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abertura

A visão científica da natureza

A importância do assunto
• Conhecer as bases do pensamento científico e os procedimentos
que os cientistas utilizam em seu trabalho.
• Compreender o papel da observação, da formulação de hipóteses
e da experimentação na produção do conhecimento científico.
Conceitos fundamentais

Biotecnologia
Observação
Experimentação Ciência
Biologia Teoria
Hipótese Fato
O que é ciência?

Ciência
Método rigoroso de investigação da natureza.

Observação Raciocínio
Hipótese
de fatos lógico

Hipótese 3 Teoria
• Hipótese é uma tentativa de explicação para um fenômeno isolado.
• Teoria é uma ideia ampla, ou um modelo, que explica coerentemente um
conjunto de observações e de fatos abrangentes da natureza.
O procedimento hipotético-dedutivo em ciência
Pergunta: Como aparecem “bichos” na goiaba?
ilustrações: Osvaldo Sequetin

Fato Hipótese
Moscas pousam Os “bichos” da goiaba
nas goiabas. são larvas de moscas que
“Bichos” surgem depositaram seus ovos nos
nas goiabas. frutos.

Experimentação
Grupo controle No grupo experimental
Dedução (goiabas sem não há aparecimento de
proteção)
Se as goiabas “bichos”.
forem protegidas No grupo controle há
das moscas com Grupo aparecimento de “bichos”.
saquinhos não se experimental Os resultados confirmam
(goiabas protegidas
desenvolverão por saquinhos) a hipótese:
“bichos”. Os “bichos” da goiaba são
larvas de certas espécies
de mosca que põem ovos
nos frutos.
A ciência da vida: Biologia

Biologia
(do grego bios, vida, e logos, estudo)
Ramo das Ciências Naturais que
estuda os seres vivos.

O conhecimento da Biologia
é fundamental para que possamos
atuar, como cidadãos conscientes,
na busca de soluções para grandes
desafios da humanidade,
como a preservação dos ambientes
naturais da Terra.
como a vida surgiu?

A importância do assunto
• Apresentar um resumo articulado da visão científica atual
para as origens do universo, da Terra e dos seres vivos.
• Conhecer as evidências atuais que levam à aceitação, pela maioria
dos cientistas, da hipótese autotrófica para a origem da vida.
Conceitos fundamentais

Sol Teoria do Big Bang


Sistema Solar
Terra Teoria da Geração Espontânea
Hipótese heterotrófica
Biogênese Teoria da Evolução Molecular
Hipótese autotrófica
Universo
A origem do universo e do Sistema Solar
Teoria do big bang
• O universo se originou de um grão extremamente compacto,
de densidade infinita, que se expandiu violentamente há cerca
de 13,7 bilhões de anos.

Origem do Sistema Solar


• O Sistema Solar surgiu há cerca de 4,6 bilhões de anos, a partir
de uma nebulosa presente na Via Láctea.
Como surgiu a vida na Terra
Pensamentos vigentes até meados do século XVII:

Criacionismo
Crença de que os seres vivos foram criados por entidades divinas.

Teoria da geração espontânea


Teoria que defendia o surgimento de seres vivos pela
agregação espontânea de matéria sem vida, ou mesmo
pela transformação de outros seres vivos.
O experimento de Redi
• Pensamento vigente da época: seres vermiformes que surgem
em cadáveres seriam resultado da transformação espontânea
da carne em putrefação.
• Hipótese de Redi: os seres vermiformes são estágios imaturos
do ciclo de vida de moscas, que nascem de ovos colocados
na carne e não por geração espontânea.
ilustrações: jurandir ribeiro

Grupo Grupo controle


experimental Frasco aberto.
Frasco vedado. Surgimento de
Sem larvas. larvas.

Representação do experimento de Redi, que


descartou a hipótese da geração espontânea dos
“vermes” (larvas) da carne em putrefação.
Needham versus Spallanzani
O experimento de Needham
• Needham distribuiu caldo nutritivo em frascos que foram
fervidos e imediatamente fechados com rolhas de cortiça.
Depois de alguns dias, havia seres microscópicos no caldo.
Sua explicação foi que teriam surgido por geração espontânea.

