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ADMINISTRAÇÃO
EMPREENDORA
DA IDÉIA AO PLANO DE NEGÓCIO
Olinda-PE
2004
2
Copyright 2004 Marcos Antonio Fonseca Calado
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Editor
Tarcísio Pereira
Editor Assistente
Joaquim Sávio de Medeiros
Diagramação
Maria do Carmo de Oliveira
Capa
Khayto Kramer
CDU 658
PeR-BPE
ISBN 85-89501-22-1
3
Agradecimentos
O autor.
4
SUMÁRIO
Prefácio 05
PARTE I
O NOVO MUNDO DO TRABALHO 07
PARTE II
DESENVOLVIMENTO DO ESPÍRITO EMPREENDEDOR 39
PARTE III
DA IDÉIA AO PROJETO EMPREENDEDOR 71
PARTE IV
MODELOS DE PLANO E DE PROJETO DE NEGÓCIOS 129
Referências 175
5
PREFÁCIO
6
professores, empresários e futuros empreendedores. Com
uma linguagem extremamente didática e acessível, essa obra
oferece verdadeiras “dicas” de como criar idéias e torná-las
realidade, funcionando, assim, como um aviso àqueles que
sabem da inexistência de espaço para amadores em um
mercado cada vez mais competitivo.
1
Economista, engenheiro agrônomo, mestre em administração, consultor em
agronegócios e professor universitário.
7
PARTE I
O NOVO MUNDO DO TRABALHO
8
compõem o dinâmico setor terciário, o qual passou então a
liberar mão-de-obra, a maioria dela especializada, causando
conseqüentemente elevados índices nas taxas globais de
desemprego. A figura a seguir tenta resumir esse processo
que define o novo mundo do trabalho, caracterizado entre
outros fatores, pela inexistência do emprego tradicional.
FIG. 1
9
CAPÍTULO 1
EMPRESAS, CIDADES E OPORTUNIDADES
10
QUADRO I - QUANTIDADE DE EMPRESAS BRASILEIRAS EM 1995
Centro-
Porte Norte Nordeste Sudeste Sul Oeste Total
Micro(até 4 trab) 24.292 131.362 707.523 281.267 87.263 1.235.742
Micro(15-19 trab) 10.405 48.253 229.996 77.335 24.905 391.241
Peq(20-99 trab) 3.676 15.125 65.641 21.439 6.424 112.342
Méd(100-499 966 4.050 14.263 4.513 1.382 25.176
trab)
Grande(+500 238 984 2.642 817 335 5.016
trab)
Total 39.577 199.994 1.020.055 385.371 120.309 1.769.517
Fontes: BNDES; Cadastro de Estabelecimentos Empregadores do MT (Relação Anual de
Informações Sociais); e jornal Diário de Pernambuco, de 18/08/2002, Caderno Economia. p.
B-10.
Centro-
Porte Norte Nordeste Sudeste Sul Oeste Total
Micro(até 4 trab) 40.259 191.127 825.369 351.515 127.727 1.535.997
Micro(15-19 trab) 16.352 68.633 277.559 98.884 37.234 498.662
Peq(20-99 trab) 4.708 18.210 71.561 24.108 8.537 127.124
Méd(100-499 1.155 4.258 13.757 4.616 1.595 25.381
trab)
Grande(+500 242 1.074 2.604 826 380 5.126
trab)
Total 62.716 283.302 1.190.850 479.949 175.473 2.192.290
Fontes: BNDES; Cadastro de Estabelecimentos Empregadores do MT (Relação
Anual de Informações Sociais); e jornal Diário de Pernambuco, de 18/08/2002,
Caderno Economia. p. B-10.
11
percentuais em relação ao total também continuam em alta de
91,94% em 1995 e 92,80% em 2000.
12
QUADRO III - AS CIDADES E SUAS VOCAÇÕES
CIDADE VOCAÇÃO
São Paulo Indústria e serviços sofisticados
Rio de Janeiro Turismo, indústria petrolífera e tecnologia
Belo Horizonte Mineração e biotecnologia
Serviços, comércio e tecnologia da
Porto Alegre
informação
Tecnologia da informação, serviços e setor
Curitiba
financeiro
Recife Informática, gastronomia, saúde e cultura.
Área médica e acadêmica,turismo de
Goiânia
negócios
Niterói Serviços, turismo e indústria petrolífera
Brasília Turismo de negócios e carreira acadêmica
Comércio exterior, metalurgia e setor
Vitória
petrolífero.
13
QUADRO IV - VOCAÇÃO DE ALGUMAS CIDADES
PERNAMBUCANAS
14
Schneider (1999, p. 170), “coexistem atividades rurais e
agrícolas - espaço da produção agrícola de subsistência e o
local de moradia dos membros das famílias rurais que
trabalham em atividades não agrícolas”. Assim, pode-se
afirmar que os seus habitantes desenvolvem habilidades para
o trabalho que vão da polivalência à pluriatividade. A primeira,
que se distingue da atividade produtiva propriamente dita,
deve ser entendida como um conjunto de atividades exercidas
pelo agricultor, dentro ou fora do estabelecimento familiar, a
exemplo de beneficiamento dos produtos, venda desses
produtos etc. A pluriatividade, no entanto, deve ser entendida
como as atividades exercidas pelo agricultor e seus familiares,
fora do estabelecimento familiar, como uma estratégia de
sobrevivência. Nesse sentido, essas atividades acabam por
constituir, ao lado de outras oriundas das cidades, uma forma
de integração entre o meio rural e o meio urbano.
15
pólo de atração de cidades nordestinas, já pode ser
considerada como uma metrópole com saldo migratório
negativo. As razões para isso parecem estar diretamente
ligadas à pouca capacidade de geração de empregos ou,
como sugere Paul Singer (1998), à capacidade de produzir
desempregados, seja pela emigração da indústria para
regiões de força de trabalho ainda mais barata, seja por conta
do processo acelerado da globalização neoliberal:
16
Dadas as novas contingências de transformação da sociedade,
essa valorização do rural redefine o papel do campo no paradigma
atual de produção pós-fordista, de cuja dinâmica dependerá o
surgimento de alternativas para fazer frente às seqüelas herdadas
pelo esgotamento do modelo urbano de desenvolvimento, tais
como: desemprego, violência urbana, depredação do meio
ambiente etc. (SILVA, 2002, p. 164).
2
O estudo considera como classe média alta as pessoas que possuem renda familiar
acima de R$ 2.600,00 (dois mil e seiscentos reais) por mês.
17
QUADRO V - EVOLUÇÃO DO DESEMPREGO NA CLASSE MÉDIA
ALTA, ENTRE 1992 E 2002
REGIÕES
1992 2002 VARIAÇÃO
METROPOLITANAS
Belém 3,4% 5,8% 70,6%
Belo Horizonte 4,1% 4,5% 9,7%
Curitiba 2,9% 4,5% 55,2%
Distrito Federal 2,8% 3,1% 10,7%
Fortaleza 2,0% 5,9% 195%
Porto Alegre 2,0% 3,8% 90%
Recife 4,3% 6,1% 41,9%
Salvador 3,9% 7,4% 89,7%
São Paulo 1,9% 3,8% 100%
Rio de Janeiro 3,2% 4,8% 50%
Fontes: IBGE (PNAD); Diário de Pernambuco, ed. 29/02/2004. Caderno
Economia. p. B7.
18
Geografia e Estatística indicaram que, no ano 2000, apenas
as grandes empresas (que empregam mais de 500
funcionários) pagavam salário médio acima de seis salários
mínimos, enquanto as empresas que empregam até dez
funcionários pagavam apenas dois salários mínimos como
salário médio mensal. O gráfico a seguir mostra essa
situação.
0
Número de empregados
0a9 10 a 49 50 a 99 100 a 499 <500
19
(58,57%) e, finalmente, em 2000, abriram-se 700.000
empresas e fecharam 415.000 (59,28%).
