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O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1) Estrutura e Funcionamento

O mercado de capitais é o conjunto de mercados, instituições e ativos


ativos Bens e direitos possuídos por uma empresa ou fundo de
investimento. Para fundos de investimento, representa todos os títulos
(títulos públicos, títulos privados, ações, commodities, cotas de fundo de
investimento, etc.) que compõe a carteira carteira É uma cesta de ativos
quaisquer dentro de uma mesma estrutura. Esta estrutura pode ser um
fundo, o seu patrimônio pessoal ou mesmo a tesouraria de um banco. do
fundo ativos Bens e direitos possuídos por uma empresa ou fundo de
investimento. Para fundos de investimento, representa todos os títulos
(títulos públicos, títulos privados, ações, commodities, cotas de fundo de
investimento, etc.) que compõe a carteira do fundoque viabiliza a
transferência de recursos financeiros entre tomadores (companhias abertas)
e aplicadores (investidores) destes recursos. Essa transferência ocorre por
meio de operações financeiras que podem se dar diretamente entre
companhias e investidores ou através de intermediários financeiros. As
operações que ocorrem no mercado de capitais, bem como seus
participantes são regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

As companhias abertas necessitam de recursos financeiros para realizar


investimentos produtivos, tais como: construção de novas plantas
industriais, inovação tecnológica, expansão da capacidade, aquisição de
outras empresas ou mesmo o alongamento do prazo de suas dívidas. Os
investidores, por outro lado, possuem recursos financeiros excedentes, que
precisam ser aplicados de maneira rentável e valorizar-se ao longo do
tempo, contribuindo para o aumento de capital do investidor.

Existem companhias de diferentes portes, com necessidades financeiras


variadas. Ao mesmo tempo, investidores podem aplicar com o objetivo de
obterem retorno financeiro no curto, médio ou longo prazo, e com
diferentes níveis de risco.

Para compatibilizar os diversos interesses entre companhias e investidores,


estes recorrem aos intermediários financeiros, que cumprem a função de
reunir investidores e companhias, propiciando a alocação eficiente dos
recursos financeiros na economia. O papel dos intermediários financeiros é
harmonizar as necessidades dos investidores com as das companhias
abertas. Por exemplo, uma companhia que necessita captar recursos para
investimentos, se desejar fazê-lo através do mercado de capitais, deve
procurar os intermediários financeiros, que irão distribuir seus títulos para
serem oferecidos a diversos investidores, possibilitando mobilizar o
montante de recursos requerido pela companhia.

E como isso acontece? Primeiro, um intermediário financeiro irá orientar a


companhia sobre a melhor alternativa de financiamento, isto é, alternativas
para que a companhia possa se financiar mediante recursos financeiros de
terceiros. Caso a companhia decida pelo mercado de capitais, vários
procedimentos jurídicos e administrativos para a abertura do capital serão
necessários. O primeiro passo para isso é o registro de companhia aberta
junto à CVM. O intermediário financeiro irá pedir o registro em nome da
companhia apresentando uma série de documentos que são especificados
pela CVM, entre eles os principais atos societários, as últimas
demonstrações financeiras, parecer de auditor independente, entre outros.

Uma vez obtido o registro de companhia aberta junto à CVM, a empresa


pode, por exemplo, emitir títulos representativos de seu capital, as ações,
ou representativos de empréstimos tomados via mercado de capitais, como
debêntures e notas comerciais ("commercial papers").

Outros intermediários financeiros, por sua vez, irão oferecer aos


investidores, os valores mobiliários emitidos pela companhia aberta. Em
geral, os intermediários financeiros se associam, em consórcios, num
esforço para vender todos os títulos ou valores mobiliários emitidos pela
companhia. A colocação inicial desses títulos ou valores mobiliários se dá
no chamado mercado primário, onde as ações e/ou debêntures, por
exemplo, são vendidas pela primeira vez e os recursos financeiros obtidos
são direcionados para a respectiva companhia.

