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FEDERAL DE VIÇOSA
Departamento de
Engenharia Florestal
Laboratório de
Celulose e Papel
Viçosa, MG
Março/2005
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1)SILVICULTURA
1.1) Introdução
Fases do projeto:
• Elaboração de mapas
• Elaboração do projeto
1.3.6) Adubação
•Poda (desrama): é a retirada de galhos de uma árvore item por objetivo a produção
da madeira de melhor qualidade, a melhoria no acesso à floresta e a redução de
risco de incêndios.
• Desbaste: são cortes parciais feitos em povoamentos imaturos, com objetivo de
estimular o crescimento das árvores remanescentes e aumentar a produção de
madeira utilizável.
Proteção florestal:
Dois aspectos na proteção são vitais no desenvolvimento de um projeto florestal:
• o controle de pragas
• o controle de incêndios florestais
2.1) Conceito
Produtividade
2.2) Métodos
Grande atenção deve ser dada ao objetivo final da seleção. Para isso, são
realizados os seguintes testes:
• Testes de Progênie, que fornecem dados sobre valores genéticos (apenas a
variância aditiva é considerada). O teste de progênie avalia os pais pela comparação
do desempenho das suas descendências.
• Testes Clonais, que fornecem dados sobre valores genotípicos (a variância
dominante também é considerada). O teste clonal é a avaliação de um indivíduo ou
clone através da comparação de clones.
A importância destes conceitos está no fato de que pode haver grandes erros
no resultado esperado, se indivíduos selecionados para a reprodução sexuada
(pomar de sementes) forem utilizados para a clonagem, ou vice-versa.
A produtividade, a qualidade da madeira, a forma do fuste, a resistência a
pragas e doenças, bem como outras inúmeras características que podem alterar o
valor de uma floresta plantada, estão definidas já nas sementes, nos cromossomos.
Isto torna a produção de sementes a partir de pomares testados uma ferramenta
essencial.
2.6) Herdabilidade
- Facilidade de acesso
- Suprimento de água
- Declividade da área
A declividade deve ser de 2%, no máximo, para não correr danos por erosão.
É importante salientar que os canteiros devem ser instalados em nível,
perpendiculares à movimentação da água. Áreas planas contribuem para o acúmulo
de água da chuva, principalmente quando o percentual de argila for maior que o
indicado.
- Área do Viveiro
- Viveiros com mudas em raiz nua: as mudas em raiz nua são as que não
possuem proteção do sistema radicial no momento de plantio. A semeadura é feita
diretamente nos canteiros e as mudas são retiradas para o plantio, tendo-se apenas
o cuidado de se evitar insolação direta ou, até mesmo, vento no sistema radicial. O
solo onde se desenvolvem as raízes permanece no viveiro. Após a retirada, são
ordenadas em grupos, com material úmido envolvendo as raízes, antes da
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expedição para o plantio. Este tipo de viveiro é muito difundido no sul do Brasil para
Pinus spp.
3.1.3) Topografia
3.1.4) Drenagem
3.1.5) Quebra-vento
A produção de mudas de espécies florestais tem sido feita tanto pelo método
sexuado quanto pelo assexuado. O primeiro se refere à produção de mudas por
meio de sementes e o segundo, por meio de propagação vegetativa. Atualmente,
algumas empresas estão investindo em cultura de tecidos (micropropagação), já
com alguns resultados considerados bons.
No início das atividades do reflorestamento incentivado, um dos principais
problemas foi o suprimento de sementes de boa qualidade, em razão da
inexistência, na época, de pomares de produção de sementes no Brasil. Como
resultado, as mudas eram obtidas de sementes de qualidade aquém das desejáveis,
uma vez que a importação de material de boa qualidade e em grande quantidade
era difícil. Além disso, desconhecia-se o comportamento de espécies nas diferentes
regiões ecológicas. O plantio de mudas a partir de sementes de má qualidade
genética e de espécies e procedências não indicadas resultaram na formação de
povoamentos de baixa produtividade, levando os empresários florestais a buscar
alternativas mais viáveis, incrementando a propagação vegetativa.