20
21
CAPÍTULO 2
NOVA TENDÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO: OPÇÃO PELO
EMPREENDEDORISMO
22
atenção para o papel do administrador. Os trabalhos dos dois,
na verdade, se complementam e, em síntese, buscam os
mesmos objetivos, que são a maximização do lucro, por parte
de empresário, e a melhoria da remuneração, por parte do
trabalhador. As idéias desses dois pioneiros do estudo
estruturado da Administração deram origem às duas primeiras
teorias administrativas: a Teoria da Administração Científica e
a Teoria Clássica.
23
Por outro caminho, a Teoria Clássica, surgida a partir das
idéias de Henri Fayol, contemplou as funções do
administrador. Ao contrário de Taylor, o foco de Fayol foi a
empresa como um todo e não apenas uma área específica,
como a produção, por exemplo, que foi o centro dos estudos
de seu colega norte-americano. Uma das grandes
contribuições de Fayol para a ciência da Administração foi a
sua definição das seis funções básicas de uma empresa,
qualquer que seja o ramo de negócio, numa visão bastante
abrangente das organizações. Essas funções, classificadas
por ele como Técnicas, Comerciais, Financeiras, de
Segurança, Contábeis e Administrativas, permanecem válidas
até os dias atuais, embora as nomenclaturas sejam outras,
em função do aprimoramento e da diversificação das técnicas
administrativas e do próprio avanço tecnológico (ver Quadro
VI, na página seguinte).
24
QUADRO VI - FUNÇÕES BÁSICAS DE UMA EMPRESA
LOGÍSTICA E FINANÇAS
CONTÁBIL Gestão dos recursos de apoio à área
(Registros e estatísticas) produtiva. (Corresponde a uma parte
da função Segurança e à totalidade
da função Contábil, de Fayol)
ADMINISTRATIVA ADMINISTRATIVA
Coordenação do processo Coordenação do processo
administrativo pelo planejamento, administrativo pelo planejamento,
organização, comando, organização, liderança, coordenação
coordenação e controle. e controle.
25
inicialmente por Fayol. Assim, a estrutura organizacional de
qualquer empresa, mesmo daquelas que representam os
micro e pequenos empreendimentos, pode e deve ser
montada com base nesse modelo, desde que se contemple,
agora, a lógica dos processos organizacionais, haja vista a
existência de novas premissas no campo de Administração,
principalmente a partir de meados dos anos 80.
26
organizações. Achavam também que o processo inovador,
que surge com o exercício constante da criatividade, não era
obrigação dos administradores de empresas, pela simples
razão de que não se conhecia nenhuma invenção, a exemplo
de vacinas ou objetos eletrônicos, surgida da cabeça de
administradores. Para completar esse quadro paradigmático,
as próprias escolas de administração pautavam todos os seus
cursos de graduação no sentido de “formar administradores”,
isto é, pessoas teoricamente capazes apenas na arte de
comandar, mandar, gerenciar ou dirigir, sob a égide de um
ensino totalmente orientado. Essa realidade, como já se sabe,
mudou. Os cursos de Administração de hoje têm que atender
uma nova empresa, situada em um mercado desigual e
altamente competitivo, e com trabalhadores de perfil diferente
daquele até agora conhecido e almejado.
27
2.2 - Empreendedorismo: a Nova Premissa
28
A nova premissa, por conseguinte, é redirecionar o foco do
ensino de Administração, instigando nos estudantes o desejo
para o investimento em seus próprios negócios,
reconhecendo o desenvolvimento econômico e social como o
resultado do processo empreendedor e não simplesmente
ensinando-os a buscar um gerenciamento remunerado. Nos
últimos dez anos, algumas instituições de ensino iniciaram
esse processo. Em suas grades curriculares já existe a
disciplina EMPREENDEDORISMO, ministrada em geral no
último ano do curso de Administração, cuja metodologia
adotada é, basicamente, a aplicação de “cases” e a colheita
de depoimentos de empreendedores de sucesso.
Turismo popular;
Consultoria na área de informática;
Abertura de cursos de idiomas;
Serviços domésticos, como limpeza, saúde e bem-
estar;
Serviços na área de alimentação;
Empresas de delivery, e
Serviços de vendas domiciliares.
3
Ver FOCCALIZA, jornal editado pela FOCCA-FACULDADE DE OLINDA, ano 1, nº 1,
dezembro/98.
29
instalação de negócios próprios através de franquias e
terceirização.
4
Ver “Franquias – Guia Oficial”, edição 1999 da Associação Brasileira de Franchising-
ABF.
30
A importância da necessidade das Escolas de
Administração focarem seus cursos no estudo do
empreendedorismo, reside no perfil pouco alentador dos
nossos pequenos empresários. Eles, em geral, gostam de
buscar oportunidades e informações, são persistentes e
fazem uma rede de contatos – networking – de dar inveja aos
americanos ou aos canadenses. No entanto, cometem erros
imperdoáveis: relaxam a qualidade do serviço ou do produto,
são pouco comprometidos e desprezam o estabelecimento de
metas e a prática do planejamento estratégico.
31
CAPÍTULO 3
A NOVA ECONOMIA: ABERTURA PARA OS PEQUENOS
NEGÓCIOS
5
Em recente polêmico artigo, Grey (2004) afirma que não há base para avaliar a
afirmação de que vivemos taxas de mudanças sem precedentes. Na sua concepção,
técnicas de gerenciamento de mudanças têm-se revelado em grandes fracassos e as
explicações recorrentes para essas falhas são geralmente inadequadas. Para esse
autor, vários períodos do passado foram também considerados como de mudanças
surpreendentes: colapso do Império Romano, colonização das Américas,
Renascimento, Reforma Protestante, Iluminismo, Revolução Industrial, e guerras
mundiais.
32
enfraquecimento de outros. Assim, atividades ligadas às áreas
da Administração, Agronomia, Computação, Educação Física,
Economia, Jornalismo, Publicidade e Turismo, encontram-se
em fase de ascensão, enquanto outras, como atividades
ligadas às áreas de Engenharia, Arquitetura, Finanças,
Metalurgia, Química, Psicologia e Direito, apresentam
tendências de estabilidade ou pouco crescimento em termos
de geração de emprego e renda. Por outro lado, produtos e
serviços ligados ao mundo digital sinalizam para uma
mudança fundamental que já se faz sentir no mundo inteiro,
qual seja, a forma de estabelecer transações comerciais, de
qualquer magnitude, utilizando a rede mundial de
computadores - o e-commerce. 6 O teórico da Administração
Peter Drucker, resume assim o que vem a ser e o que
significa para o mundo corporativo esse comércio diferente
proporcionado pela denominada Nova Economia:
O impacto verdadeiramente revolucionário da Revolução da
Informação está apenas começando a ser sentido. Mas não é a
informação que vai gerar tal impacto. Nem a inteligência artificial.
Nem o efeito dos computadores sobre processos decisórios,
determinação de políticas ou criação de estratégias. É algo que
praticamente ninguém previa, que nem mesmo era comentado dez
ou quinze anos atrás: o comércio eletrônico – ou seja, a emergência
explosiva da Internet como importante (e, talvez, com o tempo, o
mais importante) canal mundial de distribuição de bens, serviços e,
surpreendentemente, empregos na área administrativa e gerencial.
É ela que está provocando transformações profundas na economia,
nos mercados e nas estruturas de indústrias inteiras; nos produtos,
serviços e em seus fluxos; na segmentação, nos valores e no
comportamento dos consumidores; nos mercados de trabalho e de
emprego. Mas talvez seja maior o impacto exercido sobre a
sociedade, a política e, sobretudo, a visão que temos do mundo e
de nós mesmos (DRUCKER, 2000).