Finalizada essa primeira etapa, os investidores que adquiriram esses títulos


e valores mobiliários podem revendê-los no chamado mercado secundário,
onde ocorre a sua negociação entre os investidores.

Os investidores podem negociar diretamente entre si para comprar e vender


ações e outros títulos e valores mobiliários. Contudo, na maioria dos casos,
essa não é a forma mais eficiente porque implica em altos custos de
transação: como encontrar outro investidor interessado numa determinada
ação? Como saber qual é o preço justo da ação num determinado
momento? Como garantir que outro investidor irá pagar pelas ações ou
entregar aquelas que foram negociadas?

Para facilitar a negociação desses títulos no mercado secundário, foram


criadas instituições que têm por objetivo administrar sistemas
centralizados, regulados e seguros para a negociação desses títulos. A
função básica dessas instituições é proporcionar liquidez liquidez Maior ou
menor facilidade de se negociar um título, convertendo-o em dinheiro.aos
valores de emissão de companhias abertas, ou seja, possibilitar ao
investidor que adquiriu esses títulos vendê-los de forma eficiente e segura.
São exemplos destas instituições as bolsas de valores e as entidades
administradoras do mercado de balcão organizado. mercado de balcão
organizado Ambiente de negociação administrado por instituições auto-
reguladoras, autorizadas e supervisionadas pela CVM, que mantêm sistema
de negociação (eletrônicos ou não) e regras adequadas à realização de
operações de compra e venda de títulos e valores mobiliários, bem como à
divulgação das mesmas.

A atuação nas bolsas de valores e nos mercados de balcão, organizado e


não organizado, é restrita aos integrantes do sistema de distribuição de
valores mobiliários, dentre estes as instituições financeiras e sociedades
corretoras e distribuidoras devidamente autorizadas a funcionar pela CVM
e pelo Banco Central do Brasil, que atuam em nome de seus clientes, os
investidores, comprando e vendendo ações, debêntures e outros títulos e
valores mobiliários emitidos pelas companhias abertas.

As bolsas de valores e as entidades do mercado de balcão organizado têm o


status de auto-reguladores, pois são responsáveis por estabelecer diversas
regras relativas ao funcionamento dos mercados por elas administrados e à
atuação dos intermediários que neles atuam. Ao mesmo tempo, as bolsas de
valores e os mercados de balcão organizado são supervisionados pela
CVM.

Compreenda as terminologias usadas no Sistema Financeiro

O Sistema Financeiro Brasileiro pode ser entendido como o conjunto de


instrumentos, mecanismos e instituições que asseguram a canalização da
poupança para o investimento, ou seja, dos setores que possuem recursos
financeiros superavitários para os desejam ou necessitam de recursos
(deficitários). O Sistema Financeiro Brasileiro é segmentado em quatro
grandes "mercados", que são:
• Mercado monetário: é o mercado onde se concentram as operações
para controle da oferta de moeda e das taxas de juros de curto prazo
com vistas a garantir a liquidez da economia. O Banco Central do
Brasil atua neste mercado praticando a chamada Política Monetária.
• Mercado de crédito: atuam neste mercado diversas instituições
financeiras e não financeiras prestando serviços de intermediação de
recursos de curto e médio prazo para agentes deficitários que
necessitam de recursos para consumo ou capital de giro. O Banco
Central do Brasil é o principal órgão responsável pelo controle,
normatização e fiscalização deste mercado.
• Mercado de capitais: tem como objetivo canalizar recursos de
médio e longo prazo para agentes deficitários, através das operações
de compra e de venda de títulos e valores mobiliários, efetuadas
entre empresas, investidores e intermediários. A Comissão de
Valores Mobiliários é o principal órgão responsável pelo controle,
normatização e fiscalização deste mercado.
• Mercado de câmbio: mercado onde são negociadas as trocas de
moedas estrangeiras por reais. O Banco Central do Brasil é o
responsável pela administração, fiscalização e controle das operações
de câmbio e da taxa de câmbio atuando através de sua Política
Cambial.