O experimento de Spallanzani
• Spallanzani preparou frascos com caldo nutritivo previamente
fervidos: quatro deles foram fechados com rolhas de cortiça
e quatro tiveram os gargalos derretidos no fogo, de forma
a adquirirem uma vedação hermética. Após alguns dias,
microrganismos haviam surgido só nos frascos arrolhados
com cortiça. Sua explicação foi que a vedação e/ou o tempo
de fervura utilizados por Needham haviam sido ineficientes
para impedir a contaminação do caldo.
Pasteur e a derrubada da abiogênese
O experimento de Pasteur
• Pasteur isolou o caldo nutritivo de tal forma que impediu o seu contato
com microrganismos, mesmo com a entrada de ar. Com isso demonstrou
definitivamente que os microrganismos surgem a partir de outros
microrganismos, provenientes do ambiente externo.
2. O gargalo do 3. O caldo
frasco é esticado e nutritivo é fervido
1. O caldo
curvado ao fogo e esterilizado
nutritivo é
despejado em um
frasco de vidro
ilustrações: adilson secco

4. O caldo nutritivo do
5. Se o gargalo do frasco
frasco com “pescoço de
é quebrado, surgem Representação da sequência de etapas do experimento
cisne” mantém-se livre
realizado por Pasteur, que sepultou definitivamente a teoria
microrganismos no caldo da geração espontânea. de microrganismos
As hipóteses heterotrófica e autotrófica
Hipótese heterotrófica
• Ideia de que os primeiros seres vivos eram heterotróficos e obtinham
energia a partir da degradação de substâncias orgânicas surgidas
de modo abiogênico.

Hipótese autotrófica
• Ideia de que os primeiros habitantes da Terra deviam ser seres
quimiolitoautotróficos capazes de produzir seu próprio alimento
a partir da energia liberada em reações químicas entre substâncias
inorgânicas presentes nas rochas.
o que caracteriza a vida?

A importância do assunto
• Identificar as principais características dos seres vivos.
• Integrar os conhecimentos anteriores para compreender
os diversos níveis de organização da vida.
Conceitos fundamentais

vida
célula molécula orgânica
hereditariedademetabolismo
evolução biológica
reprodução biosfera
Ecologia
Características dos seres vivos

Composição química típica


Diferente da matéria inanimada, na composição elementar típica
da matéria viva predominam os elementos químicos carbono (C),
hidrogênio (H), oxigênio (O), nitrogênio (N), fósforo (P)
e enxofre (S), que se unem quimicamente formando
moléculas orgânicas.

Organização celular
As células são consideradas as unidades fundamentais
da vida. Todos os seres vivos, com exceção dos vírus,
são constituídos por células.
Características dos seres vivos

Metabolismo
Todos os seres vivos apresentam metabolismo, ou seja, um
conjunto de processos e reações químicas fundamentais à vida,
que ocorrem no interior de células.

Reação e movimentação
Muitos seres vivos são capazes de perceber o que se passa ao
seu redor e reagir a diferentes tipos de estímulo, quase sempre
envolvendo movimentos.
Características dos seres vivos

Crescimento
Todos os seres vivos crescem, isto é, aumentam de tamanho e em
quantidade de matéria viva. Esse crescimento sempre ocorre por meio da
produção de novas moléculas orgânicas pelo metabolismo celular.

Reprodução
É uma das características mais marcantes dos seres vivos e consiste
em um processo de produção de descendentes semelhantes
ao genitor (ou genitores), perpetuando assim a espécie.
Características dos seres vivos

Hereditariedade
Na reprodução, o genitor (ou genitores) transmite aos descendentes
“informações codificadas” sobre as características típicas da espécie.
Essas informações controlam o metabolismo e, consequentemente,
as características das células e dos indivíduos.

Evolução biológica
Os seres vivos evoluem, isto é, as espécies vivas se modificam ao longo
do tempo, adaptando-se e originando novas espécies.
O que uma definição de vida deveria incluir?
• A definição de vida a seguir é de um dicionário de Língua Portuguesa.
Exceto por considerar que apenas os animais e as plantas são seres
vivos, essa definição é abrangente e precisa.