6
O e-commerce, literalmente, comércio eletrônico, se compõe de três tipos de
transações: business to business ou B-to-B (transações entre empresas), business to
consumer (transações entre empresas e consumidores) e consumer to consumer
(transações entre consumidores). De acordo com Hansen e Deimer (2002), a partir de
experiências organizacionais recentes, pode-se acrescentar também o business to
employee - da empresa para o empregado,.
33
Embora a “nova economia” tenha surgido no bojo do
processo da globalização dos mercados, onde a força do
setor financeiro e das corporações transnacionais ainda
direciona boa parte das economias, não resta dúvida de que
uma de suas características principais passou a ser a
valorização das pequenas empresas. Isso porque, o
desemprego, como mostram todos os indicadores
macroeconômicos, decorre da liberação de mão-de-obra
pelas grandes organizações que estão implementando
processos de reestruturação os mais diversos, como corte de
suas estruturas, a exemplo das práticas de downsizing (corte
vertical), de rightsizing (corte horizontal) e reshape
(reformatação), além da reengenharia - que contempla os
principais processos organizacionais, eliminando as estruturas
construídas com base nas funções administrativas básicas e
tradicionais, como produção, finanças, recursos humanos e
logística.
34
Administração confundam os empreendedores como sendo
também administradores ou intra-empreendedores. Na
verdade, os empreendedores criam negócios a partir de uma
idéia inovadora, enquanto os administradores dedicam-se a
organizar e a fazer funcionar todos os tipos de organização,
não se preocupando em criá-las ou em ser seus proprietários.
Eles se identificam muito mais com os empregados do que
com os donos de negócios (DUBRIN, 1998). Por outro lado,
um intra-empreendedor (intrapreneur) é um funcionário que
desempenha internamente na empresa um papel com perfil
empreendedor, ou seja, capaz de tirar as organizações da
estagnação ou da monotonia, levando-as à inovação e a
novos empreendimentos lucrativos (MEGGINSON, 1998).
35
corporações - tanto públicas quanto privadas. Naturalmente
as grandes empresas, principalmente aquelas de alcance
transnacional continuarão no mercado, no entanto
empregando cada vez menos, na medida em que
desverticalizam suas estruturas, implicando na eliminação de
cargos intermediários de gerência e de supervisão - atividades
inerentes ao Administrador. Além disso, uma observação dos
setores mais dinâmicos da economia, em termos de geração
de emprego, mostra que aqueles considerados tradicionais
estão desempregando mais que outros ligados à informação e
ao conhecimento, conforme indica o Quadro VII a seguir:
36
certamente estão direcionados a outras áreas do
conhecimento - porque estamos vivendo uma outra era e,
para cada era, uma forma de ocupação ou profissão tem seu
momento de vigor.
37
fabricação de alimentos mais resistentes às pragas e
que possam ser conservados por mais tempo.
Tecnologia da água: Vários cientistas afirmam que se
um dia a III Guerra Mundial vier a acontecer, a
escassez de água para o consumo humano será o
principal motivo do conflito. A profissão seria voltada
para a descoberta de novas fontes do produto.
Energia renovável: Refere-se à descoberta,
aprimoramento e manutenção de fontes de energia
limpa, como a solar ou eólica.
Meio ambiente: A tecnologia avança e os resultados
sobre o meio ambiente são cada vez mais drásticos.
Num futuro muito próximo as carreiras ligadas a
técnicas de manutenção dos recursos naturais
ganharão impulso, uma vez que a sobrevivência do
planeta depende diretamente disso.
Engenharia genética: Voltada para a ampliação da
expectativa de vida humana, como pesquisas para
dominar grandes doenças como o câncer.
38
39
PARTE II
DESENVOLVIMENTO DO ESPÍRITO EMPREENDEDOR
TÉCNICOS (70%)
GERENTES (20%)
EMPREEN
DODORES
10%
40
Por isso, o objetivo desta 2ª Parte é possibilitar ao leitor a
oportunidade de identificar as características mais comuns
que possui, capaz de lhe sinalizar o perfil que tem, ainda que
adormecido, pois será mais fácil ser um empreendedor
(Capítulo 1), um técnico (Capítulo 2) ou um gerente (Capítulo
3), quando descobrimos, desde cedo, os traços de
personalidade que, em última instância, acabam por definir o
sucesso profissional que todos queremos um dia alcançar.
41
CAPÍTULO 1
EMPREENDEDOR: INOVADOR E ESTRATEGISTA
7
Ao analisar os contornos ideológicos da questão agrária brasileira, Fernando
Lourenço lembra, por exemplo, a idéia errada que se tem sobre uma “suposta
incapacidade empreendedora dos pobres” (LOURENÇO, 2001, p. 195).
8
Por “Brasil rural” Eli da Veiga considera “o subconjunto formado pelos 4.485
municípios que em 2000 tinham simultaneamente menos de 50 mil habitantes e
densidade inferior a 80 hab/km2” (VEIGA, 2002, p. 8)
42
relação é de uma MPE para 42 habitantes. O autor também
considera “intrigante encontrar em vários Estados um número
muito significativo de municípios rurais bem mais
empreendedores do que seria razoável supor” (VEIGA, 2002,
p. 10), embora admita que “é verdade que as heranças
institucionais de uma economia baseada na agricultura
familiar estão longe de ser suficientes para que uma
localidade possa posteriormente gerar muitas MPE e muitos
empregos” (VEIGA, 2002, p. 4).
43
cuja referência remete à origem da citação do termo
“empreendedorismo”.
44
As pessoas de perfil empreendedor são audaciosas. São
destemidas e estão sempre dispostas a começar de novo.
Suas principais características são: ousadia, coragem,
capacidade de inovação, espírito arrojado, autoconfiança e
independência. Para muita gente, a capacidade
empreendedora é um atributo nato, não sendo possível,
portanto, que qualquer um possa ser um empreendedor no
futuro. As pessoas que pensam assim acham também, e
ainda, que os líderes empresariais já nasceram com todas as
características de liderança. Hoje sabemos que a capacidade
de liderar pode ser “trabalhada” e qualquer mortal comum
pode se transformar num grande líder, desde que desenvolva
certos atributos de sua personalidade.
9
De acordo com Paulo André Marques, diretor pedagógico da Escola Agrotécnica
Federal de Barreiros, “as usinas, que poderiam absorver a mão-de-obra, estão
fechando. Por isso, temos a preocupação de dar aos jovens uma visão
empreendedora, para estimulá-los a abrir seus próprios negócios” (Jornal do
Commercio, ano LXXXV, n. 267, edição de 24/09/2003. p. C5).
45
escolas estão instaladas já estão diversificando suas
atividades.
46
sobretudo o network que terá de buscar como apoio para
aprimorar e realizar os seus sonhos (FILION, 2000).
10
De acordo com Maurício Serva, “estudos realizados por autores ligados à
Sociologia Econômica têm revelado dimensões do empreendedorismo que
contribuem para não somente delinear o ambiente institucional onde o empreendedor
age, como também para delinear aspectos constitutivos das relações sociais no seio
das quais a ação empreendedora torna-se possível” (SERVA, 2002, p. 114).
47
Portanto, torna-se de fundamental importância
compreender a dimensão social da ação econômica do
empreendedor rural - quanto à geração de emprego e renda -
nas pequenas localidades, principalmente naquelas onde o
latifúndio - quer seja da grande agroindústria, quer seja das
grandes fazendas -, acabaram por produzir um tipo de
sociedade eminentemente desigual.
48
TESTE 1 - VOCAÇÃO PARA EMPREENDEDOR
Assinale “Sim” ou “Não” de acordo com o seu sentimento ou a sua realidade.
PERGUNTAS S/N
49
24 Gosto de correr riscos.
25 Muitas respostas para meus problemas aparecem de uma
hora para outra.
26 Acho que posso lidar com vários chefes ao mesmo tempo,
em vez de ter de prestar contas para apenas um.
27 Sou incapaz de absorver bem as críticas que me fazem.
28 Acho que vale a pena tentar novos horizontes
profissionais mesmo perdendo o conforto de estar
vinculado a uma empresa.
