You are on page 1of 75

HOSPITAL CRISTO REDENTOR

RESIDENCIA MÉDICA EM TRAUMATOLOGIA E ORTOPEDIA

TARSAL COALITION
HALLUX VALGUS JUVENIL
HALLUX VARUS
SKEWFOOT (PÉ EM SERPENTINA)
NAVICULAR ACESSÓRIO
R2 César Luis Hinckel
Módulo Traumato Ortopedia Pediátrica
Dr. Alberto Medeiros / Dr. Sérgio Danesi / Dr. Lucas

Porto Alegre, agosto de 2018.


TARSAL COALITION
DEFINIÇÃO

• “ Conexão anormal entre dois ou mais ossos do pé, podendo gerar dor
e limitação do movimento do pé.” *1

• “Conexão fibrosa, cartilaginosa ou óssea entre dois ou mais ossos


resultante de uma falha congênita de diferenciação e segmentação do
mesênquima primitivo.” *2

• Tipos de coalizão:
• fibrosa (sindesmose)
• cartilaginosa (sincondrose)
• óssea (sinostose)

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
DEFINIÇÃO
• Faceta média da talocalcaneana
• Calcaneonavicular (mais comum) articulação

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
EPIDEMIOLOGIA

• Incidência variando de 0,03% a 1%


• Bilateralidade em 50 – 60% dos casos
• Coalizões talonavicular, calcaneocuboidea, naviculocuboidea e
naviculocuneiforme são raras

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
ETILOGIA

⚫ Falha na segmentação normal do tarso fetal

⚫ Alguns casos ocorrência familiar de coalizão tarsal tem sido


relatados (39% dos parentes de 1° grau apresentam algum
tipo de coalizão - herança autossômica dominante com
penetrância quase completa)

⚫ Apesar de a coalizão poder estar presente ao nascimento,


os sintomas tipicamente apresentam-se durante o
desenvolvimento da criança
Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
ETIOLOGIA

⚫ Holl (1880): relação entre coalizão tarsal e pé plano


⚫ Slomann: relação entre pé plano rígido e retração dos
fibulares
⚫ Retropé valgo fixo
⚫ Perda do arco plantar
⚫ Retração dos fibulares

Coalizão CALCANEONAVICULAR: maior mobilidade e menor deformidade

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
ETIOLOGIA

⚫ Coalizões parciais ou cartilaginosas podem ser dolorosas


devido ao stress através da fusão incompleta;
⚫ Contratura dos fibulares: encurtamento adaptativo ou
adquirido da junção miotendínea dos fibulares, sendo
resultado da coalizão;
⚫ A posição relaxada da subtalar é em valgo (menor stress no
ligamento talocalcaneano); os fibulares são estimulados a
everter o retropé, descomprimindo a subtalar e diminuindo
a dor; com o passar do tempo, a posição torna-se fixa;

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA

⚫ Alterações degenerativas nas articulações talonavicular e


subtalar por sobrecarga (diminuição da mobilidade pela
coalizão)

⚫ Fraturas por stress durante a ossificação progressiva

⚫ Instabilidade ligamentar

⚫ Irritação do seio do tarso

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA

⚫ Frequentemente os pacientes são assintomáticos (apenas


25% dos indivíduos são sintomáticos)

⚫ Início da dor coincide com a progressão da fusão da


coalizão
- Calcaneonavicular: entre 8 e 12 anos
- Talocalcaneana: entre 12 e 16 anos

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
APRESENTAÇÃO CLÍNICA

⚫ Manifestações clínicas de um pé plano rígido do


adolescente:
⚫ DOR

⚫ DEFORMIDADE EM VALGO DO RETROPÉ

⚫ RIGIDEZ / RESTRIÇÃO DA SUBTALAR

⚫ ABDUÇÃO DO ANTEPÉ

⚫ AFILAMENTO DOS TENDÕES FIBULARES

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
APRESENTAÇÃO CLÍNICA

⚫ DOR:
⚫ Insidiosa, vaga e contínua
⚫ Região medial do pé (talocalcaneana)
⚫ Região do seio do tarso (calcaneonavicular)
⚫ Agravada pela atividade física
⚫ Melhora com repouso
⚫ Dor à palpação no local da coalizão

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
APRESENTAÇÃO CLÍNICA

⚫ Perda progressiva do arco longitudinal


⚫ Valgismo do retropé
⚫ Entorses de repetição do tornozelo (frouxidão
ligamentar lateral)
⚫ Ausência da inversão
⚫ Redução da mobilidade subtalar, sobretudo na
coalizão talocalcaneana