“vida [Do lat. vita.]. S. f. 1. Biol. Conjunto de propriedades e


qualidades graças às quais animais e plantas, ao contrário dos
organismos mortos ou da matéria bruta, se mantêm em
contínua atividade, manifestada em funções orgânicas como o
metabolismo, o crescimento, a reação a estímulos, a adaptação
ao meio, a reprodução, e outras [...].”
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.
Curitiba: Positivo, 2010. p. 2.156.
Hierarquia da organização biológica

Organelas
Átomos Moléculas Células
celulares

Organismos Sistemas Órgãos Tecidos

Comunidades
Populações Ecossistemas Biosfera
biológicas
o fluxo de energia na natureza

A importância do assunto
• Desenvolver uma visão mais integrada da natureza.
• Discutir como a energia da luz solar é captada pelos
seres fotossintetizantes e transferida para o sistema vivo,
quando os organismos se alimentam uns dos outros.
• Entender que a energia flui unidirecionalmente na parte viva
da natureza, dissipando-se pouco a pouco na forma de calor,
como evidenciado nas pirâmides ecológicas.
• Reconhecer os gastos energéticos nas transferências alimentares
e conceituar produtividade. Relacionar esses temas com fatos
do cotidiano, como o preço dos alimentos.
Conceitos fundamentais

biomassa
produtorteia alimentar
cadeia alimentarconsumidor
pirâmide ecológica decompositor
produtividade
Energia para a vida
adilson secco

Legenda
= átomo de C
= átomo de H

átomos de O Fotossíntese
Processo pelo qual
LUZ
alguns organismos
transformam energia
Glicose luminosa em energia
química, que é
Gás carbônico
armazenada em
FOTOSSÍNTESE
moléculas orgânicas
utilizadas para a
Gás oxigênio manutenção da vida.

Água Água

Graças à energia proveniente da luz, o gás carbônico e a água combinam-se, produzindo moléculas
orgânicas ricas em energia (como a glicose) e gás oxigênio.
Transferências de energia entre seres vivos

Produtores
Os seres autotróficos são os únicos capazes de produzir moléculas
orgânicas (biomassa) a partir de moléculas inorgânicas. A energia
entra na biosfera por meio deles.

Consumidores
Os seres heterotróficos têm de obter moléculas
orgânicas prontas para, a partir delas, conseguir energia
e produzir sua biomassa.

Produtores Consumidores
Sol
(seres autotróficos) (seres heterotróficos)
Teias e cadeias alimentares

jurandir ribeiro
Teia alimentar DECOMPOSITORES
D
Multiplicidade de relações alimentares Fungos
que os seres vivos de uma comunidade e bactérias
biológica mantêm. C
CONSUMIDOR
T
TERCIÁRIO

Serpente
C
CONSUMIDOR
Cadeia alimentar S
SECUNDÁRIO
Pássaro
Sequências lineares de organismos de
C
CONSUMIDOR
uma teia alimentar. P
PRIMÁRIO
Gafanhoto

P
PRODUTOR
Decompositores Planta
Atuam na decomposição da biomassa
Exemplo de cadeia alimentar com quatro
em compostos inorgânicos. níveis tróficos
Respiração celular
A fonte de energia para o metabolismo dos animais e plantas provém do processamento
de moléculas orgânicas dentro de suas células, na respiração celular.
Legenda
Legenda
adilson secco

= átomo de C
= átomo de H = átomo de C
= átomo de O = átomo de H
= átomo de O

Glicose
Glicose Água
RESPIRAÇÃO Água
CELULAR RESPIRAÇÃO
CELULAR

Gás oxigênio
Gás oxigênio
Gás carbônico
Gás carbônico
C6H12O6 + 6 O2 → 6 CO2 + 6 H2O
C6H12O6 + 6 O2 → 6 CO2 + 6 H2O
Moléculas orgânicas com alta energia (como a glicose) reagem com gás oxigênio,
produzindo gás carbônico e água.
Dissipação de energia na teia alimentar

A quantidade de energia presente em um nível trófico é maior


que a energia efetivamente transferida ao nível seguinte.
Isso ocorre porque parte da biomassa ingerida pelo organismo
é eliminada nas fezes e porque os seres vivos consomem boa parte
das moléculas nutritivas na respiração celular.
jurandir ribeiro

ENERGIA DISSIPADA NOS DIFERENTES NÍVEIS TRÓFICOS


Sol

Energia Produtor

Consumidor Consumidor
primário secundário
Decompositores

A energia é gradualmente dissipada ao passar pelos níveis tróficos.