29 Para mim, a etapa mais difícil na hora de montar um
negócio próprio é reunir o capital e escolher o ponto.
30 Quando estou insatisfeito com as minhas perspectivas
profissionais dentro da empresa em que trabalho, penso
fortemente na possibilidade de investir em um negócio
próprio, em vez de procurar uma empresa de recolocação
profissional.
50
TESTE 2 - JEITO PARA EMPRESÁRIO
Assinale conforme seja o seu caso:
1) Você está disposto a sacrificar a vida pessoal e dedicar o tempo que estava
reservado à família a um negócio só seu?
a) sim; b) talvez sim; c) talvez não; d) não.
3) Encara uma tarefa mesmo sem saber todos os problemas que pode vir a
enfrentar?
a) sim; b) talvez sim; c) talvez não; d) não.
11) Normalmente trabalha quanto for possível para finalizar uma tarefa?
a) sim; b) talvez sim; c) talvez não; d) não.
13) Quando pensa no futuro você se imagina gerenciando seu próprio negócio?
a) sim; b) talvez sim; c) talvez não; d) não.
14) Você insiste mesmo quando todo mundo diz que uma tarefa é impossível?
a) sim; b) talvez sim; c) talvez não; d) não.
51
TESTE 3 - IDENTIFICAÇÃO DO NEGÓCIO
52
11) Nos mercados de baixa renda, não existem oportunidades para abertura de
empresas ( )
13) As pesquisas para identificar uma oportunidade são sempre muito caras ( )
53
TESTE 4 - ESPÍRITO EMPREENDEDOR
Compare as alternativas desta página com as alternativas da página
seguinte e assinale, em cada alternativa de mesma numeração, aquela
que melhor representa a sua maneira de agir e de pensar:
ALTERNATIVAS “A”
6. Para mim, o que interessa é saber por que e o quê, antes do como.
7. “É melhor um passarinho na mão do que dois voando.”
8. Gosto muito do meu trabalho, mas acho que seria menos estressante
se não houvesse tantos problemas.
54
TESTE 4 - ESPÍRITO EMPREENDEDOR (Cont)
ALTERNATIVAS “B”
6. Sou prático e gosto de saber logo como fazer para atingir os objetivos.
11. Acredito que uma empresa existe para atender a alguma demanda de
mercado.
55
TESTE 5 - PERFIL DE INVESTIDOR
1) Qual das frases abaixo define melhor suas preferências com relação aos
seus investimentos?
a) Investir em produtos de baixo risco, com poucas chances de perda, para
preservar o capital.
b) Investir a maior parte em produtos de baixo risco e o restante em produtos
de maior risco, buscando crescimento moderado do capital.
c) Investir partes iguais em produtos de baixo risco e produtos de maior risco,
que proporcionem crescimento do capital.
d) Investir a maior parte em produtos de maior risco e o restante em produtos
de baixo risco, buscando grande crescimento do capital.
56
A seguir, relacionamos os resultados dos testes anteriores.
Vale a pena salientar que somente um resultado,
isoladamente, não define o perfil empreendedor.
Recomendamos a análise de todos os resultados em conjunto
para, a partir daí, traçar uma tendência de perfil.
57
RESPOSTAS DOS TESTES
Conceitos:
Até 10 pontos: esqueça, você não tem a menor vocação para ser um
empreendedor.
Sim = 4
Talvez Sim = 3
Talvez Não = 2
Não = 1
Avaliação
58
3. IDENTIFICAÇÃO DO NEGÓCIO
1A = V 5=F
1B = V 6=F
1C = V 7=F
1D = V 8=V
2A = V 9=V
2B = V 10 = F
2C = F 11 = F
2D = V 12 = F
3A = V 13 = F
3B = F 14 = F
3C = F 15 = F
3D = F 16 = V
4A = V 17 = V
4B = V 18 = V
4C = V
4D = V
Avaliação
De 0 a 12 erradas: vá em frente, sua linha de conhecimento está
correta
4. ESPÍRITO EMPREENDEDOR
Questão A B
1 0 3
2 1 3
3 3 0
4 0 3
5 3 1
6 3 0
7 0 3
8 0 3
9 0 3
10 3 0
11 1 3
12 1 3
13 0 3
14 3 0
15 3 0
59
ANÁLISE
5 - PEFIL DO INVESTIDOR
60
61
CAPÍTULO 2
TÉCNICO: VERSÁTIL E DISPONÍVEL
62
aprende fazendo. É o exemplo mais evidente de que a teoria,
na prática, funciona.
63
TESTE 1 - BLOCOS DE FUNÇÕES
BLOCO 1
BLOCO 2
BLOCO 3
BLOCO 4
BLOCO 5
BLOCO 6
64
TESTE 2 - PREFERÊNCIAS
1. Blocos de funções.
2. Preferências
65
CAPÍTULO 3
GERENTE: ORGANIZADO E EFICIENTE
66
outros com a atenção muito mais voltada para a maneira e o
prazo com que as tarefas serão realizadas do que
propriamente com a eficácia empresarial. Em resumo, são
pessoas eficientes que, sem elas as organizações teriam mais
problemas do que soluções.
67
TESTE 1 - QUAL A SUA DIMENSÃO?
( ) Sonho ( ) Realidade
( ) Desejo ( ) Necessidade
( ) História ( ) Utopia
( ) Idéia ( ) Fato
( ) Abertura ( ) Enraizamento
( ) Corpo ( ) Alma
( ) Poder ( ) Carisma
( ) Fé ( ) Religião
( ) Partícula ( ) Onda
( ) Cosmos ( ) Caos
( ) Sistema Fechado ( ) Sistema Aberto
( ) Dualismo ( ) Dualidade
( ) Ato ( ) Atitude
( ) Idealismo ( ) Realismo
( ) Céu ( ) Terra
( ) Aristóteles ( ) Platão
( ) Possível ( ) Impossível
( ) Vale ( ) Montanha
( ) Moral ( ) Ética
( ) Detalhe ( ) Totalidade
( ) Lucro Fácil ( ) Lucro Difícil
( ) Poligamia ( ) Monogamia
68
TESTE 2 - PERFIL DE GERENTE
x ITENS x ITENS
69
TESTE 3 - CULTIVADOR VERSUS CONSERVADOR
70
RESULTADOS DOS TESTES
2. PERFIL DO GERENTE
Perfil gerencial: 01, 02, 03. 04, 05, 06, 08, 09, 13, 14,
17, 19, 21, 23, 26, 28 e 29.
71
PARTE III
DA IDÉIA AO PROJETO EMPREENDEDOR
72
73
CAPÍTULO 1
GERAÇÃO DE IDÉIAS EMPREENDEDORAS
74
A definição das necessidades humanas pode variar de
acordo com a localidade em que se pretende realizar o
empreendimento. Podem ser definidas de acordo com a
classificação de Abraham Maslow (fisiológicas, segurança,
sociais, estima e auto-realização) ou outras em que se
verifique existir, para o momento e para a região, tais como:
saúde, educação, segurança pessoal etc.
75
diferentes. Entendemos por densidade o volume físico
ocupado pelo produto e, por preço o seu valor unitário a ser
vendido no mercado. Assim, um produto pode ter densidade
alta e preço alto e, nesse caso, estima-se que a receita tende
a ser alta, embora, por outros fatores, isso possa não ocorrer.
Em geral, no entanto, podemos afirmar que a expectativa de
receita com grandes volumes, por um determinado preço, é
sempre maior do que esse preço multiplicado pela venda de
volumes menores. Via de regra, as combinações para
densidade e preço, são as seguintes, com os respectivos
exemplos:
*
PARÂMETROS EXPECTATIVA EXEMPLOS
DE RECEITA
76
QUADRO IX - VIABILIDADE DO MERCADO
77
Utilizando os conceitos de análise combinatória, podemos
construir 64 arranjos dos elementos acima, de tal forma que
possamos ter as combinações possíveis de
empreendimentos. Do quadro acima, portanto, podemos ter
as seguintes combinações:
78
“plantação ou criação de algo que sirva para lazer no Porto
Digital” (LPD).
