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PLANO DE MANEJO
PARQUE TAQUARAL
GOIÂNIA – GO
2006
Prefeitura de Goiânia
Iris Rezende Machado
Coordenador do Projeto
Geórgia Ribeiro Silveira de Sant’ Ana - Bióloga
EQUIPE EXECUTORA
Corpo Técnico:
Georgia Ribeiro Silveira de Santana Bióloga - Coordenação
Antônio Esteves dos Reis Eng.º Florestal
Fernando Augusto Lemos Sales Eng.º Agrônomo
Márcia Yuriko Eng.° Agrônoma
Mariana Nascimento Siqueira Bióloga
Yara Emy Tanimitsu Hasegawa Arquiteta
Sandra Maria de Oliveira Eng.° Agrônoma
Marize Moreira Gibrail Bióloga
Daniella Santos Cruvinel da Cruz Bióloga
2
ESTAGIÁRIOS:
3
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ...................................................................................... 07
CAPÍTULO I .......................................................................................... 09
HISTÓRICO........................................................................................... 09
CAPÍTULO II ......................................................................................... 13
3. MANEJO ........................................................................................... 61
4
3.1. Objetivos ................................................................................................... 62
3.2. Zoneamento .............................................................................................. 62
3.2.1. Zona de Uso Intensivo............................................................................ 63
3.2.2. Zona de Uso Restrito.............................................................................. 65
3.2.3. Zona de Recuperação ............................................................................ 67
3.2.4. Zona de Preservação Integral ................................................................ 68
3.3. Determinação da Capacidade de Carga ................................................... 70
3.4. Programa de Manejo ................................................................................. 71
3.4.1. Programa de Manejo do Meio Ambiente ............................................... 71
3.4.1.1. Subprograma de Manejo da Flora ............................................ 71
3.4.1.1.1. Transportes de Mudas...................................................................... 71
3.4.1.1.2. Plantio propriamente dito.................................................................. 72
3.4.1.1.3. Proteção das mudas......................................................................... 72
3.4.1.2 Subprograma de Manejo da Fauna ........................................... 73
3.4.1.3. Subprograma de Pesquisa e Monitoramento ........................... 75
3.4.1.4. Subprograma de água ............................................................. 78
3.4.1.5 Subprograma do solo ................................................................ 79
3.5. Programa de Manejo de Uso Público ........................................................ 81
3.5.1. Subprograma de Recreação .................................................................. 81
3.5.2. Subprograma de Educação Ambiental ................................................... 82
3.5.3. Subprograma de Turismo....................................................................... 86
3.5.4. Subprograma de Relações Públicas ...................................................... 87
3.6. Programa de Manejo da Operação ........................................................... 88
3.6.1. Subprograma de Proteção ..................................................................... 88
3.6.2. Subprograma de Administração ............................................................. 90
3.6.3. Subprograma de Manutenção ................................................................ 93
3.6.4. Subprograma do Entorno ....................................................................... 93
3.6.5. Subprograma de Cooperação Interinstitucional ..................................... 95
CAPÍTULO IV........................................................................................ 96
4.1. Subprogramas........................................................................................... 96
4.1.1. Subprograma de Manejo da Flora .......................................................... 96
4.1.1.1. Controle de Cipós...................................................................... 99
5
4.1.1.2. Poda, lmpeza e remoção de árvores mortas..................................100
4.1.1.3. Estudos e Pesquisas sobre Flora...................................................100
4.1.2. Subprograma de Manejo da Fauna.......................................................101
4.1.3. Subprograma de Água...........................................................................101
4.1.4. Subprograma de Pesquisa e Monitoramento........................................102
4.1.5. Programa de Manejo e Uso Público......................................................103
4.1.5.1. Subprograma de Educação Ambiental...................................103
4.1.5.2. Subprograma de Turismo........................................................104
4.1.5.3.Subprograma de Relações Públicas.........................................104
4.1.5.4. Subprograma de Proteção.......................................................105
4.1.5.5. Subprograma de Administração..............................................105
4.1.5.6. Subprograma Manutenção......................................................106
4.1.5.7. Subprograma do Entorno.........................................................107
4.1.5.8. Subprograma de Cooperação..................................................107
4.1.5.9. Subprograma de Recreação...................................................107
CAPÍTULO V...................................................................................................109
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................109
BIBLIOGRÁFIAS CONSULTADAS....................................................110
6
INTRODUÇÃO
7
O Parque Taquaral Doracina dos Santos Soares, foi criado em 25 de
julho de 1995, pelo Decreto nº. 1468, Lei Municipal 6.063 de 19 de dezembro
de 1983. A área antes pertencia à zona rural do município, passando por uma
fase de onde houve invasão e posteriormente, conforme decreto a
regularização do loteamento, hoje chamado Residencial Goiânia Viva.
Para uma maior segurança e preservação desta área, como unidade de
conservação, este documento tem por objetivo fazer um planejamento da área
em questão, criando ações que lidam com operações do dia-a-dia, necessárias
para o conhecimento dos processos ecológicos e também das atividades
humanas que ocorrem no local e em seu entorno. Este instrumento de
planejamento é um processo dinâmico que por meio de técnicas de
planejamento ecológico, determina o zoneamento de uma unidade de
conservação, propondo o seu desenvolvimento físico e estabelecendo as
diretrizes básicas para o seu manejo, conforme as características de cada uma
de suas zonas, além de promover atividades que incentivem a integração
econômica e social da comunidade do entorno e circunvizinhas.
Este trabalho é inicial, ou seja, de acordo com o roteiro metodológico de
elaboração de plano de manejo para o município, são necessárias quatro fases
para a realização do Plano, pois a comunidade evolui, ocorrendo mudanças ao
longo do tempo e as atividades realizadas para sua preservação são contínuas
e integradas, passando de geração para geração.
A elaboração do Plano de Manejo do Parque Taquaral foi realizada
pelos técnicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente com o incentivo da
Prefeitura de Goiânia, na gestão do Prefeito Íris Rezende Machado e
administração do secretário de meio ambiente Clarismino Luiz Pereira Júnior
em agosto de 2006.
8
CAPITULO I
1. HISTÓRICO
9
plantios e a posse de um gerente responsável pela administração do Parque e
a elaboração do projeto do Parque Taquaral, que foi efetivado em março de
2006 na gestão do Prefeito Íris Rezende de Machado e Secretário de Meio
Ambiente do município Clarismino Luiz Pereira Júnior, com a instalação de
pista de caminhada, a ponte interligando as áreas, a construção da
administração do Parque, áreas de esporte e os centros de convivência,
proporcionando a comunidade um local seguro e prazeroso de convívio social
da comunidade do Residencial Goiânia Viva.
