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Material Teórico
Abordagens de Ensino e Aprendizagem
Revisão Técnica
Profa. Dra. Jane Garcia de Carvalho
Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
Abordagens de Ensino e Aprendizagem
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Conhecer e refletir sobre diferentes abordagens do processo de
ensino e aprendizagem, baseadas na concepção da autora Maria das
Graças Nicoletti Mizukami.
· Discutir sobre o saber e o saber-fazer dos professores, pois, para refletir
sobre as abordagens de ensino e aprendizagem temos de visualizar
o papel do professor de acordo com o contexto social atual. Para
tanto, tomaremos por base uma análise do relatório elaborado por
Delors (1998) para a UNESCO: “Os quatro pilares para a educação
do século XXI”.
· Focar a Didática e o trabalho docente, agora sob um novo tema: o
professor na Era Digital.
· Não se esqueçam de que a aprendizagem ocorre com a informação,
a participação, a reflexão e os comentários; portanto, leiam os textos,
realizem as atividades propostas e participem do Fórum.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Abordagens de Ensino e Aprendizagem
Contextualização
Todos os assuntos tratados nesta Disciplina colaboram de forma positiva na
formação de vocês, como professores.
Mas, como atuar no contexto atual de nossa Sociedade, que nos pede formação
e atualização constantes?
Mais ainda, que Sociedade é essa que nos cobra conhecimentos e habilidades
diferenciadas para trabalhar a Educação? O que se espera de nós, professores, nesse
cenário de novas tecnologias? Devemos conhecê-las e utilizá-las ou somente nosso
conhecimento didático é suficiente para atender às necessidades de aprendizagem
de nossos alunos?
Assista ao vídeo Tecnologia ou Metodologia, para refletir sobre o que nos espera. Pense
Explor
na maneira como os professores estão atuando nas salas de aula, sob quais abordagens e
metodologias e se há utilização de novas tecnologias no processo ensino e aprendizagem.O
vídeo está disponível em: https://youtu.be/IJY-NIhdw_4.
Estamos certas de que vocês ficaram curiosos quanto aos assuntos desta Unidade.
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Abordagens dos Processos de Ensino
e de Aprendizagem
Por meio dos estudos já realizados, pudemos perceber que a Didática tem im-
portante papel no trabalho do professor, vez que ela se dedica ao estudo e ao
aprofundamento das maneiras de desenvolvimento do ensino e da aprendizagem,
objetivos primordiais da Educação.
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Abordagem tradicional
A abordagem tradicional apresenta como característica uma concepção e uma
prática educacional com ênfase à transmissão de conteúdos de forma sistematizada
pelo professor e pela reprodução deles pelos alunos.
Aqui, convidamos você à assistir ao clip de Pink Floyd – The Wall (legendado), pensando no
Explor
Abordagem comportamentalista
Na concepção comportamentalista, o desenvolvimento e a aprendizagem são
entendidos como transformações resultantes das interações ocorridas entre o
comportamento apresentado e os acontecimentos do ambiente.
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Essa abordagem vê o homem como uma consequência das influências ou forças
existentes no meio ambiente, sendo que suas ações são resultado das condições
do meio que, uma vez estabelecido, pode antecipar os resultados. O ser humano
não depende apenas de si mesmo, mas principalmente daqueles que o ensinaram
a construí-lo.
Abordagem humanista
Na abordagem humanista, privilegia-se a vida emocional e a psicológica do
indivíduo, sua orientação e o desenvolvimento de uma visão de si orientada para
uma realidade individual e grupal. O homem é considerado uma pessoa situada no
mundo. É único e se relaciona consigo mesmo e com as pessoas em seu redor,
realizando constantes descobertas em sua vida. Desse modo, constrói seu próprio
mundo exterior, partindo de suas experiências.
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Abordagem cognitivista
A Abordagem cognitivista preocupa-se com a maneira como se dá a aprendiza-
gem e utilizá-la pede que se estude a aprendizagem como um produto do ambiente,
das pessoas ou de fatores que são externos aos alunos. É, portanto, uma aborda-
gem predominantemente interacionista, na medida em que privilegia a capacidade
que o aluno tem de integrar informações e processá-las.
Abordagem construtivista
Alguns autores entendem que a Abordagem construtivista é uma vertente da
Abordagem cognitivista, devido à citação de que “A inteligência se constrói a partir
da troca do organismo com o meio, por meio das ações do indivíduo” (MIZUKAMI,
1986, p. 78).
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A aprendizagem só se realiza quando o aluno elabora seu conhecimento.
Isso porque conhecer um objeto é agir sobre ele e transformá-lo. O mundo
deve ser reinventado (MASETTO, 1997, p. 44).
Abordagem sociocultural
A abordagem sociocultural busca a superação da relação entre opressor e opri-
mido e as situações de ensino e aprendizagem devem contribuir para essa supe-
ração, por meio de algumas condições, como nos mostra Masetto (1986, p. 44):
a) Solidarizar-se com o oprimido, o que implica assumir a sua situação;
b) Transformar radicalmente a situação objetiva geradora de opressão.
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Por esse motivo, a metodologia utilizada deve ser ativa, dialógica e crítica, com
um conteúdo próprio, estabelecido a partir da consciência que se tem da realidade.
Nesse sentido, é preciso que nos coloquemos numa postura constante de re-
flexão-ação, partindo do compromisso com a transformação social e individual
de nossos alunos, buscando alternativas pedagógicas que tornem o ensino mais
eficiente, a partir das teorias e concepções de ensino e aprendizagem já desenvol-
vidas ou, ainda, criando novas alternativas de trabalho a partir de nossas próprias
experiências e concepções.