Hoje, conhecendo-se o comportamento das espécies e das procedências,
principalmente de Eucalyptus e de Pinus, nas várias regiões ecológicas, e com a
existência de pomares produtores de sementes de boa qualidade, é viável a
produção de mudas por meio de sementes para a formação de povoamentos de alta
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produtividade. No entanto, o método assexuado ganhou seu espaço, devido aos
excelentes resultados obtidos.
Canteiros e sementeiras
São vários os tipos de canteiros utilizados para a produção de mudas
florestais:
- Canteiro para raiz nua: dentre os tipos de canteiro utilizados para a produção de
mudas em raiz nua, os mais utilizados são os diretamente no solo e os canteiros
com anteparos laterais. A proteção lateral pode ser feita com vários materiais,
dependendo da disponibilidade de recursos e da facilidade de obtenção, podendo vir
a ser utilizados: madeira, bambu, tijolos, concreto etc.
- Canteiros para embalagens: devem apresentar uma largura que permita o
manuseio das mudas centrais (±1 metro de largura), o comprimento pode variar
sendo os mais adotados os de 10 a 20 metros. A instalação deve posicionar-se
longitudinalmente no sentido leste-oeste para permitir uma insolação uniforme. O
terreno deve ter um rebaixamento para o acomodamento das embalagens. Outra
possibilidade é a utilização do solo como bordadura, ou ainda a montagem de
molduras com materiais diversos, como tijolo, madeira, arame, taquara e concreto.
- Sementeiras: é o local onde as sementes são postas para germinarem e
posteriormente serem transplantadas para as embalagens (repicagem). Pode
apresentar-se em duas formas: fixas ou móveis. As fixas são sementeiras instaladas
em locais definitivos, geralmente visando produção de um número grande de mudas.
As móveis são sementeiras montadas em recipientes com drenagem e volume
compatível com as necessidades; podem ser feitas de madeira, plástico ou metal; e
tem a facilidade de serem transportáveis. Devido a esta característica, a sementeira
não pode ser muito grande, o que limita o número de mudas a serem produzidas. A
instalação de canteiros e sementeiras é acompanhada da necessidade da instalação
de um abrigo para a proteção das mudas recém repicadas ou plântulas. Deve-se
deixar um intervalo entre os canteiros ou sementeiras que permita o
desenvolvimento das atividades de produção.
Recipientes
A produção de mudas de espécies florestais em recipientes é o sistema mais
utilizado, principalmente por permitir melhor qualidade, devido a um controle mais
seguro da nutrição e proteção das raízes contra danos mecânicos e a desidratação,
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além de propiciar um manejo mais adequado tanto no viveiro quanto no transporte e
no plantio.
“Capacidade de Campo: (1) quantidade de água contida no solo, após ter sido drenado o excesso
de água gravitacional e após ter diminuído muito a velocidade do movimento descendente da água;
(2) retenção específica é um termo mais geral empregado nos estudos de água subterrânea. A
retenção específica é geralmente dada como uma percentagem de volume, ao passo que a
capacidade de campo é dada como percentagem de peso”.
Capacidade de Troca Catiônica (CTC): capacidade do complexo coloidal do solo para adsorver
cátions, expressa em Cmolc.kg –1”
Adubação Mineral
3.2.5) Semeadura
3.2.5.2.Época de Semeadura
3.2.5.3.Profundidade de Semeadura
3.2.5.4.Cobertura de Canteiros
3.2.5.5.Abrigo de Canteiros
3.2.4. Irrigação
3.2.5. Repicagem
3.2.7) Rustificação
A muda, para que seja considerada apta para ser levada ao campo, deve ser
sadia e ter um grau de resistência que lhe permita sobreviver às condições adversas
do meio.
A sua rustificação poderá ser feita de várias maneiras, tais como: aplicação
de NaCl em água de irrigação, na dosagem de 1 mg/planta/dia; poda da parte aérea,
com redução de 1/3 da porção superior; redução das folhas dos 2/3 inferiores das
mudas; constantes movimentações das mudas nos canteiros, por ocasião das
danças, das remoções, das seleções e das classificações; aplicação de
antitranspirante na época do plantio e cortes graduais da irrigação,
aproximadamente vinte dias antes da expedição das mudas para o plantio.