Pirâmides ecológicas

Pirâmides de energia e de biomassa


Representações gráficas da quantidade de energia ou de seu equivalente
em biomassa nos diferentes níveis tróficos de uma teia alimentar.

Pirâmides de número
Representações gráficas do número de indivíduos de cada nível trófico
necessários para sustentar o nível seguinte.
adilson secco

Consumidores terciários

Consumidores secundários

Consumidores primários

Produtores

Exemplo de gráfico em forma de pirâmide representando quatro níveis tróficos de uma cadeia alimentar.
O conceito de produtividade

Produtividade
Capacidade dos organismos de um nível trófico de aproveitar a energia
recebida para produzir biomassa.

PPB – Produtividade Primária Bruta (quantidade de matéria


orgânica que um organismo autotrófico consegue produzir
Produtores na fotossíntese, por unidade de tempo)
PPB – R = PPL R – Gastos com a respiração
PPL – Produtividade Primária Líquida (energia que realmente
está disponível para o nível trófico seguinte)

PSB – Produtividade Secundária Bruta (quantidade total


de biomassa que um herbívoro efetivamente consegue
Consumidores absorver dos alimentos que ingere)
PSB – R = PSL R – Gastos com a respiração
PSL – Produtividade Secundária Líquida (energia que
realmente está disponível para o nível trófico seguinte)
Os ciclos da matéria

A importância do assunto
• Conhecer as etapas fundamentais dos ciclos da água, do carbono
e do nitrogênio e os principais caminhos que esses elementos
químicos podem percorrer nos ecossistemas.
• Adquirir noções básicas sobre a ciclagem dos elementos químicos
para ajudar na redução da interferência destrutiva do ser humano
no ambiente natural.
Conceitos fundamentais

Ciclo biogeoquímico
Ciclo da águaCiclo do carbono
Ciclo do nitrogênio Fixação do nitrogênio
Nitrificação Desnitrificação
Ciclos biogeoquímicos
ÁGUA

adilson secco
CICLOS
NITROGÊNIO BIOGEOQUÍMICOS CARBONO

• Os elementos químicos que fazem parte hoje de um ser vivo


podem estar em outro no futuro. Essa reciclagem é constante
em nosso planeta.
• Ciclo biogeoquímico: circulação dos elementos químicos entre
os organismos e a parte não viva do planeta.
O ciclo da água

jurandir ribeiro
Transporte
de vapor

Precipitação Evaporação
Transpiração Precipitação
Evaporação

Percolação
Lago
Solo
Oceano
Escoamento subterrâneo

• A água é utilizada na fotossíntese para produção de moléculas


orgânicas e estas são degradadas na respiração celular, formando
novamente água e gás carbônico.
• Parte do ciclo da água passa pelos seres vivos, pois estes acumulam
água em suas células, adquirem água do ambiente (absorção, ingestão, etc.)
e retornam água para o ambiente (transpiração, excreção, morte).
O ciclo do carbono

Assimilação CO2 atmosférico


pela
Respiração
fotossíntese
• O carbono constitui
o “esqueleto básico”
de todas as moléculas
jurandir ribeiro

orgânicas.
Respiração
Assimilação
de C pelos
• A captação do carbono
herbívoros da atmosfera ocorre
pela fotossíntese e, em
menor proporção, pela
quimiossíntese. Esses
Excrementos
processos transformam
Morte e decomposição
de plantas e animais
o CO2 atmosférico em
moléculas orgânicas.