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O Professor para o Aprendizado do Aluno
O aprendizado dos seus futuros alunos é de sua responsabilidade e você deve
certificar-se de que as metas de aprendizado e métodos de ensino estejam de acordo
com o contexto no qual sua Escola está inserida.
Vejamos então, segundo Augusto Cury (2003), os sete hábitos dos bons profes-
sores e dos professores fascinantes:
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Bons professores corrigem comportamentos, professores fascinantes resolvem conflitos em sala de aula.
Bons professores corrigem os comportamentos agressivos dos alunos. Professores fascinantes resolvem conflitos
em sala de aula.
Bons professores educam para uma profissão, professores fascinantes educam para a vida.
Um bom professor educa seus alunos para uma profissão;, um professor fascinante os educa para a vida. Professores
fascinantes são profissionais revolucionários. Ninguém sabe avaliar o seu poder, nem eles mesmos. Eles mudam
paradigmas, transformam o destino de um povo e um sistema social sem armas, tão somente por prepararem seus alunos
para a vida por meio do espetáculo das suas ideias.
O que você achou dos sete hábitos? Sonho ou realidade? Possível ou impossível?
Acreditamos que eles sejam possíveis no processo ensino e aprendizagem. De nada
adianta ser doutor em Língua Portuguesa e usar tecnologia de ponta se o professor
não enxergar o aluno.
Os Alunos
Agora, vamos tratar da outra ponta do processo ensino e aprendizagem: os
alunos. Que bom seria se os nossos alunos pudessem ser programados para cada
aula do Ensino Fundamental e Médio, não?
Na verdade, não é nem um pouco simples. Nossos alunos são únicos e trazem
para a sala de aula toda a sua bagagem cultural, educação, experiência de vida,
medos, alegrias e anseios. E nós estamos lá na frente, com a nossa aula preparada
para o grupo, e não para cada um deles. Difícil, não?
Talvez pelo desejo subconsciente de simplificar seu trabalho docente,
o professor tende, em geral, a considerar o corpo discente como uma
massa homogênea e indiferenciada. É possível que apenas três tipos de
estudantes escapem desse anonimato: o estudante brilhante, o badalador
e o encrenqueiro. No jogo das relações professor-aluno, com efeito,
esses tipos de estudantes fornecem os maiores prêmios e ameaças e, por
conseguinte, chamam a atenção do professor (BORDENAVE; PEREIRA,
2005, p. 59).
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Em meio a tanta singularidade, cabe ao professor despertar nos alunos o interesse
pela Língua Portuguesa, mostrando sempre a importância do idioma para a vida
social, escolar e profissional.
Sabemos que não é fácil conhecer todos os alunos, memorizar seus nomes,
preparar atividades individualizadas, dar conta do conteúdo programático e do
calendário escolar. No entanto, só conseguiremos trazer os alunos para a nossa aula
e Disciplina se formos competentes o suficiente para darmos conta do conteúdo,
ou parte dele, em um ambiente repleto de significado, respeito e educação.
Os problemas nas salas de aula são inúmeros, muitos alunos são difíceis e trazem
de casa sérios problemas familiares, mas quem deve ter maturidade e inteligência
emocional para administrar os conflitos e propiciar bons momentos de ensino e
aprendizagem é você, futuro professor de Português.
Como já foi dito, cada um aprende de uma maneira e tem inclinação para
determinada área. É importante que os professores respeitem isso e permitam
desabrochar o que há de melhor em cada aluno.
A Teoria das Inteligências Múltiplas foi proposta por Howard Gardner (1985) como
uma alternativa para o conceito de inteligência como capacidade inata, geral e única,
que permite aos indivíduos desempenho maior ou menor em qualquer área de atuação.
Insatisfeito com essa ideia, Gardner redefiniu a inteligência à luz das origens
biológicas da habilidade para resolver problemas. Depois de muitos estudos e
pesquisas, a Teoria de Gardner apontou a existência de 8 inteligências múltiplas:
1. Verbal/Linguística: Habilidade para brincar com as palavras, contar
histórias, ler e escrever. A pessoa com esse estilo de aprendizagem tem
facilidade em recordar nomes, lugares, datas e coisas semelhantes;
2. Lógica/Matemática: Capacidade para brincar com as questões, para o
raciocínio e pensamento indutivo e dedutivo, para o uso de números e
resolução de problemas matemáticos e lógicos;
3. Visual/Espacial: Habilidade para visualizar objetos e dimensões espaciais,
para criar imagens internas. Esse tipo de pessoa adora desenhar, pintar,
visitar exposições, visualizar slides, vídeos e filmes...;
4. Somato-quinestésica: Conhecimento do corpo e habilidade para controlar
os movimentos corporais. As pessoas com esse tipo de inteligência movem-
se enquanto falam, usam o corpo para expressar suas ideias, gostam de
dançar, de praticar esportes e outras atividades motoras;
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Você, futuro professor, pode explorar todas essas inteligências em suas aulas.
Portanto, use sem moderação!
Quer saber mais sobre Howard Gardner e a sua Teoria das Inteligências Múltiplas? Então,
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
As Abordagens e o Professor
A fim de proporcionar um melhor entendimento da relação entre a importância das
abordagens de ensino e aprendizagem e o fazer pedagógico do professor.
https://youtu.be/NpAJOtjY6J4
Didática para a Sala de Aula. Mario Sergio Cortella
Assista também ao vídeo do Professor Cortella sobre Didática na sala de aula
https://youtu.be/TMIGLNT-yis
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Referências
BORDENAVE, J. D.; PEREIRA, A. M. Estratégias de ensino-aprendizagem.
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