de 1983. A área antes pertencia à zona rural do município, passando por uma
fase de onde houve invasão e posteriormente, conforme decreto a
regularização do loteamento, hoje chamado Residencial Goiânia Viva.
Para uma maior segurança e preservação desta área, como unidade de
conservação, este documento tem por objetivo fazer um planejamento da área
em questão, criando ações que lidam com operações do dia-a-dia, necessárias
para o conhecimento dos processos ecológicos e também das atividades
humanas que ocorrem no local e em seu entorno. Este instrumento de
planejamento é um processo dinâmico que por meio de técnicas de
planejamento ecológico, determina o zoneamento de uma unidade de
conservação, propondo o seu desenvolvimento físico e estabelecendo as
diretrizes básicas para o seu manejo, conforme as características de cada uma
de suas zonas, além de promover atividades que incentivem a integração
econômica e social da comunidade do entorno e circunvizinhas.
Este trabalho é inicial, ou seja, de acordo com o roteiro metodológico de
elaboração de plano de manejo para o município, são necessárias quatro fases
para a realização do Plano, pois a comunidade evolui, ocorrendo mudanças ao
longo do tempo e as atividades realizadas para sua preservação são contínuas
e integradas, passando de geração para geração.
A elaboração do Plano de Manejo do Parque Taquaral foi realizada
pelos técnicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente com o incentivo da
Prefeitura de Goiânia, na gestão do Prefeito Íris Rezende Machado e
administração do secretário de meio ambiente Clarismino Luiz Pereira Júnior
em agosto de 2006.

8
CAPITULO I

1. HISTÓRICO

A região oeste onde hoje está localizado o Parque Taquaral Daracina


dos Santos Soares, na década de 30, quando Goiânia surgiu, era apenas uma
área rural, que no futuro seria incorporada à cidade no futuro, como zona rural
do Município de Goiânia. O córrego Taquaral, nesta época era chamado de
córrego Rio Bonito, passando no futuro a receber o nome que conhecemos na
atualidade. Nesta mesma época toda a área, que hoje existe o Residencial
Goiânia Viva era uma fazenda de propriedade do senhor Tonico Toqueira, que
em anos posteriores vendeu para o senhor Lourival Lousa, a sua sede se
localizava onde temos o Colégio Dom Fernando. A área era local de plantação
de arroz, milho, hortaliças e árvores frutíferas, como a jabuticaba, jambo,
bananeiras e etc.
O Parque foi criado em 25 de julho de 1995, pelo decreto oficial nº.
1468, Lei Municipal nº. 6063, de dezembro de 1983, com o objetivo de
preservar o córrego Taquaral e sua mata ciliar, que foi fragmentada ao longo
dos parcelamentos e ocupações indevidas. Com os parcelamentos em seu
entorno o Parque passou por uma fase de abandono pelo governo municipal,
em função dos inúmeros parcelamentos, que foram surgindo em Goiânia e a
prefeitura na sua infra-estrutura não foi acompanhando. Este período deixou
marcas no Parque, como a morte da senhora Doracina, por pessoas
criminosas, que utilizavam a área como ponto de apoio para cometerem crimes
e utilização de drogas. Além destes acontecimentos tivemos ao longo dos anos
depósitos de entulhos, que as pessoas deixavam na área por achar que era um
local abandonado. A partir da legalização da área, a conscientização da
população e a melhoria da infra-estrutura da prefeitura e sua organização foi
mudando, e as atitudes da comunidade foram modificando através da retirada
do lixo, da vigilância contínua dos acontecimentos no Parque, criando assim
uma área agradável de ser contemplada.
Em 2003 iniciaram os primeiros plantios com árvores nativas da região,
resgatando assim a vegetação original. Em 2005 foram realizados mais

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plantios e a posse de um gerente responsável pela administração do Parque e
a elaboração do projeto do Parque Taquaral, que foi efetivado em março de
2006 na gestão do Prefeito Íris Rezende de Machado e Secretário de Meio
Ambiente do município Clarismino Luiz Pereira Júnior, com a instalação de
pista de caminhada, a ponte interligando as áreas, a construção da
administração do Parque, áreas de esporte e os centros de convivência,
proporcionando a comunidade um local seguro e prazeroso de convívio social
da comunidade do Residencial Goiânia Viva.

Imagem Aérea Parque Taquaral - 1971

Imagem Aérea 1
Fonte: Arquivo SEPLAM

10
Imagem Aérea Parque Taquaral - 1988

Imagem Aérea 2
Fonte: Arquivo SEPLAN - 1988

11
Imagem Aérea Parque Taquaral - 1991

Imagem Aérea 3
Fonte: Arquivo SEPLAN

12
CAPITULO II

2. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

2.1. MEIO FÍSICO

2.1.1. OCUPAÇÃO FÍSICA DO ENTORNO

O levantamento da estrutura urbana instalada na faixa de entorno do


Parque Taquaral, definida como sendo de aproximadamente 100m de raio
relativo ao seu anel externo, comprovou a natureza predominantemente
residencial dos bairros localizados ao seu redor. Foram identificadas 440 casas
residenciais.
Foram encontrados no entorno locais comerciais, dentre eles são 7
bares, 6 salões de beleza, 1 serralheria, 5 mercearias, 5 oficinas mecânicas, 1
pamonharia, 1 stand imobiliária, 1 panificadora.
Ainda nesse raio de 100m foram identificadas 1 escola, 1 posto de
saúde, 1 creche e 4 igrejas.
Durante os trabalhos de levantamento da ocupação do entorno, foram
identificadas atividades potencialmente impactantes ao meio ambiente, como
as oficinas mecânicas, serralheria e posto de saúde, observando-se a
necessidade do controle eficaz da produção de poluentes por parte das
unidades.
Segue abaixo o mapa de abrangência da faixa de entorno:

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Mapa 1 – Zona de Amortecimento do Parque Taquaral
Fonte: Arquivo SEMMA

2.1.1.1.AMBULANTES

O Parque Taquaral por ser uma área nova e mais distante do centro da
cidade, ainda não possuía ambulantes no seu entorno. Com a inauguração do
Parque a secretaria de meio ambiente, através do departamento de
desenvolvimento ambiental, junto a SEDEM (Secretaria de Desenvolvimento
Econômico) fará a seleção dos futuros permissionários da área, já estipulando
as regras de acordo com a instrução normativa estabelecida pela SEMMA, o
Código de Posturas do Município, no que se refere aos permissionários e as
regras da SEDEM, limitando a instalação de 12 (doze) ambulantes no entorno
do Parque, com renovação de cadastro anual, mediante comportamento
adequado diante de uma unidade de conservação e participação em cursos de

14
capacitação para o melhor entendimento das regras do Parque e compreensão
do ecossistema que envolve a área.

Mapa 2 – Localização de Ambulantes


Fonte: Arquivo SEMMA

2.1.1.2. LEVANTAMENTO DE RUÍDOS

Com o objetivo de ampliar os conhecimentos sobre toda a dinâmica


urbana que envolve o Parque Taquaral e seus possíveis efeitos sobre a
unidade de conservação, foi realizado um levantamento da emissão de ruído

15
em seu entorno, com a utilização de um medidor de nível sonoro
(decibelímetro). O limite da intensidade de ruídos suportáveis durante o dia é
regulamentado e não deve ultrapassar a barreira dos 70 dB, porém o conforto
acústico já é afetado a partir de 50 dB. Foram estabelecidos cinco pontos no
decorrer da Unidade de Conservação no período vespertino (exatamente às
14h) e destes cinco pontos três ultrapassaram o limite suportável de ruídos.
O primeiro ponto coletado foi na Alameda Goiânia Viva na Quadra 66 e
esse ponto chegou a 82,0dB o que pode resultar de irritações, aumento de
risco de enfarte, infecções, danos ao sistema auditivo, e o organismo fica
sujeito a estresse degenerativo e abalos da saúde mental.
O segundo ponto está localizado na Alameda Goiânia Viva na Quadra
65 e o valor encontrado foi de 58 dB o menor dos valores dos quatros pontos e
o mais próximo do suportável durante o dia, este índice pode diminui o poder
de concentração e prejudica a produtividade no trabalho intelectual.
O terceiro ponto fica na Alameda Taquaral com a Gabriel H. A., e foi
encontrado um índice de ruídos de 81 dB.
O quarto ponto estava localizado na Alameda Taquaral com a quadra 59
e o índice encontrado foi 90 dB o maior valor encontrado e o mais prejudicial à
saúde. E o quinto ponto estava localizado na GV 17 na quadra 45 e o índice
encontrado foi de 67 dB.
São necessários estudos para criação de alternativas para as atuais
condições do trânsito, que possam diminuir o fluxo nesses pontos, evitando-se,
assim, uma série de problemas, tanto para a população humana quanto para
os outros organismos vivos habitantes do Parque taquaral, além de alternativas
que realmente sejam postas em prática, haja vista que existem clínicas
médicas no entorno aumento o risco à saúde devido ao limite bastante alterado
de ruídos.
São apresentados, a seguir, os índices de poluição sonora aceitável de
acordo com a zona e o horário segundo as normas da ABNT, a tabela de
impactos de ruídos sobre a saúde e o mapa pontual de levantamento de
ruídos:

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Os índices de poluição sonora aceitáveis estão determinados de acordo com a zona e
horário segundo as normas da ABNT (n.º.151). Conforme as zonas os níveis de
decibéis máximos permitidos nos períodos diurnos e noturnos são os seguintes.

Decibéis
Área Período
(Db)
Diurno 45
Zona de Hospitais
Noturno 40
Diurno 55
Zona Residencial Urbana
Noturno 50
Diurno 65
Centro da cidade (negócios, comércio, administração).
Noturno 60
Diurno 70
Área predominantemente industrial
Noturno 65

TABELA DE IMPACTO DE RUÍDOS NA SAÚDE - VOLUME/REAÇÃO EFEITOS


NEGATIVOS EXEMPLOS DE EXPOSIÇÃO

Exemplos
Volume Reação Efeitos negativos
locais

Rua sem
Até 50 dB Confortável (limite da OMS) Nenhum
tráfego.

Acima de
O ORGANISMO HUMANO COMEÇA A SOFRER IMPACTOS DO RUÍDO.
50 dB

A pessoa fica em Diminui o poder de concentração e


De 55 a Agência
estado de alerta, não prejudica a produtividade no trabalho
65 dB bancária
relaxa. intelectual.

Aumenta o nível de cortisona no sangue,


De 65 a
diminuindo a resistência imunológica. Induz
70 dB O organismo reage
a liberação de endorfina, tornando o
(início para tentar se Bar ou
organismo dependente. É por isso que
das adequar ao restaurante
muitas pessoas só conseguem dormir em
epidemia ambiente, minando lotado
locais silenciosos com o rádio ou TV
s de as defesas.
ligadas. Aumenta a concentração de
ruído)
colesterol no sangue.

17
Praça de
alimentaçã
O organismo fica
o em
sujeito a estresse
Acima de Aumentam os riscos de enfarte, infecções, shopping
degenerativo além de
70 entre outras doenças sérias. centers,
abalar a saúde
Ruas de
mental
tráfego
intenso.

Obs.: O quadro mostra ruídos inseridos no cotidiano das pessoas. Ruídos eventuais
alcançam volumes mais alto. Um trio elétrico, por exemplo, chega facilmente a 130 dB
(A), o que pode provocar perda auditiva induzida, temporária ou permanente.

Tabela 1 – Níveis Permissíveis de emissão de ruídos segundo a OMS


Fonte: Organização Mundial de Saúde – OMS

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Mapa 3: Posição dos pontos de amostragem de ruídos
Fonte: Secretaria Municipal do Meio Ambiente/SEMMA, 2006 – Goiânia-GO.

2.1.1.3. APECTOS GEOMORFOLÓGICOS

Os aspectos geológicos, modelado do relevo e os tipos de solo estão


intrinsecamente ligados à dinâmica hidrológica da região, especialmente ao
comportamento sazonal das águas. Assim, será dada a ênfase à explicação do
conjunto de suas relações espaço-temporais, isto é, como se apresentam, e
como se relacionam no espaço e ao longo do tempo, seja o tempo geológico,
seja, dinamicamente, o sazonal.
Geologicamente, a área é recoberta por sedimentos quaternário (Q)
pleistocenicos (P) e holocenicos (H), com afloramentos pontuais de granitos
neoproterozoicos (N(G)) (SIC, 2004), estando todos inseridos
geomorfologicamente no Planalto dissecado de Goiás.

