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GOVERNO DO ESTADO DE RORAIMA

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTOS

BOA VISTA – RR
2010
- - 1

Governador do Estado de Roraima


José de Anchieta Junior
Secretária de Estado da Educação, Cultura e Desportos
Antonia Vieira Santos
Secretária Adjunta da Gestão da Educação Básica
Alda Regina Amorim Franco
Secretária Adjunta da Gestão do Sistema Educacional
Geórgia Amália de Freire Bríglia
Conselho Estadual de Educação de Roraima
Raimundo Nonato da Costa Sabóia Vilarins
Diretora do Departamento de Educação Básica
Ismênia Andrade Gomes
Diretora de Gestão do Interior
Maria de Fátima Souza
Chefe da Divisão de Ensino Fundamental
Terezinha Gonçalves de Carvalho
Gerência de Avaliação e Informações Educacionais
Selma Assunção Mariot
Auditoria de Controle da Rede de Ensino
Sandro Hudson Peixoto Pinheiro
- - 2

COMISSÃO DE ELABORAÇÃO

Alex Wanuth Silva Carvalho - DEB


Francisca Chagas de Oliveira – DIENF/DEB
Isa Concebida Oliveira Gomes – DEB
Ismênia Andrade Gomes - DEB
Leone Pereira de Souza – DIENF/DEB
Maria Estrela Sêmen da Silva – DIENF/DEB
Maria Francisca Gomes Cidade - DEB
Maria Mercês de Oliveira de Aquino - DIENF/DEB
Marilene da Silva Teixeira - DEB
Pedro Fontes Filho - DIENF/DEB
Porfíria Pereira Padilha - DIENF/DEB
Romisnaidy Santos Silva - DIENF/DEB
Taise Campos Onofre - DEB
Verônica Sales dos Santos - DIENF/DEB
- - 3

LISTA DE TABELAS

Tabela 01. Posição dos Municípios de Roraima com relação ao PIB - 2007
Tabela 02 - Taxa de Analfabetismo e Analfabetismo Funcional das Pessoas de 15 anos ou
mais de idade
Tabela 03 - Média de anos de estudos da População de 10 anos ou mais de idade por grupo de
idade - Roraima
Tabela 04 - Número de Matrículas de Educação Básica por Etapas e Modalidade de Ensino,
Brasil, Região Norte e Roraima - 2009
Tabela 05 - Número de Alunos da Educação Básica por Faixa Etária, segundo a Região
Geográfica e Roraima - 2009
Tabela 06. Taxa de Aprovação Ensino Fundamental e Médio – Roraima/2005 e 2009
Tabela 07. Resultado da Avaliação do SAEB Ensino Fundamental I - 2005 e 2009
Tabela 08. Resultado da Avaliação do SAEB Ensino Fundamental II - 2005 e 2009
Tabela 09. Resultado do IDEB Brasil/Roraima 2009
Tabela 10 - Convivência do Ensino Fundamental de oito e nove anos
Tabela 11: Período de convivência do Ensino Fundamental de oito e nove anos na rede
estadual
Tabela 12: Escolas Estaduais que em processo de implantação do Ensino Fundamental de 9
anos
Tabela 13: Cronologia de Resoluções e Pareceres CNE e CEE/RR sobre o Ensino
Fundamental de Nove Anos – 2004 a 2010
Tabela 14: Matriz Curricular Ensino Fundamental de 8 anos- 1ª a 4ª série1
Tabela 15: Matriz Curricular Ensino Fundamental de 8 anos- 5ª a 8ª série2
Tabela 16: Matriz Curricular Ensino Fundamental de 9 anos- 1º ao 5º ano
Tabela 17: - Matriz Curricular Ensino Fundamental de 9 anos - 6º ao 9º ano
Tabela 18: Organização dos contextos e conteúdos de Língua Portuguesa para o Ensino
Fundamental
Tabela 19: Organização dos contextos e conteúdos de Língua Estrangeira para o Ensino
Fundamental.
Tabela 20: Organização dos contextos e conteúdos de Ciências para o Ensino Fundamental
Tabela 21: Organização dos contextos e conteúdos de Matemática para o Ensino
Fundamental

1
PARECER CEE/RR Nº 111/07.
2
PARECER CEE/RR Nº 111/07.
- - 4

LISTA DE FIGURAS

Figura 01: Estrutura Organizacional da Proposta da Rede Pública Estadual para o Ensino
Fundamental
Figura 02: Currículo do Ensino Fundamental integração e interdisciplinaridade
Figura 03: Fluxograma dos conteúdos dos contextos de história para o Ensino Fundamental
Figura 04: Interdisciplinaridade e Contextualização no Ensino da Geografia
Figura 05: Interdisciplinaridade e Contextualização do Ensino Religioso
Figura 06: Interdisciplinaridade e Contextualização no Ensino de Arte
- - 5

LISTA DE SIGLAS

ACRE Auditoria do Controle de Ensino

CEE/RR Conselho Estadual de Educação/Roraima

CNE Conselho Nacional de Educação

DIFC Divisão de Fortalecimento do Currículo

ECA Estatuto de Criança e do Adolescente


EJA Divisão de Jovens e Adultos

IBGE Sistema Brasileiro de Geografia e Estatístico

IDEB Índice de Desenvolvimento de Educação Básica

LDB Lei de Diretrizes e Bases


LEM Língua Estrangeira Moderna

MEC Ministério de Educação

PCN‟s Parâmetros Curriculares Nacionais

PNE Plano Nacional de Educação

PNEE Portador de Necessidades Educacionais Especiais

SAEB Sistema de Avaliação de Educação Básica

SECD Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Desportos

UERR Universidade Estadual de Roraima

UNIVIRR Universidade Virtual de Roraima


- - 6

SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS ........................................................................................................................................... 3


LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................................................... 4
LISTA DE SIGLAS ............................................................................................................................................... 5
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................ 9
PARTE I ............................................................................................................................................................... 11
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................... 12
1 CONTEXTO ATUAL DO ESTADO DE RORAIMA................................................................................... 13
2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA PROPOSTA DA REDE PÚBLICA ESTADUAL PARA O
ENSINO FUNDAMENTAL ............................................................................................................................... 20
3 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL NA REDE PÚBLICA
ESTADUAL DE ENSINO .................................................................................................................................. 21
3.1.1 Objetivos do Ensino Fundamental segundo a LDB ............................................................................ 27
3.1.2 Objetivos do Ensino Fundamental para a Rede Pública Estadual de Ensino .................................... 28
4 FUNDAMENTOS POLÍTICOS, TEÓRICOS E FILOSÓFICOS ............................................................. 30
4.1 FUNDAMENTOS POLÍTICOS .......................................................................................................................... 30
4.2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS E FILOSÓFICOS ................................................................................................. 32
4.2.1 Função Social da Educação/ Escola................................................................................................... 32
4.2.2 Concepções norteadoras ..................................................................................................................... 32
4.2.3 Educação, Gestão, Comunidade e Inclusão: todos aprendendo e ensinando ..................................... 34
4.2.3.1 Educação para a transformação social ........................................................................................................... 35
4.2.3.2 Gestão: escola pública e democrática ...................................................................................................37
4.2.3.3 Relação Escola Comunidade: valorizando potencialidades ........................................................................... 38
4.2.3.4 Inclusão: respeito e valorização as diferenças ............................................................................................... 38
4.2.3.4.1 Inclusão: respeito e valorização aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades/superdotação ............................................................................................................................. 40
4.2.3.4.2 Inclusão: respeito e valorização a Educação Escolar Indígena .............................................................. 41
4.2.3.4.3 Inclusão: respeito e valorização a Educação do Campo ....................................................................... 42
6 FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA ................................................................................................... 44
6.1 A PRÁTICA PEDAGÓGICA NUMA PERSPECTIVA TRANSFORMADORA .............................................................. 44
6.1.1 Metodologia Dialética e Construção do Conhecimento ..................................................................... 45
6.1.2 Interdisciplinaridade, Integração Curricular e Transformação ......................................................... 46
6.3 PLANEJAMENTO .................................................................................................................................. 46
6.4 VERIFICAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR .......................................................................................... 48
6.4.1. Avaliação ........................................................................................................................................... 49
6.4.1.1 A Avaliação do Primeiro ano do Ensino Fundamental de 09 anos ................................................................ 51
6.4.1.2 Processo de Classificação e Reclassificação..................................................................................................52
6.4.1.2.1 Classificação ......................................................................................................................................... 52
6.4.1.2.2 Reclassificação ...................................................................................................................................... 53
6.4.1.3 Recuperação de Estudos ................................................................................................................................ 54
6.4.1.4 Aproveitamento de estudos ........................................................................................................................... 55
6.5 PROMOÇÃO .................................................................................................................................................. 55
8 PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DA PROPOSTA
............................................................................................................................................................................... 57
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................................ 58
PARTE II ............................................................................................................................................................. 64
1 O CURRICULO E A ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ........................................................................... 65
1.1 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO ............................................................................................................... 65
- - 7

1.1.1 Caminhos do Currículo do Ensino Fundamental ............................................................................... 66


1.1.1.1 Cultura, Diversidade e Luta por Direitos ....................................................................................................... 66
1.1.1.2 Política, Ética e Cidadania ............................................................................................................................ 67
1.1.1.3 Ciência e Tecnologia, Avanços e Contradições ............................................................................................. 67
1.1.1.4 Trabalho, Consumo e Desenvolvimento Humano ........................................................................................ 69
1.2 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ....................................................................................................................... 70
1.2.1 Matriz Curricular................................................................................................................................ 72
REFERENCIAL CURRICULAR DA REDE PÚBLICA ESTADUAL DE ENSINO PARA O ENSINO
FUNDAMENTAL ............................................................................................................................................... 77
2 ÁREA DE CONHECIMENTO: CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS............................... 81
2.1.1 Concepção do Componente Curricular História ................................................................................ 84
2.1.2 Conteúdo e Contextualização em História ......................................................................................... 85
2.1.2.1 Conteúdos do contexto cultura, diversidade e luta por direitos. .................................................................... 87
2.1.2.2 Conteúdos do contexto ciência, tecnologia e ambiente: avanços e contradições ........................................... 89
2.1.2.3 Conteúdos do contexto trabalho, consumo e desenvolvimento humano ....................................................... 91
2.1.2.4 Conteúdos do contexto política, ética e cidadania ......................................................................................... 93
2.1.3 Conteúdos do Ensino Fundamental .................................................................................................... 94
2.1.4 Metodologia e Interdisciplinaridade em História ............................................................................. 112
2.1.4.1 Metodologias e estratégias de outros componentes curriculares da educação básica que podem ser
trabalhadas em sintonia com a disciplina de história ............................................................................................... 113
2..1.5 Avaliação ......................................................................................................................................... 114
2.1.5.1 Avaliação de atividades da disciplina de história ........................................................................................ 115
2..1.5.2 Avaliação de atividades interdisciplinar de história com outras disciplinas ............................................... 116
2.1.6 Referências Bibliográficas ................................................................................................................ 117
2.2 REFERENCIAL CURRICULAR: GEOGRAFIA .................................................................................... 124
2.2.1 Concepção do Componente Curricular Geografia ........................................................................... 125
2.2.2 Conteúdo e Contextualização do Ensino da Geografia ................................................................... 126
2.2.3 Metodologia e Interdisciplinaridade em Geografia .......................................................................... 139
2.2.4 Avaliação em Geografia ................................................................................................................... 141
2.2.5 Referências Bibligráficas .................................................................................................................. 143
2.3 REFERENCIAL CURRICULAR: ENSINO RELIGIOSO ....................................................................... 144
2.3.1 Concepção do Componente Curricular Ensino Religioso ............................................................... 146
2.3.2 Conteúdo e Contextualização do Componente Curricular Ensino Religioso ................................... 148
2.3.3 Metodologia e Interdisciplinaridade em Ensino Religioso ............................................................... 158
2.3.4 Avaliação em Ensino Religioso ......................................................................................................... 161
2.3.5 Referências Bibliográficas ................................................................................................................ 162
3 ÁREA DO CONHECIMENTO LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS ..................... 164
3.1 REFERENCIAL CURRICULAR: LÍNGUA PORTUGUESA ................................................................. 164
3.1.1 Concepção do Componente Curricular Língua Portuguesa ............................................................ 166
3.1.1.1 A linguagem como expressão do pensamento ............................................................................................. 168
3.1.1.2 A linguagem como instrumento de comunicação ........................................................................................ 169
3.1.1.3 Linguagem como processo de interação social ............................................................................................ 169
3.1.2 Conteúdo e Contextualização em Língua Portuguesa ...................................................................... 170
3.1.2.1 Conteúdos do contexto cultura, diversidade e luta por direito: .................................................................... 171
3.1.2.2 Conteúdos do contexto ciência, tecnologia e ambiente: avanços e contradições. ........................................ 178
3.1.2.3 Conteúdos do contexto trabalho, consumo e desenvolvimento humano. ..................................................... 186
3.1.3 Metodologia e Interdisciplinaridade em Língua Portuguesa ........................................................... 199
3.1.4 Avaliação em Língua Portuguesa ..................................................................................................... 200
3.1.5 Referências Bibliográficas ................................................................................................................ 201
3.2 REFERENCIAL CURRICULAR: LÍNGUA ESTRANGEIRA ............................................................... 203
3.2.1 Concepção do Componente Curricular Língua Estrangeira ............................................................ 204
3.2.2 CONTEÚDO E CONTEXTUALIZAÇÃO DO ENSINO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA .......................................... 205
3.2.2.2 Conteúdos do Ensino Fundamental ............................................................................................................. 209
3.2.2.2.1 Língua Inglesa ..................................................................................................................................... 210
3.2.2.2.1 Língua Espanhola ................................................................................................................................ 214
3.2.3 Metodologia e Interdisciplinaridade em Língua Estrangeira. .......................................................... 218
3.2.4 Avaliação em Língua Estrangeira .................................................................................................... 219
3.3 REFERENCIAL CURRICULAR: EDUCAÇÃO FÍSICA ........................................................................ 221
3.3.1 Concepção do Componente Curricular Educação Física ............................................................... 223
3.3.2 Conteúdo e Contextualização em Educação Física .......................................................................... 226
- - 8

3.3.2.1 Organização contextual dos conteúdos de Educação Física. ....................................................................... 229


3.3.3 Metodologia e Interdisciplinaridade em Educação Física ............................................................... 243
3.3.4 Avaliação em Educação Física ......................................................................................................... 243
3.3.5 Referências Bibliográficas ................................................................................................................ 244
3.4 REFERENCIAL CURRICULAR: ARTES .............................................................................................. 246
3.4.1 Concepção do Componente Curricular Arte .................................................................................. 247
3.4.2 Conteúdo e Contextualização em Arte .............................................................................................. 248
3.4.3 Metodologia e Interdisciplinaridade em Arte ................................................................................... 257
3.4.4 Avaliação em Arte ............................................................................................................................. 259
3.4.5 Referências Bibliográficas ................................................................................................................ 261
4 ÁREA DE CONHECIMENTO: CIÊNCIAS DA NATUREZA, MATEMÁTICA E SUAS
TECNOLOGIAS. .............................................................................................................................................. 264
4.1 REFERENCIAL CURRICULAR: CIÊNCIAS ......................................................................................... 265
4.1.1 Concepção do Componente Curricular de Ciências Naturais ......................................................... 266
4.1.2 Conteúdo e Contextualização em Ciências ....................................................................................... 268
4.1.3 Metodologia e Interdisciplinaridade em Ciências ............................................................................ 281
4.1.4 Avaliação em Ciências ...................................................................................................................... 281
4.1.5 – Referências Bibliográficas ............................................................................................................. 282
4.2 REFERENCIAL CURRICULAR: MATEMÁTICA ................................................................................ 283
4.2.1 Concepção do Componente Curricular Matemática. ...................................................................... 284
4.2.2 Conteúdo e Contextualização em Matemática ............................................................................ 285
4.2.2.1 Organização dos contextos e conteúdos de Matemática para o Ensino Fundamental. .................................286
4.2.2.1.1 Conteúdos do contexto: cultura, diversidade e luta por direitos. ......................................................... 286
4.2.2.1.2Conteúdos do contexto: ciência, tecnologia e ambiente: avanços e contradições. ................................ 292
4.2.2.1.3 Conteúdos do contexto: trabalho, consumo e desenvolvimento humano. ........................................... 295
4.2.2.1.4 Conteúdos do contexto: democratização do conhecimento. ................................................................ 298
4.2.3 Metodologia e Interdisciplinaridade em Matemática ....................................................................... 302
4.2.3 Avaliação em Matemática ........................................................................................................... 302
4.2.5 Referências Bibliográficas ............................................................................................................... 303
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................................ 304
- - 9

APRESENTAÇÃO

A Secretaria de Estado da Educação, Cultura e Desportos - SECD, através do


Departamento de Educação Básica, apresenta a Proposta da Rede Pública Estadual para o
Ensino Fundamental visando nortear e orientar a ação pedagógica das unidades escolares e
dos profissionais que atuam nesta etapa de ensino.
A presente proposta foi elaborada de forma participativa e em três etapas a partir de
2008. Na primeira foi instituída uma Coordenação Geral que de forma democrática e coletiva
convidou profissionais de educação, formando uma grande equipe composta por técnicos e
professores da área que atuam nas Escolas Estaduais de Ensino Fundamental. Esses
momentos foram marcados por encontros realizados em escolas pólos, onde debates e
discussões subsidiaram a elaboração do documento preliminar.
A segunda etapa contou com a colaboração de Assessores Técnicos da Divisão de
Fortalecimento do Currículo Escolar, para o fechamento da redação da proposta nos aspectos
legais e gerais, e assim concluiu-se o trabalho final de formatação e digitação, momento em
que o documento foi encaminhado ao Conselho Estadual de Educação de Roraima e retornou
através do Oficio nº 87/10 solicitando que seguisse o rito processual passando inicialmente
pela Auditoria do Controle de Ensino, bem como, a revisão dos objetivos e outros. Atendida
as solicitações do CEE/RR a Auditoria do Controle de Ensino após analise, apresentou
sugestões e orientações através do Parecer Técnico nº 53/10.
Para o momento final, constituiu-se uma pequena Comissão formada pela Assessoria
Técnica do Departamento de Educação Básica, conhecedora da referida proposta e das
orientações do CEE/RR e da ACRE/SECD, que deu andamento ao trabalho de ajustes no
documento considerando a ação pedagógica do Ensino Fundamental dentro da organização de
8 anos e 9 anos.
Ao final de todas as etapas, num período de aproximadamente três anos, a Proposta
consolidou-se num documento final, organizado em duas partes:
 Parte I contempla o Diagnóstico, o Marco Referencial e o Processo de
Implantação, Desenvolvimento e Implementação da Proposta;
 Parte II contempla a Matriz e Referencial Currícular.
Deve-se compreender que este documento não tem a intenção de apresentar receitas
prontas a serem executadas, mas, apontar caminhos a serem percorridos e práticas a serem
- -10

vivenciadas e adaptadas as diversas realidades, num processo constante de reflexão e


comprometimento de todos os profissionais da educação.
- -11

PARTE I
- -12

INTRODUÇÃO

Esta proposta tem como objetivo compartilhar com educadores e educadoras o


resultado das discussões vivenciadas nas escolas estaduais durante os anos de 2008 e 2009,
visando a elaboração de um currículo que atendesse ao o art. 6º da Lei nº 9394/96 que trata da
inclusão de crianças de seis anos de idade no Ensino Fundamental.
O documento foi concebido como um convite ao desafio de navegar em um novo
modelo de Ensino Fundamental visando não só a ampliação dos anos de escolaridade, mas
também a melhoria da qualidade da aprendizagem e da permanência do aluno.
Optou-se por uma linguagem objetiva, que oferecesse suporte político, filosófico,
teórico, curricular e metodológico básicos para a prática pedagógica das escolas da rede
publica estadual, numa perspectiva de educação para a transformação social.
O documento organiza-se em duas partes, sendo que, na primeira parte, apresenta-se o
contexto atual do Estado de Roraima, os fundamentos legais, teóricos, filosóficos e
metodológicos que nortearão o Ensino Fundamental. Já na segunda parte, definiu-se as
características do currículo e dos conteúdos, bem como, a organização e matriz curricular e o
Referencial que norteará a ação pedagógica.
- -13

1 CONTEXTO ATUAL DO ESTADO DE RORAIMA

O Estado de Roraima está localizado no extremo norte do país na Amazônia Legal, tem
como fronteira os países: a República Cooperativa da Guiana (leste), a Venezuela (norte e
oeste), o estado do Pará (oeste) e o estado do Amazonas (sul). Com uma área total de
225.161.1 Km² composta por 15 municípios.
Roraima possui uma população estimada em 2009 pelo IBGE de 430.000 habitantes3,
concentrando-se 63% na capital Boa Vista e os demais distribuídos nos quatorze municípios.
Esta população é constituída por uma etnodiversidade que corresponde às etnias: Macuxi,
Taurepang, Waiwai, Waimiri-Atroari, Ingaricó, Maiogong, Sapara, Patamona, Ye‟kuana e
Yanomami. A população não-índia é formada por imigrantes provenientes de todos os estados
do Brasil, significantemente do nordeste.
Do total de habitantes 218.000 são de naturalidade roraimense, ou seja, 50,69%, sendo
os demais migrantes, dos mais diversos estados brasileiros, encontrando maior expressão o
número de pessoas oriundas do Maranhão, Pará, Amazonas e Ceará, e imigrantes.
O aumento populacional no Estado tem ocorrido especialmente em virtude do processo
migratório, como pode-se verificar por exemplo, no período de 1997 a 2005 o número de
pessoas não naturais de Roraima passou de 96.390 para 196.161. Este fato evidencia que a
sociedade roraimense tem na diversidade cultural a sua identidade.
Com relação à economia o Produto Interno Bruto Estadual e Municipal 2007 -20104,
informa que o Estado contribui com 0,16% da contribuição nacional e 3,1% da contribuição
da região norte, atuando em atividades do setor primário, secundário e terciário, como por
exemplo a agricultura, o extrativismo mineral, a construção civil, entre outras.
Em 2007 o Produto Interno Bruto per capta de Roraima ocupava a 13º posição no
ranking nacional e 2º posição na Região Norte perfazendo um valor de R$ 10.320,00, sendo
concentrado na capital Boa Vista a maior parte da riqueza, conforme Tabela abaixo.

3
Disponível em: <http://ibge.gov.br>.
4
Disponível em: <http://www.seplan.rr.gov.br>.
- -14

Tabela 01. Posição dos Municípios de Roraima com relação ao PIB - 2007
Posição Capital PIB (R$ 1000) Posição Capital PIB (R$ 1000)
1ª Boa Vista/RR 3.036.017 9ª Normandia 65.695
2ª Rorainópolis 169.769 10ª Caroebe 57.863
3ª Caracaraí 128.340 11ª Amajari 52.755
4ª Alto Alegre 112.584 12ª Iracema 51.156
5ª Mucajaí 109.397 13ª São João da 44.939
Baliza
6ª Cantá 96.313 14ª São Luiz 41.630
7ª Bonfim 81.962 15ª Uiramutã 39.190
8ª Pacaraima 81.058
Fonte: Produto Interno Bruto Estadual e Municipal 2007 -2010
Nota: Disponível em <http://www.seplan.rr.gov.br>.

Com relação a desigualdade o Índice de Gini , que mede o grau de desigualdade na


distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capta, apresentou em 2009 o índice
de 0,519, demonstrando que grandes são os desafios a serem superados.
Roraima apresenta taxas de analfabetismo e analfabetismo funcional (pessoas que têm
menos de quatro anos de estudo) elevadas chegando em 2008 se somadas a 27,1%, conforme
constata-se na Tabela 02 .

Tabela 02 - Taxa de Analfabetismo e Analfabetismo Funcional das Pessoas de 15 anos ou


mais de idade
2002 2006 2008
% de % de % de
% de % de % de
Local analfabetos analfabetos analfabetos
analfabetos analfabetos analfabetos
funcionais funcionais funcionais
Brasil 10,0 21,0
11,8 26,0 10,4 22,2
Região
10,7 24,2
Norte 9,8 24,7 11,3 25,6
Roraima 9,3
12,0 27,7 8,3 20,1 17,8
Fonte: IBGE, Síntese de Indicadores Sociais

Já a média de anos de estudo considerando que segundo a Emenda Constitucional nº


59/09 a Educação Básica é obrigatória e gratuita dos 04 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de
idade, ou seja 14 anos de estudo, percebe-se na Tabela 04 que grandes são os desafios em
Roraima para a efetivação desta garantia.
- -15

Tabela 03 - Média de anos de estudos da População de 10 anos ou mais de idade por grupo de
idade - Roraima
Idade em anos 2005 2006 2007 2008
10 anos 2,5 2,6 2,7 2,3
11 anos 3,5 3,5 3,5 3,7
12 anos 4,2 4,4 4,3 4,5
13 anos 5,1 5,0 5,2 5,3
14 anos 5,4 5,3 6,0 6,2
15 anos 6,5 6,4 6,6 6,7
16 anos 7,2 7,5 7,4 7,4
17 anos 8,1 7,6 8,2 8,2
18 anos 8,2 8,4 8,8 8,4
19 anos 9,1 9,1 9,6 9,1
20 a 24 anos 8,5 9,3 9,6 10,0
25 a 59 anos 6,7 7,1 7,6 8,1
60 anos ou mais 2,5 3,3 3,0 2,8
Fonte: IBGE, Síntese de Indicadores Sociais 2009; Elaboração: SEPLAN-RR/CGEES

A Educação Básica em Roraima é ofertada por instituições públicas e privadas,


atendendo segundo o Censo Escolar 20095 a 133.887 alunos – Tabela 04, número este
correspondente a 0,25% do total de alunos em âmbito nacional desta etapa de ensino.

Tabela 04 - Número de Matrículas de Educação Básica por Etapas e Modalidade de Ensino,


Brasil, Região Norte e Roraima - 2009
Educação
Região Geográfica / Educação Ensino Ensino Profissio
Total de Jovens e
Unidade da Federação Infantil Fundamental Médio nal
Adultos
Brasil 52.580.452 6.762.631 31.705.528 8.337.160 861.114 4.639.382
Norte 5.177.584 563.724 3.293.438 723.760 41.635 539.382
Roraima 133.887 17.170 86.547 17.512 1.179 11.474
Fonte: Censo Escolar 2009

Com relação ao atendimento prestado na Educação Básica pela Rede Pública Estadual
em 2009, 81.959 alunos foram matriculados, 56.613 deles no Ensino Fundamental, 15.181 no
Ensino Médio e 10.165 na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o que corresponde a
88% do atendimento educacional desta etapa de ensino em Roraima.

5
Disponível em:< http://www.inep.gov.br>.
- -16

Tabela 05 - Número de Alunos da Educação Básica por Faixa Etária, segundo a Região
Geográfica e Roraima - 2009
Unidade Alunos da Educação Básica
da Federa- Faixa Etária
ção Total
0a3 4e5 6 a 14 15 a 17 18 a 24 25 a 29 Mais de 29
Brasil 52.039.361 1.438.142 3.785.227 29.418.436 9.060.648 4.900.584 1.004.273 2.432.051
Norte 5.134.754 50.181 326.810 3.029.084 806.676 551.898 129.117 240.988
RR 133.669 1.482 9.581 84.454 22.674 10.484 1.698 3.296
Fonte: Censo Escolar 2009

Basicamente o sistema estadual de ensino em Roraima atende a 56.613 alunos no


Ensino Fundamental de 08 e 09 anos, ou seja, 54 % de todos os alunos matriculados nos
estabelecimentos do Estado de Roraima são alunos da rede estadual de ensino, destes 390
alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades incluídos
nas classes regulares e 8.457 alunos matriculados em 186 escolas indígenas.
Os resultados educacionais do Ensino Fundamental, presentes nas taxas de aprovação,
no período de 2005 a 2009 apresentaram pequenos avanços, mas observa-se que a média de
fracasso escolar no Ensino Fundamental da rede estadual de Roraima em 2009 é superior a
15%, ou seja, milhares de alunos reprovados no Ensino Fundamental que vão aumentando o
público com perfil de correção de fluxo ou Educação de Jovens e Adultos.

Tabela 06. Taxa de Aprovação Ensino Fundamental – Roraima/2005 e 2009

Região/ Rede Taxa de Aprovação -2005 Taxa de Aprovação -2009


UF (1)
SI a 4ª 5ª a 8ª SI a 4ª 5ª a 8ª
Norte Total 71,8 75,3 76,1 79,2
Norte Estadual 77,5 75,3 79,6 77,9
Norte Privada 96,7 95,1 96,9 95,1
Roraima Total 85,1 81,1 87,1 84,0
Roraima Estadual 84,5 80,5 85,1 83,0
Roraima Privada 98,9 96,4 98,9 97,6
6
Fonte: MEC/INEP
Nota:
(1) Série Inicial = 1 ano; Ensino Fundamental I: 1º ao 5º ano; Ensino Fundamental II: 6º ao 9º ano.

No mesmo período os resultados de Roraima nas avaliações do Sistema de Avaliação da


Educação Básica (Saeb)7 apresentam evolução no Ensino Fundamental I e II, conforme
informado nas Tabelas 07 e 08.

6
Disponível em :< http://portalideb.inep.gov.br>. Acesso em: 21/09/10.
- -17

Tabela 07: Resultado da Avaliação do SAEB Ensino Fundamental I - 2005 e 2009


Região/ Rede Nota SAEB - 2005 Nota SAEB - 2009
Unidade da Nota Média Nota Média
Federação Língua Língua
Matemática Padronizada Matemática Padronizada
Portuguesa Portuguesa
(N) (N)
Norte Total 166,97 160,53 4,07 188,24 172,25 4,69
Norte Estadual 166,40 161,31 4,07 192,83 176,64 4,86
(1) 6,12
Norte Privada 211,05 202,33 5,67 225,85 211,15
(3) 4,68
Roraima Total 172,14 164,21 4,24 187,53 172,37
Roraima Estadual 169,17 161,60 4,13 186,43 171,15 4,64
(2) -
Roraima Privada 221,12 216,91 6,13 - -
Nota:
(1) Médias da Prova Brasil/SAEB 2009 e Ideb 2009 calculados somente com as escolas urbanas
(2) Médias da Prova Brasil/SAEB 2009 e Ideb 2009 não calculados devido à perda amostral.
(3) Médias da Prova Brasil/SAEB 2009 e Ideb 2009 calculados sem as escolas privadas.
Fonte: MEC/INEP8

Tabela 08: Resultado da Avaliação do SAEB Ensino Fundamental II - 2005 e 2009


Região/ Rede Nota SAEB - 2005 Nota SAEB - 2009
Unidade da Nota Média Nota Média
Federação Língua Língua
Matemática Padronizada Matemática Padronizada
Portuguesa Portuguesa
(N) (N)
Norte Total 226,8 225,84 4,21 236,33 237,19 4,56
Norte Estadual 222,84 223,00 4,10 233,69 235,53 4,49
(1) 5,57
Norte Privada 273,47 265,47 5,65 271,59 262,69
(3) 4,43
Roraima Total 228,13 224,50 4,21 233,27 232,54
Roraima Estadual 219,47 218,73 3,97 232,99 232,20 4,42
Roraima Privada (2) 306,93 277,02 6,40 - - -
Nota:
(1) Médias da Prova Brasil/SAEB 2009 e Ideb 2009 calculados somente com as escolas urbanas
(2) Médias da Prova Brasil/SAEB 2009 e Ideb 2009 não calculados devido à perda amostral.
(3) Médias da Prova Brasil/SAEB 2009 e Ideb 2009 calculados sem as escolas privadas.
Fonte: MEC/INEP9

Como conseqüência das taxas de aprovação e médias do SAEB o Índice de


Desenvolvimento da Educação Básica na rede estadual de ensino, em 2009, apresentou os
resultado presentes na Tabela 09, inferiores a média nacional.

7
Instituído pela Portaria MEC n.º 931, de 21 de março de 2005, o Sistema de Avaliação da Educação Básica -
SAEB produz informações a respeito da realidade educacional brasileira, por meio de exame bienal de
proficiência, em Matemática e em Língua Portuguesa (leitura), aplicado em amostra de alunos de 4ª e 8ª séries
do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio.
8
Disponível em :< http://portalideb.inep.gov.br>. Acesso em: 21/09/10.
9
Disponível em :< http://portalideb.inep.gov.br>. Acesso em: 21/09/10.
- -18

Tabela 09. Resultado do IDEB Brasil/Roraima 2009


Fases do Ensino BRASIL RORAIMA
Ensino Fundamental I 4,6 4,2

Ensino Fundamental II 4,0 3,7

Nota: O IDEB é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar e das médias de desempenho nas
avaliações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP, denominadas
Sistema de Avaliação da Educação Básica - Saeb – para os Estados e o Distrito Federal, e a Prova Brasil – para
os municípios.
Fonte: Inep

Em 2008, o Governo do Estado de Roraima firma junto ao Governo Federal e a


sociedade brasileira o “Plano de Metas Compromisso Todos Pela Educação” e assume a
responsabilidade de efetivar na sua rede de ensino as 28 diretrizes abaixo relacionadas:

I - estabelecer como foco a aprendizagem, apontando resultados concretos a


atingir;
II - alfabetizar as crianças até, no máximo, os oito anos de idade, aferindo os
resultados por exame periódico específico;
III - acompanhar cada aluno da rede individualmente, mediante registro da sua
freqüência e do seu desempenho em avaliações, que devem ser realizadas
periodicamente;
IV - combater a repetência, dadas as especificidades de cada rede, pela adoção de
práticas como aulas de reforço no contra-turno, estudos de recuperação e
progressão parcial;
V - combater a evasão pelo acompanhamento individual das razões da não-
freqüência do educando e sua superação;
VI - matricular o aluno na escola mais próxima da sua residência;
VII - ampliar as possibilidades de permanência do educando sob responsabilidade
da escola para além da jornada regular;
VIII - valorizar a formação ética, artística e a educação física;
IX - garantir o acesso e permanência das pessoas com necessidades educacionais
especiais nas classes comuns do ensino regular, fortalecendo a inclusão educacional
nas escolas públicas;
X - promover a educação infantil;
XI - manter programa de alfabetização de jovens e adultos;
XII - instituir programa próprio ou em regime de colaboração para formação inicial
e continuada de profissionais da educação;
XIII - implantar plano de carreira, cargos e salários para os profissionais da
educação, privilegiando o mérito, a formação e a avaliação do desempenho;
XIV - valorizar o mérito do trabalhador da educação, representado pelo
desempenho eficiente no trabalho, dedicação, assiduidade, pontualidade,
responsabilidade, realização de projetos e trabalhos especializados, cursos de
atualização e desenvolvimento profissional;
XV - dar conseqüência ao período probatório, tornando o professor efetivo estável
após avaliação, de preferência externa ao sistema educacional local;
XVI - envolver todos os professores na discussão e elaboração do projeto político
pedagógico, respeitadas as especificidades de cada escola;
XVII - incorporar ao núcleo gestor da escola coordenadores pedagógicos que
acompanhem as dificuldades enfrentadas pelo professor;
XVIII - fixar regras claras, considerados mérito e desempenho, para nomeação e
exoneração de diretor de escola;
- -19

XIX - divulgar na escola e na comunidade os dados relativos à área da educação,


com ênfase no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB, referido no
art. 3o;
XX - acompanhar e avaliar, com participação da comunidade e do Conselho de
Educação, as políticas públicas na área de educação e garantir condições, sobretudo
institucionais, de continuidade das ações efetivas, preservando a memória daquelas
realizadas;
XXI - zelar pela transparência da gestão pública na área da educação, garantindo o
funcionamento efetivo, autônomo e articulado dos conselhos de controle social;
XXII - promover a gestão participativa na rede de ensino;
XXIII - elaborar plano de educação e instalar Conselho de Educação, quando
inexistentes;
XXIV - integrar os programas da área da educação com os de outras áreas como
saúde, esporte, assistência social, cultura, dentre outras, com vista ao fortalecimento
da identidade do educando com sua escola;
XXV - fomentar e apoiar os conselhos escolares, envolvendo as famílias dos
educandos, com as atribuições, dentre outras, de zelar pela manutenção da escola e
pelo monitoramento das ações e consecução das metas do compromisso;
XVI - transformar a escola num espaço comunitário e manter ou recuperar aqueles
espaços e equipamentos públicos da cidade que possam ser utilizados pela
comunidade escolar;
XXVII - firmar parcerias externas à comunidade escolar, visando a melhoria da
infra-estrutura da escola ou a promoção de projetos socioculturais e ações
educativas;
XXVIII - organizar um comitê local do Compromisso, com representantes das
associações de empresários, trabalhadores, sociedade civil, Ministério Público,
Conselho Tutelar e dirigentes do sistema educacional público, encarregado da
mobilização da sociedade e do acompanhamento das metas de evolução do IDEB.

Vale ressaltar, que este compromisso vai muito além do acesso à escolarização
visando à efetividade da aprendizagem. Neste sentido, urge a necessidade de uma Proposta
para o Ensino Fundamental que atenda a transição de 08 para 09 anos de duração, respeite a
as especificidades das crianças de seis anos que ingressam neste nível de ensino e as várias
realidades do Estado de Roraima, bem como, que norteie a prática pedagógica vivenciada no
ambiente escolar.
- -20

2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA PROPOSTA DA REDE PÚBLICA


ESTADUAL PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

Figura 01: Estrutura Organizacional da Proposta da Rede Pública Estadual para o Ensino
Fundamental
- -21

3 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL NA REDE


PÚBLICA ESTADUAL DE ENSINO

O Sistema Estadual de Educação de Roraima para efetivar a transição do Ensino


Fundamental para nove anos vem administrando a convivência de planos curriculares do
Ensino Fundamental de oito e nove anos, conforme quadro abaixo:

Tabela 10: Convivência do Ensino Fundamental de oito e nove anos


SÉRIES INICIAIS SÉRIES FINAIS
Faixa etária 06 anos 07 anos 08 anos 09 anos 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14
Ensino anos
fundamental 1ª série 2ª série 3ª série 4ª série 5ª série 6ª série 7ª série 8ª série
de 08 anos
ANOS INICIAIS ANOS FINAIS
Faixa etária 06 anos 07 anos 08 anos 09 anos 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14
anos

Ensino
fundamental 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano
de 09 anos

Segundo o Censo Escolar 2008, naquele ano, apenas três escolas da Rede Pública
Estadual de Ensino, localizadas na capital, implantaram o Ensino Fundamental de Nove Anos,
são elas: Escolas Estaduais 31 de Março, Barão de Parima e Parque Ursinho Feliz.
O Censo Escolar 2009 informa das 56.613 matriculas efetivadas no Ensino
Fundamental da rede estadual, apenas 1.427 foram no Ensino Fundamental de Nove Anos, o
que corresponde a 2,52% do atendimento neste nível.
Em 2010, conforme Edital de Matrículas, aprovado pelo Conselho Estadual de
Educação através do Parecer CEE/RR nº 88/09, o ingresso de alunos no Ensino Fundamental
na Rede Pública Estadual de Ensino deve ser apenas no modelo de 09 anos.
- -22

Tabela 11: Período de convivência do Ensino Fundamental de oito e nove anos na rede
estadual
2008 2009 2010 2011
1º ano* 1ª a 8ª 1º e 2º 1ª a 8ª 1º ao 3º ano 1ª a 8º 1º ao 4º 2ª a 8ª séries
séries ano séries séries ano

2012 2013 2014 2015


1º ao 3ª a 8ª 1º ao 6º 4ª a 8ª 1º ao 7º 5ª a 8ª 1º ao 8º 6ª a 8ª séries
5º ano séries ano séries ano séries ano

2016 2017 2018 2019


1º ao 7ª e 8 séries 1º ao 9º 7ª e 8 séries 1º ao 9º ano 7ª e 8 séries 1º ao 9º 8º série
8º ano ano ano

2020
1º ao 9º ano

* Apenas nas Escolas Estaduais 31 de Março, Barão de Parima e Parque Ursinho Feliz.

Acredita-se que no período de 2008 a 2019 todas as escolas listadas no quadro abaixo,
estarão gradualmente implantando e Ensino Fundamental de nove anos e atendendo também
estudantes do modelo de oito anos até que em 2020 todas as matrículas da rede estadual de
ensino serão no Ensino Fundamental de nove anos.

Tabela 12: Escolas Estaduais que em processo de implantação do Ensino Fundamental de 9


anos
Alto Alegre
Escolas
EE. Desembargador Sadoc Pereira EE. Delcir Barreto de Souza.
EE. Profº Geraldo da Silva Pinto. EE. Rui Barbosa
EEI. Hermenegildo Sampaio. EEI. Marechal Candido Rodon
EEI. Antonio Dias de Souza Cruz EEI. Alcides Moura
EEI. Fábio de Magalhães EEI. Geraldo Julião
EEI. Nova Palimiutheli EEI. Turumatima Y. Yarixiama
EEI. Machado de Assis. EEI. Nova Sikanabi
EEI. Pres. Getúlio Vargas EEI. Riachuelo
EEI. Waikás EEI. Eurico Mandulão
EEI. Yanomami Alto Mucajaí. EEI. Yanomami Halikato-u
EEI. Yanomami Surucucu EEI. Yanomami Kõraxira
EEI. Yanomami Yano Turuma EEI. Kaiumbi
Amajari
Escolas
EE. Ovídio Dias de Souza. EEI Santa Luzia
EE.Presidente Epitácio Pessoa. EEI Tuxaua Raimundo Tenente.
EEI. Agrícola Pacheco EEI. Apolinário Gimenes
EEI. Artur Cavalcante. EEI. Almirante Barroso.
EEI. Faustino Ribeiro Saldanha. EEI. Inácio Madulão
EEI. Profª Maria Luiza da Silva. EEI. Profº Edimilson Coelho de Aguiar
EEI. Santa Inês EEI. João Custodio Peres
EEI. José do Patrocínio EEI. Tobias Barreto.
- -23

EEI. Tuxaua Manoel Horacio EEI. Helepe


EEI. Honama EEI. Opasai
EEI. Índio Sebastião Barnabé. EEI. Yanomami Eriko
EEI. Yanomami Nemonemo
Boa Vista
Escolas
EE.Prof Coema Souto Maior Nogueira EE Pres Tancredo Neves
EE Girassol EE Dom Jose Nepote
EE Euclides da Cunha EE Barao De Parima
EE Lobo D'almada EE Prof. Hildebrando Ferro Bitencourt
EE Profª Vitoria Mota Cruz EE Profª Diva Alves De Lima
EE Pres. Costa e Silva EE Gen. Penha Brasil
EE Monteiro Lobato EE Oswaldo Cruz
EE 13 De Setembro EE São Jose
EE Buriti EE Prof. Diomedes Souto Maior
EE Carlos Drumond de Andrade EE Princesa Isabel
EE Profº Camilo Dias EE Prof Francisca Elzika de Souza Coelho
EE. Mario David Andreazza EE São Vicente de Paula
EE Profª Maria Das Neves Rezende EE Profª Idarlene Severino Da Silva
EE Prof Carlo Casadio EE Prof Jaceguai Reis Cunha
EE Prof. Antonio Carlos da Silva Natalino EE Pedro Elias Albuquerque Pereira
EE Olavo Brasil Filho EE América Sarmento Ribeiro
EE Dr Luiz Rittler Brito de Lucena EE Dr Ulysses Guimaraes
EE Fagundes Varela EE Maria Raimunda Mota de Andrade
EE Prof Maria de Lourdes Neves EE Prof Wanda David Aguiar
EE Prof Severino G G Cavalcante EE Carana
EE Jesus Nazareno de Souza Cruz EE Fernando Grangeiro De Menezes
EE Prof. Antonia Coelho de Lucena EE Prof Maria Nilce Macedo Brandao
EE Prof Conceicao da Costa E Silva EE Prof Antonio Ferreira De Souza
EE Prof Voltaire Pinto Ribeiro EE Luiz Ribeiro De Lima
EE Prof Vanda da Silva Pinto EE Maria Sonia De Brito Oliva
EE Sen Helio da Costa Campos EE Prof Maria Dos Prazeres Mota
EE Profª Elza Breves De Carvalho EE Prof Raimunda Nonato Freitas da Silva
EE. Albino Tavares EE 31 de Março
EE. Nilo José de Melo. EEI. Profº Genival Tomé Macuxi
EE. Santa Fé EEI. Rosa Nascimento
EE. São Jorge EEI. Angélico Pereira.
EEI. Homero Cruz EEI. Davi de Sousa.
EEI. Índio Ajuricaba. EEI. Paulo Augusto da Silva.
EEI. Lino Augusto da Silva. EEI. Índio Dionísio
EEI. Senador Felintro Müller EEI. José Aleixo Ângelo
Bonfim
Escolas
EE. Aldébaro José Alcântara EE. João Vilena.
EE. Argentina Castelo Branco EE. Sebastião Diniz
EE. São Francisco EEI. Nossa Senhora da Consolata
EE. Barão do Rio Branco EEI. Tuxaua Otavio Manduca
EE. Santa Rosa EEI. Arnaldo Ambrosio.
EEI. Olegário Mariano. EEI. Marco Inácio Wapichana
EEI. Santa Rita EEI. Felipe João Wapichana.
EEI. Tuxaua Pedro Terencio. EEI. Tuxaua Artenio.
EEI. Vovô Emiliano Wapichana. EEI. Vovô Ricardo Ambrosio.
Cantá
Escolas
EE. José Aureliano da Costa EE. Alcides Miguel de Souza.
EE. Antonio Augusto Martins. EE. Barbosa de Alencar
EE. Otília de Souza Pinto EE. Profª Genira Brito Rodrigues
EE. Mario Homem de Melo EE. Raimundo Carlos Mesquita.
- -24

EEI. Profº Edimilson Lima Cavalcante. EEI. Tuxaua Luiz Cadete


EEI. Sizenando Diniz. EEI. Alcides Sólon.
EEI. Augusto Pinto. EEI. Tuxaua Afonso Cadete
EEI. Antonio Domingos Malaquias EEI. Reinaldo Prill.
Caracaraí
Escolas
EE. Presidente Castelo Branco EE. Roraima
EE. Vereador João Rogelio Schuertz EE. Sebastião Benicio da Silva
EE. Padre Calere EE. Valério de Magalhães
EE.Edmur Oliva EEI. Yanomami Yano Thêa
EE. Maria de Lima Uchoa EE. José Vieira Sales Guerra
Caroebe
Escolas
EE. Dom Pedro I EE. Presidente Getúlio Vargas
EE. Tereza Teodoro De Oliveira EEI. Wai-Wai.
EE. Clóvis Nova da Costa EEI. Catual Wai-Wai.
EE. Profº Vidal da Penha Ferreira EEI. Nova Samauma Wai-Wai.
EEI. Nova Igarapé da Cobra. EEI. Soma
EEI. Wai -Wai Macará
Iracema
Escolas
EE. Dom Pedro II EEI. Turumatima Y. Sikamapiu
EE. José Pereira de Araújo EEI. Hiramatima Yano Koyopi.
EE. Manoel Agostinho de Almeida EEI. Hiramatima Yano Rasasi
EEI. Hiramatima Yano Piau EEI. Hiramatima Yano Xiroxiropiu.
EEI. Hiramorewe Nahi Koherepi. EEI. Turumatima Yano Maraxi Porá
EEI. Turumatima Yano Xokotha EEI. Onimatima Yano Watoriki.
EEI. Hiramatima Yano Apiahiki. EEI. Turumatima Yano Maharau.
EEI. Onimatima Yono Kuisipi. EEI. Turumatima Yano Heramapi.
EEI. Turumatima Yano Tihinaki. EEI. Turumatima Yano Erisipi.
EEI. Hiramorewe Nahi Wanapiu. EEI. Hiramorewe Nahi Uxiximapiu
EEI. Hadyonai
Mucajai
Escolas
EE. Antonio Nascimento Filho. EE. Padre José Monticone
EE. Maria Mariceuma de Oliveira Cruz EE. Vereador Francisco Pereira Lima
EE. Nossa Senhora da Penha EE. Nova Esperança
EE. Profº Venceslau Catossi EE. Padre Ricardo Silvestre
EE. Francisco Julião da Silva EE. Francisco Lino Nogueira
EE. Josefa Maria da Conceição EE. Maria da Paz.
EE. Profº Afonso Gomes do Nascimento. EE. Santa Cercília.
EE. Sebastião Augustinho de Almeida EE. Sebastião Felix Correa
Normandia
Escolas
EE. Mariano Vieira. EEI. Índio Macuxi
EEI. Tuxaua Evaristo EEI. Índio Gustavo Alfredo
EEI. José Viriato EEI. Amoko Kaipita
EEI. Índio Marajó EEI. Coronel Mota
EEI. Bento Macuxi EEI. Cícero Trajano
EEI. Índio Macuxi Hernesto Pinto EEI. Índio Benedito
EEI. Índia Nayara EEI. Índio Benigno de Almeida.
EEI. Índio Gabriel EEI. Índio Francisco.
EEI. Índio Hermínio Paulino EEI. Índio Daniel
EEI. Índio Marcolino EEI. Índio Petrólino
EEI.Ìndio Luiz Trajano EEI. Índio Luiz
EEI. Índia Anita. EEI. Índio José Bacaba.
EEI. Índio Bernaldo. EEI. Índio José Neto.
EEI. Índio Macuxi Floriano. EEI. José Bento.
- -25

EEI. Nova do Juazeiro. EEI. Índio Pacararu.