• Curto Prazo: Mercado Monetário, Mercado Monetário Onde são


realizadas as operações de curto e curtíssimo prazos a fim de que os
agentes econômicos e os próprios intermediários financeiros suprem
suas necessidades momentâneas de caixa. A liquidez desse mercado
é regulada por operações abertas, realizadas pelo Banco Central, via
colocação, recompra e resgate de títulos da dívida pública. Compõe o
conjunto de instrumentos utilizados na execução da Política
Monetária. Crédito e Câmbio
• Médio e Longo Prazo: Mercado de Capitais
• Mercado primário: As empresas ou o governo emitem títulos e
valores mobiliários para captar novos recursos diretamente de
investidores.
• Mercado secundário: é composto por títulos e valores mobiliários
previamente adquiridos no mercado primário, ocorrendo apenas a
troca de titularidade, isto é, a compra e venda. Não envolve mais o
emissor e nem a entrada de novos recursos de capital para quem o
emitiu. Seu objetivo é gerar negócios, isto é, dar liquidez aos títulos.

• Distribuição primária: corresponde à distribuição de novas ações,


sendo os recursos captados destinados a aumento de capital da
companhia emissora.
• Distribuição secundária: corresponde à distribuição de ações já
emitidas e os recursos captados se destinam aos acionistas
vendedores, que podem ser investidores estratégicos tais como os
Fundos de "Private Equity" (Fundo de Investimento em
Participações).

• Mercado de bolsa: as negociações são abertas e realizadas por


sistema de leilão, ou seja, a venda acontece para quem oferece
melhor lance. A arrematação e/ou a negociação é feita por pregão
pregão Modalidade de leilão, em que se negociam, verbalmente ou
por meios eletrônicos, preços e quantidades dos ativos negociados.de
viva-voz ou com auxílio de sistema informatizado.
• Mercado de balcão: a negociação ocorre diretamente entre a
instituição financeira e outra instituição financeira ou não
financeiras. Os valores são negociados apenas entre as partes
envolvidas.

2) Entidades Supervisoras

Banco Central do Brasil

O Banco Central do Brasil foi criado em 1964 com a promulgação da Lei


da Reforma Bancária (Lei nº 4.595 de 31.12.64).

Antes da sua criação, as suas funções eram realizadas pela


Superintendência da Moeda e do Crédito - SUMOC, pelo Banco do Brasil -
BB e pelo Tesouro Nacional.

Sua sede é em Brasília e possui representações regionais em Belém, Belo


Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.
É uma autarquia federal que tem como principal missão institucional
assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda nacional e da
solidez do SFN.

É o "banco dos bancos".

A partir da Constituição de 1988, o BC passou a ter o exercício exclusivo


para emissão de moeda. O presidente do BC e os seus diretores são
nomeados pelo Presidente da República após a aprovação prévia do Senado
Federal, que é feita por uma argüição pública e posterior votação secreta.

É da competência do BC:

• Assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda nacional e da


solidez do Sistema Financeiro Nacional;
• Formular a política monetária mediante utilização de títulos do
Tesouro Nacional;
• Fixar a taxa de referência para as operações compromissadas
operações compromissadas São operações em que um título é
vendido e após período pré-determinado há compromisso do
vendedor em recomprá-lo por valor acordado na ocasião da venda de
um dia, conhecida como taxa SELIC;
• Controlar as operações de crédito das instituições que compõe o
Sistema Financeiro Nacional;
• Formular, executar e acompanhar a política cambial e de relações
financeiras com o exterior;
• Fiscalizar os bancos comerciais;
• Emitir papel-moeda;
• Executar os serviços do meio circulante para atender a demanda de
dinheiro necessário às atividades econômicas;
• Adequar o volume dos meios de pagamento à real capacidade da
economia;
• Manter o nível de preços (inflação) sobre controle;
• Manter sobre controle a expansão da moeda e do crédito e a taxa de
juros;
• Operar no mercado aberto, de recolhimento compulsório e de
redesconto;
• Executar o sistema de metas para a inflação;
• Divulgar as decisões do Conselho Monetário Nacional;
• Manter ativos ativos Bens e direitos possuídos por uma empresa ou
fundo de investimento. Para fundos de investimento, representa
todos os títulos (títulos públicos, títulos privados, ações,
commodities, cotas de fundo de investimento, etc.) que compõe a
carteira carteira É uma cesta de ativos quaisquer dentro de uma
mesma estrutura. Esta estrutura pode ser um fundo, o seu patrimônio
pessoal ou mesmo a tesouraria de um banco. do fundo ativos Bens e
direitos possuídos por uma empresa ou fundo de investimento. Para
fundos de investimento, representa todos os títulos (títulos públicos,
títulos privados, ações, commodities, cotas de fundo de investimento,
etc.) que compõe a carteira do fundode ouro e de moedas
estrangeiras para atuação nos mercados de câmbio, objetivando a
manutenção da paridade da moeda nacional;
• Regular o mercado de câmbio;
• Administrar as reservas internacionais brasileiras;
• Zelar pela liquidez liquidez Maior ou menor facilidade de se
negociar um título, convertendo-o em dinheiro.e solvência das
instituições financeiras nacionais;
• ]Conceder autorização para o funcionamento das instituições
financeiras;
• Manter e movimentar a chamada Conta Única do Tesouro Nacional,
onde são contabilizadas as disponibilidades de caixa da União;
• Regular, autorizar e fiscalizar as atividades das administradoras de
consórcios para aquisições de bens;
• Normatizar, autorizar e fiscalizar as sociedades de crédito imobiliário
e as associações de poupança e empréstimos;
• Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e
outros papéis.

Para mais informações veja no site do Banco Central.

CVM - Comissão de Valores Mobiliários


A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada em 07 de dezembro
de 1976 pela Lei nº 6.385 para fiscalizar e desenvolver o mercado de
valores mobiliários no Brasil.

Até o ano de 1976 não havia uma entidade que absorvesse a regulação e a
fiscalização do mercado de capitais, principalmente nos temas relativos às
sociedades de capital aberto. Por isso, a Lei nº 6.385 ficou sendo conhecida
como a Lei da CVM.

A Comissão de Valores Mobiliários é uma autarquia federal vinculada ao


Ministério da Fazenda, porém sem subordinação hierárquica.

Com o objetivo de reforçar sua autonomia e seu poder fiscalizador, o


governo federal editou, em 31.10.01, a Medida Provisória nº 8 (convertida
na Lei nº 10.411 de 26.02.02) pela qual a CVM passa a ser uma "entidade
autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério da Fazenda, com
personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de autoridade
administrativa independente, ausência de subordinação hierárquica,
mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, e autonomia financeira e
orçamentária" (art. 5º).

É administrada por um Presidente e quatro Diretores, nomeados pelo


Presidente da República e aprovados pelo Senado Federal. Eles formam o
chamado "colegiado" da CVM. Seus integrantes têm mandato de 5 anos e
só perdem seus mandatos "em virtude de renúncia, de condenação judicial
transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar" (art. 6º §
2º).

O Colegiado define as políticas e estabelece as práticas a serem


implantadas e desenvolvidas pelas Superintendências, as instâncias
executivas da CVM.

Sua sede é localizada na cidade do Rio de Janeiro, com Superintendências


Regionais nas cidades de São Paulo e Brasília.

