Professional Documents
Culture Documents
Páginas
2.2.3- Até que ponto os sectores se conformam com o modelo de ciclo de vida? .................. 5
2.3- Por que razão é que a mudança é muito difícil? As fontes da inércia organizacional ......... 7
4- CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 13
1
UEM/ISEG – Tópicos Avançados em Gestão – Resumo do Capitulo 8 – Doutorandos: Valter, Rodrigues e Constâncio
CAPITULO 8: EVOLUÇÃO DO SECTOR E ESTRATEGIA DA MUDANÇA
1- INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS
Tudo esta em constante mudança no mundo, especialmente o ambiente de negócio. Um dos
grandes desafios da gestão estratégica é assegurar que a empresa mantenha o seu ritmo mesmo
com as mudanças a ocorrer ambiente.
As mudanças do ambiente do sector são consideradas como: (i) sendo conduzidas pelas forças
tecnológicas, as necessidades dos consumidores, as politicas, o desenvolvimento económico e as
outras influências; (ii) em alguns sectores, são combinadas as forças de mudança com vista a
criar a mudança massiva e imprevisível (no caso do sector das telecomunicações, onde as
tecnologias digitais e sem fio são combinadas com as mudanças da regulação, produzindo
mudanças tremendas; (iii) em outros sectores (no caso de processamento de alimentos, aluguer
de carros, aeronave, etc.), a mudança é tende a ser mais gradual e previsível; e (iii) a mudança
não deve ser considerada, como resultante apenas das forças externas.
O propósito deste capitulo é ajudar a entender e a gerir a mudança através de: (i) exploração das
forças da mudança e olhar para os aspectos que podem ajudar a prever como os sectores são
susceptíveis de evoluir ao longo do tempo; e (ii) identificação das forças da mudança que podem
ajudar a identificar as oportunidades para se obter a vantagem competitiva.
2
UEM/ISEG – Tópicos Avançados em Gestão – Resumo do Capitulo 8 – Doutorandos: Valter, Rodrigues e Constâncio
CAPITULO 8: EVOLUÇÃO DO SECTOR E ESTRATEGIA DA MUDANÇA
Dois factores são relevantes na análise do ciclo de vida sectorial: o crescimento da procura e a
produção e difusão do conhecimento.
3
UEM/ISEG – Tópicos Avançados em Gestão – Resumo do Capitulo 8 – Doutorandos: Valter, Rodrigues e Constâncio
CAPITULO 8: EVOLUÇÃO DO SECTOR E ESTRATEGIA DA MUDANÇA
As características da curva do ciclo de vida são: (i) no estágio de introdução (as vendas são
poucas e a taxa de penetração do mercado é baixa, porque os produtos do sector são pouco
conhecidos e os clientes são poucos, produção de pequena escala, a falta de experiencia, o que
origina elevados custos e baixa qualidade; os clientes para os novos produtos tendem a ser
afluentes, orientados a inovação e tolerantes de risco); (ii) o estágio de crescimento é
caracterizado pela aceleração da penetração no mercado, melhoramento das técnicas e o aumento
da eficiência; (iii) crescimento do mercado saturado no estágio de maturidade; e (iv) finalmente,
a medida que o sector é desafiado pelos novos sectores que produzem produtos substitutos
tecnologicamente superiores, o sector entra no estágio de declínio.
4
UEM/ISEG – Tópicos Avançados em Gestão – Resumo do Capitulo 8 – Doutorandos: Valter, Rodrigues e Constâncio
CAPITULO 8: EVOLUÇÃO DO SECTOR E ESTRATEGIA DA MUDANÇA
A difusão do conhecimento é também importante sob o ponto de vista dos clientes porque: (i) ao
longo do ciclo da vida, os clientes tornam-se cada vez mais informados; (ii) a medida que os
clientes adquirem mais conhecimentos acerca dos atributos de desempenho dos produtos das
manufacturas dos rivais, eles se tornam cada vez mais aptos para julgarem o valor do dinheiro e
tornarem-se mais sensitivos.