19
Planalto Rebaixado de Goiânia Situado na porção centro-sul do Estado,
abriga a sua capital, Goiânia, e outras cidades de menores dimensões
territoriais. Com cotas altimétricas entre 650 e 850m, a unidade compreende
um vasto planalto rebaixado e dissecado, esculpido em litologias pré-
cambrianas diversas. Na seção centro-meridional e em segmentos da parte
norte, predominam os micaxistos e quarzitos do Grupo Araxá. Na seção
setentrional, dominam os gnaisses e granodioríticas.
Sobre essas litologias atuaram os processos de dissecação, resultando em
relevos predominantemente tabulares, sobre os quais desenvolvem-se
Latossolos Vermelho-Escuros e Vermelho-Amarelos.
A unidade em apreço coalesce com as Depressões Intermontanas. Sua
definição, através de imagens de radar, foi dada pela posição ascendente das
cotas altimétricas para sul e para leste, e também pelo desaparecimento do
caráter de intermontana da unidade anterior. Também coalesce em alguns
trechos com a parte mais baixa do Planalto Setentrional da Bacia do Paraná
(Planalto dissecado do rio Verde). Tal fato parece estar relacionado à presença
de percées abertas por alguns rios da área, posteriormente alargadas e unidas
por pediplanação. Essas percées promoveram o rebaixamento de segmentos
da zona de contato, provocando a coalescência do Planalto Rebaixado de
Goiânia com o Planalto do rio Verde (parte mais baixa).
Nestes locais, as cotas altimétricas descem a 350-400m, enquanto a
superfície geral do Planalto Rebaixado varia de 650 a 850m, aumentando de
oeste para leste. Este fato dá à subunidade em questão um caráter de
superfície topográfica de transição entre o Planalto do Rio Verde e o Planalto
do Alto Tocantins-Paranaíba. O Planalto Rebaixado de Goiânia abriga cursos
d’água volumosos,encaixados e controlados pela estrutura subjacente. Em sua
maioria, pertencem à bacia hidrográfica do Paraná. Dentre eles destacam-se o
Rio Paranaíba e seus afluentes: rios Corumbá, Meia Ponte, dos Bois, Turvo,
que nascem na porção norte da subunidade e se dirigem para sul, desaguando
no rio Paranaíba. Em alguns trechos, esses cursos d’água apresentam leito
encaixado.
Em outros, notadamente nos altos cursos, comportam áreas de terraços
associados a planícies. Considerando a coalescência do piso das Depressões
Intermontanas com a superfície mais baixa do Planalto de Goiânia, admite-se a

20
mesma idade neopleistocênica para a pediplanação do planalto em questão.
Fatos observados em trabalhos de campo mostram que, apesar do relevo
constituir uma superfície herdada, os efeitos de transformação do ambiente
climático atual já podem ser visualizados. Algumas das concreções
ferruginosas observadas não se reportam necessariamente a uma época
pretérita. É o caso daquelas encontradas em um terraço do rio Meia Ponte,
entre as cidades de Piracanjuba e Hidrolândia. Elas podem estar relacionadas
à situação climática atual, onde a alternância de estações secas e úmidas
(clima de Savana) permite sua formação. Outro fato relativo ao tempo atual é a
própria dissecação da área, levada a efeito pela drenagem de menor porte. E
há também a presença de ravinas e boçorocas observadas em vários setores
do planalto. Este fato, contudo, não depende essencialmente das condições
climáticas vigentes, pois se relaciona à interferência da ação humana sobre o
relevo. Ao eliminar a cobertura vegetal para as atividades agropecuárias, o
homem expõe o solo à ação das águas de superfície, que têm sua capacidade
erosiva multiplicada pela concentração do fluxo.
O Parque em questão apresenta uma particularidade neste podemos
encontrar a presença Chapada de Goiânia com superfícies de formas
rompeadas com presença de vertentes convexas com presença de atividade
de degradação do tipo linha de fratura.

2.1.1.3.1. SOLO

Segundo (Sano et al, 1998) para compreendermos o comportamento e


adistribuição dos solos na paisagem devemos conhecer o ambiente que o
cerca. Existem correlações entre o solo e a vegetação e a compreensão desta
é fundamental para o estudo do comportamento de ambos no meio ambiente.
É importante considerar, ainda, como o homem interage com esses
componentes da natureza, uma vez que, ele faz parte dela.
Analisando a paisagem do parque constatou-se como vegetação floresta
de galeria, já descaracterizada pela ação do homem, associada com buritizais ,
onde ocorrem os solos hidromórficos, com relevo plano a suave ondulado,
pouco desenvolvido e presença de lençol freático próximo à superfície parte do
ano. Os perfis são do tipo horizonte A com predominância de cores pretas

21
sobre C com tendências de cores cinzento – claras. Os solos hidromórficos
normalmente são solos bem estruturados apresentando textura variável ao
longo do perfil. Quando argilosos sua consistência é plástica e pegajosa.
Quimicamente podem ser ricos ou pobres em bases ou com teores de alumínio
elevados. Por serem sistemas conservadores de água, próximos à nascentes e
cursos d’água, é muito importante preservá-los, para não comprometer o
reservatório hídrico da região. Portanto não se recomenda a drenagem desses
solos.

Foto 1. Floresta de galeria com presença de Mauritia flexuosa L.f. (Buriti)


Fonte: Arquivo SEMMA

Ainda dentro do parque há a ocorrência de cambissolos associado a


relevo ondulado. Estes solos podem ser desde rasos a profundos, com
profundidade atingindo entre 0,2 a 1 metro. Apresentam coloração branco-
amarelada no horizonte superficial e vermelho – amarelada no subsuperficial. A
estrutura é bastante variável predominando blocos subangulares. Em alguns
perfis observa-se a presença de cascalhos e materiais concrecionários. São
solos de textura variada desde muito argilosa até franco arenosa, com cascalho

22
ou sem cascalho. Quimicamente o solo do parque tende a eutrófico estando
associado a ocorrência de Myracrodruon urundeuva Allemão (aroeira).

Foto 2. Cambissolo
Fonte: Arquivo SEMMA

Foto 3. Myracrodruon urundeuva Allemão (Aroeira)


Fonte: Arquivo SEMMA

23
O solo do parque primitivamente cambissolo nas partes mais altas e
hidromórficos nas partes mais baixas, não apresenta, mesmo com antropismo
presença de erosões. Não deixando de ser necessário a adoção de sistemas
de manejo que mantenham as qualidades dos solos, da água e do ar. A vida
com qualidade depende do convívio harmônico do homem com a natureza que
o cerca.
O solo em particular, deve sempre ser lembrado não como um recurso
inerte, mas como um componente do ecossistema que abriga uma infinidade
de organismos necessários à sobrevivência do homem e de todo o planeta.

2.1.1.4 ÁGUA

2.1.1.4.1 CÓRREGO TAQUARAL

O córrego Taquaral possui suas nascentes no setor Jardim Madri, no


setor Jardim das Caravelas, no residencial Santa Fé, no Residencial Forteville,
no Residencial Rio Verde e Alphaville, no Parque Santa Rita, no Jardim Eli
Forte, no Setor Solange Park, no próprio Parque, no Residencial Porto Seguro
e no Setor Vereda dos Buritis. A maioria destas nascentes se encontra em
áreas protegidas da Prefeitura, como o Parque Municipal Vereda dos Buritis, o
Parque Municipal Eli Forte, o Parque Municipal Solar Santa Rita e outros da
região Oeste do Município. Algumas se encontram em áreas particulares que
precisam ser monitoradas quanto à retirada de água, assoreamento e poluição.
O córrego passa por estes setores e se encontra com o Ribeirão Anicuns, que
por sua vez se encontra com o Rio Meia Ponte. Com estas ligações verifica-se
que o corpo d’água é de suma importância para o Município e precisa ser
preservado.
O córrego não é canalizado, sendo necessário revegetar algumas
partes de suas margens para evitar o assoreamento no futuro e as poluições,
diminuindo assim o quantitativo de água, além de destruir a biodiversidade das
margens do córrego, prejudicando conseqüentemente a saúde dos moradores
ao longo de seu percurso e posteriormente o abastecimento de água do
Município de Goiânia, pois o Rio Meia Ponte é fonte de abastecimento da
Cidade.

24
Imagem Aérea 4 - Nascentes do Córrego Taquaral
Fonte: Arquivo SEMMA

Foto 4 - Ponte do Córrego Taquaral


Fonte: Arquivo SEMMA

25
2.2. MEIO BIÓTICO

2.2.1. FAUNA

Cerrado é o nome regional dado às savanas brasileiras e se localiza no


grande platô que ocupa o planalto central brasileiro. Por fazer fronteira com os
biomas, e a fauna e flora do cerrado são extremamente ricas. O do cerrado é
quente, semi-úmido, com verão chuvoso e inverno seco. Encontramos no
cerrado o segundo maior brasileiro com uma área total de aproximadamente
2mil km2 (20% do território brasileiro), dos quais 300.000 km2 foram
reconhecidos em 1993 como.Os Parques Nacionais Chapada dos Veadeiros e
Emas foram declarados pela UNESCO em 2001.
O Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo
em biodiversidade com a presença de diversos ecossistemas e riquíssima flora
com mais de 10.000 espécies de plantas, sendo 4.400 endêmicas. A fauna é
representada por 837 espécies de aves, 780 espécies de peixes, 195 espécies
de mamíferos, 180 de répteis e 113 espécies de anfíbios (MMA, 1999). A
diversidade de insetos é a mais impressionante ainda, estimada em 90.000
espécies (Dias, 1996).
Goiânia está entre as cidades consideradas um complexo ecossistema
urbano, apresentando uma variedade de habitat e comunidades animais, onde
o efeito da fragmentação cria um mosaico de ilhas de diferentes tamanhos e
formas, nos quais a vegetação original e todos seus organismos residentes são
modificados pela invasão de espécies exóticas e pelo contínuo distúrbio
humano. A urbanização pode afetar o meio ambiente e acabar com as belezas
da fauna do cerrado tais modificações, em virtude da construção de imóveis,
instalação de paisagens artificiais, pavimentação de vias, etc., podem alterar
bruscamente a dinâmica e composição da fauna silvestre local. Entretanto,
essas alterações oferecem também uma oportunidade de estudo de suas
comunidades (Dickman, 1987), já que muitas espécies animais encontram
refúgio para sobrevivência em áreas bastante urbanizadas como praças,
hortos, bosques, cemitérios, parques, etc., dando origem a uma verdadeira
comunidade sinântropa, com espécies oportunistas ou exóticas (Dickman,
1987; Matarazzo-Neuberger, 1995), o que causa desequilíbrio entre as taxas

26
de extinção e imigração, além de contribuir para a poluição no ar, na água e no
solo. Do ponto de vista ecológico, a composição faunística de grandes cidades
é bem interessante, pois em diversos estudos já realizados neste tipo de
ambiente, a fauna se mostrou rica e diversificada.
Como é sempre esperado em levantamentos faunísticos, o grupo de
maior freqüência foi o da avifauna, por seus indivíduos se dispersarem com
facilidade e não oferecerem dificuldades na sua observação. De acordo com
Silva (1995), o Cerrado brasileiro apresenta uma rica diversidade de aves, com
837 espécies.

CLASSE REPTILIA
Família Colubridae
coral- falsa Oxyrhopus trigeminus (Duméril, Bibron & Duméril, 1854)

Sybinomorphus mykanii , (Schlegel, 1837)

Philodryas olfersii (Lichtenstein, 1823)

27
Família Viparidae
jararaca Bothrops moojeni (Hoge, 1966)

Família Gekkonidae
Lagartixa doméstica Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnès, 1818)

Família Tropiduridae

calango Tropidurus torquatus (Wied, 1820))

Família Teiidae
bico-doce Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758)

28
CLASSE AMPHIBIA
Família Leptodactylidae
rã-cachorro Physalaemus cuvieri (Fitzinger, 1826)
rã-manteiga Leptodactylus ocellatus (Linnaeus, 1758)
râ-pimenta Leptodactylus labyrinthicus (Spix, 1824)
Perereca Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Perereca Dendropsophus minutus (Ahl, 1933)

rã-cachorro rã-pimenta

Perereca Perereca

CLASSE MAMMALIA
Família Callitrichidae
mico-estrela Callithrix penicillata (É. Geoffroy, 1812)

29
Família Didelphidae
gambá Didelphis albiventris (Lund, 1840)

CLASSE AVES
Família Alcedinidae
martim- pescador- pequeno Chloroceryle americana ( Clements, 2005)
martim- pescador- grande Ceryle torquata (Clements, 2005)

martim- pescador- pequeno martim- pescador- grande

Família Charadriidae
quero-Quero Vanellus Chilensis, (Molina,1972)

Família Columbidae
pombo- doméstico Columba livia (Clements 5th ed.2005)
rolinha Columbina minuta (Linnaeus, 1766)

30
pombo-doméstico rolinha

Família Cuculidae
anu- preto Crotophaga ani (Linnaeus, 1758)
anu- branco Guira guira (Clements 5th ed.2005)
alma-de-gato Piaya cayana (Clements 5th ed.2005)

anu- preto anu- branco alma de gato

Família Emberizidae
Cambacica Coereba Fraveola (Linnaeus, 1758)

Família Formicariidae
pica-pau-pequeno Vernilornis passerinus (Linnaeus, 1758)

31
Família Furnariidae
joão-de-barro Furnarius rufus (Clements 5th ed.2005)

Família Icteridae
pássaro preto Chorimopsar chopi (Vieillot, 1819)

Família Momotidae
udu Momotus momota (Sibley & Monroe 1993)

Família Passeridae
pardal Passer domesticus ( Linnaeus,1758)

32
Família Psittacidae
periquito Brotogeris chiriri (Clements ,2005)
maritaca Aratinga leucophthalmus (Clements,2005)

periquito maritaca

Família Rallidae
frango-d’água Gallinula chloropus (Linnaeus,1758)

Família Ramphastidae
tucano Ramphastos toco (Clements,2005)

Família Tersinidae
saí-Andorinha Tersina Viridis,(Illiger, 1811)

33
saí-andorinha
Família Threskionithidae
curicaca Theristicus caudatus (Boddaert, 1783)

Família Thamnophilidae
choca-Barrada Thamnophilus doliatus (Howard & Moore 2003)

Família Trochilidae
beija-flor-de-veste-preto Anthracothorax dominicus (Clements , 2005)
beija-flor-do-rabo-branco Phaethornis Preteri (Lesson & Delattre, 1839)

beija-flor-do-rabo-branco beija-flor-de-veste-preto

34
Família Turdidae
sabiá-laranjeira Turdus rufiventris (Vieillot, 1818)

Família Vironidae
pitiguari Cyclarhis gujanensis (Gmelin, JF, 1789)

Família Tyrannidae
bem-te-vi Pintangus Sulphuratus (Clements , 2005)

CLASSE PEIXES
Familia Characidae
lambari Astianax spp

lambari

35
cará Hypostomus sp

2.2.1.1 Fauna Silvestre

A capacidade de suporte do Taquaral, ainda não é conhecida, para isso


é necessária a implantação de um protocolo de controle populacional, visando
à adequação quantitativa das espécies, com relação aos recursos disponíveis,
realizando, quando necessário o manejo de indivíduos.
Outro problema observado é a oferta de alimentação aos animais de
forma inadequada por parte dos usuários do Parque, torna necessário um
trabalho educativo e de acompanhamento constante, com monitores instruídos.
A insuficiência de dados, tanto qualitativos, quanto quantitativos, sobre
as espécies que ocorrem no Parque, torna necessária a execução de um
detalhado inventário faunístico que se estenda, por no mínimo um ano, e que
abranja as diferentes estações climáticas.