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
APRESENTAÇÃO CLÍNICA

⚫ Menos comumente, os pacientes com coalizão tarsal


podem apresentar outras deformidades:
⚫ Pé cavovaro

⚫ Pé plano equinovaro

⚫ Hemimelia fibular

⚫ Síndrome de Apert

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
EXAME FÍSICO
EXAME FÍSICO
⚫ Sinal de Osny:
⚫ No tornozelo normal, no espaço inframaleolar medial, há um

espaço que pode facilmente ser ocupado por uma polpa digital;
nos casos de barras talocalcaneanas da faceta média, há
diminuição ou ausência desse espaço devido à formação da
barra, podendo gerar uma protuberância
EXAMES COMPLEMENTARES

⚫ Oblíquas - A
⚫ Axial de Harris (talocalcaneana) - B

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
EXAMES COMPLEMENTARES

⚫ Coalizão calcaneonavicular: sólida conexão óssea entre a


projeção anterior do calcâneo e o navicular ou linha radiolucente
irregular na junção da projeção do calcâneo com o navicular

⚫ Rx em perfil corrobora o diagnóstico: projeção anterior alongada do


calcâneo (sinal do bico de tamanduá)

⚫ Alta incidência de outra coalizão em um pé em que foi identificada


uma coalizão; solicitar TC para descartar coalizões adicionais

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
EXAMES COMPLEMENTARES ⚫ SINAL DO BICO DE TAMANDUÁ

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
EXAMES COMPLEMENTARES

⚫ Coalizão talocalcaneana pode aparecer no axial de Harris como


uma ponte óssea através da faceta média subtalar;

⚫ Estreitamento da articulação e obliquidade da superfície articular da


faceta média subtalar também podem indicar coalizão;

⚫ Sinal do “C” de Lefleur: contorno radiopaco do tálus e calcâneo visto


no Rx em perfil

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
⚫ Sinal do “C” de Lefleur
EXAMES COMPLEMENTARES ⚫ Bico dorsal no talus

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
TOMOGRAFIA

⚫ Melhor exame de imagem para detecção da coalizão


talocalcaneana;

⚫ Um estreitamento da faceta média sugere uma coalizão fibrosa

⚫ Permite também dimensionar a extensão da coalizão: um


envolvimento articular > 50% da faceta posterior apresenta
prognóstico ruim em relação a ganho de ADM após ressecção

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
TOMOGRAFIA
RNM

⚫ Mais acurada que a TC na identificação de


coalizões fibrosas

⚫ Considerada quando há suspeita clínica


de coalizão tarsal, mas a TC não é
diagnóstica

⚫ Raramente necessária
TRATAMENTO CONSERVADOR

⚫ Tentativa inicial, pode auxiliar no alívio da dor


⚫ Mais comum é o uso de órteses rígidas, planas na parte inferior para
diminuir o stress de inversão/ eversão

⚫ Órtese UCBL *1

⚫ Crianças que não responderem ao tratamento com órteses, pode


ser benéfico o uso de uma tala baixa para deambulação por 4 a 6
semanas

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
TRATAMENTO CIRÚRGICO

⚫ Pacientes sintomáticos apesar do tratamento conservador são


candidatos à excisão cirúrgica da coalizão;

⚫ Contraindicação: coalizão extensa (envolvimento da faceta medial e


mais da metade da posterior, p. ex);

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
TRATAMENTO CIRÚRGICO ⚫ RESSECÇÃO CALCANEONAVICULAR

⚫ Excisada através de uma incisão dorsolateral ao seio do tarso (abordagem


de Ollier)

⚫ Deve-se ressecar completamente a coalizão

⚫ Após ressecção, é necessária interposição de algum enxerto (gordura ou


m. extensor curto dos dedos) para prevenir reossificação sintomática

⚫ Imobilização com tala baixa para marcha por 3-4 semanas, seguidas por
exercícios para ganho de ADM da subtalar

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
TRATAMENTO CIRÚRGICO ⚫ RESSECÇÃO CALCANEONAVICULAR

⚫ Excisada através de uma incisão dorsolateral ao seio do tarso (abordagem


de Ollier)

⚫ Deve-se ressecar completamente a coalizão

⚫ Após ressecção, é necessária interposição de algum enxerto (gordura ou


m. extensor curto dos dedos) para prevenir reossificação sintomática

⚫ Imobilização com tala baixa para marcha por 3-4 semanas, seguidas por
exercícios para ganho de ADM da subtalar

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
TRATAMENTO CIRÚRGICO ⚫ TALOCALCANEANA