EEI. Presidente Afonso Pena. EEI. Índio Harian.
EEI. Índio Soecario. EEI. Marechal Deodoro da Fonseca.
EEI. Jadier Guilherme de Mendonça. EEI. Santa Maria de Normandia
EEI. Geraldo Crispim EEI. Tuxaua Aurélio Mendes.
EEI. Índia Clarinda de Almeida EEI. Maria Enedina Lima.
EEI. Tipiritiwî EEI. Maria Pedro.
EEI. Rosa de Saron EEI. Petronílio Saldanha
Pacaraima
Escolas
EE. Cícero Vieira Neto EEI. Artur Pinto da Silva.
EEI. Tuxaua Antonio Horácio EEI. Bartolomeu Bueno
EEI. Padre José de Anchieta EEI. Bento Luiz.
EEI. Fernão Dias EEI. Desidério de Oliveira.
EEI. Amo‟ko Pere‟ka EEI. Felismino de Alcântara.
EEI. Amo‟ko Aripron EEI. Índia Francisca da Silva Macuxi.
EEI. Índio Tawina. EEI. Índio Insikiran.
EEI. Índio Raimundo Macuxi EEI. Índio Manoel Barbosa
EEI. Izaura Roth EEI. Madre Conceição Dias
EEI. José Antonio de Souza. EEI. Manoel Anísio da Silva.
EEI. José Joaquim EEI. Monaiko‟.
EEI. Prof° José Malheiros. EEI.Nova do Samã.
EEI. Kuiapim EEI. Prof° Ana Miranda de Vasconcelos
EEI. Terezinha dos Santos. EEI. Rorai Me Ri Pi
EEI. Tuxaua Alonso de Souza. EEI. Santo Antonio de Pádua.
EEI. Tuxaua Bento Louredo da Silva. EEI. Siminy‟o
EEI. Tuxaua Evanderson. EEI. Tuxaua Felismino
EEI. Terezinha dos Santos EEI. Tuxaua Lobato
EEI. Tuxaua Alonso de Souza. EEI. Santa Rosa de Lima.
EEI. Tuxaua Bento Louredo da Silva. EEI. Guilhermina Fernandes.
EEI. Tuxaua Evanderson.
Rorainópolis
Escolas
EE. Padre Eugenio Possamai. EE. Fagundes Varela.
EE. Antonia Tavares da Silva EE. 1º de Maio
EE. Tenente João de Azevedo Cruz EE. Leopoldo Campelo
São João da Baliza
Escolas
EE. Francisco Ricardo Macedo EE. Henrique Dias
São Luiz do Anauá
Escolas
EE. João Rodrigues da Silva EE. Profº Alan Cardec Dantas Haddad
EE. Profª Zoraide da Gama Figueiredo EE. Darcy Ribeiro.
EE. Cecília Meireles EE. Doutor Ulisses Guimarães
EE. Luiz de Oliveira. EEI. Anauá.
Uiramutã
Escolas
EE. Joaquim Nabuco EEI. Ko‟ko Izabel Macuxi
EEI. São Sebastião do Cailã. EEI. José Alamano
EEI. Álvaro de Azevedo. EEI. Anastácio dos Santos
EEI. Antonio Saymã EEI. Bernardo Sayão
EEI. Amooko Pedro Pakará EEI. Carlos Gomes
EEI. Amooko Ernesto Lino EEI. Capataz Ronaldo Willians
EEI. Amooko Manuelão EEI. Cmt. Sebastião Pires de Amorim.
EEI. Amooko Faustino de Andrade. EEI. Cassimiro Rafael.
EEI. Afonso Benedito. EEI. Dom Lourenço Zoller.
EEI. Antonio Francisco Lisboa. EEI. Eduardo Ribeiro.
EEI. Aldo da Silva Mota. EEI. Estácio Filho.
- -26

EEI. Galdino Abelardo. EEI. Monte Moriá II


EEI. Georgina Pereira EEI. Manoel Manduca
EEI. Índio Boa Ventura. EEI. Melquior Sabino de Souza.
EEI. João Grenaldh EEI. Henrique Ramos
EEI. Joaquim Jones José Ingarico. EEI. Padre Antonio Curti.
EEI. Joaquim Marques EEI. Presidente João Pessoa.
EEI. José Laimã EEI. Padre Manoel da Nóbrega
EEI. Julio Pereira. EEI. Presidente Kennedy
EEI. Ko‟ko Waraura EEI. Profª Maria de Freitas
EEI. Maria Creuza Macuxi. EEI. Prof° Arceno Ramos
EEI. Profª Marlene Barbosa. EEI. São Mateus.
EEI. Santa Anita EEI. São Benedito.
EEI. Sales Ingarico EEI. Sebastião Neto.
EEI. Santa Rosa. EEI. Sergio Alvino.
EEI. Santa Mônica EEI. Simão Gabriel.
EEI. Santa Terezinha.
- -27

3. 1 Objetivos e Fins da Educação e do Ensino Fundamental

Considera-se, como dispõe a LDB nº 9394/96 e na Lei Complementar nº 43/01, que a


educação tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, e que em sua oferta devem ser
considerados os princípios:
 igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
 liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a
arte e o saber;
 pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
 respeito à liberdade e apreço à tolerância;
 coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
 gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
 valorização do profissional da educação escolar;
 gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos
sistemas de ensino;
 garantia de padrão de qualidade;
 valorização da experiência extra-escolar;
 vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais;
 promoção da interação escola, comunidade e movimentos sociais;
 promoção da justiça social, da igualdade e da solidariedade;
 respeito à liberdade, aos valores e capacidades individuais, apreço à
tolerância, estímulo e propagação dos valores coletivos e comunitários e defesa
do patrimônio público;
 valorização da cultura local e regional; e
 vinculação da educação escolar ao mundo do trabalho e à pratica social,
valorizando o ambiente sócio-econômico-cultural do Estado de Roraima.

3.1.1 Objetivos do Ensino Fundamental segundo a LDB

O Art. 32 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional prevê ensino fundamental


obrigatório, com duração de 09 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 06
(seis) anos de idade, com o objetivo de promover a formação básica do cidadão, mediante:
- -28

I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno


domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das
artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

3.1.2 Objetivos do Ensino Fundamental para a Rede Pública Estadual de Ensino

Espera-se que ao final de 09 anos de escolaridade obrigatória os educandos do Ensino


Fundamental da rede pública estadual de ensino alcancem os objetivos previstos nos
Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN‟s e sejam capazes de:

 compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de


direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de
solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para
si o mesmo respeito;
 posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações
sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões
coletivas;
 conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e
culturais como meio para construir progressivamente a noção de identidade nacional e
pessoal e o sentimento de pertinência ao país;
 conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como
aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer
discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo,
de etnia ou outras características individuais e sociais;
 perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando
seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do
meio ambiente;desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de
confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de interrelação
- -29

pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e


no exercício da cidadania;
 conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos saudáveis
como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em
relação à sua saúde e à saúde coletiva;
 utilizar as diferentes linguagens – verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e
corporal – como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias, interpretar e
usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a
diferentes intenções e situações de comunicação;
 saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e
construir conhecimentos;
 questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando
para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise
crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação. (BRASIL, 1998, p.
55-56)
- -30

4 FUNDAMENTOS POLÍTICOS, TEÓRICOS E FILOSÓFICOS

4.1 Fundamentos Políticos

A Lei Federal nº. 11.274/06 altera a redação dos artigos. 29, 30, 32 e 87 da LDB no
9.394/96, dispondo sobre ampliando da duração do Ensino Fundamental para 09 (nove) anos,
com matrícula obrigatória a partir dos 06 (seis) anos de idade, aprovando a antecipação da
escolaridade obrigatória no Brasil, que passa de 08 para 09 anos, devendo ser implantado
pelos sistemas até 2010.
Esta realidade já estava prevista na LDB nº. 9.394/96 que sugere a ampliação
gradativa do período de permanência do aluno na escola e era uma das metas para o Ensino
Fundamental da Lei n.º 10.172/01- Plano Nacional de Educação (PNE).
O MEC elaborou documentos norteadores para a implantação do Ensino Fundamental
de 09 anos, tais como:
 Indagações sobre Currículo – composto por cinco cadernos, elaborado visando
a promoção nos estados e municípios de debates sobre as concepções
curriculares para a educação básica e subsidiar a elaboração de propostas
curriculares.
 Ensino Fundamental de Nove Anos - Orientações para a Inclusão da criança de
seis anos de idade – tendo como foco principal a criança de seis anos
ingressante no Ensino Fundamental e a infância dos seis aos dez anos o
documento remete a reflexão sobre temáticas como a infância e sua
singularidade, a infância na escola e na vida, as crianças de seis anos e as áreas
do conhecimento.
 A Criança de Seis Anos, a Linguagem Escrita e o Ensino fundamental de Nove
Anos – O documento discute acerca do ensino e da aprendizagem da
linguagem escrita, as formas de linguagem e o letramento, destacando o direito
das crianças de acesso a este conhecimento antes de completar sete anos de
idade.
Os Conselhos de Educação (Nacional e Estadual) a fim de normatizar o atendimento
do Ensino Fundamental de 09 anos, considerando as especificidades do público de 06 anos de
idade, tem regulamentado e orientado os sistemas de ensino através de Resoluções e
Pareceres, conforme quadro abaixo:
- -31

Tabela 13: Cronologia de Resoluções e Pareceres CNE e CEE/RR sobre o Ensino


Fundamental de Nove Anos – 2004 a 2010

Ano Resolução/Parecer Síntese de Encaminhamento


Parecer CNE/CEB nº Estudos visando ao estabelecimento de normas nacionais para a
2004
24/04 ampliação do ensino Fundamental para nove anos de duração.
Resolução CNE/CEB Define normas nacionais para a ampliação do Ensino fundamental
nº 03/2005 para nove anos de duração.
2005
Parecer CNE/CEB nº Reexame do Parecer CNE/CEB nº 24/04 que visa o
06/05 estabelecimento de normas nacionais para a ampliação do Ensino
fundamental para nove anos de duração.
Resolução CEE/RR nº Estabelece normas para ampliação do ensino fundamental de nove
2006 08/06 anos de duração no sistema estadual de educação e adota outras
providencias
Parecer CEE/RR nº Ampliação do Ensino Fundamental para nove anos de duração.
44/06
Parecer CNE/CEB nº Reafirma a importância da criação de um novo Ensino
04/08 Fundamental, com matrícula obrigatória para as crianças a partir
dos seis anos completos ou a completar até o inicio do ano letivo.
2008 Ressalta os três anos iniciais como período voltado à alfabetização
e ao letramento no qual deve ser assegurado também o
desenvolvimento das diversas expressões e o aprendizado das áreas
do conhecimento. Destaca princípios essenciais para a avaliação.
Parecer CNE/CEB nº Diretrizes Operacionais para a Implantação do Ensino Fundamental
2009
22/09 de 09 anos.
Resolução CNE/CEB Define Diretrizes Operacionais para a Implantação do Ensino
nº 01/2010 Fundamental de 09 anos
2010
Resolução CNE/CEB Define Diretrizes Operacionais para a Matrícula no Ensino
nº 06/2010 Fundamental e na Educação Infantil
- -32

4.2 Fundamentos Teóricos e Filosóficos

4.2.1 Função Social da Educação/ Escola

A SECD acredita que educação é um processo de formação, uma prática social


constituída e constituinte das relações sociais mais amplas e um direito inalienável do
cidadão.
Como prática social, a Educação deve ocorrer em espaços e tempos pedagógicos
diferentes, para atender às diferenciadas demandas, tendo como espaço privilegiado a escola,
entendida como ambiente de garantia de direitos, tendo por objetivos básicos:

 Socializar o saber sistematizado e possibilitar que seja criticamente apropriado pelos


alunos;
 Aliar o saber científico e a cultura aos conhecimentos prévios dos alunos;
 Aperfeiçoar, por meio da prática, a vivência democrática permitindo o agir e interagir
com a comunidade;
 Contribuir na construção de uma sociedade com igualdade, humanidade e justiça.

4.2.2 Concepções norteadoras

Ao refletir-se sobre a fundamentação teórica e filosófica do Ensino Fundamental da


Rede Pública Estadual de Ensino fez-se necessário inicialmente considerar as crianças e
adolescentes, pessoas humanas em processo de desenvolvimento e sujeitos de direitos civis,
humanos e sociais, a serem beneficiados com este atendimento.
Neste sentido as bases teóricas e filosóficas desta proposta compreendem as crianças e
adolescentes como sujeitos sociais e históricos elaboradores e criadores de conhecimentos, s
que fazem parte de uma organização familiar inserida numa comunidade com determinada
cultura, em determinado momento histórico, e seguem as seguintes concepções:

 De mundo – Espaço de interações entre os seres humanos e destes com o meio


ambiente, rico em pluralidade cultural, conhecimentos e diversidades, onde os bens
sociais, tecnológicos, culturais sejam acessíveis a todas as pessoas, de tolerância, paz e
diálogo, de respeito e preservação do meio ambiente, de vivência do real significado
de coletividade e comunidade.
- -33

 De Sociedade – Ambiente de manifestações e interações humanas, onde toda a


complexidade da humanidade é exposta, socialmente eqüitativa, justa e solidária,
politicamente democrática, culturalmente pluralista, dialógica e inclusiva que
possibilita o desenvolvimento das potencialidades dos indivíduos respeitando seus
princípios éticos, estéticos e políticos, suas crenças, raças e diferenças; onde o acesso
ao conhecimento e aos bens sociais é garantido a todos.

 De Homem – Indivíduo ativo, crítico e reflexivo, capaz de transformar e construir


conhecimento expressar-se através de múltiplas linguagens e gerir sua vida de forma
autônoma e solidária, manifestando-se de forma critica e criativa, atuando como
sujeito da própria história e da história de seu tempo, aberto às diversidades e
comprometido com a transformação social e o exercício da cidadania.

 De Educação – Processo de formação e prática social constituída e constituinte das


relações sociais mais amplas e um direito inalienável do cidadão que ocorre em
espaços e tempos pedagógicos diferentes, para atender às diferenciadas demandas,
tendo como espaço privilegiado a escola.

 De Escola – Espaço privilegiado de garantia de direitos que de forma sistemática,


socializa o saber sistematizado possibilitando que seja criticamente apropriado pelos
alunos, alia o saber científico e a cultura aos conhecimentos prévios dos alunos,
aperfeiçoa, por meio da prática, a vivência democrática permitindo o agir e interagir
com a comunidade, contribui para a construção/transformação da sociedade.

 De Conhecimento – Valorizado como um processo histórico, dinâmico, incessante, de


busca pelo homem de compreensão, de organização, de transformação do mundo
vivido. Acredita-se que a prática social é a fonte do conhecimento e que o mesmo
deve estar a serviço da ação transformadora, construído na escola e na vida de maneira
interdisciplinar.

 De Ensino – Ação sistemática de mediação, compreendida como intervenção


necessária, que visa a articulação entre conceitos construídos pelas crianças e
- -34

adolescentes na realidade que os cercam e o desenvolvimento de novas habilidades e


competências.

 De Aprendizagem - Processo de apropriação ativa do conhecimento das experiências


humanas, que impulsiona de forma não linear o desenvolvimento, promovendo a
análise de conceitos, esclarecendo significados, elaborando hipóteses e verificando a
validade dos processos de raciocínio.

 De Educação Inclusiva – Educação que atende a diversidade inerente à espécie


humana, buscando perceber e atender as necessidades dos sujeitos-alunos, de forma a
promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos, de forma dialógica e
interativa, na crença de que “Todas as pessoas têm direito à educação e a educação
deverá visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do
homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e
a amizades entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos”. (NAÇÕES
UNIDAS, 1948).

 De Gestão Democrática – Organização que objetiva promover a mobilização e a


articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir a
promoção efetiva do ensino e aprendizagem dentro do âmbito escolar, baseada em
relações de democracia, cidadania e respeito às diferenças possibilita que cada pessoa
possa participar ativamente nos processos decisórios da escola.

4.2.3 Educação, Gestão, Comunidade e Inclusão: todos aprendendo e ensinando

A escola reflete os valores e crenças da sociedade e através da educação, constrói


cidadania, promove o envolvimento da comunidade e a promoção da inclusão social visando o
exercício da cidadania em sua plenitude e o atendimento as diferenças, onde todos aprendem e
todos ensinam.

Dizíamos que o respeito à diferença era uma idéia muito cara a educação popular.
Hoje percebemos com mais clareza que a diferença não deve ser apenas respeitada.
Ela é a riqueza da humanidade, base de uma filosofia do diálogo. (Gadotti,
p.124,2000)
- -35

O grande desafio é abrir o espaço escolar e o coração da comunidade educativa (pais,


alunos, professores, técnicos, gestores, profissionais de apoio e comunidade do entorno
escolar) para que a cooperação, o diálogo, a solidariedade, a criatividade, o espírito crítico
sejam vivenciados, independente das diferenças de cada pessoa envolvida no processo.

4.2.3.1 Educação para a transformação social

A proposta aqui defendida é que a ação educativa esteja fortemente embasada no


diálogo/linguagem, promovendo a interação entre homem e mundo e a intervenção do
primeiro a partir de uma análise crítica na sociedade.
Vigotsky (1996, p. 41) destaca que o “homem é essencialmente social: é na relação
com o próximo, numa atividade prática comum, que este, por intermédio da linguagem acaba
por se constituir e se desenvolver enquanto sujeito”. Dessa maneira, o citado autor, evidencia
a idéia de que o ser humano, diferentemente do animal, não se encontra limitado a sua própria
experiência pessoal e/ou as suas próprias reflexões. Ao contrário, a experiência individual
alimenta -se, expande – se e aprofunda-se, em especial, graças à apropriação da experiência
social que é veiculada pela linguagem, mediante os processos de comunicação que se dão com
outros sujeitos.
Na perspectiva de VYGOTSKY (1994), as aprendizagens que ocorrem constituem
suporte para o desenvolvimento, e este abre perspectivas para novas aprendizagens. Acredita-
se que a interação social é a base do desenvolvimento e a aprendizagem, é a mediação do
adulto ou de parceiros mais experientes nas relações que a criança estabelece com o ambiente
em que vive que possibilita a aquisição da experiência cultural.
O mesmo autor propõe uma visão sociocultural em que as mudanças ocorridas no
indivíduo estão ligadas à sua interação com a cultura e à história da qual ele faz parte. Por isso
o aprendizado envolve a interação com outros indivíduos e a interferência direta ou indireta
deles.
Esta interação dar-se-á através da linguagem/diálogo, visto que o diálogo se impõe como
caminho pelo quais os homens ganham significação enquanto homens. É fenomenológico,
quando privilegia a palavra como objeto auxiliar do pensamento, quando diz que não existe
linguagem sem um pensar e ambos, linguagem e pensar, sem uma realidade a que se encontre
referidos. E político, na medida em que permite uma compreensão crítica da prática social na
- -36

relação social, histórica e cultural no qual o homem está inserido, ou seja, conhecimento e
transformação da realidade são exigências recíprocas.

“Não há diálogo, porém, se não há um profundo amor ao mundo e aos homens. Não
é possível a pronúncia do mundo, que é um ato de criação e recriação, se não há
amor que a infunda”. (FREIRE, 2002, P. 40)

A realidade, o ponto de partida e chegada da palavra, pode ser transformada através da


educação que resgata a condição cultural humana. As palavras de Duarte' (1987, p. 81) "... é
necessário que contribuamos para que eles desenvolvam um modo de pensar e agir que
possibilite captar a realidade enquanto um processo, conhecer as leis internas do
desenvolvimento deste processo, para poder captar as possibilidades de transformação do
real”.
Acredita-se que a aprendizagem é um processo de apropriação ativa do
conhecimento das experiências humanas, que impulsiona de forma não linear o
desenvolvimento, promovendo a análise de conceitos, esclarecendo significados, elaborando
hipóteses e verificando a validade dos processos de raciocínio é o processo pelo qual o
indivíduo adquire informações, habilidades, atitudes e valores a partir de seu contato com a
realidade, com o meio ambiente e com pessoas que o ocorre na interação social.
Neste sentido o processo educacional esta estreitamente relacionado com pilares da
educação, descrito por Jacques Delors, no livro Educação:Um Tesouro a Descobrir (1998):

 APRENDER A SER – conquistando identidade, autoconfiança, responsabilidade,


consciência...
 APRENDER A CONHECER – construindo e reconstruindo conceitos e
conhecimentos, compreendendo o mundo que o cerca;
 APRENDER A CONVIVER – valorizando o pluralismo humano e cultural,
percebendo o outro e construindo relações interpessoais sadias;
 APRENDER A FAZER – desenvolvendo habilidades, aptidões, criatividade,
polivalência.

Acredita-se também que para entender o desenvolvimento cognitivo dos alunos faz-se
necessário a compreensão dos níveis de desenvolvimento real e potencial e da zona de
desenvolvimento proximal, descritos por Vygotsky.
- -37

 Nível de desenvolvimento real - aquilo que a criança é capaz de fazer sozinha, porque
ela já tem um conhecimento consolidado;
 Nível de desenvolvimento potencial - capacidade que o indivíduo tem para
desempenhar tarefas e atividades com ajuda de adultos ou colegas mais experientes,
pois no momento constitui-se como aspecto do desenvolvimento que está em
processo de realização;
 Zona de desenvolvimento proximal - distância ou o caminho que o indivíduo vai
percorrer para desenvolver funções que estão em processo de amadurecimento e que,
com a ajuda do outro, tornar-se-ão funções consolidadas e estabelecidas no nível de
desenvolvimento real.

4.2.3.2 Gestão: escola pública e democrática

Democracia é o caminho para a emancipação dos cidadãos e para a concretização de


uma sociedade na qual eles são livres e determinam a si mesmos, individual e coletivamente.
A Constituição Federal de 1988 e a LDB nº 9394/96 apresentam como principio
educacional a gestão democrática do ensino público, visando promover a participação cidadã
da comunidade escolar (alunos, pais ou responsáveis, professores, funcionários,direção e, da
comunidade local) e desencadear a participação social em todos os processos vividos no
ambiente escolar, desde o planejamento, perpassando pela tomada de decisões; definição do
uso de recursos e necessidades de investimento; execução das deliberações coletivas e
momentos de avaliação da escola.

Se, na verdade, o sonho que nos anima é democrático e solidário, não é falando aos
outros, de cima para baixo, sobretudo, como se fossemos os portadores da verdade a
ser transmitida aos demais, que aprendemos a escutar, mas é escutando que
aprendemos a falar com eles. (Freire, 2004,p.113)

No Ensino Fundamental a gestão democrática deve ser o princípio norteador de todas


as ações da escola, na sala de aula e fora dela, sendo a comunidade escolar ouvida em seus
desejos e expectativas que servirão como base das ações administrativas e pedagógicas,
previstas na proposta pedagógica da unidade escolar e garantida a participação através dos
órgãos colegiados.
A democracia só se efetiva por atos e relações que se dão no nível da realidade
concreta. Esta premissa, apesar de sua obviedade, parece permanentemente
desconsiderada por educadores escolares que, a partir do contato com concepções
- -38

teóricas que enfatizam a necessidade de uma prática social e escolar pautada por
relações não autoritárias, assimilam o discurso, mas não exercitam a prática
democrática correspondente. (PARO.2004, p.18)

Compreende-se que a construção de um projeto educativo coletivo, com a identidade


da é a prioridade de uma gestão democrática, onde os princípios são comunicação, diálogo e
participação.

4.2.3.3 Relação Escola Comunidade: valorizando potencialidades

Envolver a comunidade é o desafio enfrentado pela escola para a melhoria da qualidade


de ensino, a construção da cidadania e a promoção da inclusão visando o exercício da
cidadania em sua plenitude e o atendimento as diferenças, onde todos aprendem e todos
ensinam.

Dizíamos que o respeito à diferença era uma idéia muito cara a educação popular.
Hoje percebemos com mais clareza que a diferença não deve ser apenas respeitada.
Ela é a riqueza da humanidade, base de uma filosofia do diálogo. (Gadotti,
p.124,2000)

A formação das crianças e dos adolescentes da-se na família, na comunidade, na escola,


no mundo, aprendendo com o diálogo entre os diferentes. Faz-se necessário mobilizar a
comunidade para a apropriação da escola como espaço de convivência onde a realidade do
mundo e as experiências cotidianas do aluno, do educador e da comunidade estão inseridos e
são vivenciados de maneira interdisciplinar para a efetividade da cidadania.
Ver o espaço escolar como local de cooperação, diálogo, solidariedade, criatividade e
espírito crítico, exercitado por educadores, gestores, funcionários, educandos e a comunidade,
independente das diferenças de cada pessoa envolvida no processo educativo comunitário,
valorizando o conhecimento do entorno escolar.

4.2.3.4 Inclusão: respeito e valorização as diferenças

A educação é um fenômeno humano produzido em situações sócio-históricas, através


de conquistas sociais. Conquistas estas que garantiram um sistema educacional voltado para
o respeito a diversidade, que defenda valores como cidadania, solidariedade e inclusão e que
- -39

rompa com o instituído, instituindo respeito e dignidade para todos e garantido a todos os
alunos o direito estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação

Somente quando o sistema educacional consegue promover um ajuste relevante que


responda de forma efetiva à diversidade da população escolar, é que a escola estará
assegurando o direito de todos a uma educação de qualidade...

Isto pressupõe educar com base no respeito às peculiaridades de cada estudante e no


desenvolvimento da consciência de que as diferenças resultam de um complexo
conjunto de fatores, que abrange as características pessoais e a origem sociocultural,
assim como as interações humanas (BRASIL, p. 60, 2005).

Neste sentido a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação


Inclusiva, ressalta que “educação inclusiva constitui um paradigma educacional
fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como
valores indissociáveis, e que avança em relação à idéia de eqüidade formal ao contextualizar
as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola”.
A Educação Inclusiva concebida como educação que atende a diversidade inerente à
espécie humana, buscando perceber e atender as necessidades dos sujeitos-alunos, de forma a
promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos. A escola inclusiva propõe
na proposta pedagógica, no currículo, na metodologia de ensino, na avaliação e na atitude dos
educadores e educandos ações que favoreçam a interação social e sua opção por práticas
heterogêneas.
A inclusão portanto não significa tornar todos iguais, mas respeitar as diferenças de
raça, religião, nacionalidade, classe socioeconômica, cultura ou capacidade física e
intelectual, desenvolvendo no ambiente escolar respeito mútuo e o aproveitamento das
diferenças para melhorar as relações na sociedade. Isto exige a utilização de diferentes
estratégias para se responder às diferentes necessidades, capacidades e níveis de
desenvolvimento individuais.

Gosto de ser gente porque, mesmo sabendo que as condições materiais, econômicas,
sociais e políticas, culturais e ideológicas em que nos achamos geram quase sempre
barreiras de difícil superação para o cumprimento de nossa tarefa histórica de mudar
o mundo, sei também que os obstáculos não se eternizam. (Freire, 1996, p.60)

Uma educação inclusiva é, portanto uma educação do afeto, do apreço a tolerância, do


pluralismo de idéias, da construção da auto-estima, da sustentabilidade, das diferenças e da
paz, possível sim, fazendo nossas as palavras de esperança de Paulo Freire de que nossa ”
passagem pelo mundo não é pré-determinada, preestabelecida. Que o “destino” não é um
dado mas algo que precisa ser feito e de cuja responsabilidade não podemos nos eximir”.
- -40

A existência de alunos de diferentes raças, religiões, nacionalidades, classes


socioeconômicas, culturas ou capacidades em ambientes escolares de aprendizagem
desenvolve o respeito mútuo e o aproveitamento das diferenças para melhorar as relações na
nossa sociedade, em seus diferentes subsistemas.

4.2.3.4.1 Inclusão: respeito e valorização aos alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação

Com relação aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e


altas habilidades/superdotação atendidos no Ensino Fundamental faz-se necessário a revisão
e adequação constante do currículo escolar.
As classes do ensino regular têm recebido um significativo número de estudantes que
apresentam necessidades educacionais especiais. A este público, durante sua formação, o
currículo deve criar maneiras de realizar uma efetiva transição entre escola e trabalho, de
modo a proporcionar aos alunos um conhecimento técnico para a inserção no mercado de
trabalho.
A nova realidade educacional exige novas práticas pedagógicas, assessoramento e
formação aos professores e ao estabelecimento de ensino, bem como implantação e
atendimento dos alunos na Sala de Recursos Multifuncionais.
Os métodos e técnicas, recursos educativos e organizações específicas da prática
pedagógica, por sua vez, tornam-se elementos que permeiam os conteúdos. O currículo, em
qualquer processo de escolarização, transforma-se na síntese básica da educação. Isto nos
possibilita afirmar que a busca da construção curricular deve ser entendida como aquela
garantida na própria LDB, complementada, quando necessário, com atividades que
possibilitem ao aluno que apresenta necessidades educacionais especiais ter acesso ao ensino,
à cultura, ao exercício da cidadania e à inserção social produtiva.

Inclusão pode representar exclusão sempre que a avaliação for para classificar e não
para promover; sempre que as decisões levarem em conta parâmetros comparativos, e
não as condições próprias de cada aluno e o princípio de favorecer-lhe oportunidade
máxima de aprendizagem, de inserção na sociedade, em igualdade de condições
educativas. (Hoffmann,p.34,2005)
- -41

O professor que atua na educação inclusiva/especial deve desenvolver o currículo


com a flexibilidade necessária e adaptada às condições dos alunos e, no turno inverso, quando
necessário, a escola deve proporcionar outras atividades, tais como atividades da vida
autônoma e social (para alunos com deficiência mental, por exemplo); orientação e
mobilidade (para alunos cegos e surdos-cegos); desenvolvimento de linguagem: língua
portuguesa e língua brasileira de sinais (para alunos surdos); atividades de informática, etc.

4.2.3.4.2 Inclusão: respeito e valorização a Educação Escolar Indígena

No estado de Roraima vivem treze (13) grupos étnicos, isto é, povos indígenas com
histórias, saberes, culturas e línguas próprias. A população indígena roraimense
numericamente, de acordo com dados da Divisão de Educação Indígena-SECD soma 48.953
mil pessoas, em 32 terras homologadas, o que corresponde 10% da população do Estado.
Além das mais de treze (13) línguas faladas, cada etnia tem formas diferentes de
organização social, política e econômica; tem saberes e práticas diferentes expressos na arte,
na música, na dança, na culinária e na medicina. Assim, os povos indígenas do lavrado
roraimense, como Macuxi, possuindo um grau de interculturalidade maior apresentam
conhecimentos, hábitos, costumes, gostos, interesses, necessidades presentes na cultura não
indígena do povo Macuxi. Por outro lado, os povos indígenas que vivem nas áreas de
florestas e serras como os Yanomami tendo um grau de contato bem menor com a
comunidade dos não indígenas, preservam os hábitos e costumes tradicionais.
Assim sendo, todos os povos, não sendo diferente com os povos indígenas, ao longo
da sua história elaboraram modos próprios de construir e transmitir conhecimentos,
concepções e valores sobre o mundo, o homem, o sobrenatural, a relação com a natureza, e a
forma mais utilizada foi à linguagem oral. Estabelecer mecanismos de registros desses
acervos de informações e reflexões em torno da resistência dos povos indígenas roraimenses
com a ocupação de seus lugares de moradas por forte militar, fazendas do rei e fazendas
particulares, no século XVIII com o contato indígena e branco em Roraima, bem como a
reação dos principais indígenas à colonização portuguesa no vale do rio Branco é o desafio da
educação indígena, tanto nas escolas indígenas como nas escolas não indígenas.
A educação indígena em Roraima é pautada na luta pelo reconhecimento dos povos
indígenas como sujeitos da sua história. Neste sentido propõe-se o rompimento com a
- -42

discriminação histórica, assegurando suas conquistas nas lutas diárias e a valorização do


professor indígena, bem como a inclusão da cultura indígena nas escolas indígenas e não
indígenas.
De acordo com Sartoro apud Cavalcante (2009) há uma grande vontade dos
educadores indígenas em fazer de suas escolas e de seus processos pedagógicos um meio
formador que possibilite expressar a diversidade e a pluralidade cultural. Perceber o modo de
formação indígena que é advindo das relações com o meio em que vivem, torna-se um
desafio.
Com relação à Educação Escolar Indígena é entendimento desta Secretaria, seguindo
os preceitos constitucionais garantidos no Art. 210, de uso de suas línguas maternas e
processos próprios de aprendizagem, valorizando a cultura indígena, seus valores e tradições,
que ocorra a elaboração de um Referencial Curricular Estadual Indígena, atendendo as
especificidades educacionais destes povos e garantindo um processo educacional que tenha
por base a cultura indígena e parta da mesma para o conhecimento de valores e normas de
outras culturas.
O que propõe-se é que durante o período de elaboração do Referencial Curricular
Indígena, o currículo ora apresentado, correspondente a Base Nacional Comum, seja
adaptado a realidade da Educação Escolar Indígena vivenciada nas escolas estaduais
indígenas e que ocorra a valorização dos indígenas e índio-descententes matriculados nas
demais escolas estaduais.

4.2.3.4.3 Inclusão: respeito e valorização a Educação do Campo

Os movimentos sociais do campo ganharam força no Brasil, no final dos 1990,


reivindicando do poder público uma política de educação para os povos que vivem no campo,
buscando superar as concepções que concebiam a educação para o meio rural vinculado ao
modelo de desenvolvimento urbano-industrial capitalista e uma estrutura agrária que usa a
terra apenas como instrumento de exploração, subordinado ao modelo de acumulação do
capital.
Esses movimentos defendem princípios que diferenciem a educação do campo como
expressão dos povos que nele vivem respeitando suas diversidades. Defende que a educação
esteja comprometida com a emancipação, que fortaleça a cultura e os valores das
comunidades campesinas e que seja vinculada ao seu projeto de desenvolvimento auto-
- -43

sustentável. Propõe um outro olhar sobre o papel do campo na economia e na sociabilidade,


vê a terra como instrumento de democratização da sociedade brasileira e, sobretudo: defende
que os sujeitos do campo devem ser reconhecidos como sujeitos de história e de direitos, que
desejam ter suas especificidades respeitadas e tratadas numa perspectiva de inclusão e
alteridade.
O movimento de educação do campo propõe que os currículos sejam adaptados à
realidade das populações campesinas. Neste sentido o Sistema Estadual de Educação ressalta
a importância do Projeto Político-Pedagógico da escola do campo com forma de libertação,
inspirada na pedagogia do oprimido de Freire, para consolidar o diálogo como afirmou Freire
(1987, p. 21): “o diálogo é elemento essencial nos movimentos sociais, é um processo de
comunicação e intercomunicação entre sujeitos em busca de uma transformação, em busca de
uma ação de emancipação e de libertação”.
O diálogo é potencializador da discussão dos temas que envolvem as demandas, as
análises, a definição de táticas e estratégias de mobilização, de ação dos movimentos. Como
princípio pedagógico ele é fundamental no processo ensino-aprendizagem, no processo de
problematização, de reflexão e apreensão dos conteúdos e do mundo.
A educação do campo é uma bandeira de luta pelo direito a sua identidade,
contemplando assim a cultura dos povos que vivem nesse espaço. Um dos elementos da
identidade da educação é o respeito ao saber social da experiência do cotidiano dos povos do
campo, das suas culturas, das formas de produção, das relações de produção por eles
engendradas, como princípio dos processos de aprendizagem, o que quer o respeito à
diversidade cultural.
Assim, o campo, de acordo com Batista (2009, p. 10) deve ser compreendido “como
um lugar de vida, cultura, produção, moradia, educação, lazer”.

(...) A educação deve incentivar a criação de „novas relações solidárias que


respeitem a especificidade social, étnica, cultural e ambiental dos seus sujeitos‟.
Essa preocupação com a natureza e o ambiente é uma outra marca distintiva da
educação do campo, que vê a educação ambiental como parte da própria experiência
de vida e, portanto deve está presente em todos os espaços da vida e da escola e não
apenas como tema transversal, incluído esporadicamente no calendário escolar.
(BATISTA, 2009, p. 10)
- -44

6 FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA

6.1 A prática pedagógica numa perspectiva transformadora

A prática pedagógica numa perspectiva transformadora é uma conquista que requer


superações e retrocessos, desvelamento do mundo, isto é, da plenitude do fazer e ser humano
(sonhar, pensar, discutir construir, desconstruir, refletir e propor).
Para Ghedin (2005) toda tomada de posição é ideológica e política, pois atende a
uma determinada visão de homem/mulher e de mundo. Logo, ensinar requer o desvendamento
das coisas, ou seja, para se ter uma posição é necessário partir de questionamentos ou
problematizações da realidade, buscando fundamentar este processo com teorias que trarão a
tona a verdade, mesmo que provisória.
Freire (2002) afirmou que todos nós educadores temos que ter uma compreensão de
nós mesmos enquanto seres políticos, sociais, culturais, ou seja, a prática pedagógica não é e
nem pode ser uma prática neutra e ingênua. A prática pedagógica como ato intencional que é,
requer de todos os seus atores, sobretudo compromisso com os aspectos éticos, estéticos,
coletivos, comunicativos, comportamentais, emocionais.
Todos estes aspectos, como ele afirmou, são necessários para se alcançar uma
educação democrática. Nesta direção, considera-se que a escola deve ser um espaço de
construção do conhecimento, comprometida com a formação de homens críticos,
participativos, no que diz respeito ao mundo melhor, sem limitação da ação criativa do
homem.
A visão utilitarista e instrumental que limita a criatividade humana é uma realidade
nas diferentes políticas curriculares oficiais, mas não é impedimento de fazer com que as
pessoas envolvidas na prática educacional se assumam como sujeitos que vêem o outro
também como sujeito histórico, repleto de existência. Como disse Freire (2002, p. 22):
“sujeitos curiosos, indagadores, em processo permanente de busca”. Todos têm o direito de
saber a razão de ser das coisas, conseqüentemente, defender determinada posição, mesmo que
temporária. Neste sentido, o autor ressalta três pontos que fazem parte desta perspectiva de
educador: coerência entre o falar e agir; sonhar; denunciar o intolerável; construir
coletivamente o futuro.
Como posso pensar numa educação na perspectiva descrita até aqui, dentro de um
sistema que tem a tendência de reproduzir a cultura hegemônica? Bem, Lopes (2007) diz que
é possível sim aproveitar espaços de autonomia – restritos, relativos, mas sempre presentes –
- -45

para exercer a contra-hegemonia, no sentido de minimizar a ação excludente desse currículo,


ou seja, uma prática transformadora, a partir de uma posição definida pelo sujeito que pratica
o desvelamento de uma determinada realidade. É necessário o entendimento que o processo
de educação não se completa na etapa de desvelamento de uma realidade, mas só com a
prática da transformação dessa realidade. Estas duas práticas - conhecimento e transformação
- formam uma unidade dialética. (FREIRE, 2002)

6.1.1 Metodologia Dialética e Construção do Conhecimento

Entre as quatro paredes da sala de aula, na interação professor/alunos e alunos/alunos


percorre-se caminhos que unem o fazer pedagógico e a linha educacional, sendo a
metodologia utilizada reflexo de toda uma concepção.
Como esta proposta concebe o homem como indivíduo ativo, crítico e reflexivo que
relaciona-se com outras pessoas e com o mundo com quem e onde constrói o conhecimento,
acredita-se na vivencia em sala de aula da metodologia dialética de construção do
10
conhecimento, em suas três dimensões :
 Mobilização para o conhecimento – momento de sensibilização do sujeito para o
conhecimento, levando em conta as formas de conhecer e de ser do mesmo, sua
realidade e a significação do conhecimento com a mesma, provocando, instigando,
desafiando e auxiliando o aluno na relação com o conhecimento.
 Construção do conhecimento – Tem como condição necessária o “querer” e certos
conhecimentos anteriores para a construção dos novos, é mobilizada pela contradição
sobre a representação que o aluno tem e outra possível e construída na ação motora,
perceptiva ou reflexiva entre o aprendiz e o objeto.
 Elaboração e expressão da síntese do conhecimento - momento de consolidação de
conceitos, expressando-os e aplicando-os.

10
Síntese baseada em VASCONCELLOS. C. dos S. Construção do Conhecimento em Sala de Aula. 13 ed. São
paulo: Libertad. 2002. (Cadernos Pedagógicos do Libertad 2).
- -46

6.1.2 Interdisciplinaridade, Integração Curricular e Transformação

Nesta linha propõe-se para o Ensino Fundamental da rede pública estadual, ensino
pautado na prática interdisciplinar, formando alunos e alunas com uma visão global de
mundo, aptos para “articular, religar, contextualizar, situar-se num contexto e, se possível,
globalizar, reunir os conhecimentos adquiridos” (MORIN, 2002, p. 29).
Ao considerar o aluno um indivíduo, ou seja, um ser total, completo, indivisível,
concebe-se que o caminho para a prática pedagógica transformadora encontra respaldo na
interdisciplinaridade. Este conceito está apoiado na complexidade, na abordagem de um tema
ou tópico que esteja acima das barreiras disciplinares, isto é, na tentativa de abordar o tema
como um todo, pois de acordo com Cardoso (1995, p.49) “o todo está em cada uma das
partes, e, ao mesmo tempo, o todo é qualitativamente diferente do que a soma das partes”.
Segundo Santomé (1998), as práticas interdisciplinares na escola exigem do professor ou
professora uma postura diferenciada:

Planejar, desenvolver e fazer um acompanhamento contínuo da unidade didática


pressupõe uma figura docente reflexiva, com uma bagagem cultural e pedagógica
importante para poder organizar um ambiente e um clima de aprendizagens
coerentes com a filosofia subjacente a este tipo de proposta curricular.
(SANTOMÉ, 1998, P.253)

Vivenciar efetivamente a prática pedagógica interdisciplinar é conquistar a integração


curricular, de maneira significativa, provocadora, inclusiva, integradora, questionadora, num
processo de ensino e aprendizagem dialético e dialógico que promova a reflexão teórica e
ética, que se concretize na aplicação do saber formal para a transformação da sociedade, a fim
de que se reforce o exercício da autonomia e o posicionamento crítico.
A proposta de prática pedagógica interdisciplinar estabelece mudanças na relação entre
áreas do conhecimento, componentes curriculares, conteúdos e a realidade dos alunos,
influenciando-se mutuamente e criando a possibilidade de aprendizagem mais significativa

6.3 Planejamento

O planejamento é um processo que visa garantir a eficiência e a eficácia da ação


pedagógica. Para tanto exige organização, sistematização, previsão, decisão e outros aspectos.
- -47

Considerando a concepção teórica e metodológica defendida nesta proposta, o


planejamento é um ato político e pedagógico que revela intenções e a intencionalidade, expõe
o que se deseja realizar e o que se pretende atingir, proporcionando ao docente reflexão
permanente de sua pratica educativa decidindo, prevendo, selecionando, escolhendo,
organizando, refazendo e redimensionando o processo antes, durante e depois da ação
concluída.
Gasparin (2007) apresenta passos que se complementam e se interpenetram na ação
pedagógica para se efetivar uma prática docente:

 Prática Social Inicial – compreendida como o ponto de partida do processo


pedagógico onde alia-se o conhecimento de mundo do educando sobre o(s)
conteúdo(s) a ser trabalhado, vinculando-o com a realidade. Nas palavras de Gasparin
(2007, p.15) “caracteriza-se por uma preparação, uma mobilização do aluno para a
construção do conhecimento escolar [...] Uma das formas para motivar os alunos é
conhecer sua prática social imediata a respeito do conteúdo curricular proposto”.

 Problematização – momento de discussão/problematização de questões a respeito do


conteúdo proposto, vislumbrando-o nas diferentes dimensões (conceitual, histórica,
social, política, estética, religiosa, etc). Para Gasparin (2007, p. 35), “o processo de
busca, de investigação para solucionar as questões em estudo, é o caminho que
predispõe o espírito do educando para a aprendizagem significativa”. Neste momento
ocorre a aproximação entre a vivência do conteúdo percebida no momento da prática
social inicial ao conteúdo em sua teoria.

 Instrumentalização - momento em que o aluno se apropria de instrumentos culturais e


científicos necessários modificar, ampliar e superar os conhecimentos prévios e
construir conhecimentos mais complexos, o professor é o mediador entre o aluno e o
conhecimento científico.

 Catarse - momento em que ocorre a síntese mental por parte do educando dos
conteúdos trabalhados, expressada quando demonstra compreensão, relata e registra
oralmente ou por escrito o conteúdo, demonstrando que houve assimilação e ampliou
conhecimentos prévios.
- -48

 Prática Social Final - momento em que o aluno demonstra através de ações ou


intenções que aquele conteúdo vivido, problematizado, teorizado e sintetizado
mentalmente, agora é capaz de transformar a sua existência.

6.4 Verificação do Rendimento Escolar

A Verificação do Rendimento Escolar compreende a avaliação do processo de ensino


e aprendizagem que objetiva diagnosticar a situação de cada aluno, bem como ação
pedagógica do docente.

Na verificação do rendimento escolar o professor deverá atentar que os aspectos


qualitativos devem se sobrepor sobre os aspectos quantitativos. Para tal, podem ser
mobilizados vários recursos, mas é importante que seja feita de maneira contínua e
cumulativa, como prevê a LDB, ocorrendo várias vezes durante o processo ensino e
aprendizagem e não apenas ao final de cada bimestre. Portanto, apresentamos diretrizes
operacionais para o processo de avaliação no âmbito escolar, considerando os seguintes
pontos:

 Obter informações sobre a apreensão de conteúdos – para saber o quanto o aluno


aprendeu sobre o assunto estudado, podem-se observar: a compreensão conceitual e a
interpretação de texto no que se refere aos aspectos da química, e o comportamento
dele (hesitante, confiante, interessado) na resolução das atividades;

 Analisar atitudes – observar se os alunos costumam fazer perguntas, se participam


dos trabalhos em grupo, se argumentam em defesa de suas opiniões, etc;

 Trabalhar com diversos tipos de atividades – além de trabalhar com atividades


práticas e/ou demonstrativas, pesquisas, exercícios complementares e/ou leituras, o
professor pode criar outras oportunidades de avaliação, como, por exemplo, solicitar
ao aluno que explique o que ocorreu um determinado experimento;

 Acompanhar avanços e dificuldades em relação ao conteúdo avaliado – a


avaliação deve ser um processo constante, não uma série de obstáculos. As provas
- -49

escritas são meios adequados para examinar o domínio do aluno em relação a


procedimentos, interpretação de texto, compreensão conceitual e entendimento de
contextos. Esse tipo de avaliação pode ser utilizado como um momento de
aprendizagem, pois permite a percepção dos avanços e das dificuldades dos alunos no
que diz respeito ao conteúdo avaliado. Há ainda a possibilidade da aplicação de provas
elaboradas pelos próprios alunos ou da realização de provas em grupos ou duplas;

 Auto-avaliar-se – a auto-avaliação, além de ser uma maneira do aluno exercitar a


reflexão sobre o próprio processo de aprendizagem, serve, em especial, de indicador e
alerta para auxiliar o professor em sua atuação em sala de aula, pois cada aluno tem
modos distintos e consistentes de percepção, organização e retenção do assunto.