Imagem Aérea 1
Fonte: Arquivo SEPLAM
10
Imagem Aérea Parque Taquaral - 1988
Imagem Aérea 2
Fonte: Arquivo SEPLAN - 1988
11
Imagem Aérea Parque Taquaral - 1991
Imagem Aérea 3
Fonte: Arquivo SEPLAN
12
CAPITULO II
2. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
13
Mapa 1 – Zona de Amortecimento do Parque Taquaral
Fonte: Arquivo SEMMA
2.1.1.1.AMBULANTES
O Parque Taquaral por ser uma área nova e mais distante do centro da
cidade, ainda não possuía ambulantes no seu entorno. Com a inauguração do
Parque a secretaria de meio ambiente, através do departamento de
desenvolvimento ambiental, junto a SEDEM (Secretaria de Desenvolvimento
Econômico) fará a seleção dos futuros permissionários da área, já estipulando
as regras de acordo com a instrução normativa estabelecida pela SEMMA, o
Código de Posturas do Município, no que se refere aos permissionários e as
regras da SEDEM, limitando a instalação de 12 (doze) ambulantes no entorno
do Parque, com renovação de cadastro anual, mediante comportamento
adequado diante de uma unidade de conservação e participação em cursos de
14
capacitação para o melhor entendimento das regras do Parque e compreensão
do ecossistema que envolve a área.
15
em seu entorno, com a utilização de um medidor de nível sonoro
(decibelímetro). O limite da intensidade de ruídos suportáveis durante o dia é
regulamentado e não deve ultrapassar a barreira dos 70 dB, porém o conforto
acústico já é afetado a partir de 50 dB. Foram estabelecidos cinco pontos no
decorrer da Unidade de Conservação no período vespertino (exatamente às
14h) e destes cinco pontos três ultrapassaram o limite suportável de ruídos.
O primeiro ponto coletado foi na Alameda Goiânia Viva na Quadra 66 e
esse ponto chegou a 82,0dB o que pode resultar de irritações, aumento de
risco de enfarte, infecções, danos ao sistema auditivo, e o organismo fica
sujeito a estresse degenerativo e abalos da saúde mental.
O segundo ponto está localizado na Alameda Goiânia Viva na Quadra
65 e o valor encontrado foi de 58 dB o menor dos valores dos quatros pontos e
o mais próximo do suportável durante o dia, este índice pode diminui o poder
de concentração e prejudica a produtividade no trabalho intelectual.
O terceiro ponto fica na Alameda Taquaral com a Gabriel H. A., e foi
encontrado um índice de ruídos de 81 dB.
O quarto ponto estava localizado na Alameda Taquaral com a quadra 59
e o índice encontrado foi 90 dB o maior valor encontrado e o mais prejudicial à
saúde. E o quinto ponto estava localizado na GV 17 na quadra 45 e o índice
encontrado foi de 67 dB.
São necessários estudos para criação de alternativas para as atuais
condições do trânsito, que possam diminuir o fluxo nesses pontos, evitando-se,
assim, uma série de problemas, tanto para a população humana quanto para
os outros organismos vivos habitantes do Parque taquaral, além de alternativas
que realmente sejam postas em prática, haja vista que existem clínicas
médicas no entorno aumento o risco à saúde devido ao limite bastante alterado
de ruídos.
São apresentados, a seguir, os índices de poluição sonora aceitável de
acordo com a zona e o horário segundo as normas da ABNT, a tabela de
impactos de ruídos sobre a saúde e o mapa pontual de levantamento de
ruídos:
16
Os índices de poluição sonora aceitáveis estão determinados de acordo com a zona e
horário segundo as normas da ABNT (n.º.151). Conforme as zonas os níveis de
decibéis máximos permitidos nos períodos diurnos e noturnos são os seguintes.
Decibéis
Área Período
(Db)
Diurno 45
Zona de Hospitais
Noturno 40
Diurno 55
Zona Residencial Urbana
Noturno 50
Diurno 65
Centro da cidade (negócios, comércio, administração).
Noturno 60
Diurno 70
Área predominantemente industrial
Noturno 65
Exemplos
Volume Reação Efeitos negativos
locais
Rua sem
Até 50 dB Confortável (limite da OMS) Nenhum
tráfego.
Acima de
O ORGANISMO HUMANO COMEÇA A SOFRER IMPACTOS DO RUÍDO.
50 dB
17
Praça de
alimentaçã
O organismo fica
o em
sujeito a estresse
Acima de Aumentam os riscos de enfarte, infecções, shopping
degenerativo além de
70 entre outras doenças sérias. centers,
abalar a saúde
Ruas de
mental
tráfego
intenso.
Obs.: O quadro mostra ruídos inseridos no cotidiano das pessoas. Ruídos eventuais
alcançam volumes mais alto. Um trio elétrico, por exemplo, chega facilmente a 130 dB
(A), o que pode provocar perda auditiva induzida, temporária ou permanente.
18
Mapa 3: Posição dos pontos de amostragem de ruídos
Fonte: Secretaria Municipal do Meio Ambiente/SEMMA, 2006 – Goiânia-GO.
19
Planalto Rebaixado de Goiânia Situado na porção centro-sul do Estado,
abriga a sua capital, Goiânia, e outras cidades de menores dimensões
territoriais. Com cotas altimétricas entre 650 e 850m, a unidade compreende
um vasto planalto rebaixado e dissecado, esculpido em litologias pré-
cambrianas diversas. Na seção centro-meridional e em segmentos da parte
norte, predominam os micaxistos e quarzitos do Grupo Araxá. Na seção
setentrional, dominam os gnaisses e granodioríticas.
Sobre essas litologias atuaram os processos de dissecação, resultando em
relevos predominantemente tabulares, sobre os quais desenvolvem-se
Latossolos Vermelho-Escuros e Vermelho-Amarelos.
A unidade em apreço coalesce com as Depressões Intermontanas. Sua
definição, através de imagens de radar, foi dada pela posição ascendente das
cotas altimétricas para sul e para leste, e também pelo desaparecimento do
caráter de intermontana da unidade anterior. Também coalesce em alguns
trechos com a parte mais baixa do Planalto Setentrional da Bacia do Paraná
(Planalto dissecado do rio Verde). Tal fato parece estar relacionado à presença
de percées abertas por alguns rios da área, posteriormente alargadas e unidas
por pediplanação. Essas percées promoveram o rebaixamento de segmentos
da zona de contato, provocando a coalescência do Planalto Rebaixado de
Goiânia com o Planalto do rio Verde (parte mais baixa).
Nestes locais, as cotas altimétricas descem a 350-400m, enquanto a
superfície geral do Planalto Rebaixado varia de 650 a 850m, aumentando de
oeste para leste. Este fato dá à subunidade em questão um caráter de
superfície topográfica de transição entre o Planalto do Rio Verde e o Planalto
do Alto Tocantins-Paranaíba. O Planalto Rebaixado de Goiânia abriga cursos
d’água volumosos,encaixados e controlados pela estrutura subjacente. Em sua
maioria, pertencem à bacia hidrográfica do Paraná. Dentre eles destacam-se o
Rio Paranaíba e seus afluentes: rios Corumbá, Meia Ponte, dos Bois, Turvo,
que nascem na porção norte da subunidade e se dirigem para sul, desaguando
no rio Paranaíba. Em alguns trechos, esses cursos d’água apresentam leito
encaixado.