2.2.3- Até que ponto os sectores se conformam com o modelo de ciclo de vida?
A duração do ciclo de vida vária grandemente de sector para sector porque: (i) a fase da
introdução por exemplo no sector ferro-portuário teve seu inicio em 1827, crescimento em 1870
e entrou em declínio durante 1950; (ii) a indústria automóvel teve a fase da introdução nos US
que durou cerca de 25 anos, seu crescimento entre 1913 a 1915, atingiu a sua maturidade em
meados de 1950 e o declínio na última década.
5
UEM/ISEG – Tópicos Avançados em Gestão – Resumo do Capitulo 8 – Doutorandos: Valter, Rodrigues e Constâncio
CAPITULO 8: EVOLUÇÃO DO SECTOR E ESTRATEGIA DA MUDANÇA
Ao longo de tempo alguns sectores tem-se tornado mais compressivos, especialmente no sector
de comércio electrónico.
O padrão da evolução também difere de sector para sector. Nos sectores que fornecem as
necessidades básicas, tais como construções residenciais, processamento de comida e roupa
poderão nunca atingir a fase de declínio, porque a obsolescência dificilmente se verifica em tais
produtos. Alguns sectores poderão experimentar o rejuvenescimento do seu ciclo de vida
(exemplo de mercado de TV).
O mesmo sector também pode apresentar diferentes estágios em diferentes países. Por exemplo,
embora o mercado automóvel dos EU, Japão e US esteja na fase de declínio, este mercado para
China, Índia e Rússia, se encontra na fase de crescimento.
6
UEM/ISEG – Tópicos Avançados em Gestão – Resumo do Capitulo 8 – Doutorandos: Valter, Rodrigues e Constâncio
CAPITULO 8: EVOLUÇÃO DO SECTOR E ESTRATEGIA DA MUDANÇA
A figura 8.4 abaixo mostra também as diferenças na estratégia e desempenho entre os negócios
nos diferentes estágios do ciclo de vida do sector:
2.3- Por que razão é que a mudança é muito difícil? As fontes da inércia organizacional
As diferentes teorias da organização e de mudanças do sector enfatizam como diferentes
barreiras para mudança: (i) as rotinas organizacionais; (ii) as estruturas sociais e políticas; (iii) a
conformidade; (iv) a pesquisa limitada; (v) a complementaridade entre a estratégia, estrutura e os
sistemas.
7
UEM/ISEG – Tópicos Avançados em Gestão – Resumo do Capitulo 8 – Doutorandos: Valter, Rodrigues e Constâncio
CAPITULO 8: EVOLUÇÃO DO SECTOR E ESTRATEGIA DA MUDANÇA
Por seu turno, a economia evolucionária focaliza-se nas organizações individuais como os
principais agentes da mudança.
8
UEM/ISEG – Tópicos Avançados em Gestão – Resumo do Capitulo 8 – Doutorandos: Valter, Rodrigues e Constâncio
CAPITULO 8: EVOLUÇÃO DO SECTOR E ESTRATEGIA DA MUDANÇA
Como existem várias fontes da inércia organizacional, também são muitas as teorias e métodos
da mudança organizacional. Tradicionalmente, a mudança d gestão organizacional é vista como
uma distinta área de gestão.
Abell considera ainda que as estratégias duais requerem sistemas de planeamento duais: (a)
planeamento de curto prazo que se focaliza na fixação da estratégia e desempenho ao longo de
um ou dois anos; e (b) planeamento de longo prazo que desenvolve a visão, remodela o portfólio
corporativo, redefine e reposiciona os negócios individuais, desenvolve as novas capacidades e
redesenha a estrutura organizacional ao longo de período de 5 anos ou mais.