79
QUADRO XIII - COMBINAÇÕES DAS OPORTUNIDADES DE
ACORDO COM OS PESOS ATRIBUÍDOS A CADA PARÂMETRO
80
ATD (11 pontos): comercialização de alimentos no
Porto Digital;
ADT (11 pontos): alimentos do Porto Digital para
turistas;
STD (11 pontos): comercialização de saúde no Porto
Digital;
SDD (11 pontos): saúde digital para uso no Porto
Digital;
EDD (11 pontos): educação digital para uso no Porto
Digital;
ADD (12 pontos): alimentos do setor digital para uso
no Porto Digital.
81
Dessa forma, algumas alternativas podem ser as
seguintes, tomado o exemplo do item 1.2 anterior:
82
Como a combinação ATT significa “comercialização de
alimentos para turistas”, poderíamos determinar os seguintes
produtos, em função dos parâmetros densidade, preço,
produção e demanda, já definidos em pesquisa e de acordo
com a nossa capacidade de investimentos:
83
1.4 - Outras Técnicas de Geração de Idéias
11
Em artigo publicado na revista HSM Management, n. 36, de janeiro-fevereiro de
2003, o professor Robert Sutton sugere, para se contrapor às reuniões de
“brainstorming” (discussão de idéias), reuniões de heartstorming, para se discutir
emoções. Segundo ele, a criatividade tem mais a ver com o que as pessoas sentem do
que com o que pensam. (SUTTON, 2003)
84
procuram defeitos em um determinado produto ou serviço já
existente. Da mesma forma que no brainstorming, é proibida
as críticas às idéias que surgirem, sendo, como fato novo,
proibida a defesa contra os defeitos apontados aos produtos
ou serviços atuais. Assim, tem-se a oportunidade de criar
outros produtos ou serviços, a partir das críticas àqueles
atualmente existentes. Principalmente os da concorrência.
85
fase, o coordenador, com a ajuda do grupo, confeccionará
uma lista de todas as idéias produzidas, melhorando as
redações e evitando duplicidade.
86
87
CAPÍTULO 2
ANÁLISE DA REALIDADE ECONÔMICA
88
poderá ter acesso, razão porque dispensamos, neste livro,
uma análise das condições para aí se estabelecer negócios.
89
cluster, seja pela dinâmica econômica que locais assim
podem proporcionar em relação ao surgimento de outras
atividades.
PÓLOS ATIVIDADES/CULTURAS
Sertão do São Francisco (PE) Vinicultura, fruticultura e
olericultura.
Alto Piranhas (PB) Fruticultura. Horticultura e
cotonicultura.
Assu/Mossoró (RN) Agricultura, fruticultura, e
artesanato.
Bacia Leiteira (AL) Leite, pecuária e apicultura.
Baixo Jaguaribe (CE) Arroz, algodão, milho, fruticultura
e leite.
Cariri (CE) Grãos e turismo religioso.
Norte de Minas (MG) Banana, pecuária de corte, leite e
derivados.
Oeste baiano (BA) Soja, café e pecuária.
Sul do Maranhão (MA) Soja, feijão, arroz, milho, bois,
suínos e aves.
Sul de Sergipe (SE) Citricultura, agroindústria da
laranja e pecuária.
Uruçuí/Gurgéia (PI) Soja, arroz, milho, fruticultura e
agroindústria.
Fonte: BNDES, julho/2002.
90
Pólo médico: localizado no bairro da Ilha do Leite e
adjacências, na capital pernambucana;
Pólo digital: localizado no bairro do Recife Antigo e
adjacências, na capital pernambucana;
Pólo turístico: engloba a rede hotéis e, principalmente,
a região do litoral sul, denominada de “Costa
Dourada”;
Pólo de avicultura: localizado no agreste meridional;
Pólo de confecções e artesanato: localizado no
agreste setentrional;
Pólo de calçados e artigos de couro: localizado no
agreste central;
Pólo gesseiro, localizado no sertão do Araripe.
91
de couro e calçados no Rio Grande do Sul e Santa
Catarina (BNDES); e
Apoio, através do BNB, ao desenvolvimento
tecnológico e exportações para os pólos de Santa
Cruz do Capibaribe, Caruaru e Toritama – PE.
92
trabalham juntas. A nossa idéia é seguir o mesmo
caminho no Brasil” (Carlos Lessa, BNDES).
Fundação da aldeia
indígena de Miritiba pelos
1591 Caça e pesca. Preservação da franciscanos
mata atlântica.
Fundação do primeiro
engenho de cana nas
1627 Cana-de-açúcar Inicio do desmatamento terras da aldeia de Miritiba,
da mata atlântica. por Bartolomeu de Holanda
Cavalcanti.
93
Instalação do engenho
Mussurepe pelos padres
beneditinos.
Intensificação do Desenvolvimento
desmatamento da mata econômico da região e
1630 Cana-de-açúcar atlântica. aparecimento da
aristocracia açucareira
Instalação do primeiro
engenho à tração animal
da região. Produzia de 80
a 120 pães-de-açúcar por
safra. Denominado
1711 Agroindústria Desmatamento e Engenho Paudalho
açucareira ocupação da região com pertencia ao Sr. Joaquim
formação do Domingos Telles.
aglomerado urbano. Aparecimento dos casarios
e sobrados no aglomerado
urbano que se inicia.
Fim da construção da
ferrovia Recife/Limoeiro.
Transporte ferroviário
1882 Ferrovia Consolidação da ligando o município à
ocupação da região com capital e escoamento da
efetivo aumento da produção açucareira para o
população. porto de Recife. Aumento
do fluxo de romeiros à São
Severino; Aumento da
atividade de serviços;
migração devido ao acesso
para a capital.
Instalação da primeira
usina a vapor no município,
a Usina Cursay que
1891 Agroindústria Intensificação do funcionou até 1907,
açucareira desmatamento. pertencente ao grupo
econômico Juca Capitulino.
Romarias à capela de
Nossa Senhora da Luz, no
Engenho Ramos, onde se
1920 Turismo Ocupação do espaço do encontra a estatua de São
religioso engenho Ramos para as Severino trazida de
romarias Portugal tida como
milagrosa. Aparecimento
do trabalho informal,
94
vendas de santinhos,
terços e outros objetos
religiosos.
A atividade avícola no
município torna-se
expressiva com a
1960 Avicultura Ocupação das terras instalação de diversas
mais altas do município. granjas ocupando a mão-
de-obra local e gerando
receitas para o município.
Fechamento da usina
Mussurepe,
1993 Agroindústria Áreas de cana-de- desempregando muitos
açúcar da usina operários e trabalhadores.
açucareira
O cultivo da cana-de-
açúcar no município, sofre
grande queda, passando o
fornecimento da cana
colhida, no município, para
a usina Petribú, em Lagoa
de Itaenga.
Incentivo ao turismo
religioso com a
2000 Turismo e lazer Revitalização e dinamização do pólo
reordenamento de religioso de São Severino
áreas. dos Ramos; Incentivo a
instalação de balneários
em aldeia; surgimento de
vários clubes de campos,
hotéis e balneários;
Incentivo ao artesanato.
95
De acordo com o quadro-resumo anterior, e de entrevistas
realizadas com autoridades públicas e moradores da
localidade, Paudalho tem suas bases econômicas no setor
primário. A exploração, da cana-de-açúcar, é realizada com
práticas tradicionais de cultivo sem incorporação de técnicas
modernas apresentando índices muito baixos de
produtividade e em grandes extensões de terras. Outra
atividade que se destaca no município é a avicultura, atividade
muito expressiva da economia do município, que representa,
juntamente com outras atividades agrícolas, 86,30% da mão-
de-obra ocupada no município.
