You are on page 1of 24

23/02/2018

CCE0330 – Resistência dos Materiais II


Aula 01 – Introdução

CCE0330 – Resistência dos Materiais II - Ementa


• Propriedades geométricas de • Flexão
super1cies planas • Tipos de flexão
• Momento está*co • Distribuição de tensões
• Momento de inércia
• Cisalhamento na flexão
• Torção • Distribuição de tensões
• Momento torsor
• Hipóteses básicas • Colunas
• Estabilidade do equilíbrio
• Determinação de carga crí*ca
23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 2

1
23/02/2018

CCE0330 – Resistência dos Materiais II


• Em Resistência dos Materiais I foram
estudadas as barras sujeitas à tração,
compressão e corte.
• Agora este estudo terá con?nuidade com as
mesmas barras, só que subme?das a outras
situações: torção, flexão simples e flexão
composta.
• Também será estudado o fenômeno da
flambagem, quando as barras, sujeitas a
compressões excessivas, podem entrar em
um processo de instabilidade estrutural.

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 3

CCE0330 – Resistência dos Materiais II


• No processo de projeto de Engenharia Estrutural, um dos maiores desafios
é especificar a geometria adequada para a seção transversal da barra
estudada, sendo ela uma viga, um pilar, uma barra de treliça ou um
componente mecânico de um equipamento.
• Em alguns casos, como nos elementos de aço ou madeira, o úl@mo passo é
especificar a seção transversal adequada para cada barra.
• Nas estruturas de concreto armado e protendido o processo con@nua além
da determinação da seção, pois há a necessidade de se calcular a armação.
• Para que se decida tanto a forma quanto as dimensões adequadas a uma
barra, torna-se necessário conhecer a influência das propriedades
geométricas da seção no seu comportamento.

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 4

2
23/02/2018

CCE0330 – Resistência dos Materiais II


• Caso se chegue à conclusão de que as dimensões inicialmente consideradas para
um elemento não estão adequadas, seja por falta ou por excesso de resistência, o
que fazer?
• Aumentar a altura, a largura, os dois ou alterar a forma?
• Qual a melhor solução considerando resistência, custo e eventualmente até
a esté;ca?
• Para responder a esses ques?onamentos passamos pelo estudo das propriedades
geométricas das áreas, com a determinação das seguintes propriedades de uma
área plana:
• Momento está;co;
• Centro geométrico (centroide);
• Momento de inércia.
23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 5

CCE0330 – Resistência dos Materiais II


Propriedades geométricas de super1cies planas;
- momento está?co (ou de 1ª ordem);
- translação Torção
de eixos para momentos está?cos;
- determinação do baricentro;
- momento torsor
- significado do-momento
hipótesesdo Flexão está?co;
momento
básicas
- momentos de-inércia;
Formula de torção - ?pos
parade flexão;
seções circulares ou tubulares
inércia (ou de 2ª- ordem);
- momento de- Dimensionamento equações
de barrasdesujeitas
equilíbrio entre momentos e cortantes;
a torção
Cisalhamento na flexão
- momento polar de torção- flexão pura reta;
de inércia;
- ângulo
- produto de inércia; - tensões
- distribuição de cisalhamento
de tensões em função da ob?das pela variação de
curvatura;
- Tensões de cisalhamento em regime inelás?co
- translação de eixos para - posição
momentos momento;
damaciças
linha neutra;
de inércia;
- Barras de seção não circular
- fluxo dede cisalhamento;
- rotação dos -eixos dede
Barras paredes- esbeltas
inércia; distribuição tensões em função do momento;
- eixos e momentos principais de- inércia. - distribuição
determinação de tensões
de tensões máximasde ecisalhamento para vigas
mínimas, módulo de com
resistência;seções simples
- material- elasto-plás?co
limitações paraperfeito;
a formulação de cisalhamento
Colunas
- distribuição de tensões de cisalhamento para vigas seções
- momento elás?co máximo;
com seções - estabilidade do equilíbrio
compostas
- momento úl?mo;
- formula de euler para diferentes condições de extremidade
- centro de cisalhamento
- Determinação de carga crí?ca de colunas
23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 6

3
23/02/2018

Material didá+co e Bibliografia


HIBBELER, R. C. Resistência dos materiais. 7. ed. São Paulo: Pearson
Pren9ce Hall, 2010.