Mudas em viveiro, submetidas a um processo de rustificação contra a seca,
mediante tratamento com NaCl, podem estar capacitadas para desenvolver
potenciais hídricos muito baixos, o que lhes fornece maior força de absorção ao nível
da raiz. Em tratamentos com concentrações muito altas de cloreto de sódio não
poderia ser eliminado um provável efeito tóxico do cloreto sobre as mudas. Ao
proteger a folha contra a perda de água por meio de antitranspirante (solução
diluída, como, por exemplo, "Mobileaf" na concentração de 1:7 em água), chegar-se-
á, aparentemente, a certo equilíbrio hídrico na planta, o qual permite que ela ganhe
em crescimento no campo. Soluções muito concentradas de antitranspirante
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parecem bloquear totalmente as funções de troca gasosa na folha. A poda da parte
aérea ou a redução da área foliar diminui a perda de água pela transpiração da
planta. Entretanto, sendo muito drástica, essa prática pode ter um efeito negativo,
que é a alteração do gradiente de potencial hídrico que se forma entre a folha e a
raiz. Tratamentos que promovam maior força de absorção de água ao nível da raiz
(sais) não poderiam ser adotados juntamente com outros que inibam a perda de
água na parte aérea (podas, antitranspirante etc). A movimentação das mudas no
viveiro e o corte gradual de irrigação no período que antecede o plantio são os
procedimentos mais usados no endurecimento das mudas no viveiro, por serem os
mais práticos e baratos.
3.2.8) Seleção
3.2.6) Doenças
4.1) Introdução
Umidade
É fator de grande importância para o sucesso de um programa de propagação
vegetativa por meio de enraizamento de estacas e miniestacas.
A presença de folhas nas estacas e nas miniestacas é um forte estímulo para
a formação de raízes, no entanto, a perda de água pela transpiração pode levar as
estacas a morrerem antes que se formem as raízes. Portanto, alto grau de umidade
relativa do ar é necessário para evitar o ressecamento das estacas e miniestacas.
Em espécies que enraízam com facilidade, a rápida formação de raízes
permite que a absorção de água compense a quantidade perdida pela transpiração,
porém, em espécies que enraízam mais lentamente, deve-se reduzir a níveis bem
baixos a transpiração pelas folhas, até que se formem as raízes. Para contornar o
problema da transpiração, deve-se manter a umidade relativa do ar na região das
estacas ou miniestacas em torno de 80 a 100 %, conservando-se assim a
turgescência dos tecidos.
Pode-se obter esta umidade relativa com o uso de um sistema de
nebulização, ou umificador de ambiente, que proporciona a formação de uma fina
película de água na superfície da folha, reduzindo, assim, à transpiração e mantendo
uma temperatura relativamente constante na superfície das folhas das estacas.
A qualidade da água e seu pH, em torno de neutro, são de suma importância
para o sucesso do enraizamento. O uso de água poluída pode acarretar danos,
principalmente pelo ataque de fungos.
Dependendo das condições climáticas locais, há necessidade do uso de
estruturas de propagação, que podem variar desde as casas de sombra às estufas,
passando por módulos mistos.
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Temperatura
Luz
5) MANEJO DE REFLORESTAMENTO
5.1) Conceitos
5.4) Espaçamentos
Nutriente Importância
É o elemento mais importante para a elaboração de
Nitrogênio (N) substâncias no interior da célula e na clorofila, sendo portanto
fundamental para os processos vitais da planta.
5.6.2) Desbastes
Desbaste baixo
Leve Elimina além das árvores doentes, as oprimidas.
Moderado Retira árvores doentes e dominadas.
Desbaste alto
5.6.3) Podas
Entende-se por incêndio florestal todo fogo sem controle sobre qualquer vegetação,
podendo ser provocado pelo homem (intencionalmente ou por negligência), ou por
fonte natural (raio).
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Anualmente, após as geadas, ocorre a estação seca, por um período crítico
que se estende do mês de julho até meados de outubro. Neste período a vegetação
torna suscetível a incêndios.