Compreende-se que a ação avaliativa deve identificar dificuldades de aprendizagem do


educando em seu dia-dia, intervindo de imediato e estimulando o seu caminhar, para tanto a
verificação do rendimento escolar fundamenta-se na necessidade de:
 avaliação de forma contínua, cumulativa, abrangente, diagnóstica e interdisciplinar,
com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os fatores quantitativos do
desempenho do aluno;
 avanço de séries e cursos quando assim indicarem a potencialidade do aluno, seu
progresso nos estudos e suas condições de ajustamento a períodos mais adiantados;
 recuperação para aluno de baixo rendimento escolar, com destaque para a recuperação
contínua e paralela;
 aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
 freqüência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas estabelecidas
para o ano letivo, para aprovação.

6.4.1. Avaliação

A avaliação vivenciada como um processo global, envolvendo a Proposta


Pedagógica da Escola, o processo de ensino e aprendizagem, a organização do trabalho
escolar, o currículo, as funções socializadora e cultural da escola e a formação de identidades
e valores pelos educandos, refere-se à reflexão sobre as informações obtidas com vistas a
planejar o futuro, mantendo ou melhorando a atuação e promovendo a cidadania.
- -50

A avaliação é substancialmente reflexão, capacidade única e exclusiva do ser


humano, de pensar sobre seus atos, de analisá-los, julgá-los, interagindo com o
mundo e com os outros seres, influindo e sofrendo influências pelo seu pensar e agir.
(Hoffman, p.10, 2005)

A avaliação escolar possui dimensões interligadas e indissociáveis que se


intensificam no processo de ensino e aprendizagem orientadas pelos quatro pilares da
educação, são elas:
 Dimensão Diagnóstica - nesta dimensão é possível verificar o
conhecimento prévio do aluno, propiciando que o educador investigue que
caminho deve ser percorrido para que ocorra a aprendizagem. Através desta
dimensão o professor e os alunos aprendem a conhecer as habilidades e as
potencialidades dos indivíduos e do grupo;

 Dimensão Formativa - esta dimensão acontece de forma processual e


contínua, possibilitando o acompanhamento da construção do conhecimento do
educando, elaborando e reelaborando o planejamento docente de acordo com
as necessidades apresentadas pelos indivíduos e pelo grupo. Através desta
dimensão o professor e os alunos aprendem a aprender;

 Dimensão Somativa - nesta dimensão considera-se os progressos na


produção do conhecimento, analisando e identificando as conquistas e
dificuldades dos alunos, dos professores e de toda escola para reflexão e
reorientação da prática educacional. Através desta dimensão o professor e os
alunos aprendem a viver juntos;

 Dimensão Emancipatória - alunos e professores ativos, críticos e


reflexivos através de um diálogo democrático constroem, reconstroem e
desenvolvem seus processos de aprendizagem, utilizando-se de conteúdos e
metodologias significativos. Através desta dimensão o professor e os alunos
aprendem a ser.
- -51

Em uma prática pedagógica dialética e interdisciplinar, prática defendida nesta


proposta, o processo de avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
ação pedagógica, contribuindo para que a escola, professores e alunos possam:
 diagnosticar e registrar os progressos do aluno e suas dificuldades;
 possibilitar que os alunos auto-avaliem sua aprendizagem;
 orientar o aluno quanto aos esforços necessários para superar as dificuldades;
 fundamentar as decisões do conselho de classe quanto à necessidade de procedimentos
de estudos paralelos de recuperação da aprendizagem, de classificação e
reclassificação de alunos;
 orientar as atividades de planejamento e replanejamento dos conteúdos curriculares.

Propõe-se que na organização do processo de avaliação do aproveitamento escolar a


escola utilize as categorias abaixo descritas:
I – Categoria de Avaliação Individual –resultante de instrumento individual escrito em provas
e testes;
II – Categoria de Avaliação Coletiva-realizadas em sala de aula em grupos de trabalho;
III – Categoria de Avaliação Interdisciplinar - realizadas no âmbito das atividades e projetos
interdisciplinares;
IV – Categoria Valores e Atitudes Individuais - garantida como um critério de avaliação
dentro das categorias individual, coletiva e interdisciplinar, desenvolvida como fonte de
reflexão e auto-avaliação pelo aluno em conjunto com colegas e professores, com ou sem
atribuição de notas.

6.4.1.1 A Avaliação do Primeiro ano do Ensino Fundamental de 09 anos

A Secretaria de Educação, Cultura e Desportos de Roraima entende que a maioria


das crianças que freqüentarão o primeiro ano do Ensino Fundamental de Nove Anos nas
escolas públicas ainda não tiveram acesso a educação formal, ou seja, nunca freqüentaram a
escola, por isso, avaliação e registro dos processos de aprendizagem destes alunos,
realizados através de observações, atividades escritas e orais, são sistematizados
bimestralmente e ao final do ano letivo, nos instrumentos abaixo descritos:
- -52

1- Ficha para Acompanhamento Individual – instrumento de avaliação contínua dos


avanços do(a) aluno(a) do 1º ano do Ensino Fundamental em relação às expectativas de
aprendizagem, descritas em competências e habilidades;

2- Relatório do Desempenho do Aluno - relato descritivo das habilidades adquiridas para


alfabetização, sobre o desenvolvimento do aluno, a ser emitido pelo próprio professor,
considerando os aspectos qualitativos acumulados ao longo do processo de ensino e
aprendizagem.

6.4.1.2 Processo de Classificação e Reclassificação

Para realização dos exames de classificação e reclassificação será constituída através


de portaria interna comissão composta por membros da Equipe de Direção, Equipe Técnica
Pedagógica e Docentes do estabelecimento de ensino com as seguintes atribuições:

 Elaborar e aplicar as avaliações;


 Analisar estudos concluídos com êxito pelo aluno, devidamente
comprovados, para efeito da classificação ou da reclassificação;
 Organizar o registro da classificação ou reclassificação do aluno na
série ou em outra forma de organização adotada, para a qual tenha
demonstrado preparo, e efetivar sua matrícula, no próprio estabelecimento de
ensino;
 Registrar os resultados dos exames de classificação ou reclassificação
em atas.

6.4.1.2.1 Classificação

A classificação é compreendida como procedimento que o estabelecimento de ensino


adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a idade, experiência e
desenvolvimento adquiridos por meios formais ou informais, podendo ser realizada:
 Por progressão continuada, ao final de cada série;
- -53

 Por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série, etapa
escolar, ciclo, ou outra forma de organização adotada pela escola;
 Por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do
exterior, mediante apreciação do histórico escolar, em que se registre o
aproveitamento nos conteúdos da base nacional comum do currículo;
 Por meio de avaliação, feita pela instituição de ensino, para alunos sem
comprovação de estudos anteriores, observados o critério de idade, para situar
o candidato na série ou em outra forma de organização adotada pela escola,
adequada ao seu nível de desenvolvimento e experiência.

Visando o caráter pedagógico e administrativo do processo de classificação se faz a


realização dos seguintes procedimentos:
 Em caso de admissão, sem escolarização anterior correspondente, deve ser requerida
pelo aluno até o final do primeiro bimestre;
 A escola deverá nomear através de portaria interna uma comissão de três professores
ou especialistas para proceder a avaliação;
 A avaliação deve versar sobre as matérias da base nacional comum dos currículos,
com o conteúdo da série imediatamente anterior a pretendida e obrigatoriamente uma
redação em língua portuguesa;
 Os resultados das provas devem ser lavrados em atas de classificação;
 As atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados devem ser arquivados;
 Os resultados devem ser registrados no Histórico Escolar do aluno.
 O interessado deve indicar a série em que pretende a matrícula, respeitando-se tal
indicação e aguardando-se os resultados da prova de classificação.
 Na classificação com êxito, em 100% do total da carga horária, em todas as disciplinas
do 1º e 2º segmentos, o aluno está apto a realizar matrícula inicial no 3º segmento.

6.4.1.2.2 Reclassificação

A Reclassificação do aluno é o seu posicionamento em série, ciclo, período ou em


outra forma de organização adotada pela escola, diferente daquela indicada em seu histórico
escolar, tendo como referência à correspondência idade/série e a avaliação de competência
- -54

nas matérias da base nacional comum do currículo, em consonância com a proposta


pedagógica da escola, ocorrendo a partir de:
I. proposta apresentada pelo professor ou professores do aluno, com base nos resultados de
avaliação diagnóstica ou da recuperação intensiva;
II. solicitação do próprio aluno ou seu responsável mediante requerimento dirigido ao diretor
da escola;
O período de realização da reclassificação para aluno da escola é até o final do
primeiro bimestre letivo e, para o aluno recebido por transferência ou oriundo de país
estrangeiro, em qualquer época do período letivo.

6.4.1.3 Recuperação de Estudos

É garantida aos alunos do Ensino Fundamental a recuperação de estudos,


compreendida como um processo inerente ao desenvolvimento da aprendizagem, que visa
corrigir as deficiências nela evidenciadas, com a finalidade de possibilitar, mediante o
trabalho conjunto de professor/alunos, a revisão de conhecimentos, correção, apreensão,
aprofundamento e fixação dos conteúdos trabalhados através de verificação da aprendizagem.
Terá direito a recuperação o aluno de aproveitamento insuficiente da aprendizagem
dos conteúdos. Este novo momento de aprendizagem deverá ser ofertado de forma contínua e
paralela, no decorrer de cada bimestre sob responsabilidade do professor com organização e
acompanhamento da Coordenação Pedagógica.
Esta proposta compreende que a recuperação continua é integrada ao processo de
ensino aprendizagem e tem por finalidade reforçar a aprendizagem de conteúdos curriculares,
no horário normal de aula, no contraturno ou na pré ou pós aulas conforme a necessidade do
aluno e devendo ser devidamente planejada, realizada e registrada.
Por recuperação paralela compreende-se a ação pedagógica destinada aos alunos que
apresentem dificuldades de aprendizagem não superadas no cotidiano da sala de aula e
durante o atendimento de recuperação contínua. Consiste na realização de atividades
programadas e desenvolvidas pelos professores dos componentes curriculares com a
finalidade de revisão e assimilação de conteúdos desenvolvidos no decorrer do bimestre e
deverá ser oferecida na pré ou pós-aula e/ou no contraturno daquele em que o aluno frequenta
regularmente
- -55

6.4.1.4 Aproveitamento de estudos

O aproveitamento de estudos é o resultado do reconhecimento da equivalência de um


ou mais componentes curriculares de etapas, níveis e modalidades da unidade escolar com
um ou mais componentes curriculares de etapas, níveis e modalidades de outra unidade
escolar, autorizados e reconhecidos e será concedido quando corresponder a 75% (setenta e
cinco por cento) da carga horária e do conteúdo programático dos componentes curriculares
do ano/série pretendido.
Tal benefício poderá ser:
 Integral - quando atender 75% ou mais da carga horária e do conteúdo programático
dos componentes curriculares da série pretendida, ficando o aluno dispensado de
qualquer adaptação de estudos;
 Com adaptação de estudos - quando a etapa, nível, modalidade ou série de estudo
cursada apresente déficit de carga horária e de cumprimento de conteúdo das
disciplinas obrigatórias de no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) do total previsto nas
matrizes curriculares em comparação ao curso ou modalidade pretendida, devendo
neste caso o aluno, complementarmente, cumprir as atividades acadêmicas que forem
estabelecidas.

6.5 Promoção

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada à


apuração da sua freqüência. Seguindo a legislação estadual esta proposta reafirma que a
promoção dar-se-á, regularmente, ao final do ano, sendo considerado aprovado o aluno que
obtém média final igual ou superior a cinqüenta em cada componente curricular e alcance a
freqüência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas trabalhadas na série.
No caso dos alunos do 1º ano do Ensino Fundamental de Nove Anos a promoção será
automática, desde que cumprida a freqüência mínima prevista na legislação.
- -56

7 SISTEMÁTICA DE APERFEIÇOAMENTO DOS PROFISSIONAIS

A formação continuada em serviço é um direito dos profissionais regulamentado na


Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 que deve ocorrer
preferencialmente no espaço escolar.

Art. 61. ...

Parágrafo único. A formação dos profissionais da educação, de modo a atender às


especificidades do exercício de suas atividades, bem como aos objetivos das diferentes
etapas e modalidades da educação básica, terá como fundamentos:
...

II – a associação entre teorias e práticas, mediante estágios supervisionados e


capacitação em serviço; (Grifo nosso)

Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação,


assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério
público:
...

V - período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de


trabalho; (Grifo nosso)

Sendo a escola um espaço privilegiado de formação acredita-se que é nela que deve
ser vivenciada a formação continuada em serviço visando à ampliação do universo de
conhecimento dos professores e a reflexão sobre as concepções que motivam o trabalho
educativo.

A Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Desportos, através do Centro Estadual


de Formação dos Profissionais da Educação de Roraima – CEFORR oferece continuamente
cursos e oficinas de aperfeiçoamento aos docentes e demais profissionais.
- -57

8 PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E IMPLEMENTAÇÃO


DA PROPOSTA

A implantação da Proposta da Rede Pública Estadual para o Ensino Fundamental dar-se-


à em fases conforme descrito abaixo:

Fase I – Responsável SECD - ampla divulgação junto aos profissionais da educação e a


sociedade, com publicação impressa e na pagina eletrônica da SECD, além de realização de
Seminário .
Período: primeiro bimestre letivo de 2011.

Fase II – Responsável Escolas – implantação da Proposta nas unidades escolares e promoção


de sessões de estudo junto aos professores do Ensino Fundamental.
Período: primeiro bimestre letivo 2011.

Fase III – Responsável SECD - Avaliação da aplicabilidade da Proposta, através de avaliação


interna junto a 30% das unidades escolares, avaliando o desempenho dos alunos e colhendo as
reflexões dos docentes.
Período: segundo bimestre letivo 2014.

Fase IV – Responsável SECD - Seminário para divulgação dos resultados da avaliação e


possíveis ajustes na Proposta.
Período: primeiro bimestre letivo 2015.

Fase V - Responsável SECD - Período de ajustes e aprimoramentos.

Período: primeiro bimestre letivo 2015.


- -58

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRAMOVAY, Miriam e KRAMER, Sonia. O Rei está nu: um debate sobre as funções
da pré-escola. Cadernos Cedes.

ARETIO, J. La educación a distancia y la UNED. Madrid: UNED, 1996.

BATISTA, Maria do Socorro Xavier. Os Movimentos Sociais Cultivando uma Educação


Popular do Campo. Site: www.campo.ufpb.br – visitado em 23/08/09.

BOGATSCHOV, Marlene Novac e MOREIRA, Jani Alves da Silva. Políticas Educacionais


para o atendimento à Infância no Brasil: do assistencialismo à indissociabilidade ente
cuidar-educar. www.scielo.com.br. Visitado dia 11.09.09

BRASIL. Lei nº 9.394. LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 20 de


dezembro de 1996. D.O.U. 1996.

_______. Ministério da Educação. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros


Curriculares Nacionais: documento introdutório. Brasília: MEC/SEF, 1998.

_______. Lei da Política Nacional da Educação Ambiental nº 9795, de 27 de abril de


1999..Disponível em: <http://www.aipa.org.br/ea-leis-educacao-ambiental.htm>. Acesso em:
5 nov. 2008.

BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente. Brasília: CBIA.1990.

BRASIL. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei nº 3675/04, de 24 de novembro de 2005.


Dispõe sobre a expansão do Ensino Fundamental para 9 anos. Legislação, Brasília – DF.
Disponivel em: www.camara.gov.br

BRASIL. Lei nº 10.172, de 09.01.2001. Aprova o Plano Nacional de Educação, e dá outras


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BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Imprensa Oficial,


1988.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Lei Nº. 7.853, de 24 de


outubro de 1989.

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente no Brasil. Lei nº 8.069, de 13 de julho de


1990.

BRASIL. Declaração Mundial sobre Educação para Todos: plano de ação para
satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem. UNESCO, Jomtiem/Tailândia, 1990.
- -59

BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas


especiais. Brasília: UNESCO, 1994.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional


de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 1994.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Nacionais


para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC/SEESP, 2001.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 10.172, de 09 de janeiro de 2001. Aprova o Plano


Nacional de Educação e dá outras providências.

BRASIL. Decreto Nº 3.956, de 8 de outubro de 2001. Promulga a Convenção


Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as
Pessoas Portadoras de Deficiência. Guatemala: 2001.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Lei Nº. 10.436, de 24 de


abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e dá outras
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- -64

PARTE II
- -65

1 O CURRICULO E A ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

1.1 Concepção de Currículo

Esta proposta acredita que o currículo é uma construção social, resultante de um processo
histórico sofrendo influências políticas, sociais, culturais e pedagógicas, voltada para a
concretização de objetivos educacionais, dentro de uma visão transformadora.
Seguindo as concepções defendidas nesta proposta propõe-se um currículo interrelacional,
visando favorecer o desenvolvimento de habilidades e competências de maneira
interdisciplinar necessárias a construção do saber.
Nessa perspectiva de currículo como um processo dinâmico de construção de saberes, em
que práticas e possibilidades se articulam e se complementam, através de uma relação
dialógica que proporcione adaptações e alterações nas práticas de ensino acredita-se ser
possível a efetivação da aprendizagem.
A escola a fim de atender a complexidade da sociedade atual em seus aspectos sociais,
culturais, políticos, econômicos, éticos, étnico-raciais e históricos deve tê-los como objeto de
estudo a fim de que os alunos sejam cada vez mais capazes de analisar, refletir e atuar frente
a realidade em que vivem, para que não somente possam descrever o mundo que os rodeia,
mas sim transformá-lo em outro mais justo e eqüitativo.

“os conteúdos designam o conjunto de conhecimentos ou formas culturais cuja


assimilação e apropriação pelos alunos e alunas é considerada e essencial para o seu
desenvolvimento e socialização” (COLL, 2000, p. 12).

Para isso faz-se necessário organizar os conteúdos curriculares de forma mais ampla,
incorporando a prática pedagógica conteúdos de natureza conceitual (fatos e conceitos),
procedimental e atitudinal (valores e normas), assim compreendidos:

 Conteúdos conceituais: alia a um fato e/ou dado uma significativa interpretação e


compreensão com a aquisição de novos conceitos;
 Conteúdos procedimentais: possibilita a percepção de formas de atuar e usar
conhecimentos, construindo soluções;
 Conteúdos atitudinais: leva o aluno à vivência de regras pré-estabelecidas no
contexto educacional como mudança de atitude e concepções de valores no âmbito
escolar (temas transversais).
- -66

1.1.1 Caminhos do Currículo do Ensino Fundamental

1.1.1.1 Cultura, Diversidade e Luta por Direitos

A educação deve apresentar condições básicas necessárias para a formação cidadã,


pois este é o seu principal objetivo. Neste sentido a educação do Sistema Estadual de Roraima
precisa repensar a forma de trabalhar a cultura, diversidade e a luta por direitos, que muitas
vezes são tratados de maneira pontual nas escolas sem promover uma ação contextualizada e
significativa para os sujeitos envolvidos neste processo de aprendizagem.

O princípio de um processo significativo de aprendizagem é considerar a nossa


maior riqueza: somos um Estado genuinamente plural! Esta pluralidade nos dá diferentes
possibilidades de ver o outro; de conviver e, sobretudo em valorizar o outro sem perder de
vista a nossa maneira de ser, de conviver e de nos valorizar, ou seja, termos uma identidade
como sujeitos repletos de existência sem negar o outro como sujeito também.

Para a compreensão do outro e de nós mesmos como sujeitos repletos de existência


requer o desenvolvimento do princípio básico do Ensino Fundamental: aprender a aprender.
Isto implica na prática da leitura de mundo, que Freire (1996) disse anteceder a leitura da
palavra, ou seja: a primeira é o ponto de partida para que a segunda tenha sentido, tornando-se
a alfabetização na perspectiva de letrar, o que significa a aquisição de uma condição para
responder de maneira satisfatória as demandas das práticas sociais e/ou que venha agir a partir
de práticas culturais que promovam a mudança emancipadora (DONALDO, 1990:10).
A noção temporal, espacial e quantitativa é uma ferramenta que também subsidiará
na capacidade de aprendizagem, quando fortalece o processo de descrição, análise,
comparação, ordenação, planejamento e intervenção. Estas são as ferramentas, denominadas
como habilidades fundamentais para desenvolvimento das competências que perpassam pela
compreensão do ambiente natural, social, cultural e atitudes e valores que devem ser
favorecidas a partir da abertura para o diálogo, a possibilidade de crescer e desenvolver-se
com o outro, com disse Dewey.
A escola precisa estar em consonância com a realidade da comunidade e voltada para
um futuro melhor, sendo sempre educação contestadora superando todos os limites impostos
pelo Estado e pelo mercado. A partir da relação entre a função da escola e da sociedade é que
a proposta de educação como prática transformadora surge, no sentido de promover nos
- -67

sujeitos o desejo de mudança de atitude e, conseqüentemente, da transformação individual


em prol de uma mudança coletiva e/ou social.
Portanto, a escola tem que garantir uma aprendizagem pautada nas habilidades e
conteúdos necessários para a vida em sociedade, ou seja, é necessário ter uma educação que
busque para dentro da escola um mundo real onde alunos e professores façam parte do mesmo
espaço, respeitando e dialogando com as diferenças, bem como definindo alternativas, nesta
perspectiva de transformar aquilo que incomoda em possibilidades de aprendizagens.

1.1.1.2 Política, Ética e Cidadania

Ser cidadão, entre outras, é agir com respeito, responsabilidade, justiça, aprender a
usar o diálogo nas mais diferentes situações e comprometer-se com o que acontece na vida da
comunidade e do país. Esses valores e atitudes precisam ser desenvolvidos na vida estudantil.
Criar as condições necessárias para que valores éticos, democracia, justiça e
cidadania sejam incorporados no cotidiano da sala de aula a partir de ambiente favorável a
este processo de construção coletiva e individual. Daí a importância de projeto de intervenção
social e educativo que trabalhe situações de participação em eventos sociais e culturais, na
escola, na família e na comunidade, onde haja respeito da convivência compartilhada.
No Estado de Roraima vivenciamos a necessidade de criar formas que favoreçam
uma contínua transformação, contribuindo para o desvendamento das desigualdades entre
homens e mulheres; entre índios e não índios; entre negros e brancos; entre classes sociais.
Esse reconhecimento é de suma importância, mas não basta. É necessário o acompanhamento
de políticas de valorização, ao acesso, as oportunidades que são importantes para que esse
sujeito histórico possa exercer sua cidadania, como sujeito que também pode criar novas
formas de vida em sociedade, bem como novas formas de olhar para a qualidade de vida no
planeta.

1.1.1.3 Ciência e Tecnologia, Avanços e Contradições

É necessário manter os princípios universais que regem a busca do processo de


humanização para haver a incorporação da tecnologia na educação como na escola. Neste
momento histórico a reflexão sobre a revolução nas dinâmicas sociais de comunicação e de
processamento de informações é parte diferencial que cabe a educação fazer acontecer.
- -68

Percebe-se o desafio de favorecer a integração entre as tecnologias digitais e os


professores que até já chegam a utilizar o computador e a internet, mas ainda não conseguem
planejar as suas aulas, ou seja, os educadores, de modo geral, ainda não conseguem utilizar
essas novas tecnologias como ferramentas que possibilitam uma aprendizagem significativa.
A escola ainda utiliza as novas tecnologias de forma restritiva, ou seja, ensinando o
uso de programas para os alunos e para a comunidade escolar, deixando de lado o processo de
humanização onde os sujeitos (aluno e professor) não vejam essas novas tecnologias como
algo que vai dominá-los, mas como uma forma (ferramenta – mídia) para se apropriar
criticamente, dos novos conhecimentos, das novas possibilidades de informação.
A internet, conforme Soares Apud Spósito (2009) deve ser vista pelos educadores
como uma rede de comunicação, de cultura, de socialização e sociabilidade, pois ela
relaciona-se com interesses políticos e mercadológicos além de ser utilizado como desejos de
representações sociais.
A mesma perspectiva é a reflexão feita em torno dos jogos eletrônicos, muitas vezes
vistas como o grande vilão da pós-modernidade, mas os sujeitos nascidos nesta época são
definidos como “nativos digitais” ou “geração mídia” , ou seja, não se pode impedi-los de
ser o que são , condenando os jogos e não investigando, conhecendo, re-pensando, refletindo
e utilizando-se desta ferramenta como mais um meio de aprendizagem significativa.
Antigamente os alunos costumavam receber as informações na escola e na família,
hoje são submetidas a um verdadeiro bombardeio de informações. As TICs são ferramentas
essenciais na era da comunicação e ganham espaço efetivo na sala de aula. A divisão que se
faz entre a cultura humanista e a cultura técnico-científico são consideradas por Ferreira apud
Spósito (2009) como o grande desafio do mundo atual, pois existindo um processo integrativo
onde permita o acesso social as questões técnicas e seu conteúdo, devem-se discutir as
conseqüências políticas e sociais da tecnologia nas vidas humanas, sendo um desafio que
precisa ser enfrentado com urgência pelos educadores em geral.
A atitude crítica do sujeito (aluno, educador etc.) diante das tecnologias é o ponto
chave para o enfrentamento desta dicotomia, pois a tecnologia é uma ação humana, ou seja,
foi criada para atender uma necessidade que nem sempre é a nossa, como também pode ser
utilizada para algo a “nosso favor”. Percebe-se neste sentido que a tecnologia não é neutra,
portanto passível de debates como já vem sendo feito em algumas universidades da Espanha,
da França e dos Estados Unidos.
- -69

1.1.1.4 Trabalho, Consumo e Desenvolvimento Humano

Quando falamos em currículo nos referimos ao complexo processo sócio-cultural que


faz da escola o mais importante meio de compreensão, reprodução e construção de
conhecimentos. Neste sentido, não se pode negar que ato de conhecer é feito pelo homem, a
partir da sua atitude frente ao real, ao sonho e a possibilidade de mudar este real.
Quando Paro (2002) chama de liberdade à construção humana, ele exemplifica com a
seguinte frase: “o pássaro não é liberto porque sabe voar. Liberto é o homem que
impossibilitado de voar inventa uma forma de fazê-lo e no momento em que pode escolher
entre voar ou não ele vivencia a liberdade. E conclui:” liberdade é algo construído. Assim, o
mesmo autor prossegue o pensamento esclarecendo o seguinte: “o homem, como natureza,
não é nada diferente de todo o restante da natureza. O que o faz diferente é aquilo que ele
faz”.
É possível afirmar que possibilitar o desenvolvimento humano é não negar aquilo
que é inerente a sua razão de ser: poder intervir no seu meio de forma consciente, ou seja,
certo daquilo que ele quer, olhando para o outro homem e para as outras vidas como a razão
da sua existência, as quais possuem as mesmas possibilidades e limitações no que se refere à
necessidade de qualidade de vida para continuar vivendo. O homem cria essas possibilidades
por meio do trabalho.
O direito ao trabalho perpassa pelo direito de fazer algo por si e pelo outro; é ter a
dignidade de poder produzir o seu alimento, à saúde, a sua moradia e, sobretudo, a capacidade
de criar possibilidades de viver melhor. Todavia em países capitalista como o nosso,
prevalece à lógica do capital humano que ver no homem uma cédula de dinheiro e no
ambiente, recursos infinitos para a riqueza de poucos. O resultado é: a fome, a miséria, o lixo,
a doença, o analfabetismo... Enfim: a desigualdade social, a poluição e o desmatamento em
favor do desenvolvimento econômico de poucos.
É necessário que os profissionais da educação trabalhem com temas sociais
contemporâneos como fome, violência, pobreza, guerra, transito, alfabetização dos povos,
diversidades de gêneros, classes, etnias, opções religiosas, da relação com o corpo e outros
assuntos que estão intimamente relacionados ao papel da escola na formação humana dos
educandos, principalmente, naquilo que diz respeito à aprendizagem como processo contínuo
de descobertas que favoreçam o desenvolvimento humano.
- -70

1.2 Organização Curricular

A SECD, ciente da ampliação gradual do Ensino Fundamental para nove anos e do


período de transição entre os dois modelos de atendimento, bem como, da necessidade de
mudança na sua organização geral, optou pela continuidade da seriação como princípio
organizativo do fluxo escolar, passando, porém, a utilizar a nomenclatura “ano” para o novo
modelo de atendimento que passa a ser constituído por nove anos, sendo os cinco primeiros
denominados “Anos Iniciais” e os quatro últimos, “Anos Finais”.
Frente a essa realidade, a presente proposta mantém um currículo organizado por áreas
do conhecimento compostas por componentes curriculares vivenciados de maneira
interdisciplinar, conforme figura baixo:

Figura 02: Currículo do Ensino Fundamental integração e interdisciplinaridade


- -71

Organizado em três áreas de conhecimento – Ciências Humanas e suas Tecnologias,


Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e Matemática e suas
Tecnologias, o currículo tem por objetivo facilitar o desenvolvimento dos conteúdos, de
competências e habilidades, numa perspectiva interdisciplinar e contextualizada envolvendo
Cultura, Diversidade e Luta por Direitos; Política, Ética e Cidadania; Ciência e Tecnologia,
Avanços e Contradições; e Trabalho, Consumo e Desenvolvimento Humano.
Neste sentido a Área de Ciências Humanas e suas Tecnologias propõe conhecer as
sociedades, sua origem, o seu processo histórico, seus costumes, tradições, relevos, territórios,
densidade demográfica, seu pensamento e pensadores, enfim, a organização social,
econômica, política e cultural proporcionando o desenvolvimento da cidadania, da ética e do
senso de compromisso social nos educandos, através dos componentes curriculares:
 História - incentivando o educando a pensar sobre sua historicidade, tanto como
agente histórico quanto produto de seu próprio conhecimento, propiciando uma
reflexão de natureza histórica que ele utilizará dentro e fora da escola em sua vida;
 Geografia - propiciando ao aluno conhecer e pensar sobre os diversos espaços
geográficos e a influência da ação humana nos mesmos;
 Ensino Religioso – compreendendo o ser humano e a sua existência na perspectiva de
diversas religiões, tradições e organizações religiosas.
Já a Área de Linguagens Códigos e suas Tecnologias visa a compreensão das línguas
como formas de expressão, significando-as como meio de informação, comunicação e
produção cultural. Esta área contempla os componentes curriculares:
 Língua Portuguesa - considerando a comunicação presente em todos os contextos do
educando, nos mais diversos momentos;
 Língua Estrangeira Moderna - protagonizando as possibilidades de relacionamento do
aluno com outras culturas e línguas, possibilitando maior integração entre os povos;
 Educação Física - propagando a necessidade que tem o ser humano de manter-se
saudável, estimulando a política da igualdade;
 Arte - valorizando o estético, estimulando a sensibilidade do educando, trazendo um
despertar para o mundo artístico.
Na Área de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias faz-se necessário a
vivência pedagógica de uma estreita relação entre as competências e habilidades, o
desenvolvimento do pensamento científico e os conceitos previamente construídos pelos
- -72

alunos na vida cotidiana, vinculando sempre que possível a tecnologia, através dos
componentes curriculares:
 Matemática – desenvolvendo no aluno aprendizagem significativa de conceitos
matemáticos, através da construção de competências e habilidades para solucionar os
questionamentos antes equacionados e identificados;
 Ciências – compreendendo os fenômenos da natureza através do pensamento lógico
científico, da investigação, da resolução de problemas cotidianos, ambientais e
tecnológicos, refletindo sobre a atuação do homem na natureza e a utilização adequada
das tecnologias, visando à harmonia entre o homem e o meio ambiente;
Os Temas Transversais, significativos e relevantes para o processo formativo do aluno,
permeiam os componentes curriculares da Base Nacional Comum e da Parte Diversificada,
associados à Interdisciplinaridade. No Ensino Fundamental os Temas Transversais
desenvolvidos são: Educação Ambiental, Educação para o Trânsito, Educação Sexual,
Direito, Cidadania e Ética e História e Cultura Afro-Brasileira.
Vale ressaltar que esta organização deve transcender os objetivos específicos de cada área
do conhecimento individualmente, promovendo a interação de diferentes saberes que se
articulam e relacionam entre si.

1.2.1 Matriz Curricular

A matriz curricular, segundo a LDB, é composta de Base Nacional Comum e uma


Parte Diversificada. Na Base Nacional Comum contempla-se a dimensão de preparação para
o prosseguimento de estudos construindo competências e habilidades básicas. Já a Parte
Diversificada do Currículo Estadual destina-se a atender às características regionais e locais
da sociedade, da cultura, da economia e da clientela. Neste sentido visando atender ao período
de transição de 8 para 9 anos de duração do Ensino Fundamental propõe-se matriz curricular
para o atendimento das duas realidades:
- -73

Tabela 14 : Matriz Curricular Ensino Fundamental de 8 anos- 1ª a 4ª série11

CH/SEMANAL CH/ANUAL DIAS


ÁREAS DE DISCIPLINAS LETIVOS
CONHECIMENTO 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª
ANUAIS
Língua Portuguesa 05 05 05 05 200 200 200 200
Linguagens, Códigos e
Educação Física 02 02 02 02 80 80 80 80
suas Tecnologias
Base Nacional Comum

Arte 01 01 01 01 40 40 40 40
Ciências da Natureza e Matemática 05 05 05 05 200 200 200 200
Matemática e suas 200
Tecnologias Ciências 02 02 02 02 80 80 80 80

História 02 02 02 02 80 80 80 80
Ciências Humanas e suas
Geografia 02 02 02 02 80 80 80 80
Tecnologias
Ensino Religioso 01 01 01 01 40 40 40 40
Diversifi

Linguagens, Códigos e
Parte

cada

suas Tecnologias
TOTAL 20 20 20 20 800 800 800 800 3.200

 CH/SEMANAL = Todas as aulas, por semana, de cada disciplina;


 CH/ANUAL = É a multiplicação do módulo de 40 semanas vezes o número de aulas
por semana de cada disciplina, é igual ao número de aulas de cada disciplina no ano
letivo;
 TOTAL = É o somatório das aulas de cada disciplina;
 BASE NACIONAL COMUM = Determinada na Lei 9.394/96 e demais
normatizações atinentes;
 PARTE DIVERSIFICADA = Poderá ser complementada em cada escola e deverá
ser contemplada no Projeto Político Pedagógico.
 Os conteúdos de Educação Física serão desenvolvidos sob forma de jogos e
recreação, sem atribuição de notas.
 Os conteúdos de Arte e Ensino Religioso serão desenvolvidos sob a forma
metodológica de atividades, sem atribuição de notas.
 Os professores de 1ª a 4ª séries são Multidisciplinar, conforme Parecer CEB/CNE nº
16/01 e Lei Estadual 41/01.

11
PARECER CEE/RR Nº 111/07.
- -74

Tabela15: Matriz Curricular Ensino Fundamental de 8 anos- 5ª a 8ª série12

CH/SEMANAL CH/ANUAL DIAS


ÁREAS DE DISCIPLINAS LETIVOS
CONHECIMENTO 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª
ANUAIS
Língua Portuguesa 04 04 04 04 160 160 160 160
Linguagens, Códigos e
Educação Física 02 02 02 02 80 80 80 80
suas Tecnologias
Base Nacional Comum

Arte 01 01 01 01 40 40 40 40
Ciências da Natureza e Matemática 04 04 04 04 160 160 160 160
Matemática e suas 200
Tecnologias Ciências 02 02 02 02 80 80 80 80

História 02 02 02 02 80 80 80 80
Ciências Humanas e suas
Geografia 02 02 02 02 80 80 80 80
Tecnologias
Ensino Religioso 01 01 01 01 40 40 40 40
Diversificada

Língua
Parte

Linguagens, Códigos e Estrangeira


02 02 02 02 80 80 80 80
suas Tecnologias Moderna

TOTAL 20 20 20 20 800 800 800 800 3.200

 CH/SEMANAL = Todas as aulas, por semana, de cada disciplina;


 CH/ANUAL = É a multiplicação do módulo de 40 semanas vezes o número de aulas
por semana de cada disciplina, é igual ao número de aulas de cada disciplina no ano
letivo;
 TOTAL = É o somatório das aulas de cada disciplina;
 BASE NACIONAL COMUM = Determinada na Lei 9.394/96 e demais
normatizações atinentes;
 PARTE DIVERSIFICADA = Poderá ser complementada em cada escola e deverá
ser contemplada no Projeto Político Pedagógico.
 Duração da Hora-aula = è de 60 minutos.
 Os conteúdos de Educação Física serão desenvolvidos sob forma de iniciação
desportiva , sem atribuição de notas.
 Os conteúdos de Arte e Ensino Religioso serão desenvolvidos sob a forma
metodológica de atividades, sem atribuição de notas.

12
PARECER CEE/RR Nº 111/07.
- -75

Tabela 16: Matriz Curricular Ensino Fundamental de 9 anos- 1º ao 5º ano

CH/SEMANAL CH/ANUAL DIAS


ÁREAS DE DISCIPLINAS LETIVOS
CONHECIMENTO 1º 2º 3º 4º 5º 1º 2º 3º 4º 5º
ANUAIS
Língua
05 05 05 05 05 200 200 200 200 200
Portuguesa
Linguagens Educação Física 02 02 02 02 02 80 80 80 80 80
Base Nacional Comum

Arte 01 01 01 01 01 40 40 40 40 40

Matemática Matemática 05 05 05 05 05 200 200 200 200 200


200
Ciências da Natureza Ciências naturais 02 02 02 02 02 80 80 80 80 80

História 02 02 02 02 02 80 80 80 80 80
Ciências Humanas
Geografia 02 02 02 02 02 80 80 80 80 80

Ensino Religioso Ensino Religioso 01 01 01 01 01 40 40 40 40 40


TOTAL 20 20 20 20 20 800 800 800 800 800 4.000

 CH/SEMANAL = Todas as aulas, por semana, de cada disciplina;


 CH/ANUAL = É a multiplicação do módulo de 40 semanas vezes o número de aulas
por semana de cada disciplina, é igual ao número de aulas de cada disciplina no ano
letivo;
 TOTAL = É o somatório das aulas de cada disciplina;
 BASE NACIONAL COMUM = Determinada na Lei 9.394/96 e demais
normatizações atinentes;
 PARTE DIVERSIFICADA = Poderá ser complementada em cada escola e deverá
ser contemplada no Projeto Político Pedagógico.
 Os conteúdos de Educação Física serão desenvolvidos sob forma de jogos e
recreação, sem atribuição de notas.
 Os conteúdos de Arte e Ensino Religioso não terão atribuição de notas, nem caráter de
reprovação.
 No 1º ano nenhuma disciplina deverá ter caráter reprovativo.
 Os professores de 1º ao 5º ano são Multidisciplinar, conforme Parecer CEB/CNE nº
16/01 e Lei Estadual 41/01.
- -76

Tabela 17: - Matriz Curricular Ensino Fundamental de 9 anos - 6º ao 9º ano

CH/SEMANAL CH/ANUAL
ÁREAS DE DISCIPLINAS DIAS
CONHECIMENTO 6º 7º 8º 9º 6º 7º 8º 9º LETIVOS
ANUAIS
Língua Portuguesa 04 04 04 04 160 160 160 160

Linguagens Educação Física 02 02 02 02 80 80 80 80


Base Nacional Comum

Arte 01 01 01 01 40 40 40 40

Matemática Matemática 04 04 04 04 160 160 160 160


Ciências da
Ciências 02 02 02 02 80 80 80 80 200
Natureza
História 02 02 02 02 80 80 80 80
Ciências Humanas
Geografia 02 02 02 02 80 80 80 80

Ensino Religioso Ensino Religioso 01 01 01 01 40 40 40 40


Língua Estrangeira
Diversificada

Linguagens 02 02 02 02 80 80 80 80
Moderna
Parte

TOTAL 20 20 20 20 800 800 800 800 3200

 CH/SEMANA = Todas as aulas, por semana, de cada disciplina;


 CH/ANUAL = É a multiplicação do módulo de 40 semanas vezes o número de aulas
por semana de cada disciplina, é igual ao número de aulas de cada disciplina no ano
letivo;
 TOTAL = É o somatório das aulas de cada disciplinas;
 BASE NACIONAL COMUM = Determinada na Lei 9394/96 e demais
normatizações atinentes;
 PARTE DIVERSIFICADA = Poderá ser complementada em cada escola e deverá
ser contemplada na Proposta Pedagógica.
 Duração da hora-aula = É de 60 minutos.
 Os conteúdos de Arte e Ensino Religioso não terão atribuição de notas, nem caráter de
reprovação.
 Os conteúdos de Educação Física serão desenvolvidos sob forma de iniciação
desportiva, sem atribuições de notas.
- -77

REFERENCIAL CURRICULAR DA REDE PÚBLICA ESTADUAL DE ENSINO


PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

EQUIPE DE COORDENAÇÃO

Luiza Américo Valentin Monteiro - Chefe da Divisão de Fortalecimento do Currículo


Rosangela da Silva Viana - Frente do Ensino Fundamental de Nove Anos
Wálbia Lúcia Correa Viana Rolim - Frente do Ensino Fundamental de Nove Anos
Ellie Simone A. Coelho - Revisora

ÁREA - CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

Aracy de Souza Andrade - Coordenadora


Benone Costa Filho - Coordenadora
Adriana Cristina Seixas da Silva
Adriano Melo Medeiros
Antonieta Alves
Eliane Maria C.M. da Silva
Enoquio S. do Nascimento
Francisco das Chagas Bindá de Carvalho
Jorge Luiz de Oliveira Silva
Maria José Dantas
Maria do Carmo
Marideth S. da Silva
Marlene Muniz
Marlene Schpler Santos
Nara Luiza L. do Monte
Pergentina de Araújo Padilha
Paulo Sérgio Rodrigues da Silva
Mildamar Ribeiro do Nascimento
Marcondes Batista
Wálbia Rolim

ÁREA - LINGUAGENS E CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Gilvânia Barbosa da Silva - Coordenador


Francisco Edson Pereira Leite - Coordenador
Alexandra Souto Mangabeira
Ana Aparecida Vieira de Moura
Aurilúcia Cavalcante de Souza
Fernanda Sousa Lima
Hirley Silva Costa Leão
Jairzinho Rabello
Joelson Nilo Monteiro da Silva
Juerivalda Moreira Barreto
Maria de Fátima Almeida Figueiredo
Moacir Algusto de Souza
Paullynele Figueira Pantoja
- -78

ÁREA - CIÊNCIA DA NATUREZA E MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS –

José Ivanildo de Lima - Coordenador


Sewbert Rodrigues Jati
Oscar Tintorer Delgado
Raimunda Luciene da Silva Pereira
Solange Mussato
Maria Lúcia Taveira
Salomé Fontão Cunha
Sandra Kariny Saldanha de Oliveira
Slange Mussato
Willians Souza Alencar
Marilda Bezerra Martins
Raimunda Lucilene da S. Pereira
Raimunda O. Pessoa
Candido dos Santos Silva
Carlos Alberto Marinho da Fonseca
Denis Apolinário da Silva
Eliomar de Oliveira
José Roberto Silva

COLABORADORES:

 INSTITUIÇÃO: Centro Regional do Município de Alto Alegre


 INSTITUIÇÃO: Centro Regional do Município de Bonfim
 INSTITUIÇÃO: Centro Regional do Município de Mucajaí
 INSTITUIÇÃO: Departamento de Gestão Educacional – Valdeni R. Monteiro
 INSTITUIÇÃO: Departamento de Políticas Educacionais – Marineis de Sousa Miranda
 INSTITUIÇÃO: Departamento de Políticas Educaionais – Maria Dalva Farias Cabral
 INSTITUIÇÃO: Divisão de Educação de Ambiental – Rosa Maria Soares Souza
 INSTITUIÇÃO: Divisão de Educação de Indígena – Ineide F. Messias
 INSTITUIÇÃO: Divisão de Educação de Jovens e Adultos – Ronilde P. Silva
 INSTITUIÇÃO: Divisão de Educação Especial – Virginia Nascimento
 INSTITUIÇÃO: Divisão de Ensino Fundamental – Ellie Simone A. Coelho.
 INSTITUIÇÃO: Divisão de Ensino Fundamental – Francisca Chagas de Oliveira
 INSTITUIÇÃO: Divisão de Ensino Fundamental – Kelem Sena Magalhães
 INSTITUIÇÃO: Divisão de Ensino Fundamental – Leone Pereira de Souza
 INSTITUIÇÃO: Divisão de Ensino Fundamental – Maria Estela Sêmen da Silva
 INSTITUIÇÃO: Divisão de Ensino Fundamental – Maria Meces de Oliveira de Aquino
 INSTITUIÇÃO: Divisão de Ensino Fundamental – Maria Meces O. Aquino
 INSTITUIÇÃO: Divisão de Ensino Fundamental – Porfiria Padilha Pereira
 INSTITUIÇÃO: Divisão de Ensino Fundamental – Romisnaidy Santos Silva
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual 13 de Setembro – Francisca Cavalcante Monteiro
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual 13 de Setembro – Márcia Medeiros Silva
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual 13 de Setembro – Marli de L. R. e Souza
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual 31 de Março – Joana Raimunda Corrêa Cruz
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual 31 de Março – Josenir Tavares Silva da Cruz
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual 31 de Março – Loren Daniely Correia
- -79

 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Antônia Coelho de Lucena – Messias Cavalcante Inácio


 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Caranã – Francisca Olávia Gomes de Moraes
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Caranã – Heloisa Calline da S. Santos
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Caranã – Maria da Paixão B. Vieira
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Caranã – Raimunda A. Vieira
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Desembargador Sadoc Pereira
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Diva Lima – Sueli Barreto Braga
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Dom José Nepote – Jacy Conrado dos Santos
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Dom José Nepote – Janaina Helena Souza Silva
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Euclides da Cunha – Adriana Maria de Oliveira
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Euclides da Cunha – José Antônio Sousa
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Euclides da Cunha – Olinda Morais Dal Corrêa
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Francisca Élzika – Gilmarlene L. de Medeiros
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Francisca Élzika – Ilma Lima da Silva
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual General Penha Brasil – Gildeneiode Souza de Oliveira
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual General Penha Brasil – Rosilene Almeida
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual General Penha Brasil – Sandra Maria Silva da Cunha
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Luiz Hittler Brito de Lucena – Rejanne da Costa Maior
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Luiz Hittler Brito de Lucena – Safira Martins da Silva
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Maria de Lourdes Neves – Verônica Soares dos Santos
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Monteiro Lobato – Maria Lucia Linhares
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Monteiro Lobato – Rozineide Gomes
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Monteiro Lobato – Silvia Sousa Costa
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Professor Geraldo da Silva Pinto
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Professora Diva Alves de Lima – Eloneide Fernandes
Sousa
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Professora Diva Alves de Lima – Francilene Bezerra
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Professora Diva Alves de Lima – Márcia Ferreira Bispo
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Profº. Diomedes Souto Maior – Daiara Antônia Pinto de
Oliveira
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Raimunda Mota de Andrade – Vanda Maria de Sousa
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Raimunda Nonato Freitas – Maria José Barros Brandão
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Raimunda Nonato Freitas – Silvania Rufino Araruna
 INSTITUIÇÃO: Escola Estadual São Vicente de Paula – Francisco Edson Pereira Leite
 Equipe da Divisão de Ensino Fundamental – Glêibia Matos Matos Albuquerque de Souza
 Equipe da Divisão de Ensino Médio – Herivelton Nazareno Amoras dos Santos
 Equipe da Divisão de Educação Ambiental - Terezinha Vinhote Meireles
 Equipe do Departamento de Gestão Educacional
 Equipe da Divisão de Educação Indígena - Natalina da Silva Messias
 Equipe da Auditoria do Controle de Rede de Ensino - Sandro Hudson Peixoto Pinheiro
 Equipe da Divisão de Educação Especial
 Centro Profissionalizante Antônio de Pinho – José Silvano de Pinho
 Coordenação de Educação no Campo – Marielza Alves Lima
- -80

PARCEIROS

Universidade Virtual de Roraima – UNIVIRR - Ana Célia Oliveira Paz

Universidade Estadual de Roraima – UERR - Magnífico Reitor Raimundo Nonato da Costa


Sabóia Vilarins
- -81

2 ÁREA DE CONHECIMENTO: CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

EQUIPE DE ELABORAÇÃO

Professora Aracy de Souza Andrade – Coordenadora


Professor Benone Costa Filho – Coordenador

Professora Adriana Cristina Seixas da Silva


Professor Adriano Melo Medeiros
Professora Antonieta Alves
Professora Eliane Maria C.M. da Silva
Professor Enoquio S. do Nascimento
Professor Francisco das Chagas Bindá de Carvalho
Professor Jorge Luiz de Oliveira Silva
Professora Maria José Dantas
Professora Maria do Carmo
Professora Marideth S. da Silva
Professora Marlene Muniz
Professora Marlene Schpler Santos
Professora Nara Luiza L. do Monte
Professora Pergentina Padilha
Professor Paulo Sérgio Rodrigues da Silva
Professor Mildamar Ribeiro do Nascimento
Professor Marcondes Batista
Professora Wálbia Rolim
- -82

2.1 REFERENCIAL CURRICULAR: HISTÓRIA

EQUIPE DE PRODUÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO

Benone Costa Filho

COLABORADORES:

Aracy Andrade
Amarildo N. Batista – Universidade Estadual de Roraima
Carmen Lúcia G. Martins – Universidade Estadual de Roraima
Francisco das C. Bendá de Carvalho – Escola Estadual Ana Libória
Nara Luiza L. do Monte – Escola Estadual Oswaldo Cruz
Ozeneide Mª Reis dos Santos – Escola Estadual Gonçalves Dias
Pierre Santos Cardoso – Escola Estadual Monteiro Lobato
Rosa Fátima Gimaque – Universidade Estadual de Roraima/SECD
Rosicleia Maria Solejo Gomes – Escola Estadual Euclides da Cunha
Stone Bruno C. Barbosa – Universidade Estadual de Roraima
- -83

Soneto curricular para educação básica

Uma parte comum nacional e outra diversificada por lugar


É como deve ser o currículo da educação básica brasileira
Língua portuguesa matemática mundo físico natural social
Política arte educação física cultural e história contempladas

Os atores índios, europeus e africanos devem ter preferência


Deles a nossa identidade nacional matizou o povo brasileiro
Além da língua portuguesa e indígena incluir mais uma
Em conta a possibilidade e localização geográfica da escola

Difundir nos conteúdos valores fundamentais sociais comuns


De cidadania respeito ao bem comum e ordem democrática
Considerar as condições escolares discente do seu lugar

Dar orientação para o trabalho desportes e lazer para todos


Fazer adaptação para a comunidade estudantil do campo
É o que democratiza e normatiza a LDB 9.394 de 1996.