Em outros, notadamente nos altos cursos, comportam áreas de terraços
associados a planícies. Considerando a coalescência do piso das Depressões
Intermontanas com a superfície mais baixa do Planalto de Goiânia, admite-se a
20
mesma idade neopleistocênica para a pediplanação do planalto em questão.
Fatos observados em trabalhos de campo mostram que, apesar do relevo
constituir uma superfície herdada, os efeitos de transformação do ambiente
climático atual já podem ser visualizados. Algumas das concreções
ferruginosas observadas não se reportam necessariamente a uma época
pretérita. É o caso daquelas encontradas em um terraço do rio Meia Ponte,
entre as cidades de Piracanjuba e Hidrolândia. Elas podem estar relacionadas
à situação climática atual, onde a alternância de estações secas e úmidas
(clima de Savana) permite sua formação. Outro fato relativo ao tempo atual é a
própria dissecação da área, levada a efeito pela drenagem de menor porte. E
há também a presença de ravinas e boçorocas observadas em vários setores
do planalto. Este fato, contudo, não depende essencialmente das condições
climáticas vigentes, pois se relaciona à interferência da ação humana sobre o
relevo. Ao eliminar a cobertura vegetal para as atividades agropecuárias, o
homem expõe o solo à ação das águas de superfície, que têm sua capacidade
erosiva multiplicada pela concentração do fluxo.
O Parque em questão apresenta uma particularidade neste podemos
encontrar a presença Chapada de Goiânia com superfícies de formas
rompeadas com presença de vertentes convexas com presença de atividade
de degradação do tipo linha de fratura.
2.1.1.3.1. SOLO
21
sobre C com tendências de cores cinzento – claras. Os solos hidromórficos
normalmente são solos bem estruturados apresentando textura variável ao
longo do perfil. Quando argilosos sua consistência é plástica e pegajosa.
Quimicamente podem ser ricos ou pobres em bases ou com teores de alumínio
elevados. Por serem sistemas conservadores de água, próximos à nascentes e
cursos d’água, é muito importante preservá-los, para não comprometer o
reservatório hídrico da região. Portanto não se recomenda a drenagem desses
solos.
22
ou sem cascalho. Quimicamente o solo do parque tende a eutrófico estando
associado a ocorrência de Myracrodruon urundeuva Allemão (aroeira).
Foto 2. Cambissolo
Fonte: Arquivo SEMMA
23
O solo do parque primitivamente cambissolo nas partes mais altas e
hidromórficos nas partes mais baixas, não apresenta, mesmo com antropismo
presença de erosões. Não deixando de ser necessário a adoção de sistemas
de manejo que mantenham as qualidades dos solos, da água e do ar. A vida
com qualidade depende do convívio harmônico do homem com a natureza que
o cerca.
O solo em particular, deve sempre ser lembrado não como um recurso
inerte, mas como um componente do ecossistema que abriga uma infinidade
de organismos necessários à sobrevivência do homem e de todo o planeta.
2.1.1.4 ÁGUA
24
Imagem Aérea 4 - Nascentes do Córrego Taquaral
Fonte: Arquivo SEMMA
25
2.2. MEIO BIÓTICO
2.2.1. FAUNA
26
de extinção e imigração, além de contribuir para a poluição no ar, na água e no
solo. Do ponto de vista ecológico, a composição faunística de grandes cidades
é bem interessante, pois em diversos estudos já realizados neste tipo de
ambiente, a fauna se mostrou rica e diversificada.
Como é sempre esperado em levantamentos faunísticos, o grupo de
maior freqüência foi o da avifauna, por seus indivíduos se dispersarem com
facilidade e não oferecerem dificuldades na sua observação. De acordo com
Silva (1995), o Cerrado brasileiro apresenta uma rica diversidade de aves, com
837 espécies.
CLASSE REPTILIA
Família Colubridae
coral- falsa Oxyrhopus trigeminus (Duméril, Bibron & Duméril, 1854)
27
Família Viparidae
jararaca Bothrops moojeni (Hoge, 1966)
Família Gekkonidae
Lagartixa doméstica Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnès, 1818)
Família Tropiduridae
Família Teiidae
bico-doce Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758)
28
CLASSE AMPHIBIA
Família Leptodactylidae
rã-cachorro Physalaemus cuvieri (Fitzinger, 1826)
rã-manteiga Leptodactylus ocellatus (Linnaeus, 1758)
râ-pimenta Leptodactylus labyrinthicus (Spix, 1824)
Perereca Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
Perereca Dendropsophus minutus (Ahl, 1933)
rã-cachorro rã-pimenta
Perereca Perereca
CLASSE MAMMALIA
Família Callitrichidae
mico-estrela Callithrix penicillata (É. Geoffroy, 1812)
29
Família Didelphidae
gambá Didelphis albiventris (Lund, 1840)
CLASSE AVES
Família Alcedinidae
martim- pescador- pequeno Chloroceryle americana ( Clements, 2005)
martim- pescador- grande Ceryle torquata (Clements, 2005)
Família Charadriidae
quero-Quero Vanellus Chilensis, (Molina,1972)
Família Columbidae
pombo- doméstico Columba livia (Clements 5th ed.2005)
rolinha Columbina minuta (Linnaeus, 1766)
30
pombo-doméstico rolinha
Família Cuculidae
anu- preto Crotophaga ani (Linnaeus, 1758)
anu- branco Guira guira (Clements 5th ed.2005)
alma-de-gato Piaya cayana (Clements 5th ed.2005)
Família Emberizidae
Cambacica Coereba Fraveola (Linnaeus, 1758)
Família Formicariidae
pica-pau-pequeno Vernilornis passerinus (Linnaeus, 1758)
31
Família Furnariidae
joão-de-barro Furnarius rufus (Clements 5th ed.2005)
Família Icteridae
pássaro preto Chorimopsar chopi (Vieillot, 1819)
Família Momotidae
udu Momotus momota (Sibley & Monroe 1993)
Família Passeridae
pardal Passer domesticus ( Linnaeus,1758)
32
Família Psittacidae
periquito Brotogeris chiriri (Clements ,2005)
maritaca Aratinga leucophthalmus (Clements,2005)
periquito maritaca
Família Rallidae
frango-d’água Gallinula chloropus (Linnaeus,1758)
Família Ramphastidae
tucano Ramphastos toco (Clements,2005)
Família Tersinidae
saí-Andorinha Tersina Viridis,(Illiger, 1811)
33
saí-andorinha
Família Threskionithidae
curicaca Theristicus caudatus (Boddaert, 1783)
Família Thamnophilidae
choca-Barrada Thamnophilus doliatus (Howard & Moore 2003)
Família Trochilidae
beija-flor-de-veste-preto Anthracothorax dominicus (Clements , 2005)
beija-flor-do-rabo-branco Phaethornis Preteri (Lesson & Delattre, 1839)
beija-flor-do-rabo-branco beija-flor-de-veste-preto
34
Família Turdidae
sabiá-laranjeira Turdus rufiventris (Vieillot, 1818)
Família Vironidae
pitiguari Cyclarhis gujanensis (Gmelin, JF, 1789)
Família Tyrannidae
bem-te-vi Pintangus Sulphuratus (Clements , 2005)
CLASSE PEIXES
Familia Characidae
lambari Astianax spp
lambari
35
cará Hypostomus sp
36
encontrados na área, no futuro deverão ser retirados e recomenda-se a
castração destes. No momento, o Ministério Público, o Centro de Zoonózes, a
SEMMA, a Associação protetora dos Animais e o Conselho de Veterinária,
estão estudando uma melhor estratégia, para a realização da castração desses
animais e o destino final dos mesmos, como um abrigo ou adoção; será feito
um termo de ajuste de conduta, com as partes necessárias, além de se fazer
uma instrução normativa, que evite tais problemas em áreas de preservação
ambiental.