⚫ Mais complexa que a ressecção calcaneonavicular


⚫ Abordada medialmente através de uma incisão curta, horizontal, do
tendão de aquiles até a talonavicular, logo abaixo do sustentáculo
do tálus (metade medial da incisão de Cincinnati)
⚫ Identifica-se o flexor longo do hálux e flexor longo dos dedos
(geralmente a coalizão localiza-se profundamente ao flexor longo
dos dedos)
⚫ A coalizão é identificada e ressecada até a superfície não-coalizada
ser vista, interpondo-se cera óssea ou tecido gorduroso, ou uma
porção do tendão do f. longo do hálux
Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
TRATAMENTO CIRÚRGICO ⚫ ARTRODESE

⚫ Pode ser necessária artrodese do retropé para aliviar sintomas em


coalizões ou naqueles em que a excisão da coalizão não resultou em
melhora;

⚫ Artrodese subtalar: considerar quando houver envolvimento > 50%


de envolvimento da superfície articular na coalizão talocalcaneana;

⚫ Tríplice artrodese (subtalar, calcaneocuboide e talonavicular):


indicada em coalizões avançadas em que houve falha na ressecção
ou artrose difusa afetando a calcaneocubiodea e talonavicular

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
COMPICAÇÕES

⚫ Ressecção incompleta
⚫ Recorrência da coalizão
⚫ Dor ou rigidez residual

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
HALLUX VALGUS JUVENIL
HALLUX VALGUS JUVENIL
DEFINIÇÃO

• “Desvio lateral do 1° pododáctilo com proeminência medial da cabeça


do primeiro metatarso.”

• Juvenil: 10 aos 19 anos

• Ápice da deformidade é na 1ª articulação MTX-FLG

• Muitas vezes associado a um pé plano

• Mais comumente no sexo feminino.

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
HALLUX VALGUS JUVENIL
EPIDEMIOLOGIA

• Incidência indeterminada / incerta


• 80% em meninas
• Forte herança familiar → Herança materna
• Padrão de herança dominante autossômica ou ligada ao X, com
penetrância muito variável
• Mais aceito → Herança poligênica
• Fatores intrínsecos + Fatores extrínsecos → Uso de calçados (?)
• Raro antes dos 10 anos

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
HALLUX VALGUS JUVENIL
FATORES DE RISCO

• Pé plano → Risco aumentado de apresentação e recorrência


• Comprimento do primeiro metatarso → Muito longo ou curto
• Metatarso primus varo, que é definida como um ângulo
intermetatarsiano entre o primeiro e segundo raios maior do que 10
graus .
• Articulação cuneiforme primeiro metatarso anormal
• Hiperlassidão ligamentar
• Doenças neuromusculares ou do tecido conjuntivo

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
HALLUX VALGUS JUVENIL
FISIOPATOLOGIA

• Desvio lateral (1) e varização (2)


falange proximal hálux sobre
cabeça do 1º MTT
• 2º - Tendão m. adutor hálux
(lateral) (3) não acompanha desvio
medial cabeça
• 3º - Cabeça “desce” (4) do
aparelho gleno-sesamóideo

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
HALLUX VALGUS JUVENIL
FISIOPATOLOGIA

• Conforme aumentam os desvios, ocorre alongamento da cápsula


medial e lig colateral medial (5) – tornando-se insuficientes
• Tendão m. abdutor do hálux assume posição plantar (6)
• Desgaste da crista intersesamóidea – luxação dos sesamóides

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
HALLUX VALGUS JUVENIL
FISIOPATOLOGIA

• Qdo ângulo de valgismo do


hálux é > 35º - tendão m.
abdutor em posição plantar
torna-se potente pronador

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
HALLUX VALGUS JUVENIL
FISIOPATOLOGIA

• Com decorrer doença, ocorre proliferação óssea


• Tecidos moles região medial cabeça e exostose
sofrem processos inflamatórios
• Bursa
• Com o valgismo do hálux, desviam-se
lateralmente o tendão m. extensor e flexor longo
do hálux

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
HALLUX VALGUS JUVENIL
APRESENTAÇÃO CLÍNICA

• Geralmente bilateral → unilateral procurar outras causas


• Maioria assintomáticos.
• A dor, quando presente, geralmente ocorre sobre a proeminência da
cabeça do primeiro metatarso.
• Incongruência articular é rara.
• Restrição de movimento na articulação metatarso falangeana →
Pouco frequente
• A dor pode estar associada com a sobreposição do primeiro sobre o
segundo dedo

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
HALLUX VALGUS JUVENIL
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
HALLUX VALGUS JUVENIL
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
HALLUX VALGUS JUVENIL
APRESENTAÇÃO RADIOLÓGICA