A CVM tem as seguintes atribuições:

• Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores


mobiliários;
• Promover a expansão e o funcionamento correto, eficiente e regular
do mercado de ações, além de estimular as aplicações permanentes
em ações do capital social de companhias abertas;
• Assegurar e fiscalizar o funcionamento eficiente das bolsas de
valores, do mercado de balcão e das bolsas de Mercadorias e
Futuros;
• Proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do
mercado contra emissões irregulares de valores mobiliários e contra
atos ilegais de administradores e de companhias abertas ou de
carteira de valores mobiliários;
• Evitar ou coibir modalidades de fraude ou de manipulação
manipulação Que é a compra ou venda de ativos em mercado com a
finalidade de criar falsa aparência de negociação ativa e, assim,
influenciar a ação dos demais investidores.que criem condições
artificiais de demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários
negociados no mercado;
• Assegurar o acesso do público a informações sobre os valores
mobiliários negociados e sobre as companhias que os tenham
emitido;
• Assegurar o cumprimento de práticas comerciais eqüitativas no
mercado de valores mobiliários;
• Responsável por fazer cumprir a Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de
1976 (Lei da Sociedade por Ações), em relação aos participantes do
mercado de valores mobiliários;
• Realizar atividades de credenciamento e fiscalização de auditores
independentes, administradores de carteiras de valores mobiliário,
agentes autônomos, entre outros;
• Fiscaliza e inspeciona as companhias abertas e os fundos de
investimento;
• Apura, mediante inquérito administrativo, atos legais e práticas não-
eqüitativas de administradores de companhias abertas e de quaisquer
participantes do mercado de valores mobiliários, aplicando as
penalidades previstas em lei;
• Fiscaliza e disciplina as atividades dos auditores independentes;
consultores e analistas de valores mobiliários.

No site da CVM pode-se obter mais informações.

SUSEP - Superintendência de Seguros Privados

Criada em 1996 no Decreto-Lei nº 73/66 que também institui o Sistema


Nacional de Seguros Privados e que fazem parte o CNSP [1.6.9] e o IRB
[1.6.10].
É uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda administrada por um
Conselho Diretor, composto pelo Superintendente e por quatro Diretores.
Também integram o Colegiado, sem direito a voto, o Secretário-Geral e
Procurador-Geral.

As atribuições da SUSEP são:

• Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das


Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência
Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de executora da
política traçada pelo CNSP;
• Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se
efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta,
de capitalização e resseguro;
• Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados
supervisionados;
• Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos
operacionais a eles vinculados, com vistas à maior eficiência do
Sistema Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de
Capitalização;
• Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição,
assegurando sua expansão e o funcionamento das entidades que neles
operem;
• Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o
mercado;
• Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em
especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas;
• Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as
atividades que por este forem delegadas;
• Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP.

Para mais informações no site da SUSEP: http://www.susep.gov.br/

IRB-Brasil RE

Criado em 1939 para fortalecer o desenvolvimento do mercado segurador


nacional. Uma das novidades foi a criação do mercado de resseguros
brasileiros que possibilitou o aumento da capacidade seguradora das
sociedades nacionais, pela retenção de maior volume de negócios. Hoje é
chamado IRB- Brasil Re.
É uma sociedade de economia mista com controle acionário da União,
vinculada ao Ministério da Fazenda.

Sua sede é localizada na cidade do Rio de Janeiro, com filiais em Brasília,


Porto Alegre, São Paulo, Nova York e Londres.

O Conselho de Administração é composto de 06 (seis) membros, eleitos


pela Assembléia Geral e por ela destituíveis a qualquer tempo, sendo:

I - três membros indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda, dentre


eles:
a) o Presidente do Conselho;
b) o Presidente da Sociedade, que será o Vice-Presidente do Conselho;
II - um membro indicado pelo Ministro de Estado do Planejamento,
Orçamento e Gestão;
III - um membro indicado pelos acionistas detentores de ações
preferenciais;
IV - um membro indicado pelos acionistas minoritários, detentores de
ações ordinárias.

Resseguro é, em resumo, o seguro do seguro. O resseguro é um tipo de


pulverização em que o segurador transfere a outrem, total ou parcialmente,
o risco assumido. Quando uma companhia assume um contrato de seguro
superior à sua capacidade financeira, ela repassa esse risco, ou parte dele, a
uma resseguradora.
No site do IRB-Brasil RE tem mais informações sobre o assunto.