Benone Costa Filho.


- -84

2.1.1 Concepção do Componente Curricular História

Para impedir que as ações realizadas pelos homens se apaguem com o tempo.
(HERÓDOTO, pai da História).

História é a ciência que se preocupa com o tempo humano e suas ações ao longo
deste tempo histórico. Classificado como Pré-história, período que vai desde o aparecimento
da humanidade (sete milhões de anos atrás) até a sistematização da escrita. E História, que
começa com a sistematização da escrita (dez mil a quatro mil anos antes do tempo atual) e se
estende até os dias de hoje.

O estudo da pré-história é feito por meio de artefatos, artes pictóricas, fósseis


animais e vegetais, entre outros. Já a história, além de fazer uso dos meios pré-históricos,
entre outros, se utiliza da escrita sistematizada que narra os acontecimentos humanos ao longo
dos tempos históricos passados (Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade
Contemporânea) para escrever e reescrever sobre os mesmos, fazendo conexões com o tempo
presente. Com o objetivo de entender as nossas identidades. No caso brasileiro, os grupos
étnicos indígenas, que já viviam na Egéia (América) há 40 mil anos, antes da chegada dos
colonizadores europeus e africanos escravizados, do além-mar, a partir do final do século XV
e seguintes, quando do contato destes três grupos humanos, que vai gerar um povo novo, o
povo brasileiro.
Mas o que se percebe acontecendo na aplicação da disciplina de história na escola,
com poucas exceções, é uma história com objetos decorativos para serem decorados pelos
alunos depois de ser copiado pelos professores. Sem identidade e sem vida.
Para superar essa história decorativa, copiada, sem vida é preciso perceber a
disciplina de história como ciência, que precisa ser estudada baseando-se nas identidades
humanas e na forma como estas são construídas ao longo dos tempos históricos. Partindo
desses pressupostos, o professor, o aluno, a escola e a disciplina de história, fazendo conexões
com as demais disciplinas que compõem o quadro das ciências humanas da educação básica,
- -85

terão subsídios para entender a nossa identidade na diversidade humana global, e nesta a
unidade brasileira, nas diversidades indígena, européia e africana.

2.1.2 Conteúdo e Contextualização em História

Ensinar não se esgota no „tratamento‟ do objeto ou do conteúdo, superficialmente


feito, mas se alonga à produção das codificações em que aprender criticamente é
possível. (FREIRE, 2004)

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9.394/1996 a


história na educação básica deve direcionar seus estudos para o saber da nossa identidade
nacional que se faz da junção de três etnias principais: indígena, africana e européia.
Partindo desses pressupostos, temos que fazer um estudo da história indígena desde
a pré-história brasileira até a chegada dos europeus na Terra Sem Males (1500). Daí em diante
estudar a história do contato dos índios com os europeus e os africanos e os desajustes e os
reajustes (no mundo das etnias indígenas) a partir desses encontros.
Depois da chegada dos europeus, da tomada da posse da Terra Sem Males, dos
desajustes das etnias indígenas por guerras, apresamento, descimentos, escravização, entre
outras. Com a descoberta do lucro que teriam com o tráfico de escravos africanos, as mãos e
os pés dos portugueses colonizadores, triturados nos moinhos de moer gente na lavoura da
cana de açúcar, nas minas gerais, entre outros. É mais um componente étnico da tríade:
indígena, européia e africana, para a formação do povo brasileiro.
Esses índios, europeus e africanos, vão se matizar ao longo do tempo fazendo surgir
um povo novo, que vão se identificar como brasileiros. Que pela expansão do litoral sertão
adentro vão gerar um novo espaço geográfico, fazendo da Terra Sem Males, a Terra Brasil.
Ao mesmo tempo em que outros lugares estão sendo colonizados, pela Espanha, pela
Inglaterra, entre outros.
Desses espaços portugueses, Brasil; espaços espanhóis, parte da América do Sul, da
América Central e o México; e espaços ingleses, América do Norte. Vai se formar o
continente Americano. Que, depois de um longo tempo de dominação colonial, vão fazer suas
independências e virar de, acordo com a língua dos ex-colonizadores, América Latina, ramos
- -86

das línguas portuguesa, espanhola, francesa e italiana; e América Anglo Saxônica, ramo da
língua inglesa.
Assim, temos os índios, e um contexto histórico baseado no seu mundo; os
europeus, saindo do seu mundo e, entrando no mundo indígena, novo mundo para
portugueses, espanhóis, franceses, ingleses, entre outros, em contato com o mundo indígena.
E sendo inseridos também os africanos, nesse novo lugar para eles. Formando o povo
brasileiro, os povos latinos americanos e americanos.
Essa história precisa ser contada, ouvida e escutada, na história para todos, feita não
apenas pelo lado dos conquistadores, como vêm sendo feita. Mas, também, pelo lado dos
conquistados13. Com isso perceber suas angustias, desajustes, reajustes e que o eles tem feito
desde então, para se manter vivo, superando as atrocidades que viveram para estar presente na
história Brasileira, Latino Americana e Americana.
Para tanto, entra em cena a pré-história brasileira, a pré-história latina americana e
americana, incluídas a pré-história mundial. Logo em seguida vem a história da Idade Antiga,
Média, Moderna e Contemporânea. Para entendermos a história mundial, nesta a entrada do
continente americano, neste a America Latina, nesta o Brasil e neste, na parte diversificada,
no nosso caso, o estado de Roraima. Pois, de acordo com a LDB 9.394/1996:

Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum,
a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma
parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da
cultura, da economia e da clientela. (LDB 9.394/1996, artigo 26.)

São nestes pressupostos que devem seguir os conteúdos dos contextos14 da educação
básica, nos seus níveis e modalidades educacionais fundamentais e médias. E assim, seguimos
na disciplina de História.

13
De acordo com a Lei 11.645 de 10/03/2008, alterando a Lei 10.639 de 09/01/2003, é acrescentado,
na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, um artigo que normatiza que: Nos
estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório
o estudo da historia e cultura afro-brasileira e indígena (artigo 26-A, LDB 9.394/1996).
14
Que devem seguir os eixos temáticos (cultura, diversidade e luta por direitos; ciência, tecnologias e
ambiente: avanços e contradições; trabalho consumo e desenvolvimento humano; política, ética e
cidadania) do currículo da educação básica do estado de Roraima, adequados a cada área de
conhecimento e, nesta, a cada disciplina.
- -87

Figura 03: Fluxograma dos conteúdos dos contextos de história para o Ensino Fundamental

2.1.2.1 Conteúdos do contexto cultura, diversidade e luta por direitos.

Conteúdos do contexto com a realidade local (de Roraima)

Partindo dos pressupostos da nação brasileira ser formada, do início do século XVI
em diante, dos índios que já viviam aqui desde a pré-história brasileira, entrando na história
por meio da escrita sistemática, pela Carta de Pero Vaz, o primeiro documento escrito sobre o
ambiente e seus povos, que pelos cinco tempos históricos, ocorre na Idade Moderna, ano I da
história do contato europeu (Roraima no século XVII); e logo em seguida a chegada dos
africanos, que juntos se imbricam no povo e na nacionalidade brasileira. Que vão formar uma
diversidade cultural sobreposta na unidade cultural, forjando assim uma identidade nacional, a
partir de cada identidade local. Mas com direito demais para uma parte dessa unidade (a elite
branca, principalmente) e com direito de menos para as outras duas partes (índia e negra), que
passam a lutar para também ter direitos, mediante a luta de direito para todos.
- -88

Ação que vai se construir de várias formas, desde a passividade à luta, com ou sem
apoio externo. Passividades como faziam os índios e os africanos, resistindo ao trabalho
escravo, lutas como fizeram os caciques e principais indígenas, Zumbi e muitos outros, que
sem apoio externo lutavam para não se submeterem à escravidão.
E mais recentemente, com ajudas externas, os dois lados mais fracos foram à luta, e
conseguiram, no caso dos índios, reaverem terras ancestrais com direitos de viver nestas,
usufruindo dos recursos naturais destas, e podendo fazer uso para além da cultura oral do uso
da escrita em suas próprias línguas; e dos africanos do Brasil, o direito de viver nos ambientes
usados como resistência à escravidão, as terras quilombolas. Entra também nesse rol a parte
desfavorecida da etnia branca (favelados, sem tetos, sem-terra, entre outros). Que devem de
fato e de direito ser iguais perante a lei15. E na escola, para que isso vire ciência, conforme a
LDB (9.394/1996):
O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas
e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matizes indígena, africana e
européia. (LDB 9.394/1996. Artigo 26, § 4.)

Conteúdos do contexto com a realidade nacional (do Brasil)

Enfocando as três etnias que se formaram no povo brasileiro, contempla cultura,


diversidade e as luta por direitos de todas. Sendo que cada uma a partir da forma como se
projetou como integrante da nacionalidade brasileira, vão perceber e receber as lutas por
vários vieses. Que devem ser analisados e interpretados de maneira objetiva como meio de
abrir franjas para que cultura, diversidade e lutas por direitos se efetivem para todos os
componentes da nacionalidade brasileira.

Conteúdos do contexto com a realidade regional (da América Latina)

No mesmo rumo temos que perceber cultura, diversidade e lutas por direitos na
América Latina, mas para tanto é preciso saber sobre as identidades, culturas e que e quais são
as lutas dos povos latinos americanos. Desse modo, entram em cena os estudos dos tempos

15
Artigo 5º da Carta Magna Brasileira, a Constituição Federal de 1988.
- -89

pré-históricos e históricos desses povos. Só assim vamos perceber que, essa união latina
americana, formada pelos povos nativos e os transplantados do além mar, europeus
(portugueses, espanhóis e franceses, entre outros, de língua latina) e africanos, formando o
que se convencionou a chamar de América Latina. Depois disso, compreender o lugar de cada
um nesse ambiente, e como todos se assentam nesse ambiente latino americano, desde o
contato das três etnias no século XVI. E daí perceber como se deu a história desses contatos
desde então. Assim, conseguir fazer a correlação temporal, ambiental e, no cenário histórico,
entender as lutas de classes travadas entre índios africanos e europeus na América Latina. E
como cada classe está se reajustando para se manter culturalmente na diversidade, com suas
unidades culturais. E como estão se saindo nas lutas por direitos.

Conteúdos do contexto com a realidade mundial (do mundo)

Com a globalização iniciada lá na pré-história, quando nossos ancestrais resolvem


povoar da África mundo afora. Cultura, diversidade e lutas por direitos vão lhes acompanhar
sempre. Nas cavernas, pedras, barro, couro, papiro, papel, entre outros meios de comunicação
humana ao longo desses tempos, registram e relatam as ações desta globalização humana.
Assim, mundialmente, na aldeia global atual, o que parecia desintegrar a cultura, a
diversidade e as lutas por direitos, se reverteram em integração por todas as etnias. Quer
sejam as que saíram privilegiadas dos contatos ou não. Desse modo, nos latinos americanos
podemos, pela leitura que devemos ter e fazer da América Latina, perceber nossa diversidade
cultural e nela as unidades culturais e nossas lutas por direitos, e somar o que já conseguimos
(índios, negros e outros grupos étnicos afins) e continuar lutando para manter o que temos e
alcançar cada vez mais o que queremos (em nível local e regional) em direitos fundamentais
universais, ou globais, para todos.

2.1.2.2 Conteúdos do contexto ciência, tecnologia e ambiente: avanços e contradições

Conteúdos do contexto com a realidade local (de Roraima)

Em relação à ciência e tecnologia, os avanços delas se fizeram numa grande rede de


informações que liga todo o mundo a todo mundo na velocidade do som. Que fez o mundo se
- -90

tornar teleologicamente pequeno, podendo ser alcançado em questão de horas em se tratando


de transporte; e em segundos em relação à comunicação de informação. Mas há também o
outro lado da resistência, pelo medo de conectar as fontes de comunicações, que quando
perdido, se não for tratado com ética, pode redimensionar para doença ou o descontrole do seu
uso. Mas também, com ética e estética contribuir para nossa ligação rápida com o mundo, e
com isso aprender virtualmente do nosso ambiente sobre ele e os demais.

Conteúdos do contexto com a realidade nacional (do Brasil)

Ciência e tecnologia em nível nacional é um fenômeno que está em todo lugar,


conectando todos os ambientes que compõem o nosso estado nacional rapidamente. E nossa
rede de educação é privilegiada 24 horas com tudo o que diz respeito à educação escolar em
um canal exclusivo, a TV escola. Assim, no caso da educação a questão de contradição é ter a
rede, os meios de conexão, e não fazer uso desta, ou deixar se acabar. O mesmo pode dizer
para todos os outros meios tecnológicos a nossa disposição, inclusive individualmente, ao
alcance de nossas mãos a todo o momento.

Conteúdos do contexto com a realidade regional (da América Latina)

Com relação à América Latina, embora essa conexão esteja em toda parte, em alguns
lugares há o acesso limitado por falta de subsídios de conexão com tais meios, mas no geral o
acesso é factível. Podemos estar em qualquer lugar da América Latina e saber tudo do mundo
interior ou exterior, usando os meios de comunicação mais modernos, mesmo estando no
meio da floresta bem distante de cidades. E saber em tempo real sobre o golpe militar em
Honduras, por exemplo, que chegou a todos rapidamente, e a resposta de condenação e não
aceitação da comunidade internacional que chegou lá rapidamente.

Conteúdos do contexto com a realidade mundial (do mundo)

Com relação ao mundo, podemos trabalhar uma aula sobre qualquer assunto ou
perceber qualquer lugar em tempo real, estando numa escola da cidade ou do campo. Basta ter
- -91

os recursos, e temos TV, computador e internet. Assim, nos ligar em assuntos mundiais ou
nos tornar assuntos mundiais são factíveis, basta saber lidar com tais meios, um exemplo é o
caso da revolta popular em Teerã, por não aceitarem o suposto resultado fraudulento das
eleições iranianas. Mesmo o governo tentando esconder, não conseguiu, pois usando
tecnologias, como o celular para filmar e depois a internet para enviar, em todo lugar do
mundo vimos às imagens que o governo queria proibir.
Assim, para perceber ou viajar no mundo cientifico tecnológico pós-moderno é fácil,
isso ninguém duvida. Já em se tratando de produzir ou dar assistência a tais ferramentas é
outra história. É preciso saber. E isso também não é impossível, pois temos todas as
ferramentas que os outros que aprenderam têm: a inteligência e criatividade. Para aprender a
prática.
Aproveitando o gancho com as tecnologias voltadas para a educação, fazer um
diálogo transversal (com a comunidade escolar) de ciência da degradação ambiental, local,
nacional, regional e mundial, produzida pela humanidade, que caminha para a extinção da
vida e dos recursos terrestre. E buscar outras rotas alternativas de educação ambiental
sustentável individual e coletiva a ser seguida para evitar tais tragédias.

2.1.2.3 Conteúdos do contexto trabalho, consumo e desenvolvimento humano

Conteúdo do contexto com a realidade local (de Roraima)

Roraima, pela estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, tem uma


população de 412.783 habitantes (IBGE, 2008), com toda a estrutura política administrativa
de estado como o Amazonas, que tem um bairro novo com a mesma quantidade de habitantes
de todo o estado de Roraima. Partindo desses pressupostos, somos um estado com a
população de um bairro. Com uma população economicamente ativa de 213.000 pessoas
(PNAD/2007), que, em hipótese, poderia ser mantida economicamente pelo governo do
estado. Já em relação à comunidade estudantil (de acordo com o INEP/2008) são 135.921
alunos matriculados em toda a educação básica roraimense, destes, 84.18716 pertence à rede
de escolas pública estadual, distribuídos para 12 mil professores, em média 7,01 alunos por
professor. Temos na maioria das escolas os kits tecnológicos (televisão, aparelhos de DVD,

16
90 alunos matriculados no ensino fundamental de nove anos.
- -92

antenas parabólicas para acesso a TV Escola, entre outros) como ferramentas para uso
educacional, assim a nossa realidade local nos dão todos os meios para sermos os melhores,
em IDH17 (0,749, 13º do país, PNUD18, 2000), pelo tamanho da população e pelos meios
tecnológicos que dispomos. Se não somos não é por faltas dos meios, mas por outra coisa que
precisamos descobrir.

Conteúdos do contexto com realidade nacional (do Brasil)

Em nível nacional, sabemos que há grandes disparidades em relação às questões dos


conteúdos deste contexto, pois, num mesmo lugar tem ilhas de excelência e descaso, que
fazem com que de um bairro para outro parecer estarmos morando na Finlândia ou no Haiti
(com todo respeito ao povo haitiano). É por isso que além de aprender sobre o Brasil como
um todo temos que estar atento ao nosso lugar, para perceber, na nossa igualdade, as nossas
diferenças e saber os meios que nos ajudarão a sair ou continuar onde estamos em índice de
desenvolvimento humano.

Conteúdos do contexto com a realidade regional (da América Latina)

Assim, como no Brasil que tem lugares com conceito adequado ou não, na América
Latina não é diferente, há países como, por exemplo, o próprio Brasil que, na média, tem IDH
médio; e outros assim também ou não. Precisamos ter ciência, do México ao Chile e do
Equador a Guiana Francesa, de como vivem as populações latinas americanas.

Conteúdos do contexto com realidade mundial (do mundo)

O Índice de Desenvolvimento Humano no mundo é muito desigual, isso faz com que
muitos fiquem excluídos do mundo do trabalho, com dificuldades de consumir ou se
desenvolver. Perceber as causas e conseqüências mundiais dessas diferenças de IDH nos

17
Índice de Desenvolvimento Humano.
18
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
- -93

ajuda saber por que isso acontece e quais as causas e conseqüências de tais fatores para nosso
espaço e região, neste mundo globalizado.

2.1.2.4 Conteúdos do contexto política, ética e cidadania

Conteúdos do contexto com a realidade local (de Roraima)

Política, ética e cidadania têm conotações abrangentes. Assim pode ser aplicadas a
vários fins, como, por exemplo, perceber o espaço em que vivemos, de acordo com a política
estabelecida neste; fazer escolha, que nos ajudem a atingir objetivos, por meio da ética que
temos; mediante a cidadania que queremos. Partindo desses pressupostos, podemos analisar
localmente a política, a ética e a cidadania, do nosso espaço (Roraima), como um lugar feliz,
onde as pessoas no momento e ao longo do tempo se sentem bem com o que estão fazendo ou
fizeram, em todos e quaisquer sentidos. E se sentem legais com o que vem fazendo formal e
informalmente, no âmbito individual, coletivo, profissional, entre outros. Se percebermos
felicidade nessas ações, é sinal de que a política se converte em felicidade, a ética caminha no
sentido correto da aplicação dos direitos e deveres legais, se efetivando em cidadania.

Conteúdos do contexto com realidade nacional (do Brasil) regional (da América Latina) e
mundial (do mundo)

Partindo dos conceitos percebidos localmente temos os parâmetros que nos ajudam a
entender e perceber, do nosso espaço, como deve ser analisado, para além do bem e do mal, a
política a ética e a cidadania, em nível nacional/regional, no Brasil e na América Latina, e em
nível mundial Ocidental, que tem como filosofia contemporânea os conceitos de política, ética
e cidadania, baseados no pensamento greco-romano clássico. Sem se esquecer de relativizar
com o mundo Oriental que tem outra mentalidade e outras interpretações para justificar suas
razões humanas, na história para todos.
- -94

2.1.3 Conteúdos do Ensino Fundamental

Baseado nos conteúdos dos contextos deste referencial, nos pressupostos da


legislação educacional brasileira e roraimense, orientações curriculares para este nível de
ensino, com objetivo de contribuir para a formação intelectual e cultural dos estudantes;
favorecer o conhecimento de diversas sociedades historicamente constituídas, por meio de
estudos que considerem múltiplas temporalidades; e propiciar a compreensão de que as
histórias individuais e coletivas se integram e fazem parte da História. Seguem de acordo com
os conteúdos dos contextos abaixo.

I - CONTEXTO: CULTURA, TRADIÇÕES E SER HUMANO.


Bloco de conteúdos numa co-relação
Realidades locais e o Cotidiano com âmbito Nacional (Brasil), América Latina
e Mundial.
ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Imagens históricas (descrições rupestres, fotografias, ►Imagens históricas (descrições rupestres,


desenhos, pinturas, grafites, mapas, entre outros) fotografias, desenhos, pinturas, grafites, mapas,
falando do ambiente e dos povos indígenas, brancos e entre outros) falando do ambiente e dos povos
negros, entre outros, de Roraima. indígenas, brancos e negros, entre outros, do
Brasil, da América Latina e do continente
americano.

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Imagens (descrições rupestres, fotografias, desenhos, ►Imagens históricas (descrições rupestres,


pinturas, grafites, mapas, entre outros) com pequenos fotografias, desenhos, pinturas, grafites, mapas,
textos do ambiente e dos povos indígenas, brancos e entre outros) com pequenos textos do ambiente e
negros, entre outros, de Roraima. dos povos indígenas, brancos e negros, entre
outros, do Brasil, da América Latina e do
continente americano.

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL


►Imagens históricas (descrições rupestres, fotografias, ►Imagens históricas (descrições rupestres,
desenhos, pinturas, grafites, mapas, entre outros) com fotografias, desenhos, pinturas, grafites, mapas,
pequenos textos a serem reproduzidos do ambiente e dos entre outros) com pequenos textos a serem
povos indígenas, brancos e negros, entre outros, de reproduzidos do ambiente e dos povos indígenas,
Roraima. brancos e negros, entre outros, do Brasil, da
América Latina e do continente americano.
- -95

ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Sonetos com imagens históricas (descrições rupestres, ►Sonetos com imagens históricas (descrições
fotografias, desenhos, pinturas, grafites, mapas, entre rupestres, fotografias, desenhos, pinturas, grafites,
outros) e textos: do contexto cultura, diversidade e lutas mapas, entre outros) e textos: do contexto cultura,
por direitos dos povos da Terra de Makunaima, diversidade e lutas por direitos dos povos da
Roraima. Terra de Pindorama, Brasil e da Egéia, América
Latina, continente americano.

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Artigos didáticos com imagens históricas (descrições ►Artigos didáticos com imagens históricas
rupestres, fotografias, desenhos, pinturas, grafites, (descrições rupestres, fotografias, desenhos,
mapas, entre outros) e textos: do contexto cultura, pinturas, grafites, mapas, entre outros) e textos:
diversidade e lutas por direitos dos povos da Terra de do contexto cultura, diversidade e lutas por
Makunaima, Roraima. direitos dos povos da Terra de Pindorama, Brasil
e da Egéia, América Latina, continente
americano. E seus contatos com o mundo.

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►O etnoambiente makunaimense e a colonização ►Conceito e identidade de história a serem


Sebastiana do vale do rio Branco no século XVII. estudados na disciplina de história.
►A sujeição dos filhos de Makunaima pelos filhos de ►O mais longo capítulo da história desde o
Sebastião. aparecimento humano à sistemática da escrita no
►A resistência indígena. Brasil, na America Latina e no mundo.
►A pré-história brasileira da Serra da Capivara a
Lagoa Santa, entre outros.
►A pré-história latina americana descrita nas
artes monumentais (artefatos, construções,
escritas, códices, etc.) dos povos maia, asteca,
inca, entre outros.
►A pré-história mundial do Chade na África, a
Neanderthal na Alemanha, no Oriente próximo, na
Ásia e na América, entre outras.
►Os filhos da mãe África dos egípcios as
sociedades atuais e sua simbiose de terra com água
criando deuses, alimentos, escrita, escriba, artes
diversas, entre outras.
►Os filhos da região do crescente fértil
(Mesopotâmia) e o caldo de culturas e
diversidade de povos (sumérios, amoritas, assírios,
caldeus) produzindo escritas, artes diversas, entre
outros.
►Os migrantes para o crescente fértil
(fenícios) os povos da navegação comercial
mediterrânica, criadores do alfabeto que usamos
para ler e escrever e produtores de livros e artes
diversas, entre outros; o povo do livro (hebreus),
nômades criadores de
animais, deixou sua história de passagem
registrada na Bíblia, criadores do judaísmo; os
povos arianos (persas) criadores da moeda, dos
hinos de Zoroastro e um palácio para
Ahuramazada que sintetizava a diversidade
cultural do reino de aryanam.
- -96

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►As tropas de resgates. ►Os povos do Indo (indianos), de centenas de


►As etnias indígenas de Roraima. divindades, criadores dos algarismos que usamos
►Etnias brancas e negras em Roraima, entre outras. para contar, do Gita e do nirvana, das castas, entre
outros; os povos do reino do meio (chineses), da
grande muralha, do macarrão, do arroz, do chá, da
seda e da porcelana, dos pés de lótus, e dos pés
grandes, dos filhos do céu, dos ideogramas e da
acupuntura, entre outros.
►Os pais da civilização Ocidental (gregos)
criadores da polis, filosofia, da democracia, da
história e das olimpíadas, do labirinto, de Ilíada e
Odisséia, da ética, do liceu e da academia,
educadores de Alexandre que construiu um
Império e difundiu nele a grandeza da cultura
grega, por meio do helenismo; e os criadores da
cidade eterna (Roma) e educados pelos gregos
adaptaram a ética grega aos seus costumes morais,
suas artes políticas, militares, cotidianas, entre
outras.
►Uma nova Roma: Bizâncio porta de entrada e
saída do império romano do Ocidente para o
império romano do Oriente é a última tentativa de
reerguer o poder da cidade eterna e da
oficialização do cristianismo como religião de
estado.
O mundo de Alá, da Arábia a Portugal a expansão
do mundo árabe do Oriente para o Ocidente e a
força do profeta Maomé justificada no corão e na
criação do islamismo.
►A simbiose romana germana e o mundo da
trindade cristã concretizada no mundo Carolíngio
dão poder supremo para a igreja católica e abre
espaço para uma história linear, teológica, social,
estratificada, feudal Européia Ocidental.
Os movimentos geradores do renascimento
comercial; da burguesia Ocidental; dos sem-terra
europeus; das lamparinas na escuridão medieval
(escolas, colégios e universidades), da fé contra
razão: no banquinho da inquisição na fogueira e na
prisão; o renascimento antropocêntrico europeu
baseado no retorno ao pensamento greco-romano
clássico, dando a humanidade o poder de voltar a
ser a medida de tudo, sintetizado na medida do
corpo perfeito da vinciana e no nascimento de
Vênus botticelliana; A questão das indulgências e
a reforma religiosa partidarizando a igreja
(católica & protestantes), entre outros.
- -97

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Navegar por mares desconhecidos é preciso: as


navegações portuguesas e espanholas rumo as
Índias (concretizada por Vasco da Gama) e a
chegada de Colombo a Egéia (América) (para ele
nas “Índias”) e de Cabral a Terra Sem Males
(Brasil) e os desajustes e reajustes do contato entre
os povos daqui com os do além-mar; o mundo
absolutista e o absolutismo esclarecido permeando
o mundo europeu e suas ramificações para os
“novos mundos” (Africano, Asiático, Americano,
Oceaniano, entre outros).
►A Terra Sem Males “descoberta” pelos
portugueses e outros europeus e a entrada do
Brasil na história sistemática escrita documentada
na carta de Caminha; a formação colonial e as
sociedades rurais litorâneas exploradoras do pau-
brasil, da cana-de-açúcar; as lutas dos portugueses
com outros europeus que contestavam a divisão do
mundo entre Espanha e Portugal (franceses,
holandeses, etc.); a ocupação e expansão territorial
do Brasil sertão adentro pela pata do boi (rumo ao
Norte) e nas expedições bandeirantes ao
apresamento de índios e na busca do eldorado
(rumo ao Sul) e a formação das sociedades
“urbanas” mineiras; os lugares indígenas e
africanos no Brasil colônia.
- -98

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►A gestação e o nascimento da nação americana do Norte


►Os movimentos socioculturais manifestados os EUA e sua influência para gestação e nascimento de
nas comidas, rituais, danças, brincadeiras, outras nações no Continente Americano.
prosas, músicas, entre outros, das etnias ►Conflitos e rebeliões nativistas e emancipacionistas no
indígenas, brancas, negras, entre outras, de Brasil colonial português (Beckman, Mascates, Felipe dos
Roraima. Santos, Inconfidência Mineira e Baiana, Pernambucana,
entre outras).
►O processo de produção promovida pela máquina a vapor
de James Watt, mudando as relações sociais de trabalho, de
lugar e de mentalidade, entre outros, na oficina do mundo
moderno, a Inglaterra.
►O fim do antigo regime absolutista e processo de
liberdade, igualdade e fraternidade promovida pelo povo
francês (1789), que mudou o rumo da história da
humanidade e influenciou e continua influenciando muitas
partes do mundo até os dias atuais, a Revolução Francesa.
►Os impactos da Revolução Francesa no Brasil (colônia de
Portugal) e na América Latina (colônias da Espanha e
outras) a reação metropolitana aos avanços e recuos do povo
latino americano em busca dos ideais alcançados pelo povo
francês.
►A luta de indígenas de negros e criollos pela
Independência da América espanhola.
►O processo de Independência do Brasil: da chegada da
corte às margens do Ipiranga e lugar da elite e do povo neste
ambiente histórico.
►Depois da festa da autonomia a revolta do povo: o Brasil
independente, a queda de Dom Pedro I, a regência e
antecipação da maioridade de Dom Pedro II, e seu longo
reinado.
►O povo se revolta: as causas e consequências das revoltas
do povo brasileiro (A cabanagem, no Para; Os males e a
sabinada na Bahia; a balaiada, no Maranhão; a farroupilha,
no Rio Grande do Sul; a revolução praieira, Pernambuco;
entre outras.
►Duas visões de uma guerra: Guerra do Paraguai ou Guerra
do Brasil?
►O Congresso de Viena e as aplicações do: Liberalismo,
socialismo e conservadorismo europeu.
►As lutas de classe entre liberais e socialistas no campo
teórico e prático: burguesia & proletariado, a utopia e a
realidade dos fatos e das ações sociais.
►Mudanças e tramas sociais no Brasil: a campanha
abolicionista, a influência do pensamento liberal e social no
processo e na efetivação desta.
►Império, igreja e militares brasileiros em crise: a
proclamação da república como solução para a vendeta.
►As reviravoltas sociais na Europa e a nacionalização
italiana e alemã.
►EUA: os conflitos Norte & Sul e Black & White: da
Guerra da Cessação ao grande porrete.
►Das origens ao neocolonialismo europeu: causas e
conseqüências para os continentes americano, asiático e
africano.
- -99

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Os acertos de contas entre Alemanha e Inglaterra e grande


►Os direitos fundamentais de todos os conflito europeu envolvendo todo o mundo: A Primeira Guerra
homens e mulheres (criança, jovens e Mundial.
velhos) a vida, alimentação, educação, ►O nascimento do socialismo real pela luta dos proletários do
lazer, profissionalização, trabalho, entre mundo unidos:
outros, para todos, em Roraima. A Revolução Russa.
►Movimentos xenófobos: nazista alemão e fascista italiano.
►Símbolos de identidade nacional da república brasileira: a
bandeira e o hino nacional.
►Conflitos e revoltas sociais na República Velha: a guerra de
Canudos, o cangaço, a revolta da excomunhão de Padre Cícero, a
revolta da vacina, a revolta da chibata, a revolta do contestado,
entre outras.
►As revoltas do Estado Novo: A coluna prestes, a revolução de
1930, a revolução constitucionalista de 1932, entre outras.
►A Semana de arte moderna de 1922: um movimento de
construção antropofágica que gerasse um caráter nacional das artes
do Brasil e do povo brasileiro, declamado por Oswald de Andrade,
pintados por Tarsila do Amaral, entre outros e sintetizado em
Macunaíma de Mário de Andrade.
►Os direitos dos trabalhadores urbanos e a CLT.
►A Segunda Guerra Mundial: a revanche alemã e suas vitórias
iniciais para a perda total e as mudanças nas relações de poder que
divide o mundo em dois blocos rivais: socialista & capitalista.
►O pós-guerra e as novas ordens mundiais: a Organização das
Nações Unidas e a Declaração dos Direitos Humanos, dos
movimentos paz e amor, entre outros.
►Os conflitos para evitar uma Terceira Guerra Mundial: a Guerra
Fria, para evitar o fim do mundo pela bomba atômica, a Guerra da
Coréia, e a coexistência pacífica.
►O Brasil nas ondas do rádio e depois da televisão e dos
movimentos culturais: a tropicália, a jovem guarda, a bossa nova,
entre outros.
►Os movimentos de descolonização da Índia, Indonésia,
Indochina, Argélia, Congo, entre outros países africanos e asiáticos.
►O fim do mundo socialista real: as causas e as consequências da
Queda do Muro de Berlim e do fim da União Soviética.
►A nova ordem mundial: uma só potência capitalista mundial
EUA; e as potências regionais na América Latina, Europa, África,
Ásia, entre outros.
►A manutenção do poder, e as mudanças, de China e Cuba, como
regimes socialistas.
►Os movimentos sociais nos anos ditatoriais militares no Brasil:
movimentos estudantis, movimentos de esquerda armada, ou não, o
papel dos meios de comunicação a favor ou contra o povo.
►Os novos tempos de redemocratização e os movimentos do povo
para votar e depois para tirar do poder quem foi votado, por que
não era sério, entre outros.
►Os conflitos sociais longes de serem resolvidos: a questão
palestina & israelense, as questões étnicas na África, a questão
FARCS & governo colombiano, entre outros.
►As novas ordens que vieram do século XX para o XXI, de ordem
mundial, regional, nacional e local, a manutenção do ambiente, a
vacina antiaids, a fome que assola os deserdados do mundo, a
garantia de direitos para todos e não só para os privilegiados, entre
outros.
- 100
-

II - CONTEXTO - CIENCIA E TECNOLOGIA: AVANÇOS E CONTRADICÕES.

Bloco de conteúdos numa co-relação com


Realidades locais e o Cotidiano âmbito Nacional (Brasil), América Latina e
Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Imagens históricas (descrições rupestres, fotografias,


►Imagens históricas (descrições rupestres,
desenhos, pinturas, grafites, mapas, entre outros)
fotografias, desenhos, pinturas, grafites, mapas,
falando do conhecimento de como os povos indígenas,
entre outros) falando do conhecimento de como os
brancos e negros, entre outros, de Roraima vem
povos indígenas, brancos e negros, entre outros, do
produzindo e transformando a comida, a bebida, a cura,
Brasil, da América Latina e do Continente
o remédio, a moradia, o lugar coletivo, a locomoção e o
Americano vem produzindo e transformando a
sincretismo com o conhecimento e a tecnologia
comida, a bebida, a cura, o remédio, a moradia, o
moderna.
lugar coletivo, a locomoção e o sincretismo com o
conhecimento e a tecnologia moderna.

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Imagens históricas (descrições rupestres, fotografias, ►Imagens históricas (descrições rupestres,


desenhos, pinturas, grafites, mapas, entre outros) com fotografias, desenhos, pinturas, grafites, mapas,
pequenos textos do conhecimento de como os povos entre outros) com pequenos textos do
indígenas, brancos e negros, entre outros, de Roraima conhecimento de como os povos indígenas,
vem produzindo e transformando a comida, a bebida, a brancos e negros, entre outros, do Brasil, da
cura, o remédio, a moradia, a lugar coletivo, a América Latina e do Continente Americano vem
locomoção e o sincretismo com o conhecimento e a produzindo e transformando a comida, a bebida, a
tecnologia moderna. cura, o remédio, a moradia, a lugar coletivo, a
locomoção e o sincretismo com o conhecimento e
a tecnologia moderna.

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Imagens históricas (descrições rupestres, fotografias, ►Imagens históricas (descrições rupestres,


desenhos, pinturas, grafites, mapas, entre outros) com fotografias, desenhos, pinturas, grafites, mapas,
pequenos textos, a serem reproduzidos, do entre outros) com pequenos textos, a serem
conhecimento de como os povos indígenas, brancos e reproduzidos, do conhecimento de como os povos
negros, entre outros, de Roraima vem produzindo e indígenas, brancos e negros, entre outros, do
remédio, a moradia, a lugar coletivo, a locomoção e o Brasil, da América Latina e do Continente
sincretismo com o conhecimento e a tecnologia Americano vem produzindo e transformando a
moderna. comida, a bebida, a cura, o remédio, a moradia, a
lugar coletivo, a locomoção e o sincretismo com o
conhecimento e a tecnologia moderna.
- 101
-

ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Sonetos com imagens históricas (descrições rupestres, ►Sonetos com imagens históricas (descrições
fotografias, desenhos, pinturas, grafites, mapas, entre rupestres, fotografias, desenhos, pinturas, grafites,
outros) e textos: do contexto ciência e tecnologia mapas, entre outros) e textos: do contexto ciência
avanços e contradições dos povos da Terra de e tecnologia avanços e contradições dos povos da
Makunaima, Roraima. Terra de Pindorama, Brasil e da Egéia, América
Latina, continente americano.

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Artigos didáticos com imagens históricas (descrições ►Artigos didáticos com imagens históricas
rupestres, fotografias, desenhos, pinturas, grafites, (descrições rupestres, fotografias, desenhos,
mapas, entre outros) e textos: do contexto ciência e pinturas, grafites, mapas, entre outros) e textos:
tecnologia, avanços e contradições dos povos da Terra do contexto ciência e tecnologia avanços e
de Makunaima, Roraima. contradições dos povos da Terra de Pindorama,
Brasil e da Egéia, América Latina, continente
americano. E seus contatos com o mundo.

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Redes de conhecimento, técnicas e tecnologias ►Redes de conhecimentos pré-históricos de


indígenas na estruturação arquitetônica do ambiente cooperação (Homo habilis), distribuição de tarefas
comunitário e na elaboração dos lugares de vivência (Homo herectus), criações artísticas, uso da pedra,
cotidiana (aldeias, casas, espaço de rituais e do fogo e dos metais (Homo sapiens), entre outros,
festividades, roçados, artefatos de caça, pesca, arte, etc.) dos grupos humanos no Brasil, na América Latina
e a continuidade do uso destes e o sincretismo e a e no mundo e suas relações e transições como as
inserção de novas tecnologias ao seu ambiente atual comunidades históricas seguintes.
(escola, universidade, mídias) entre outros. ►A invenção da escrita sistemática e a
formação da ciência da técnica gráfica e os
avanços tecnológicos dos meios de registros
(pedra, barro, couro, papiro, papel) desta escrita
comunicativa do hieróglifo egípcio, da cuneiforme
suméria, do alfabeto fenício, do ideograma chinês,
suas expansões e seus usos pelas demais
sociedades do mundo antigo, na Idade Antiga e
Média, entre outros.
- 102
-

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Identidades (indígena, européia e africana) ao ►Escribas, sofistas, filósofos, preceptores, na casa, no


longo do tempo de construção, usos, palácio, no liceu, na academia, na igreja, na escola, na
funcionalidades e efetividades dos meios universidade entre outras: identidades e funções dos
científicos e tecnológicos na história da “professores” e lugares da leitura e da escrita aos
formação social do estado de Roraima, do Forte aprendizes de tal ação quase divina do mundo antigo ao
São Joaquim a chegada da banda larga, medieval e suas formas de ensinar e de aprender essa arte
envolvendo: a arquitetura, desde a construção do para poucos.
Forte São Joaquim, das construções públicas ►Conceitos científicos, técnicos tecnológicos na visão
(intendência, escolas, palácio do governo, greco-romana e na concepção da igreja católica como
igrejas etc.) e privadas (de residências mais centro do poder inércia & movimento: quem ficou e quem
antigas as atuais), das hidrovias, rodovias e avançou na disputa fé e razão.
pontes de vários tipos, do formato da cidade de ►O iluminismo e a razão acima de tudo: pensamento
Boa Vista e demais cidades do estado e a europeu e suas ramificações no “mundo novo” americano:
influência da arquitetura indígena, branca e Brasil, América Latina entre outros.
negra, nestas.

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Os meios de transporte, da canoa ao avião, e a ►Ação e reação do Iluminismo nas invenções e inovações
influência das técnicas e tecnologias indígena, tecnológicas dos meios de produção, transportes,
branca e negra nestes. comunicações, entre outros, pós século XVIII.
►Dos meios de comunicação, do recado a ►França, a grande difusora da ciência das luzes para a
internet e a influência das técnicas e tecnologias Europa, a América, a ►Ásia e outros.
indígena, branca e negra nestes. ►A primeira missão francesa no Brasil: funções
anotações e impressões artísticas e científicas dos povos,
da fauna e da flora brasileira; e a implantação do ensino
superior, técnico e profissionalizante.
►O pensamento científico liberal & social: de Smith à
Marx e suas influências entre os intelectuais brasileiros do
império à república.

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Sobre as concepções, os conceitos, os lugares, ►A influência do positivismo de Conte nas escolas


as aprendizagens e os usos dos meios científicos militares brasileiras no período de transição (império
e tecnológicos pelas comunidades étnicas república) e sua relação com os proclamadores de
roraimenses (indígena branca e negra) e as suas república.
ligações de identidades do passado com o ►A educação escolar e universitária brasileira no período
presente e as perspectivas futuras. republicano de 1889 a 1930.
►A educação escolar e universitária no estado novo e a
visão do manifesto da escola nova que queria Anísio
Teixeira (entre outros) e a realidade educacional escolar
brasileira atual.
►As fermentas tecnológicas, TV, computador, internet,
entre outros, como recursos didáticos pedagógicos
escolares para a aprendizagem discente.
►Os novos conceitos de comunidade com as novas redes
sociais de conhecimentos virtuais.
- 103
-

III - CONTEXTO: TRABALHO, CONSUMO E LUTA POR DIREITO.

Bloco de conteúdos numa co-relação com


Realidades locais e o Cotidiano âmbito Nacional (Brasil), América Latina e
Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Imagens históricas (descrições rupestres, fotografias, ►Imagens históricas (descrições rupestres,


desenhos, pinturas, grafites, mapas, entre outros) fotografias, desenhos, pinturas, grafites, mapas,
falando dos tipos e formas de trabalhos, como são entre outros) dos tipos e formas de trabalhos,
colocados em prática, satisfações que eles suprem e os como são colocados em prática, satisfações que
impactos no IDH dos povos indígenas, brancos e negros, eles suprem e os impactos no IDH dos povos
entre outros, de Roraima. indígenas, brancos e negros, entre outros, do
Brasil, da América Latina e do Continente
Americano.

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Imagens históricas (descrições rupestres, fotografias, ►Imagens históricas (descrições rupestres,


desenhos, pinturas, grafites, mapas, entre outros) com fotografias, desenhos, pinturas, grafites, mapas,
pequenos textos dos tipos e formas de trabalhos, como entre outros) com pequenos textos dos tipos e
são colocados em prática, satisfações que eles suprem e formas de trabalhos, como são colocados em
os impactos no IDH dos povos indígenas, brancos e prática, satisfações que eles suprem e os impactos
negros, entre outros, de Roraima. no IDH dos povos indígenas, brancos e negros,
entre outros, do Brasil, da América Latina e do
Continente Americano.

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Imagens históricas (descrições rupestres, fotografias, ►Imagens históricas (descrições rupestres,


desenhos, pinturas, grafites, mapas, entre outros) com fotografias, desenhos, pinturas, grafites, mapas,
pequenos textos, a serem reproduzidos, dos tipos e entre outros) com pequenos textos, a serem
formas de trabalhos, como são colocados em prática, reproduzidos, com pequenos textos, a serem
satisfações que eles suprem e os impactos no IDH dos reproduzidos, dos tipos e formas de trabalhos,
povos indígenas, brancos e negros, entre outros, de como são colocados em prática, satisfações que
Roraima. eles suprem e os impactos no IDH dos povos
indígenas, brancos e negros, entre outros, do
Brasil, da América Latina e do Continente
Americano.
- 104
-

ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Sonetos com imagens históricas (descrições ►Sonetos com imagens históricas (descrições rupestres,
rupestres, fotografias, desenhos, pinturas, fotografias, desenhos, pinturas, grafites, mapas, entre
grafites, mapas, entre outros) e textos: do outros) e textos: do contexto ciência e trabalho, consumo
contexto trabalho, consumo e desenvolvimento e desenvolvimento humano dos povos da Terra de
humano dos povos da Terra de Makunaima, Pindorama, Brasil e da Egéia, América Latina,
Roraima. continente americano.

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Artigos didáticos com imagens históricas ►Artigos didáticos com imagens históricas (descrições
(descrições rupestres, fotografias, desenhos, rupestres, fotografias, desenhos, pinturas, grafites,
pinturas, grafites, mapas, entre outros) e textos: mapas, entre outros) e textos: do contexto trabalho,
trabalho, consumo e desenvolvimento humano consumo e desenvolvimento humano dos povos da Terra
dos povos da Terra de Makunaima, Roraima. de Pindorama, Brasil e da Egéia, América Latina,
continente americano. E seus contatos com o mundo.

