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BRASILEIRO (1968-1972)
Este trabalho busca apresentar uma reflexão acerca da noção de marginalidade, que se insere
no campo artístico-cultural brasileiro a partir de 1968. Após a decretação do Ato Institucional
Número 5, responsável por intensificar as medidas repressivas e vigilantes da ditadura militar,
alguns artistas começaram a se posicionar como “marginais”, enquanto outros foram, de fato,
marginalizados, seja pela censura e perseguição política, seja pela inadequação aos
parâmetros da indústria cultural. Interessa-nos, então, compreender, mediante revisão
bibliográfica e análises de entrevistas e depoimentos, como essa marginalidade, assumida ou
imposta, tornou-se um modo de identificação e posicionamento ideológico naquele contexto,
sobretudo na área do cinema, na qual diretores como Rogério Sganzerla e Julio Bressane
traçavam estratégias estético-representacionais divergentes dos cânones vigentes à época.
Agência de fomento: CAPES