BEER, F. P.; JOHNSTON Jr., R. Mecânica dos Materiais. 7. ed. Mc


Graw-Hill, 2015.

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 7

Material de Apoio
BOTELHO, M. H. C. Resistência dos materiais: para entender e gostar.
3. ed. São Paulo: Blucher, 2015.

NASH, W. A. Resistência dos materiais. Coleção Schaum 5. ed. Porto


Alegre: Bookman, 2014.

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 8

4
23/02/2018

O que é resistência dos materiais?


• Determinação dos esforços nos apoios;
• Lei de deformação desta viga;
• Conhecer o material (:po e dimensões):
• Se a estrutura resiste à solicitação;
• Quais as deformações que ocorrerão;

• É o estudo da relação entre as cargas externas que agem sobre um


corpo e a intensidade das cargas internas no interior do corpo.
23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 9

Equilíbrio das estruturas


• Para que uma estrutura esteja em equilíbrio está2co, deve obedecer às seguintes
leis da Está2ca:

∑ "! = 0 ∑ "" = 0
∑ %# = 0 ∑ %$ = 0

Onde:
• !! → força horizontal
• !" → força ver2cal
• ## → momento de torção
• #$ → momento de flexão

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 10

5
23/02/2018

Forças
• Ação e Reação
• Momento de flexão
• Momento de torção

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 11

Exemplo 1
• Determine as reações nos apoios da treliça:

! "$ = 0 *" = 14 -.

! "! = 0 V" + '# − 3 = 0

! /" = 0 4. V# + 14×0,5 − 3×1 = 0

3−7
'# = = −1 -.
4
V" = 3 − −1 = 4 -.

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 12

6
23/02/2018

Exemplo 2
• Determine as cargas internas resultantes que agem na seção
transversal em C da viga:

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 13

Exemplo 2
• Reações de apoios (segmento CB)

! "! = 0 −&" = 0 &" = 0

! "# = 0 '" − 540 = 0 '" = 540 &

! *" = 0 −*" − 540×2 = 0 *" = −1080 &. 0

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 14

7
23/02/2018

Exemplo 3
• Determine as cargas internas resultantes que agem na seção
transversal em C da viga, com as reações de apoio dadas no ponto A,
usando o segmento AC:
! "! = 0 −&" + 1215 − 135 − 540 = 0 &" = 540 -

! ." = 0 ." + 3645 − 1215×3 + 135×2 + 540×1,5 = 0

." = −1080 -. 4

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 15

Tipos de esforços nas estruturas


• Estrutura em equilíbrio;
• Devido aos esforços a6vos e rea6vos;
• Mesmo em equilíbrio, poderá se romper;
• Para chegarmos às tensões de levam, ou
não, ao colapso das estruturas:
• Efeito intermediário dos esforços a6vos e
rea6vos;
• Esforços internos solicitantes;
• Tensão, compressão, cisalhamento e torção.

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 16

8
23/02/2018

Tipos de esforços nas estruturas

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 17

Tipos de esforços nas estruturas

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 18

9
23/02/2018

Tipos de esforços nas estruturas

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 19

Tipos de esforços nas estruturas

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 20

10
23/02/2018

Esforços internos solicitantes


• Forças normais de tração e compressão:

• Força tangencial:

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 21

Esforços internos solicitantes


• Momento fletor: as forças atuam
no plano que contém o eixo de
uma barra que vence um vão
(viga):

• Momento torsor: o momento


está con?do num plano
ortogonal ao eixo da peça. Essa
viga sofre flexão
(desdobramento) e torção. A
viga é torcida:

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 22

11
23/02/2018

Esforços internos solicitantes


• ESI são gerados por esforços externos
a3vos e rea3vos;
• Tensão (pressão) de compressão;
• Tensão (pressão) de tração;
• Tensão (pressão) de cisalhamento;
• Tensão (pressão) de torção;

• Conhecidas as tensões, pode-se usar


”Critérios de Resistência” para es3mar
como a estrutura se comportará.