Os incêndios florestais, casuais ou propositados, são causadores de grandes
prejuízos, tanto no meio ambiente quanto ao próprio homem e a suas atividades
econômicas.
As causas dos incêndios podem variar bastante de região para região. No
Brasil, há 8 grupos de causas: raios, queimadas para limpeza, operações florestais,
fogos de recreação, o ocasionado por fumantes, por incendiários, estradas de ferro e
diversos.
Os incêndios, devido principalmente às condições meteorológicas, não
ocorrem com a mesma freqüência durante todos os meses do ano. Pode haver
também uma variação das épocas de maior ocorrência de incêndios entre as regiões
do país, devido às condições climáticas ou às diferenças nos níveis de atividades
agrícolas e florestais. Da mesma maneira, os incêndios não se distribuem
uniformemente através das áreas florestais. Existem locais onde as ocorrências de
incêndios é mais freqüente, como por exemplo, próximos a vilas de acampamentos,
margens de rodovias, estradas de ferro, proximidades de áreas agrícolas e
pastagens.
A proteção das florestas, bem como a de povoamentos florestais, torna-se
eficiente quando existe um planejamento prévio das atitudes e atividades a serem
tomadas ou implementadas nas diferentes situações que podem apresentar.
Quanto ao controle de incêndios florestais, o processo preventivo tem se
mostrado como o de maior eficiência, através de aceiros manuais e mecânicos,
gradagens internas ao povoamento e um bom sistema de vigilância; este, muito
praticado entre empresas florestais vizinhas, num sistema de cooperativismo.
6.2) Plantio
6.2.2) Espaçamento
6.3.1) Limpeza
6.3.3) Replantio
6.4.2) Desbaste
Os desbastes são cortes parciais realizados em povoamentos imaturos, com
o objetivo de estimular o crescimento das árvores remanescentes e aumentar a
produção da madeira utilizável. Nesta operação, removem-se as árvores
excedentes, para que se possa concentrar o potencial produtivo do povoamento
num número limitado de árvores selecionadas.
Para determinar a intervenção, é preciso conhecer-se o incremento médio
anual e corrente da floresta. Quando o incremento do ano passar a ser menor que o
médio até a idade correspondente à ultima medição, tendendo portanto a baixar a
média geral da produção da floresta, este seria o ano para a sua intervenção. Esta
análise é possível mediante a realização de inventários contínuos.
Nos desbastes, as vantagens em conseqüência da competição devem ser,
pelo menos em parte, preservadas. Assim, num programa de desbaste, para
rotações relativamente longas, o número de árvores deve ser reduzido
gradativamente, porém a uma taxa substancialmente mais rápida do que seria em
condições naturais.
A seleção das árvores a serem desbastadas é caracterizada da seguinte
forma:
- Posição relativa e condições de copa (dominantes)
- Estado de sanidade e vigor das árvores
- Características de forma e qualidade do tronco
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O principal efeito favorável do desbaste é estimular o crescimento em
diâmetro das árvores remanescentes.
A variação no diâmetro das árvores induzidas pelos desbastes é muito ampla.
Desbastes leves podem não causar efeito algum sobre o crescimento, embora seja
possível, em razão dos desbastes pesados, conseguir uma produção constituída de
árvores com o dobro do diâmetro que, durante o mesmo tempo, elas teriam sem
desbastes.
Os desbastes também tendem a desacelerar a desrama natural e a estimular
o crescimento dos galhos. A única vantagem disso é que os galhos permanecem
vivos por mais tempo e, desse modo, reduz-se o número de nós soltos na madeira.
6.5) Exploração
O vigor das brotações do eucalipto está ligado com o diâmetro das cepas. O
número de brotos aumenta a medida que o diâmetro das cepas aumenta.
6.6.2) Gradagens
6.6.5) Interplantio
Sintomas
Eucaliptos com mais de 1,5 anos, são pouco afetados pelo déficit hídrico,
com exceção do Eucalyptus grandis. Em eucaliptos com mais de 5 anos, não
se apresentam sintomas externos.