2.2.1.2. Animais domésticos

No Parque Taquaral, foram encontrados alguns gatos, abandonados por


seus donos. Esses animais não podem viver na área, pois causam uma série
de problemas aos animais ali existentes, como as aves, que boa parte são
migratórias; podem ser vetores de doenças, como a raiva, portadores de
parasitas, que são transmitidos aos animais silvestres.
No ano de 2005, em conjunto com a zoonózes, a SEMMA, desenvolveu
um trabalho de campanha contra o abandono de animais, alertando a
comunidade das graves conseqüências de se abandonar um cachorro, gato ou
cavalo em uma área verde. Nos anos, que se seguem a campanha continuará,
como uma das medidas mitigadoras, para se acabar com o problema. Os gatos

36
encontrados na área, no futuro deverão ser retirados e recomenda-se a
castração destes. No momento, o Ministério Público, o Centro de Zoonózes, a
SEMMA, a Associação protetora dos Animais e o Conselho de Veterinária,
estão estudando uma melhor estratégia, para a realização da castração desses
animais e o destino final dos mesmos, como um abrigo ou adoção; será feito
um termo de ajuste de conduta, com as partes necessárias, além de se fazer
uma instrução normativa, que evite tais problemas em áreas de preservação
ambiental.

Foto 11 – Animal Doméstico no Parque


Fonte: Arquivo SEMMA

2.2.1.3 Animais Exóticos

O administrador do Parque precisa estar sempre alerta a introdução de


espécies exóticas, pois estas causam sérios problemas a fauna local,
prejudicando o equilíbrio dos grupos ou até a extinção dos animais nativos.
Verificando este problema, a SEMMA está elaborando uma instrução normativa
que evite a introdução destas espécies prejudiciais ao ambiente além de fazer
campanhas junto à comunidade, esclarecendo e educando sobre o assunto.

37
2.2.2. FLORA

O Parque Taquaral está localizado na região oeste de Goiânia no


Residencial Goiânia Viva. A área do parque é banhada pelo córrego Taquaral,
que apresenta uma floresta de galeria bastante alterada, descaracterizada e
estreita e em alguns pontos ocorre a Mauritia flexuosa L.f. (Buriti). Sendo uma
região muito urbanizada com formação de áreas residenciais, o que alterou
profundamente a flora primitiva que existia na área onde se encontra
atualmente o parque.
A vegetação apresenta características de Floresta Estacional
Semidecidual e Floresta de Galeria com 47.176 m², correspondendo 43 % da
área total do parque, que é de 109.655,00 m².
A Floresta Estacional Semidecidual está condicionada com 2 estações
climáticas, uma tropical com época de intensas chuvas de verão seguidas de
estiagem acentuadas quando normal apresenta 20 a 50% dos indivíduos
desprovidos de folhas.
A Floresta de Galeria estende-se pela vegetação florestal que
acompanha os córregos, ribeirões e rios de pequeno porte, formando
corredores fechados (galerias) sobre o curso d’água (RATTES et al. 1973,
RIBEIRO et al. 1983). Essa fisionomia é perenifólia, não apresentando
caducifólia, durante a estação seca. A altura media das árvores varia entre 20 a
30 m, apresentando uma superposição arbórea de 70 a 95%.
No inicio da ocupação dos setores adjacentes, a cobertura arbórea foi
alterada pela abertura de trilhas no interior da floresta acarretando a remoção
de árvores e formação de pequenas clareiras.
A seguir, a listagem de espécies que foram encontradas no Parque
Taquaral.
Tabela 2. Relação das espécies nativas ocorrentes na floresta de galeria do
Parque Taquaral:

Nome Científico Nome Vulgar


ANACARDIACEAE
Anacardium humile A.St.-Hil. Cajuzinho-do-cerrado
Myracrodruon urundeuva Allemão (Foto 4) Aroeira

ANNONACEAE

38
Xylopia emarginata Mart. Pindaíba

ARACEAE
Philodendron bipinnatifidum Schott ex Endl. Guaimbé

ARALIACEAE
Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire, Steyerm. & Frodin Mandiocão

ARECACEAE
Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart. Macaúba
Mauritia flexuosa L.f. Buriti
Scheelea phalerata (Mart. ex Spreng.) Burret (Foto 5) Bacuri

BIGNONIACEAE
Jacaranda cuspidifolia Mart. Jacarandá-mimoso
Tabebuia chrysotricha (Mart. ex .DC.) Standl. Ipê-cascudo
Tabebuia ochracea (Cham.) Standl. (Foto 6) Ipê-amarelo-do-cerrado
Tabebuia roseo-alba (Ridl.)Sandwith Ipê-branco
Tabebuia serratifolia (Vahl) G.Nicholson Ipê-amarelo

BOMBACACEAE
Pseudobombax tomentosum (C. Martius & Zuccarini) Robyns Embiruçu

CECROPIACEAE
Cecropia pachystachya Trécul Embaúba

EUPHORBIACEAE
Croton urucurana Baill. Sangra-d’água

HELICONIACEAE
Heliconia psittacorum L.f. Helicônia-papagaio

ICACINACEAE
Emmotum nitens (Benth.) Miers Aderne

LECYTHIDACEAE
Cariniana rubra Gardner ex Miers Jequitibá-branco

LEGUMINOSAE-CAESALPINOIDEAE
Bauhinia rufa (Bong.) Steud. Miroró
Hymenaea courbaril L. var. stilbocarpa (Hayne) Y.T.Lee & Lang.Jatobá-da-
mata

LEGUMINOSAE-MIMOSOIDEAE
Anadenanthera peregrina (L.) Spez. Angico
Dimorphandra mollis Benth. Faveira
Inga cylindrica (Vell.) Mart. Ingá
Inga edulis Mart. Ingá-cipó

39
Inga uruguensis Hook. & Arn. Ingá-banana
Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. Angico-jacaré

LEGUMINOSAE-PAPILIONOIDEAE
Machaerium acutifolium Vogel Jacarandá
Machaerium aculeatum Raddi Jacarandá-bico-de-pato
Platypodium elegans Vogel Jacarandá-canzil
Platymiscium pubescens Micheli Feijão-cru

MALPIGHIACEAE
Byrsonima crassa Nied. Murici

MELASTOMATACEAE
Miconia macrothyrsa Benth.

MELIACEAE
Cedrela fissilis Vell. Cedro
Guarea guidonia (L.) Sleumer Marinheiro

MORACEAE
Maclura tinctoria (L.) D.Don ex Steud. Moreira

MYRISTICACEAE
Virola sebifera Aubl. Virola

PIPERACEAE
Piper arboreum Aubl. Jaborandi
Piper ubellatum L.

RUBIACEAE
Guettarda pohliana Müll.Arg. Veludo-vermelho

SAPINDACEAE
Sapindus saponaria L. Sabão-de-macaco

SOLANACEAE
Solanum lycocarpum A. St.-Hil. Lobeira

SAPOTACEAE
Pouteria torta (Mart.) Radlk. Guapeva

STERCULIACEAE
Guazuma ulmifolia Lam. Mutamba

THELYPTERIDACEAE
Thelypteris dentata (Forssk.) E.P.St. Joh Samambaia-do-mato

TYPHACEAE
Typha dominguensis Pers. Taboa

40
ULMACEAE
Trema micrantha (L.) Blume Periquiteira,
crindiúva

VOCHYSIACEAE
Qualea grandiflora Mart. Pau-terra-da-folha-larga

ZINGIBERACEAE
Alpinia sp. Alpínia
Costus spiralis (Jacq.) Roscoe Cana-de-macaco
Hedichium coronarium Koen. Lírio-de-São-José

Foto 5 - Minibosque de Myracrodruon urundeuva Allemão (Aroeira)


Fonte: Arquivo SEMMA

41
Foto 6 - Scheelea phalerata (Mart. ex Spreng.) Burret (Bacuri)
Fonte: Arquivo SEMMA

Foto 7 - Tabebuia serratifolia (Vahl) G.Nicholson (Ipê-amarelo)


Fonte: Arquivo SEMMA

42
2.3. MEIO SÓCIO-ECONÔMICO

-Indicadores administrativos, demográficos e ambientais:


Criada pela Lei Complementar nº. 27 de 30 de dezembro de 1999, a
Região Metropolitana de Goiânia - RMG engloba onze municípios, incluindo
Goiânia. Foi também criada a Região de Desenvolvimento Integrado de
Goiânia, que inclui mais sete municípios do aglomerado urbano da capital. A
RMG tem por objetivos principais "integrar a organização, o planejamento e a
execução de funções públicas de interesse comum dos municípios" que a
integram. Conceituam-se funções públicas como aquelas que extrapolam o
âmbito de apenas um município, passando ser do interesse simultâneo de dois
ou mais.É a região mais expressiva do Estado de Goiás quando se enumera
suas característica, como: conter sua capital, cerca de 35 % da população
estadual, um terço de seus eleitores, cerca de 80 % de seus estudantes
universitários e aproximadamente 60% de seu PIB.Os onze municípios que
compõem a Região Metropolitana de Goiânia são: Goiânia, Trindade, Goianira,
Santo Antônio de Goiás, Nerópolis, Goianápolis, Senador Canedo, Aparecida
de Goiânia, Hidrolândia, Aragoiânia e Abadia de Goiás.
O Parque Taquaral Residencial Goiânia Viva que está inserida na
Região Oeste de Goiânia, possuindo os seguintes dados populacionais:

Setor População Residente


Total Homens Mulheres
Residencial 8.006 3.889 4.117
Goiânia Viva
Tabela 3 -
Fonte: Radiografia de Goiânia- Censo IBGE 2000

-Indicadores sócio-culturais:
Considerando a população residente de 10 anos ou mais de idade
constata-se que 93,8% dos habitantes da Região Metropolitana é alfabetizada.
No setor em que se encontra o Parque Taquaral Residencial Goiânia Viva
destacam - se as seguintes taxas de alfabetização:

43
Setor Pessoas residentes de cinco anos ou mais de idade
Total Alfabetizados Não Alfabetizados
Residencial Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Goiânia 6.980 5.949 2.842 3.107 1.031 527 504
Viva
Tabela 4 -
Fonte: Radiografia de Goiânia - Censo IBGE 2000

A educação no Município de Goiânia está separada em três partes:


Educação infantil e básica, educação superior e ensino profissionalizante. A
gratuidade da educação infantil e do ensino fundamental é encargo prioritário
do município, sendo sua gestão exercida pela Secretaria Municipal da
Educação. Na região Oeste onde se insere o Parque destaca-se os seguintes
dados sobre a rede escolar:

Região M E P CM CE Total
Oeste 12 7 8 1 1 29
Tabela 5 -
Fonte: Secretaria Municipal de Educação, Secretaria de Estado da Educação,
Subsecretaria Metropolitana de Ensino.
Legenda: M: Escolas Municipais, E: Escolas Estaduais, P: Escolas
Particulares, CM: Escolas Conveniadas com a rede municipal de ensino, CE:
Escolas Conveniadas com a rede estadual de ensino.
O número de alunos matriculados na Região Oeste na rede escolar do
município de Goiânia segue abaixo:

Região Número de Matriculados Total


M E P CM CE
Oeste 7686 7469 936 218 280 16.589
Tabela 6-
Fonte: Secretaria Municipal de Educação, Secretaria de Estado da Educação,
Subsecretaria Metropolitana de Ensino.
Legenda: M: Escolas Municipais, E: Escolas Estaduais, P: Escolas
Particulares, CM: Escolas Conveniadas com a rede municipal de ensino, CE:
Escolas Conveniadas com a rede estadual de ensino.

44
A rede municipal de saúde em 2001 funcionou com 50 unidades entre
CAIS (Centro de assistência Integrada à Saúde), CIAMS (Centro Integrado de
Assistência Medico Sanitário), Postos de saúde, NAPS (Núcleo de Atenção
Psicossocial), Laboratórios e Ambulatórios.
Na região Oeste onde se encontra o Parque em questão foram
levantados os seguintes dados em relação a equipamentos de saúde
integrados ao Sistema Único de Saúde – SUS no Município de Goiânia:

Região Leitos Cadastrados Leitos Existentes


Oeste - -
Tabela 7-
Fonte: Secretaria Municipal da Saúde

- Indicadores econômicos:
O quadro abaixo mostra o número de estabelecimentos no Setor
Residencial Goiânia Viva:
Setor Agropecuári Comérci Construção Indústri Serviço Total
a o Civil a s
Residencial 1 38 - 3 11 53
Goiânia
Viva
Tabela 8-
Fonte: MTE - RAIS 200

A tabela a seguir apresenta a arrecadação do IPTU na região Oeste do


Município de Goiânia em 2001:
Região Quantidade de Valores Lançados Valores Arrecadados
Imóveis
Predial Territorial Predial Territorial Predial Territorial
Oeste 12.258,00 13.448,00 561.949,58 1.590.392,61 92.069,41 55.751,30
Tabela 9 -
Fonte: SEFIN/ COMDATA- 2002

45
2.3.1. ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS DOS VISITANTES DO PARQUE

Foram entrevistadas 102 pessoas, nos meses de Junho, Julho e Agosto,


nos períodos matutino e vespertino. Verificando que desta amostra 56% eram
homens e 44% mulheres.

Total de Entrevistados

Mulheres
44% Homens
Homens Mulheres
56%

Dos entrevistados 37% são solteiros, 47% casados, 6% são viúvos e


10% deram outras respostas.

Estado Civil

10%
6%
37% Solteiro
Casado
Viúvo
Outros

47%

Em relação à proximidade da residência ao Parque obtivemos que 88%


residem próximo ao parque e apenas 12% moram distante ao Parque.

46
Proximidade da Residência ao Parque

12%
Sim - Mora próximo ao
Parque
Não - Mora próximo ao
Parque
88%

Observamos que 3% das pessoas entrevistadas possuem idade de 8 a


14 anos, 18% de 15 a 20 anos, 28% de 21 a 30 anos, 30% de 31 a 40 anos e
21% de 41 a 60 anos.

Faixa Etária dos Entrevistados

21% 3%
18%
8 a 14 anos
15 a 20 anos
21 a 30 anos
31 a 40 anos
30% 28% 41 a 60 anos

Dos entrevistados 21% possuem renda mensal de até um salário


mínimo, 46% dos entrevistados recebem de 2 a 4 salários mínimos, 9%
possuem renda mensal de 6 a 8 salários mínimos, 19% dos entrevistados
possuem renda mensal de 1 a 2 salários mínimos, de 4 a 6 salários mínimos
são no total 5% e nenhum dos entrevistados possuem renda mensal acima de
8 salários mínimos.

47
Renda Mensal dos Entrevistados
Até 1 salário mínimo

0% de 2 a 4 salários
5% mínimos
21%
19%
de 6 a 8 salários
mínimos
de 1 a 2 salários
9% mínimos
46% de 4 a 6 salários
mínimos
Acima de 8 salários
mínimos

Das 102 pessoas entrevistadas, 56% visitam o parque no período


vespertino, 37% no noturno e 37% no período matutino.

