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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO TECNOLÓGICO – CTC

Amanda Carla da Cunha

Giulia Danielle Giovanni D’Avila

Keila Andrioni

Lara Yamamura Garcia

MEDIDA DE COEFICIENTE DE
ATRITO NOS PISOS CERÂMICOS

Florianópolis, 2017
MEDIDA DE COEFICIENTE DE
ATRITO NOS PISOS CERÂMICOS
Relatório técnico apresentado
como requisito parcial para obtenção
de aprovação na disciplina Técnicas de
Aquisição e Tratamentos de Dados, no
Curso de Engenharia de Materiais, na
Universidade Federal de Santa
Catarina.

Prof. Fernando Cabral

Florianópolis, 2017
RESUMO

Por meio de sucessivos testes foram medidos o coeficiente de atrito e


angulação do piso de três superfícies, sendo essas, dois pisos de cerâmica e a
superfície de uma mesa da sala de aula. Com base nessa experiência, foram
construídos gráficos de controle para cada situação, tornando perceptíveis as medidas
que se apresentam dentro dos limites aceitáveis.

INTRODUÇÃO

Em um sistema onde cada peça exerce uma função, essas, devem atender um
conjunto de solicitações de acordo com suas qualidades. Assim, a escolha correta dos
materiais evita inúmeros infortúnios. Um exemplo claro são os pisos de cerâmica, que
apresentam como uma de suas mais importantes características a qualidade
superficial.

“A Norma 13818/97 no anexo N – Determinação do coeficiente de atrito, define


o método de ensaio e como deve ser a expressão dos resultados. O ensaio do
coeficiente de atrito define o nível de aderência do produto e é realizado apenas para
placas cerâmicas especificadas para aplicação em pisos ou pavimentos. ”

Retirado de http://www.incopisos.com.br/informacoes/especificacoes-tecnicas

É perceptível muitas vezes na construção civil certo descaso, nesse aspecto,


com a escolha dos produtos. Uma vez que a resistência ao escorregamento assegure
o usuário ao caminhar, o coeficiente de atrito deve nortear a seleção desses materiais.

Florianópolis, 2017
ATIVIDADE

Utilizando um fone Androide ou Iphone ou IPAD, use o sitio www.fisica.pro.br/acc


para medir o ângulo de inclinação antes do escorregamento e o coeficiente de atrito
de pisos cerâmicos.

A) Faça um esquema do experimento

Abaixo está representado o esquema do experimento, que mostra a superfície


sendo elevada (pelas mãos de um integrante do grupo), com o corpo de prova (em
cor laranja) ainda no topo, e o fone Androide preso com fita crepe ao lado, antes de
deslizar.

Figura 1- Experimento visto de lado

Fonte: (Do autor, 2017)

Figura 2- Experimento visto de frente

Fonte: (Do autor, 2017)

Faça o diagrama do corpo livre para o corpo de prova

O diagrama de corpo livre é usado para representar as forças que atuam sobre
algum objeto. No caso estudado, como pode-se observar no diagrama abaixo, as
forças que atuam sobre o corpo de prova são: Normal; Atrito e Peso (na representação
o vetor foi decomposto).

Florianópolis, 2017
Figura 3- Diagrama do corpo livre para o corpo de prova

AT P. cos α
x
LEGENDA
P. sen α P N: Força Normal
P: Força Peso
AT: Força Atrito

Fonte: (Do Autor, 2017)

B) Use os corpos de prova de borracha e faça dez medidas nas seguintes


situações:

1. Piso A (mais claro) massa 1.


2. Piso B (mais escuro) massa 1.
3. Piso C (outro piso de sua escolha).

No experimento não foi usado corpo de prova de borracha, e sim de metal.


As 10 medidas com cada piso foram feitas e os valores estão nas tabelas 1, 2 e 3. O
piso C é a superfície da mesa.