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►A função e a organização do trabalho no ►A função do trabalho e os meios de produção


mundo indígena roraimense. descobertas, aperfeiçoamento das ferramentas para caça e
►A visão indígena roraimense da realização, da coleta, a descoberta da produção agrícola e da criação de
divisão e das necessidades supridas pela ação do animais pelos grupos pré-históricos: brasileiros,
trabalho. americanos, América Latina e de mundo.
►Formas de consumo e ação deste no desenvolvimento
humano dos grupos pré-históricos brasileiros,
americanos, latinos americanos e em outras partes do
mundo.
►Organização social do trabalho e da
economia no Vale do Nilo (África), e da
►Organização social do trabalho e da economia no Vale
do Nilo (África), e da região da Mesopotâmia, da Fenícia,
seguindo para Pérsia (Oriente Médio), Índia, China
(Ásia), Grécia, Roma, Bizâncio, Carolíngio (Europa) e
Arábia Saudita (Oriente Médio), com seus sistemas de
produção agrícola, criação de animais e agregação de
valor aos produtos extraídos da agricultura e pecuária e
redes de comércio de distribuição e vendas da produção.
►Formas de consumo e ação deste no desenvolvimento
humano dos segmentos que formavam as camadas e
classes sociais (mulheres, escravos e homens) nilóticas,
autóctones e migrantes mesopotâmicos, fenícios, persas,
indianos, chineses, gregos, romanos, bizantinos,
germanos e islâmicos.
Conceitos, organização e difusão do sistema comercial
dos navegantes e comerciantes fenícios e gregos e suas
relações com os produtores agrícolas e criadores de
animais do crescente fértil e outros.
►As relações de trabalhos do sistema feudal europeu
Ocidental no regime de servidão da terra.
►A economia feudal auto-suficiente e as relações de
trocas baseadas no escambo.
►Tipo de consumo, desenvolvimento humano do senhor
e do servo feudal.
- 105
-

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►O que mudou nas relações de trabalho, consumo e ►O enfraquecimento do sistema auto-suficiente


desenvolvimento humano a partir do contato dos índios feudal rural europeu Ocidental e o renascimento
de Roraima com os brancos europeus e o lugar de cada comercial e urbano e nascimento da burguesia
um nestas relações trabalhistas. com suas corporações de artes e ofícios de
produção artesanal manufatureira.
►A expansão, marítima européia pelo
Atlântico/Pacifico (e os entrepostos comerciais
africanos) para buscar as especiarias das índias
(cravo, canela, pimenta e outros). E os grandes
lucros dos pioneiros, Portugal e Espanha.
►Ciclos econômicos metropolitanos portugueses
na colônia brasileira: do pau-brasil, da
escravização de índios e de africanos, da cana-de-
açúcar, do ouro, das drogas dos sertões, entre
outros.
►O trabalho escravo no Brasil e a concentração
de renda nas mãos de poucos gerando
desenvolvimento humano para uma pequena elite
e entrave financeiro para a maioria.
►Calvinismo e capitalismo e o nego o ócio = a
negócio.
►A revolução comercial e o mercantilismo
baseada no metalismo, como fator garantidor da
balança comercial favorável para quem detinha
ouro e prata.
►Conceito e aplicabilidade do pacto colonial
monopolista e o beneficio econômico unilateral
em favor da metrópole.
►O papel da Holanda no incentivo a produção de
açúcar no Nordeste colonial brasileiro e a riqueza
e pobreza da região.
►A nova ordem econômica liberal do estado
mínimo e da economia nas mãos da iniciativa
privada. Sintetizada na obra Riquezas das nações
de Adam Smith, que diz que a riqueza de uma
nação não é gerada pelo comércio, mas pela
produção, uma crítica ao mercantilismo em si.
- 106
-

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►As relações de trabalho (fixo, periódico, “criados”) ►Pacto colonial, cobranças de impostos, trabalho
entre vaqueiros, índios e fazendeiros brancos das escravo nas lavouras do Sul, trabalho familiar em
fazendas nacionais e particulares e a função do pequenas propriedades da região Central, trabalho
compadrio em Roraima, na segunda metade do século na produção e comércio no Norte dos EUA, os
XVII. impactos no consumo e no desenvolvimento
►Governo de Roraima, o grande empregador, e o humano da nação americana.
funcionário público o mantenedor da economia local. ►Pacto colonial, cobranças de impostos, trabalho
►Os novos rumos do trabalho privado no escravo, e outros trabalhos de ofícios livres, nas
estado com a implantação da área de livre comércio e da Minas Gerais, e os impactos no consumo e no
zona de processamento de exportação e os impactos no desenvolvimento da população urbana e rural
IDH do roraimense. mineira.
►Os impactos da Revolução Industrial Inglesa no
trabalho e as causas e consequências no consumo e
desenvolvimento humano dos donos dos meios de
produção e das camadas sociais trabalhadoras.
►Os impactos da Revolução Industrial nas
economias da América Latina.
►O fim do pacto colonial no Brasil e a liberdade
de produzir e comprar produtos de outras nações.
►Brasil: fim da dependência política de Portugal,
início da dependência financeira da Inglaterra.
►As metamorfoses do capitalismo: da produção
ao financeiro; dos conglomerados a crise da
superprodução; e o ressurgimento das cinzas.
►Os impactos da economia cafeeira e suas
relações com um ensaio industrial a sua volta, o
fim da escravidão, o conglomerado capitalista de
produção e financeiro de Mauá.
►A Situação socioeconômica dos ex-escravos
africanos e dos trabalhadores livres vindos da
Europa para o Brasil na transição do Império para
a República.
►Itália e Alemanha: e a necessidade de unificação
estatal moderna para ser potência capitalista.
- 107
-

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►A rede de consumo de produtos e serviços e a geração ►Os impactos da economia diversificada nos
de trabalho e renda deste ciclo no estado de Roraima. EUA e os resultados do trabalho e do
►Os impactos dos programas governamentais de desenvolvimento humano diferenciados: no Norte
distribuição de benefícios monetários (Bolsa Família, uma rica burguesia de negociantes & no Sul uma
Bolsa Educacional, Estágio Remunerado, Vale pequena rica aristocracia rural e uma imensa
Solidário, Pró-custeio, entre outros, na melhoria do IDH massa de trabalhadores escravos.
dos detentores de tais ►O neocolonialismo e a divisão do mundo entre
benefícios. ricos & pobres. Quem eram os ricos e quem são os
►Trabalho, salário, distribuição de benefícios pobres?
monetários estatal, consumo, desenvolvimento e ►O cultivo do café como elo propulsor do
classificação e divisão das classes socioeconômicas processo de industrialização paulista e da
roraimenses formação da classe operária brasileira.
►O mercado interno e expansão industrial
brasileira do estado novo em diante.
►A instalação de empresas multinacionais no
Brasil com mão-de-obra abundante e barata.
►O trabalho do candango na construção de
Brasília.
►O milagre econômico e o aumento do bolo
monetário que nunca foi dividido com os
trabalhadores brasileiros.
►Os planos econômicos que corroíam tudo que os
trabalhadores ganhavam sem uma perspectiva de
futuro financeiro, pois lhes tiravam tudo que
tinham.
►O plano real e o caminho para o Brasil se tornar
sustentável economicamente e os projetos
socioeconômicos de divisão do bolo monetário
para dar um impulso ao IDH do povo brasileiro
rumo sua sustentabilidade.
►Mundo do trabalho global com blocos regionais:
(União Européia – EU; Tigres Asiáticos – TA;
Tratado Norte Americano do Livre Comércio –
NAFTA; Mercado Comum da América do Sul –
MERCOSUL; União Africana – UA; e OUTROS)
qual o desafio de entrar, se desenvolver e se
beneficiar desses novos paradigmas?
- 108
-

IV - CONTEXTO : POLÍTICA, ÉTICA E CIDADANIA

Bloco de conteúdos numa co-relação com


Realidades locais e o Cotidiano âmbito Nacional (Brasil), América Latina e
Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Imagens históricas (descrições rupestres, fotografias, ►Imagens históricas (descrições rupestres,


desenhos, pinturas, grafites, mapas, entre outros) fotografias, desenhos, pinturas, grafites, mapas,
falando de lugares públicos e privados e como as ações entre outros) de lugares públicos e privados e
desenvolvidas nesses afetam diretamente e como as ações desenvolvidas nesses afetam
indiretamente os povos indígenas, brancos e negros, diretamente e indiretamente os povos indígenas,
entre outros, de Roraima. brancos e negros, entre outros, do Brasil, da
América Latina e do Continente Americano.

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Imagens históricas (descrições rupestres, fotografias, ►Imagens históricas (descrições rupestres,


desenhos, pinturas, grafites, mapas, entre outros) com fotografias, desenhos, pinturas, grafites, mapas,
pequenos textos de lugares públicos e privados e como entre outros) com pequenos textos de lugares
as ações desenvolvidas nesses afetam diretamente e públicos e privados e como as ações
indiretamente os povos indígenas, brancos e negros, desenvolvidas nesses afetam diretamente e
entre outros, de Roraima indiretamente os povos indígenas, brancos e
negros, entre outros, do Brasil, da América Latina
e do Continente Americano.

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Imagens históricas (descrições rupestres, fotografias, ►Imagens históricas (descrições rupestres,


desenhos, pinturas, grafites, mapas, entre outros) com fotografias, desenhos, pinturas, grafites, mapas,
pequenos textos, a serem reproduzidos, de lugares entre outros) com pequenos textos, a serem
públicos e privados e como as ações desenvolvidas reproduzidos, de lugares públicos e privados e
nesses afetam diretamente e indiretamente os povos como as ações desenvolvidas nesses afetam
indígenas, brancos e negros, entre outros, de Roraima. diretamente e indiretamente os povos indígenas,
brancos e negros, entre outros, do Brasil, da
América Latina e do Continente Americano.
- 109
-

ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Sonetos com imagens históricas (descrições rupestres, ►Sonetos com imagens históricas (descrições
fotografias, desenhos, pinturas, grafites, mapas, entre rupestres, fotografias, desenhos, pinturas, grafites,
outros) e textos: do contexto política, ética e cidadania mapas, entre outros) e textos: do contexto
dos povos da Terra de Makunaima, Roraima. política, ética e cidadania dos povos da Terra de
Pindorama, Brasil e da Egéia, América Latina,
continente americano.

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Artigos didáticos com imagens históricas (descrições ►Artigos didáticos com imagens históricas
rupestres, fotografias, desenhos, pinturas, grafites, (descrições rupestres, fotografias, desenhos,
mapas, entre outros) e textos: do contexto política, ética pinturas, grafites, mapas, entre outros) e textos:
e cidadania dos povos da Terra de Makunaima, do contexto política, ética e cidadania dos povos
Roraima. da Terra de Pindorama, Brasil e da Egéia,
América Latina, continente americano. E seus
contatos com o mundo.

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►O fogo como elo da organização grupal da


►A aldeia como lugar de organização política dos humanidade pré-histórica.
povos e das comunidades indígenas de Roraima. ►Origem e formação do poder nomarcal (depois
►O papel político representativo dos conselhos a das mudado para monarcal) egípcio e sua evolução
lideranças indígenas de Roraima (CIR, SODIUR, entre para reino e império e sua difusão mundo afora.
outros. ►O funcionamento do poder político eterno
teocrático dos faraós.
►O funcionamento do poder político do patesi
sumério.
►O reinado de Hamurabi regido pelo primeiro
código de leis escrito (Lei de Talião) que
estabelecia o princípio da equivalência entre o
castigo e o crime cometido.
►O sistema político dos patriarcas, dos juízes, e
dos reis hebreus; e os dez mandamentos para
orientação da conduta moral do povo hebreu.
►Os imperadores persas (Cambises, Ciro, Dario,
entre outros) e organização
administrativa do império por unidades territoriais
autônomas as satrapias, governada por um nobre,
o satrapa, olhos e ouvidos do rei.
►O poder político do rajá e do marajá indiano.
►O poder imperial dinástico chinês e o mandato
dos céus.
►Formas de governo do mundo grego Monarquia,
governo de um, assessorada por um conselho de
nobres e uma assembléia de cidadãos.
►Oligarquia, governo de poucos, dois reis
governavam assessorados por uma Gerúsia.
►Democracia, governo de todos, todos os
cidadãos participavam do governo, mulheres,
estrangeiros e escravos, não.
►Legisladores, nomeados, que redigiam e faziam
impor as leis.
►Tirania, tomada do poder pela força.
- 110
-

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►O papel político das organizações não ►O império de Alexandre administrado da capital


governamentais ONGS em Roraima. do mundo antigo: Babilônia.
►A emancipação e política administração política do ►Formas de governo do romano e as leis das doze
município de Boa Vista, ligada ao Amazonas. tabuas:
►A emancipação e política administrativa do Território ►Monarquia
Federal do Rio Branco, depois Roraima, ligada ao ►República formada por comícios (assembléia),
Distrito Federal, Rio de Janeiro e depois Brasília. magistraturas (cônsules, pretores e censores) e o
Senado (formado por 300 membros, escolhidos
pelos censores entre os antigos magistrados).
►Tribuno da plebe defendia o povo.
►Império romano:
Triunvirato – poder dividido entre três magistrados
e a política de pão e circo.
►Política vista pela ética grega.
►Política vista pela moral romana.
►O império teocrático cristão católico Bizantino.
►O império teocrático islâmico Árabe.
►A continuidade do império teocrático cristão
católico Carolíngio.
►Sistema feudal: uma política de suserano e
vassalo e o poder estratificado no nascimento.

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►A emancipação e política administrativa do estado de ►A República Federativa dos EUA a introdução


Roraima, e de autonomia federativa. do regime presidencialista e uma Constituição
A divisão política e administrativa do estado de Roraima como síntese das idéias iluministas do novo
em unidades municipais. sistema de governo que o mundo deveria ter.
►Os poderes políticos, legislativos, administrativos e ►Administração colonial portuguesa no Brasil: O
judiciários em Roraima. sistema de governo geral das capitanias
hereditárias e de vice-reino de Portugal.
►Administração imperial Constitucional
brasileira: reino de Dom Pedro I, regência Trina e
Una e reino de Dom Pedro II.
►A Administração Constitucional Republicana
Brasileira:
►Na república espada dos militares.
►Na república velha dos fazendeiros cafeicultores
e criadores de gado.
►No estado novo ditatorial.
- 111
-

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Os poderes políticos, legislativos, administrativos e ►No estado democrático bossa nova.
judiciários em Roraima. ►No estado do regime ditatorial dos generais
►Função dos deputados e vereadores. militares.
►Função do governador e prefeitos. ►No estado redemocratizado atual.
►Função dos desembargadores, promotores, juízes, ►A situação de ética e cidadania na condução da
defensores, entre outros. política internacional feita pela potência mundial,
►O comportamento no exercício do poder e fora dele, os EUA: na América Latina, na África, no Oriente
de cada integrante dos poderes que legislam, governam Médio, na Ásia feita pelos republicanos ou
e aplicam a justiça em Roraima. democratas no poder.
►O comportamento de cada cidadão na escolha dos ►A situação de ética e cidadania na condução da
representantes eleitos pelo voto direito e como veem política feita pelo Brasil, como potência regional,
estes no exercício do poder e fora dele. nos países da América do Sul, do Caribe e da
América Central.
►A situação da ética e cidadania nos papéis
políticos, nas tramas partidárias e estética na
condução das funções dos representantes dos
poderes legislativo, executivo e judiciário
brasileiro.
►A situação da ética, estética e cidadania nas
relações políticas educacionais de ensino e
aprendizagem entre docentes e discentes
componentes da instituição escolar brasileira.
►Declaração Universal dos Direitos Humanos,
Constituição Federal Brasileira, Estatuto da
Criança e do Adolescente, Lei de Educação
Ambiental, Lei Maria da Penha, Estatuto do Idoso,
entre outros, termos legais de cidadania plena para
todos.
- 112
-

2.1.4 Metodologia e Interdisciplinaridade em História

Se se vai ensinar história do Brasil, sob qualquer método (...), o modo como vamos
tratar essas questões é que pode alterar, de maneira substantiva, o significado da
cada conteúdo. (RODRIGUES, 2000).

Não devemos nos iludir que quando falamos em interdisciplinaridade, nas


disciplinas que compõem as ciências humanas da educação básica, podemos fazer ou embasar
todos os conteúdos assim. Pois tem momentos que as disciplinas se aproximam, se convergem
e se sobrepõem uma às outras, podendo ser feito um trabalho interdisciplinar. E em outros se
afastam bastante, que só podem ser feitos disciplinarmente.
Não devemos perder isso de vista. Percebendo que ao fazer um trabalho
interdisciplinar, o professor de história vai partir da área de conhecimento de história,
igualmente, os demais professores vão partir de suas áreas de conhecimento das ciências
humanas ou das demais. Deste modo, da fronteira da nossa disciplina, vamos dialogar com as
demais disciplinas, sobre um assunto que se aproximou, se convergiu e sobrepôs a essas
fronteiras disciplinares.
E do nosso espaço, e os demais dos seus espaços, podemos construir um projeto para
explicar, dos nossos espaços, essa aproximação, convergência ou sobreposição
interdisciplinar, que se tornou transdisciplinar. Como por exemplo, a história da geração e
difusão dos algarismos hindu-arábicos, que pode envolver todas as disciplinas das ciências
humanas e outras disciplinas da educação básica, para indicar o tempo histórico (história), o
lugar histórico (geografia), as essências transcendentais dos símbolos numéricos (filosofia)
(ciência da religião), e os usos numéricos (matemática). Depois deste estudo interdisciplinar
para perceber uma identidade histórica profunda permeada pelos números hindu-arábicos, no
seu todo. Pode haver um afastamento disciplinar, onde cada área vai fazer explanações
próprias, sobre eles. Mas toda vez que o aluno ouvir falar ou for estudar em uma disciplina,
sobre esse sistema de numeração gerado na Índia e difundido pelos árabes, lembrará desses
momentos de aproximação, convergência e sobreposição feita no estudo interdisciplinar sobre
a identidade destes, mesmo quando eles se afastam disciplinarmente.
- 113
-

2.1.4.1 Metodologias e estratégias de outros componentes curriculares da educação básica que


podem ser trabalhadas em sintonia com a disciplina de história

No desenvolvimento dos estudos dos assuntos referentes à disciplina de história


fazemos usos de diferentes leituras e instrumentos para narrar relatos orais e experiências
sobre o tempo e a historicidade humana. Narrativas que dependendo da disponibilidade
podem ser feitas em conexões com:
 O livro didático, subsídio essencial para entendimento do estudo dos temas da
disciplina de história para a educação básica;
 Reflexões sobre as imagens (rupestres, fotografias, desenhos, pinturas, grafites, mapas,
entre outros), embora prevaleçam à leitura escrita, as imagens ajudam na percepção
estética de um tema, de um espaço e de outras possibilidades de estudos históricos;
 Análise de obras de artes (pintura, arquitetura, artesanato etc.), para entender a
realidade dessas produções simbólicas humanas, para expressar os sentimentos ideais
e racionais do espaço e do mundo em que vivem;
 Roteiros filmográficos que devem ser incentivados como forma de entender, por meio
de uma produção dessa natureza, o sentido que damos à vida mediante a apresentação
das imagens e das leituras de um filme;
 Análise de depoimentos orais relatando experiências guardadas na memória e contadas
por alguém que presenciou o passado e faz parte do presente é um privilégio que deve
ouvido e registrado;
 Livros paradidáticos que são essenciais para entender de forma técnica o que
estudamos no livro didático;
 O estudo do meio (museus, pontos históricos, outros), uma aula que fica na memória
de todos que participam, sendo lembrada em detalhes, demonstrando que não é
necessário decorar o conhecimento, mas viver esse conhecimento e percebê-lo, como
um organizador da nossa identidade;
 Mesas de debates com participações especiais dos alunos fazendo a aula dialogal;
 Leituras de mapas, tabelas e gráficos, que ajudam a entender os espaços da nossa e de
outras identidades;
 Produções teatrais, feita pelos alunos com análise e reflexão, é uma trama que ajuda a
discência a se perceberem como atores sociais do que estudam;
- 114
-

 História em quadrinhos e painéis interativos como forma de mexer com a criatividade,


o domínio e a produção de leituras e iconografias;
 Amostras e demonstrações das produções desenvolvidas pela comunidade estudantil
como formas de socializar os conhecimentos desenvolvidos pela discência;
 Exposições visuais e orais como formas de uma visão precedente, a partir de um olhar
interativo, e vinculações de outras visões sobre a produção de um grupo, vista por
outro;
 Estudos e defesa de ideias que ajudem a comunidade escolar perceberem e formar
conceitos na construção ou reconstrução de um conhecimento apresentado;
 Seminários que permitam construir e aprimorar conhecimentos, como formas de
produzir falas próprias de leituras de temas que elevem a produção discursiva e
permitam a preparação das falas que serão feitas ao longo da vida formal e informal;
 Fontes bibliográficas e virtuais fundamentais para construir e ampliar o arcabouço de
conhecimentos;
 Estudos de textos (síntese, resumo resenha) que preparem e promovam a leitura e a
escrita discente;
 Jogos didáticos que promovam o desenvolvimento de diferentes leituras reflexivas e
de análise crítica, concernente a disciplina;
 O registro e a reprodução dos conteúdos dos contextos desenvolvidos nos estudos da
disciplina, para ser usado como subsídio didático e pedagógico à comunidade escolar.

2..1.5 Avaliação

Para não mistificar a avaliação das ações didáticas que se desenvolve com a
discência em sala de aula. É só seguir a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(9.394/1996) que diz que esta deve ser procedida da seguinte maneira:

V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação


contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de
eventuais provas finais; b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com
atraso escolar; c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante
verificação do aprendizado; d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; e)
obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período
letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas
instituições de ensino em seus regimentos; (LDB 9.394/1996, artigo 24, inciso V,
alíneas a-d)
- 115
-

Seguindo a normatização da Lei de Diretrizes e Bases Nacional vigente,


regulamentada nas leis estudais de educação, sobre a verificação do rendimento escolar,
observando os enclaves e entraves de aprendizagem, aplicar de forma planejada didaticamente
os conteúdos dos contextos, pautados em meios pedagógicos diversos disponíveis, para que
todos aprendam ao longo da educação básica, em seu ritmo de tempo, as narrativas históricas
da nossa identidade nacional partindo dos indígenas, europeus e africanos que se matizaram
no povo brasileiro, entre outros assuntos históricos vindo destes. Indica e avalia que a função
social da escola e da disciplina de história se realizou, na aprendizagem da comunidade
discente.

2.1.5.1 Avaliação de atividades da disciplina de história

Para a comunidade estudantil aprender sobre os tempos históricos e suas narrativas,


precisa ler várias atividades de história. Isso dá o indicativo à discência de que precisa fazer
leituras escrita e icnográfica sobre o tempo histórico humano, para saber das suas identidades
ao longo do tempo. E também de produzir leituras de ciência da feitura dos estudos, como
meio de fazer se perceber o que aprendeu. Todo esse trabalho de leituras e produções de
leituras discentes faz parte do que devem aprender na escola com as atividades em sala de
aula.
Assim, nesse dever de aprender, a quantidade de aprendizagem é verificada e
avaliada pela qualidade da aprendizagem discente. Como por exemplo, em uma exposição de
uma leitura que se faz sobre O impacto da Revolução Francesa na ascensão do povo ao
poder político francês no século XVIII. Apontando que foi chamada de Revolução, pela
mudança profunda que abalou o regime absolutista; e instituiu um novo regime republicano;
com a tomada do poder das mãos da nobreza, pelo povo; e postas em suas mãos, lhes deu o
poder de governar, com liberdade, igualdade e fraternidade; e que as três palavras
influenciaram as lutas emancipacionistas do Brasil; e continuam fazendo parte do vocabulário
e de ações político-sociais holísticas do nosso cotidiano. Para fazer isso é necessário construir
e expressar historicamente e temporalmente os cenários e tramas sociais ocorridos para a
efetivação da atividade proposta.
- 116
-

2..1.5.2 Avaliação de atividades interdisciplinar de história com outras disciplinas

Para dar ciência das Etnias Indígenas de Roraima: filhas legítimas de Makunaima,
por exemplo, a atividade pode ser desenvolvida só na disciplina de história fazendo uma
leitura de fronteira com as demais. Ou ser feita de forma interdisciplinar, com as demais
disciplinas das ciências humanas que compõem a educação básica. Assim, em história, o
estudo do tempo histórico dos índios em Roraima; em geografia, dos espaços dos índios em
Roraima; em sociologia, dos grupos indígenas em Roraima. O resultado: A descoberta
conjunta da identidade indígena makunaimense, composta pelas as oito etnias que formam os
povos indígenas, filhos legítimos de Makunaima, do estado de Roraima.
- 117
-

2.1.6 Referências Bibliográficas

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norte amazônico. São Paulo: UNESP, imprensa oficial do estado, 2007.

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movimento forçado. Rio de Janeiro: PUC, 2002.

ALIGHIERI, Dante. A divina comédia. São Paulo: 15ª edição. Cultirx, 2006.

ANDRADE, Mario de. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. 43ª edição. Belo
Horizonte, 2004.

ANTONIO, Adalberto Carim. Ecoletânea: subsídios para uma formação de uma


consciência jurídico-ecológica. Manaus: Valer, 2000.

ASSARÉ, Patativa do. Cante lá que eu canto cá: filosofia de um trovador nordestino. 11ª
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ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:


Introdução a Filosofia. 2ª edição. São Paulo: Moderna, 1993.

BARBOSA, Reinaldo Imbrozio. Ocupação Humana em Roraima I: do Histórico Colonial


ao Início do Assentamento Dirigido. INPA, Núcleo de Roraima, 1993.

BARBOSA, Reinaldo Iimbrozio. Ocupação Humana em Roraima II: uma Revisão do


Equívoco da Política de Desenvolvimento e o Crescimento Desordenado. INPA, Núcleo
de Roraima, 1993.

BARBOSA, Reinaldo Imbrozio. (editor). Homem, ambiente e ecologia no estado de


Roraima. INPA, Manaus, 1997.

BARROS, Nilson Cortez Crócia. Roraima: Paisagens e Tempo na Amazônia Setentrional.


Recife: Universitária – UFPE, 1995.

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2001.

BETO, frei. Batismo de sangue: guerrilha e morte de Carlos Marighela. 14ª edição. Rio
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BOOF, Leonardo. Igreja carisma e poder. Rio de Janeiro: Record, 2005.

BORGES, Vavi Pacheco. O que é história. 2ª edição. São Paulo: Brasiliense, 1993.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira. Texto promulgado em 20 de


dezembro de 1996. Brasília: Senado Federal, subsecretaria de edições técnicas, 2006.
- 118
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BRAUN, Ricardo. Desenvolvimento ao ponto sustentável. Petrópolis: Vozes, 2001.

BUARQUE, Cristovam. O que é apartação: o apartheid social no Brasil. São Paulo:


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CARDOSO, Fernando Henrique. A arte da política: a história que vivi. Rio de Janeiro:
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CERTEAU, Michel de. A escrita da história. 2ª edição. Rio de Janeiro: Forense


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COSTA FILHO, Benone. O despertar para o movimento indígena em Roraima nas


décadas de 70 e 80 do século XX: a luta pela autonomia política indígena e de seus
ambientes ancestrais. In: VIERA, Jaci Guilherme. (Organizador). O rio branco se enche de
histórias. Boa Vista: UFRR, 2008.

CHIAVENATO, Júlio José. As lutas do povo brasileiro: do „descobrimento‟ a Canudos.


São Paulo: Moderna, 1988.

DARWIN, Charles. A origem das espécies. Belo Horizonte: Villa Rica, 1994.

DEFOE, DANIEL. Robinson Crusoé. São Paulo: Martin Claret, 2006.

DOYLE, Artur Conan. O mundo perdido. São Paulo: Nacional, 2005.

FALCON, Francisco José Calazans. Iluminismo. 4ª edição. São Paulo: Ática, 1994.

FARAGE, Nádia. Muralha dos Sertões. Rio de Janeiro: Paz e Terra. ANPOCS, 1981.

FAUSTO, BORIS (diretor). História Geral da Civilização Brasileira, o Brasil republicano,


volume 1: estrutura de poder e economia. 8ª edição. Rio de Janeiro: Bertand Brasil, 2004.

______, BORIS (diretor). História Geral da Civilização Brasileira, o Brasil republicano,


volume 2: sociedade e instituições. 7ª edição. Rio de Janeiro: Bertand Brasil, 2004.
- 119
-

________, BORIS (diretor). História Geral da Civilização Brasileira, o Brasil


republicano, volume 3: sociedade e política. 3ª edição. Rio de Janeiro: Bertand Brasil, 2004.

________, BORIS (diretor). História Geral da Civilização Brasileira, o Brasil


republicano, volume 4: economia e cultura. 3ª edição. Rio de Janeiro: Bertand Brasil, 2004.

FÉRNANDEZ ROBERTO, Retamar. Pensamiento de nuestra América: autorreflexiones y


propuestas. Buenos Ayres: CLACSO, 2006.

FERRI, Patrícia. Achados ou perdidos? A imigração indígena para Boa Vista. Goiânia:
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FONTANA, Joseph. A História dos homens. Bauru: EDUSP, 2004.

FREITAS, Aimberê. Políticas Públicas e Administrativas de Territórios Federais do


Brasil. Boa Vista: Ed. Boa Vista, 1991.

FREIRE, Paulo. A educação na cidade. 5ª edição. São Paulo: Cortez, 200119.

FREIRE, Paulo. Educação e atualidade brasileira. 3ª edição. São Paulo: Cortez, 2003.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 33ª edição. Rio e Janeiro: Paz e Terra, 2002.

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 27ª edição. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 2003.

FREIRE, Paulo. Política e educação. 7ª edição. São Paulo: Cortez, 2003.

FREIRE, Paulo. GUIMARÃES, Sérgio. Sobre educação. 3ª edição. São Paulo: Paz e Terra,
2003.

FREIRE, Paulo. Educação e mudança. 28ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 30ª


edição. São Paulo: Paz e Terra, 2004.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 47ª
edição. São Paulo: Cortez, 2006.

FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala: formação da família brasileira sobre o
regime patriarcal. 32ª edição. Rio de Janeiro: Record, 1997.

GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina. 44ª edição. Rio de Janeiro: Paz
e Terra, 2004.

19
Sugerimos um estudo completo de suas obras pessoais e em parcerias (de Paulo Freire) com
outros educadores, jornalistas, músicos, religiosos, trabalhadores, estudantes, autodidatas, entre
outros. Mas, para um entendimento prévio de sua práxis, as obras citadas neste referencial nos
ajudam a perceber o progressista que é.
- 120
-

GEERTZ. Clifford. Observando o islã: o desenvolvimento religioso no Marrocos e na


Indonésia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.

GRUER, Jussara Gomes (organizadora). Ticuna: o livro das árvores. São Paulo: global,
1999.

HOLLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. 26ª edição. São Paulo: Companhia das
Letras, 1995.

___________, Sérgio Buarque. Visão do Paraíso: os motivos edênicos no descobrimento e


na colonização do Brasil. 6ª edição. São Paulo: Brasiliense, 2004.

___________, Sérgio Buarque (diretor). História Geral da Civilização Brasileira volume I:


a época colonial do descobrimento à expansão territorial. 14ª edição. Rio de Janeiro:
Bertand Brasil, 2004.

__________, Sérgio Buarque (diretor). História Geral da Civilização Brasileira volume II:
administração, economia, sociedade. 11ª edição. Rio de Janeiro: Bertand Brasil, 2004.

___________, Sérgio Buarque (diretor). História Geral da Civilização Brasileira, o Brasil


monárquico, tomo II: o processo de emancipação. 11ª edição. Rio de Janeiro: Bertand
Brasil, 2004.

___________, Sérgio Buarque (diretor). História Geral da Civilização Brasileira, o Brasil


monárquico, volume II: dispersão e unidade. 8ª edição. Rio de Janeiro: Bertand Brasil,
2004.

__________, Sérgio Buarque (diretor). História Geral da Civilização Brasileira, o Brasil


monárquico, volume III: reações e transições. 7ª edição. Rio de Janeiro: Bertand Brasil,
2004.

__________, Sérgio Buarque (diretor). História Geral da Civilização Brasileira, o Brasil


monárquico, volume IV: declínio e queda do império. 3ª edição. Rio de Janeiro: Bertand
Brasil, 2004.

__________, Sérgio Buarque (diretor). História Geral da Civilização Brasileira, o Brasil


monárquico, volume V: do Império à República. 7ª edição. Rio de Janeiro: Bertand Brasil,
2004.

HOBSBAWN, Erik. Era dos extremos: o breve século XX 1914 a 1991. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995.

HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem. 21ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara,
1986.

REIS, José Carlos. As identidades do Brasil: de Varnhagen a FHC. 3ª edição. Rio de


Janeiro: FGV, 2000.

LÉVI-STRAUSS, Claude. Tristes trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
- 121
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KOCH-GRÜNBERG, Teodor. De Roraima ao Orinoco: observações de uma viagem pelo


norte do Brasil e pela Venezuela durante os anos de 1911-1913. Volume I. São Paulo:
UNESP, 2006.

MAGNANI, José Guilherme Cantor. Umbanda. 2ª edição. São Paulo: Ática, 1991.

MAGNOLI, Demétrio. Uma gota de sangue: a história do pensamento racial. São Paulo:
Contexto, 2009.

MAAR, Leo Wolfgang. O que é política. 16ª edição são Paulo: Brasiliense, 1994.

MAX, Weber. A ética protestante e o espírito do capitalismo. 2ª edição. São Paulo:


Pioneira, 2001.

MARX, Karl ENGELS, Frederick. Manifesto do Partido Comunista. São Paulo: Martin
Claret, 2004.

MONTEIRO, Mário Ypiranga. A capitania de São José do Rio Negro. 3ª edição. Manaus:
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para o Ensino Fundamental. Brasília: MEC – Secretaria de Educação Fundamental (SEF),
1997.

MONTENEGRO, Antônio Torres. História oral e memória: a cultura popular revisada. 5ª


edição. São Paulo: Contexto, 2003.

MORAIS, Tais. SILVA, Eumano. Operação Araguaia: os arquivos secretos da guerrilha.


São Paulo: Geração, 2005.

MORAIS, José de. A história da Companhia de Jesus na extinta província do Maranhão


e Pará. Rio de Janeiro: Alhambra, 1987.

MUNANGA, Kabengele. Negritude: usos e sentidos. 2ª edição. São Paulo: Ática, 1988.

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OLIVEIRA, Roberto Cardoso de. O índio e o mundo dos brancos. 4ª edição. Campinas:
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OLIVEN, Rubens George. A antropologia dos grupos urbanos. 5º edição. Petrópolis:


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NATALE NETTO, João. Floriano o marechal implacável: a história de Floriano


Francisco, soldado por vocação, herói da Guerra do Paraguai e Presidente da República
aos 53 anos. Osasco: Novo Século, 2008.

NICCOLÓ Maciavelli. O Príncipe. Rio de janeiro: Ediouro, s.d.


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BOBIO, Noberto. Estado governo e sociedade: para uma teoria geral da política. 14ª
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OLIVEIRA. Roberto Cardoso de. A Crise do indigenismo. Campinas: UNICAMP, 1988.

OLIVEIRA. Roberto Cardoso de. O índio e o mundo dos brancos. 4ª edição. Campinas:
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OLIVEIRA. Roberto Cardoso de. Caminhos da identidade: ensaios sobre etnicidade e


multiculturalismo. São Pulo: UNESP, 2006.

RAMOS, Alcida Rita. Memórias Sunumá: espaço e tempo em uma sociedade Yanomami.
São Paulo: Marco Zero, 1990.

POLO, Marco. As Viagens „Il Milione‟. São Paulo: Martin Claret, 2001.

PRADO JÚNIOR, Caio. História econômica do Brasil. 41ª edição. São Paulo: 1994.

PRANCE. Manuel Ghillem Solmie (organizador). Manual de Botânica Econômica. São


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PINHEIRO, Luís Alberto Sá Peixoto. Visões da cabanagem: uma revolta popular e suas
representações na historiografia. Manaus: Valer, 2001.

PRIORE, Mary del. O príncipe maldito: traição e loucura na família imperial. Rio de
Janeiro: Objetiva, 2007.

REVISTA DO CENTRO DE PESQUISAS ARQUEOLÓGICAS DA FACULDADE


INTEGRADAS DE SANTA MARIA DO SUL. Rio grande do Sul: APESC, v. 13 nº 16 pp. 1-
91, 1996.

RIBEIRO, Darcy. Diários Índios: os Urubu-Kaapor. São Paulo: Companhia das Letras,
1996.

RIBEIRO, Darcy. O Brasil como problema. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995.

RIBEIRO, Darcy. Noções de coisas. 4ª edição. São Paulo: FTD, 1999.

RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: evolução e sentidos do Brasil. São Paulo: Companhia
das Letras, 1995.

RODRIGUES, Neidson. Da mistificação da escola à escola necessária. 9ª edição. São


Paulo: Cortez, 2000.

RODRIGUES, Nina. Os africanos no Brasil. 8ª edição. Brasília: UNB, 2004.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. São Paulo: Martin Claret, 2004.

SABATINI, Silvano. O massacre. São Paulo: Loyola, 1988.


- 123
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SANTILLI, Paulo. As Fronteiras da República. São Paulo: NHII/USP, 1994.

SANTILLI, Paulo. Pemongon Patá: território Macuxi, rotas de conflitos. São Paulo:
UNESP, 2001.

SANTOS, Jair Ferreira dos. O que é pós-modernismo. 12ª edição. São Paulo: Brasiliense,
1994.

SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura. 14ª edição. São Paulo: Brasiliense, 1994.

SANTOS, Maria Januária Vilela. A Balaiada e a Insurreição de Escravos no Maranhão.


São Paulo: Ática, 1983.

SANTOS, Milton. O trabalho do geógrafo no terceiro mundo. 4ª edição. São Paulo;


HUCITEC, 1996.

SARGES, Maria de Nazaré. Belém: riqueza produzindo a Belle Époque. Belém: Paka-
Tatu, 2000.

SILVA, Aracy Lopes da. & GRUPIONI, Luís Donisete. A Temática Indígena na Escola:
subsídios para professores de 1º e 2º graus. Brasília: MEC/MARI/UNESCO, 1995.

SILVA, Carlos Eduardo Lins da (coordenador). Ecologia e sociedade: uma introdução ás


implicações sociais da crise ambiental. São Paulo: Loyola, 1978.

SOUZA, Paulo Renato. A revolução gerenciada: educação no Brasil de 1995-2002. São


Paulo: Prentice Hall, 2005.

TODOROV, Tzvetzan. A conquista da América: a questão do outro. 3ª edição. São Paulo:


Martins Fontes, 2003.

TZU, Sun. A Arte da Guerra. São Paulo: Martin Claret, 2006.

WEIGEL, Valéria Augusta de Medeiros. Escolas de branco em maloka de índios. Manaus:


UFAMA, 2000.

VILLAS BOAS, Orlando. A arte dos pajés: impressões sobre o universo espiritual do
índio xinguarano. São Paulo: Globo, 2000.
- 124
-

2.2 REFERENCIAL CURRICULAR: GEOGRAFIA

EQUIPE DE PRODUÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO


Aracy Andrade
Luiza Américo Valentin Monteiro

COLABORADORES:
Claudia Campos
Claudia Camurça
Luiza Américo Valentim Monteiro
Maria da Conceição Fernandes
Mildamar Ribeiro do Nascimento
Wasty Torres e Silva
- 125
-

2.2.1 Concepção do Componente Curricular Geografia

“...a principal forma de ralação entre o homem e a natureza, ou melhor,


entre o homem e o meio, é dada pela técnica - um conjunto de meios
instrumentais e sociais, com os quais o homem realiza sua vida, produz, e ao
mesmo tempo, cria espaço”

MILTON SANTOS.

No mundo antigo a Geografia ainda engatinhava, mas já passava por processos de


evolução muito interessantes e que ditariam os rumos da ciência da Terra para os dois mil
anos que se seguiram.
Apesar de grande antiguidade, a Geografia só se firmou como ciência no século XIX,
quando surgiram os grandes gênios, naturais da Alemanha e da França, que separaram
definitivamente a geografia das ciências naturais.
Essa afirmação da Geografia como ciência só foi possível com a formulação dos três
princípios essenciais ao método geográfico, que deram-lhe o caráter cientifico. O principio da
extensão teve como principal formulador o grande geógrafo Frederich Ratzel (1844-1904),
que é considerado o pai da geografia humana.
O principio da analogia ou de Geografia Geral, teve como principais defensores o
alemão Karl Ritter (1779-1859) e o francês Paul Vidal de La Blach (1845-1918).
O principio da causalidade foi defendido pelo grande geógrafo alemão Alexandre
Von Humboldt (1779-1859).
A Geografia hoje é uma ciência comprometida com o estudo do espaço geográfico,
espaço esse constituído pelas formas naturais e pelas que foram criadas pelo trabalho humano,
em conjunto com as relações que ocorrem na vida em sociedade.
A Geografia atual e resultante do longo processo de transformação e aprimoramento,
demonstrando que através do tempo, se transformou em uma ciência que engloba a percepção
do mundo em sua maior amplitude possível.
Assim, o que se pretende com a Geografia nas escolas é estudar o espaço geográfico
como um todo, tendo como seu objeto de estudo a sociedade e viabilizando sua organização
espacial. Contribuindo cada vez mais, para a compreensão do mundo o qual vivemos e
auxiliar as pessoas a orientar-se melhor neste mundo, tendo uma visão critica que possam ser
capazes de criar e fazer coisas novas e não aceitar tudo o que lhes é oferecido. Isso significa
que, muito mais que oferecer informações, a Geografia deve estimular no aluno a capacidade
de refletir, ter um espírito crítico a criar seu próprio conceito.
- 126
-

Busca-se também incluir no ensino da Geografia, temas e conceitos adequados à


compreensão de âmbito local e mundial e que sejam, motivadores para os alunos.
A Geografia é um instrumento indispensável para empreendermos um trabalho de
reflexão e transformação do universo em que nos inserimos.
O professor ao ministrar as aulas de Geografia deve preocupar-se de que esta é a
Ciência do espaço produtivo e social, ou seja, ela estuda as características da superfície da
Terra e as conseqüências econômicas, sociais, políticas e culturais da sua ocupação pelo
homem.
Segundo Helena Callai (1998), a Geografia que o aluno estuda deve permitir que ele
se perceba como participante do espaço que estuda, onde os fenômenos que ali ocorrem são
resultados da vida e do trabalho dos homens e estão inseridos num processo de
desenvolvimento.
A geografia é a ciência do espaço, portanto, é produto das relações que os grupos
humanos travam entre si e também com a natureza. Segundo Milton Santos, o homem é ativo.
A ação sobre o meio que o rodeia para suprir as condições necessárias à manutenção da
espécie, chama-se ação humana. Toda ação humana é trabalho e todo trabalho é trabalho
geográfico.
Não há produção que não seja produção do espaço, não há produção do espaço sem o
trabalho. Viver, para o homem é produzir espaço. Como o homem não vive sem trabalho, o
processo de vida é um processo de criação do espaço geográfico. A forma de vida do homem
é o processo de criação do espaço. Por isso, a geografia estuda a ação do homem. (Santos,
1988, p.88)
Assim, no que diz respeito ao ensino de Geografia, a proposta é que, de forma geral,
o aluno se torne habilitado a reconhecer os vários aspectos da sociedade humana, como a sua
dinâmica, sua cultura e as transformações que vem provocando no espaço geográfico ao longo
da história.

2.2.2 Conteúdo e Contextualização do Ensino da Geografia

Nesta proposta constam quatro grandes contextos a serem trabalhados em cada


bimestre, porém os mesmos para todos os anos/séries diferenciando-se apenas em realidades,
nível de tratamento e conteúdos. Ou seja, é o olhar e experiência do professor de geografia
que irá garantir a contextualização numa perspectiva multi, inter ou transdisciplinar ao
abordar o conteúdo específico da geografia.
- 127
-

Os contextos são apenas nortes de seleção de conteúdos, jamais amarras ou


conteúdos únicos a serem abordados. A justificativa maior desta estrutura se dá em nome do
educando e da qualidade de seus conhecimentos.
Os educandos nem sempre permanecem o tempo todo de estudos em uma só
unidade escolar; precisam ter uma visão mais completa e complexa das realidades a serem
compreendidas via conteúdos; deve egressar da educação básica com habilidades e
competências mínimas para se posicionar frente à realidade, exigências sociais e de mercado
que tão logo o afetarão.
Daí a importância do professor de Geografia desenvolver uma prática educativa,
dinâmica e contextualizada, atuar dentro das novas possibilidades do processo de ensino e
aprendizagem procurando contribuir de forma positiva para o desenvolvimento dos
educandos. São os contextos e seus objetivos maiores
I - Cultura, tradições e o ser humano - O primeiro eixo de estudos (contexto) nos convida a
conhecer o homem e o espaço por ele habitado e muitas vezes transformado segundo suas
necessidades ou interesses. Neste contexto a cultura produzida pelos seres humanos,
representados por tradições e também inovações pode orientar o educando no sentido de levá-
lo a reconhecer a importância da valorização do patrimônio sóciocultural e respeitar a
sóciodiversidade, percebendo-os como direitos dos povos e indivíduos como elementos de
fortalecimento da democracia.
II – Ciência e tecnologia: Avanços e contradições. - No segundo contexto, aliás, um dos
contextos mais polêmicos e exigentes para uma atualidade que está à beira do caos
tecnológico e suas intervenções na natureza, donde derivam matéria prima para as mais
variadas e galopantes invenções. Um dado interessando é que o estudo dos conteúdos deste
contexto pode ajudar o educando conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da
Geografia para compreender a paisagem, o território e o lugar, seus processos de construção,
identificando suas relações problemas e contradições.
III - Trabalho, consumo e lutas por direitos - O terceiro contexto vislumbra o homem
cônscio de suas responsabilidades com o próprio trabalho e consumo. Que observa e reflete
sobre o trabalhador na luta por direitos a fim de compreender as melhorias nas condições de
vida, os direitos políticos, os avanços tecnológicos e as transformações socioculturais que são
conquistas ainda não usufruídas por todos os seres humanos e, dentro de suas possibilidades,
empenhar-se em democratizá-las.
IV - Política, ética e cidadania.- O quarto e último contexto é um viés imprescindível de
abordagem, uma vez que o ser humano é por natureza um ser político e seu comportamento
- 128
-

diante da natureza e da sociedade carecem de balizas politicamente corretas, muitas vezes de


ideologia que pouco se apóiam nos princípios da ética e da estética. Os conteúdos geográficos
deste contexto permitem identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas
conseqüências em diferentes espaços e tempo, de modo que construa referenciais que
possibilitem uma participação propositiva e reativa nas questões sócioambientais locais. A
geografia a serviço da efetiva cidadania.
A organização dos conteúdos de Ensino da Geografia no Ensino Fundamental está
para estes quatro grandes contextos que consideramos transversais, pois também viabilizam a
interdisciplinaridade sem perder de vista a realidade e o contexto social, ou existencial dos
sujeitos do ensino e aprendizagem, podendo ser trabalhado por todos os demais componentes
curriculares de todas as áreas, sem negar as especificidades de cada ciência.

CULTURA, CIÊNCIA, E
TRADIÇÕES E O TECNOLOGIA: AVANÇOS
SER HUMANO. E CONTRADIÇÕES.
INTERDISCIPLINARIDADE E
CONTEXTUALIZAÇÃO NO
ENSINO DA GOGRAFIA

POLÍTICA, ÉTICA E
CIDADANIA.
TRABALHO, CONSUMO E
LUTAS POR DIREITOS.

Figura 04: Interdisciplinaridade e Contextualização no Ensino da Geografia

A realidade do cotidiano do aluno e da sociedade no Estado de Roraima servirá de


ponto e passo inicial para o estudo dos conceitos do Ensino de Geografia, dando maior ciência
e fortalecimento para que o educando seja capaz de compreender o seu entorno e intervir na
realidade em âmbito local numa compreensão e visão de Brasil, América e o mundo, não
exatamente nesta ordem.
- 129
-

Segue o quadro com as realidades locais e o cotidiano ladeado dos blocos de


conteúdos em âmbitos diversos. Para melhor entendimento da leitura faz-se necessário que
esta seja feita associando a realidade do cotidiano com o bloco de conteúdos específicos da
geografia.