- Solos encharcáveis
Sintomas
Sintomas
Causas
Controle
Manchas isoladas ou em
toda planta, com
Ocorrem freqüentemente aparência de talco. Pulverizações quinzenais de 35
em época de estiagem. gramas de Benomil/100 litros
Oidium Folhas com visível de água ou semanais de 250 g
encanoamento. de enxofre molhável/100 litros
de água.
Fungo: Geralmente ataca em
viveiros e em casa de Estrangulamento e No campo, as medidas de
Oidium sp. vegetação, mas não deformação dos limbos controle são dispensadas, uma
costuma causar muita mais novos. vez que só são atacadas as
preocupação. folhas jovens de C. Citriodora.
Morte dos rebentos
foliares.
Minúsculas pontuações Evitar plantios de espécies
verde claras ou vermelho suscetíveis à doença.
amareladas, com
Ferrugem do posterior
desenvolvimento de Pulverizações semanais com
eucalipto fungicidas.
Ocorrem em locais com urédias, seguidas de
umidade elevada e coloração amarelo-gema-
temperaturas baixas ou de-ovo. Seleção de espécies,
Fungo: procedências de clones
moderadas.
Raramente mata as ausentes de doença e que
Puccinia psidii plantas, exceto quando precocemente atingissem o
ataca com severidade crescimento em altura e
brotações novas após o desrama natural nos dois
corte raso. primeiros anos de vida.
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Mortes esporádicas e
lesões basais em plantas
jovens. Na resistência
interprocedência, o
As plantas respondem à reflorestamento deve ser feito
doença formando uma com procedências
Cancro nova casca, resistente, moderadamente ou altamente
Geralmente ocorre em abaixo da infectada resistentes. Na resistência
Fungo: regiões com temperatura (sapatas). A casca se intraprocedência, são feitas
maior que 23oC e desgarra do tronco sob a plantações adultas
Cryphonectria precipitação anual maior forma de tiras. pesadamente infectadas de
cubensis ou igual a 1.200 mm, modo natural.
sendo uma doença típica Cancro típico, que se
de regiões tropicais. caracteriza por uma lesão Recomenda-se a utilização do
margeada por calos, maior número de clones
resultando em lesão possíveis nas plantações
profunda, matando o clonais, evitando estreitar
câmbio. demasiadamente a base
genética.
Quebra das árvores pelo
vento à altura das lesões.
Formação de um denso
micélio cor-de-rosa, que
Ocorre em ambientes com representa a
precipitação anual de sintomatologia típica da
1200 a 1500 mm. doença. Calda bordaleza.
Fungo:
7.1.1) Sementes
7.1.2) Semeadura
Para o Pinus podem ser empregados três tipos de semeadura:
Em sementeiras: as sementes são espalhadas diretamente em sementeiras,
sendo que, após a germinação, as plântulas sofrerão uma repicagem e serão
transferidas para os recipientes onde continuarão seus processos de formação.
Em canteiros de mudas embaladas: as sementes são semeadas diretamente
em recipientes, podendo ser utilizados tubetes especiais, sacos plásticos, taquara,
entre outros.
Em canteiros de mudas de raiz nua: a semeadura é realizada diretamente nos
canteiros, onde as mudas permanecem sob cuidados no local até o plantio definitivo.
O método de raiz nua é indicado para locais onde ocorre boa distribuição
pluviométrica e temperaturas pouco elevadas, como no sul do Brasil. Esta prática é
realizada quando o plantio é mecanizado.
As mudas devem permanecer no viveiro até que atinjam uma altura entre 20 e
30 cm e um sistema radicular bem desenvolvido.