• Análise Radiográfica: Rx AP e lateral com carga

• Ângulo de Valgismo do Hálux


• Entre eixo mecânico 1º MTT e eixo mediodiafisário falange proximal
• NORMAL – ≤ 16º

• Ângulo Intermetatarsal
• Entre eixos do 1º e 2º MTT
• NORMAL – ≤ A 9º
HALLUX VALGUS JUVENIL
APRESENTAÇÃO RADIOLÓGICA

• Ângulo art distal do MTT (AADM)

• Medida da linha que liga os dois pontos da superfície


art. distal do 1º MTT e a perpendicular
ao eixo mediodiafisário
• NORMAL ATÉ 8º

• Ângulo Interfalangiano do Hálux


• Medido entre os eixos mediodiafisários das falanges
prox. e distal hálux
• NORMAL ATÉ 6-8º (hálux valgo interfalangeal)
HALLUX VALGUS JUVENIL
APRESENTAÇÃO RADIOLÓGICA
HALLUX VALGUS JUVENIL
CLASSIFICAÇÃO

• Leve < 25 graus.


• Moderado - entre 25 e 40 graus.
• Grave > 40 graus
HALLUX VALGUS JUVENIL
TRATAMENTO

• A dor é a principal indicação para o tratamento de deformidade hallux


valgus.

• Não há espaço para o tratamento estético

• Talvez exista um papel para o tratamento conservador cedo com talas


noturnas para evitar deformidade progressiva → QUESTIONÁVEL

• O pilar do tratamento conservador é encontrar sapatos que se


ajustem adequadamente.
HALLUX VALGUS JUVENIL
TRATAMENTO
HALLUX VALGUS JUVENIL
TRATAMENTO

• Cirurgia é indicada quando a dor não pode ser aliviada com alteração
dos calçados, e exigir uma mudança significativa na atividades da
criança

• Vários estudos recomendam correção cirúrgica apenas para


adolescentes com dor, deformidade progressiva e após o fechamento
das fises.

• Outros estudos indicam que a cirurgia antes dos 15 anos de idade,


produz os melhores resultados a longo prazo, em especial se for
mantida a mobilidade da art. metatarsofalângica .
HALLUX VALGUS JUVENIL
TRATAMENTO

• Muitas complicações e recorrência.

• Os procedimentos cirúrgicos têm os seguintes componentes:


realinhamento dos tecidos moles, osteotomias (proximal ou distal), e
atenção para o DMAA.

• Realinhamento dos tecidos moles não deve ser realizada de


forma isolada
Realiza-se geralmente uma reconstrução VY medial da cápsula, uma
libertação lateral do tendão do adutor → Procedimento de Mcbride
HALLUX VALGUS JUVENIL
TRATAMENTO

• Osteotomias são fundamentais para o tratamento.

• Podem ser: distais (Chevron ou Mitchell), proximais, ou no cuneiforme


medial.

• A escolha deverá ser realizada através da análise radiológica.


- Fechamento da fise
- Congruência articular
- AADM
- Grau do valgismo
- Ângulo intermetatársico
HALLUX VALGUS JUVENIL
TRATAMENTO
HALLUX VARUS
HALLUX VARUS
DEFINIÇÃO

• “Desvio medial do 1° PD na articulação MTF.”

• Em crianças, a doença pode ser congênita ou adquirida (raro)

• Em adultos geralmente é adquirido como uma complicação da


cirurgia hálux valgo

• Condição rara, com incidência desconhecida.

• Padrão de herança e outras características não são relatados.


Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
HALLUX VARUS
DEFINIÇÃO

• Hálux Varo isolado com primeiro metatarso normal -> Uma banda
fibrosa tensa vai do lado medial do 1°PD até a base do primeiro
metatarso, que leva ao desvio medial do hálux.

• Hallux Varo que ocorre em associação com outras deformidades


congênitas do pé

• Hallux Varo associado a uma displasia esquelética

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
HALLUX VARUS
DEFINIÇÃO

• A forma congênita pode ser dividida de 3 formas:

• Hálux Varo isolado com primeiro metatarso normal -> Uma


banda fibrosa tensa vai do lado medial do 1°PD até a base do
primeiro metatarso, que leva ao desvio medial do hálux.

• Hallux Varo que ocorre em associação com outras


deformidades congênitas do pé

• Hallux Varo associado a uma displasia esquelética


Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
HALLUX VARUS
ETIOLOGIA

• A causa não é conhecida, mas é associada com um primeiro


metatarso curto e arredondado → articulação anormal metatarso-
falângica e desvio medial do dedo

• -> POLIDACTILIA PRÉ AXIAL? / DUPLICAÇÃO DO 1° PD?