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 23

Exemplos - esforços solicitantes


• Em cada coluna há forças normais e tensão de compressão:

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 24

12
23/02/2018

Exemplos - esforços solicitantes


• Mulher no trampolim: há momento fletor no trampolim:

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 25

Exemplos - esforços solicitantes


• Bexiga inflada: há forças normais à seção gerando tensões de tração
no material da bexiga:

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 26

13
23/02/2018

Exemplos - esforços solicitantes


• Tubo enterrado, de esgoto, sem pressão interna: há forças normais do
solo a cada ponto do tubo gerando tensões de compressão:

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 27

Exemplos - esforços solicitantes


• Estrutura de madeira: a força F gerará força normal e tangencial e
haverá tensões de compressão e de cisalhamento no trecho AB:

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 28

14
23/02/2018

Exemplos - esforços solicitantes


• Viga de ponte rolante: haverá momentos fletores internos na viga:

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 29

Exemplos - esforços solicitantes


• O liquidificador: o eixo girando cria torção nele próprio. A torção será
maior se houver mais material a ser misturado:

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 30

15
23/02/2018

Exemplos - esforços solicitantes


• Parafuso na madeira: o movimento de giro do parafuso é dificultado
pela coesão da madeira, gerando um esforço de cisalhamento no
parafuso. Como o parafuso normalmente é metálico, ”não dá pra
sen?r o cisalhamento”. Se usássemos parafuso de plás?co,
visivelmente ele sofreria o desgaste do cisalhamento.

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 31

Exemplos - esforços solicitantes


• Mola helicoidal: a força F é tangencial ao plano da seção normal da
mola. Essa força causa torção na mola devido ao braço de alavanca e
a força F.

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 32

16
23/02/2018

Exemplos - esforços solicitantes


• Deslizamento de terreno: a cunha indicada no terreno só ficará estável se a
coesão interna do terreno resis8r à tensão de cisalhamento. Terrenos argilosos
têm razoável coesão interna. Terrenos algo arenosos têm menos coesão interna.
Há necessidade de uma parede de contenção.

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 33

Tensões
• Imagine que temos que suspender
uma peça industrial de 7,55 6 por
um cabo de aço, cuja resistência
média de ruptura à tração é de
1.490 kgf/cm2. Verificar a espessura
necessária do cabo:

#
!=
$

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 34

17
23/02/2018

Tensões
• Vamos verificar a espessura
necessária do cabo:
• Cabo 1”: Área = 5,06 cm2
• Com o tempo, o cabo pode perder !$%# %
resistência; !!"# = !$%# = # .
# &
• Em alguns casos a resistência média do
cabo pode variar de lote para lote e # .%
talvez tenhamos o azar de ter em !$%# = #. !!"#
&=
estoque um mau lote; !$%#
• A carga a suspender pode ser algo maior
que F = 7.550 kgf (erro de uso).
• fator de segurança: k=1,5
• !!"# = 1.490 ()*
Logo, escolheremos uma bitola de cabo de 7,60 cm2.

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 35

Tensão admissível
!$%#
!!"# =
#

1490
!!"# =
1,5

!!"# = 993 #+,/./&

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 36

18
23/02/2018

Deformações
• A ação de qualquer força sobre um corpo altera a sua forma, isto é,
provoca uma deformação.

• Com o aumento da intensidade da força, há um aumento da deformação.

• Existem dois ?pos de deformação:


• Deformação Elás?ca
• Deformação Plás?ca

• O ponto que separa os dois /pos de deformações é o limite de


escoamento

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 37

Deformação elás.ca vs. Deformação plás.ca


• Deformação transitória, ou • Deformação permanente, ou
seja, o corpo retomará suas seja, o corpo não retornará para
dimensões iniciais quando a suas dimensões iniciais depois
força for removida. de cessado o esforço aplicado.