Microrganismos decompositores
Decomposição de matéria orgânica
O ciclo do nitrogênio

• As plantas
jurandir ribeiro

N2 atmosférico
FIXAÇÃO DO DESNITRIFICAÇÃO
absorvem o
NITROGÊNIO nitrogênio
ATMOSFÉRICO
na forma de
amônia e nitrato,
Assimilação
pelos herbívoros integrando-o em
sua biomassa, que
Absorção pelas então será passada
Morte e raízes
Excreção decomposição para outros níveis
Bactérias
fixadoras Bactérias tróficos.
de N2 –
NO (nitrato) desnitrificantes
nos nódulos
3 • Os animais
de raízes Absorção excretam
de leguminosas de NH3 por
Microrganismos algumas nitrogênio na
plantas
decompositores
– Nitrobacter sp.
forma de ureia,
NH3 (amônia) NO2 (nitrito)
ácido úrico e
Bactérias NITRIFICAÇÃO amônia, provindo
fixadoras de N2
Nitrosomonas sp.
do metabolismo
no solo
de proteínas e
ácidos nucleicos.
a dinâmica das populações

A importância do assunto
• Iniciar o estudo da população biológica como unidade
ecológica; conhecer suas características para identificar
se ela está em expansão, em declínio ou estável,
estabelecendo correlações com fatores como disponibilidade
de alimento e clima.
• Discutir diferentes pontos de vista sobre o crescimento
da população humana.
Conceitos fundamentais

Espécie biológica Demografia


Taxa de mortalidade População biológica
Densidade populacional
Densidade demográficaTaxa de NATALIDADE
Taxa de crescimento populacional
Taxa de crescimento intrínseco
Índice de fertilidade
Resistência do meio Potencial biótico
Carga biótica máxima
Capacidade de suporte
O que é uma espécie biológica?

Definição de espécie
Lineu (Carl von Linné)
Grupo de indivíduos com grandes semelhanças
estruturais e fisiológicas.

Conceito biológico de espécie


Theodosius Dobzhansky e Ernst Mayr
Grupos de populações naturais que cruzam entre
si e que estão reprodutivamente isoladas de outros
grupos semelhantes.
Um nome para cada espécie

Nomenclatura binomial
O nome científico de uma espécie deve ser
composto de duas palavras (epítetos) escritas em
latim ou devidamente latinizadas.

Epíteto
genérico

Canis lupus Canis latrans

Epíteto
específico
População e densidade populacional

População biológica
Conjunto de indivíduos de mesma espécie que convivem em determinada área
e que podem cruzar entre si de forma natural.

Densidade populacional
Relação entre o número de indivíduos da espécie e a área ou o volume que eles habitam.

Número de indivíduos
Densidade populacional 5
Área ou volume
Taxas populacionais

ADILSON SECCO
Taxa de crescimento populacional
Variação do número de indivíduos em NATALIDADE MORTALIDADE

determinado intervalo de tempo.


IMIGRAÇÃO EMIGRAÇÃO
Nf 2 Ni
Ni
Taxa de crescimento 5
t ESTÁVEL

Nf – População no tempo final ment


a Dim
inui
Au
Ni – População no tempo inicial
Tamanho
t – tempo da
população

Fatores que afetam o crescimento


da população
Taxa de natalidade, taxa de mortalidade,
imigrações e emigrações.
Índice de fertilidade

Número médio de descendentes produzidos por


casal durante seu período reprodutivo.

Índice de Crescimento
fertilidade 5 2 populacional estagnado

Índice de Crescimento
fertilidade . 2 populacional

Índice de Diminuição
fertilidade , 2 populacional
Crescimento populacional
Taxa de crescimento intrínseco
Potencial de crescimento de uma Crescimento populacional

ADILSON SECCO
população. Tamanho populacional máximo
suportado pelo ambiente

Resistência
Resistência do meio do meio

No de indivíduos
Curva de
O meio limita o crescimento crescimento
intrínseco
populacional.
Curva de
crescimento

Capacidade de suporte
Limite máximo de indivíduos
de uma população que o ambiente Tempo
pode suportar.
Fatores que regulam o crescimento populacional
• Densidade populacional • Predação
• Disponibilidade de alimentos • Parasitismo
• Competição interespecífica

Quanto mais intensos os fatores, menor é o crescimento; por outro lado, o abrandamento
de um ou mais fatores pode levar a uma maior taxa de crescimento populacional.

Crescimento da população de carneiros na


Austrália
8.000 Curva

ADILSON SECCO
logística
No de carneiros (3 103)

6.000
Curva
real
4.000

2.000

0 1840 1900
Tempo (ano)
Predação e regulação do tamanho populacional

Flutuações no tamanho populacional


de lebres e de linces no Canadá, entre
1855 e 1935 Uma interpretação com base
160 Lebre na análise do gráfico

ADILSON SECCO
Lince
140
• As
  variações da população das duas espécies
No de indivíduos (em milhares)

120 estão relacionadas.