37
2.2.2. FLORA
ANNONACEAE
38
Xylopia emarginata Mart. Pindaíba
ARACEAE
Philodendron bipinnatifidum Schott ex Endl. Guaimbé
ARALIACEAE
Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire, Steyerm. & Frodin Mandiocão
ARECACEAE
Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart. Macaúba
Mauritia flexuosa L.f. Buriti
Scheelea phalerata (Mart. ex Spreng.) Burret (Foto 5) Bacuri
BIGNONIACEAE
Jacaranda cuspidifolia Mart. Jacarandá-mimoso
Tabebuia chrysotricha (Mart. ex .DC.) Standl. Ipê-cascudo
Tabebuia ochracea (Cham.) Standl. (Foto 6) Ipê-amarelo-do-cerrado
Tabebuia roseo-alba (Ridl.)Sandwith Ipê-branco
Tabebuia serratifolia (Vahl) G.Nicholson Ipê-amarelo
BOMBACACEAE
Pseudobombax tomentosum (C. Martius & Zuccarini) Robyns Embiruçu
CECROPIACEAE
Cecropia pachystachya Trécul Embaúba
EUPHORBIACEAE
Croton urucurana Baill. Sangra-d’água
HELICONIACEAE
Heliconia psittacorum L.f. Helicônia-papagaio
ICACINACEAE
Emmotum nitens (Benth.) Miers Aderne
LECYTHIDACEAE
Cariniana rubra Gardner ex Miers Jequitibá-branco
LEGUMINOSAE-CAESALPINOIDEAE
Bauhinia rufa (Bong.) Steud. Miroró
Hymenaea courbaril L. var. stilbocarpa (Hayne) Y.T.Lee & Lang.Jatobá-da-
mata
LEGUMINOSAE-MIMOSOIDEAE
Anadenanthera peregrina (L.) Spez. Angico
Dimorphandra mollis Benth. Faveira
Inga cylindrica (Vell.) Mart. Ingá
Inga edulis Mart. Ingá-cipó
39
Inga uruguensis Hook. & Arn. Ingá-banana
Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. Angico-jacaré
LEGUMINOSAE-PAPILIONOIDEAE
Machaerium acutifolium Vogel Jacarandá
Machaerium aculeatum Raddi Jacarandá-bico-de-pato
Platypodium elegans Vogel Jacarandá-canzil
Platymiscium pubescens Micheli Feijão-cru
MALPIGHIACEAE
Byrsonima crassa Nied. Murici
MELASTOMATACEAE
Miconia macrothyrsa Benth.
MELIACEAE
Cedrela fissilis Vell. Cedro
Guarea guidonia (L.) Sleumer Marinheiro
MORACEAE
Maclura tinctoria (L.) D.Don ex Steud. Moreira
MYRISTICACEAE
Virola sebifera Aubl. Virola
PIPERACEAE
Piper arboreum Aubl. Jaborandi
Piper ubellatum L.
RUBIACEAE
Guettarda pohliana Müll.Arg. Veludo-vermelho
SAPINDACEAE
Sapindus saponaria L. Sabão-de-macaco
SOLANACEAE
Solanum lycocarpum A. St.-Hil. Lobeira
SAPOTACEAE
Pouteria torta (Mart.) Radlk. Guapeva
STERCULIACEAE
Guazuma ulmifolia Lam. Mutamba
THELYPTERIDACEAE
Thelypteris dentata (Forssk.) E.P.St. Joh Samambaia-do-mato
TYPHACEAE
Typha dominguensis Pers. Taboa
40
ULMACEAE
Trema micrantha (L.) Blume Periquiteira,
crindiúva
VOCHYSIACEAE
Qualea grandiflora Mart. Pau-terra-da-folha-larga
ZINGIBERACEAE
Alpinia sp. Alpínia
Costus spiralis (Jacq.) Roscoe Cana-de-macaco
Hedichium coronarium Koen. Lírio-de-São-José
41
Foto 6 - Scheelea phalerata (Mart. ex Spreng.) Burret (Bacuri)
Fonte: Arquivo SEMMA
42
2.3. MEIO SÓCIO-ECONÔMICO
-Indicadores sócio-culturais:
Considerando a população residente de 10 anos ou mais de idade
constata-se que 93,8% dos habitantes da Região Metropolitana é alfabetizada.
No setor em que se encontra o Parque Taquaral Residencial Goiânia Viva
destacam - se as seguintes taxas de alfabetização:
43
Setor Pessoas residentes de cinco anos ou mais de idade
Total Alfabetizados Não Alfabetizados
Residencial Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Goiânia 6.980 5.949 2.842 3.107 1.031 527 504
Viva
Tabela 4 -
Fonte: Radiografia de Goiânia - Censo IBGE 2000
Região M E P CM CE Total
Oeste 12 7 8 1 1 29
Tabela 5 -
Fonte: Secretaria Municipal de Educação, Secretaria de Estado da Educação,
Subsecretaria Metropolitana de Ensino.
Legenda: M: Escolas Municipais, E: Escolas Estaduais, P: Escolas
Particulares, CM: Escolas Conveniadas com a rede municipal de ensino, CE:
Escolas Conveniadas com a rede estadual de ensino.
O número de alunos matriculados na Região Oeste na rede escolar do
município de Goiânia segue abaixo:
44
A rede municipal de saúde em 2001 funcionou com 50 unidades entre
CAIS (Centro de assistência Integrada à Saúde), CIAMS (Centro Integrado de
Assistência Medico Sanitário), Postos de saúde, NAPS (Núcleo de Atenção
Psicossocial), Laboratórios e Ambulatórios.