I - CONTEXTO: CULTURA, TRADIÇÕES E SER HUMANO

Bloco de conteúdos numa co-relação com


Realidades locais e o Cotidiano âmbito Nacional (Brasil), América Latina e
Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL

►As maquetes e as imagens fotográficas podem ►Criança: tempo, espaço e direção.


indicar os lugares conhecidos da criança? ►Conceitos básicos dos diferentes espaços
vividos:
►Cada país ou região tem brincadeiras que quase
todas as crianças conhecem e brincam. Brincadeira ●sala de aula;
de roda faz criança aprender sobre o lugar, o tempo
●escola e a casa do aluno,
e as direções? Onde estão e o que se pode
aprender com os brinquedos? ●outros lugares conhecidos das crianças.
►Brincando com o tempo, o lugar e a direção
de cada coisa.
●Noção de antigo, novo, perto, longe;
●Noções temporais de manhã, tarde, noite;
●Noções espaciais de em cima, embaixo, no
lado direito, no lado esquerdo.

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Os jogos e as brincadeiras das crianças da cidade ►Cultura e Tradições:


são iguais aos das crianças do campo? Que ●Do homem urbano e do homem rural
diferenças são essas? Que semelhanças existem? ●Semelhanças e diferenças de paisagem,
►As visitas e intercâmbios com outras crianças de cultura e tradições do homem do campo e do
comunidades rurais e de países homem rural.
► fronteiras podem tornar as aulas de geografia ►Cultura e diversidade:
muito interessantes. ●Os diferentes lugares, espaços e tradições
das crianças das comunidades rurais e dos
países de fronteira com Roraima;
●A festa mais popular
- 130
-

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL

►De onde vêm os colegas da sala de aula?Qual a ►Origem cultural da família e


origem cultural das famílias dos alunos? tradições
●A origem dos avós e pais dos
►No caminho da escola: Por onde caminham alunos;
nossas crianças? ●Distância entre os lugares;
●Festa na família – o nascimento, o
batizado, o casamento etc.
►Localização e trajeto
●Localização e descrição da paisagem
da escola onde estuda e do Trajeto
casa escola;
●Localização do bairro onde mora
(mapa de Boa Vista).

ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Onde residem os nossos alunos: qual o endereço, ►Cultura e tradições do Município e Estado
CEP, bairro, Município e Estado? ●Conceitos de Município e Estado
●Endereço do local onde mora;
●Sinalização das ruas;
●Rua ou estrada: Espaço de circulação, de
trabalho e de lazer
●Festa popular, música e dança.

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Estou no mundo, mas o meu lugar é aqui: como ►Iniciação à cartografia:


posso me localizar no mundo? ● O que são mapas e plantas arquitetônicas?
●Elementos básicos de um mapa e de uma
► “Numa folha qualquer eu desenho um sol planta e legendas.
amarelo e com cinco ou seis retas eu faço um ►Espaços, paisagem e característica do
castelo”. Desenhando e cantando o meu lugar. Estado de Roraima e de seus municípios.
●Mapa Municipal e Mapa Estadual
●Componentes da paisagem regional;
●Ação do homem na transformação do meio
natural;
●Instrumentos e máquinas de trabalho.
- 131
-

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►O Brasil é um só, mas diferentes na cultura e ►Território Nacional


geografia de cada região. ●Formação do Território Brasileiro;
●Espaço Urbano e Rural.
►Como dança, come, veste, canta e produz os ►Regiões do Brasil;
brasileiros nas diferentes regiões? ●Danças, comidas e tradições de cada região.

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►América de índios, brancos e negros: somos filhos ►Continente Americano


dessa mistura. A geografia e a minha árvore genealógica ●Continentes e paisagens das Américas e suas
étnica. diferenças econômicas e sociais;
●Características da população do continente
►Diferentes nas características, costumes e valores, americano;
mas iguais por ser filhos de uma mesma mãe: América. ●Povos de línguas e culturas diferentes.
►Norte-americanos e Latino-americanos;
●Diferenças e características culturais e
geográficas.

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Liberdade, igualdade e participação: isso é igual para ►Lutas étnico-culturais;


todos? Como as lutas étnico-culturais definem a ●Principais lutas que marcaram a definição dos
geografia e esses direitos? territórios na Europa;
●Identidade local x identidade global na
►De onde vem essa idéia de liberdade, igualdade e atualidade;
participação? ●As definições dos territórios indígenas e não-
indígenas em Roraima.
►Diversidade cultural
●Cultura Ocidental e o padrão civilizatório
●Etnocentrismos e xenofobias
●Resistências e conflitos entre culturas

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►As condições de vida e luta do povo africano. ►Continente Africano:


●Apropriação dos recursos naturais;
►Que tem de negro em minhas ações ou em minhas ●Economia e população;
características físicas? Quais são minhas raízes culturais ●Aspectos gerais da colonização.
– negra, indígena ou branca? ►Contribuição da cultura africana para a cultura
brasileira – cultura afro-brasileira.
●Produção, cultura e lutas
●Preconceitos e desigualdades sociais contra o
negro.
- 132
-

II – CONTEXTO: CIENCIA E TECNOLOGIA: AVANÇOS E CONTRADICÕES.

Bloco de conteúdos numa co-relação com


Realidades locais e o Cotidiano âmbito Nacional (Brasil), América Latina e
Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL


►Construindo brinquedos e aprendendo sobre suas ►A ciência presente nos brinquedos:
engenhocas e formas. ●Tipos de brinquedos e energia que os
movimenta.
►Educação ambiental é uma necessidade vital. Por ●Como cuidar melhor dos brinquedos; brinquedos
quê? ecológicos; brinquedos alternativos.
►Problemas causados pelo lixo jogados no meio
ambiente.

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL


►As fotos de antes e de hoje retratam as mudanças na ►Transformações da paisagem geográfica no
paisagem e no espaço local. entorno da escola:
●Ação do homem na transformação do meio
►Como os estudantes podem através de passeios e natural próximo do aluno.
observações in loco perceber as transformações da ►Meio ambiente e preservação:
paisagem natural pela ação humana e cuidar do meio ●Espaços e paisagens que se mantém conservados
ambiente? ao longo do tempo.
●Alternativas de conservação e cuidados
ambientais.

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL


►Quem eram os moradores da terra no inicio dela? ►A terra, a nossa morada.
Quem são os moradores da terra e como eles estão ●Uma viagem para o centro da terra
cuidando dela? ●O mapa do mundo – terra.
●Os fenômenos naturais da terra: vulcões, as
►De onde vem a água? Como as pessoas obtém a água estações do ano, a vegetação, os vales, as
que consomem? É preciso cuidar da água para não montanhas, as planícies, ●Habitantes da Terra:
faltar. antes e depois dos dinossauros.
●Os cuidados que devemos ter com nossa grande
morada: a terra.
►Água, transporte e consumo.
●As diversas formas de obtenção e consumo da
água;
●Riquezas hídricas, conservação e patrimônio
natural;
●O rio ou os rios mais importantes do Município. I
– Arte, natureza e geografia.

ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL

►A ciência presente nos aparelhos de comunicação: ►Meios de comunicação social


que coisas curiosas! ●Da caverna ao celular – viagem geográfica dos
meios de comunicação e suas descobertas.
►Como os meios de comunicação social podem ►Meios de Comunicação e utilidade
prejudicar ou beneficiar a comunidade? ●Vantagens e desvantagens dos meios de
comunicação para os humanos.
- 133
-

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL

►As características da natureza local cantada no hino ►Quadro Natural do Estado de Roraima
do Estado de Roraima e outras músicas que o retratam. ●Relevo e ocupação humana
●Hidrografia e energia
►As atividades agrícolas e agrárias no solo roraimense: ●Condições Climáticas e agricultura
desafios, possibilidades e problemas. ●Flora e fauna
►Atividades extrativistas e degradação do solo
roraimense.
ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►A água como riqueza e fonte de vida. Onde encontrá- ►Hidrosfera: fonte de vida
la? ●As águas continentais
●O relevo submarino
►O Rio Amazonas e o Rio Branco de Roraima – ►Os Oceanos, os mares, os rios e lagos: fontes de
estradas fluviais indispensáveis ao homem do norte. vida e riqueza.
●Aproveitamento econômico dos oceanos, dos
mares, rios e lagos do Brasil.
●Rio Amazonas e Rio Branco de Roraima – fonte
vida, transporte, riqueza e problemas sócio-
ambientais.
ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

► “Gigante pela própria natureza, ►A formação do território Brasileiro


És belo, és forte, impávido colosso. E o teu futuro ●Localização e extensão territorial
espelha essa grandeza. ●Limites, fronteiras e regionalização.
Terra adorada!” ●Paisagem natural e ação humana
►O Brasil tem produção tecnológica a serviço do que e ►Ciência e tecnologia brasileira: avanços e
de quem? contradições

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Qual a posição geográfica e astronômica da minha ►Sul da América do Norte (México e América
escola?Isso pode ser feito? Como? Central)
●Posição geográfica e astronômica e área
►Somos afetados pelos mesmos problemas ambientais territorial
ou existe diversidade entre as Américas? ●Relevo, clima e povoamento
●Problemas ambientais e atualidades
►América do Sul
●Posição geográfica e astronômica e área
territorial
●Relevo, clima e povoamento
●Problemas ambientais e atualidades

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►A nova ordem mundial e sua origem não é tão nova ►Capitalismo e Socialismo
assim. ●Origem e competição pela liderança do mundo
●Divisão do mundo em blocos econômicos
►O capitalismo e o socialismo ainda são os mesmo em ●Mundialização do capitalismo
poder e competição? ►A revolução tecnológica e a formação do espaço
global e suas contradições
- 134
-

III - CONTEXTO: TRABALHO, CONSUMO E LUTA POR DIREITO

Bloco de conteúdos numa co-relação com


Realidades locais e o Cotidiano âmbito Nacional (Brasil), América Latina e
Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Em que trabalham o meu pai e minha mãe? ►Trabalho e profissões:


Como os depoimentos de pais e avós, parentes ●A profissão do pai e da mãe do aluno ou de
mais próximos sobre suas profissões na sala de seu responsável
aula ou em lugares específicos podem atrair a ●O papel e a função de cada um na família?
atenção dos educandos. ●Relações de parentesco e como as famílias
se organizam para o trabalho
►O espaço da família e da criança de convivência ►Condições de trabalho e moradia
e trabalho. ●A casa da família da criança
●Diferentes tipos de moradias
●A moradia por dentro e por fora (croquis e
plantas)
●As moradias de ontem e de hoje.

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Conhecendo e aprendendo com os profissionais ►Diferentes tipos de profissões na cidade e


da comunidade. no campo.
●Trabalho, emprego e profissões da cidade.
►Quais os tipos mais comuns de profissionais que ●Trabalho, emprego e profissões do campo.
moram no bairro e como estes colaboram com a ●Salários
sociedade? ●Formação escolar.
►Valorização dos trabalhadores e sua
contribuição para o bem estar da sociedade.
●Luta contra os preconceitos sociais pelas
formas de trabalho;
●Luta por melhores salários e condições de
trabalho.

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Para cada meio de comunicação e para cada ►Meios de Comunicação e seus Profissionais
meio de transporte existe um profissional ●Telefonista, telegrafista, radialista,
operando: que coisa interessante! jornalista, comunicador de televisão,
►Qual o nível de qualidade de vida e satisfação programador de internet etc
dos profissionais da comunicação e dos ●O dia-a-dia dessas profissões, vantagens e
transportes? desvantagens de suas funções e lutas.
►Meios de transportes e seus profissionais
●Condutores de moto, carro, caminhão, avião,
trem, barcos, navios etc.
●O dia-a-dia dessas profissões, vantagens e
desvantagens de suas funções e lutas.
- 135
-

ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Como eu sei que um produto ao ser comprado ►A produção no campo e na cidade


no supermercado ou na feira está dentro do padrão ●O pequeno produtor.
de qualidade para o consumo? ●A grande empresa e a produção
●O caminho da produção do campo à cidade.
►O desperdício de alimentos, água, luz etc. Como ●As feiras e os supermercados
podemos evitar isso? ●Diferenças entre produtos industrializados e
produtos não-industrializados.
●Padrão de qualidade e as embalagens dos
produtos, registros.
►Consumo e consumismo
●O que é o consumo e o que é o
consumismo?
●O consumista e o consumismo.
●O consumo consciente.

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Os direitos das crianças e seus problemas ►Os direitos da criança


sociais: como a sociedade está cuidando de suas ●Saúde, escola, família, lazer etc
crianças? ●A criança é a vítima: trabalho infantil;
pedofilia; violência doméstica; exploração
►A educação sexual e as relações humanas a sexual; manipulação pelos meios de
serviço do bem estar das crianças e da sociedade. comunicação e a propaganda;
●Os grupos de adolescentes e os problemas
sociais: gravidez precoce, gangs, aborto,
drogas, prostituição, conflitos familiares.
►A sociedade e os cuidados com a educação
das crianças e seus direitos.
●Educação sexual.
●Relações Humanas para crianças e
adolescentes

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Os direitos humanos básicos do ser humano são ►O que é um direito?


respeitados? Como a comunidade pode participar ►Origem do direito
para que os direitos básicos do cidadão sejam ►As diversas instituições organizadas de luta
cumpridos e respeitados? por direitos: associações, sindicatos, ONGs,
clubes, projetos políticos e sociais.
►A comunidade escolar tem acesso às leis, ►O direito da moradia, lazer, renda,
códigos, estatutos e documentos em favor dos acessibilidade e educação.
direitos humanos básicos? Como os estudantes ●Lutas e conquistas por direitos à vida, á
podem ter acesso e conhecer melhor os seus saúde, ao trabalho, do idoso, da mulher, dos
direitos de cidadãos? portadores de necessidades especiais.
●Os sem-teto e sem-terra e suas lutas.
- 136
-

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL


►A propaganda e suas vantagens e desvantagem ►Comércio, consumo, propaganda e avanço
na vida do cidadão. tecnológico.
►O comércio e a propaganda.
►As lutas sociais características de cada região do ●Instrumento de trabalho e a tecnologia.
Brasil ●Indústria e comércio.
►As regiões do Brasil e suas lutas sociais
●Região Centro-sul e suas condições naturais
e espaciais; contastes, atividade industrial e
desenvolvimento econômico e humano;
●Região Nordeste ocupação e organização no
tempo das colônias; o papel do Nordeste no
sistema capitalista brasileiro;
●Região Sul e suas lutas sociais
●Região Sudeste e a concentração da renda e
da economia
●Região Norte e as lutas ecológicas.
ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL
►O Brasil é tão grande e rico, por que a maioria ►As Regiões do Brasil e seus problemas
de sua população é tão pobre? sociais.
►O povo não tem emprego, mas quer trabalhar. ●Região Nordeste e o baixo nível sócio
Em que trabalham e sob quais condições vivem os econômico e a concentração da propriedade e
trabalhadores desempregados? da renda.
●A região centro-sul e os contrates
sócioespaciais.
●Região Norte: Ocupação e organização do
espaço após 1964.
●O desenvolvimento econômico do Norte à
custa do intenso desmatamento (relevo e
clima).
●Falta de emprego e o trabalho informal.
►O trabalho informal e o comércio paralelo
●Diferenças entre emprego e trabalho
informal
●O desemprego e os riscos do trabalho
informal e o comércio paralelo

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL


►A economia e o trabalho no mundo. ►O emprego e o desemprego no mundo
►Em nome da economia e do desenvolvimento ●Subdesenvolvimento e contrastes
façamos a integração! O que faz com que existam econômicos da África:
países desenvolvidos e países subdesenvolvidos? ●O início da dependência entre os países.
●Implantação do colonialismo nos século XV
e XVI com ênfase na América.
●Indicadores econômicos do
subdesenvolvimento na América.
►Desenvolvimento e subdesenvolvimento:
●Regionalização do mundo em sociedades
desenvolvidas e subdesenvolvidas
●Mundo bipolar e multipolar
●Integração econômica e desenvolvimento da
América Latina, da América do Sul.
●Japão e tigres asiáticos
- 137
-

IV - CONTEXTO : POLÍTICA, ÉTICA E CIDADANIA


Bloco de conteúdos numa co-relação com
Realidades locais e o Cotidiano âmbito Nacional (Brasil), América Latina e
Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL


►Será que criança entende de política? ►As regras da sala de aula: o que pode e o
que não pode e por quê?
►O que dizem os mitos locais sobre as atitudes ●Atitudes individuais (falar, perguntar,
honestas e desonestas? estudar, não brigar, não sujar, etc)
●Atitudes coletivas (jogar, brincar, manter
limpo, silenciar, respeitar etc)
►Mitos, contos, fábulas, lendas e parlendas
sobre atitudes honestas e desonestas.
ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL
►A coisa de um e a coisa de todos. ►Noção de coisa pública e de coisa
“Se esta rua fosse minha, eu mandava particular.
sinalizar”, com plaquinhas de mensagem ►O meu brinquedo e o brinquedo de todos; a
reluzentes, para ver o meu povo passar” - As minha rua é a rua de todos; o parquinho de
crianças podem ajudar a tornar o trânsito menos diversões é meu e de todas as crianças.
violento? Como? ►Regras de trânsito como respeito à vida.
►Principais sinais de trânsito
●As boas e más atitudes do motorista e do
pedestre no trânsito.
ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL
►O lixo é responsabilidade de todos. O cuidado ►Consciência ambiental e o lixo como
com lixo e o exercício da cidadania. matéria para a produção e ressignificação do
descartável.
►A estátua, a praça, a igreja, a ponte o mercadão! ●O que pode ser feito com o lixo que se joga
Nosso patrimônio e nossa identidade social. fora?
►Consciência social e a conservação dos
patrimônios culturais urbanos
●Os principais patrimônios culturais urbanos
– conservação e valorização.
ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL
►Roraima é um Estado de uma República ►Organização Política
Federativa chamada Brasil. ●Os espaços e atribuições do prefeito, do
vereador, do governador, do deputado, do
►Até onde se limita os poderes do prefeito, do senador.
governador e do presidente do Brasil? ●Como se organiza um governo de um estado
numa República?
●Poderes e atribuições do Município, do
Estado e da União.
►Limites e fronteiras do Município e do
Estado de Roraima.
●Mapas e fronteiras do Estado e do Brasil.
●Exército brasileiro e as fronteiras.
●As fronteiras e os indígenas.
- 138
-

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL


►Como o espaço pode ser representado política e ►Organização política e territorial do mundo:
fisicamente? ●O espaço terrestre e suas representações
●O planisfério e continentes
►Como a população se movimenta na terra e a ●Coordenadas geográficas
usufrui? ►Crescimento demográfico, êxodo rural e
reforma agrária.
●Distribuição da terra e a questão fundiária
●Desigualdade na posse da terra
●Desigualdade no usufruto da terra
●Lutas por direitos à terra
ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL
►Populações do mundo e as condições sócias e ►População e condições socioeconômicas.
econômicas dos menos favorecidos. ●População absoluta e cálculos estimativos
●População relativa
►Como os projetos políticos sociais têm ●A população e os setores da economia
favorecido ou não as populações do mundo? ●Características da população mundial
►Projetos políticos locais e nacionais de
desenvolvimento humano e social para
populações menos favorecidas.
ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL
► “De um lado é barraco crescendo, do outro é ►Organização da Economia
barraco caindo./ De um lado é a fome matando, do ●Contrastes e diversidade no
outro é comida sobrando...mas Deus não quer isso desenvolvimento norte/sul
não!” Por que existem tantos contrastes na ●Distribuição espacial das atividades
economia norte/sul? industriais
●Índice de Desenvolvimento Humano
► “Jesus não tem dentes num país de banguelas. A ►O mapa da fome e das catástrofes no
gente não quer só comida, a gente quer a vida, mundo e a vida do ser humano.
diversão e arte” Quem passa fome no mundo? ●Os bolsões de pobreza e da fome na África,
na Índia e na América Latina
●As condições de vida no Haiti e a
colaboração do Brasil
●Fenômenos naturais e as condições de vida
na Indonésia.
●Enchentes no Sul, secas no Norte
ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL
►A crise econômica do século XXI abalou o ►Industrialização e Economia
mundo. Como o Brasil foi afetado e resistiu à crise. ●Industrialização clássica e tardia ou
periférica
►A ética na política é possível? Como o cidadão ●Economia de exportação
pode mobilizar-se para a real política da cidadania? ●Potências econômicas e tecnológicas
●Economia da América Anglo Saxônica
●Austrália e Nova Zelândia: países de grande
desenvolvimento social econômico
●A crise mundial de 2009 e economia no
Brasil de Lula.
►Ética e cidadania na política: o cidadão
ético e suas atitudes.
●O mapa da corrupção e desmando políticos e
sociais no Brasil.
●Movimentos sociais de transparência e ética
- 139
-

na política.
●Os jovens e estudantes como mobilizadores
da ética e moral na política.
ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Todos os dias escuto no rádio e vejo na TV que


►Os indicadores econômicos e desigualdades
a saúde vai mal, a pobreza está matando e a sociais
●Indicadores vitais: A saúde
política está se corrompendo. Isso indica alguma
coisa na vida do cidadão? ●Indicadores Econômicos e Sociais
●Indicadores Políticos
►A população cresce, os impostos aumentam e o ►Explosão urbana e organização política e
espaço diminui. Aonde vai parar a explosão social do espaço
urbana? ●Os prédios, as ruas e a organização dos
bairros.
●Diferenças nos atendimentos e serviços
públicos e privados
●Impostos e previdência social
●Segurança pública x segurança particular – a
polícia e a milícia.

2.2.3 Metodologia e Interdisciplinaridade em Geografia

Entendemos que a Geografia não se restringe a descrever o espaço geográfico, mas


busca também interpretá-lo, desvendá-lo. Dessa forma contribui para a compreensão das
relações entre a sociedade e o espaço geográfico é um instrumento para a formação de pessoas
com condições de transformar o lugar onde está inserido.
É possível ensinar geografia de forma mais interessante, dinâmica e útil, tornando a
relação ensino-aprendizagem gratificante e prazerosa. Para isso é necessário aproximar o
discurso geográfico do dia-a-dia dos alunos e:

● Discutir temáticas atuais;


● Incorporar o uso das tecnologias;
● Fazer uso de Oficinas Pedagógicas.

Compreender que o resultado dos avanços da ciência e da tecnologia, principalmente


nas telecomunicações no âmbito local e mundial se interpenetram. Ir da perspectiva local para
o mundial não é algo linear é um constante ir e vir.
- 140
-

O local é o ponto de partida, mas também de chegada para que dessa forma, o ato de
conhecer seja pleno de significado.
Diferenciar o consumo de consumismo; o que é necessário e supérfluo em cada
momento da sociedade.

● Consumo exagerado destrói o meio ambiente


● Trabalho e cidadania
● Valorizar todas as formas de trabalho
● Divisão Internacional do trabalho
● As novas possibilidades de trabalho

Os contextos e conteúdos do Ensino de Geografia foram elaborados a partir da


concepção de que a atuação do ser humano não se limita apenas às relações com o meio
natural e social, mas sim, na capacidade de interferir nesse contexto sempre em busca de algo
que melhore esta realidade.
Os critérios didáticos estão associados á forma de organizar e trabalhar os conteúdos
para que subsidiem a construção do conhecimento. Para isso, torna-se necessário respeitar os
desenvolvimentos cognitivos, afetivos, psico-motor e relacionais dos educandos nas diferentes
fases do processo de ensino-aprendizagem. Desta forma, o tratamento didático no Ensino de
Geografia, como em outras áreas de conhecimento, precisa considerar:

● Os conhecimentos anteriores dos educandos, interesses e possibilidades;


● A maneira de socializar um assunto (conteúdo), garantindo a participação, interação,
cooperação e respeito numa perspectiva de gerar abertura para uma aprendizagem
autônoma;
● Refletir sobre as imagens (fotografias, desenhos, pinturas, mapas, paisagem entre
outros).
● Roteiros, filmográficos que devem ser incentivados como forma de entender os
aspectos culturais, sociais e geográficos;
● Produzir textos do contexto da cultura e da diversidade e das diferentes paisagens e
Regiões do País;
● Descrever a compreensão que o educando tem do contexto em que está inserido.
● Trabalhar imagens geográficas (fotos, desenhos, pinturas, mapas, monumento que
represente a ação do homem);
- 141
-

● Fazer um levantamento junto ao educando das histórias (tradição oral) que se conta
em família que passa de pai para filho a partir do Roraima de ontem e de hoje;

O registro e a produção dos conteúdos dos contextos desenvolvidos nos estudos da


disciplina devem ser usados como subsídio didático e pedagógico à comunidade escolar.

2.2.4 Avaliação em Geografia

A avaliação é importante ferramenta na vida dos seres humanos, através da


avaliação decidimos o que é melhor pra nós, que caminho seguir, o que queremos ou não
queremos em determinados momentos da vida. Usamos a avaliação inclusive para fazer
escolhas menos importantes como a roupa que iremos trabalhar hoje ou o que comer na hora
do almoço.
No âmbito educacional a avaliação tem igual valor, é uma prática pedagógica
intrínseca ao processo de ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de
apropriação do conhecimento pelo aluno.
Ato este que permite ao professor avaliar a sua prática pedagógica e muitos
outros elementos que estão diretamente ligados ao processo educativo.
A autocrítica do professor e a sua dinâmica pedagógica são um dos primeiros passos
para o êxito. O sistema de avaliação deve ser contínuo e integrado, tendo como consideração
todos os desempenhos do educando, seu conhecimento já acumulado e sua bagagem cultural
de origem familiar e comunitária. Nunca tentando medir o conhecimento, mas demonstrando,
também, os obstáculos do mundo real e as possibilidades para superá-los.
Avaliar passa pela constante auto-avaliação e é isso que se deve estimular, ensinando
ao educando a valorizar o princípio da verdade e da justiça. Tentando demonstrar que o
importante não é apenas o quantitativo de uma nota, mas o qualitativo de um conhecimento
aprendido e acumulado para experiências futuras.
Nesse sentido é importante avaliar desempenho e participação, em que o coletivo
(sala de aula) passa ser um grande laboratório de experiências individuais e grupais. Perceber
os limites e a contribuição de cada indivíduo para superação coletiva e solidária desses
obstáculos. Nesse caso, as avaliações escritas; as dinâmicas de grupo e exercícios; os debates,
as exposições e os seminários; os trabalhos de leitura e pesquisas extra-classes; a elaboração
de redações, relatórios, resumos e sínteses; a elaboração de dossiês e murais, as
dramatizações, o uso da musica e da poesia, a análise de filmes, fotografias, gráficos e outras
- 142
-

imagens; entrevistas e estudos do meio através de visitas a órgãos, entidades, casas de cinema,
teatro, supermercados, feiras ou shopping centers; os trabalhos apresentados em atividades
culturais e científicas de programação pedagógica interna ou externa são alguns dos meios ou
formas de avaliação contínua e integral.
Por fim, avaliar não pode ser entendido como o momento mais importante do
processo de ensino-aprendizagem. É apenas um dos momentos e que nem precisa ser tão
ressaltado pelos professores. O professor que centraliza seu curso no integral incentivo ao
conhecimento e no livre pensar não precisa gastar energia nem tempo, medindo conhecimento
da sua sala de aula. Nesse caso, a avaliação passa a ser positiva, a servir apenas para o
exercício das experiências vividas e dos possíveis esclarecimentos sobre as dúvidas
remanescentes.
- 143
-

2.2.5 Referências Bibligráficas

AZAMBULA, Leonardo Dirceu de. Educação em Geografia. Aprender a pensar através


da Geografia. Ensinar e aprender Geografia. AGB (seção Porto Alegre. PA, R/S. 1998.

BAUMAN, Zygmunt. Globalização – As conseqüências humanas. Rio de Janeiro: Jorge


Zahar, 1999.

CARVALHO, Marcos Bernardino de. Geografia do Mundo . 1ª ed.. - São Paulo: FTD, 2006
- (Coleção Geografias do Mundo).

GUERRA, Atônio T. Dicionário Geológico e Geomorfológico. Rio de Janeiro: IBGE, 1978.

KRAJEWSKI, Ângela Corrêa. Geografia: pesquisa e ação. Vol. Único/ Ângela Corrêa
Krajewski, Raul Borges Guimarães, Wagne Costa Ribeiro; - 1ª edição - 1ª edição - São Paulo:
Moderna, 2005.

MAGNOLLI, Demétrio. Projeto de Ensino de Geografia. São Paulo: Moderna, 2000.

MOREIRA, Igor Antônio Gomes. Geografia Geral e do Brasil: livro do Professor / Igor A.
G. Moreira - 1ª Ed. São Paulo: Ática, 2005.

MOREIRA, Igor Antônio Gomes. Construindo o Espaço: manual do Professor / Igor


Moreira. Elizabeth Auricchio. 3ª ed. São Paulo: Ática, 2006. Obra em 4 volumes para 5ª a 8ª
Série.

MULLER, Geraldo. Complexo Agro-industrial e Modernização Agrária. São Paulo:


Hucitec, 1989.

PIRES, Valquíria. Construindo Consciências: Geografia / Valquíria Pires & Beluci Bellucci. -
1ª ed. - São Paulo: Scipione, 2006 - (Col. Construindo Consciências).

SANTOS, Milton. Natureza e sociedade Hoje: uma leitura geográfica. São Paulo: Hucitec,
1996.

SANTOS, Milton. Por uma outra Globalização - do pensamento único à consciência


universal. RJ/SP: Record, 2001.

SENE, Eutáquio de. A Geografia no dia-a-dia / Eutáquio de Sene, João Carlos Moreira. -
São Paulo: Scipione, 2000. - (Coleção Trilhas de Geografia).

VESENTINI, José William. Geografia Crítica: manual do professor / José William


Vesentini, Vânia Vlach. - 3ª ed. Atualizada e aperfeiçoada. - São Paulo, 2006 Obra e 4
volumes para 5 ª a 8ª Série.
- 144
-

2.3 REFERENCIAL CURRICULAR: ENSINO RELIGIOSO

EQUIPE DE PRODUÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO

Antonia Alves - Escola Estadual Caranã


Escola Estadual 13 de Setembro
Escola Estadual Senador Hélio Campos
Escola Estadual Vanda da Silva Pinto
Escola Estadual Vitória Mota Cruz
Francisco Ribeiro - Escola Estadual São Jose
Maria do Carmo Martins de Sena Ferreira – Escola Estadual Pastor Fernando Granjeiro
Marlene Muniz – Escola Estadual Mª Das Neves Rezendes
Escola Estadual Presidente Costa E Silva

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL:

Benone Costa Filho - Escola Estadual Major Alcides

ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO:

Luiza Américo Valentin Monteiro – Chefe DIFC


Pergentina de Araújo Padilha
Vera Lúcia Assis Arruda – DIFC
Wálbia Rolim - DIFC
- 145
-

ESTATUTO DO HOMEM
A Carlos Heitor Cony

Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade.
agora vale a vida,
e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira.

[...] Artigo IV
Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.

Artigo V
Fica decretado que os homens
estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar
a couraça do silêncio
nem a armadura de palavras.
O homem se sentará à mesa
com seu olhar limpo
porque a verdade passará a ser servida
antes da sobremesa.

Parágrafo único:
O homem, confiará no homem
como um menino confia em outro menino.

[...] Artigo VII


Por decreto irrevogável fica estabelecido
o reinado permanente da justiça e da claridade,
e a alegria será uma bandeira generosa
para sempre desfraldada na alma do povo

[...] Artigo IX
Fica permitido que o pão de cada dia
tenha no homem o sinal de seu suor.
Mas que, sobretudo tenha
sempre o quente sabor da ternura.

Artigo Final.
Fica proibido o uso da palavra liberdade,
a qual será suprimida dos dicionários
e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante
a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre
o coração do homem.

Thiago de Mello
Santiago do Chile, abril de 1964.
- 146
-

2.3.1 Concepção do Componente Curricular Ensino Religioso

“A vigilância do meu bom senso tem uma importância


enorme na avaliação que, a todo instante, devo fazer
de minha prática”.

Paulo Freire.

A dimensão religiosa durante toda a história da humanidade tem ocupado lugar de


destaque na organização da vida das pessoas e das sociedades. Com o avanço das ciências
modernas alguns pensadores passaram a afirmar que a religião estaria no fim, mas isto não se
verificou, pelo contrário, suas expressões multiplicaram-se em diferentes contextos e culturas.
O Ensino Religioso na escola pública, entendido, no contexto da educação, como
disciplina curricular e área de conhecimento, visa à educação do cidadão, da dimensão
religiosa do ser humano para uma vida pessoal e social, aberta ao transcendente. Não pode ser
entendido como mera informação a respeito de religiões ou manifestações religiosas, mas,
através do conhecimento das grandes experiências religiosas da humanidade, e das suas
expressões, em busca do sentido da vida, que favoreça o auto-conhecimento do educando e
seu posicionamento diante da vida, na inter-relação respeitosa com os demais. A expressão
“aula de religião” utilizada, algumas vezes para indicar o Ensino Religioso, é entendida,
normalmente, como o ensino de uma religião ou mais religiões, como uma conotação mais
confessional.
Didaticamente, podemos entender o termo “ensino religioso” designativo de uma
disciplina que é parte de um currículo escolar, ainda que o vocábulo “religioso” evoque uma
relação com o sistema religioso. Nas escolas públicas toda e qualquer crença - ou que se
declare ateu esse ensino é direito do cidadão e dever do estado em garanti-lo no sistema
escolar. Nesse sentido, está atrelado a um contingente escolar e pedagógico mais amplo. Ao
ser qualificado como “religioso” submete-se a uma área específica de atuação que tem como
destinatário o sujeito, religioso ou não, que indaga sobre as razões de ser religioso, ou em não
se ter religião alguma. Todo ensino tem em vista a aprendizagem a ser adquirida pelo sujeito
do processo. Pergunta-se então: ensinar e aprender o que? Como? Quando? Para quê?
Sendo o Ensino Religioso parte integrante da formação básica do cidadão alicerça
sua linguagem nos princípios básicos da cidadania que se concretizam na formação integral
do educando.
Para nortear esta concepção pode-se tomar como parâmetro os princípios contidos
nas Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental e os princípios e fins da Educação
- 147
-

Nacional, Lei 9394/96, que objetivam orientar as escolas nas suas ações pedagógicas. Esses
princípios apresentam uma relação próxima com o campo de atuação deste ensino, podendo
expressar muito bem a linguagem que é utilizada no desenvolvimento dos conteúdos,
refletindo algumas questões básicas da educação. Se for ensino, como foi citada acima, ensina
o quê? Como e Para quê?
Na linguagem pedagógica do ensino religioso, podem ser observados os seguintes
critérios e atitudes para a mudança e para a construção de valores, tais como:
• A valorização das experiências religiosas previamente construídas pelos
alunos, favorecendo a capacidade de vivências uma relação emancipada com as diferentes
culturas, considerando princípios éticos da autonomia, da responsabilidade e do respeito ao
bem comum;
• O exercício da criatividade e do respeito à ordem democrática em sala de aula a
partir da articulação dos conhecimentos, das discussões, debates e do desenvolvimento com
base nos princípios políticos, caracterizados pelos direitos e deveres da cidadania e do
respeito ao diferente que se manifesta nas culturas e tradições religiosas;
• A criação de condições para que cada educando construa sua identidade, para saber
colher, conhecer, conviver, e aprender a ser, valorizando e respeitando o outro, superando
preconceitos que desvalorizam qualquer experiência religiosa, tendo como referência os
princípios estéticos da sensibilidade e da criatividade.
Esta linguagem tem sentido de busca de entendimento que responda as questões
existenciais: Quem sou? De onde vim? Para onde vou? Diante dessas indagações o ser
humano desenvolve competência para relacionar-se consigo, com a natureza, a sociedade e o
transcendente, definindo seu projeto pessoal e coletivo de vida.
No desenvolvimento dos eixos temáticos do ensino religioso e nos blocos de
conteúdos apresentados nos Parâmetros Curriculares Nacionais, a compreensão dessa
linguagem aponta para a interação entre quem aprende e quem ensina para construção do
conhecimento histórico cultural, pois nenhuma cultura é insignificante para a busca do
diálogo, da tolerância e da convivência pacífica com as manifestações religiosas, respeitando
a pluralidade cultural religiosa brasileira, que vigorou no Brasil desde os seus primórdios com
ênfase na doutrina da religião oficial do Império, a religião católica romana. Isso define o
modelo de Ensino Religioso adotado, e consequentemente, a seleção e organização dos
conteúdos, a pedagogia utilizada e a formação dos professores que atuam nessa área. Eis
alguns modelos de ensino religioso vigente no país:
- 148
-

• Confessional oferecido de acordo com a opção religiosa do aluno ou do seu


responsável e ministrado por professores preparados e credenciados pelas respectivas
entidades religiosas conforme a interpretação “assegurado o respeito à diversidade cultural
religiosa do Brasil” – contida na lei, com a formalização de um ensino diferenciado para cada
confissão religiosa, mantendo respeito pelas demais.
• Inter-confessional resultante de um acordo entre as diversas entidades religiosas,
que se responsabilizarão pela elaboração dos respectivos programas.
• Supra-confessional, ministrado nas escolas públicas estaduais, não admite
qualquer tipo de proselitismo religioso, preconceito ou manifestação em desacordo com o
direito individual dos alunos e de suas famílias de professar um credo religioso ou mesmo o
de não professar nenhum, devendo assegurar o respeito a Deus, à diversidade cultural e
religiosa, e fundamenta-se em princípios de cidadania, ética, tolerância e em valores
universais presentes em todas as religiões.
• Disciplina curricular é pensada como área de conhecimento, a partir da escola e
não das crenças ou religiões e tem como objeto de estudo o fenômeno religioso. Independente
do posicionamento ou opção religiosa, os educandos são convidados a cultivar as disposições
necessárias para a vivência coerente de um projeto de vida profundamente humano e pautar-se
pelos princípios do respeito às liberdades individuais: tolerância para com os que manifestam
crenças diferentes e convivência pacífica entre as diversas manifestações religiosas que
compõem a pluralidade ética e cultural da nação brasileira.

2.3.2 Conteúdo e Contextualização do Componente Curricular Ensino Religioso

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB n.º 94-96 o Ensino


Religioso na educação básica deve direcionar o estudo para formação do cidadão,
assegurando o respeito à diversidade cultural religiosa no Brasil.
Dessa forma, temos que resgatar a história do Ensino Religioso desde a pré-história
até a chegada dos portugueses no Brasil, para então estudar a história do contato com os
brancos, índios e africanos e os desajustes e reajustes no mundo das religiões a partir desses
encontros.
O Ensino Religioso, sendo componente obrigatório no currículo da escola, traz como
objetivo uma reflexão necessária para formação do ser humano a partir das perspectivas e
- 149
-

desafios contemporâneo. A escola é desafiada a organizar seu currículo, formar seu corpo
docente e discente para que o conhecimento não seja fragmentado.
Este referencial curricular requer uma organização, um novo planejamento, uma
seleção de conteúdos, uma nova formação de acordo com as práticas contextualizadas e
comprometidas com os seres humanos. Esses conhecimentos para ser construído na escola
necessitam ser relacionados, integrados e articulados nas diferentes áreas do saber, sendo o
ponto de partida o ser humano. O Ensino Religioso por meio dos eixos trabalhados traz uma
perspectiva de superar as fragmentações e concebe o conhecimento como processo pelo qual
o ser humano busca o sentido da vida.
Como afirma Machado (1998), as mudanças nas metodologias de ensino devem ter a
participação dos professores e professoras a partir da própria prática docente e nunca serem
impostas "de cima para baixo", já está constatado, que historicamente, não funciona.
As sugestões aqui propostas ao professor de Ensino Religioso é uma possibilidade de
contextualização e uma interação entre as demais disciplinas. Os conhecimentos são tratados
através de contexto mais gerais, superando a costumeira organização dos conteúdos, com
vista a um enriquecimento recíproco e fazer contínuo da unidade didática, reflexivo coerente
com a filosofia subjacente neste referencial.
A necessidade de integrar as disciplinas e de contextualizar os conteúdos tornou-se
consenso entre docentes e pesquisadores em educação. O termo interdisciplinaridade está
cada vez mais presente nos documentos oficiais e no vocabulário dos educadores e
administradores escolares. Contudo, a construção de um trabalho genuinamente
interdisciplinar na escola ainda encontra muitas dificuldades.
Para Lenoir (2001), a interdisciplinaridade se estabelece em três palavras: a
interdisciplinaridade curricular, a interdisciplinaridade didática e a interdisciplinaridade
pedagógica. A interdisciplinaridade curricular se estabelece no âmbito administrativo, na
construção do currículo escolar; define o lugar, os objetivos e programas de cada disciplina. A
interdisciplinaridade didática compreende o planejamento do trabalho interdisciplinar a ser
realizado, aproximando os planos específicos de cada disciplina de modo que os conteúdos
possam ser mais facilmente integrados. E, por fim, a interdisciplinaridade pedagógica, que
trata da prática pedagógica interdisciplinar, isto é, aquela que ocorre na sala de aula.
- 150
-

CULTURA, TRADIÇÕES CIÊNCIA, RELIGIÃO E


RELIGIOSAS E O SER TECNOLOGIA: AVANÇOS E
HUMANO. CONTRADIÇÕES.

INTERDISCIPLINARIDADE E
CONTEXTUALIZAÇÃO DO ENSINO
RELIGIOSO

RELIGIÃO, POLÍTICA, ÉTICA RELIGIÃO, TRABALHO, CONSUMO


E CIDADANIA. E LUTAS POR DIREITOS.

Figura 05: Interdisciplinaridade e Contextualização do Ensino Religioso

Nesta proposta constam quatro grandes contextos a serem trabalhados em cada


bimestre, porém os mesmos para todos os anos/séries diferenciando-se apenas em realidades,
nível de tratamento e conteúdos. São Eles
 CULTURA, TRADIÇÕES RELIGIOSAS E O SER HUMANO.
 CIÊNCIA, RELIGIÃO E TECNOLOGIA: AVANÇOS E CONTRADIÇÕES.
 RELIGIÃO, TRABALHO, CONSUMO E LUTAS POR DIREITOS.
 RELIGIÃO, POLÍTICA, ÉTICA E CIDADANIA.
A organização dos conteúdos de Ensino Religioso no Ensino Fundamental nestes
quatro grandes contextos que consideramos transversais viabiliza a interdisciplinaridade sem
perder de vista a realidade e o contexto social, ou existencial dos sujeitos do processo de
ensino e aprendizagem, podendo ser trabalhado por todos os demais componentes curriculares
de todas as áreas, sem negar as especificidades de cada ciência.
A realidade do cotidiano do aluno e da sociedade no Estado de Roraima, servirá de
ponto de partida e sentido para estudo dos conceitos do Ensino Religioso, para dar maior
ciência e fortalecimento ao aluno para compreender o seu entorno e saber lidar e intervir na
- 151
-

realidade para organização dos blocos de conteúdos em âmbito local, nacional e mundial, não
exatamente nesta ordem.

I-CONTEXTO: CULTURA, TRADIÇÕES RELIGIOSAS E SER HUMANO.

Realidades locais e o Cotidiano Bloco de conteúdos numa co-relação com âmbito


Nacional (Brasil), América Latina e Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL


►Como o educando compreende a idéia de ►Crença religiosa (diagnóstico);
transcendente?
ANO: 2º ENSINO FUNDAMENTAL
►Como o educando do compreende a idéia de ►Idéias do transcendente transmitida pelo educando
transcendente e os símbolos que representam Deus no e os símbolos que a representam.
seu universo cultural? Tradição religiosa; Ocidental, Oriental, Africana e
Indígena.
ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL
►Como o educando compreende a idéia do ►Imagens históricas (fotos, desenhos, pinturas,
transcendente os símbolos que representam Deus e o mapas entre outros) que representem fatos
respeito diversidade religiosa? importantes da sua família e que esteja vinculada a
sua Tradição religiosa.
►Compreensão que eles têm do transcendente:
Deus, na sua tradição religiosa;
►Calendário das celebrações das diferentes
tradições religiosas com a ajuda dos pais e da
comunidade.
ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL
►Como o educando compreende a idéia do ►Histórias que se conta em família (tradição oral) e
transcendente na visão tradicional e o respeito à passam de pais para filhos a partir do transcendente
diversidade religiosa? (historia da criação do mundo, instituição da família,
o bem e o mau entre outros);
►Instituição da família;
►Bem e o mau.

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL


►Como o educando compreende a idéia do ►Diversidade cultural e religiosa presente no estado
transcendente e os símbolos que o representam no seu e em sala de aula. (do outro diferente de mim);
contexto cultural e religioso? ►Ditos, provérbios e expressões populares.
ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL
►Como o educando compreende as diferentes ►Importância do fenômeno religioso na história
formas de religiosidade, dentro dos seus respectivos humana;
contextos culturais e históricos? ►Modos de celebrar e solenizar os grandes
acontecimentos que são chamados rituais pelas
tradições religiosas nos diferentes contextos
(Ocidental, Oriental, Africano e Indígena).
- 152
-

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Como o educando se sensibiliza em relação aos ►Valores da tradição religiosa em relação


princípios morais, promovendo ao mesmo tempo uma aos valores éticos;
reflexão sobre elas? ►Estudo sobre os valores ideológicos;
►Educar para o exercício da cidadania
plena.

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Que experiência religiosa o educando vivencia na ►Determinações da tradição religiosa na


busca da superação da finitude e que sentimento construção mental do inconsciente pessoal e
compartilha a respeito de suas experiências? coletivo;
►Valores ideológicos que educam para o exercício
da cidadania plena;
►Sentido da vida além-morte expresso nas letras
das músicas populares.

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Como o educando compreende o Ethos - Alteridade ►O papel das tradições religiões, estrutura e
-Valores e Limites no contexto da diversidade cultural manutenção das diferentes culturas e manifestações
e religiosa? sócio-culturais;
►Importância da família no desenvolvimento
humano (solidariedade, justiça e do respeito por si e
pelos outros);
►Compreensão que o educando tem do
transcendente como ele trata o meio ambiente, se
relaciona com os colegas e como são suas práticas
sociais.
- 153
-

II - CONTEXTO: CIÊNCIA, RELIGIÃO E TECNOLOGIA: AVANÇOS E CONTRADIÇÕES.

Realidades locais e o Cotidiano Bloco de conteúdos numa co-relação com âmbito


Nacional (Brasil), América Latina e Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Como pensam os avós, tios, irmãos dos educandos


►Religião, senso comum, ciência e influência das
sobre os avanços tecnológicos na disseminação da
religião? tecnologias;
►Programas, desenhos, filmes, músicas para o
público infantil que tratam da diversidade cultural e
religiosa.

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Que conhecimento o educando tem das tradições


►Programas, filmes, desenhos, teatro, museu, obras
religiosas e culturais que deveriam ser acessíveis a
todos e não são? de artes, obras sacras, monumentos históricos,
músicas, entre outros.

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Ter ou não ter acesso a TV, computador, internet ►Influência dos meios de comunicação;
faz alguma diferença para o educando? ►Somos influenciados pelo que
assistimos.

ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Que indagação o educando faz sobre a origem dos ►Atitudes dos pais com os filhos no que devem
programas que vêm parar em sua casa? assistir e consumir etc;
►Influências positivas e negativas da TV.

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Os conhecimentos e valores que os pais têm ►Organizar as formas de conhecimento


passado aos filhos/educandos se dá primeiro pelas tradicionais, sociais influenciados pelos meios de
experiências vividas, pelos valores recebidos ou pela comunicação.
influência dos meios de comunicação?
- 154
-

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►O que tem de bom e de ruim na ciência, na religião ►Senso comum, religião e ciência;
e na tecnologia que são usufruídas pelo educando? ►Influências que nos causam dúvidas e conflitos.

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Como o educando pode aproveitar as ferramentas ►Produção de texto de contextos da


da tecnologia da informação para aprender sobre cultura e da diversidade das diferentes
cultura e tradição religiosa no contexto local e tradições religiosas;
nacional? ►Modos de celebrar e solenizar os
grandes acontecimentos que são chamados
rituais pelas tradições religiosas nos
diferentes contextos (Ocidental, Oriental,
Africano e Indígena).