3) Órgãos Normativos

Conselho Monetário Nacional - CMN

Foi criado pela Lei da Reforma do Sistema Financeiro Nacional (Lei nº


4.595/64) junto com o Banco Central do Brasil (BACEN). Até 1964 a
fixação das diretrizes das políticas monetária e fiscal eram atribuições da
Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), do Banco Brasil, e o
Tesouro Nacional.

È o órgão de cúpula do Sistema Financeiro Nacional O CMN não


desempenha função executiva, apenas tem funções normativas. Hoje em
dia o CMN é composta por três membros:

• Ministro da Fazenda (Presidente);


• Ministro do Planejamento Orçamento e Gestão; e
• Presidente do Banco Central.
Trabalhando em conjunto com CMN funciona a Comissão Técnica da
Moeda e do Crédito (Comoc) que tem como atribuições o assessoramento
técnico na formulação da política da moeda e do crédito do País.

As matérias aprovadas são regulamentadas por meio de Resoluções,


normativo de caráter público, sempre divulgado no Diário Oficial da União
e na página de normativos do Banco Central do Brasil.

É da sua competência:

• Responsável por formular a política da moeda e do crédito,


objetivando a estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico
e social do País;
• Responsável por zelar pela liquidez liquidez Maior ou menor
facilidade de se negociar um título, convertendo-o em dinheiro.e pela
solvência de todas as instituições financeiras brasileiras
• Responsável por estabelece a meta para a inflação;
• Responsável pela aprovação dos orçamentos monetários preparados
pelo Banco Central do Brasil;
• Responsável pela autorização de emissões de papel-moeda;

Todas competências do CMN de acordo a Lei nº 4.595/64 e suas devidas


atualizações.

Mais sobre o CMN na página do Banco Central.

E também http://www.fazenda.gov.br/ - CMN

Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP


Foi criado em 1966 pelo Decreto-Lei nº 73 [1.6.42] que também instituiu o
Sistema Nacional de Seguros Privado em substituição ao Departamento
Nacional de Seguros Privados e Capitalização que havia sido criado em
1934.

É composto por:

• Ministro da Fazenda (Presidente)


• Representante do Ministério da Justiça
• Representante do Ministério da Previdência Social
• Superintendente da Superintendência de Seguros Privados
• Representante do Banco Central do Brasil
• Representante da Comissão de Valores Mobiliários

O CNSP desempenha as seguintes funções:


• Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização
dos que exercem atividades subordinadas ao Conselho, bem como a
aplicação das penalidades previstas.
• Fixar as características gerais dos contratos de seguro, previdência
privada aberta, capitalização e resseguro.
• Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro.
• Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras,
de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e
Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das
respectivas operações e disciplinar a corretagem de seguros e a
profissão de corretor.

4) Bancos Públicos Operadores de Políticas Governamentais

Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES

Criado no ano de 1952 como autarquia federal, hoje é uma empresa pública
vinculada ao Ministério de Planejamento com personalidade jurídica de
direito privado e patrimônio próprio. É responsável pela política de
investimento política de investimento Relação de ativos que podem ser
negociados e operações que podem ser realizadas pelo gestor do fundo.
Indica também se o gestor do fundo visa ultrapassar ou reproduzir um
determinado índicea longo prazo do Governo Federal, necessários ao
fortalecimento da empresa privada nacional.

Com o objetivo de fortalecer a estrutura de capital das empresas privadas e


desenvolvimento do mercado de capitais, o BNDES conta com linhas de
apoio para financiamentos de longo prazo a custos competitivos, para o
desenvolvimento de projetos de investimentos e para a comercialização de
máquinas e equipamentos novos, fabricados no país, bem como para o
incremento das exportações brasileiras.

Os financiamentos são feitos com recursos próprios, empréstimos e


doações de entidades nacionais e estrangeiras e de organismos
internacionais, como o BID. Também recebe do PIS e PASEP.