96
uma idéia do ambiente em que pretende instalar o seu
negócio. É bem verdade que esses elementos ainda não
serão suficientes para uma decisão definitiva, mas,
provavelmente, ajudará na seleção de alternativas por ocasião
dos dados financeiros elaborados no plano de negócios e no
projeto técnico.
97
CAPÍTULO 3
ELABORAÇÃO DO PLANO DE NEGÓCIOS
98
3.1 - Definições
99
Nessa visão, portanto, um plano de negócios teria a seguinte
estrutura:
Sumário Executivo
Empresa
Plano de Marketing
Plano Financeiro
Descrição do Negócio
Plano de Marketing
Plano de Administração Financeira
Plano de Administração do Negócio
Sumário Executivo
O Produto
O Mercado e a Concorrência
Equipe de Gestão
Os Riscos e as Oportunidades Previstos
Planejamento Financeiro
100
Negócios passaria a conter seções bastante variadas, indo,
da explicitação da idéia até a elaboração do projeto
econômico, formando, assim, um documento bastante denso.
Esses modelos possuem, em geral, a seguinte estrutura:
O Empreendimento
Análise Preliminar e Estratégica do Mercado
Plano de Marketing para o Empreendimento
Análise Econômico-financeira do Empreendimento
Considerações Finais
Anexos
101
Essas seções, explicitadas a seguir, são suficientes para se
entender a lógica de qualquer tipo de empreendimento.
Outros conteúdos mais detalhados, capazes de influenciar
outros níveis de decisão e de execução, devem constar do
projeto técnico do empreendimento, este sim, um documento
à parte e com características especiais próprias, apesar de
absorver várias seções do plano de negócios de quem, em
última instância, se origina (ver Capítulo 4).
3.2.1 - O Empreendimento
a) Dados da empresa
b) Produtos e Serviços
c) Negócio, Missão, Visão e Valores
12
De acordo com o novo Código Civil, em vigor desde 11 de janeiro de 2003, o
empreendimento que não possui sócios deve ser classificado como “autônomo” ou
“empresário”.
102
dinâmica do setor, se há estrutura de clusters ou se existe
apoio governamental. Portanto, engloba os seguintes
assuntos: informações da concorrência; oportunidades
futuras; ameaças futuras; forças e fraquezas e, em função
desses itens, os objetivos estratégicos do empreendimento.
Para tanto, terá os seguintes subitens:
a) Análise do macroambiente
b) Análise do ambiente imediato
c) Ameaças e oportunidades
d) Pontos fortes e pontos fracos
e) Objetivos estratégicos
103
a) Oferta de produtos e/ou serviços
b) Público-alvo
c) Canais de distribuição
a) Investimentos
b) Receitas e custos
c) Fluxo de caixa
d) Resultados operacionais
13
Incubadoras são empresas que desenvolvem mecanismos utilizados para promover
e estimular a criação de micro e pequenas empresas. Podem ser de base tecnológica,
de setores tradicionais ou mistas. Informações detalhadas sobre o assunto, consultar o
Manual para implantação de incubadoras de empresas. Brasília: SEPTE, 2002.
104
empresas graduadas, 14 dependem do prazo fixado no plano
de negócios, em geral não superior a três anos. São as
chamadas “regras de saída” da incubação. “Na maioria dos
casos, há regras que obrigam a empresa a graduar-se e a
instalar-se em outro local depois de ultrapassado o período de
incubação” (MCT, 2002, p. 30). No entanto, existe muita
flexibilização nessas regras, haja vista a preocupação e o
temor de as empresas “quebrarem” quando termina o prazo
de incubação.
3.2.6 - Anexos
14
Empresas graduadas são aquelas que, após um período de incubação, são
autorizadas a caminhar autonomamente.
105
PLANO DE NEGÓCIOS
1. O EMPREENDIMENTO
1.1 - Dados da empresa
1.2 - Produtos e serviços
1.3 - Negócio, missão, visão e valores
3. PLANO DE MARKETING
3.1 - Oferta de produtos (ou de serviços)
3.2 - Público-alvo
3.3 - Canais de distribuição
4. ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA
4.1 - Investimentos
4.2 - Receitas e custos
4.3 - Fluxo de caixa
4.4 - Resultados operacionais
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. ANEXOS
106
107
CAPÍTULO 4
ELABORAÇÃO DO PROJETO TÉCNICO
1. INTRODUÇÃO
2. O EMPREENDIMENTO
3. A EMPRESA
4. ANÁLISE DO MERCADO DE ATUAÇÃO
5. ENGENHARIA DO PRODUTO (OU DO SERVIÇO)
6. QUADRO DE INVESTIMENTOS
7. ESTRUTURA DE RECEITAS E CUSTOS
8. AVALIAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA
9. PLANO DE IMPLANTAÇÃO
10. CONCLUSÕES
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
12. ANEXOS
13. APÊNDICES
108
4.1 - Detalhamento de Cada Capítulo do Projeto
1. INTRODUÇÃO
2. O EMPREENDIMENTO
109
do processo produtivo e da quantidade a ser oferecida fazem
parte de itens mais específicos, adiante mencionados (itens
5.1 e 5.2).
3. A EMPRESA
15
Missão da FOCCA - Faculdade de Olinda.
110
A visão de Futuro define o que a empresa deseja ser num
futuro próximo; exemplo: “Ser o melhor prestador de serviços
da região até 2010”.
111
seja, Junta Comercial. Importante: de acordo com o novo
Código Civil, em vigor desde 11 de janeiro de 2003, um
empreendedor sem sócios, que antes era classificado como
“firma individual”, a partir de agora deve ser considerado como
“autônomo” ou simplesmente “empresário”. Deve-se ressaltar
também que, pela nova legislação, os casados sob regime de
comunhão universal de bens não podem ser sócios entre si.
4. ANÁLISE DO MERCADO
112
4.3 - Clientes Potenciais
113
5. ENGENHARIA DO PRODUTO (OU SERVIÇO)
6. QUADRO DE INVESTIMENTOS
114
operacionais esperados. Nenhum detalhe deverá ser
esquecido, assim como não se deverá relacionar, neste item,
algum valor que, contabilmente, não se enquadre na rubrica
de “investimentos”.
115
A fixação do preço do produto ou do serviço merece
atenção especial pois é um dos primeiros problemas com que
se defronta o empreendedor iniciante que, geralmente, se
pergunta: “Como definir o preço do meu produto (ou serviço)?”
Para contribuir no esclarecimento dessa questão, lembramos
que, via de regra, o preço de um produto ou serviço pode ser
determinado com base em três critérios: pela ótica da
demanda, pela ótica dos custos, e pela observação dos
preços dos concorrentes.
116
ser feita de três formas: fixação de markup, quando se
acrescenta um percentual ao custo de produção do produto
(ou serviço); fixação de margem, quando se estabelece o
preço com base no lucro que se pretende obter a partir do
custo de produção, ou seja: é a diferença entre o preço de
venda e o custo por unidade produzida; e fixação com base
no retorno sobre o investimento, quando se determina o preço
a partir da intensão que se quer ter sobre a quantidade do
produto ou serviço que se espera vender.
117
8. AVALIAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA DO PROJETO
16
É possível calcular o ponto de equilíbrio financeiro para vários produtos. Inicialmente,
encontra-se o índice médio de contribuição (receita de todos os produtos dividido pela
margem de contribuição de todos os produtos). Depois, divide-se o valor do custo fixo
total por aquele valor encontrado. O resultado significa a receita mínima para não se ter
lucro nem prejuízo.
118
temporalidade do empreendimento. O empresário noviço deve
ficar atento a essa advertência.
119
8.4 - Cálculo do Retorno Sobre o Investimento
9. PLANO DE IMPLANTAÇÃO
120
9.1 - Metodologia de Implantação
10. CONCLUSÕES
121
12. ANEXOS
13. APÊNDICES
Capa
Folha de rosto
Apresentação
Sumário
Corpo de capítulos
Referências bibliográficas
Anexos, e
Apêndices.