Na região Oeste onde se encontra o Parque em questão foram
levantados os seguintes dados em relação a equipamentos de saúde
integrados ao Sistema Único de Saúde – SUS no Município de Goiânia:
- Indicadores econômicos:
O quadro abaixo mostra o número de estabelecimentos no Setor
Residencial Goiânia Viva:
Setor Agropecuári Comérci Construção Indústri Serviço Total
a o Civil a s
Residencial 1 38 - 3 11 53
Goiânia
Viva
Tabela 8-
Fonte: MTE - RAIS 200
45
2.3.1. ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS DOS VISITANTES DO PARQUE
Total de Entrevistados
Mulheres
44% Homens
Homens Mulheres
56%
Estado Civil
10%
6%
37% Solteiro
Casado
Viúvo
Outros
47%
46
Proximidade da Residência ao Parque
12%
Sim - Mora próximo ao
Parque
Não - Mora próximo ao
Parque
88%
21% 3%
18%
8 a 14 anos
15 a 20 anos
21 a 30 anos
31 a 40 anos
30% 28% 41 a 60 anos
47
Renda Mensal dos Entrevistados
Até 1 salário mínimo
0% de 2 a 4 salários
5% mínimos
21%
19%
de 6 a 8 salários
mínimos
de 1 a 2 salários
9% mínimos
46% de 4 a 6 salários
mínimos
Acima de 8 salários
mínimos
Noturno
7%
Matutino
37%
Vespertino
56%
48
Utilização do Parque por Atividade
1% 1%
19% Passear/Caminhar
Encontrar amigos
1% Outras Atividades
58% Praticar Esportes
20% Atividade Cultural
Não Responderam
Freqüência de Visitação
Outros Não responderam
5%
Uma vez por Não Todos os dias
semana responderam
5% 6% Esporadicamente
Todos os dias
Duas a Três 31%
vezes por Duas a Três vezes por
semana semana
Esporadicamente
36% 17% Uma vez por semana
Outros
49
Você está satisfeito com a pista de cooper
existente?
7% 1%
Sim
Não
Não responderam
92%
Não
33%
Sim
67%
50
Você conhece as nascentes do córrego?
Não
Responderam
6%
Sim
41%
Não
53%
51
Conhece os servidores do Parque?
Não
Responderam
7%
Não
27%
Sim
66%
Não
Responderam
29% Sim
47%
Não
24%
52
Profissão dos Entrevistados
11% 9%
Servidor Público
12%
Profissional Liberal
Estudante
43% Aposentado
25%
Outros
53
Originalmente, a área era revestida de mata nativa, onde segundo os
moradores, era uma grande fazenda do senhor Tonico Toqueira, depois
passando para o senhor Lourival Lousa. A região próxima ao córrego, tinha
lavoura de arroz, milho, hortaliças e etc. Existiam também, árvores frutíferas,
como jabuticaba, jambo e bananeira. Na década de 90, houve uma substituição
destas plantas por árvores nativas da região, como o Jatobá, Jerivá, Manacá-
de-cheiro, Nó-de-porco e muitas outras, embora no Parque ainda tenhamos a
presença de árvores frutíferas, como a goiabeira e etc. A vegetação herbácea,
semi-arbustiva e arbustiva, é representada pelo capim colonião as margens de
algumas partes do córrego, espécies rudeiras, pertencentes às famílias das
malvaceae, compositae e euphorbiaceae.
Na área existe uma das nascentes do córrego Taquaral. Já foi um local
de déposito de entulho em suas bordas, modificando posteriormente em função
da persistência da comunidade do entorno, que combateu este procedimento
negativo, impedido o depósito e incentivando a sua preservação.
A estrutura do Parque foi planejada, em função de proteger o córrego
Taquaral e sua nascente, além de preservar a mata ciliar de grande
importância para a região. O projeto se constituiu em fazer o reflorestamento
das áreas que se encontram degradadas, elaborando trilhas ecológicas, pista
de Cooper, equipamentos de ginástica, playground, elaboração de acessos ao
Parque.
Os impactos resultantes do desenvolvimento urbano descaracterizam
profundamente a paisagem natural, perdendo-se as suas características
primitivas. A ocupação temporária da área do parque pelas famílias, alterou
consideravelmente a vegetação nativa, modificando a paisagem,
principalmente pela retirada de árvores de valor econômico. A alteração da
vegetação se deve pela retirada de arvores de porte avantajado e pela
introdução de várias espécies exóticas, como: Myrciaria cauliflora (Mart.) O.
Berg (jaboticabeira), Persa americana Mill. (abacateiro), Mangifera indica L.
(mangueira), Tamarindus indica L. (tamarindeiro), Musa paradisíaca L.
(bananeira), Eugenia jambos L. (jambo-amarelo), Syzygium cumini (L.) Skeels
(jambolão), Anacardium occidantale L. (cajueiro), Schizololium parahyba (Vell.)
S.F. Blake (guapuruvu) (Foto 7), Bauhinia variegata L. (pata-de-vaca) e
Brachiaria brizantha (Hochst. ex A. Rich.) Stapf (capim-braquiarão).
54
Foto 8 - Schizololium parahyba (Vell.) S.F. Blake (guapuruvu)
Fonte: Arquivo SEMMA
APOCYNACEAE
Aspidosperma subincanum Mart. Guatambu
Aspidosperma pruinosum Markgr Canela-de-velho
BIGNONIACEAE
Jacaranda cuspidifolia Mart. Jacarandá-mimoso
Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb. Ipê-rosa
Tabebuia ochracea (Cham.) Standl. Ipê-amarelo-do-cerrado
Tabebuia serratifolia (Vahl) G.Nicholson Ipê-amarelo
55
LAURACEAE
Persea americana Mill. Abacateiro
LEGUMINOSAE-CAESALPINOIDEAE
Bauhinia variegata L. Pata-de-vaca
Caesalpinia pluviosa var. peltophoroides (Benth.) G.P.Lewis Sibipiruna
Casalpinia pulcherrima (L.) Sw. Flamboyant-de-jardim
Cassia fistula L. Chuva-de-ouro
Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf. Flamboyant
Tamarindus indica L. Tamarindeiro
LEGUMINOSAE-MIMOSOIDEAE
Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong Tamboril
LEGUMINOSAE-PAPILIONOIDEAE
Machaerium acutifolium Vogel Jacarandá
Machaerium aculeatum Raddi Jacarandá-bico-de-pato
Myroxylon peruiferum L.f. Bálsamo
Platypodium elegans Vogel Jacarandá-canzil
Platymiscium pubescens Micheli Feijão-cru
MYRTACEAE
Syzygium cumini (L.) Skeels Jamelão,jambolão
PALMAE
Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman Jerivá
SAPINDACEAE
Sapindus saponaria L. Sabão-de-macaco
STERCULIACEAE
Guazuma ulmifolia Lam. Mutamba
_______________________________________________________________
56
demanda de moradores do entorno. Para a resolução deste problema é
importante, que a SANEAGO, tome providências, reestruturando o sistema de
esgoto localizado dentro do parque, próximo a administração.