Período de visitação do Parque

Noturno
7%
Matutino
37%

Vespertino
56%

Observamos que 58% dos entrevistados utilizam o parque para


passear/caminhar, 20% para encontrar os amigos, 19% para praticar esportes,
1% para atividades culturais, 1% utilizam para a realização de outras atividades
e apenas 1% não respondeu.

48
Utilização do Parque por Atividade

1% 1%
19% Passear/Caminhar
Encontrar amigos
1% Outras Atividades
58% Praticar Esportes
20% Atividade Cultural
Não Responderam

Dos entrevistados 36% utilizam o parque de duas a três vezes por


semana, 31% utilizam todos os dias, 17% utilizam o parque esporadicamente,
5% uma vez por semana, 5% com outra freqüência, e 5% não responderam.

Freqüência de Visitação
Outros Não responderam
5%
Uma vez por Não Todos os dias
semana responderam
5% 6% Esporadicamente
Todos os dias
Duas a Três 31%
vezes por Duas a Três vezes por
semana semana
Esporadicamente
36% 17% Uma vez por semana

Outros

Com relação à pista de Cooper 92% estão satisfeitos, 7% não estão


satisfeitos e apenas 1% não respondeu.

49
Você está satisfeito com a pista de cooper
existente?

7% 1%

Sim
Não
Não responderam

92%

Do total de entrevistados 67% responderam que contribuem para a


preservação do parque e 33% não contribuem de nenhuma forma para a preservação
do Parque Taquaral.

Você contribui para a preservação do Parque?

Não
33%

Sim
67%

A partir das entrevistas foi observado que 41% conhecem as nascentes


do córrego, 53% não conhecem as nascentes, e 6% não responderam.

50
Você conhece as nascentes do córrego?

Não
Responderam
6%
Sim
41%

Não
53%

Com relação aos problemas existentes no Parque, 23% dos


entrevistados responderam que o maior problema é a falta de segurança, 17%
responderam que é a falta de iluminação, 4% reclamaram da falta de Telefones
públicos, 3% da poluição, 1% reclamaram da falta de cuidados com a nascente
e 52% não souberam responder.

Quais são os maiores problemas do Parque?


Falta de Segurança
3%
1% Não Responderam
17% 23%
Falta de telefone público
4%
Falta de Iluminação

Falta de cuidados com a


nascentes
52%
Poluição

Dos 102 entrevistados, 66% conhecem os servidores do Parque, 27%


não conhecem os servidores e 7% não souberam responder.

51
Conhece os servidores do Parque?
Não
Responderam
7%

Não
27%

Sim
66%

Desses 66% que conhecem os servidores do Parque, 47% acham que


eles atendem todas as expectativas, 24% acham que eles não atendem as
expectativas e 29% não souberam responder.

Se conhece os servidores do Parque, eles


atendem às expectativas?

Não
Responderam
29% Sim
47%

Não
24%

Em relação às profissões dos entrevistados foi observado que 43% são


profissionais liberais, 25% são estudantes, 12% são aposentados, 9%
servidores públicos e 11% deram outras respostas.

52
Profissão dos Entrevistados

11% 9%
Servidor Público
12%
Profissional Liberal
Estudante

43% Aposentado
25%
Outros

2.4. ANÁLISE DA PAISAGEM


A paisagem pode ser entendida no sentido amplo como aspecto sobre o
qual se apresenta determinada área, como reflexo das características
ambientais da região onde a mesma se encontra (MORRIS, 1976). Sob o ponto
de vista ecológico, a paisagem é definida como uma unidade ambiental
heterogenia, constituída por um mosaico de unidades ou partes interativas de
habitat (RICKLEFS, 1996; METGGER, 1999).
Em paisagens naturais, as unidades de habitat podem ser representadas
por florestas, cerrados, campos, ambientes rupestres, ambientes aquáticos e
outros ecossistemas. Já, em paisagens antrópicas, além de fragmentos desses
ecossistemas, são observadas, principalmente, culturas agrícolas, plantios
florestais, pastagens, e outras unidades de uso e ocupação da terra. Os fatores
geomorfológicos, geológicos e climáticos, entre outros, moldam toda a
paisagem e ambientes que contribuem para delinear seus atributos físicos,
químicos e biológicos.
No Parque Taquaral, a paisagem natural é caracterizada pela Floresta
Estacional Semidecidual e Floresta de Galeria que se apresentam bastante
degradadas e alteradas.
Esta área antes de 1995 iniciou o seu parcelamento ilegalmente,
neste ano, em 25 de julho foi criado e aprovado o loteamento com o Decreto
nº. 2005, no diário oficial nº. 1468, Lei Municipal nº. 6.063.

53
Originalmente, a área era revestida de mata nativa, onde segundo os
moradores, era uma grande fazenda do senhor Tonico Toqueira, depois
passando para o senhor Lourival Lousa. A região próxima ao córrego, tinha
lavoura de arroz, milho, hortaliças e etc. Existiam também, árvores frutíferas,
como jabuticaba, jambo e bananeira. Na década de 90, houve uma substituição
destas plantas por árvores nativas da região, como o Jatobá, Jerivá, Manacá-
de-cheiro, Nó-de-porco e muitas outras, embora no Parque ainda tenhamos a
presença de árvores frutíferas, como a goiabeira e etc. A vegetação herbácea,
semi-arbustiva e arbustiva, é representada pelo capim colonião as margens de
algumas partes do córrego, espécies rudeiras, pertencentes às famílias das
malvaceae, compositae e euphorbiaceae.
Na área existe uma das nascentes do córrego Taquaral. Já foi um local
de déposito de entulho em suas bordas, modificando posteriormente em função
da persistência da comunidade do entorno, que combateu este procedimento
negativo, impedido o depósito e incentivando a sua preservação.
A estrutura do Parque foi planejada, em função de proteger o córrego
Taquaral e sua nascente, além de preservar a mata ciliar de grande
importância para a região. O projeto se constituiu em fazer o reflorestamento
das áreas que se encontram degradadas, elaborando trilhas ecológicas, pista
de Cooper, equipamentos de ginástica, playground, elaboração de acessos ao
Parque.
Os impactos resultantes do desenvolvimento urbano descaracterizam
profundamente a paisagem natural, perdendo-se as suas características
primitivas. A ocupação temporária da área do parque pelas famílias, alterou
consideravelmente a vegetação nativa, modificando a paisagem,
principalmente pela retirada de árvores de valor econômico. A alteração da
vegetação se deve pela retirada de arvores de porte avantajado e pela
introdução de várias espécies exóticas, como: Myrciaria cauliflora (Mart.) O.
Berg (jaboticabeira), Persa americana Mill. (abacateiro), Mangifera indica L.
(mangueira), Tamarindus indica L. (tamarindeiro), Musa paradisíaca L.
(bananeira), Eugenia jambos L. (jambo-amarelo), Syzygium cumini (L.) Skeels
(jambolão), Anacardium occidantale L. (cajueiro), Schizololium parahyba (Vell.)
S.F. Blake (guapuruvu) (Foto 7), Bauhinia variegata L. (pata-de-vaca) e
Brachiaria brizantha (Hochst. ex A. Rich.) Stapf (capim-braquiarão).

54
Foto 8 - Schizololium parahyba (Vell.) S.F. Blake (guapuruvu)
Fonte: Arquivo SEMMA

Tabela 10 - Relação das espécies nativas e exóticas encontradas no


entorno do Parque Taquaral:

Nome Científico Nome Vulgar


ANACARDIACEAE
Anacardium occidentale L. Caju
Mangifera indica L. Mangueira
Myracrodruon urundeuva Allemão Aroeira

APOCYNACEAE
Aspidosperma subincanum Mart. Guatambu
Aspidosperma pruinosum Markgr Canela-de-velho

BIGNONIACEAE
Jacaranda cuspidifolia Mart. Jacarandá-mimoso
Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb. Ipê-rosa
Tabebuia ochracea (Cham.) Standl. Ipê-amarelo-do-cerrado
Tabebuia serratifolia (Vahl) G.Nicholson Ipê-amarelo

55
LAURACEAE
Persea americana Mill. Abacateiro

LEGUMINOSAE-CAESALPINOIDEAE
Bauhinia variegata L. Pata-de-vaca
Caesalpinia pluviosa var. peltophoroides (Benth.) G.P.Lewis Sibipiruna
Casalpinia pulcherrima (L.) Sw. Flamboyant-de-jardim
Cassia fistula L. Chuva-de-ouro
Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf. Flamboyant
Tamarindus indica L. Tamarindeiro

LEGUMINOSAE-MIMOSOIDEAE
Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong Tamboril

LEGUMINOSAE-PAPILIONOIDEAE
Machaerium acutifolium Vogel Jacarandá
Machaerium aculeatum Raddi Jacarandá-bico-de-pato
Myroxylon peruiferum L.f. Bálsamo
Platypodium elegans Vogel Jacarandá-canzil
Platymiscium pubescens Micheli Feijão-cru

MYRTACEAE
Syzygium cumini (L.) Skeels Jamelão,jambolão

PALMAE
Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman Jerivá

SAPINDACEAE
Sapindus saponaria L. Sabão-de-macaco

STERCULIACEAE
Guazuma ulmifolia Lam. Mutamba
_______________________________________________________________

2.5. PRINCIPAIS PROBLEMAS E MEDIDAS MITIGADORAS

2.5.1.Poluição do Córrego Taquaral

O córrego Taquaral, ainda recebe material proveniente do esgoto, em


função deste finalizar dentro do parque, transbordando quando em período
chuvoso, ou quando a maioria dos moradores utiliza este sistema ao mesmo
tempo, pois a canalização utilizada para o recebimento está inadequada para a

56
demanda de moradores do entorno. Para a resolução deste problema é
importante, que a SANEAGO, tome providências, reestruturando o sistema de
esgoto localizado dentro do parque, próximo a administração.
Outro problema que contribui para a poluição do córrego é o depósito de
animais mortos, que ainda algumas pessoas continuam jogando, prejudicando
a qualidade da água. Este mau hábito poderá ser resolvido, com atividades
educativas, tanto com os visitantes, como na escola próxima ao Parque, além
de uma fiscalização intensa da Secretaria do Meio Ambiente e dos moradores
do entorno, denunciando a problemática, sempre que aparecer.
O assoreamento do córrego é observado em alguns pontos, devido à
falta de vegetação as margens, localizada em área pertencente ao vizinho do
Parque, que por desconhecimento ou intensional não possui vegetação ou até
mesmo, segundo moradores e visitantes do Parque joga terra dentro do
córrego causando o problema. A melhor forma para se resolver, será conversar
com o vizinho, sensibilizando das conseqüências e se não melhorar os hábitos,
a aplicação de multas.

Foto 9 – Córrego Taquaral


Fonte: Arquivo SEMMA

57
Foto 10 – Córrego Taquaral
Fonte: Arquivo SEMMA

2.5.2. SEGURANÇA

Para a realização da segurança no Taquaral, a SEMMA utiliza dos


serviços da Guarda Municipal e possui convênio com equipes da Polícia Militar
(o Batalhão Ambiental e o Pelotão Ciclístico).
Atualmente foi feito um concurso para aumentar o efetivo da Guarda
Municipal, o que vai melhorar bastante o monitoramento da área. A segurança
apresenta muitas dificuldades, com falta de alguns equipamentos, como o
rádio, aquisição de mais veículos e uma maior interação com a fiscalização,
efetivando assim a lei e a criação de instruções normativas, para os
ambulantes, e normas para o Taquaral.
Nesta gestão, do Prefeito Íris Rezende, com a administração do
Secretário de Meio Ambiente, Clarismino Luiz Pereira Júnior, já foi
providenciado a melhoria dos equipamentos para um melhor monitoramento e
a primeira instrução normativa para os ambulantes foi assinada, facilitando
assim a vigilância desta área. Todas estas medidas juntas serão essenciais
para a realização de uma segurança eficiente e contínua.

58
2.5.3. INVASÃO

Nas décadas anteriores as invasões eram um grande problema para a


área, hoje com a construção e funcionamento do Parque, isto mudou muito,
devido ao cercamento da área e a maior vigilância com a permanência de um
gerente no local e o monitoramento da guarda - municipal. Infelizmente é
necessário sempre estar atento as margens opostas do córrego Taquaral, onde
não pertence a Prefeitura, verificando se não há retirada de terra ou
estreitamento do córrego.

2.5.4. NASCENTE

Uma das nascentes do córrego Taquaral se localiza dentro do Parque as


demais se encontram em outras áreas próximas. A nascente presente na área
deve estar sempre sobre vigilância, para não ocorrer o pisoteio em suas
margens, provocando o assoreamento e conseqüentemente diminuição de
vazão. A visitação a ela deve ser controlada, para não haver contaminação ou
mesmo destruir a vegetação de seu entorno.

2.5.5. PERMISSIONÁRIOS AMBULANTES

Os ambulantes do Parque Taquaral deverão seguir regras estipuladas


pela secretaria do meio ambiente, com pena de perder o ponto, se não forem
cumpridas, pois se encontram em uma área de preservação ambiental, onde
devem ser parceiros, comprometidos com a mudança de hábitos dos visitantes,
não degradando o ambiente em questão.
Todos os permissionários deverão estar uniformizados e com o número
de inscrição destacado em seus pontos. O padrão das barracas e o modelo do
uniforme serão estipulados pela SEMMA.
Os permissionários no Parque estão sendo cadastrados de acordo com
a regra da SEDEM (Secretaria de desenvolvimento econômico) e SEMMA
(Secretaria de meio ambiente). Não será permitida a venda de ponto e nem a
terceirização do mesmo ou a mudança de localização, conforme a ordenação
do Plano de Manejo. Todos deverão seguir uma instrução normativa específica

59
para os permissionários. Anualmente ou conforme necessidades da Secretaria
do Meio Ambiente, todos os permissionários, sem exceção deverão participar
de cursos de capacitação oferecidos pela secretaria do meio ambiente, além de
participarem de algum seminário sobre o gerenciamento das unidades de
conservação do município.