122
A folha de rosto tem por objetivo reproduzir elementos da
capa, acrescentado outros elementos que transmitem o
aspecto “legal” do projeto. Deve conter: nome da empresa ou
instituição, título do projeto, equipe que elaborou o projeto,
local e data. Em alguns casos, uma folha pode ser inserida
após a folha de rosto, com pensamentos ou citações
especiais.
123
CAPÍTULO 5
LANÇAMENTO E GESTÃO DO PRODUTO OU DO
SERVIÇO
124
5.1.2 - Confecção de Material de Apoio
125
QUADRO XVIII - EVENTOS DE LANÇAMENTO DE PRODUTOS OU
SERVIÇOS
126
para a realização dessa fase fundamental do estabelecimento
do negócio, sob pena de passar uma imagem de despreparo
para o cliente potencial. Finalmente, sempre que possível, e,
mais uma vez, dependendo do porte do empreendimento,
devemos considerar a hipótese de convidar setores da
imprensa para participar de alguns eventos, na tentativa de
conseguir a veiculação de matérias na mídia que acabam por
se transformar em mais uma peça do lançamento.
127
fizerem necessários. Na prática, em tese, corresponde à
criação de uma estrutura organizacional - no caso de
empreendimentos de médio e grande portes -, ou de uma
equipe ou do próprio empreendedor - no caso dos pequenos
negócios, de modo a exercer as seguintes, entre outras
atividades:
128
129
PARTE IV
MODELOS DE PLANO E DE PROJETO DE NEGÓCIOS
Idéia Projeto
Plano de Técnico
Idéia “Vendida
Negócios
”
130
títulos para idéias de negócios, de todos os segmentos
econômicos - indústria, comércio e serviços (Capítulo 1). A
seguir, apresentamos um modelo de plano de negócios para
instalação de uma garagem náutica - marina (Capítulo 2) e,
finalmente, apresentamos um modelo de projeto para o
mesmo tipo de empreendimento (Capítulo 3) para que o futuro
empreendedor possa estabelecer a comparação entre os dois
documentos (o plano de negócios e o projeto técnico).
131
CAPÍTULO 1
SUGESTÕES PARA OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS
132
Venda de velas por quilo
Venda e aluguel de jukebox
Venda e conserto de relógios
Venda peças máquinas de costura
133
Farmácia de manipulação Produção de vídeo publicitário
Fechaduras de segurança Produção intensiva de cordeiros
Flanelas promocionais Produtos de plástico
Material de limpeza profissional Produtos para desenhos e pintura
Matéria-prima para embutidos Produtos para aquário
Matéria-prima para lingerie Sabonetes glicerinados
Grampeadores industriais Saches de parafina perfumada
Indústria de peças em fibra de vidro Serralharia industrial
Industrialização do côco
1.3- Serviços
134
Instalação de geradores Revisão de máquinas condomínios
Instalação de panificadora Serviço de cobrança
Irrigação de jardins Serviço de fotocópias
Lavagem de carpetes e estofados Serviços de manobrista
Comodato de vending machines Serviços de mensagens fonadas
Conserto de jóias Serviços de plissê
Conserto de micros em domicílio Serviços de taquigrafia
Conserto de relógios de ponto Tratamento de peças de alumínio
135
CAPÍTULO 2
MODELO DE PLANO DE NEGÓCIOS
136
137
EXEMPLO DE PLANO DE NEGÓCIOS
EMPREENDIMENTO:
GARAGEM NÁUTICA
“MARINA MAR DOCE LAR”
138
1. O EMPREENDIMENTO
139
1.3 - Negócio, Missão, Visão e Valores
140
localizada no bairro de mesmo nome e Marina de Itamaracá,
localizada no bairro Forte Orange. A garagem náutica,
localizada nas dependências do Iate Clube de Itamaracá, não
chega a ser um concorrente potencial, uma vez que seus
serviços são exclusivamente prestados apenas aos sócios
daquela agremiação.
AMEAÇAS OPORTUNIDADES
141
positivos para o empreendimento. A princípio, podemos
enumerar os seguintes:
142
QUADRO XXI - OBJETIVOS ESTRATÉGICOS
OBJETIVOS ESTRATÉGIAS
1. Erguer “muros de arrimo” para 1. Manter convênio com a
conter o avanço do mar. Capitania dos Portos de
Pernambuco.
143
Observação: Para navegar, o proprietário deverá comunicar
ao funcionário da marina, o seu destino e itinerário, o horário
previsto para retorno, bem como a quantidade de pessoas a
bordo.
3.2 - Público-alvo
4. ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA
144
4.1 - Investimentos
145
exercício, estimado em cerca de 10% dos valores do
resultado de cada ano. Além disso, percebe-se que o fluxo de
caixa líquido no segundo ano de funcionamento do negócio,
estimado em 169 mil reais, já é bastante superior ao valor do
investimento inicial de 144 mil reais. No terceiro ano, o
empreendimento apresenta também um fluxo de caixa
significativo, chegando a ser mais de uma vez e meio o valor
do investimento inicial.
146
O tempo necessário para que haja retorno do capital
investido foi calculado em 20,63 meses, ou seja,
arredondando-se esse número, o valor do investimento inicial
feito no empreendimento estará completamente pago no
período de 21 meses. Por outro lado, a taxa de retorno sobre
o investimento é de 4,84%, o que representa uma taxa
superior aquelas atualmente exercidas pelo mercado
financeiro.
Observação
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
147
considerada a sua capacidade de liquidez, pois, estando
localizado em uma área de alta especulação imobiliária,
permite, pelo menos, o reembolso imediato do valor
correspondente à compra do terreno, que representa 69% do
total do investimento.
148
ANEXO 1
QUADRO XXII - INVESTIMENTO INICIAL
DISCRIMINAÇÃO VALORES EM R$
- Aquisição de terreno 100.000,00
- Registros em cartório e outros órgãos 1.000,00
- Construção de Galpões e dependências 15.000,00
administrativas
- Plano de marketing e inauguração 4.000,00
- Equipamentos especiais 1.500,00
- Cavaletes 1.200,00
- Telefone 100,00
- Computador 2.000,00
- Veículo 10.000,00
- Embarcação reboque 5.000,00
Total do investimento fixo (1) 139.800,00
- Custos fixos 4.182,00
- Custos variáveis 800,00
Total do capital de giro (2) 4.982,00
TOTAL DO INVESTIMENTO INICIAL (1+2) 144.782,00
149
ANEXO 2
DISCRIMINAÇÃO VALORES EM R$
- Funcionários (quatro) 960,00
- Mecânico (um) 400,00
- Encargos sociais 670,00
- Contador 240,00
- Gerente operacional 1.000,00
- Impostos 912,00
Total dos custos fixos 4.182,00
- Energia 300,00
- Água 100,00
- Telefone 100,00
- Material de limpeza 200,00
- Combustível 100,00
Total dos custos variáveis 800,00
CUSTOS TOTAIS (CT) 4.982,00
Observação: O salário de cada funcionário foi fixado com base no salário mínimo
de R$ 240,00, vigentes até abril de 2004.
150
ANEXO 3
Observações:
a) Janeiro de 2005 é a data prevista para implantação do empreendimento.
b) Os valores de todas as rubricas para os anos de 2006 e 2007 foram
acrescidos de 10% sobre os valores de 2005.
c) Os valores dos investimentos foram estimados em 10% do lucro de cada
exercício.