Outro problema que contribui para a poluição do córrego é o depósito de
animais mortos, que ainda algumas pessoas continuam jogando, prejudicando
a qualidade da água. Este mau hábito poderá ser resolvido, com atividades
educativas, tanto com os visitantes, como na escola próxima ao Parque, além
de uma fiscalização intensa da Secretaria do Meio Ambiente e dos moradores
do entorno, denunciando a problemática, sempre que aparecer.
O assoreamento do córrego é observado em alguns pontos, devido à
falta de vegetação as margens, localizada em área pertencente ao vizinho do
Parque, que por desconhecimento ou intensional não possui vegetação ou até
mesmo, segundo moradores e visitantes do Parque joga terra dentro do
córrego causando o problema. A melhor forma para se resolver, será conversar
com o vizinho, sensibilizando das conseqüências e se não melhorar os hábitos,
a aplicação de multas.
57
Foto 10 – Córrego Taquaral
Fonte: Arquivo SEMMA
2.5.2. SEGURANÇA
58
2.5.3. INVASÃO
2.5.4. NASCENTE
59
para os permissionários. Anualmente ou conforme necessidades da Secretaria
do Meio Ambiente, todos os permissionários, sem exceção deverão participar
de cursos de capacitação oferecidos pela secretaria do meio ambiente, além de
participarem de algum seminário sobre o gerenciamento das unidades de
conservação do município.
60
CAPÍTULO III
3. MANEJO
Programa de
Manejo
Manejo de Recreação
Flora Proteção
Educação
Manejo de Ambiental Administração
Fauna
Relações
Públicas Integração com o
Sub-programa de Entorno
água (Associação)
Cooperação
Interinstitucional
Público/Privado
61
3.1. Objetivos:
3.2. Zoneamento:
62
Mapa 4 – Zoneamento Ambiental
Fonte: SEMMA – Goiânia – 2006 – Departamento de Desenvolvimento
Ambiental
Definição:
Objetivos:
63
Descrição:
A zona de uso intensivo refere-se à pista de caminhada, áreas de lazer
(estar). A pista de caminhada, que contorna todo o Parque e área próxima a
Administração. A pista de caminhada, que contorna todo o Parque, possui um
perímetro . A área total da zona da uso intensivo é de.
Normas:
64
Mapa 5 – Zona de Uso Intensivo
Fonte: SEMMA – Goiânia – 2006 – Departamento de Desenvolvimento
Ambiental
Definição:
Compreende as áreas necessárias à administração, manutenção,
serviços, trilhas interpretativas de educação ambiental, com acesso ao público
controlado.
Objetivos:
• Proteger o Parque e as atividades de Educação Ambiental previstas para
suas áreas;
• Minimizar o impacto ambiental, pela concentração, em pequena área do
Parque, das atividades e equipamentos necessários à sua manutenção e
administração;
• Dar o devido apoio aos fundos do Taquaral;
• Oferecer facilidades a pesquisadores e visitantes oficiais;
• Manter a infra-estrutura de fiscalização.
65
Descrição:
Essa zona compreende os espaços no entorno do córrego, os jardins e
as trilhas interpretativas, com acesso ao público controlado, à administração. A
área apresenta um total de.
Normas:
66
3.2.3. Zona de Recuperação
Definição:
É uma zona que contém áreas que sofreram considerável alteração
humana. É considerada uma zona provisória, pois, uma vez restaurada será
incorporada em uma das categorias permanentes. As espécies exóticas
introduzidas deverão ser removidas.
Objetivos:
Descrição:
Essa zona abrange algumas trilhas, que foram desativadas e uma área
próxima à administração que se encontrava degradada. A área total da zona de
recuperação compreende.
Essa zona de recuperação encontra-se atualmente toda reflorestada
com plantas nativas, cuja manutenção necessita de cuidado intensivo.
A área apresenta um grande potencial para o futuro, pois, uma vez
recuperada, irá incorporar a zona de preservação integral, aumentando assim a
extensão da mata, que é considerada um resquício da flora original de Goiânia
e melhora a permeabilidade do solo, ajudando a mata ciliar.
Normas:
67
4. Deverão ser retiradas fotos destas áreas periodicamente, para
acompanhamento da evolução de recuperação, estudos posteriores e
educação ambiental;
5. As trilhas nessas áreas serão interpretativas, e, conforme o seu
desenvolvimento, as normas serão reavaliadas.
Definição:
68
Objetivo:
Normas:
69
Mapa 8 – Zona de Proteção Integral
Fonte: SEMMA – Goiânia – 2006 – Departamento de Desenvolvimento
Ambiental
70
A capacidade de carga do Parque está diretamente relacionada aos
aspectos ecológicos, à infra-estrutura e aos fatores bióticos e abióticos da área.
No Parque Taquaral é prevista, nos espaços de circulação com, a visitação de
1000 pessoas. Nos espaços educcionais e culturais, 400 pessoas. Somando-se
o número de pessoas por m2 que cada área comporta, obtêm-se um total de
1400 pessoas em todas as áreas internas do Parque que podem ser utilizadas.
Esta capacidade de carga do Parque será sempre revisada e adequada
as novas realidades.
71
• Não serão aceitas mudas danificadas pelo transporte.
Tutor (protetor)
• O tutoramento é a operação de sustentação firme de muda, na posição
vertical;
• O tutor deverá ser de madeira tendo as dimensões de 2 X 2 X 220 cm.
Deve ser enterrada no mínimo a 0,70 m de profundidade dentro da cova;
• O amarrilho deve ter a forma de oito deitado. Deve-se usar borracha, sisal
ou outro material que não fira o tronco;
• Não deve ser utilizado arame para amarrar a muda ao tutor.
3.4.1.1.4. Manutenção
• Após o plantio, a muda deve ser irrigada copiosamente. Se não chover até
cinco dias após o plantio, irrigar a cova com vinte litros de água, repetindo
este tratamento sempre que necessário até o pegamento da muda;
72
• Se depois de plantada a muda estiver fraca, deverá ser feita adubação de
cobertura, colocando 100 g NPK 10 – 10 – 10 por cova.
Objetivos:
Atividades:
Normas:
73
• Deverá ser estabelecido, logo após a definição da capacidade de suporte
do Parque, um protocolo de monitoramento populacional, com intuito de
identificar grupos com densidade acima desta capacidade;
Requisitos:
• Equipamento fotográfico;
• Equipamento de GPS;
Resultados Esperados:
74
• Domínio dos dados relativos à dinâmica de populações, preferência de
hábitat, área de vivência, etc. como subsídio para implementação de
políticas de manejo adequadas para cada espécie, quando necessário.