60
CAPÍTULO III

3. MANEJO

Fluxograma do Programa de Manejo do Parque Taquaral

Programa de
Manejo

Meio Ambiente Uso Público Operações

Manejo de Recreação
Flora Proteção

Educação
Manejo de Ambiental Administração
Fauna

Pesquisa e Turismo Manutenção


Monitoramento

Relações
Públicas Integração com o
Sub-programa de Entorno
água (Associação)

Cooperação
Interinstitucional
Público/Privado

61
3.1. Objetivos:

• Promover a recuperação, das áreas alteradas por atividades humanas;


• Proteger as nascente do córrego Taquaral;
• Recuperar e conservar o ambiente do Parque, no que diz respeito, ao solo,
vegetação, água e entorno;
• Desenvolver programas educativos e interpretativos para que o público
possa melhor apreciar e compreender o ecossistema protegido no Parque e
valores culturais envolvidos;
• Facilitar e promover a pesquisa científica e o monitoramento, com o objetivo
de conhecer melhor os recursos naturais protegidos e suas inter-relações;
• Incentivar projetos artísticos e culturais;
• Possibilitar oportunidades para recreação e turismo, compatíveis com os
demais objetivos do Parque;
• Promover o encontro da população urbana, com a natureza, por meio de
programas de Educação Ambiental;
• Proteger e abrigar espécies típicas, da fauna local e algumas exóticas que
se encontram no Parque.

3.2. Zoneamento:

Para atingir os objetivos propostos, faz-se necessário dividir o Parque


em zonas definidas. Essas zonas caracterizam-se pelo estado em que se
encontram as áreas contidas em cada uma delas e pelo manejo que suportam
ou necessitam. A partir deste zoneamento é que serão elaborados os
programas de manejo.
Como o próprio Plano de Manejo, o zoneamento é também dinâmico e,
sua duração será dimensionada conforme as necessidades, incluindo as
verificações de comportamento.

62
Mapa 4 – Zoneamento Ambiental
Fonte: SEMMA – Goiânia – 2006 – Departamento de Desenvolvimento
Ambiental

3.2.1. Zona de uso intensivo do Parque Taquaral

Definição:

É constituída pelas áreas naturais ou alteradas pela atividade humana.


Contém paisagens únicas, recursos que possam servir às atividades
recreacionais, relativamente concentradas, com facilidades de trânsito e de
assistência ao público. O ambiente é mantido o mais natural possível. Deve
conter o centro de visitantes, museus, bem como outras facilidades e serviços.

Objetivos:

• Promover a recreação intensiva e a Educação Ambiental em harmonia com


o meio;
• Despertar o interesse do público para conhecimento genérico da flora e
fauna nativas e das biocenoses existentes;

63
Descrição:
A zona de uso intensivo refere-se à pista de caminhada, áreas de lazer
(estar). A pista de caminhada, que contorna todo o Parque e área próxima a
Administração. A pista de caminhada, que contorna todo o Parque, possui um
perímetro . A área total da zona da uso intensivo é de.

Normas:

1. As atividades recreativas nessa área restringem-se a passeios a pé,


recreação e contemplação.
2. As atividades comerciais limitam-se a publicações educativas, material de
divulgação e souvenirs.
3. A investigação científica deverá estar sempre compatível com os interesses
do Parque e devidamente autorizada.
4. Os realizadores de eventos e empreendimentos deverão ser avisados sobre
a necessária utilização dos cestos de lixo e sanitários.
5. O uso de rádios e toca-fitas deve ser individual, sem perturbar outros
visitantes e o meio- ambiente.
6. Não será permitida a entrada de bicicletas, motos ou veículos semelhantes.
7. Não será permitida a entrada de animais domésticos ou selvagens.
8. As construções deverão estar em harmonia com a paisagem natural.

64
Mapa 5 – Zona de Uso Intensivo
Fonte: SEMMA – Goiânia – 2006 – Departamento de Desenvolvimento
Ambiental

3.2.2. Zona de Uso Restrito

Definição:
Compreende as áreas necessárias à administração, manutenção,
serviços, trilhas interpretativas de educação ambiental, com acesso ao público
controlado.

Objetivos:
• Proteger o Parque e as atividades de Educação Ambiental previstas para
suas áreas;
• Minimizar o impacto ambiental, pela concentração, em pequena área do
Parque, das atividades e equipamentos necessários à sua manutenção e
administração;
• Dar o devido apoio aos fundos do Taquaral;
• Oferecer facilidades a pesquisadores e visitantes oficiais;
• Manter a infra-estrutura de fiscalização.

65
Descrição:
Essa zona compreende os espaços no entorno do córrego, os jardins e
as trilhas interpretativas, com acesso ao público controlado, à administração. A
área apresenta um total de.

Normas:

1. A vegetação dessa área contém plantas exóticas, que deverão ser


constantemente podadas e verificadas, com intuito de não
comprometerem a zona de preservação integral ou de recuperação;
2. Animais domésticos não serão permitidos dentro do Parque;
3. Essa zona deverá manter-se dentre as mais limpas;
4. Visitantes e funcionários não poderão utilizar recursos do Parque para
benefícios ou para fins comerciais;
5. Os guardas responsáveis pelo Parque terão, como responsabilidade,
anotar a quantidade de pessoas que visitam a área diariamente;
6. A trilha no interior da mata, terá acesso controlado e só poderá ser
percorrida com acompanhamento de funcionários do Parque;

Mapa 6 – Zona de Uso Restrito


Fonte: SEMMA – Goiânia – 2006 – Departamento de Desenvolvimento
Ambiental

66
3.2.3. Zona de Recuperação

Definição:
É uma zona que contém áreas que sofreram considerável alteração
humana. É considerada uma zona provisória, pois, uma vez restaurada será
incorporada em uma das categorias permanentes. As espécies exóticas
introduzidas deverão ser removidas.

Objetivos:

• Deter a degradação dos recursos da área, principalmente flora e solo;


• Favorecer a recuperação natural da vida silvestre.

Descrição:

Essa zona abrange algumas trilhas, que foram desativadas e uma área
próxima à administração que se encontrava degradada. A área total da zona de
recuperação compreende.
Essa zona de recuperação encontra-se atualmente toda reflorestada
com plantas nativas, cuja manutenção necessita de cuidado intensivo.
A área apresenta um grande potencial para o futuro, pois, uma vez
recuperada, irá incorporar a zona de preservação integral, aumentando assim a
extensão da mata, que é considerada um resquício da flora original de Goiânia
e melhora a permeabilidade do solo, ajudando a mata ciliar.

Normas:

1. A recuperação da área, no que tange à vegetação, deverá ocorrer


naturalmente.
2. As trilhas de uso intensivo, que passam por dentro da zona de
recuperação, deverão ser monitoradas por funcionários do Parque, para
não haver problemas de distribuição;
3. A zona deverá ser mantida de acordo com o programa da Flora;

67
4. Deverão ser retiradas fotos destas áreas periodicamente, para
acompanhamento da evolução de recuperação, estudos posteriores e
educação ambiental;
5. As trilhas nessas áreas serão interpretativas, e, conforme o seu
desenvolvimento, as normas serão reavaliadas.

Mapa 7 – Zona de Recuperação


Fonte: SEMMA – Goiânia – 2006 – Departamento de Desenvolvimento
Ambiental

3.2.4. Zona de Preservação Integral

Definição:

Essa zona consiste de áreas naturais, onde a intervenção humana tenha


sido pequena ou mínima.
Pode conter ecossistemas únicos, com espécies da flora, fauna, ou até
fenômenos naturais de grande valor cientifico que podem tolerar
ocasionalmente o uso limitado do público.

68
Objetivo:

• Preservar as biocenoses específicas, com todos os recursos, em sua


integridade;
• Facilitar o uso dessa área para educação do público;
• Manter o ambiente natural, com a mínima intervenção antrópica;
• Facilitar a investigação cientifica, a Educação Ambiental e observação da
fauna e da cobertura vegetal local.
Descrição:

Compreende a mata, com um a extensão de. Incluindo o córrego


Taquaral. Essa zona limita-se com a zona de uso restrito e uma parte da zona
de uso intensivo.

Normas:

1. Os estudos científicos poderão ser efetuados, porém sem qualquer


coleta, de acordo com as normas do programa de manejo;
2. O uso público restringe-se a trilhas educativas;
3. A prática de atividades aquáticas será proibida no lago;
4. O uso do barco só será permitido pelos funcionários, para análise da
água do córrego ou manutenção da área.
5. É proibido recolher flores, galhos e frutos, no percurso das trilhas
educativas;
6. É proibido o uso de rádios e toca-fitas;
7. Não se admite lixos e detritos na área do lago e trilhas;
8. A trilha deve indicar biocenoses importantes;
9. As legendas interpretativas deverão ser colocadas em locais de visível
acesso;
10. As atividades recreativas limitar-se-ão a observação, fotografias e
filmagens;
11. Não será permitido o uso de cigarros;
12. Haverá cestos de lixo ao longo das trilhas;
13. Não é permitida a entrada de animais domésticos na zona.

69
Mapa 8 – Zona de Proteção Integral
Fonte: SEMMA – Goiânia – 2006 – Departamento de Desenvolvimento
Ambiental

3.3 Determinação da capacidade de carga

Segundo Milano (1998), entende-se por capacidade de carga ou de


suporte o nível ótimo (máximo aceitável) de uso pelo visitante, bem como pelas
infra-estruturas relacionadas, que uma área pode receber, com alto nível de
satisfação para os usuários e mínimos efeitos negativos nos recursos.
Cebalhos-Laxurain (1996), afirma que a capacidade de carga possui
quatro componentes básicos:
• Um componente biofísico, relacionado ao impacto dos visitantes nos
recursos naturais e culturais;
• Outro, sócio-cultural, relacionado ao impacto dos visitantes na comunidade
receptora;
• Outro, psicológico, relacionado à qualidade da experiência vivida e a
satisfação do visitante;
• E o componente relacionado com a capacidade de manejo, ou seja, o nível
máximo de visitação que pode ser manejado adequadamente em uma área,
considerando-se o staff disponível, limitações da infra-estrutura.

70
A capacidade de carga do Parque está diretamente relacionada aos
aspectos ecológicos, à infra-estrutura e aos fatores bióticos e abióticos da área.
No Parque Taquaral é prevista, nos espaços de circulação com, a visitação de
1000 pessoas. Nos espaços educcionais e culturais, 400 pessoas. Somando-se
o número de pessoas por m2 que cada área comporta, obtêm-se um total de
1400 pessoas em todas as áreas internas do Parque que podem ser utilizadas.
Esta capacidade de carga do Parque será sempre revisada e adequada
as novas realidades.

3.4. Programa de Manejo

O Programa de Manejo do Parque Taquaral visa proteger as biocenoses


da unidade, estimular a educação ambiental com a finalidade de atender à
função sócio-ambiental, desenvolvendo programas educativos e interpretativos,
para que o público possa melhor apreciar e compreender um ecossistema
protegido, além de promover a pesquisa científica e o monitoramento.

3.4.1. Programa de Manejo do Meio Ambiente

3.4.1.1. Subprograma de Manejo da Flora

Devido à grande interação entre a fauna e flora, qualquer intervenção


que se faça sobre a flora terá uma influência direta sobre a fauna local e
regional. Portanto, as medidas a serem propostas objetivam favorecer também
a fauna que habita e utiliza o Parque Taquaral.

3.4.1.1.1. Transporte das mudas

O transporte das mudas obedecerá aos seguintes cuidados:


• Não ocorrer quebra dos torrões;
• Não haver queima das folhas;
• Não segurar as mudas pelo fuste, somente pelo saquinho;
• Não jogar as mudas;
• Não deixar as mudas nas calçadas;

71
• Não serão aceitas mudas danificadas pelo transporte.

3.4.1.1.2. Plantio propriamente dito

• A muda deve ser retirada da embalagem com cuidado e apenas no


momento do plantio, a fim de evitar o estresse e evapotranspiração;
• O colo da muda deve ficar ao nível da superfície do solo;
• O solo ao redor da muda deve ser preparado de forma a criar condições
para a captação e infiltração de água;
• A muda deve ser irrigada até sua completa consolidação e estruturação, ou
seja, completo estabelecimento;
• O protetor deve ser fixado ao solo (no mínimo a 0,70 m de profundidade) de
modo a impedir o seu tombamento ou arrancamento;
• A muda deve ser protegida e fixada (no mínimo em dois pontos) ao protetor
por amarrio de sisal ou similar, em forma de oito deitado;

3.4.1.1.3. Proteção das mudas

Tutor (protetor)
• O tutoramento é a operação de sustentação firme de muda, na posição
vertical;
• O tutor deverá ser de madeira tendo as dimensões de 2 X 2 X 220 cm.
Deve ser enterrada no mínimo a 0,70 m de profundidade dentro da cova;
• O amarrilho deve ter a forma de oito deitado. Deve-se usar borracha, sisal
ou outro material que não fira o tronco;
• Não deve ser utilizado arame para amarrar a muda ao tutor.

3.4.1.1.4. Manutenção

• Após o plantio, a muda deve ser irrigada copiosamente. Se não chover até
cinco dias após o plantio, irrigar a cova com vinte litros de água, repetindo
este tratamento sempre que necessário até o pegamento da muda;

72
• Se depois de plantada a muda estiver fraca, deverá ser feita adubação de
cobertura, colocando 100 g NPK 10 – 10 – 10 por cova.

3.4.1.2 – Subprograma de Manejo da Fauna

Objetivos:

• Aprofundar o conhecimento básico sobre a fauna habitante do Parque;

• Avaliar a influência de espécies introduzidas sobre a fauna nativa;

• Conhecer a dinâmica das populações animais existentes no Parque;

• Avaliar os efeitos da fragmentação e urbanização do Parque sobre a fauna.