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
HALLUX VARUS
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

• A clínica envolve tanto a questão cosmética quanto a impossibilidade


de usar sapatos

• Patologia progressiva

• Tratamento deve ser realizado na infância → Não há espaço para o


tratamento conservador

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
HALLUX VARUS
TRATAMENTOS CIRURGICOS

• Correção da polidactilia se presente;

• Correção e liberação dos tecido moles na parte medial do pé e do


espaço alargado entre o primeiro eo segundo dedo do pé;

• Correção da incongruência articular MTF;

• Correção de deformidades fisárias

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
SKEWFOOT
(PÉ EM SERPENTINA)
SKEWFOOT (PÉ EM SERPENTINA)
DEFINIÇÃO

• “Condição que pode se assemelhar a metatarsus aductus, embora os


elementos do aduto do antepé e do valgo do retropé sejam mais
severos e rígidos.”
• Subluxação lateral do navicular no tálus é uma característica
radiográfica ;
• Pé me forma de “S’ / Pé em forma de “Z” / Pé serpentino
• NÃO há critérios para determinar quanto metatarsus adductus é
necessário para reclassificar pé plano como skewfoot ou quanto valgo
posterior é necessário para reclassificar metatarsus adductus como
skewfoot
Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
SKEWFOOT (PÉ EM SERPENTINA)
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
SKEWFOOT (PÉ EM SERPENTINA)
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
SKEWFOOT (PÉ EM SERPENTINA)
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
NAVICULAR ACESSÓRIO
NAVICULAR ACESSÓRIO
ASPECTOS GERAIS

• CAUSA DE INSUFICIÊNCIA DO TIBIAL POSTERIOR.;


• OSSÍCULO ACESSÓRIO DO PÉ QUE MAIS CAUSA
SINTOMAS.
• OSTEOCONDRITE = KÖHLER.

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
NAVICULAR ACESSÓRIO
CENTROS DE OSSIFICAÇÃO

• SURGIMENTO NAVICULAR:
• MENINAS: 1-3 ANOS
• MENINOS: 3 – 5 ANOS;
• SURGIMENTO NAVICULAR ACESSÓRIO: 8 ANOS.
• FUSÃO: 13 ANOS. EPIDEMIOLOGIA

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
NAVICULAR ACESSÓRIO
EPIDEMIOLOGIA

• PREVALÊNCIA NA POPULAÇÃO EM GERAL: 14 – 26%


• SEXO FEMININO.
• FREQUENTEMENTE BILATERAL.
• TIPO II: MAIS SINTOMÁTICO

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
NAVICULAR ACESSÓRIO
CLASSIFICAÇÃO

• TIPO I - OSSÍCULO DENTRO DA SUBSTÂNCIA DO


TENDÃO TIBIAL POSTERIOR.
• TIPO II - OSSÍCULO DE 8 – 12 mm EXTENDENDO-SE
MEDIAL E PLANTARMENTE DO NAVICULAR.
• CONECTADO AO NAVICULAR POR SINCONDROSE.
• TIPO III - PROEMINÊNCIA ÓSSEA CONECTADA AO
NAVICULAR POR PONTE ÓSSEA
Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
NAVICULAR ACESSÓRIO
CLASSIFICAÇÃO

• TIPO I - OSSÍCULO
DENTRO DA SUBSTÂNCIA
DO TENDÃO TIBIAL
POSTERIOR.

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
NAVICULAR ACESSÓRIO
+ COMUM
CLASSIFICAÇÃO

• TIPO II - OSSÍCULO DE 8 – 12 mm
EXTENDENDO-SE MEDIAL E
PLANTARMENTE DO NAVICULAR.
• CONECTADO AO NAVICULAR POR
SINCONDROSE.

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
NAVICULAR ACESSÓRIO
CLASSIFICAÇÃO

• TIPO III - PROEMINÊNCIA


ÓSSEA CONECTADA AO
NAVICULAR POR PONTE
ÓSSEA

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
NAVICULAR ACESSÓRIO
TRATAMENTO CONSERVADOR

• GERALMENTE MELHORA OS SINTOMAS.


• ÓRTESE DO TIPO UCBL (SUPORTE DO ARCO MEDIAL).

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
NAVICULAR ACESSÓRIO
TRATAMENTO CIRÍURGICO

• PROCEDIMENTO DE KIDNER:
• RESSECÇÃO DO OSSÍCULO E AVANÇO DO TTP PARA
POSIÇÃO MAIS PLANTAR.

Fonte: *1: Tachdjian’s pediatric orthopaedics : from the Texas Scottish Rite Hospital for Children. – 5th edition.
OBRIGADO.

You might also like