Objetivos:
Atividades:
75
7. Aplicação do questionário elaborado pela SEMMA aos visitantes do
Parque;
8. Acompanhamento do comportamento da fauna em relação aos
visitantes;
9. Acompanhamento da densidade populacional da fauna e cargo da
SEMMA;
10. Acompanhamento do desenvolvimento da flora a cargo da SEMMA;
11. Providenciar a instalação de uma estação meteorológica.
Normas:
76
13. Toda pesquisa a ser realizada no Parque deve ter apresentação prévia do
Projeto à SEMMA, para o devido licenciamento ou autorização, conforme
legislação em vigor;
14. Para a coleta de fauna será permitida a retirada de um exemplar de cada
espécie, desde que ela não esteja discriminada no inventário do Parque ou
em pesquisa concluída por alguma instituição autorizada. (obs.: A referida
coleção pertencerá à SEMMA, porém a instituição em questão
responsabiliza-se pela guarda e manutenção);
15. Com relação à pesquisa sobre a flora, será permitida, desde que efetuada
por instituição de pesquisa e por técnicos da SEMMA, a coleta de materiais
vegetativos(flores, frutos e sementes) para a formação de exsicatas e
coleções com fins de pesquisa e / ou Educação Ambiental(obs.: Não será
permitida a retirada total de exemplares da flora local, como também de
arbustos, bromeliáceas, entre outros).
16. As atividades de monitoramento biológico e ecológico são da
responsabilidade do biólogo do Parque.
17. As estação situa-se na zona de uso restrito.
Requisitos:
77
• Obter dados para aperfeiçoar o manejo de flora e fauna do Parque;
• Conhecimento das preferências dos visitantes para sua melhor distribuição.
Atividades:
Normas:
78
• Não é permitida a introdução de novas espécies de peixe no córrego.
Requisitos:
Objetivos:
Atividades:
79
5. Descrever e coletar pelo menos um perfil completo de solo, compreendendo
toda a sucessão de horizontes, para cada zona estabelecida pelo Plano de
Manejo .
Normas:
Requisitos:
80
3.5. Programa de Manejo de Uso Público
Objetivos:
Atividades:
Normas:
81
9. Não e será permitido nenhum tipo de comercialização de produtos
alimentícios na parte interna do Parque, exceto pelos permissionários
autorizados;
10. Todas as atividades que serão desenvolvidas no Parque Taquaral estão
em consonância com o Programa de Educação Ambiental (PEA)
desenvolvido pelo Departamento de Educação Ambiental;
11. As atividades recreativas que serão desenvolvidas com os usuários do
Parque deverão seguir os critérios de segurança previstos no Plano de
Manejo;
12. As áreas destinadas à preservação e conservação e de uso restrito
deverão ser ter apenas a destinação sem exceções.
Requisitos:
• Espaços de Circulação;
• Espaços de Convivência (leitura, conversações, meditação);
• Locação da sinalização do Parque;
• Firmar parceria com grupo de escoteiros e outros;
Objetivo Geral:
82
recuperação e melhoria sócio-ambiental, valorizando o papel da educação
para as transformações sociais e culturais necessárias para o uso mais
reflexivo e sustentável dos recursos naturais e humanos, levando o indivíduo
e a coletividade a uma maior percepção de si como parte do ambiente.
Objetivos Específicos:
Normas:
83
Apresentam-se, a seguir, as diretrizes do Programa:
1. Capacitação contínua da equipe de trabalho do PEA e dos funcionários do
Parque;
2. Capacitação continua dos permissionários que desenvolvem atividades no
interior do Parque;
3. Acesso democrático por todos a informação e conhecimentos na área
ambiental;
4. Abordagem das questões ambientais de forma articulada em nível local,
regional, nacional e global;
5. Igualdade de condições no acesso ao Parque;
6. Criação e construção de materiais pedagógicos a partir do princípio do
reaproveitamento de materiais, incluindo os 3 R’S;
7. Capacitação permanente de toda equipe do Parque e Associação dos
Protetores do Parque Vaca Brava;
Atividades:
84
5. Organização de atividades especiais de preservação e estimulo à
comportamentos que melhorem a conduta e criem novos hábitos
equilibrados com a natureza.
6. Desenvolvimento de hábitos adequados ao equilíbrio do Parque pelos
permissionários e ambulantes, que desenvolvem atividades dentro da área
ou fora, com obrigatoriedade de ajudarem e estimularem a preservação do
ambiente;
7. Quantificar o numero diário das pessoas beneficiadas como PEA para
futuras pesquisas estatísticas.
Requisitos:
Resultados Esperados:
85
3.5.3. Subprograma de Turismo
Objetivos:
Atividades:
Normas:
Requisitos:
• Folhetos ilustrativos;
86
• Lista atualizada de hotéis, empresas turísticas;
• Programação turística;
• Sinalização adequada.
Objetivos:
Atividades:
87
8. Coordenar o relacionamento com os diversos órgãos de comunicação e
demais instituições de interesse.
Normas:
Requisitos:
Prioridades:
Objetivos:
88
• Proteger o ecossistema do Parque Taquaral contra as adversidades que
possam ocorrer no local e as interferências humanas nocivas.
Atividades:
Requisitos:
89
3.6.2. Subprograma de Administração
Objetivo:
Atividades:
Normas:
90
3. O gerente do Parque é responsável pelos relatórios mensais sobre o
funcionamento da Unidade de Conservação, o arquivo e o controle de
materiais;
4. O responsável pela proteção incumbirá de toda a fiscalização e da busca de
solução para qualquer problema externo, nas imediações do Parque, que
lhe for pertinente;
5. O responsável pela manutenção supervisionará os reparos no Parque, tais
como: limpeza, organização etc.;
6. Será designado um responsável técnico do DPDA para estabelecer e
implementar o subprograma de pesquisa e monitoramento, bem como
assistir o gerente nos subprogramas de relações públicas, extensão e
turismo;
7. O técnico responsável do DPDA deverá ser um biólogo;
8. O Departamento de Educação Ambiental da SEMMA deverá monitorar as
atividades de Educação Ambiental, implementando o subprograma do
mesmo, recreação e relações públicas;
9. O responsável técnico da SEMMA deverá treinar e orientar os estagiários
do Parque;
10. Os guarda - ambientais deverão ser capacitados com cursos periódicos,
organizados pelo Departamento de Educação Ambiental da SEMMA e do
Departamento de Desenvolvimento Ambiental;
11. O cronograma proposto deverá ser seguido pela administração do Parque.
Requisitos:
• Treinamento adequado;
• Contratação de pessoal para o funcionamento do Parque;
• Material para uso no Parque, na administração.
91
Apresenta-se, a seguir, um fluxograma com o sistema de Administração
do Parque Taquaral:
SEMMA
Gerência
Administração
Geral do Parque
Permissionários
(Ambulantes)
Proteção
Equipe de
Manutenção
Manejo do Serviços
Parque Gerais
92
3.6.3. Subprograma de Manutenção
Objetivos:
Atividades:
Requisitos:
Objetivos:
93
• Verificar a geração de poluentes de qualquer natureza, que possam causar
impactos diretos ao Parque.
Atividades:
Normas:
Requisitos:
• Recursos humanos;
• Interação entre órgãos da administração municipal no controle externo;
• Distribuição de folhetos com as recomendações técnicas de proteção ao
ambiente.