Conta com duas subsidiárias integrais, a FINAME (Agência Especial de


Financiamento Industrial) e a BNDESPAR (BNDES Participações), criadas
com o objetivo, respectivamente, de financiar a comercialização de
máquinas e equipamentos; e de possibilitar a subscrição de valores
mobiliários no mercado de capitais brasileiro. As três empresas, juntas,
compreendem o chamado "Sistema BNDES".
Para saber mais sobre o BNDES, entre em seu site.

Caixa Economica Federal

Criada em 12 de janeiro de 1861, por Dom Pedro II, com o propósito de


incentivar a poupança e de conceder empréstimos sob penhor, é a
instituição financeira responsável pela operacionalização das políticas do
Governo Federal para habitação popular e saneamento básico.

A caixa é uma empresa 100% pública e não possui ações em bolsas.

Além das atividades comuns de um banco comercial, a CEF também


atende aos trabalhadores formais - por meio do pagamento do FGTS, PIS e
seguro-desemprego -, e aos beneficiários de programas sociais e
apostadores das Loterias.

As ações da Caixa priorizam setores como habitação, saneamento básico,


infra-estrutura e prestação de serviços.

5) Instituições Financeiras

Bancos

Os bancos, principalmente os comerciais, representam a base do sistema


monetário brasileiro. Eles estão sob a supervisão, regulamentação e
fiscalização do Banco Central do Brasil e são classificados de acordo com a
atividade que exercem:

• Comerciais: têm como atividade típica o recebimento de depósitos à


vista em contas de movimento. Efetuam empréstimos, a curto e
médio prazo, ao comércio, à indústria, às empresas prestadoras de
serviços e às pessoas físicas. Prestam serviços de cobrança bancária
mediante o pagamento de comissões e taxas e transferências de
fundos de uma para outra praça. São constituídas como sociedade
anônima e consta na denominação social o termo "banco".
• Desenvolvimento: têm como atividade básica o apoio financeiro às
iniciativas econômicas regionais, por meio empréstimos e
financiamentos, a médio e longo prazo. Também podem conceder
garantias, subscrever ações e debêntures, praticar operações de
arrendamento mercantil, captar recursos com a colocação de
depósitos a prazo e cédulas hipotecárias. São instituições regionais,
estaduais ou federais - como, por exemplo, o BNDES - sob a forma
de sociedade anônima e têm em sua denominação a expressão
"banco de desenvolvimento". (Para saber mais: Resolução n.
394/1976 do Conselho Monetário Nacional).
• Investimento: têm como objetivo oferecer apoio financeiro às
empresas por meio de financiamento para o suprimento de capital
fixo e de giro utilizando a administração de recursos de terceiros. E
podem operar como agentes financeiros do BNDES. Além disso,
podem oferecer leasing financeiro, administrar fundos de
investimentos de renda fixa e de ações e clubes de investimento.
(Para saber mais: Resolução n. 2.624/99 do Conselho Monetário
Nacional)
• Múltiplos: operam, simultaneamente, carteiras de banco comercial,
de investimento, de crédito imobiliário, de crédito, financiamento e
investimento, de arrendamento mercantil e de desenvolvimento. São
denominados "múltiplos" quando são sociedades anônimas que
possuam, pelo menos, duas das carteiras mencionadas, sendo
obrigatória oferecer uma delas: comercial ou de investimento. (Para
saber mais, veja: Resolução nº 1.524 do BACEN).
• Cooperativo: podem ser constituídos como banco comercial ou
múltiplo com carteira comercial. São sociedades anônimas de capital
fechado, controladas por cooperativas centrais de crédito. (Para saber
mais: Resolução nº 2.788/2000 do Conselho Monetário Nacional).
• Caixas econômicas: são bancos comerciais de origem federal -
como a Caixa Econômica Federal - ou estadual. Além de receber
depósitos à vista do público e em cadernetas de poupança, atuam
basicamente no financiamento habitacional.

Banco do Brasil

O Banco do Brasil é o mais antigo banco comercial do Brasil, foi criado em


12 de outubro de 1808 pelo príncipe regente D. João, e é uma sociedade de
economia mista de capitais públicos e privados. É uma companhia aberta
que possui ações cotadas na Bolsa de Valores de São Paulo.