100
• A
  queda do número de lebres gera queda
80 no número de linces. (Menor disponibilidade
60 de alimento?)
40 • O
  aumento do número de lebres leva
20 a um aumento do número de linces.
0
(Maior disponibilidade de alimento?)
1855 1865 1875 1885 1895 1905 1915 1925 1935
Tempo (ano)
Predação e regulação do tamanho populacional
Crescimento populacional em Crescimento populacional em
tubos sem esconderijos tubos com esconderijos
A B

gráficos: ADILSON SECCO


300 300
No de indivíduos

No de indivíduos
200 200
Paramécios
Paramécios
100 100
Didínios
Didínios
0 0
10 5 10
P D P1D
Tempo (dias) Tempo (dias)
A. Curvas de crescimento de protozoários B. Curvas de crescimento de protozoários criados em um
criados em um mesmo tubo de cultura sem mesmo tubo de cultura com esconderijos (detritos) para
esconderijos para os paramécios. os paramécios. As setas indicam os momentos em que
foram introduzidos os paramécios (P) e os didínios (D).

Análise dos gráficos


• A população de paramécios não desapareceu nos tubos em que havia esconderijos.
• A população de didínios extinguiu-se, depois de apresentar crescimento expressivo no início.
• A explicação mais plausível para a extinção é que, após a fácil predação inicial dos paramécios, ficou
cada vez mais difícil para os didínios encontrar alimento.
Relações ecológicas

A importância do assunto
• Conhecer as relações que as populações de seres vivos mantêm
entre si e com o ambiente.
• Compreender que a vida e a evolução das espécies biológicas,
inclusive do ser humano, dependem da variedade dessas relações
que foram estabelecidas ao longo do processo evolutivo.
Conceitos fundamentais

Hábitat Nicho ecológico


Princípio da exclusão competitiva
Mutualismo facultativo Relação ecológica
Competição intraespecífica
Cooperação intraespecífica Colônia
Predação Competição interespecífica
Herbivoria Sociedade Parasitismo
Mutualismo obrigatório Simbiose
Inquilinismo Protocooperação
Comensalismo
Hábitat e nicho ecológico

Hábitat
Local em que vive determinada espécie ou comunidade
biológica incluindo condições ambientais.

Nicho ecológico
Modo de vida no hábitat incluindo alimentação, reprodução,
moradia, inimigos naturais e estratégias de sobrevivência.

Mono-carvoeiro

Outros Predadores Parasitas Alimento Local de Temperatura


macacos e água reprodução e umidade
O princípio da exclusão competitiva de Gause
Se duas espécies têm nichos ecológicos semelhantes, elas não conseguirão
conviver em um mesmo hábitat por causa da severa competição que se
estabelecerá entre elas: uma espécie tenderá a excluir a outra.

Crescimento populacional em Crescimento populacional em


culturas separadas cultura mista

gráficos: ADILSON SECCO


A B
P. aurelia
P. aurelia
80 80
No de indivíduos

CECÍLIA IWASHITA
No de indivíduos
P. caudatum
60 60

40 P. caudatum
40
P. caudatum
20 20
P. aurelia

0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14
Tempo (dias) Tempo (dias)
Competição entre paramécios de duas espécies: Paramecium aurelia e Paramecium caudatum. A. Curvas obtidas
quando as duas espécies foram cultivadas separadamente. Os meios de cultura apresentavam o mesmo nível
de acidez e ambas as populações foram alimentadas periodicamente com a mesma quantidade de bactérias.
B. Curvas obtidas quando as duas espécies foram cultivadas juntas, no mesmo frasco.
Relações ecológicas intraespecíficas

Relações ecológicas
Relações que ocorrem entre organismos da mesma espécie ou entre espécies diferentes.

Relações intraespecíficas
Relações que ocorrem entre indivíduos da mesma espécie.

Competição intraespecífica
Organismos de uma mesma espécie que competem entre si por um ou mais recursos
do ambiente, como alimento, parceiros para reprodução, abrigo, água, luz,
locais para construir ninhos etc.