7.1.3) Substrato
7.2) Plantio
7.2.2) Espaçamento
7.2.5) Limpeza
7.2.7) Replantio
7.2.8.2) Desbaste
7.2.8.3) Exploração
7.3.1) Doenças
Controle
Doença Características Ação na Planta
Geralmente ocorre na
primeira rotação, em
plantações de pinus
estabelecidas em Limpar a área a ser recém
Apodrecimento de raízes e de
áreas onde havia desmatada e arada para o
porções basais do tronco,
floresta natural ou plantio de pinus, recolhendo-
levando há maioria das vezes
reflorestamento com se os restos de raízes, tocos,
à morte.As árvores
espécies florestais troncos e galhos da vegetação
inicialmente exibem
folhosas com anterior, apodrecidos ou não e
Amareliose crescimento vagaroso,
reconhecida queimá-los ou destinados à
Fungo: tornam-se amarelecidas e
capacidade carbonização.Abrir trincheiras
Armillaria mellea apresentam exsudação de
multiplicadora de ou valas, isolando árvores
resina na base do tronco e
noculo do patógeno atacadas para que a doença
nas raízes.Queda acumulada
em regiões úmidas, não atinja as árvores vizinhas
de acículas, secamento de
com temperatura pelo contato das raízes.Evitar
terminais de galhos e
moderada.A doença o plantio de espécies
finalmente morte.
pode ser transmitida suceptíveis à doença.
de uma árvore para
outra através do
contato radicular.
Geralmente a doença é
observada a partir de um ano
A doença geralmente de idade no campo.No início Abrir trincheiras ou valas,
ocorre a partir de 1 ocorre amarelecimento de isolando árvores atacadas
Podridão de Raízes
ano de idade.A toda copa, com raízes já para que a doença não atinja
Fungo:
mortalidade ocorre mortas devido à presença de as árvores vizinhas pelo
Cylindrocladium
tanto em plantas resina cristalizada em suas contato das raízes.Evitar o
clavatum
esparsas ou em superfícies.A copa fica plantio de espécies suceptíveis
reboleiras. marrom-ferrugínea, devido à à doença.
mortalidade de
acículas.Morte da planta.
Inicialmente manchas
amareladas, diminutas, que
se expandem, envolvendo
Sua ocorrência se dá
todo o diâmetro da
por todo o Brasil, mas
Manchas de Acículas acícula.Posteriormente a Não há necessidade de
não causam grandes
Fungo: mancha necrosa-se e fica controle no campo.No Brasil
danos. As manchas
Davisomycella sp. com cor marrom ainda não há ocorrência em
causadas despertam
Lophodermiums sp. avermelhada, sendo que, a viveiros.
muito a atenção do
partir do ponto necrosado, a
observador.
acícula morre.Dos primeiros
sintomas à morte, demora-se
cerca de um ano.
7.3.2) Pragas
8) Colheita e Transporte
8.1.2) Corte
8.1.3) Extração
8.1.5) Descascamento
8.1.6) Carregamento
8.4) Segurança
Madeira de eucaliptos
Seguem aqui alguns exemplos com coeficiente de empilhamento médio 1,65 (para
serviço manual):
1o. Média em Minas Gerais, sem adubação, considerando-se a seguinte
participação:
•Eucalyptus grandis 70%
•Eucalyptus saligna 20%
•Eucalyptus urophyla 10% (do povoamento)
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Madeira de Pinus
- Média no Paraná, região central, para Pinus elliottii e Pinus taeda (50% e
50%)
•Produção de 10 corte.....................................................................61.3m3/ha
10) INDUSTRIALIZAÇÃO
Base Florestal
É comum empresas trabalharem em segmentos de produtos e sistemas
produtivos adaptados a florestas pré-existentes, normalmente implantadas para
outras finalidades.
Os resultados são os baixos níveis de rendimento e da qualidade dos
produtos finais. É sempre importante chamar a atenção sobre o fato de que o custo
de produção é fortemente afetado pelo manejo da floresta e pela distância que as
toras devem percorrer até a unidade de produção.
Propriedades
É importante o entendimento da amplitude das variações das propriedades da
madeira encontradas entre e dentro dos diferentes gêneros (ex: Pinus, Eucalyptus,
Araucaria, etc.) e espécies. Essas variações são causadas, além do material
genético, pelas diferenças de manejo, idade de corte, porção a ser retirada da
árvore, etc.
Densidade
A densidade representa a quantidade de madeira em determinado volume.