151
ANEXO 4
DISCRIMINAÇÃO VALORES EM R$
1. Receita operacional 12.000,00
2. Custos variáveis 800,00
3. Custos fixos 4.182,00
4. Custo total 4.982,00
5. Lucro líquido (1-4) 7.018,00
6. Margem de contribuição (1-2) 11.200,00
7. Ponto de equilíbrio (3:preço-custo unitário) 35,75
8. Ponto de fechamento (3:preço unitário) 20,91
9. Lucratividade (5:1) 58,48%
10. Total do investimento inicial 144.782,00
11. Tempo em que o projeto se paga (10:5) 20,63
12. Taxa de retorno sobre o investimento (5:10) 4,84%
Observações
1. A receita operacional é o resultado da multiplicação do preço do serviço (R$
200,00) pela capacidade máxima de estacionamento que é de 60
embarcações.
2. O custo unitário é o resultado da divisão do custo total (R$ 4.982,00) pelo
total de garagens (60). Ou seja, R$ 83,33.
3. O custo variável unitário é o resultado da divisão do custo variável total (R$
800,00) pelo total de garagens (60). Ou seja, R$ 13,33.
4. A margem de contribuição por embarcação alugada é de R$ 186,67, ou seja,
é o resultado da diferença entre o preço de aluguel (R$ 200,00) e o custo
variável unitário (R$ 13,33).
5. Naqueles empreendimentos que envolvem um grande número de produtos
(ou itens), recomenda-se substituir o ponto de equilíbrio em quantidades
pelo equilíbrio financeiro, com base em previsões de faturamento e margem
de contribuição total (lucro bruto), conforme exemplo:
- Previsão de faturamento.......................... R$ 160.000,00
- Previsão de margem (30%).......................R$ 48.000,00
- Custos totais (reais) ................................ R$ 24.000,00
- Custos totais sobre margem............... (índice): 0,5
- Faturamento de equilíbrio (0,5X160.000).. R$ 80.000,00
- Margem sobre o faturamento de equilíbrio. R$ 24.000,00 (suficiente apenas
para pagar os custos totais)
152
ANEXO 5
RT = 12.000
CT = 4.982
CF = 4.182
20,91 35,75 60
Fechamento Equilíbrio Capacidade máxima
da garagem
LEGENDAS
CF - Custo Fixo
CT - Custo Total
RT - Receita Total
153
CAPÍTULO 3
MODELO DE PROJETO EMPREENDEDOR
154
Desse modo, trata-se de empreendimentos com público
definido e com possibilidades sociais e econômicas concretas
uma vez que, além do retorno financeiro que pode
proporcionar ao investidor - se devidamente administrado -,
abre oportunidades de emprego e renda para a comunidade
local.
155
EXEMPLO DE PROJETO TÉCNICO
156
1. INTRODUÇÃO
157
Manter, no seu corpo funcional, um percentual nunca
inferior a 60% de mão-de-obra local;
Manter a limpeza da praia correspondente aos
espaços laterais de 500 metros da localização da
marina;
Disponibilizar 10% das vagas da escolinha de windsurf
para filhos de moradores da cidade de Itamaracá;
Disponibilizar 10% das vagas de treinamento e
orientação para obtenção da carteira de navegador
para filhos de pescadores da cidade de Itamaracá.
2. O EMPREENDIMENTO
158
Roteiros dos principais pontos turísticos da localidade
(serviço próprio);
Escola de windsurf (serviço terceirizado);
Treinamento e orientação para obtenção de carteira
de navegador (serviço terceirizado);
Promoção de passeios turísticos em volta da Ilha de
Itamaracá (serviço terceirizado);
Aluguel de embarcações (serviço próprio);
Restaurante e bar (serviço terceirizado).
3. A EMPRESA
159
3.3 - Aspectos Legais
160
Contrato social;
Cópia autenticada do CPF e do RG do proprietário;
Cópia autenticada do comprovante de residência;
Quatro vias de declaração de empresa “autônoma”;
Cópia autenticada da escritura do imóvel;
Cópia do CNPJ;
Duas vias do Documento de Arrecadação de Receitas
Federais (DARF);
Duas capas de Acompanhamento da Junta Comercial
para empresa;
Uma via da Ficha de Autorização Cadastral;
Duas vias do Requerimento de Enquadramento
Simples.
4. ANÁLISE DO MERCADO
161
4.3 - Clientes Potenciais
162
das demais pelas suas praias, quase todas de águas calmas
e cristalinas. Situa-se precisamente a 49 km da capital, cujo
acesso é feito pelas rodovias BR-101 Norte e PE-35. Possui
uma população de 15.858 habitantes (Censo de 2000), dos
quais 81,53% vivem na área urbana. Sua população também
é formada por um número bastante significativo de jovens,
pois 59,88% têm idade entre zero e 29 anos.
163
Pontal do Jaguaribe e para a Praia do Sossego); os mirantes
do Pontal do Jaguaribe e da Vila Velha e o Centro de
Preservação e Manejo de Sirênios (Parque do Peixe Boi
Marinho). São diversas as manifestações culturais populares
do Município. Seu folclore é famoso pelas Cirandas de Lia;
seu artesanato é diversificado, com trabalhos em chifre e
osso, em madeira, em conchas, em resina e em quenga de
côco”.
RISCOS OPORTUNIDADES
164
5. ENGENHARIA DO SERVIÇO
165
6. QUADRO DE INVESTIMENTOS
166
capacidade de pagamento do público que se pretende atingir.
Nesse caso, o preço foi o resultado muito mais da
sensibilidade às reais condições da clientela do que um
cálculo matemático concreto. Trata-se também de um preço
de paridade, pois o seu valor é uma média dos preços
praticados pelo mercado.
167
viabilidade do empreendimento, conforme tabela de
indicadores do Anexo 4 (mesmo anexo do Plano de
Negócios), referentes, portanto, aos resultados operacionais
previstos.
168
8.3 - Cálculo do Retorno Sobre os Serviços
169
9. PLANO DE IMPLANTAÇÃO
Aquisição do terreno;
Contratação com empresa de construção;
Aquisição dos equipamentos necessários;
Recrutamento de funcionários;
Treinamento da equipe.
TEMPO EM MESES
ATIVIDADES
1 2 3 4 5 6
1. Preparação do terreno
2. Edificações
3. Prospecção de clientes
4. Aquisição de equipamentos
5. Recrutamento e treinamento de funcionários
6. Evento de Inauguração
170
10. CONCLUSÕES
171
PALAVRA FINAL
172
comprovante de entrega das 5 (cinco) últimas
declarações do IRPF dos sócios (se os mesmos não
estavam obrigados a apresentação da declaração do
IRPF, deverão apresentar declaração de Isenção com
firma reconhecida);
Verificar as exigências e formalidades do Conselho
Regional específico, quanto à elaboração do Contrato
Social, formação societária e responsabilidades
técnicas, quando se tratar de prestação de serviços
cuja atividade seja regulamentada;
Apresentar contrato social ou estatuto social.
173
INSS, a declaração de firma individual ou o contrato
da empresa, conforme a natureza do negócio.
Também há o pagamento de taxas.
Receita Federal. Nesse órgão o atendimento
geralmente é agendado. Devemos apresentar: ficha
cadastral de pessoa jurídica, recibos de entrega das
declarações de imposto de renda dos últimos cinco
anos e declaração de encerramento de atividades.
Prefeitura Municipal. Essa é a etapa final e a lista de
documentos a serem apresentados varia de acordo
com o município onde a empresa está instalada. Em
geral são os seguintes: cópia da declaração de firma
arquivada na Junta Comercial, cópia de ficha
cadastral de pessoa jurídica chancelada pela Receita
Federal, documento que comprove estar em dia com
o pagamento dos impostos municipais, e
requerimento, em formulário próprio, solicitando a
baixa da empresa.
0-0-0-0-0-0
174
175
REFERÊNCIAS
176
DuBRIN, Andrew J. Princípios de Administração. Rio de
Janeiro: LTC, 1998.
177
MCT - MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Manual
para implantação de incubadoras de empresas. Brasília:
SEPTE, 2002.
178
SIZO, Ruy Luzimar Teixeira. Sobre o ponto de nivelamento.
Rumos. Rio de Janeiro: Edição n. 83, maio/junho de 1990.
179