Cooperação intraespecífica
Organismos de uma mesma espécie que cooperam entre si. Exemplos: colônias
(união de indivíduos morfológica e funcionalmente semelhantes) e sociedades
(agrupamentos de organismos da mesma espécie que apresentam algum grau de cooperação,
de comunicação e de divisão do trabalho, conservando relativa independência e mobilidade).
Tipos de colônias

Colônias isomorfas Colônias heteromorfas


União de indivíduos morfológica e União de indivíduos de mesma espécie que se
funcionalmente semelhantes. diferem morfológica e funcionalmente.

Filamento de Indivíduo
Núcleo ligação entre flutuador
Ilustrações: OSVALDO SEQUETIN

Flagelo
as células
Nível da água

Indivíduos
alimentadores
(gastrozoides)
Matriz Indivíduo
gelatinosa protetor
(tentáculo)
 etalhe dos indivíduos biflagelados que formam a
D
porção periférica da colônia de alga verde Volvox sp.  nidário colonial Physalia physalis, que
C
é constituído por indivíduos altamente
integrados.
Relações ecológicas interespecíficas
Relações ecológicas entre espécies diferentes.
Principais tipos: competição, comensalismo, inquilinismo,
interações tróficas e mutualismo.

Competição interespecífica
Quando duas espécies disputam os mesmos recursos do
ambiente, elas se tornam competidoras. Quanto mais os
nichos se “sobrepõem”, mais intensa é a competição.

Comensalismo
Uma das espécies associadas é beneficiada, enquanto a outra
não tem nem benefícios nem prejuízos.

Inquilinismo
É a relação em que uma das espécies vive sobre ou até dentro
de outra sem prejudicá-la. O objetivo da espécie inquilina é
abrigo e moradia.
Interações tróficas
Herbivoria
Relação entre plantas e animais que se alimentam delas em que há benefício
para o animal e prejuízo para as plantas.
É uma das mais importantes relações ecológicas da natureza, uma vez que os animais assimilam a
energia captada da luz solar.

Predação
Relação entre uma espécie predadora que mata e come indivíduos de outra espécie,
sua presa; o predador beneficia-se e a presa é prejudicada.
Do ponto de vista ecológico, a predação é um importante mecanismo regulador
da densidade populacional.

Parasitismo
Relação entre uma espécie parasita que se associa a outra, a hospedeira,
com benefício para o parasita e prejuízo para o hospedeiro.

Parasitoidismo
Relação em que um organismo vive boa parte de sua vida em um hospedeiro, parasitando-o.
Em determinado momento, o hospedeiro é morto e consumido, como na predação.
Relações ecológicas interespecíficas
Mutualismo
Relação ecológica em que ambas as espécies em interação obtêm
benefícios. Pode ser de dois tipos: facultativo ou obrigatório.

Mutualismo facultativo Mutualismo

ilustrações: JURANDIR RIBEIRO


A

obrigatório

PAULO MANZI
Relação em Células
que as espécies Relação de
algas
associadas permanente e
Caranguejo-
trocam -eremita
indispensável à Hifas
Anêmona-do-mar
benefícios, sobrevivência do fungo
mas também dos indivíduos
podem viver associados. B

sozinhas. Exemplo: liquens Fungo


(Boletus sp.)
Exemplo: e micorrizas.
Hifas do fungo
associação entre
caranguejo-eremita A. Relação entre alga
e anêmona-do-mar verde e fungo, no líquen.
B. Associação de um fungo Hifas
Raízes
com as raízes de uma Micorrizas Raízes do pinheiro
planta, na micorriza.
(Pinus sp.)
Resumo das relações ecológicas interespecíficas
Tipos básicos de relações ecológicas interespecíficas
Efeitos sobre os indivíduos participantes
Tipos de relação
Espécie A Espécie B
Competição 2 2
Interações tróficas 1 2
Mutualismo 1 1
Comensalismo 1 0
Inquilinismo 1 0
(2) Prejuízo (1) Benefício ( 0 ) Indiferente

Lembre-se de que os benefícios e os prejuízos são estipulados


para os indivíduos. As relações como competição, predação
e parasitismo podem trazer benefícios para populações,
comunidades e ecossistemas!

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