A densidade básica é uma característica de qualidade de grande interesse, devido à
facilidade de determinação e pelo fato de estar diretamente associada à resistência,
retrações e estabilidade da madeira no caso de produtos sólidos, e no rendimento
em celulose, dependendo este, também, do teor de lignina.
Há uma significativa variação da densidade básica entre espécies, dentro das
espécies e mesmo dentro da árvore nos sentidos longitudinais e radiais. De forma
geral, pode-se dizer que a densidade é mais baixa em povoamentos jovens do que
em árvores maduras.
A densidade deve variar em função da utilização. No uso em compósitos, por
exemplo, prefere-se madeiras de baixa densidade, enquanto que, para piso,
demanda-se madeira de mais alta densidade e dureza.
Rigidez
Existe grande variação para a rigidez entre as espécies, a qual é alta em
madeira de eucalipto jovem.
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Recentemente, tem sido dada importância à influência do baixo ângulo
microfibrilar para alta rigidez e baixa retração, particularmente em madeira juvenil. A
alta rigidez e o baixo peso são características que, em novos designs de móveis ou
mesmo em produtos engenheirados, levam ao aproveitamento mais eficiente dos
recursos.
Tensão de crescimento
Refere-se à tensão causada pelo rápido crescimento em algumas espécies, e
que se manifesta através do rachamento quando a madeira é cortada e a tensão
liberada.
Alguns gêneros apresentam altos níveis de tensão de crescimento, como o
gênero Eucalyptus, os quais se manifestam através das rachaduras de topo.
As tensões variam dentro das árvores, entre árvores de uma mesma espécie e entre
as espécies. As tensões também são afetadas pela taxa de crescimento.
A seleção genética e o manejo são técnicas utilizadas para minimizar este problema,
que causa perdas de rendimento e de dimensões dos produtos, devido ao nível de
distorção no processamento primário e na secagem.
Nó
É um tecido lenhoso resultante do rastro deixado por um ramo ou galho, cujos
caracteres diferem dos da madeira que o circunda. A presença de nós tem grande
influência no rendimento do processo.
O efeito dos nós depende do seu tamanho, número, distribuição,
característica (solto/vazado) e associa-se ao desvio de grã e à madeira de reação.
Também podem reduzir a resistência da madeira devido ao desvio de grã ao seu
redor.
As técnicas de manejo podem aumentar sensivelmente a proporção de
madeira clear. As operações de desrama elevam de forma significativa os custos de
produção, porém, devem ser consideradas por agregar valor em todo o processo
produtivo, influenciando desde o rendimento de madeira serrada em classes de
qualidade superior, até a redução de cortes a que se deve submeter a madeira para
seu aproveitamento.
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Madeira juvenil e Medula
Nas coníferas (softwoods), a madeira em formação apresenta menor
densidade, resistência e rigidez. Essas características tornam obrigatório o
monitoramento, classificação e segregação da madeira quando utilizada para
estruturas.
Bolsa de Resina
É resultado de fogo, agressão mecânica e/ou biológica no câmbio ativo,
estando também associada com nós. Cuidados nas operações florestais minimizam
esse problema.
Cerne
A formação do cerne varia de acordo com o gênero e a espécie analisada, a
partir da deposição de extrativos, causando variação de cores, afetando a
durabilidade da madeira ou mesmo a colagem.
O cerne afeta indiretamente a permeabilidade da madeira e causa alterações
de comportamento na secagem, chegando a causar retrações e colapso em
algumas espécies.
Produtos re-manufaturados
Esta terminologia refere-se a portas, estantes, reformas, parquês e pisos
laminados, bem como decks, estrutura de móveis, etc.
Nesta linha, a qualidade requerida da madeira é superior a da madeira para
construção. Existem grandes restrições a imperfeições, menor tolerância a
distorções e padrões exigentes de qualidade.
Dureza e usinabilidade são muito importantes para a qualidade do produto
final. Os longos comprimentos são menos importantes. A classe de qualidade inferior
pode ser direcionada para embalagens, decking ou pallets, onde a resistência é
muito importante.
Algumas propriedades de adesão tornam-se importantes quando as
utilizações finais são vigas laminadas, painéis, ou mesmo quando na composição de
compensados.
Bibliografia
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