Resultados Esperados:
94
• Controle dos fatores impactantes, evitando-se que seus parâmetros e
índices ultrapassem os limites atuais.
• Melhoria da qualidade dos recursos naturais e Biodiversidade do Parque
Taquaral.
Objetivo:
Atividades:
Requisitos:
• Folhetos ilustrativos do Parque Taquaral;
• Material Audiovisual do Parque Taquaral.
95
CAPÍTULO IV
4.1. Subprogramas
96
Secundárias, que são aquelas que crescem X
pela sombra das pioneiras, quando jovens
não aquentam muita insolação e têm
crescimento moderado. O terceiro e último
grupo é formado pelo Clímax, que são
aquelas que necessitam de sombra durante
boa parte de sua vida e têm crescimento
mais lento. Portanto serão plantadas
espécies nativas regionais dentro destes
três grupos, a fim de recompor de forma
adequada estas áreas, de forma que as
espécies pioneiras dêem sombra às
secundárias e as clímax durante os seus
desenvolvimentos. Assim, as pioneiras
devem ser em maior quantidade e
posicionarem-se em torno das mudas dos
outros dois grupos.
4 - Adubação – Recomenda-se a seguinte
adubação: Adubação orgânica – 3 pás ou o
equivalente a 15 litros de esterco bovino X
97
com caminhão pipa.
7 – Replantio - As mudas que morrerem
devem ser repostas, preferencialmente num X
período não superior a 30 dias após o
plantio.
8 – Coroamento – O coroamento tem a
finalidade de evitar a competição da muda
com a vegetação local por água, luz e
nutrientes. O coroamento deve ter as
dimensões mínimas de 1,20 metros ao redor
X
da muda. O coroamento deverá ser
realizado até que esta competição possa
existir não afetando o desenvolvimento das
futuras árvores, o que ocorre entre 1,5 e 2
anos após o plantio.
9 – Combate às plantas invasoras -
Recomenda-se a limpeza (roçagem) da
gramínea existente, principalmente o capim X X
colonião, evitando cortar as espécies da
regeneração natural, pois estas ajudarão a
recompor as áreas reflorestadas.
10 – Combate às formigas e cupins - A fim
de evitar a morte ou diminuição do
desenvolvimento das mudas causada por
ataques de formigas e cupins, deverá ser X X X
feita uma vistoria periódica nas áreas
combatendo os formigueiros e cupinzeiros
existentes nas mesmas ou nas suas
proximidades, utilizando iscas formicidas e
cupinicidas.
11 – Adubação de cobertura - A fim de
propiciar um maior desenvolvimento das
X
mudas e um povoamento mais homogêneo
98
quanto ao crescimento, em especial das que
forem replantadas, fazer uma adubação de
cobertura, na proporção de 100 g/cova com
NPK 10-10-10.
12 - Capina e roçagens – a fim de evitar a
competição das mudas por luz, água e
nutrientes, e até que as mudas atinjam a
X X X
altura de 1,5 a 2,0 metros, quando já
sobrevivem sozinhas, dispensando os
cuidados de capinas e roçagens esta
atividade deverá ser desenvolvida sempre
que necessário.
99
locais os cipós serão controlados, devendo
os mesmos serem cortados com foices de
cabos longos ou facões e removidos das
copas destas árvores, a fim de
proporcionar luz solar nas copas das
mesmas.
100
populacionais, como taxas e estações X
reprodutivas;
101
3 - Elaboração de um a ficha pela SEMMA para o
acompanhamento periódico das analises de X
água;
4 - Verificar o lançamento de esgoto no córrego
caso ocorra e tomar providencias. X X
102
8 – Acompanhar o comportamento da fauna em
relação aos visitantes; X X X X
9 – Acompanhamento da densidade populacional
da fauna e cargo da SEMMA; X X X X
10 – Acompanhamento do desenvolvimento da
flora a cargo da SEMMA; X X X X
11 – Providenciar a instalação de uma estação
meteorológica. X X
103
4.1.5.2. Subprograma de Turismo
104
7 - Coordenar o relacionamento com os diversos
órgãos de comunicação e demais instituições de X X
interesse;
105
4 - Designar os 10 Guardas Ambientais X
responsáveis pela segurança do parque;
5 – Designar 06 monitores para orientação dos X
freqüentadores do parque;
6 - Adquirir todo equipamento necessário à X
Administração.
7 – Familiarizar todo o pessoal do parque com X
suas responsabilidades e funções.
8 – Implementar o Plano de Manejo e revisá-lo X X X X
periodicamente.
9 – Planejar periodicamente reuniões com o
objetivo de capacitação dos funcionários e X X X X
verificação do andamento das atividades do
parque.
10 – Elaborar regimento interno. X
106
4.1.5.7. Subprograma do Entorno
107
3 – Fazer parceria com grupos de escoteiros e X
outros;
4 – Locação de mobiliários para contemplação e X
convivência;
5 – Organização da trilha orientada. X X X X
108
CAPÍTULO V
5. Considerações Finais
109
BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS
110
Bierregaard. Tropical forest remnanes ecology, managements in conservation
of fragment communities. University Chicago Press.
111
http://www2.ibama.gov.br/unidades/geralucs/legislacao/coletanea Acesso em
24 de maio de 2004.
BRASIL. Lei n°. 7.347 de 24 de julho de 1985. Disciplina a ação civil pública
de responsabilidade por danos causados ao Meio Ambiente, ao consumidor, a
bens e direitos de valor artístico, estético e da outras providências . Disponível
em http://www2.ibama.gov.br/unidades/geralucs/legislacao/coletanea Acesso
em 24 de maio de 2004.
112
BRASIL. Portaria n°.91-N de 02 de setembro de 1994. Regulamenta a
Pesquisa Cientifica em Unidades de Conservação-CNUC. Disponível em
http://www2.ibama.gov.br/unidades/geralucs/legislacao/coletanea Acesso em
24 de maio de 2004.
113
CASSETI, V. Ambiente e apropriação do relevo. São Paulo: Contexto, 1991.
147p.
DAHER, T. (2003) Goiânia - Uma utopia européia no Brasil. Ed. ICBC. 323p.
114
HILTY, S. L. & BROWN, W.L. (1986). A guide to the birds of Colombia.
Princeton University Press, Princeton.
115
MENDONÇA-LIMA, A. E Fontana, C. S. (2000). Composição, freqüência e
aspectos biológicos no Porto Country Clube, Rio Grande do Sul. Ararajuba
8 (1): 1-8.
MMA/ IBDF/ FBCN (1981). “Plano de Manejo Parque Nacional das Emas”.
Brasília.
116
QUEIROZ, N. A. & CORDEIRO, N. M. Goiânia - Embasamentos do Plano
Urbanístico Original. Goiânia: IPLAN/IAB, 1990.
117
SINDUSCOM. Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás.
(2003). Ata de reunião do Grupo de Proteção das Nascentes de Goiânia.
118