Atividades:

• Realização de um inventário básico completo da comunidade faunística do


Parque;

• Estabelecimento de diferentes pontos de observação, que serão utilizados


durante todo o trabalho de inventário;

• Estabelecimento de parâmetros populacionais, como taxas e estações


reprodutivas;

• Avaliação da correlação entre a cobertura vegetal e a riqueza de fauna,


usando para tanto, os dados do inventário de flora;

• Atividades que possam estimular a realização de estudos e pesquisas


acadêmicas sobre as populações existentes;

Normas:

• Os trabalhos de inventário deverão evitar ao máximo a perturbação dos


animais do Parque;

73
• Deverá ser estabelecido, logo após a definição da capacidade de suporte
do Parque, um protocolo de monitoramento populacional, com intuito de
identificar grupos com densidade acima desta capacidade;

• Durante o inventário, a metodologia aplicada a cada grupo animal deverá


respeitar o protocolo recomendado pelo IBAMA;

• Os dados obtidos nos inventários serão de propriedade da SEMMA,


podendo, porém, ser utilizados em trabalhos acadêmicos, desde que
obedeçam aos critérios do Subprograma de Pesquisa e Monitoramento e
desde que seja citada a fonte;

• O Departamento responsável pelo Parque deverá implantar e manter


atualizado um banco de dados contendo mapas de distribuição sazonal dos
animais, registros fotográficos, desenvolvimento reprodutivo, etc.;

• Quando for necessária a realização de coletas, estas deverão atender às


normas previstas também no Subprograma de Pesquisa e Monitoramento;

• Qualquer trabalho relacionado com a fauna deverá ser acompanhado pelo


biólogo do Parque, o qual será o responsável pela atualização do banco de
dados.

Requisitos:

• Recursos humanos: estagiários e técnico com formação em Biologia;

• Equipamento fotográfico;

• Binóculo com zoom;

• Equipamento de GPS;

• Suporte logístico da SEMMA;

• Fichas específicas para senso de animais.

Resultados Esperados:

• Elaboração de um catálogo ilustrativo contendo as espécies de ocorrência


no Parque, para divulgação;

74
• Domínio dos dados relativos à dinâmica de populações, preferência de
hábitat, área de vivência, etc. como subsídio para implementação de
políticas de manejo adequadas para cada espécie, quando necessário.

3.4.1.3. Subprograma de Pesquisa e Monitoramento

Objetivos:

• Conhecer, de forma intensificada e com maiores informações, os recursos


do Parque, bióticos e abióticos;
• Estudar o impacto do uso público para a vida dos animais;
• Estudar a produção de alimentos do Parque para a fauna;
• Avaliação periódica de aspectos relevantes da flora e da fauna, bem como
sua intenção,
• Avaliação periódica climatológica;
• Avaliação da qualidade da água;
• Avaliação periódica da quantidade populacional da fauna.

Atividades:

1. Intensificação de contatos com universidades para efetuar estudos no


Parque;
2. Publicação, pela SEMMA, de um folheto com as informações básicas
sobre o Parque e seus recursos bem como a necessidade de estudos e
pesquisas;
3. Divulgação, aos órgãos públicos relacionados e à comunidade, dos
grandes problemas enfrentados pelo Parque;
4. Acompanhamento e avaliação da distribuição sazonal dos animais e
migração ocorrentes;
5. Acompanhamento e avaliação da regeneração da zona de recuperação;
6. Realização de análise periódica da qualidade de água do lago e das
nascentes;

75
7. Aplicação do questionário elaborado pela SEMMA aos visitantes do
Parque;
8. Acompanhamento do comportamento da fauna em relação aos
visitantes;
9. Acompanhamento da densidade populacional da fauna e cargo da
SEMMA;
10. Acompanhamento do desenvolvimento da flora a cargo da SEMMA;
11. Providenciar a instalação de uma estação meteorológica.

Normas:

1. O trabalho de campo dos pesquisadores deverá ser limitado às zonas


permitidas;
2. A investigação deverá evitar perturbação aos animais do Parque;
3. O uso de armadilhas para captura cientifica deverá te autorização do
IBAMA e SEMMA.
4. O número de pesquisas não poderá ultrapassar a 3 (três) quando efetuadas
na mesma época;
5. A divulgação dos problemas enfrentados pelo Parque deverá conter
detalhes e fatos, de preferência, ilustrados com fotos e provas;
6. Os materiais biológicos deverão ser identificados em seus aspectos
relevantes(origem, local, data, descrição e etc.);
7. Os pesquisadores, em suas publicações, deverão dar subsídios à SEMMA,
de forma acessível;
8. As pesquisas terão obrigatoriamente seus resultados entregues
primeiramente à SEMMA;
9. A SEMMA deverá elaborar uma ficha para o acompanhamento da
distribuição sazonal dos animais, com mapas;
10. Os locais utilizados para monitoramento deverão ser os mesmos em todo o
Parque;
11. As amostras para análises de água também deverão ser nos mesmos
locais do lago e nascentes, em todas as estações do ano;
12. Os questionários deverão ser aplicados a todos os visitantes do Parque;

76
13. Toda pesquisa a ser realizada no Parque deve ter apresentação prévia do
Projeto à SEMMA, para o devido licenciamento ou autorização, conforme
legislação em vigor;
14. Para a coleta de fauna será permitida a retirada de um exemplar de cada
espécie, desde que ela não esteja discriminada no inventário do Parque ou
em pesquisa concluída por alguma instituição autorizada. (obs.: A referida
coleção pertencerá à SEMMA, porém a instituição em questão
responsabiliza-se pela guarda e manutenção);
15. Com relação à pesquisa sobre a flora, será permitida, desde que efetuada
por instituição de pesquisa e por técnicos da SEMMA, a coleta de materiais
vegetativos(flores, frutos e sementes) para a formação de exsicatas e
coleções com fins de pesquisa e / ou Educação Ambiental(obs.: Não será
permitida a retirada total de exemplares da flora local, como também de
arbustos, bromeliáceas, entre outros).
16. As atividades de monitoramento biológico e ecológico são da
responsabilidade do biólogo do Parque.
17. As estação situa-se na zona de uso restrito.

Requisitos:

• Um biólogo para o Parque;


• Folhetos informativos sobre os recursos do Parque
• Fichas especificas para senso de animais;
• Fichas para a vegetação;
• Fichas especificas para dados meteorológicos;
• Questionário para visitantes;
• Ficha especifica para a zona de recuperação;
• Fichas para registro das pesquisas realizadas no Parque;

Resultados e Benefícios Esperados:

• Conhecer as comunidades de seres vivos do Parque;


• Divulgar informações mais precisas do Parque;

77
• Obter dados para aperfeiçoar o manejo de flora e fauna do Parque;
• Conhecimento das preferências dos visitantes para sua melhor distribuição.

3.4.1.4. Subprograma de água

• Proteger o córrego Taquaral contra poluição;


• Verificar a qualidade da água, quanto aos seus aspectos físicos químicos e
biólógicos;
• Monitorar o córrego periodicamente.

Atividades:

• Fazer análises periódicas da qualidade da água do córrego e da nascente


• Monitorar a fauna e flora existente no córrego, localizados dentro da zona
de Preservação Integral
• Elaborar (SEMMA) uma ficha para acompanhamento periódico das análises
de água;
• Realizar vistorias periódicas no córrego e em suas proximidades, para
verificar a ocorrência de lançamento de esgoto e de outros resíduos,
tomando as providências necessárias, caso seja constatada alguma
irregularidade;.
• Estudar solução técnica para eliminar o mau cheiro do esgoto próximo à
unidade administrativa do Parque.

Normas:

• A SEMMA deverá elaborar uma ficha em meio digital e impresso para


acompanhamento das análises de água efetuadas no Parque;
• A água deverá ter suas coletas efetuadas nos mesmos pontos do córrego,
em todas as estações do ano;
• Não será permitido o uso de barcos no córrego, a não ser pelos técnicos
caso seja necessário para monitoramento;

78
• Não é permitida a introdução de novas espécies de peixe no córrego.

Requisitos:

• Fichas especificas para monitoramento das análises da água;


• Um biólogo para o Parque;
• Folhetos informativos sobre os recursos do Parque;
• Equipamento de coleta para zooplâncton e fItoplâncton;
• Equipamento de monitoramento para análise fisico-quimico da água;
• Barco.

Resultados e Benefícios Esperados:

• Conhecer as comunidades existentes no córrego;


• Obter dados para aperfeiçoar o manejo da água;
• Preservação do Córrego Taquaral.

3.4.1.5 Subprograma do solo

Objetivos:

• Acompanhar a evolução das erosões dentro do Parque;


• Verificar os aspectos físico-químicos do solo.

Atividades:

1. Controlar as erosões dentro do Parque, com técnicas apropriadas;


2. Monitorar a evolução das erosões dentro do Parque;
3. Elaboração de uma ficha pela SEMMA para o acompanhamento da
evolução das erosões dentro do Parque;
4. Fotografar periodicamente a evolução da erosão;

79
5. Descrever e coletar pelo menos um perfil completo de solo, compreendendo
toda a sucessão de horizontes, para cada zona estabelecida pelo Plano de
Manejo .

Normas:

• A SEMMA deverá elaborar uma ficha de acompanhamento das erosões


existentes no Parque;
• Não será permitida a retirada de terra do Parque;
• O local das erosões deve pertencer à zona de recuperação.

Requisitos:

• Fichas específicas para o acompanhamento das erosões;


• Máquinas fotográficas ou filmadora;
• Mapas do Parque;
• Suporte técnico e material da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e
material.

Resultados e Benefícios Esperados:

• Divulgação de informações precisas sobre o acompanhamento da evolução


das erosões dentro do Parque;
• Obtenção de dados para aperfeiçoar o manejo da flora e do solo;
• Preservação do solo;
• Permissão aos técnicos e pesquisadores para desenvolver e interpretar
informações pedológicas, úteis aos planejadores e administradores do
Parque;
• Elaboração de um banco de dados gerados pelo mapeamento das
condições do solo.

80
3.5. Programa de Manejo de Uso Público

3.5.1. Subprograma de Recreação

Objetivos:

Desenvolver atividades de recreação na área interna do Parque


Taquaral de acordo com os equipamentos disponibilizados na área.

Atividades:

1. Colocação de lixeiras para uso Público;


2. Adequação da sinalização do Parque;
3. Viabilização de parceria com os grupos de escoteiros e outros;
4. Locação de mobiliário para contemplação e convivência;
5. Organização de trilha orientada.

Normas:

1. Nas áreas de preservação integral é proibida a circulação dos usuários


do Parque;
2. Não será permitido o uso de bicicletas, triciclos, patinetes ou similares
na área interna do Parque;
3. Não será permitido o uso de aparelhos sonoros na área interna do
Parque;
4. Não será permitido o uso de bebidas alcoólicas na área interna do
Parque;
5. Não será permitida a entrada de churrasqueiras na área interna do
Parque;
6. Todas as normas de segurança do Parque deverão ser respeitadas;
7. Não será permitido o uso de nenhum equipamento náuticos e similares
na área do lago;
8. Não será permitido nenhum tipo de atividade recreativa às margens do
córrego;

81
9. Não e será permitido nenhum tipo de comercialização de produtos
alimentícios na parte interna do Parque, exceto pelos permissionários
autorizados;
10. Todas as atividades que serão desenvolvidas no Parque Taquaral estão
em consonância com o Programa de Educação Ambiental (PEA)
desenvolvido pelo Departamento de Educação Ambiental;
11. As atividades recreativas que serão desenvolvidas com os usuários do
Parque deverão seguir os critérios de segurança previstos no Plano de
Manejo;
12. As áreas destinadas à preservação e conservação e de uso restrito
deverão ser ter apenas a destinação sem exceções.

Requisitos:

• Espaços de Circulação;
• Espaços de Convivência (leitura, conversações, meditação);
• Locação da sinalização do Parque;
• Firmar parceria com grupo de escoteiros e outros;

Resultados e benefícios esperados:

• Promoção do uso sócio-ambiental do Parque Taquaral;


• Incentivo a uma maior interação dos usuários com a natureza e com os
nossos bens naturais;
• Orientação educativa e informativa sobre os nossos recursos sócio-culturais
e ambientais.

3.5.2. Subprograma de Educação Ambiental

Objetivo Geral:

O Programa de Educação Ambiental (PEA) do Parque Taquaral, tem


por objetivo, promover ações educativas voltadas às ações de proteção,

82
recuperação e melhoria sócio-ambiental, valorizando o papel da educação
para as transformações sociais e culturais necessárias para o uso mais
reflexivo e sustentável dos recursos naturais e humanos, levando o indivíduo
e a coletividade a uma maior percepção de si como parte do ambiente.

Objetivos Específicos:

• Desenvolver formas de conduta individual e coletiva do ser humano


considerando sua relação simbiótica com o meio ambiente;
• Incentivar os indivíduos e grupos sociais no despertar para um novo olhar
sobre as questões ambientais em nível global e local, bem como suas
implicações;
• Possibilitar a todos a leitura da realidade ambiental, cruzando conceitos
simples e vitais no que se refere à qualidade e ao equilíbrio da vida;
• Utilizar os fundamentos conceituais da Educação Ambiental não-formal,
conforme Art. 13 da Lei nº. 9.795, como diretriz para a construção do
conhecimento dos trabalhos;
• Seguir as orientações do Tratado para as Sociedades Sustentáveis (Rio-92)
e da Política Nacional de Educação Ambiental como elemento norteador
dos trabalhos;
• Proporcionar atividades voltadas para a temática ambiental como forma de
sensibilização e conscientização individual e coletiva.
• Utilizar o Plano de Manejo do Parque Taquaral como instrumento norteador
nos trabalhos de Educação Ambiental;
• Capacitar os recursos humanos que integra a equipe técnica do PEA, como
forma de qualificação das ações do programa.

Normas:

O Programa de Educação Ambiental (PEA), implantado no município,


objetiva integrar de forma multidisciplinar e holística as práticas de educação
ambiental não formal nas áreas dos parques, objetivando o uso sócio-
ambiental e sustentável.

83
Apresentam-se, a seguir, as diretrizes do Programa:
1. Capacitação contínua da equipe de trabalho do PEA e dos funcionários do
Parque;
2. Capacitação continua dos permissionários que desenvolvem atividades no
interior do Parque;
3. Acesso democrático por todos a informação e conhecimentos na área
ambiental;
4. Abordagem das questões ambientais de forma articulada em nível local,
regional, nacional e global;
5. Igualdade de condições no acesso ao Parque;
6. Criação e construção de materiais pedagógicos a partir do princípio do
reaproveitamento de materiais, incluindo os 3 R’S;
7. Capacitação permanente de toda equipe do Parque e Associação dos
Protetores do Parque Vaca Brava;

8. Avaliação contínua e permanente, individual e em grupo;

9. Uso restrito e exclusivo das edificações e trilha interna da mata para


atividades de Educação Ambiental;
10. Planejamento semanal para a manutenção do Parque;
11. Monitoramento constante das atividades e resultados esperados;
12. Desenvolvimento de espaços para atividades de oficinas, de
reaproveitamento de resíduos sólidos, preservação da biodiversidade, relato
de histórias, teatro, brincadeiras tradicionais, dentre outros;
13. Divulgação contínua dos resultados esperados.