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 38

19
23/02/2018

Deformação unitária ou específica (Axial)


• Deformação especifica (!) é a relação entre o alongamento total (∆#
ou $ ) e o comprimento inicial (#! ).

# ∆# $( − $%
!= %& ! = &' !=
$% #! $%
))⁄
• Onde: ))
• ! → deformação específica ou unitária
• # $% ∆' → alongamento total
• '! → comprimento inicial

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 39

Tensão – deformação
• O ensaio de tração consiste em aplicar
num corpo de prova uma força axial
com o obje8vo de deformá-lo até que se
produza sua ruptura.

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 40

20
23/02/2018

Curva Tensão vs. Deformação


• Tensão Limite de Proporcionalidade (!! )
• Abaixo deste ponto, a tensão é proporcional à
deformação específica (ε), portanto a Lei de Hooke,
que estabelece que a tensão é proporcional à
deformação, vale somente até este ponto.
• Tensão Limite de escoamento (!" )
• Caracteriza o ponto de escoamento, ou seja, a
perda da propriedade elás;ca do material.
• Nos aços de médio e baixo teor de carbono,
ocorre um visível alongamento do corpo-de-
prova pra;camente sem aumento da tensão.
• Tensão Limite de Resistencia (!# )
• É a maior tensão que o corpo-de-prova pode
suportar antes de se romper.
• Conceitualmente pode-se admi;r que:
(!! = !" )
23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 41

Relações entre Tensão e deformação


• MÓDULO DE ELASTICIDADE: A Lei de Hooke (Robert Hooke 1678)
estabelece que até a tensão limite de proporcionalidade (!! ), ou seja
até o ponto P do Diagrama Tensão-Deformação, a tensão em um
material é proporcional à deformação nele produzida.
• Devido a esta condição de proporcionalidade pode se escrever que:
#
! = $ ∴ & = !. ( (Mpa)
• Onde:
• & →Tensão de tração
• ( →deformação específica
• ! →Módulo de elasWcidades (Módulo de Young) (Mpa)

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 42

21
23/02/2018

Relações entre Tensão e deformação


• MÓDULO DE ELASTICIDADE TRANSVERSAL: Através de ensaios com
corpos de prova submeBdos a cisalhamento puro por torção, pode-se
escrever que:
! = #. % (MPa)
• onde:
• ! → Tensão de cisalhamento por torção (MPa)
• # → Deformação angular ou distorção que é a alteração sofrida em um ângulo
reto de um elemento (rad)
• $ → Módulo de elasBcidade ao cisalhamento ou módulo de elasBcidade
transversal (MPa)

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 43

Relações entre Tensão e deformação


• COEFICIENTE DE POISON: As experiências demonstram que um
material, quando submeAdo à tração, sofre além da deformação axial
(alongamento), uma deformação transversal (afinamento).
• Poisson demonstrou que estas duas deformações eram proporcionais
uma em relação à outra, dentro dos limites da Lei de Hooke (até o
ponto P do Diagrama Tensão-Deformação).
!"#$%&'çã$ *%'+,-"%,'. 1!
−" = → −" = (adimensional)
!"#$%&'çã$ '/0'. 1"
• Onde:
• 2 → Coeficiente de Poison

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 44

22
23/02/2018

Relações entre Tensão e deformação


• As três constantes se relacionam através da expressão:
! = #. %. (' + )) (Mpa)

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 45

Relações entre Tensão e deformação


• Entre os materiais do gráfico:
• Todos possuem o mesmo módulo
de elas-cidades;
• Grande variação na resistência ao
escoamento, limite de resistência
e deformação específica final;
• A capacidade de carga é
diferente;
• A rigidez é a mesma (dentro da
região linear);
23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 46

23
23/02/2018

23 February 2018 CCE0330- Resistência dos Materiais II 47

24

You might also like