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Que conhecimento o educando do século XXI tem ►Aprofundamento dos conhecimentos racionais ou
dos avanços tecnológicos e as contradições desses lógicos; atitude científica, método de investigação
avanços? científica;
►Conhecimento religioso x ciências;
►Criação x evolução.

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►De que forma a ciência, tecnologia e a religião ►As ciências humanas e o papel social destas;
podem dar mais qualidade ao cotidiano do educando? ►Os problemas sócio-ambientais gerados pela
exploração dos recursos naturais para a produção e
manutenção das invenções científicas;
►O conhecimento das diferentes tradições
religiosas ao longo da historia da humanidade.
- 155
-

III - CONTEXTO: TRABALHO, CONSUMO X LUTA POR DIREITO.

Realidades locais e o Cotidiano Bloco de conteúdos numa co-relação com


âmbito Nacional (Brasil), América Latina e
Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL

►O que fazem (trabalho e profissão) os pais dos ►Profissão exercida pelos pais.
educandos?

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Como o educando compreende o trabalho e a profissão ►Importância do trabalho para a manutenção


dos seus pais? da família (moradia, alimentação, vestuário,
lazer e entre outros);

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Os pais do educando dialogam com os filhos sobre a ►Valor do salário mínimo;
importância do que eles devem consumir e do que são ►Itens da cesta básica;
influenciados a comprar? ►Alimentação saudável e guloseimas.

ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Como o educando compreende o valor de um prédio ►Origem dos recursos públicos;


público (escola), sua casa, praças, parques, igrejas e entre ►Origem dos impostos e sua relação com o
outros? bem público.

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Como o educando compreende o trabalho dos indígenas ►Trabalho, produção, lazer, consumo;
em Roraima e que concepção os mesmos têm desta ►Relação entre trabalho e consumo;
produção? ►Conflitos e diferenças sociais entre índios e
não índios;
►Brincar, praticar esportes e divertir-se;
- 156
-

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Que tipo de lazer o educando usufrui na comunidade e ►Esporte (natação, futebol, voleibol...?
na sua cidade? Compreende que o lazer uma das ►Esportes radicais (rally, motocross, bicicross,
necessidades básica do cidadão? spdway....?
►Festas populares (Festa da Banana, da
Melancia, Vaquejada, Rodeios, do Abacaxi,
Micaraima, Ecoturismo, Festa Junina, Arraia
das três Nações entre outros).

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Os educandos conhecem os princípios da sua religião, ►Brincar, praticar esportes e divertir-se;
assim, como a Legislação (Estatuto da Criança e do ►Participação na vida familiar e comunitária
Adolescente)? sem discriminação;
►Crença e culto religioso;
►Direito à liberdade de expressão;
►Direito de ir, vir e estar.

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Que compreensão o educando tem sobre direitos e ►Declaração dos Direitos Humanos;
deveres sabendo que nos são garantidos em lei e mesmo ►ECA
assim temos que lutar por eles? ►Regimento Escolar e participação dos
estudantes;
►Análise dos direitos x os valores
►Professados pelo seu credo.

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Que expectativa o educando tem para o ingresso no ►Mercado de trabalho (comercial, industrial,
mercado de trabalho em Roraima? agrícola, formal e informal).
- 157
-

IV-CONTEXTO: POLÍTICA, ÉTICA E CIDADANIA.

Bloco de conteúdos numa co-relação com


Realidades locais e o Cotidiano âmbito Nacional (Brasil), América Latina e
Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL

►O que os pais dos educandos ensinam para elas como ►Verdade, mentira, respeito, preconceito etc;
valores éticos?

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL

►O que os educandos vivenciam na sua casa como ►Regras de convivência;


valores éticos? ►Relacionamento pai e mãe;
►Pais e filhos;
►Relacionamento irmãos e primos;
►Avós, tios entre outros;

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Que valores são passados para os educandos no seio da ►Conselhos que os pais dão aos filhos;
sua família e na escola? ►Acompanhamento dos pais para com os
filhos.

ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Como o educando compreende o que é ser livre, ser ►O que é ser livre;
escravo e ser ético? ►O que é ser escravo;
►O ser ético, de acordo com os valores que
seus pais os orientem.

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Que princípios éticos regem a vida do educando em ►Cidadania;


Roraima? ►Política vida ética;
►A liberdade e a responsabilidade.
- 158
-

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Como educando compreende os valores de convivência ►As normas religiosas e suas funções para a
e cidadania através das tradições religiosas? sociedade;
►O valor da formação da consciência moral;
►Parábolas;
►Provérbios.

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Como o educando compreende as práticas religiosas ►Limites éticos religiosos;


presente no nosso Estado de Roraima? ►Limites pessoais e consciência moral;
►Valores de convivência e cidadania, através
das tradições culturais e religiosas.

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Como o educando compreende a religião e a política? ►O valor da religiosidade e da política na


pluralidade cultural;
►A diversidade e o pluralismo cultural;
►Religião e política.

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Como o educando identificam a influência política, ►O valor da religiosidade na cultura brasileira;


religiosa nas diversas regiões do Brasil? ►A descrição do contexto sócio-político-
religioso no Brasil;
►Valor da convivência pacífica e solidária,
perpassando pelo respeito mútuo e aceitação do
diferente.

2.3.3 Metodologia e Interdisciplinaridade em Ensino Religioso

Este referencial propõe uma metodologia diagnóstica, onde os conhecimentos dos


alunos serão levantados a partir de aulas dialogadas e estes serão estimulados a realizarem
entrevistas com seus pais sobre o que pensam a respeito de religião, valores, verdade, ética, o
bem e o mal, entre outros. São perguntas do tipo: Qual é sua crença religiosa? O que você
pensa sobre transcendente? A cerca da origem da vida; da ciência; das regras sociais; dos
princípios religiosos e assim por diante.
- 159
-

Entende-se que tal metodologia possibilitará ao aluno espaço para a reflexão de tais
temas assim como, enriquecimento de suas idéias a partir da troca de experiência com os seus
pares e demais pessoas da comunidade. Desta forma o educando terá o aporte necessário para
a construção de seus conceitos a cerca dos temas estudados.
As aulas poderão conter elementos de diversas áreas ligadas ao conhecimento
religioso, o professor poderá utilizar diversas formas de expressão onde os alunos possam
expressar-se, Tais como: desenhos, pinturas, dramatizações, poesias, artigos e outros.
As tecnologias são também ferramentas que facilitarão ao aluno a interação com o
objeto do conhecimento religioso e poderão ser utilizadas pelo professor de acordo com a sua
disponibilidade no âmbito escolar.
É importante lembrar que os conteúdos estão organizados de forma que para cada
ano os conhecimentos dos educandos se aprofundarão à medida que estes se aperfeiçoam nos
conhecimentos propostos para o ano que cursam.
Não existem interesses inatos, estes são consequências das situações experiências nas
quais as pessoas estão submersas.[...] Isto significa que os interesses também podem ser
gerados intencionalmente. [...] As unidades didáticas integradas devem ser interessantes para
o grupo de alunos ao qual se destinam. Portanto, será preciso selecionar cuidadosamente os
tópicos que sirvam como organizadores do trabalho na sala de aula e apresentá-lo de maneira
atraente. O papel do professor estimulador e acrescentador de novos interesses e necessidades
nos estudantes é fundamental.
Os eixos e conteúdos do Ensino Religioso foram elaborados a partir da concepção de
que a atuação do ser humano não se limita apenas às relações com os meios natural e social,
mas sim, está sempre em busca de algo que transcende estas realidades.
Os critérios didáticos estão associados á forma de organizar e trabalhar os conteúdos
para que subsidiem a construção do conhecimento. Para isso, torna-se necessário respeitar os
desenvolvimentos cognitivo, afetivo, psicomotor e relacionais dos educandos nas diferentes
fases do processo de ensino-aprendizagem. Desta forma, o tratamento didático no Ensino
Religioso, como em outras áreas de conhecimento, precisa considerar:

 Os conhecimentos anteriores dos educandos, interesses e possibilidades;


 A maneira de socializar um assunto (conteúdo), garantindo a participação,
interação, cooperação e respeito às diferenças numa perspectiva de gerar
abertura para uma aprendizagem autônoma;
 • Adequação de recursos, linguagens, simbolismos, textos, alegorias e outros;
- 160
-

 Refletir sobre a diversidade religiosa na sua comunidade;


 Estabelecer interações entre os conhecimentos do seu universo religioso com
os de seus colegas e os apresentados no ambiente escolar;
 Refletir sobre as imagens (fotografias, desenhos, pinturas, mapas, entre
outros).
 Roteiros, filmes gráficos que devem ser incentivados como forma de entender
os aspectos culturais, sociais e religiosos;
 Histórias em quadrinhos, painéis como forma de despertar a criatividade dos
educandos;
 Produzir textos do contexto da cultura e da diversidade das diferentes
tradições religiosas;
 Organizar com os pais painéis que retratem o resultado de pesquisa;
 Entrevistar adultos do convívio sobre a idéia do transcendente;
 Pesquisar os modos de celebração e salenização das tradições religiosas
chamadas rituais;
 Descrever a compreensão que o educando tem do transcendente.
 Convidar pais que possam retratar as tradições religiosas (Ocidental, Oriental,
Africanas e Indígenas);
 Trabalhar imagens históricas (fotos, desenhos, pinturas, mapas, monumento
que represente fatos importantes vinculados à tradição religiosa);
 Elaborar o calendário das celebrações religiosas com a ajuda dos pais;
 Fazer um levantamento junto aos educandos das histórias (tradição oral) que
se contam em família que passa de pai para filho a partir do transcendente;
 Pedir aos educandos que relatem experiências do cotidiano que expresse sua
relação com o transcendente;
 Realizar uma pesquisa sobre as idéias de Deus por meio de ditos, provérbios
e expressões populares. Exemplo: "Deus lhe pague”, “Deus tarda, mas não
falha” e entre outros.
O registro e a reprodução dos conteúdos dos contextos desenvolvidos nos estudos da
disciplina devem ser usados como subsídio didático e pedagógico à comunidade escolar.
- 161
-

2.3.4 Avaliação em Ensino Religioso

Um dos aspectos mais difíceis da prática pedagógica é a avaliação. Avaliar na


disciplina de Ensino Religioso não é como na maioria das outras disciplinas. A avaliação no
Ensino Religioso não é objeto de aprovação ou reprovação e nem terá registros de notas ou
conceitos, por ter caráter facultativo no ato da matrícula na disciplina. Mesmo o Ensino
Religioso tendo essas particularidades, o processo de avaliação não deixa de ser um elemento
integrante da disciplina, cabe ao professor proporcionar o necessário para que suas práticas
avaliativas permitam acompanhar o processo de apropriação de conhecimento pelo aluno e
pela classe, que são os conteúdos tratados e os seus objetivos, ou seja, o professor deverá
preparar instrumentos que auxiliem no registro do (a) aluno/turma para a verificação do nível
de conhecimento dos conteúdos tratados em sala de aula.
Os conteúdos trabalhados poderão ser observados pelo professor em diversas
situações tais como:
 Em que nível de conhecimento os alunos expressam uma relação respeitosa com
os colegas que tem opção por outras religiões?
 É aceita as diferenças de credo ou expressão de fé pelos alunos?
 O fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada grupo social,
como o aluno entende isso?
O professor terá elementos necessários para planejar e fazer intervenções no processo
pedagógico poderá retomar as falhas identificadas na aprendizagem do educando e
dimensionará os níveis de aprofundamento a serem adotados em relação aos conteúdos. Após
o processo avaliativo, o professor terá indicativo para a própria avaliação pedagógica ou a
retomada da reorganização dos trabalhos, cuja referência são estas Diretrizes. A disciplina de
Ensino Religioso necessita de um trabalho comprometido, ou seja, que a avaliação se torne
um fator de contribuição para legitimação como componente curricular.
Através dessa prática, o professor proporcionará ao aluno a oportunidade de retomar
os conteúdos e conhecimentos que o ajudará a compreender melhor a diversidade cultural, da
qual a religiosidade é parte integrante.
- 162
-

2.3.5 Referências Bibliográficas

CARON, Lurdes (Org). O Ensino Religioso na nova LDB: histórico, exigência,


documentário. Petrópolis: Vozes, 1998.

CARRETO, Carreto. O que vale é o amor: Paulus, 1976.

CATÃO, Francisco. O Fenômeno Religioso, São Paulo, Editora Letras & Letras, 1995.

CURY, Carlos Roberto Jamil. Ensino Religioso e a educação brasileira. São Paulo: Cortez
& Moraes, 1978.

CURY, Carlos Roberto Jamil. Ensino Religioso e a escola pública: o curso histórico de
uma polêmica entre a Igreja no Brasil. Educação em revista, Belo Horizonte, n. 17, p. 20-
37, jun. 1993.

CURY, Carlos Roberto Jamil..In: FAVERO, Osmar. A educação nas constituintes


brasileiras. Campinas - São Paulo: Autores Associados, 1996, P. 69-80.

D. Alcuino Meyer O.S.B. Diário. Mosteiro de São Bento. Rio de Janeiro, 1985

DUSSEL, Enrique. Ética Comunitária. Petrópolis: Vozes, 1994.

FIGUEIREDO, Anisia de Paulo. O Ensino Religioso: perspectivas, tendências e desafios.


Petrópolis: Vozes, 1996.

FORUM NACIONAL PERMANENTE DO ENSINO RELIGIOSO. Parâmetros


Curriculares: Ensino Religioso, 2ª edição. São Paulo: AM Edição, 1997 .

FORUM, Nacional Permanente do Ensino Religioso – Parâmetros Curriculares Nacionais


– Ensino Religioso. 2ª edição . São Paulo – Ave Maria, 1997.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1988.

GRUNBERG, Theodor Koch. Do Roraima ao Orinoco. Venezuela – Publicação Banco


Central da Venezuela.

JUNQUEIRA, Sergio. R. Azevedo. (org). Construção da Identidade do Ensino Religioso e


da Pastoral Escolar.Curitiba: Champagnat, 2002.

JUNQUEIRA, Sergio. R. Azevedo. MENEGHETTI, Rosa Gitana Krob, WASCHOWICZ,


Lílian Anna. Ensino Religioso e sua Relação Pedagógica, Petrópolis: Vozes, 2002.

JUNQUEIRA, Sergio. R. Azevedo. O processo de escolarização do Ensino Religioso no


Brasil. Petrópolis: Vozes, 2002.

MATOS, Henrique Cristiano José. Nossa história 500 anos de presenças da Igreja Católica no
Brasil. Tomo 1. S. Paulo: Paulinas, 2001.
- 163
-

MEC – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental – CNE – Câmara


de Educação Básica. Parecer nº 02/1998.

OLIVEIRA, Maria Auxiliadora Monteiro. O ensino de Filosofia no 2º grau da escola


brasileira: um percurso histórico, até a realidade mineira dos anos 80. 1993. Dissertação
(mestrado em Educação). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.

PEDO, Albina (ir.Anete). Trajetória de uma luta em prol da educação com amor pela
paz. Cuiba, 2002.

QUOIS, Michel. Construir o homem e o mundo. Livraria Duas Cidades, São Paulo, 1975.

SANTOS, Antonio Raimundo dos. Ética – caminho da realização humana. São Paulo: Ave
Maria, 1997.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Educação, Ideologia e Contra-ideologia. São Paulo: EPU,


1986.

VIESSER, Lízete Carmem. Um paradigma para o Ensino Religioso. Petrópolis: Vozes,


1994.
- 164
-

3 ÁREA DO CONHECIMENTO LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS


TECNOLOGIAS

3.1 REFERENCIAL CURRICULAR: LÍNGUA PORTUGUESA

EQUIPE DE PRODUÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO


Aurilucia Cavalcante de Souza - Escola Maria dos Prazeres Mota
Jivaneide Barbosa da Silva - Escola Estadual Antonia Coelho de Lucena
Núbia Paulo da Costa Andrade - Escola Maria dos Prazeres Mota

ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO:
Gilvânia Barbosa da Silva - Escola Estadual Maria dos Prazeres Mota.
- 165
-

Aula de Português
A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender

A linguagem
na superfície estrelada de estrelas,
sabe lá o que ela quer dizer?

Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,


e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.

Já esqueci a língua em que comia,


em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
O português são dois; o outro mistério.

Carlos Drummond de Andrade.


- 166
-

3.1.1 Concepção do Componente Curricular Língua Portuguesa

Qualquer que seja a raça, cultura, o espaço que ocupe, o tempo em que vive o
homem está sempre em contato com outros homens inter - relacionando,
comunicando-se, e essa inter-relação se dão sempre através da linguagem.
(POSSARI E NEDER)

A Língua Portuguesa desenvolveu-se na parte ocidental da Península Ibérica a partir


do latim falado, trazido pelos soldados romanos desde o século III.
A língua começou a diferenciar-se das outras línguas românicas depois da queda do
Império Romano e das invasões bárbaras no século V e passou a ser utilizada em documentos
escritos por volta do século IX, e no século XV já se tinha tornado uma língua com uma rica
literatura.
Chegando à Península Ibérica em 218 a.C., os romanos trouxeram com eles o latim
vulgar, da qual descendem todas as línguas românicas.
O idioma foi propagado pelos soldados romanos, colonizadores e comerciantes, que
construíram cidades romanas principalmente perto dos assentamentos de civilizações
anteriores. Mais tarde, os habitantes das cidades da Lusitânia e resto da Península Ibérica
romanizada foram reconhecidos como cidadãos de Roma.
O controle romano da parte ocidental da Hispânia não foi consolidado até as
campanhas de Augusto, embora os territórios ao sul do rio Tejo só foram conquistados após a
vitória do Licínio Crasso, no ano 93 a.C.; muito poucos traços das línguas nativas persistem
no Português moderno.
Depois de 200 anos de guerras, primeiro com os cartagineses e depois com os
habitantes locais, o imperador Augusto conquistou toda a península, que foi nomeado
Hispânia. Dividido em três províncias: Hispânia Tarraconense, Baetica Hispânia e Lusitânia,
a última incluindo a maior parte de Portugal moderna. No século 3, o imperador Diocleciano
dividiu Tarraconensis em três, criando a província adjacente de Gallaecia, que
geograficamente incluia a parte restante de Portugal e a moderna Galiza (na região noroeste
da Espanha).
Entre 409 e 711 enquanto o Império Romano entrava em colapso, a Península
Ibérica foi invadida por povos de origem germânica, conhecidos historicamente como
bárbaros. Estes bárbaros (principalmente os Suevos e os Visigodos) absorveram rapidamente
a cultura e as línguas romanas da península; contudo, devido ao encerramento das escolas
romanas, o latim evoluiu sozinho.
- 167
-

Como cada tribo bárbara falava o latim de maneira diferente, a uniformidade da


península levou à formação de línguas bem diferentes (galaico-português ou português
medieval, espanhol e catalão).
Acredita-se, em particular, que os suevos sejam responsáveis pela diferenciação
linguística dos portugueses e galegos quando comparados com os castelhanos. É, ainda, na
época do reino Suevo que se configuram os dias da semana proibindo-se os nomes romanos.
As invasões deram-se em duas ondas principais: a primeira com penetração dos chamados
bárbaros e a assimilação cultural romana.
Os "bárbaros" tiveram uma certa "receptividade" a ponto de receber pequenas áreas
de terra. Com o passar do tempo, seus costumes, língua, etc. perderam-se, porque não havia
uma renovação do contingente de pessoas e o seu grupo era em número reduzido. Uma
segunda leva foi mais lenta, não recebeu terras e foi constituída por grandes números de
pessoas devido à proximidade das terras ocupadas com as fronteiras internas do Império
Romano."
O Português Brasileiro descende do Europeu. No Brasil, tomou a sua forma na
complexa interação entre:
- A língua do colonizador (e, portanto, do poder e do prestígio);
- As línguas indígenas brasileiras;
- As línguas africanas chegadas pelo tráfico negreiro (oficial entre 1549 e 1830, não
oficial antes e depois desses limites);
- E finalmente as línguas dos que emigraram para o Brasil da Europa e da Ásia,
sobretudo a partir de meados do século XIX.
Desse potencial Babel lingüística, foi se definindo o formato brasileiro
contemporâneo da língua portuguesa.
O Parâmetro Curricular Nacional de Língua Portuguesa está voltado para reflexões
sobre o ensino da língua oral e escrita, essa que é fundamental para a participação social
efetiva do indivíduo no meio em que se encontra inserido, por meio dela o homem se
comunica, tem acesso à informação, se expressa, defende ponto de vista, constrói visão de
mundo e produz conhecimento.
Magda Soares (1998: 54) nos conta um pouco sobre a constituição do ensino de
Língua Portuguesa no Brasil; a autora explica que com a Reforma Pombalina, em 1759, o
ensino da língua materna se tornou obrigatório em Portugal e no Brasil, e a partir de então, se
consolidou seguindo o antigo modelo de ensino da Gramática da Língua Latina, restringindo-
se ao estudo das disciplinas: Gramática, Retórica e Poética.
- 168
-

Esse método de ensino perdurou por séculos, acreditava-se que ensinar Língua
Portuguesa era simplesmente fazer com que os alunos decorassem uma listagem de regras da
Gramática Normativa. As classes gramaticais e as regras ortográficas, por exemplo, eram
expostas ao estudante de forma desvinculada da realidade cotidiana do uso da língua.
Há três concepções de linguagem mais conhecidas e difundidas no ensino de Língua
Portuguesa em nosso país, são elas: linguagem enquanto expressão do pensamento, linguagem
como instrumento de comunicação e linguagem enquanto processo de interação humana.

3.1.1.1 A linguagem como expressão do pensamento

De acordo com essa concepção quem não sabe se expressar é porque também não
sabe pensar. Neste caso, a linguagem é “espelho” do pensamento. Nessa linha de raciocínio,
de acordo com Travaglia (1997, p. 21), o fenômeno lingüístico é reduzido a um ato racional,
“a um ato monológico, individual, que não é afetado pelo outro nem pelas circunstâncias que
constituem a situação social em que a enunciação acontece”.
O fato linguístico é um ato individual, cuja expressão só depende da capacidade do
falante em organizar o pensamento de maneira lógica. Daí vem a crença de que um
pensamento lógico proporciona uma linguagem lógica e deve incorporar regras, conceito que
deságua na gramática normativa e na ideia de que saber uma língua é saber teoria gramatical.
A Gramática Normativa, como fruto dessa concepção que vê a linguagem como
expressão do pensamento, prediz os fenômenos linguísticos em “certos” e “errados” e
privilegia a norma culta em detrimento de outras variedades linguísticas.
Franchi (1991, p. 48) diz que a gramática normativa é o “conjunto sistemático de
normas para bem falar e escrever, estabelecidas pelos especialistas; com base no uso da língua
consagrada pelos bons escritores”. Assim sendo, fala e escreve bem o indivíduo que organiza
logicamente o seu pensamento.
A língua é concebida como simples sistema de normas, acabado, fechado, abstrato e
sem interferência do social. As línguas, nesse caso, obedecem a princípios racionais, lógicos e
a linguagem é regida por esses princípios. Dessa forma, exige-se que os falantes a usem com
clareza e precisão, sigam um padrão previamente estabelecido e prestigiado, pois as ideias
devem ser colocadas de forma lógica, precisa, sem equívocos e sem ambiguidades, rumo à
perfeição.
- 169
-

Nessa linha de raciocínio, qualquer problema relacionado à linguagem nada tem a


ver com o interlocutor, com os fenômenos políticos, sociais, históricos e culturais, nem com
qualquer situação de interação comunicativa. Os desvios e dificuldades de expressão são,
neste caso, explicados pela suposta incapacidade do falante em pensar e raciocinar
logicamente.

3.1.1.2 A linguagem como instrumento de comunicação

Nesta concepção, a língua é um código, um conjunto de signos, combinados através


de regras, que possibilita ao emissor transmitir uma mensagem ao receptor, servindo como
meio de comunicação entre os indivíduos. Nesse aspecto, privilegia-se a forma, o componente
material da língua, em detrimento do conteúdo, da significação e dos elementos
extralinguísticos.
Saussure e Chomsky deram fundamentação aos estudos da linguagem, nessa
concepção, quer com estruturalismo do início do século XX, quer com a gramática gerativa –
transformacional dos anos 50, respectivamente. Saussure desenvolveu a ideia de que a língua
é algo abstrato, homogêneo, geral, virtual e um elemento da organização social, servindo,
portanto como corpus ideal para um estudo sistemático. Chomsky, apesar de se aproximar do
conceito saussuriano de língua, substitui a sua concepção estática pelo gerativismo, mostrando
que a partir de um número finito de categorias e de regras, pode-se gerar um número infinito
de frases.
A linguística chomskyana, contudo, não ultrapassa os limites do estruturalismo.
Assim como Saussure, que não demonstrou qualquer interesse pela fala, Chomsky também
não focaliza o desempenho, terminologia correspondente à fala na teoria chomskyana.
Nesta concepção, falante e ouvinte são seres passivos. O papel deste é emitir a
mensagem e o daquele é decodificá-la. A informação deve ser passada e recebida tal qual
estava na mente do emissor.

3.1.1.3 Linguagem como processo de interação social

De conformidade com Travaglia (1997, p. 23), “nessa concepção, o que o indivíduo


faz ao usar a língua não é tão somente traduzir ou exteriorizar um pensamento ou transmitir
informações a outrem, mas sim realizar ações, agir, atuar sobre o interlocutor
- 170
-

(ouvinte/leitor)”. A concepção interacionista contrapõe-se às visões conservadoras da língua,


que a considera um objeto sem história e sem interferência dos fatores sociais.
Essa concepção é contemplada na Linguística Textual, Análise do Discurso, Análise
da Conversação, Semântica Argumentativa e Estudos da Pragmática, correntes que colocam
as condições de produção do discurso no centro de toda a reflexão sobre a linguagem.
Ao invés de exercícios de descrição gramatical e estudo de regras que só levam em
conta a forma das palavras ou a sintaxe da língua, estuda-se a língua em uso e em situações
concretas de interação. Bakhtin (1977, p. 95) fulmina as correntes linguísticas conservadoras,
ao dizer que:

[...] na prática viva da língua, a consciência lingüística do locutor e do receptor nada


tem a ver com o sistema abstrato de formas normativas, mas apenas com a
linguagem no sentido de conjunto dos contextos possíveis de uso de cada forma
particular.

Vê-se que a categoria básica de concepção da linguagem em Bakhtin é a interação,


cuja realidade fundamental é o seu caráter dialógico. Na visão sociointeracionista, em
oposição a Saussure e Chomsky, admite-se a existência de variedades linguísticas. A norma
culta é vista como uma variedade a mais e não como o único instrumento correto e capaz de
representar uma cultura.

3.1.2 Conteúdo e Contextualização em Língua Portuguesa

Desde que fora constatado a ineficiência de um sistema de ensino de Língua


Portuguesa, que visava por excelência, ao ensino da Gramática como um fim em si mesmo,
busca-se outra maneira de elaboração do conteúdo programático de tal disciplina nas escolas
de Ensino Fundamental.
A não funcionalidade de um método tradicional de ensino em que o professor de
Língua Portuguesa colocava-se como o único detentor do conhecimento acerca do uso da
referida língua revelou a necessidade da busca de novas perspectivas pedagógicas. Isso
porque aquela conduta (a tradicional) foi, em grande parte, responsável pelo surgimento da
aversão, por parte do aluno, não só ao estudo, mas à própria Língua Portuguesa.

Como a somatória dos efeitos desses problemas relacionados ao ensino da Língua


Portuguesa vamos de encontro às necessidades atuais no que concerne ao próprio
- 171
-

desenvolvimento da sociedade; tornou-se pertinente então, a reformulação do conceito do que


seria ensinar Português.
Para tal, deve partir-se do princípio básico de que o uso da linguagem deve constituir
tanto ponto de partida quanto ponto de chegada. Assim, as atividades de: leitura, escuta,
escrita e fala, devem visar ao desenvolvimento no aluno, das habilidades de compreensão,
reflexão e construção, e não constituírem barreiras para o desenvolvimento intelectual dos
mesmos.

Tabela 18: Organização dos contextos e conteúdos de Língua Portuguesa para o Ensino
Fundamental

ASPECTOS
CONTEMPLADOS
CONTEXTO NOS CONTEÚDOS OBJETIVO
TRABALHADOS

Cultura, Utilizar a linguagem oral em situações que exijam: preparação


diversidade e prévia, maior grau de formalidade, manutenção do ponto de vista
luta por Linguagem Oral ao longo da fala, procedimentos de proposição, negociação,
direitos. respeito e acordos.

Ciência, Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na


tecnologia e comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das
ambiente: Prática de Leitura condições em que eles foram produzidos e daquelas em que serão
avanços e recebidos.
contradições.

Trabalho, Produzir textos: narrativos ficcionais; jornalísticos; epistolares;


consumo e publicitários; poéticos; informativos e instrucionais.
desenvolvimen Produção Escrita
to humano.

Política, ética Reconhecer em textos escritos recursos utilizados pelo autor para
e cidadania. Análise Lingüística obter determinados efeitos de sentido.

3.1.2.1 Conteúdos do contexto cultura, diversidade e luta por direito:

Conteúdos do contexto com a realidade local (de Roraima):


- 172
-

Uma vez que a democratização social pressupõe garantia de acesso aos saberes
linguísticos necessários para a cidadania, o reconhecimento do aluno como cidadão, e,
portanto, a valorização de seus conhecimentos prévios (cultura, linguagem, experiências
diversas) é fator fundamental para o pleno desenvolvimento do ensino da Língua Portuguesa.
Cabe à escola (professor), em primeira instância, enfrentar os preconceitos
linguísticos, ensinando o respeito à diferença e libertando-se de mitos quanto à língua (como o
da existência de uma única forma certa de se falar, por exemplo) a fim de conscientizar os
alunos sobre a necessidade de adequação da linguagem utilizada ao contexto de comunicação.
A seleção de bons textos (literários, jornalísticos, científicos, metalinguísticos ou
epilinguísticos) e de exercícios e reflexões para os mesmos, serão decisivas para o alcance de
um ensino satisfatório da LP, um ensino que desperte no aluno a vontade e a capacidade de
buscar a aquisição e a produção de conhecimento através da linguagem.

Conteúdos do contexto com a realidade nacional (do Brasil):

O ensino da Língua Portuguesa deve buscar desenvolver no aluno, não só a


habilidade de compreensão de discursos e de reflexão sobre os mesmos, mas também aguçar
neles a vontade de produzir e difundir ideias. Como a linguagem verbal possui estrito vínculo
com o pensamento, e, por isso, não pode ser compreendida sem relação com uma situação
concreta de enunciação, as atividades propostas pelo professor devem contemplar as diversas
situações sócio-comunicativas a que o aluno é (ou será) exposto em sua vida cotidiana,
científica, profissional, de modo a viabilizar ao aluno o acesso ao universo de textos que o
circundam, inclusive de outras disciplinas.
Daí decorre a fundamental importância da abordagem, em sala de aula, dos
diferentes tipos de gêneros discursivos existentes na sociedade, trazendo para o estudo da LP
a realidade quanto ao uso da língua: o domínio da mesma será finalmente contextualizado à
possibilidade de participação social, de acesso à informação e de expressão e defesa de pontos
de vista, cumprindo assim o papel fundamental da Educação.

Conteúdos do contexto com a realidade regional (da América Latina):

A língua portuguesa está crescendo em importância na América Latina. Por causa do


Brasil, está sendo ensinada (e é popular, especialmente na Argentina) no resto dos países da
América do Sul que constituem o Mercosul. Há falantes da Língua Portuguesa na Argentina,
Bolívia, Paraguai e Uruguai..
- 173
-

Conteúdos do contexto com a realidade mundial (do mundo):

A partir do século XV, através da expansão marítima, os portugueses descobrem


novas terras e a elas levam a sua língua, estendendo deste modo o espaço geográfico em que a
Língua Portuguesa serve, com mais ou menos alterações relativamente à do povo que a
divulgou, de língua de comunicação em várias nações do mundo.
Uma língua de cultura como a nossa portadora de longa história, que serve de
matéria prima e é produto de diversas literaturas, instrumento de afirmação mundial de
diversas sociedades, não se esgota na descrição do seu sistema linguístico: vive na história, na
sociedade e no mundo.
Tem uma existência que é motivada e condicionada pelos grandes movimentos
humanos e, pela existência dos grupos que a falam. Isto significa que o português falado em
Portugal, no Brasil e na África, pode continuar a ser sentido como uma única língua, enquanto
os povos dos vários países lusos falantes, sentirem necessidade de laços que os unam. A
língua é, portanto, o mais poderoso desses laços.
- 174
-

I - CONTEXTO: CULTURA, DIVERSIDADE E LUTA POR DIREITOS.

Bloco de conteúdos numa co-relação com


Realidades locais e o Cotidiano âmbito Nacional (Brasil), América Latina e
Mundial.
ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL
► Usar a linguagem oral para brincar, comunicar e Linguagem Oral:
expressar desejos, necessidades, sentimentos,
preferências, opiniões e ideias. Gêneros Textuais:
► Relatar experiências pessoais e familiares. Trava-línguas, poemas, quadrinhos, canções
► Participar em roda de conversas informais, fazendo e populares, histórias, adivinhas, fábulas, lendas,
respondendo perguntas. contos...
►Relatar experiências e fatos obedecendo às sequências
causais e temporais. ►Participação em situações de intercâmbio oral e
►Recontar histórias, descrevendo personagens, objetos, de comunicação com objetivos diversos.
etc. ►Relato de experiências, fatos, sentimentos,
►Reproduzir oralmente, jogos de palavras como: trava- opiniões clara e ordenadamente.
línguas, poemas, quadrinhas, canções populares e ►Reprodução oral de jogos de palavras diversas.
►Reconto de histórias conhecidas observando as
adivinhas.
características do discurso do texto fonte.
►Dramatizar histórias, de situações vividas e/ou ►Audição de histórias, contos, lendas, mitos,
criadas. fábulas narrados e lidos (regionais, nacionais,
► Escutar com atenção leituras de histórias, lendas e universais, indígenas e afro).
fábulas.
ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL
►Comunicar com reprodução oral de jogos verbais, Linguagem Oral:
interpretações de músicas, poesias, texto, frases e textos,
contemplando autores locais, regionais e nacionais. Gêneros Textuais:
►Participar dos momentos de socialização das Contos, histórias, lendas, fábulas, músicas,
experiências, opiniões e ideias sobre as leituras poesias, trava-línguas, poemas, quadrinhos,
realizadas. canções populares...
►Dramatizar e narrar histórias apresentando os
principais aspectos do texto. ►Reprodução oral e dramatizações de jogos
►Recontar histórias observando a ordem temporal e verbais, interpretações de músicas, poesias, texto,
causal dos fatos. frases e textos;
► Participar nas variadas situações de comunicação ►Relato de vivências, conversas e observações.
como instrumento de socialização e aprendizagem a ►Participação em situações de comunicação e
partir de relatos de vivências. aprendizagem.
► Ouvir com atenção textos lidos ou contados. ► Narração de histórias considerando a sequência
►Expressar opiniões, preferências pessoais e novas temporal e causal com riqueza de detalhes.
aprendizagens. ►Audição de contos de fadas e histórias infantis,
fábulas, lendas e mitos narrados ou lidos
(regionais, nacionais, universais, indígenas e afro).

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL


Linguagem Oral:
►Escutar atentamente em situações comunicativas, a
formulação de perguntas e opiniões. Gêneros Textuais:
►Ouvir textos de diferentes gêneros preferencialmente Contos, histórias, lendas, fábulas, músicas,
- 175
-

os mais formais analisando-os criticamente. poemas, trava-línguas, dramatizações, poemas,


►Conversar, debater e dramatizar. quadrinhos, canções populares...
►Relatar experiências pessoais e/ou coletivas de forma
clara e ordenada. ►Escuta de textos e de situações comunicativas.
►Adequar a linguagem à situação de uso, por meio de: ►Utilização de elementos não-verbais: gestos,
conversas, debates, dramatizações e simulações. expressões faciais, postura corporal como
►Narrar histórias conhecidas, buscando aproximação complementação da fala.
das características discursivas do texto fonte. ►Audição de contos de fadas e histórias infantis,
► Narrar fatos considerando a temporalidade e a fábulas, lendas e mitos narrados ou lidos
causalidade. (regionais, nacionais, universais, indígenas e afro).
►Interação e intervenção em conversas e debates.
►Adequação da linguagem às situações mais
formais.
►Narração de histórias, fatos e experiências.

ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Escutar atentamente em situações comunicativas, a Linguagem Oral:


formulação de perguntas e opiniões.
►Escutar textos de diferentes gêneros Gêneros Textuais:
preferencialmente os mais formais analisando-os Histórias, dramatizações, notícias, anúncios,
criticamente. contos, fábulas, músicas, poemas...
►Participar de relatos de experiências pessoais e/ou
coletivas de forma clara e ordenada. ►Audição atenta em situações de interlocução,
►Intervir adequadamente, formulando perguntas e com intervenções adequadas.
opiniões. ►Relato de experiências pessoais e/ou coletivas
►Conversar, debater, dramatizar e simular. de forma clara e ordenada.
►Narrar histórias conhecidas, buscando aproximação ►Narração dos fatos considerando a
das características discursivas do texto fonte. temporalidade e a causalidade.
►Narrar fatos considerando a temporalidade e a ►Observação e emprego das características
causalidade. discursivas do texto fonte.
► Adequar a linguagem à situação de uso, por meio de: ►Adequação da linguagem à situação de uso.
conversas, debates, dramatizações e simulações.

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Reconhecer o significado contextual e do papel Linguagem Oral:


complementar de alguns elementos não linguísticos para
conferir significações aos textos (gesto, postura Gêneros Textuais:
corporal, expressão facial, tom de voz, entonação). Histórias, dramatizações, notícias, anúncios,
►Participar de situações de comunicação direta ou contos, fábulas, músicas, poemas...
mediada (telefone, rádio, televisão etc.).
►Narrar fatos considerando a temporalidade e a ►Reconhecimento da significação contextual e
causalidade. papel complementar de alguns elementos não
►Inferir sobre alguns elementos de intencionalidade linguísticos na significação do texto.
implícita (sentido figurado, humor etc.). ►Escuta ativa em situações comunicativas.
►Ampliar a linguagem oral considerando: maior grau ►Narração dos fatos considerando a
de formalidade; preparação prévia; manutenção de um temporalidade e a causalidade.
ponto de vista ao longo da fala; uso de procedimento de ►Inferência de elementos da intencionalidade.
negociação de acordos. ►Utilização da linguagem considerando sua
ampliação.
- 176
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ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Utilizar a linguagem em situação de intercâmbio oral, Linguagem Oral


ampliando-a para outra com maior grau de formalidade;
preparação prévia; manutenção de um ponto de vista ao Gêneros Textuais:
longo da fala. Notícias, anúncios, propagandas,
►Manter um ponto de vista ao longo da fala. dramatizações/teatro, poemas, crônicas, piadas,
►Expor verbalmente a opinião perante situações de: jornal falado, canções, paródias...
injustiça, discriminação e preconceito (etnia, sexo, idade
e necessidades especiais). ►Ampliação da linguagem oral para um maior
►Adequar a fala às inúmeras e variadas situações nível de formalidade e manutenção do ponto de
comunicativas, com clareza e objetividade. vista durante a fala.
► Relatar opiniões, ideias, conhecimentos por meio de ►Identificação de marcas discursivas para o
argumento verbal e não-verbal. reconhecimento de intenções, valores,
►Narrar fatos considerando a temporalidade e a preconceitos veiculados no discurso.
causalidade. ►Adequação da fala em função do ponto de vista
►Dramatizar textos compreendendo as aplicações de do interlocutor.
diferentes linguagens. ►Observação da temporalidade e causalidade em
►Simular apresentações de textos jornalísticos de relatos e narração de fatos.
rádio e TV. ►Planejamento prévio da fala considerando a
►Registrar a compreensão de textos através da escrita intenção, objetivos e características do receptor.
usando formas variadas (esquemas, gráficos). ►Emprego de estratégias de registro da
compreensão de textos orais.

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Relatar opiniões, ideias, conhecimento por meio de Linguagem Oral:


argumentos verbal e não-verbal.
►Expor verbalmente opinião perante situações de: Gêneros Textuais:
injustiça, discriminação e preconceito (etnia, sexo, idade Canções, paródia, poemas, notícias, anúncio,
e necessidades especiais). propaganda, jornal falado, crônicas, piadas,
►Adequar a fala às variedades de situações teatro...
comunicativas, com clareza e objetividade.
►Expressar com clareza e objetividade nas diversas ►Expressão de ideias, opiniões, e conhecimentos
situações de comunicação utilizando elementos da em situações comunicativas.
expressão oral. ►Identificação e uso de marcas discursivas para
►Compreender e aplicar diferentes linguagens. o reconhecimento de intenções, valores,
►Simular apresentações jornalísticas de rádio e preconceitos veiculados no discurso.
televisão. ►Planejamento prévio da fala considerando a
►Utilizar tramas: descritiva, narrativa e dissertativa. intenção, objetivo e características do receptor.
►Dramatizar textos diversos. ►Ajuste e/ou adequação da fala em função do
►Recitar textos poéticos (poemas: lírico, narrativo, interlocutor: ponto de vista, acato e negociação.
descritivo, cinético e reflexivo, canção e paródia). ►Compreensão e emprego de diferentes
linguagens articulando elementos verbal,
linguísticos e não-verbais.
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ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Relatar opiniões, ideias, experiências e Linguagem Oral:


conhecimentos por meio de argumento verbal e não
verbal. Gêneros Textuais:
►Discutir temas atuais e/ou polêmicos. Canções, paródia, poemas, notícias, anúncio,
►Expor verbalmente opinião perante situações de: propaganda, jornal falado, crônicas, piadas,
injustiça, discriminação e preconceito (etnia, sexo, idade teatro...
e necessidades especiais).
►Reconhecer as intenções do enunciado. ►Expressão de ideias, opiniões, e conhecimentos
►Manter um ponto de vista no decorrer da fala. em situações comunicativas.
► Adequar a fala às inúmeras situações comunicativas, ►Identificação de marcas discursivas para o
com clareza e objetividade. reconhecimento de intenções, valores,
►Trocar impressões com outros leitores sobre os textos preconceitos veiculados no discurso.
lidos. ►Compreensão e uso de diferentes linguagens
►Usar procedimentos de negociação e acordos. articulando elementos verbal, linguísticos e não-
►Compreender e aplicar diferentes tipos de linguagens. verbais.
► Dramatizar textos e simular apresentação jornalística ►Planejamento prévio da fala considerando a
de rádio e televisão. intenção, objetivo e características do receptor.
►Ajuste e/ou adequação da fala em função do
interlocutor: ponto de vista, acato e negociação.

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Participar de seminários. Linguagem Oral:


►Expor verbalmente a opinião perante situações de
injustiça, discriminação e preconceito (etnia, sexo, idade Gêneros Textuais:
e necessidades especiais). Canções, paródia, poemas, notícias, anúncio,
►Dramatizar textos. propaganda, jornal falado, crônicas, piadas,
►Trocar impressões com outros leitores a respeito dos teatro...
textos lidos.
►Manter um ponto de vista ao longo da fala. ►Emprego de recursos escritos como apoio da
►Compreender a utilização da linguagem conotativa e continuidade da fala ou exposição.
denotativa. ►Identificação de marcas discursivas para o
reconhecimento de intenções, valores,
preconceitos veiculados no discurso.
►Planejamento prévio da fala considerando a
intenção, objetivo e características do receptor.
►Compreensão dos gêneros previstos e o
emprego da conotação e denotação nos
enunciados.
► Ajuste e/ou adequação da fala em função do
interlocutor: ponto de vista, acato e negociação
- 178
-

3.1.2.2 Conteúdos do contexto ciência, tecnologia e ambiente: avanços e contradições.

Conteúdos do contexto com a realidade local (de Roraima):

Com o uso da tecnologia de informação e comunicação, professores e alunos têm a


possibilidade de utilizar a escrita para descrever/reescrever suas ideias, comunicar-se, trocar
experiências e produzir histórias.
Assim, em busca de resolver problemas do contexto, representam e divulgam o
próprio pensamento, trocam informações e constroem conhecimento, num movimento de
fazer, refletir e refazer, que favorece o desenvolvimento pessoal e profissional, bem como a
compreensão da realidade.
Temos assim a oportunidade de romper com as paredes da sala de aula e da escola,
integrando-a à comunidade que a cerca, à sociedade da informação e a outros espaços
produtores de conhecimento, aproximando o objeto do estudo escolar da vida cotidiana e, ao
mesmo tempo, nos transformando em uma sociedade de aprendizagem e também da escrita.

Conteúdos do contexto com a realidade nacional (do Brasil):

A dinamização da sociedade atual precisa ser incorporada à pratica educacional, pois


ela é parte da vida dos estudantes e interfere em seu cotidiano e, até mesmo, em sua forma de
pensar, agir e falar; nos dias de hoje faz-se necessário iniciar uma nova perspectiva na escola,
no sentido de romper com a linearidade de aprendizagem, utilizando ferramentas que se
tornaram imprescindíveis à Educação tais como: o uso da televisão, do vídeo, do DVD, do
telefone, do rádio, do computador e Internet, entre outros.

Conteúdos do contexto com a realidade regional (da América Latina):

Nenhuma sociedade está indiferente à entrada das tecnologias da informação e


comunicação, no cotidiano de seus cidadãos. Percebe-se que o volume progressivo de
informações gerado por essas tecnologias, traz transformações substanciais ao processo de
aquisição do conhecimento, pelo indivíduo.
A Escola não tem sido tradicionalmente, um ambiente receptivo às transformações.
Não é à toa que passou incólume pelo retro projetor, pelo projetor de slides, pela TV e pelo
videocassete (quantos professores incorporaram efetivamente esses recursos à sua rotina
didática?).
- 179
-

Um dado novo se apresenta, no entanto. Diferentemente das tecnologias acima


citadas, a multimídia e a Internet se entranharam na vida da juventude, a clientela básica da
Escola, tornando-se sua ferramenta natural de comunicação, diversão e aprendizagem, e
aprofundando o fosso entre o mundo real e o mundo da escola.

Conteúdos do contexto com a realidade mundial (do mundo):

A Internet vem revolucionando a comunicação como nenhuma invenção foi capaz de


fazer antes. É, ao mesmo tempo, um mecanismo de disseminação da informação e divulgação
mundial, e um meio para colaboração e interação entre indivíduos e seus computadores,
independentemente de suas localizações geográficas.
A Internet provocou muitas mudanças, até mesmo no vocabulário empregado nas
conversas dentro e fora do ambiente virtual. Termos de origem inglesa, como e-mail, chat,
hacker, home Page e download, antes restritos aos usuários especializados da Internet, já
constam em dicionários da língua portuguesa.

II - CONTEXTO - CIÊNCIA E TECNOLOGIA: AVANÇOS E CONTRADICÕES.


Bloco de conteúdos numa co-relação com
Realidades locais e o Cotidiano âmbito Nacional (Brasil), América Latina
e Mundial.
ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL
Prática de Leitura

► Escutar leituras de histórias, notícias, poemas, receitas, entre Gêneros Textuais:


outros textos, feitas pelo professor. Histórias, lendas, mitos indígenas e afro,
► Ler textos não-verbais em diferentes suportes. músicas, parlendas, trava-línguas, notícias,
► Participar em situações em que as crianças leiam ainda que não poemas, receitas locais, listas entre outros.
o façam de forma convencional.
► Reconhecer o próprio nome dentro do conjunto dos nomes dos ► Audição de leituras feitas pelo professor.
colegas da classe. ► Compreensão de textos ouvidos.
► Identificar letras do alfabeto em contextos diversos. ► Relação entre textos verbais e não-
► Reconhecer outras palavras dentro do contexto do tema de verbais.
estudo. ► Atribuição de sentido a partir do contexto
► Utilizar o acervo da sala de leitura buscando conhecer e (com ajuda).
despertar o gosto pelo livro e pela leitura. ► Reconhecimento e leitura de letras e
palavras dentro de contextos diversos.
► Uso do acervo da sala de leitura para
manuseio e leitura.