Atividades:

1. Estabelecer parceria voluntária com grupo de escoteiros e ONGs;


2. Adequação da sinalização dos Parques;
3. Organização de trilhas orientadas;
4. Organização de atividades especiais, voltadas para a preservação do meio
ambiente, incluindo o conhecimento do Parque e a divulgação do Plano de
Manejo;

84
5. Organização de atividades especiais de preservação e estimulo à
comportamentos que melhorem a conduta e criem novos hábitos
equilibrados com a natureza.
6. Desenvolvimento de hábitos adequados ao equilíbrio do Parque pelos
permissionários e ambulantes, que desenvolvem atividades dentro da área
ou fora, com obrigatoriedade de ajudarem e estimularem a preservação do
ambiente;
7. Quantificar o numero diário das pessoas beneficiadas como PEA para
futuras pesquisas estatísticas.

Requisitos:

• Espaço para circulação;


• Espaço de convivência (leitura, conversação, meditação);
• Espaços recreativos;
• Espaços para capacitação e execução de atividades ambientais;
• Parcerias formadas com grupo de escoteiros e ONG’s;
• Suporte técnico da Secretária do Meio Ambiente.

Resultados Esperados:

• Promoção do uso sócio-ambiental do Parque Taquaral;


• Sensibilização dos usuários do Parque quanto ao uso adequado dos
recursos sócio-culturais e ambientais da área;
• Incentivo a uma maior interação dos usuários com a natureza;
• Melhoria dos hábitos e comportamento do Parque, contribuindo para sua
preservação;
• Promoção da integração da Administração do Parque e das pessoas que
desenvolvem atividades comerciais no entorno do mesmo, objetivando um
mesmo fim, o da preservação e divulgação de melhores hábitos para a
sobrevivência da área.

85
3.5.3. Subprograma de Turismo

Objetivos:

• Despertar e sensibilizar o turista e a comunidade local, para a formação de


uma consciência ambientalista;
• Criar gradativamente uma consciência ambientalista;
• Incentivar a visitação ao Parque por meio de sua divulgação aos órgãos
responsáveis pelo turismo em Goiânia e veículos de comunicação.

Atividades:

• Contactar a Secretaria de Turismo para incluir o Parque nos programas


turísticos de Goiânia;
• Contactar a Secretaria Municipal de Trânsito para incluir na sinalização do
Parque Taquaral nos principais pontos estratégicos da cidade;
• Enviar folhetos do Parque à todas as agências turísticas e rede hoteleira
para inclusão do Parque Taquaral em seus roteiros turísticos.
• Proporcionar estágios e seminários, visando fornecer aos guias de turismo
informações básicas sobre o Parque.

Normas:

• As atividades turísticas deverão estar em harmonia com o programa de


Educação Ambiental.
• A quantidade de turistas deverá estar de acordo com a carga máxima que
Parque comporta.

Requisitos:

• Folhetos ilustrativos;

86
• Lista atualizada de hotéis, empresas turísticas;
• Programação turística;
• Sinalização adequada.

Resultados e Benefícios Esperados:

• Os benefícios esperados neste subprograma são os mesmos que


esperamos para o subprograma de interpretação, educação e de recreação;
• Contribuir para o desenvolvimento sócio econômico de Goiânia;
• Divulgar o potencial turístico do Parque.

3.5.4 Subprograma de Relações Públicas

Objetivos:

Desenvolver ações de comunicação que envolva os diversos tipos de


público do Parque Taquaral e promovam a divulgação das atividades
desenvolvidas em suas dependências.

Atividades:

1. Elaborar, em conjunto com a coordenação do Parque, materiais


informativos e educativos;
2. Elaborar políticas de atendimento e recepção ao público;
3. Utilizar os diversos meios de comunicação para promover a divulgação do
Parque e das atividades desenvolvidas em suas dependências;
4. Coordenar as ações comunicativas do Parque Taquaral;
5. Organizar os eventos a serem realizados no Parque;
6. Realizar pesquisas de opinião pública e de interesse para a boa execução
das atividades deste subprograma;
7. Elaborar um Plano de Comunicação do Parque Taquaral;

87
8. Coordenar o relacionamento com os diversos órgãos de comunicação e
demais instituições de interesse.

Normas:

• Todos os materiais gráficos produzidos para uso no Parque Taquaral


devem ser feitos em papel reciclado;
• Todos os contatos realizados com órgãos de comunicação devem ser
intermediados pelo setor de Relações Públicas do Parque;
• Todas as atividades realizadas pelo subprograma de Relações Públicas
devem estar de acordo com as políticas do Parque;
• As ações comunicativas devem ser elaboradas, coordenadas e
supervisionadas pela equipe responsável pelas Relações Públicas;

Requisitos:

• Todas as atividades mencionadas neste subprograma deverão ser


executadas por um (a) profissional graduado (a) em Comunicação Social –
habilitação em Relações Públicas.

Prioridades:

• Neste subprograma será dada prioridade à elaboração do plano de


comunicação e à elaboração dos materiais informativos e educativos a
serem utilizados no Parque.

3.6. Programa de Manejo de Operação

3.6.1. Subprograma de Proteção

Objetivos:

88
• Proteger o ecossistema do Parque Taquaral contra as adversidades que
possam ocorrer no local e as interferências humanas nocivas.

Atividades:

1. Adquirir equipamentos para fazer a segurança do Parque;


2. Capacitar pessoal para a vigilância do Parque;
3. Desenvolver um sistema eficaz de fiscalização;
4. Adquirir equipamento adicional de rádio – comunicação;
5. Capacitar os guardas ambientais, cujo número é previsto no capítulo de
administração, para fiscalização, primeiros socorros e treinamentos
específicos para incêndios;
6. Elaborar um folheto com informações sobre os direitos e restrições de
visitantes e guardas;
7. O Parque deverá estar devidamente sinalizado com placas de zoneamento,
conforme este Plano de Manejo.

Requisitos:

• Todo o pessoal envolvido neste subprograma deve estar previsto no


subprograma de Administração;
• Equipamento para a viabilização da segurança do Parque;
• Placas indicadoras das zonas ambientais, conforme Plano de Manejo.

Resultados e Benefícios Esperados:

• Manutenção e proteção do ecossistema e seus recursos naturais;


• Proteção contra possíveis atos predatórios dos freqüentadores do Parque;
• Proteção aos freqüentadores do Parque.

89
3.6.2. Subprograma de Administração

Objetivo:

• Garantir uma boa administração interna e externa do Parque.

Atividades:

1. Dar a conhecer ao gerente do Parque o organograma proposto, bem como


as responsabilidades e funções de cada funcionário;
2. Designar o responsável pela proteção;
3. Designar o responsável pela manutenção;
4. Designar os 10 Guardas Ambientais responsáveis pela segurança do
Parque;
5. Designar 06 monitores para orientação dos freqüentadores do Parque;
6. Adquirir todo o equipamento necessário à Administração;
7. Familiarizar todo o pessoal do Parque com suas responsabilidades e
funções;
8. Implementar o Plano de Manejo e revisá-lo periodicamente;
9. Planejar periodicamente reuniões com o objetivo de capacitação dos
funcionários e verificação do andamento das atividades do Parque;
10. Elaborar regimento interno.

Normas:

1. O gerente do Parque é responsável por todos os aspectos de administração


e manejo do Parque, sob a coordenação do Departamento de
Desenvolvimento Ambiental da SEMMA.
2. O gerente do Parque e o diretor do Departamento de Desenvolvimento
Ambiental representam o Parque em qualquer lugar, sendo o primeiro o
responsável administrativo pela implementação do Plano de Manejo;

90
3. O gerente do Parque é responsável pelos relatórios mensais sobre o
funcionamento da Unidade de Conservação, o arquivo e o controle de
materiais;
4. O responsável pela proteção incumbirá de toda a fiscalização e da busca de
solução para qualquer problema externo, nas imediações do Parque, que
lhe for pertinente;
5. O responsável pela manutenção supervisionará os reparos no Parque, tais
como: limpeza, organização etc.;
6. Será designado um responsável técnico do DPDA para estabelecer e
implementar o subprograma de pesquisa e monitoramento, bem como
assistir o gerente nos subprogramas de relações públicas, extensão e
turismo;
7. O técnico responsável do DPDA deverá ser um biólogo;
8. O Departamento de Educação Ambiental da SEMMA deverá monitorar as
atividades de Educação Ambiental, implementando o subprograma do
mesmo, recreação e relações públicas;
9. O responsável técnico da SEMMA deverá treinar e orientar os estagiários
do Parque;
10. Os guarda - ambientais deverão ser capacitados com cursos periódicos,
organizados pelo Departamento de Educação Ambiental da SEMMA e do
Departamento de Desenvolvimento Ambiental;
11. O cronograma proposto deverá ser seguido pela administração do Parque.

Requisitos:

• Treinamento adequado;
• Contratação de pessoal para o funcionamento do Parque;
• Material para uso no Parque, na administração.

Resultados e benefícios esperados:

• Maior dinamismo e eficácia dos serviços necessários ao Parque Taquaral.

91
Apresenta-se, a seguir, um fluxograma com o sistema de Administração
do Parque Taquaral:

SEMMA

DPDA DEA DPCA DA JB

Gerência
Administração
Geral do Parque

Permissionários
(Ambulantes)
Proteção

Equipe de
Manutenção

Manejo do Serviços
Parque Gerais

92
3.6.3. Subprograma de Manutenção

Objetivos:

• Manter a integridade dos recursos do Parque.

Atividades:

1. Desenvolver um sistema de coleta de lixo para limpeza das lixeiras


colocadas nas áreas de desenvolvimento;
2. Reparar o alambrado sempre que necessário;
3. Adquirir todo o equipamento necessário para recuperações básicas;
4. Verificação do sistema de sinalização;
5. manutenções constantes dos equipamentos e instalações.

Requisitos:

Pessoas, equipamentos e instalações estarão previstos no subprograma


de administração.

Resultados e Benefícios esperados:


• Manutenção, limpeza e ordem do Parque, para maior funcionalidade e
melhor aspecto.

3.6.4. Subprograma do Entorno

Objetivos:

• Integrar a comunidade freqüentadora e associações de moradores dos


bairros do entorno ao desenvolvimento do Parque;
• Proporcionar, aos órgãos competentes, dados que subsidiem o controle;
• Verificar o desenvolvimento ocupacional do entorno;

93
• Verificar a geração de poluentes de qualquer natureza, que possam causar
impactos diretos ao Parque.

Atividades:

• Promover a participação dos moradores e trabalhadores do entorno na


vigilância e monitoramento do Parque.
• Elaborar um protocolo de recomendações para controle de poluição,
emissão de ruídos, produção de resíduos, a ser distribuído aos ocupantes
da área do entorno.

Normas:

• A instalação de empreendimentos que utilizem equipamentos de som


deverá observar o limite de emissão de ruídos;
• Resíduos da construção civil deverão ser acomodados em local adequado,
e removidos dentro do prazo estipulado, ambos já previstos em legislação
específica;
• A implantação de restaurantes, bares e similares deverão ter o
licenciamento ambiental, para maior segurança do Parque.

Requisitos:

• Recursos humanos;
• Interação entre órgãos da administração municipal no controle externo;
• Distribuição de folhetos com as recomendações técnicas de proteção ao
ambiente.

Resultados Esperados:

• Compromisso da população do entorno com a proteção do Parque;

94
• Controle dos fatores impactantes, evitando-se que seus parâmetros e
índices ultrapassem os limites atuais.
• Melhoria da qualidade dos recursos naturais e Biodiversidade do Parque
Taquaral.

3.6.5. Subprograma de Cooperação Interinstitucional

Objetivo:

• Integrar instituições públicas e privadas, proporcionando um bem maior


para o Parque e conseqüentemente para a população de Goiânia.

Atividades:

1. Produzir, em parceria com entidades públicas ou privadas, material


educativo para palestras e campanhas de Educação Ambiental;
2. Promover parcerias com instituições governamentais e não-governamentais
(ONG’s), para desenvolvimento de atividades de interesse comuns;
3. Buscar patrocinadores para confecção de material educativo ou
manutenção do Parque;
4. Estabelecer parcerias com as universidades para ajudar no monitoramento,
pesquisa e turismo.

Requisitos:
• Folhetos ilustrativos do Parque Taquaral;
• Material Audiovisual do Parque Taquaral.

Resultados e Benefícios Esperados:

• Maior integração dos Parques com órgãos públicos e privados.


Ajuda na manutenção e divulgação do Parque.

