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A internet
Os usuários estão inseridos em uma inteligência coletiva, sem que haja prejuízo à identidade
individual. Esses indivíduos interagem em comunidades virtuais que funcionam como
extensões dos programas, ao contrário das comunidades interpretativas da televisão. As
comunidades virtuais podem produzir e compartilhar conteúdo vinculado às séries.
A primeira era de ouro da ficção televisiva foram os anos 60. A segunda era de ouro é agora,
em que há inter-relação entre novas tecnologias e televisão, e uma infinidade de subgêneros.
Esses fatores servem para renovar a ficção televisiva e diferenciá-la do cinema.
Conceito criado em 2004 por Tim O’Reilly, para definir uma rede construída pela participação
dos usuários. Seu desenvolvimento também é social, de compartilhamento e interatividade. É
uma rede descentralizada, que facilita a troca entre usuários.
Segundo Tim O’Reilly (2004), os princípios básicos da web 2.0 são sete: 1) a World
Wide Web como plataforma de trabalho; 2) o reforço da inteligência coletiva; 3) a
gestão de base dos dados enquanto competência primária; 4) a constante atualização
gratuita dos dados e dos serviços disponíveis na Rede; 5) a utilização de modelos de
programação rápidos e a busca da simplicidade; 6) o software não limitado a um único
dispositivo e 7) o valor agregado das experiências dos internautas. P. 83
Redes como Facebook estão mudando a forma de consumir televisão, através de uma espécie
de “boca a boca digital”. Os fãs não estão mais “à margem” da indústria e agora estão na mira
delas, já que como podem expressar sua opinião nas redes, os cidadãos comuns se tornaram
influentes na sociedade. A TV continua hegemônica, mas a rede cumpre função de
acompanhamento e aprofundamento dos conteúdos televisivos. Há uma “nova forma” de ve
tv e mente, sinérgica à internet e tv convencional.
Do internauta ao telenauta
Os usuários criam suas próprias grades de programação e julgam o que preferem ver e ignorar.
A intenção das primeiras plataformas de vídeo on-demand não era substituir a televisão, e sim
agregar valor a ela. Não demorou para que as grandes redes de televisão disponibilizassem
seus conteúdos em parceria com empresas como Hulu ou YouTube, com a contrapartida da
publicidade exibida antes e depois dos episódios. Não há programa de tv que não se expanda
por meio da internet.
A internet está minando as formas passivas dos meios tradicionais (imprensa, rádio,
televisão etc), porque os jovens desejam interagir e contribuir para construir o
conteúdo dos discursos midiáticos que chegam até eles. No entanto, ainda que a Web
esteja condicionando de maneira crescente o uso dos demais meios, não esá
substituindo-os. p. 99