Hoje tem como missão oferecer serviços de intermediação financeira;


atender às expectativas de clientes e acionistas; fortalecer o compromisso
entre os funcionários e a Empresa, contribuindo desta forma para o
desenvolvimento do País.

O Banco do Brasil opera como agente financeiro do Governo Federal e é o


principal executor das políticas de crédito rural e industrial e de banco
comercial do governo. E a cada dia tem se ajustado a um perfil de banco
múltiplo [1.6.13] tradicional.

Ainda inclui em suas atividades:

- Prestação de serviços de compensação de cheques e outros papéis;


- Recebimento de pagamentos em nome do BACEN;
- Realização de operações cambiais por conta própria e por conta o
BACEN;
- Executar a política de comércio exterior, adquirindo e financiando
estoques de produtos exportáveis.

Para mais informações, entre no site do Banco do Brasil.

Cooperativas de Crédito

São sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de


natureza civil, não sujeita a falência, constituída para prestar serviços aos
associados. Sem finalidade lucrativa, prestam serviços financeiros e de
crédito aos seus associados.
Sobre as exigências e procedimentos de funcionamento das cooperativas,
veja as
Resoluções nº 3.106, de 25/06/2003;
3.140, de 27/11/2003;
Lei nº 5.764, de 16/12/1971 e
Lei nº 4.595, de 31/12/1964.

Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento - Financeiras

São instituições privadas, constituídas em forma de sociedade anônima,


com o objetivo de realizar financiamentos para a aquisição de bens e
serviços, e para capital de giro. São as populares empresas de "crediários"
que oferecem recursos para a compra de bens de consumo durável ou para
crédito direto ao consumidor.

As financeiras obtêm os recursos por meio da emissão de letras de câmbio


no nome da pessoa física ou jurídica que adquire o crediário. É preciso o
aceite da financeira na letra emitida para o repasse ao contratante.

Para estreitar a relação e facilitar o acesso ao crediário pelo consumidor


final, o lojista e as financeiras podem criar as promotoras de venda em seus
estabelecimentos. São sociedades civis com poderes especiais, com a
possibilidade de sacar letras de câmbio na qualidade de procuradores dos
financiamentos e como garantia dos contratos intermediados.

Resolução nº 1.092/1986 do Conselho Monetário Nacional


Companhias Hipotecárias

São companhias de sociedade anônima que exercem as seguintes funções:

• Conceder financiamentos destinados à produção, à reforma ou à


comercialização de imóveis residenciais ou comerciais e lotes
urbanos;
• Comprar, vender e refinanciar créditos hipotecários próprios ou de
terceiros;
• Administrar créditos hipotecários próprios ou de terceiros;
• Administrar fundos de investimento imobiliários, desde que
autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM;
• Repassar recursos destinados ao financiamento da produção ou da
aquisição de imóveis residências; e
• Realizar outras operações que venham a ser expressamente
autorizadas pelo BC.

Resolução nº 2.122/94 do Conselho Monetário Nacional

Sociedades de Crédito Imobiliário

São sociedades anônimas especializadas em operações de financiamento


imobiliário. Os recursos são obtidos por meio de:

• Depósitos de poupança.
• Letras hipotecárias
• Letras imobiliárias
• Repasses e financiamentos contraídos no país, inclusive os
provenientes de fundos nacionais.
• Empréstimos e financiamentos contraídos no exterior, inclusive os
provenientes de repasses e refinanciamentos de recursos externos.
• Depósitos interfinanceiros (DI), nos termos da regulamentação em
vigor.
Resolução nº 2.735/2000 do Conselho Monetário Nacional

Associações de Poupança e Empréstimo

São sociedades civis que atuam no setor habitacional por meio de


financiamentos ao mercado imobiliário. Têm como função propiciar ou
facilitar a aquisição de casa própria ao associados; captar, incentivar e
disseminar a poupança. É regulamentado pelo Decreto-lei nº 70, de
21/11/1966.

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