95
CAPÍTULO IV

4. IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE MANEJO

4.1. Subprogramas

4.1.1. Subprograma de Manejo da Flora

Atividades I etapa II etapa III etapa IV etapa


1 - Limpeza da área – as áreas a serem
recompostas deverão remover todo material
que venha competir e impedir o pleno
X
desenvolvimento das mudas, portanto as
áreas com capim colonião, o mesmo deverá
ser roçado e nas áreas que permita o
acesso de trator deverão ser feita uma
gradagem com a eliminação das touceiras
(raízes) desta gramínea;
2 - Coveamento – nas áreas que permitir à
mecanização as covas serão abertas
mecanicamente com trator e nas outras X
áreas manualmente, nas dimensões de 40 X
40 X 40 centímetros. As mesmas deverão
ser abertas sem alinhamento, procurando
manter o espaçamento indicado para cada
área.
3 - Espaçamento e Distribuição das Mudas -
Para a devida recomposição serão utilizadas
espécies pioneiras, secundárias e clímax. As
Pioneiras são espécies que necessitam de
grande quantidade de luz do sol para
germinarem e crescerem e têm crescimento
rápido. O segundo grupo é das

96
Secundárias, que são aquelas que crescem X
pela sombra das pioneiras, quando jovens
não aquentam muita insolação e têm
crescimento moderado. O terceiro e último
grupo é formado pelo Clímax, que são
aquelas que necessitam de sombra durante
boa parte de sua vida e têm crescimento
mais lento. Portanto serão plantadas
espécies nativas regionais dentro destes
três grupos, a fim de recompor de forma
adequada estas áreas, de forma que as
espécies pioneiras dêem sombra às
secundárias e as clímax durante os seus
desenvolvimentos. Assim, as pioneiras
devem ser em maior quantidade e
posicionarem-se em torno das mudas dos
outros dois grupos.
4 - Adubação – Recomenda-se a seguinte
adubação: Adubação orgânica – 3 pás ou o
equivalente a 15 litros de esterco bovino X

curtido por cova. Adubação Química – 150g


de NPK (4 –14 – 8). Calagem – 300g/cova
de calcário dolomítico.
5 - Combate à Formiga - Em torno de 30
dias antes do plantio, fazer um combate às
formigas e cupins, com isca formicida ou em X

pó e cupinicidas em toda a área a ser


refloresta e em trono desta, numa faixa de
50 metros.
6 – Plantio – o plantio das mudas deverá ser
feito no período da chuva e nas áreas de
melhor acesso poderá ser feito no período
X
seco, pois estas áreas poderão ser irrigadas

97
com caminhão pipa.
7 – Replantio - As mudas que morrerem
devem ser repostas, preferencialmente num X
período não superior a 30 dias após o
plantio.
8 – Coroamento – O coroamento tem a
finalidade de evitar a competição da muda
com a vegetação local por água, luz e
nutrientes. O coroamento deve ter as
dimensões mínimas de 1,20 metros ao redor
X
da muda. O coroamento deverá ser
realizado até que esta competição possa
existir não afetando o desenvolvimento das
futuras árvores, o que ocorre entre 1,5 e 2
anos após o plantio.
9 – Combate às plantas invasoras -
Recomenda-se a limpeza (roçagem) da
gramínea existente, principalmente o capim X X
colonião, evitando cortar as espécies da
regeneração natural, pois estas ajudarão a
recompor as áreas reflorestadas.
10 – Combate às formigas e cupins - A fim
de evitar a morte ou diminuição do
desenvolvimento das mudas causada por
ataques de formigas e cupins, deverá ser X X X
feita uma vistoria periódica nas áreas
combatendo os formigueiros e cupinzeiros
existentes nas mesmas ou nas suas
proximidades, utilizando iscas formicidas e
cupinicidas.
11 – Adubação de cobertura - A fim de
propiciar um maior desenvolvimento das
X
mudas e um povoamento mais homogêneo

98
quanto ao crescimento, em especial das que
forem replantadas, fazer uma adubação de
cobertura, na proporção de 100 g/cova com
NPK 10-10-10.
12 - Capina e roçagens – a fim de evitar a
competição das mudas por luz, água e
nutrientes, e até que as mudas atinjam a
X X X
altura de 1,5 a 2,0 metros, quando já
sobrevivem sozinhas, dispensando os
cuidados de capinas e roçagens esta
atividade deverá ser desenvolvida sempre
que necessário.

4.1.1.1. Controle de cipós

Atividades I etapa II etapa III etapa IV etapa


1 - Neste diagnóstico observou-se que
devido à antropização da mata primitiva
houve um aumento na luminosidade na
parte interna da mata, pois com a remoção
seletiva de árvores de maiores portes e X X X
com a abertura de trilhas, favoreceu a
entrada de luz solar no interior da mata,
vindo a favorecer a proliferação de cipós
em grandes quantidades.

2 - Esta proliferação de cipós tem


acarretado a morte de alguns exemplares
da flora, devido impedir que as copas dos
mesmos recebam a luz solar inibindo a X X X
produção fotossintética, vindo a matá-los
devido à falta de alimentação. Nestes

99
locais os cipós serão controlados, devendo
os mesmos serem cortados com foices de
cabos longos ou facões e removidos das
copas destas árvores, a fim de
proporcionar luz solar nas copas das
mesmas.

4.1.1. 2. Poda de limpeza e remoção de árvores mortas

Atividades I etapa II etapa III etapa IV etapa


1- Nas áreas de uso pela comunidade, nos
caminhos de circulação e recreativos, nas
árvores existentes deverão ser realizadas
podas de limpeza com o intuito de aumentar a
segurança dos visitantes que utilizam esta X X X X
Unidade de Conservação, devendo portanto ser
removidos os galhos baixos que se encontram
até uma altura de 1,80 metro.
2 - Remover os galhos mortos ou atacados por
pragas e doenças nas áreas próximas aos
caminhos internos de caminhada, recreação. X X X X

4.1.1.3. Estudos e Pesquisas sobre Flora

Atividades I etapa II etapa III etapa IV etapa


1- Realização de um inventário básico completo
para a flora; X X
2 - Estabelecimento de diferentes pontos de
observação, que serão utilizados durante todo o X
trabalho de inventário;
3 - Estabelecimento de parâmetros

100
populacionais, como taxas e estações X
reprodutivas;

4 - Estimular a realização de estudos e


pesquisas acadêmicas sobre as espécies X X X X
existentes;

4.1. 2. Subprograma de Manejo da Fauna

Atividades I etapa II etapa III etapa IV etapa


1- Realização de um inventário básico completo
da comunidade faunística do parque; X X
2 - Estabelecimento de diferentes pontos de
observação, que serão utilizados durante todo o X
trabalho de inventário;
3- Estabelecimento de parâmetros populacionais,
como taxas e estações reprodutivas; X X

4 - Avaliar a correlação entre a cobertura vegetal


e a riqueza de fauna, usando para tanto, os X X X
dados do inventário de flora;

5 - Estimular a realização de estudos e pesquisas


acadêmicas sobre as populações existentes; X X X X

4.1.3. Subprograma de água

Atividades I etapa II etapa III etapa IV etapa


1 - Fazer analise periódica da qualidade da água
do córrego; X X X X

2 - Monitorar a fauna e flora existente no córrego;


X X X X

101
3 - Elaboração de um a ficha pela SEMMA para o
acompanhamento periódico das analises de X
água;
4 - Verificar o lançamento de esgoto no córrego
caso ocorra e tomar providencias. X X

5 - Estudar solução técnica para melhorar a


qualidade da água do córrego X X

6 – Fazer uminventário da fauna e flora existente


nos lagos do Parque. X X

4.1.4 - Subprograma de Pesquisa e Monitoramento

Atividades I etapa II etapa III etapa IV etapa


1 - Intensificar contatos com universidades para
efetuar estudos no parque. X X
2 – A SEMMA deverá publicar um folheto com as
informações básicas sobre o parque e seus X
recursos bem como a necessidade de estudos e
pesquisas;
3 – Divulgar aos órgãos públicos específicos e
comunidade, os grandes problemas enfrentados X
pelo parque;
4 – Acompanhar e avaliar a distribuição sazonal
dos animais e migração ocorrentes; X X X X
5 – Acompanhar e avaliar a regeneração da zona
de recuperação; X X X X
6 – Fazer análise periódica da qualidade de água
do lago e das nascentes; X X X X
7 – Aplicar o questionário elaborado pela SEMMA
aos visitantes do Parque; X X X X

102
8 – Acompanhar o comportamento da fauna em
relação aos visitantes; X X X X
9 – Acompanhamento da densidade populacional
da fauna e cargo da SEMMA; X X X X
10 – Acompanhamento do desenvolvimento da
flora a cargo da SEMMA; X X X X
11 – Providenciar a instalação de uma estação
meteorológica. X X

4.1.5. Programa de Manejo de Uso Público

4.1. 5.1. Subprograma de Educação Ambiental

Atividades I etapa II etapa III etapa IV etapa


1 - Estabelecer parceria voluntária com grupo de
escoteiros e ONGS; X X

2 – Adequação da sinalização do Parque; X X


3 – Organização da trilha orientada; X
4 – Organização de atividades especiais,
voltadas para a preservação domeio ambiente,
incluindo o conhecimento do Parque e divulgação X X X X
do Plano de Manejo;
5 – Organização de atividades especiais de
preservação e estimular comportamentos; X X X X
6 – Desenvolvimento de hábitos; X X X X
7 – Quantificar o número de visitantes X X X X

103
4.1.5.2. Subprograma de Turismo

Atividades I etapa II etapa III etapa IV etapa


1 - Contactar a Secretaria de Turismo do
Município, para incluir o Parque Taquaral nos X
programas turísticos de Goiânia e Goiás;
2 - Contatar a secretaria municipal de trânsito
para incluir sinalização do Parque Taquaral nos X
principais pontos estratégicos da cidade;
3 - Enviar folhetos do parque a todas as agencias
turísticas e rede hoteleira para inclusão do X
Parque em seus roteiros turísticos;
4 - Proporcionar estágios e seminários, visando
fornecer aos guias de turismo informações X X X
básicas sobre o Parque Taquaral.

4.1.5.3. Subprograma de Relações Públicas

Atividades I etapa II etapa III etapa IV etapa


1 - Elaborar materiais informativos e educativos; X X
2 - Elaborar políticas de atendimento e recepção X X X X
ao público;
3 - Utilizar os diversos meios de comunicação
para promover a divulgação do parque e das X X X X
atividades desenvolvidas no mesmo;
4 - Organizar os eventos a serem realizados no X X X X
Parque;
5 - Realizar pesquisas de opinião pública e de
interesse para a boa execução das atividades X X X X
deste subprograma;
6 - Elaborar um plano de comunicação do Parque X
Taquaral;

104
7 - Coordenar o relacionamento com os diversos
órgãos de comunicação e demais instituições de X X
interesse;

4.1.5.4. Subprograma de Proteção

Atividades I etapa II etapa III etapa IV etapa


1 - Adquirir equipamentos para fazer a segurança X X
do Parque;
2 - Treinar pessoal para a vigilância do parque; X X
3 - Desenvolver um sistema eficaz de X X
fiscalização;
4 - Adquirir equipamento adicional de radio – X
comunicação;
5 - Treinar os guardas ambientais, cujo numero é
previsto no capitulo de administração, para
fiscalização, primeiros socorros e treinamentos X X
específicos para incêndios;
6 - Elaborar um folheto com direitos e restrições X X
de visitantes e guardas;
7 - O Parque devera estar devidamente X
sinalizado com a placas de zoneamento.

4.1.5.5. Subprograma de Administração

Atividades I etapa II etapa III etapa IV etapa


1 - Dar a conhecer ao gerente do Parque o
organograma proposto, bem como X
responsabilidade e funções de cada funcionário;
2 - Designar o responsável pela proteção; X
3 - Designar o responsável pela manutenção; X

105
4 - Designar os 10 Guardas Ambientais X
responsáveis pela segurança do parque;
5 – Designar 06 monitores para orientação dos X
freqüentadores do parque;
6 - Adquirir todo equipamento necessário à X
Administração.
7 – Familiarizar todo o pessoal do parque com X
suas responsabilidades e funções.
8 – Implementar o Plano de Manejo e revisá-lo X X X X
periodicamente.
9 – Planejar periodicamente reuniões com o
objetivo de capacitação dos funcionários e X X X X
verificação do andamento das atividades do
parque.
10 – Elaborar regimento interno. X

4.1.5.6. Subprograma de Manutenção

Atividades I etapa II etapa III etapa IV etapa


1 – Desenvolver um sistema de coleta de lixo
para limpeza das lixeiras colocadas nas áreas de X
desenvolvimento;
2 – Reparar o alambrado sempre que necessário; X X X X
3 – Adquirir todo o equipamento necessário para X
recuperações básicas;
4 – Verificação do sistema de sinalização; X X X X
5 – Manutenções constantes dos equipamentos e
instalações. X X X X

106
4.1.5.7. Subprograma do Entorno

Atividades I etapa II etapa III etapa IV etapa


1 – Promover a participação dos moradores e
trabalhadores do entorno na vigilância e X X X X
monitoramento do Parque;
2 – promover a participação dos ambulantes; X X X X
3 – Elaborar um protocolo de recomendações
para controle de poluição, emissão de ruídos, X
produção de resíduos, a ser distribuídos aos
ocupantes da área do entorno.

4.1.5.8. Subprograma de Cooperação Interinstitucional

Atividades I etapa II etapa III etapa IV etapa


1 – Produzir em parceria com entidades públicas
ou privadas, material educativo para palestras e X X X X
campanhas de Educação Ambiental;
2 – Promover parcerias com instituições
governamentais e não-governamentais (ONG’s), X X X X
para desenvolvimento de atividades de interesse
comuns;
3 – Buscar patrocinadores para confecção de X X X X
material educativo ou manutenção do Parque;
4 – Estabelecer parcerias com as universidades
para ajudar no monitoramento, pesquisa e X X X X
turismo.

4.1.5.9. Subprograma de Recreação

Atividades I etapa II etapa III etapa IV etapa


1 – Colocação de lixeiras no uso público; X
2 – Adequação da sinalização do parque; X

107
3 – Fazer parceria com grupos de escoteiros e X
outros;
4 – Locação de mobiliários para contemplação e X
convivência;
5 – Organização da trilha orientada. X X X X

108
CAPÍTULO V

5. Considerações Finais

O Plano de Manejo do Parque Taquaral não finaliza, com o presente


instrumento de planejamento, mas inicia um processo novo de monitoramento
de uma Unidade de Conservação em Goiânia,
O levantamento dos componentes bióticos e abióticos do Parque, é
preliminar e deve continuar, como se prevê no Programa de Meio Ambiente,
para que se faça sua identificação e monitoramento, evitando as espécies
intrusas, a destruição, degradação e contaminação dos recursos físicos, como
a água e o solo, conservando-se, assim a biodiversidade do Parque.
Os objetivos propostos pelo Plano de Manejo devem ser buscados e
repassados à comunidade, para que haja uma interação harmônica entre o
Poder Público e a sociedade.
Os permissionários e a Administração do Parque terão como grande
meta, divulgar o Plano de Manejo do Parque Taquaral aos frequentadores do
Parque, bem como, repassar a importância da preservação do córrego e
consequentemente as ligações com o Meia Ponte. Todos deverão trabalhar em
harmonia com o objetivo de preservar o Parque e stimular as mudanças de
hábitos para a melhoria da qualidade da área.
A comunidade do entorno e as edificações próximas ao Parque, deverá
conhece os programas do Plano de Manejo e divulgá-los para maior
preservação da área.
As normas institucionais no Manejo deverão ser seguidas e somente
alteradas conforme pesquisa prévia, caso haja necessidade, de acordo com a
realidade da época.
Todos os frequentadores do Taquaral deverão conhecer o zoneamneto
ambiental e obedecerem as regras estabelecidas.
A carga máxima estipulada no Parque, será estudada ao longo da
implementação do Plano de Manejo e alterada se for necessário, com estudos
preliminares.

109
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