Tabela 1- Piso A

Piso A
Limite Limite
Ângulo µ (coeficiente de atrito) Média Desvio Padrão
Superior Inferior
16,5° 0,3
15,5° 0,28
15,7° 0,27
15,5° 0,28
16° 0,29
0,284 0,01019803903 0,291 0,276
16,5° 0,3
15,8° 0,29
15,7° 0,28
15,6° 0,27
15,6° 0,28

Florianópolis, 2017
Tabela 2- Piso B

Piso B
Ângulo µ (coeficiente de Média Desvio Padrão Limite Limite
atrito) Superior Inferior
17,2° 0,31
20,2° 0,36
17,2° 0,32
16,1° 0,29
20,7° 0,37
0,323 0,0283019434 0,343 0,302
16,7° 0,3
18,3° 0,35
17,8° 0,32
15,5° 0,28
18,3° 0,33

Tabela 3- Piso C (Superfície da mesa)

Piso C (Superfície da mesa)


Ângulo µ (coeficiente de Média Desvio Padrão Limite Limite
atrito) Superior Inferior
15,2° 0,27
20,1° 0,37
17,8° 0,31
17,3° 0,31
19,4° 0,36
0,331 0,037 0,357 0,310
20,6° 0,38
16,3° 0,30
20,8° 0,38
16,5° 0,30
18,7° 0,33

C) Calcule a média e o desvio padrão para cada situação. Indique quantos


algarismos significativos tem a medida do coeficiente de atrito.

Os valores de média e desvio padrão de cada caso estão nas tabelas 1, 2 e 3


acima.

Indique quantos algarismos significativos tem a medida do coeficiente de atrito.

“Os algarismos significativos são todos aqueles contados, da esquerda para a


direita, a partir do primeiro algarismo diferente de zero.” (IPEM-SP, 2013), com isso
concluímos que a medida do coeficiente de atrito tem 2 algarismos significativos.
Florianópolis, 2017
D) Defina gráfico de controle (carta de controle). Faça um gráfico de controle
usando uma planilha separadamente para cada uma das 3 situações acima.
Verifique se cada uma das 10 medidas está dentro dos limites aceitáveis. Na
disciplina de Estatística você aprenderá como calcular o limite superior e o
inferior para o valor verdadeiro de uma grandeza. Estes limites, para dez
medidas realizadas sem o conhecimento prévio do desvio padrão, estão
indicados a seguir.

𝑳𝒊𝒎𝒊𝒕𝒆 𝑰𝒏𝒇𝒆𝒓𝒊𝒐𝒓 = 𝒎é𝒅𝒊𝒂 − 𝟐, 𝟐𝟔 × 𝒔 ÷ √𝒏

𝑳𝒊𝒎𝒊𝒕𝒆 𝑺𝒖𝒑𝒆𝒓𝒊𝒐𝒓 = 𝒎é𝒅𝒊𝒂 + 𝟐, 𝟐𝟔 × 𝒔 ÷ √𝒏

Onde s é o desvio padrão das 10 medidas e n é o número de observações (neste


caso, n=10).

Primeiro, precisa-se definir os limites inferior e superior em cada caso:

PISO A

Média: 0,284
S (Desvio Padrão): 0,01019803903
N (Número de observações): 10

𝑳𝒊𝒎𝒊𝒕𝒆 𝑰𝒏𝒇𝒆𝒓𝒊𝒐𝒓 = 𝒎é𝒅𝒊𝒂 − 𝟐, 𝟐𝟔 × 𝒔 ÷ √𝒏

Substituindo os valores na fórmula:

𝐿𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝐼𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 0,284 − 2,26 × 0,01019803903 ÷ √10

𝐿𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝐼𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 0,276

𝑳𝒊𝒎𝒊𝒕𝒆 𝑺𝒖𝒑𝒆𝒓𝒊𝒐𝒓 = 𝒎é𝒅𝒊𝒂 + 𝟐, 𝟐𝟔 × 𝒔 ÷ √𝒏

Substituindo os valores na fórmula:

𝐿𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑆𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 0,284 + 2,26 × 0,01019803903 ÷ √10

𝐿𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑆𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 0,291

PISO B

Florianópolis, 2017
Média: 0,323
S (Desvio Padrão): 0,0283019434
N (Número de observações): 10

𝑳𝒊𝒎𝒊𝒕𝒆 𝑰𝒏𝒇𝒆𝒓𝒊𝒐𝒓 = 𝒎é𝒅𝒊𝒂 − 𝟐, 𝟐𝟔 × 𝒔 ÷ √𝒏

Substituindo os valores na fórmula:

𝐿𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝐼𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 0,323 − 2,26 × 0,0283019434 ÷ √10

𝐿𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝐼𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 0,302

𝑳𝒊𝒎𝒊𝒕𝒆 𝑺𝒖𝒑𝒆𝒓𝒊𝒐𝒓 = 𝒎é𝒅𝒊𝒂 + 𝟐, 𝟐𝟔 × 𝒔 ÷ √𝒏

Substituindo os valores na fórmula:

𝐿𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑆𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 0,323 + 2,26 × 0,0283019434 ÷ √10

𝐿𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑆𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 0,343

PISO C

Média: 0,331
S (Desvio Padrão): 0,037
N (Número de observações): 10

𝑳𝒊𝒎𝒊𝒕𝒆 𝑰𝒏𝒇𝒆𝒓𝒊𝒐𝒓 = 𝒎é𝒅𝒊𝒂 − 𝟐, 𝟐𝟔 × 𝒔 ÷ √𝒏

Substituindo os valores na fórmula:

𝐿𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝐼𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 0,331 − 2,26 × 0,037 ÷ √10

𝐿𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝐼𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 0,310

𝑳𝒊𝒎𝒊𝒕𝒆 𝑺𝒖𝒑𝒆𝒓𝒊𝒐𝒓 = 𝒎é𝒅𝒊𝒂 + 𝟐, 𝟐𝟔 × 𝒔 ÷ √𝒏

Substituindo os valores na fórmula:

𝐿𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑆𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 0,331 + 2,26 × 0,037 ÷ √10

𝐿𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑆𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 0,357

GRÁFICO DE CONTROLE

Gráfico de controle (ou carta de controle), segundo o Portal Action, é uma


representação utilizada para o acompanhamento de um processo. Ele determina
estatisticamente os limites de controle, que é uma faixa entre uma linha superior (limite
superior), e uma linha inferior (limite inferior), além de uma linha intermediária. Abaixo
seguem os gráficos de controle para cada piso.

Florianópolis, 2017
Gráfico de Controle- PISO A
0.305
0.3
0.295
Coeficiente deAtrito (µ)

Limite Inferior
0.29
0.285
Limite Superior
0.28
0.275
Média
0.27
0.265
Variação do
0.26
Coeficiente de Atrito
0.255
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Medidas

Fonte: Do Autor (2017)

Como mostra o gráfico, é perceptível que as medidas 1, 3, 6 e 7 estão fora


dos limites aceitáveis.

Gráfico de Controle- PISO B


0.39
Coeficiente de Atrito (µ)

0.37 Média
0.35
0.33 Limite Superior
0.31
0.29 Limite Inferior

0.27
0.25 Variação do
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Coeficiente de
Atrito
Medidas

Fonte: Do Autor (2017)

Como mostra o gráfico, é perceptível que as medidas 2, 4, 5 e 9 estão fora


dos limites aceitáveis.

Florianópolis, 2017
Gráfico de Controle- PISO C
0.39

0.37
Coeficiente de Atrito (µ)

0.35 Média

0.33
Limite Superior
0.31
Limite Inferior
0.29
Variação do Coeficiente de
0.27
Atrito

0.25
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Medidas

Fonte: Do Autor (2017)

Como mostra o gráfico, é perceptível que as medidas 1, 2,5, 6, 7, 8 e 9 estão


fora dos limites aceitáveis.

Florianópolis, 2017

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