Estas capacidades podem ser obtidas através: (i) das experiencias iniciais e caminho da
dependência; e (ii) da integração de recursos para criar capacidades (que depende de apropriados
processos, estrutura, motivação alinhamento organizacional); e (iii) de desenvolvimento
sequencial das capacidades (que exige processos de desenvolvimento sistemáticos e de longo
prazo).
A tabela 8.4 mostra as diferentes capacidades resultantes da experiencia inicial nas maiores
empresas produtoras de óleo.
10
UEM/ISEG – Tópicos Avançados em Gestão – Resumo do Capitulo 8 – Doutorandos: Valter, Rodrigues e Constâncio
CAPITULO 8: EVOLUÇÃO DO SECTOR E ESTRATEGIA DA MUDANÇA
(i) sabendo sobre: é explícito e compreende os factos, teorias e fixação de instruções. Pode
ser facilmente transmitido entre as pessoas a custos mais baixos;
(ii) sabendo como: é de natureza tacita e envolve conhecimentos que se expressam no
desempenho (andar de bicicleta, tocar piano. Este conhecimento tácito não pode ser
articulado ou codificado. A sua transferência entre pessoas é lento, caro e incerto.
11
UEM/ISEG – Tópicos Avançados em Gestão – Resumo do Capitulo 8 – Doutorandos: Valter, Rodrigues e Constâncio
CAPITULO 8: EVOLUÇÃO DO SECTOR E ESTRATEGIA DA MUDANÇA
12
UEM/ISEG – Tópicos Avançados em Gestão – Resumo do Capitulo 8 – Doutorandos: Valter, Rodrigues e Constâncio
CAPITULO 8: EVOLUÇÃO DO SECTOR E ESTRATEGIA DA MUDANÇA
4- CONCLUSÃO
A tarefa vital da gestão estratégica é garantir o avanço da organização em meio ao evento de
mudanças. Mas como podemos gerir a mudança se não conseguimos prevê-la? Embora se
reportam falhas nos métodos de previsão, existe ajuda disponível de duas fontes: (i) nas
regularidades de certos eventos, que podem ser evidentes na forma como o ambiente de certos
negócios se comporta ao longo do tempo; (ii) na existência de uma larga base de evidencias das
dificuldades que as empresas enfrentaram na sua adaptação as mudanças sectorias e
tecnológicas, como resultado de factores comuns. O entendimento das fontes destas barreiras a
adaptação, ajuda-nos a entender como supera-las.
O modelo de ciclo de vida permite-nos entender algumas das forças que conduzem a evolução do
sector e seus impactos na estrutura sectorial e as bases para obtenção da vantagem competitiva.
Ao se identificar os estágios de desenvolvimento do sector, podemos identificar as forças
responsáveis pelas mudanças e podemos nos antecipar as mudanças.
A identificação das regularidades nos aspectos da evolução do sector tem pouca utilidade se as
empresas não forem capazes de se adaptarem as mudanças. O desafio de adaptação é enorme: a
presença da inércia organizacional significa que a evolução do sector ocorre mais através do
surgimento de novas empresas e a morte das antigas do que pela adaptação das empresas
estabelecidas. As empresas estabelecidas também enfrentam problemas em copiar as novas
tecnologias. As mudanças tecnológicas que são devastadoras são aquelas que destroem as
competências ou incorporam a arquitectura.
A chave de gestão da mudança esta na necessidade dos gestores operarem em duas zonas do
tempo: eles devem optimizar no presente, enquanto preparam a organização para o futuro. Outras
ferramentas para a gestão estratégica da mudança incluem: criar percepções da crise, estabelecer
alvos prolongados (ambiciosos), iniciativas corporativas, recrutar os gestores talentosos,
capacidades dinâmicas e cenários de planeamento.
14
UEM/ISEG – Tópicos Avançados em Gestão – Resumo do Capitulo 8 – Doutorandos: Valter, Rodrigues e Constâncio