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL


Prática de Leitura

► Ler para compreender e apreciar textos de diferentes gêneros. Gêneros Textuais:


- 180
-

► Ler em diferentes situações do cotidiano com voz alta e


entonação. Músicas, parlendas, trava-línguas, símbolos,
► Identificar informações explícitas contidas no texto. receitas regionais e nacionais, imagens e
► Interpretar com ajuda, palavras, frases e textos lidos. ditados de mímicas, músicas, bilhetes,
► Empregar estratégias de seleção, antecipação, inferência e histórias em quadrinho, poemas, fábulas,
verificação com o objetivo de melhor compreender o texto, com lendas, mitos indígenas e afro e notícias
ajuda. entre outros.
► Identificar características de textos em estudo bem como
elementos que o constituem. ► Leitura de textos dos gêneros previstos
► Utilizar o acervo da sala de leitura buscando conhecer e para o ano.
despertar o gosto pelo livro e pela leitura. ► Leitura em voz alta com fluência e
entonação.
► Interpretação de textos, frases e palavras
lidas pelo professor.
► Localização de informações explícitas no
texto.
► Utilização de indicadores para fazer
seleção, antecipação, inferências e
verificação em relação ao conteúdo do texto.
► Reconhecimento das características dos
textos em estudo.
► Uso do acervo da sala de leitura e da
biblioteca para leitura e manuseio.

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL


Prática de Leitura:

► Ler, compreender e apreciar textos de diferentes gêneros Gêneros Textuais:


previstos para o ano. Contos, mitos e lendas da cultura regional,
► Ler autonomamente, com voz e entonação apropriadas ao indígena e afro; bilhete, convite, quadrinhos,
contexto. verbete, notícia, classificados, carta, poema,
► Identificar localizando informações explícitas e implícitas nos propaganda, receitas, regras de jogos, entre
textos lidos. outros.
► Reconhecer os recursos linguísticos próprios do gênero em
estudo e a adequação da linguagem conforme a finalidade. ► Leitura de textos dos gêneros previstos
► Identificar os sinais de pontuação e a sua relação com a para o ano com autonomia.
compreensão do texto. ► Localização de informações explícitas e
► Empregar estratégias de seleção, antecipação, inferência e implícitas do texto.
verificação com o objetivo de melhor compreender o texto. ► Reconhecimento dos sinais de pontuação
► Reconhecer as características dos gêneros em estudo quanto a: e o significado dos mesmos para a
conteúdo, estrutura, finalidade, linguagem, tempos e modos compreensão do texto.
verbais, pronomes. ► Utilização de indicadores para fazer
► Estabelecer relação de intertextualidade. seleção, antecipação, inferências e
► Usar o dicionário buscando o significado e escrita das palavras. verificação em relação ao conteúdo do texto.
► Buscar na biblioteca e sala de leitura obras e autores ► Reconhecimento das características dos
preferidos . gêneros quanto a: conteúdo, estrutura,
finalidade, linguagem, tempos e modos
verbais, pronomes.
► Relação de intertextualidade.
► Uso do dicionário para resolver dúvidas
de significados e ortografia.
► Utilização do acervo da sala de leitura e
- 181
-

biblioteca.

ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL

► Ler textos dos gêneros previstos para o ano. Prática de Leitura


► Reconhecer a finalidade dos diferentes gêneros em estudo.
► Ler obras de autores preferidos do gênero proposto em sala ou Gêneros Textuais:
em casa. Contos clássicos e contemporâneos,
► Socializar as leituras realizadas. histórias em quadrinhos, lendas e mitos
► Empregar estratégias de seleção, antecipação, inferência e indígenas e afro, poemas, cartas,
verificação com o objetivo de melhor compreender o texto. propagandas, receitas, regras de jogos,
► Estabelecer relação de causa e efeito dentro do texto. verbete de dicionário, notas enciclopédicas
► Ler textos em diferentes portadores buscando informações, entre outros.
tirando dúvidas e resolvendo questões.
► Localizar informações implícitas e explícitas no texto. ► Leitura de textos dos gêneros diversos
► Distinguir entre narrador e autor e caracterizar personagens. reconhecendo a finalidade.
► Reconhecer as características e os elementos próprios dos ► Leitura de obras de autores preferidos
gêneros quanto: conteúdo, estrutura, finalidade, linguagem, dentro do gênero proposto.
efeitos, tempos e modos verbais, pronomes, tipos de frases. ► Utilização da leitura tendo em vista,
► Identificar o discurso direto e indireto na fala de personagens. diversos objetivos: revisar texto, buscar uma
► Observar a linguagem curta /breve (concisa) e precisa em informação, etc.
textos de determinados gêneros. ► Relação entre causa e consequência.
► Reconhecer diferentes pontos de vista sobre um tema na leitura ► Localização de informações: principal,
de textos. explícita e implícita no texto.
► Usar o dicionário buscando o significado e escrita das palavras. ► Reconhecimento das características e
► Buscar informações e obras preferidas e realizar empréstimos dos elementos próprios da organização do
no acervo da biblioteca e sala de leitura. texto conforme o gênero a que pertence.
► Identificação de diferentes pontos de
vista sobre um tema.
► Uso de indicadores para fazer seleção,
antecipação, inferências e verificações.
► Utilização de recursos como: reler,
deduzir ou consultar dicionários para
resolver dúvidas.
► Observação do emprego da linguagem
concisa e precisa e do discurso direto e
indireto.
► Atribuição de sentido estabelecendo
relação entre texto e contexto.
► Reconhecimento da intertextualidade.
►Emprego do acervo da biblioteca para
buscar informações e obras preferidas e
realizar empréstimos.

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL


Prática de Leitura
► Ler textos dos gêneros previstos para o ano.
► Reconhecer a finalidade dos diferentes gêneros em estudo. Gêneros Textuais:
► Ler obras de autores preferidos do gênero proposto em sala ou Contos clássicos e contemporâneos,
em casa. histórias em quadrinhos, lendas e mitos
► Socializar as leituras realizadas. indígenas e afro, poemas, carta, notícia,
► Estabelecer relação de causa e efeito dentro do texto. entrevista, reportagem, propagandas,
- 182
-

► Ler textos em diferentes portadores buscando informações, receitas, regras de jogos, bula, verbete de
tirando dúvidas e resolvendo questões. dicionário, notas enciclopédicas, textos de
► Localizar informações implícitas e explícitas no texto. outras disciplinas.
► Empregar estratégias de seleção, antecipação, inferência e
verificação com o objetivo de melhor compreender o texto. ► Leitura de textos dos gêneros diversos
► Distinguir entre narrador e autor e caracterizar personagens. reconhecendo a finalidade.
► Observar a linguagem curta /breve (concisa) e precisa em ► Leitura de obras de autores preferidos
textos de determinados gêneros. dentro do gênero proposto.
► Reconhecer diferentes pontos de vista sobre um tema na leitura ► Utilização da leitura tendo em vista,
de textos. diversos objetivos: revisar texto, buscar uma
► Usar o dicionário buscando o significado e escrita das palavras. informação, etc.
► Buscar informações e obras preferidas e realizar empréstimos ► Relação entre causa e consequência.
no acervo da biblioteca e sala de leitura. ► Localização de informações: principal,
explícita e implícita no texto.
► Reconhecimento das características e
dos elementos próprios da organização do
texto conforme o gênero a que pertence.
► Identificação de diferentes pontos de
vista sobre um tema.
► Uso de indicadores para fazer seleção,
antecipação, inferências e verificações.
► Utilização de recursos como: reler,
deduzir ou consultar dicionários para
resolver dúvidas.
► Observação do emprego da linguagem
concisa e precisa e do discurso direto e
indireto.
► Atribuição de sentido estabelecendo
relação entre texto e contexto com ajuda.
► Reconhecimento da intertextualidade.
►Emprego do acervo da biblioteca para
buscar informações e obras preferidas e
realizar empréstimos.
ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL
Prática de leitura

► Ler silenciosamente para desenvolver a produção de sentido e Gêneros Textuais:


o gosto pela literatura. Contos clássicos e contemporâneos,
► Ler textos de outras disciplinas relativas à cultura indígena e histórias em quadrinhos, lendas e mitos
afro-brasileira. indígenas e afro, poemas, carta, notícia,
► Ler outros textos de diferentes gêneros (exemplo: texto entrevista, reportagem, propagandas,
eletrônico). receitas, regras de jogos, bula, verbete de
► Utilizar recursos linguísticos próprios do texto informativo; dicionário, notas enciclopédicas, textos de
emprego dos tempos verbais; usos de pronomes; tipos de frases; outras disciplinas.
linguagem extra-verbal; interpretação do texto com auxílio do
material gráfico diverso (foto, tabela e gráfico); informações ► Leitura de textos dos gêneros previstos
oferecidas por glossário; verbete de dicionário; legenda; gráfico; para o ano.
tabela e marcas tipográficas na compreensão do texto. ► Leitura de textos de outras disciplinas.
► Participar de jogos de palavras, metáforas, hipérboles, ► Identificação de informações explícitas e
onomatopéia, repetições sistemáticas e insinuações, dentre outras implícitas a partir do uso de diferentes
características textuais. estratégias: seleção, antecipação, inferência
► Considerar a leitura e compreensão no sentido geral do texto; e verificação.
- 183
-

informações explícitas no texto; estratégias de leitura em textos ► Interpretação do texto com auxílio das
verbais e não-verbais (seleção, antecipação, inferência e estratégias discursivas.
verificação); compreensão da linguagem irônica e humorística ► Reconhecimento das características dos
utilizadas em determinados textos para intensificar sua gêneros em estudo, quanto a: conteúdo,
expressividade; identificação de marcas linguísticas e o tema estrutura, finalidade, linguagem, efeitos,
central do texto; utilização de informações oferecidas por tempos e modos verbais, dêiticos, tipos de
glossário, verbete de dicionário, legenda, gráfico, tabela, marcas frases.
tipográficas para compreensão do texto. ► Seleção de procedimentos de leitura em
► Observar os três níveis do poema: nível fônico: sonoridade, função dos diferentes objetivos, interesses
ritmo, rimas (aliteração, assonâncias); nível sintático, semântico, do sujeito leitor e das características do
combinação das palavras (sintaxe-significado); nível gráfico gênero e do suporte.
espacial. ► Estabelecimento da progressão temática
► Considerar o emprego de recursos gráfico-visuais como: em função das marcas da segmentação do
ilustração, diagramação, tamanho e cor das fontes. texto em prosa: títulos, subtítulos, capítulos
► Adequar registro formal ou informal de acordo com a e parágrafos e em textos em versos: estrofes
finalidade do texto e do interlocutor. e versos.
► Estabelecer relações de intertextualidade. ► Compreensão da utilização da linguagem
conotativa e denotativa.
► Compreensão e interpretação do texto a
partir das relações com outros textos e
recursos suplementares como: gráficos,
tabelas etc.

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL


Prática de leitura:

► Ler silenciosamente para desenvolver a produção de sentido e Gêneros Textuais:


o gosto pela literatura. Fotos, tabelas, gráficos, poemas, canção,
► Ler textos de outras disciplinas relativas à cultura indígena e paródia, eletrônico, anúncio, cartaz,
afro-brasileira. propaganda, glossários, verbetes de
► Ler outros textos de diferentes gêneros (exemplo: texto dicionário, logotipo, logomarca, gráfico,
eletrônico). tabela, marcas tipográficas, contos,
► Compreender o sentido geral do texto; informações explícitas e romances, crônicas e textos de outras
implícitas no texto; marcas e recursos linguísticos; tema central do disciplinas.
texto; estratégias de leituras (seleção, antecipação, inferência,
verificação); interpretação do texto com auxílio do material ► Leitura de textos dos gêneros previstos
gráfico diverso. para o ano.
► Selecionar, antecipar, fazer inferência e verificar. ► Leitura de textos de outras disciplinas.
► Empregar os tempos verbais; os pronomes; interpretação de ► Identificação de marcas linguísticas
texto com auxílio de materiais gráficos diversos (fotos, tabelas, próprias de diferentes gêneros.
gráficos). ► Identificação de informações explícitas e
► Estabelecer relações de intertextualidade. implícitas a partir do uso de diferentes
► Observar os três níveis do poema: nível fônico: sonoridade, estratégias.
ritmo, rimas (aliteração, assonâncias); nível sintático, semântico, ► Seleção de procedimentos de leitura em
combinação das palavras (sintaxe-significado); nível gráfico função dos diferentes objetivos, interesses
espacial do sujeito leitor e das características do
► Buscar na biblioteca e sala de leitura materiais diversos para gênero e do suporte.
obter informações, como obras de autores e temas preferidos. ► Uso de estratégias de leitura não linear
para: levantar hipóteses, conformá-las,
reformulá-las, inferir sentidos, avançar ou
voltar na leitura, consultar outras fontes, etc.
► Estabelecimento da progressão do tema
- 184
-

do texto conforme o gênero a partir da


sequência que predominar: argumentação,
narração, exposição, descrição.
► Compreensão e interpretação do texto a
partir das relações com outros textos e
recursos suplementares: tabelas e gráficos,
etc.
► Estabelecimento da progressão temática
em função das marcas da segmentação do
texto em prosa: títulos, subtítulos, capítulos
e parágrafos e em textos em prosa: estrofes e
versos.
► Uso do acervo da biblioteca e sala de
leitura para buscar informações e autores
preferidos.
ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL
Prática de leitura

► Ler e apreciar textos de todos os gêneros previstos para o ano. Gêneros Textuais:
► Ler silenciosamente para desenvolver a produção de sentido e
o gosto pela literatura. Resumo, resenha, relatório, manual, bula,
► Ler textos de outras disciplinas relativas às culturas indígena e regulamento, norma, guia, lista telefônica,
afro-brasileira. currículo, carta de apresentação, ata,
► Interpretar o sentido geral do texto. requerimento, eletrônico, artigos de opinião,
► Identificar informações explícitas e implícitas contidas no texto reportagens, poemas, letra de música,
empregando estratégias de antecipação, seleção, inferência e canção, paródia, contos, crônicas, novelas,
verificação em textos verbais e não verbais. teatro, romances, entrevista, manchete,
► Reconhecer recursos estilísticos usados no texto identificando anúncios , classificados, textos de outras
a intenção do autor. disciplinas.
► Reconhecer a linguagem irônica e humorística em textos
diversos a partir dos conhecimentos prévios. ► Leitura de textos dos gêneros previstos
► Estabelecer relação de comparação entre diferentes textos. para o ano.
► Reconhecer a função expressiva das notações léxicas ► Seleção de procedimentos de leitura em
empregadas no texto. função dos diferentes objetivos, interesses
► Estabelecer relações de intertextualidade. do sujeito leitor e das características do
► Interpretar textos usando material gráfico diverso fazendo gênero e do suporte.
relação entre recursos verbal e não verbal. ► Uso de estratégias de leitura não linear
► Buscar na biblioteca e sala de leitura materiais diversos para para: levantar hipóteses, conformá-las,
obter informações, como obras de autores e temas preferidos. reformulá-las, inferir sentidos, avançar ou
voltar na leitura, consultar outras fontes, etc.
► Compreensão e interpretação do texto a
partir das relações com outros textos e
recursos suplementares: tabelas e gráficos,
etc.
► Articulação entre conhecimentos prévios
e as informações do texto para compreender
as intenções do autor, ironias, sentidos
figurados e ambiguidades.
► Estabelecimento da progressão do tema
do texto conforme o gênero a partir da
sequência que predominar: argumentação,
narração, exposição, descrição.
- 185
-

► Uso do acervo da biblioteca e sala de


leitura para buscar informações e autores
preferidos.
ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL
Prática de leitura:

► Ler e apreciar textos de gêneros diversos. Gêneros Textuais:


► Identificar informações explícitas e implícitas contidas no texto
empregando estratégias de antecipação, seleção, inferência e Contos, crônicas, novelas, romances,
verificação em textos verbais e não verbais. poemas, artigo de opinião, tabela, resumo,
► Reconhecer recursos estilísticos usados no texto identificando resenha, relatórios e gráfico, manual,
a intenção do autor. regulamento e normas, guias, lista
► Reconhecimento da linguagem irônica e humorística em textos telefônica, bula, solicitação, carta de
diversos. apresentação, eletrônico e de outras
► Estabelecer relação comparando diferentes textos. disciplinas.
► Reconhecer a função expressiva das notações léxicas
empregadas no texto. ► Leitura de textos dos gêneros previstos
► Estabelecer a progressão temática do texto conforme o gênero para o ano.
a partir da sequência que predominar: argumentação, narração, ► Compreensão e interpretação do texto a
exposição, descrição. partir das relações com outros textos e
► Interpretar textos usando material gráfico diverso fazendo recursos suplementares: tabelas e gráficos,
relação entre recurso verbal e não verbal. etc.
► Ler textos de outras disciplinas relativas às culturas indígena e ► Seleção de procedimentos de leitura em
afro-brasileira. função dos diferentes objetivos, interesses
► Buscar na biblioteca e sala de leitura materiais diversos para do sujeito leitor e das características do
obter informações, como obras de autores e temas preferidos. gênero e do suporte.
► Informações explícitas e implícitas
relevantes.
► Uso de estratégias de leitura não linear
para: levantar hipóteses, conformá-las,
reformulá-las, inferir sentidos, avançar ou
voltar na leitura, consultar outras fontes, etc.
► Estabelecimento da progressão do tema
do texto conforme o gênero a partir da
sequência que predominar: argumentação,
narração, exposição, descrição.
► Reconhecimento da função expressiva
das notações léxicas.
► Análise de indicadores linguísticos e
extralinguísticos presentes no texto para
identificar o ponto de vista dado ao
conteúdo com a finalidade de posicionar-se
criticamente.
► Identificação dos recursos linguísticos
usados na produção de um texto e a sua
função do estilo do texto e do autor.
► Uso do acervo da biblioteca e sala de
leitura para buscar informações e autores
preferidos.
- 186
-

3.1.2.3 Conteúdos do contexto trabalho, consumo e desenvolvimento humano.

Conteúdo do contexto com a realidade local (de Roraima).

O mercado de trabalho informal em Roraima concentra um grande número de


estrangeiros, a maioria ilegalmente no país. Procedentes da Venezuela, da Guiana, da Bolívia
e do Peru, vendendo produtos contrabandeados. Apesar de existirem atividades urbanas de
todo tipo, fica claro a predominância dos serviços públicos, principal sustentáculo do
movimento comercial da cidade e o setor de comércio.

Conteúdos do contexto com realidade nacional e regional (do Brasil e América Latina).

O perfil e a trajetória histórica da distribuição de renda no Brasil certamente limitam a


capacidade de consumo, e, por conseguinte, a aquisição de bens e serviços pelo cidadão
comum. Embora apresente uma das maiores populações do planeta, a renda concentrada é
uma imensa barreira ao crescimento econômico. Se o trabalho caracterizado pelo emprego
formal era fonte de direitos e caminho seguro de acesso à renda e, portanto, ao consumo, os
“bicos” ou o não-trabalho associados ao desemprego são portas fechadas nesse caminho.

Conteúdos do contexto com realidade mundial (do mundo).

O fato de o consumo ter amplitudes globais não significa que o mesmo se distribui
de forma equilibrada, homogênea, aproximadamente 1,2 bilhões de pessoas vivem no planeta
sob "extrema pobreza" e consequentemente não se envolvem em relações de consumo
(comerciais). Para esses o consumo está voltado exclusivamente no atender de suas
necessidades básicas. Europa, América do Norte, Japão, Austrália, países industrializados, são
os maiores responsáveis pelo volume de degradação do meio ambiente global associado ao
consumo.

III - CONTEXTO: TRABALHO, CONSUMO E DESENVOLVIMENTO HUMANO.

Bloco de conteúdos numa co-relação com âmbito


Realidades locais e o Cotidiano Nacional (Brasil), América Latina e Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL


- 187
-

► Escrever as letras do alfabeto: maiúsculo, Produção Escrita


minúsculo.
► Escrever nomes próprios e títulos para textos Gêneros Textuais:
diversos. Livros de histórias, fábulas, lendas roraimenses
► Realizar jogos e brincadeiras diversas onde (indígenas e afro) álbuns, jornais, murais, convites,
reconheça e escreva as letras do alfabeto. cartas, receitas, listas, brincadeiras...
► Escrever com consulta, em situações e atividades
variadas, sistematizando sílabas. ► Introdução progressiva de: correspondência letra X
► Ordenar listas de palavras do mesmo campo som; separação de palavras; diferentes estratégias de
semântico. divisão do texto: frases, pontuação.
► Produzir, com ajuda, textos para livros, murais, ► Escrita do próprio nome e de outras palavras
jornal, etc. estáveis.
► Produzir textos: ditados, coletivos e ► Uso e escrita do alfabeto em contextos diferentes.
individualmente. ► Reconhecimento e escrita das sílabas em situações
► Participar das diversas situações cotidianas nas variadas.
quais se faz necessário o uso da escrita. ► Produção de texto usando a escrita “do jeito que
►Respeitar a produção própria e a do outro. sabe”.
► Produção, com ajuda, de textos de diferentes
gêneros (de livros de histórias, álbuns, jornais, murais,
convites, cartas, receitas, etc).
► Respeito às produções realizadas.

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL

► Escrever letras, sílabas, palavras e frases Produção Escrita


requeridas em jogos, brincadeiras, atividades escritas
e outras situações de escrita que o exija. Gêneros Textuais:
► Utilizar as regularidades da escrita nas palavras
mais usadas. Letras de músicas, receitas, livros infantis, fábulas,
► Observar e empregar, com ajuda, os sinais de lendas roraimenses (indígena e afro), propagandas,
pontuação e letra maiúscula no início de frases. notícias e receitas, propaganda, classificados,
► Organizar o texto em parágrafos, com ajuda. manchete...
► Realizar planejamento da produção escrita
coletiva, com ajuda. ► Escrita de letras, sílabas, palavras e frases em
► Produzir modalidades textuais sugeridas para o diferentes situações.
ano de forma coletiva e individual, utilizando o ► Observação e utilização dos sinais de pontuação e
conhecimento de que dispõe, sobre o sistema de letra maiúscula inicial.
escrita. ► Organização da produção em parágrafos, com
► Produzir, conforme nível de aprendizagem, de ajuda.
forma individual e/ou coletiva, variadas modalidades ► Planejamento da produção escrita coletiva, com
textuais observando a coerência e a coesão, com ajuda.
ajuda. ► Produção, com ajuda, de textos de diferentes
► Revisar, com ajuda, textos produzidos coletiva e gêneros.
individualmente. ► Uso do vocabulário adequado ao gênero e à
finalidade do texto.
► Revisão individual e coletiva com ajuda.
ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL
Produção Escrita

► Produzir textos de gêneros próprios para o ano, Gêneros Textuais:


- 188
-

considerando as condições de produção: finalidade,


gênero, suporte, papéis assumidos pelos Contos, bilhete, convite, histórias em quadrinhos,
interlocutores. verbetes de dicionário, manchete, legenda, lendas
► Empregar letra maiúscula e pontuação prestando diversas, fábulas, classificados...
atenção para a divisão do texto em frases e
parágrafos. ► Produção de texto levando em conta o destinatário,
► Usar vírgula nos escritos de enumeração e listas. a finalidade e o gênero.
► Observar regularidades da ortografia e da ► Uso da letra maiúscula inicial e da pontuação:
acentuação e concluir regras. (ponto final, exclamação, interrogação, reticências)
► Utilizar o dicionário para resolver dúvidas de para a divisão do texto em frases e parágrafos.
ortografia. ► Uso da vírgula em listas e enumerações.
► Substituir e empregar expressões da linguagem ► Inferências de regras a partir de certas
oral, “daí” “ aí” “então” por outras palavras e regularidades ortográficas e da acentuação.
expressões que indicam tempo e causa. ► Uso do dicionário, com ajuda, e outros escritos
► Estabelecer a unidade de sentido; fatores de para tirar dúvidas de ortografias.
textualização (coesão e coerência); segmentação. ► Uso de palavras e expressões na produção do texto
► Planejar a produção envolvendo: mobilização dos que indicam tempo e causa.
conhecimentos prévios; inventário de idéias para o ► Planejamento da produção com ajuda.
tema; organização das informações mais relevantes ► Escrita do texto utilizando rascunho.
com ajuda. ► Revisão do próprio texto, com ajuda, para a edição
► Produzir escrita em rascunho com final.
estabelecimento de unidade de sentido; fatores de
textualização (coesão e coerência); segmentação; uso
de letra maiúscula, pontuação, concordância nominal
e verbal.
► Revisar do próprio texto, com ajuda, para a
edição final.
► Produzir o texto para a edição final.
ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL
Produção Escrita:

► Produzir textos de gêneros diversos próprios para Gêneros Textuais:


o ano com organização progressiva de suas
respectivas características. Contos clássicos e contemporâneos, poemas, cartas,
► Considerar as condições de produção: finalidade; propagandas, receitas e regras de jogos...
especificidades da modalidade textual e do suporte
(portador); papéis assumidos pelos interlocutores,
características do gênero. ► Produção de texto levando em conta o destinatário,
► Empregar no uso do discurso direto e indireto as a finalidade e as características do gênero.
marcas linguísticas próprias (travessão, aspas, etc). ► Separação do discurso direto e indireto por meio de
► Usar regras ortográficas e de acentuação aspas, travessão e dois pontos.
deduzidas de certas regularidades observadas em ► Inferências de regras a partir de certas
textos escritos. regularidades ortográficas e de acentuação.
► Buscar no dicionário e em outros materiais ► Uso do dicionário e de outros escritos para tirar
escritos o apoio para tirar dúvidas de ortografia, dúvidas de ortografia.
pontuação e acentuação. ► Substituição e emprego de expressões da
► Planejar a produção, envolvendo: mobilização linguagem oral e de repetições por outras apropriadas
dos conhecimentos prévios; inventário de ideias para à escrita.
o desenvolvimento do tema; organização das ► Planejamento da produção.
informações mais relevantes. ► Escrita do texto utilizando rascunho.
► Produzir escrita com estabelecimento de unidade ► Revisão do próprio texto, para a edição final.
de sentido; fatores de textualidade (coesão e
- 189
-

coerência); recursos gráficos suplementares


(distribuição espacial, margem, parágrafo e letra
maiúscula); pontuação; ortografia; acentuação;
segmentação; concordância verbal e nominal.
► Revisar o próprio texto buscado adequá-lo à
edição final.
► Produzir o texto na versão final.

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL

► Produzir textos nos gêneros sugeridos para o ano Produção Escrita:


considerando as condições de produção: finalidade
do texto; a imagem e o papel dos interlocutores; as Gêneros Textuais:
características do gênero.
► Produzir textos estabelecendo a unidade de Contos populares, clássicos e contemporâneos,
sentido; fatores de textualidade ( coerência e notícias, história em quadrinhos, carta, lendas,
coesão); segmentação do texto em frases e fábulas, propaganda, poema, relato de experiência
parágrafos com utilização de recursos do sistema de científica, regras de jogos...
pontuação, de acentuação e de ortografia,
concordância verbal e nominal. ► Produção de texto levando em conta o destinatário,
► Reescrever contos populares, lendas e fábulas a a finalidade e as características do gênero.
partir de textos usados como modelo. ► Organização progressiva das ideias conforme as
► Escrever texto fazendo a relação entre as características do gênero.
informações expostas e as próprias vivências. ► Inferências de regras a partir de certas
► Buscar no dicionário e em outros materiais regularidades ortográficas e de acentuação.
escritos o apoio para tirar dúvidas de ortografia, ► Estabelecimento de relação entre as informações e
pontuação e acentuação. as vivências, nas produções escritas.
► Planejar a produção mobilizando os ► Uso do dicionário e outros escritos para tirar
conhecimentos prévios sobre o assunto; fazendo dúvidas de ortografias.
inventário das ideias para o desenvolvimento do ► Substituição e emprego de expressões da
tema; organizando as informações mais importantes. linguagem oral e de repetições por outras apropriadas
► Revisar o próprio texto buscado adequá-lo à à escrita.
edição final. ► Reescrita de contos populares, lendas e fábulas a
► Produzir o texto na versão final, considerando o partir de textos usados como modelo.
meio de produção: computador ou caneta. ► Emprego da concordância verbal e nominal ao
produzir o texto.
► Planejamento da produção, envolvendo:
mobilização dos conhecimentos prévios sobre o
assunto; inventário das ideias para o desenvolvimento
do tema; organização das informações relevantes.
► Escrita do texto utilizando rascunho.
► Revisão do próprio texto, para a edição final.

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

► Produzir textos nos gêneros previstos para o ano. Produção da escrita:


► Considerar observando as condições de produção:
conforme o gênero textual: finalidade; especificidade Gêneros Textuais:
da modalidade textual e do suporte; papel assumido Contos clássicos e contemporâneos, histórias em
pelos interlocutores; programação temática e de quadrinhos, lenda, poemas, carta, notícia, entrevista,
sentido geral do texto, papel dos interlocutores, reportagem, propagandas, receitas, regras de jogos,
- 190
-

lugares de circulação empregando formas bula, verbete de dicionário, notas enciclopédicas,


ortográficas e mecanismos básicos de acentuação;
coerência; coesão e concordância. ► Produção de texto nos gêneros previstos levando
► Planejar a produção envolvendo: elementos que em conta o destinatário, a finalidade, intencionalidade,
estruturam e caracterizam o texto; desenvolvimento suporte e as características do gênero.
do tema e mobilização dos conhecimentos prévios. ► Consideração das condições de produção: estrutura
► Produzir escrita estabelecendo unidade de textual; finalidade; intencionalidade; tipo de
sentido; fatores de contextualização (coesão e linguagem; papéis dos interlocutores (grau de
coerência textual); progressão temática de sentido formalidade).
geral do texto, empregando formas ortográficas e ► Planejamento da produção envolvendo: elementos
mecanismos básicos de acentuação; coerência e que estruturam e caracterizam o texto; mobilização de
coesão; concordância verbal e nominal segundo as conhecimentos prévios; organização das informações
especificidades do gênero. mais relevantes.
► Empregar as normas da metodologia científica na ► Observação e utilização da metodologia científica
elaboração de trabalhos quando solicitado. na elaboração de trabalhos.
► Usar os recursos gráficos como tipo e tamanho ► Produção escrita levando em conta: unidade de
de letra, marcadores e numeração, considerando o sentido; fatores de textualização (coesão e coerência),
meio de produção: computador, caneta, etc. segmentação das frases, orações, períodos,
► Usar o dicionário, enciclopédias e materiais paragrafação, concordância.
escritos diversos quando se fizer necessário para tirar ► Emprego de recursos gráficos como tipo e tamanho
dúvidas ortográficas. de letra, marcadores e numeração, conforme o meio
► Revisar o próprio texto buscado adequá-lo à de produção.
edição final, usando recursos gráficos oferecidos ► Uso do dicionário, enciclopédias e outros materiais
pelo computador, caneta, etc. escritos para tirar dúvidas de ortografia.
► Produzir o texto na versão final. ► Revisão do próprio texto para a edição final.

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL


Produção da escrita:
► Produzir textos nos gêneros previstos para o ano.
► Considerar as condições de produção conforme o Gêneros Textuais:
gênero textual: estrutura; finalidade; Fotos, tabelas, gráficos, poemas, canção, paródia,
intencionalidade; tipo de linguagem; papéis dos eletrônico, anúncio, cartaz, propaganda, glossários,
interlocutores. verbetes de dicionário, logotipo, logomarca, gráfico,
► Planejar a produção envolvendo os elementos que tabela, marcas tipográficas, contos, romances,
estruturam e caracterizam o texto; mobilizando os crônicas.
conhecimentos prévios; organizando as informações
mais importantes. ► Produção de texto nos gêneros previstos levando
► Empregar metodologia científica na elaboração em conta o destinatário, a finalidade, intencionalidade,
de trabalhos para os quais for solicitado. suporte e as características do gênero.
► Produzir escrita levando em conta: unidade de ► Consideração das condições de produção: estrutura
sentido, os fatores de textualização (coesão e textual; finalidade; intencionalidade; tipo de
coerência); segmentando o texto em frases, orações, linguagem; papéis dos interlocutores (maior ou menor
períodos e paragrafação, acentuação e concordância grau de formalidade).
nominal e verbal. ► Planejamento da produção envolvendo: elementos
► Usar o dicionário, enciclopédias e materiais que estruturam e caracterizam o texto; mobilização de
escritos diversos quando se fizer necessário para conhecimentos prévios; organização das informações
tirar dúvidas ortográficas. mais relevantes.
► Revisar o próprio texto buscado adequá-lo à ► Observação e utilização da metodologia científica
- 191
-

edição final, usando recursos gráficos oferecidos na elaboração de trabalhos.


pelo computador , caneta, etc. ► Produção escrita levando em conta: unidade de
► Produzir o texto na versão final. sentido; fatores de textualização (coesão e coerência),
segmentação das frases, orações, períodos e
paragrafação, concordância.
► Uso do dicionário, enciclopédias e materiais
escritos diversos quando se fizer necessário para tirar
dúvidas ortográficas.
► Emprego de recursos gráficos como tipo e tamanho
de letra, marcadores e numeração.
► Revisão do próprio texto, para a edição final.

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

► Produzir textos nos gêneros previstos para o ano. Produção escrita


► Considerar as condições de produção conforme o
gênero; a estrutura textual; finalidade; Gêneros Textuais:
intencionalidade; tipo de linguagem; papéis dos Resumo, resenha, relatório, manual, bula,
interlocutores; unidade de sentido; fatores de regulamento, norma, guia, lista telefônica, currículo,
textualização (coesão e coerência) segmentação das carta de apresentação, ata, requerimento, eletrônico,
frases, orações, períodos e paragrafação. artigos de opinião, reportagens, poemas, letra de
► Planejar a produção envolvendo: elementos que música, canção, paródia, contos, crônicas, novelas,
estruturam e caracterizam o tipo de texto; teatro, romances, entrevista, manchete, anúncio,
mobilização de conhecimento prévio; organização classificados.
das informações mais relevantes.
► Organizar as informações relevantes: utilização ► Produção de texto nos gêneros previstos levando
de metodologia científica na elaboração de trabalhos. em conta o destinatário, a finalidade, intencionalidade,
► Produzir escrita levando em conta: unidade de suporte e as características do gênero.
sentido; fatores de textualização (coesão e ► Consideração das condições de produção: estrutura
coerência); segmentação das frases, orações, textual; finalidade; intencionalidade; tipo de
períodos e paragrafação, acentuação e concordância linguagem; papéis dos interlocutores (maior ou menor
nominal e verbal. grau de formalidade).
► Buscar no dicionário, enciclopédias e outras ► Planejamento da produção envolvendo: elementos
fontes, recursos para maiores informações e tirar que estruturam e caracterizam o texto; mobilização de
dúvidas de ortografia e de acentuação. conhecimentos prévios; organização das informações
► Usar recursos gráficos como tipo e tamanho de mais relevantes.
letra, marcadores e numeração, tendo em vista maior ► Observação e utilização da metodologia científica
organização e clareza na redação do texto. na elaboração de trabalhos.
► Revisar o próprio texto buscado adequá-lo à ► Produção escrita levando em conta: unidade de
edição final, usando recursos gráficos oferecidos sentido; fatores de textualização (coesão e coerência),
pelo computador , caneta, etc. segmentação das frases, orações, períodos e
► Produzir o texto na versão final. paragrafação, concordância.
► Emprego do dicionário, enciclopédias e fontes
escritas diversas para tirar dúvidas ortográficas e
buscar novas informações.
► Emprego de recursos gráficos como tipo e tamanho
de letra, marcadores e numeração.
- 192
-

► Revisão do próprio texto, para a edição final.

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

► Produzir textos nos gêneros previstos para o Produção escrita:


ano.
► Considerar as condições de produção conforme Gêneros Textuais:
o gênero; estrutura textual; finalidade; Contos, crônicas, novelas, romances, poemas, letra de
intencionalidade; tipo de linguagem; papéis dos música, canção, paródia, teatro, romances, entrevista,
interlocutores; unidade de sentido; fatores de manchete anúncios, classificados, artigo de opinião,
textualização (coesão e coerência) segmentação das tabela, resumo, resenha, relatórios e gráficos, manual,
frases, orações, períodos e paragrafação. regulamento e normas, guias, lista telefônica, bula,
► Planejar a produção envolvendo: elementos que solicitação, carta de apresentação, eletrônico.
estruturam e caracterizam o tipo de texto;
mobilização de conhecimento prévio; organização ► Produção de texto nos gêneros previstos levando em
das informações mais relevantes. conta o destinatário, a finalidade, intencionalidade,
► Organizar as informações relevantes: utilização suporte e as características do gênero.
de metodologia científica na elaboração de ► Consideração das condições de produção: estrutura
trabalhos. textual; finalidade; intencionalidade; tipo de
► Produzir escrita levando em conta: unidade de linguagem; papéis dos interlocutores (maior ou menor
sentido; fatores de textualização (coesão e grau de formalidade).
coerência); segmentação das frases, orações, ► Planejamento da produção envolvendo: elementos
períodos e paragrafação, acentuação e concordância que estruturam e caracterizam o texto; mobilização de
nominal e verbal. conhecimentos prévios; organização das informações
► Buscar no dicionário, enciclopédias e outras mais relevantes.
fontes, recursos para maiores informações e tirar ► Observação e utilização de metodologia científica na
dúvidas de ortografia e de acentuação. elaboração de trabalhos.
►Revisar o próprio texto buscado adequá-lo à ► Produção escrita levando em conta: unidade de
edição final, usando recursos gráficos oferecidos sentido; fatores de textualização (coesão e coerência),
pelo computador, caneta, etc. segmentação das frases, orações, períodos e
► Produzir o texto na versão final. paragrafação, concordância
► Emprego do dicionário, enciclopédias e fontes
escritas diversas para tirar dúvidas ortográficas e
buscar novas informações.
► Emprego de recursos gráficos como tipo e tamanho
de letra, marcadores e numeração.
► Revisão do próprio texto, para a edição final.

3.1.2.4 Conteúdos do contexto: política, ética e cidadania.

Conteúdos do contexto com a realidade local (de Roraima).

Os princípios éticos de uma sociedade podem e devem evoluir seguindo os valores


morais que sofrem mutação conforme as mudanças econômicas, tecnológicas e sociais. Em
Roraima as mudanças devem ocorrer para que haja uma evolução significativa na ética, na
política e no exercício da cidadania.
- 193
-

Conteúdos do contexto com realidade nacional (do Brasil) regional (da América Latina)
e mundial (do mundo).

A participação do cidadão na vida política exige ao Estado e à sociedade civil


uma dupla responsabilização, não basta anunciar um conceito como, por exemplo,
“globalização” ou “incerteza”, e esperar que, de imediato qualquer cidadão se sinta
minimamente identificado com o discurso. Assim, para que a política seja ética dentro do
coletivo os cidadãos devem conhecer os diferentes significados de um discurso político.

IV- CONTEÚDOS DO CONTEXTO: POLÍTICA, ÉTICA E CIDADANIA.

Bloco de conteúdos numa co-relação com âmbito


Realidades locais e o Cotidiano Nacional (Brasil), América Latina e Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL


Análise Linguística:
► Escutar falas e comentar adequação da linguagem
nas diferentes situações da sala de aula. ► Análise da qualidade da produção oral própria e
► Estabelecer relação entre texto oral e texto escrito alheia, com ajuda do professor, levando em conta a
a partir do manuseio e da observação de livros e adequação da linguagem e os elementos necessários
outros materiais escritos. à compreensão.
► Observar os recursos utilizados nos textos escritos, ► “Leitura” para alunos que ainda não leem com
com apoio do professor, para obtenção de independência fazendo relação oral/escrita e
determinados efeitos de sentido (unidades temáticas; texto/contexto.
desenvolvimento do tema; uso de recursos coesivos ► Identificação dos diferentes sentidos atribuídos a
mais próximos da língua escrita, letra maiúscula em um texto nas diferentes leituras individuais, com
títulos, nomes próprios e inícios de frases). ajuda do professor.
► Reconhecer e dar nome as letras do alfabeto. ► Reconhecimento e nomeação da ordem alfabética.
► Nomear as letras em ordem alfabética. ► Percepção de que palavras diferentes
► Reconhecer que as palavras variam quanto ao compartilham certas letras e variam quanto ao
número e a ordem das letras. número e à ordem das letras.
► Fazer divisão oral de palavras em sílabas ► Divisão silábica oral e identificação de
identificando semelhanças sonoras entre elas. semelhanças sonoras.
► Diferenciar as sílabas quanto a sua composição. ► Reconhecimento das sílabas quanto à
► Conhecer e usar grafias de palavras com composição.
correspondência direta entre letra e fonema. ► Conhecimento e uso de grafias de palavras com
► Conhecer e utilizar diferentes gêneros textuais correspondências regulares diretas entre letra e
considerando as características, finalidade, tema, fonemas.(P, B,T,D,F,V).
espaço de circulação, etc. ► Conhecer e usar diferentes gêneros textuais,
tendo em vista características, finalidade, tema,
espaço de circulação,etc.

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL


- 194
-

► Escutar falas e comentar adequação da linguagem Análise Lingüística:


nas diferentes situações da sala de aula.
► Estabelecer relação entre texto oral e texto escrito a ► Análise da qualidade da produção oral própria e
partir do manuseio e da observação de livros e outros alheia, com ajuda do professor, levando em conta a
materiais escritos. adequação da linguagem e os elementos necessários
► Observar nos recursos utilizados em textos escritos, à compreensão.
com apoio do professor, para obtenção de ► Relação entre texto oral/escrito e texto/ contexto.
determinados efeitos de sentindo: unidades temáticas; ► Identificação dos diferentes sentidos atribuídos a
desenvolvimento do tema; uso de recursos coesivos um texto nas diferentes leituras individuais, com
mais próximos da língua escrita, letra maiúscula em ajuda do professor.
títulos, nomes próprios e inícios de frases; tipo de ► Reconhecimento de diferentes tipos de letras em
letras, análise fonológica palavra, exploração dos diversos gêneros e suportes.
recursos da linguagem, adequação do gênero textual, ► Conhecimento e uso de palavras e expressões que
coerência textual, pontuação e ortografia. retomam o texto com coesão e coerência (pronomes,
► Reconhecer diferentes tipos de letras em textos de sinônimos e equivalentes).
diferentes gêneros e suportes. ► Emprego de palavras ou expressões que indicam
► Conhecer e usar diferentes palavras que retomam o coesão: progressão do tempo (então...); marcação de
texto coesivamente como: pronomes e sinônimos espaço (aqui, lá...) e relações de causa.
► Reconhecer e usar palavras ou expressões que ► Compreensão da função do dicionário, sua
indicam coesão: progressão do tempo (então...); organização e uso na grafia das palavras.
marcação de espaço (aqui, lá...) e relações de causa. ► Explicitação de regularidades ortográficas: M/N;
► Saber usar o dicionário compreendendo sua função C/Ç; S/Z; CH/Z; G/J; NH/LH; RR; SS; O/U; E/I;
e organização procurando a grafia correta das palavras U/L.
com ajuda. ► Ampliação do conhecimento das
► Conhecer e fazer uso das grafias de palavras com correspondências entre letras e grupos de letras e seu
correspondências regulares entre letras ou grupos de valor sonoro de modo a ler e escrever palavras e
letras e seu valor sonoro (M/N; C/Ç; S/Z; CH/Z; G/J; textos.
NH/LH; RR; SS;O/U; E/I; U/L.). ► Revisão do próprio texto, com ajuda do
► Ampliar o conhecimento das correspondências professor, durante a escrita, relendo e articulando o
entre letras e grupos de letras e seu valor sonoro de que está escrito com o que falta escrever.
modo a ler e escrever palavras e textos.
► Reescrever o próprio texto, com ajuda, observando
os recursos linguísticos, adequação ao gênero,
utilização da letra maiúscula em títulos, nomes
próprios e início de frases, paragrafação, pontuação e
ortografia.

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL

► Escutar falas e comentar adequação da linguagem Análise Linguística


nas diferentes situações da sala de aula.
► Estabelecer relação entre texto oral e texto escrito ► Análise da qualidade da produção oral própria e
a partir do manuseio e da observação de livros e alheia, com ajuda do professor, levando em conta a
outros materiais escritos, ( para alunos que ainda não adequação da linguagem e os elementos necessários
leem). à compreensão.
► Observar os recursos utilizados nos textos escritos, ► Leitura para alunos que ainda não leem com
com apoio do professor, para obtenção de independência fazendo relação oral/escrita e
determinados efeitos de sentido: unidades temáticas; texto/contexto.
desenvolvimento do tema; uso de recursos coesivos ► Identificação dos diferentes sentidos atribuídos a
mais próximos da língua escrita, letra maiúscula, um texto nas diferentes leituras individuais, com
ortografia, flexões, pontuação, concordância. ajuda do professor.
- 195
-

► Distinguir e empregar sinais de pontuação ► Explicitação de regularidades ortográficas. ( M/N;


reconhecendo seu efeito de sentido. C/Ç; S/Z; CH/Z; G/J; NH/LH; RR;SS;O/U; E/I; U/L;
► Utilizar os sinais de acentuação gráfica na escrita AL/, EL/, IL/, OL, U-L e outras.
de textos. ► Observação de textos impressos bem escritos,
► Imitar modelos de diferentes autores e gêneros ao usados como modelo e/ou exemplo (imitação).
escrever o próprio texto. ► Revisão do próprio texto, com ajuda do professor,
► Reescrever o próprio texto observando: recursos durante a escrita, relendo e articulando o que está
linguísticos, adequação ao gênero, utilização da letra escrito com o que falta escrever.
maiúscula em títulos, nomes próprios e início de ► Revisão do texto, no rascunho, procurando
frases, paragrafação, acentuação, flexões, pontuação, aprimorá-lo nas questões de adequação ao gênero,
ortografia, concordância. coerência, coesão, paragrafação, ortografia,
acentuação, pontuação, concordância, paginação.

ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL


Análise Linguística:
► Escutar falas diversas, reconhecendo a relação entre
elas e as condições de produção: linguagem usada, ► Análise de produções orais reconhecendo a
assunto, forma de organizar o conteúdo/assunto. relação entre o texto e as condições de produção
► Observar os recursos utilizados nos textos escritos quanto a linguagem e organização do conteúdo.
para obtenção de determinados efeitos de sentido: ► Análise e discussão sobre os sentidos atribuídos
unidades temáticas; desenvolvimento do tema; uso de a um texto nas diversas leituras individuais.
recursos coesivos mais próximos da língua escrita, letra ► Observação e análise de textos bem escritos,
maiúscula em títulos, nomes próprios e inícios de explorando os recursos da linguagem que se usa
frases, ortografia. para escrever.
► Discutir sobre as diferentes interpretações/sentidos ► Reconhecimento e emprego de artigos,
individuais dados a um texto no contexto da sala de substantivos, adjetivos pronomes e verbos.
aula. ► Análise das regularidades da língua escrita
► Imitar modelos de diferentes autores e gêneros ao quanto a derivação de regras de ortografia: (M antes
escrever o próprio texto. de P/B; AM/NA; LH/LI; F/V; C/G; D/T; GE/GI;
► Reconhecer dentro do texto e empregar na produção JE/JI; AS/AZ); os sons do S (S/SS; Z; SC; S/Ç);
artigos, substantivos, adjetivos, verbos e pronomes. GUA/GUE/GUI; R/RR; QUA/QUE/QUI; AM; ÃO;
► Diferenciar e usar os sinais de acentuação e NS; X; CH; LETRA H; TIL; (Ã, ÃO, ÕE +S);
pontuação na produção e revisão textual, reconhecendo regras de acentuação e concordância verbal e
o efeito de sentido no seu uso. nominal.
► Reconhecer e empregar na produção, recursos ► Revisão do próprio texto durante a escrita,
coesivos (pronomes, palavras de indicação de tempo, relendo e articulando o que já está escrito e
lugar, etc). planejando o que falta escrever.
► Revisar o próprio texto observando: recursos ► Aprimoramento/revisão da primeira versão do
linguísticos, adequação ao gênero, utilização da letra texto considerando: adequação ao gênero, coerência
maiúscula em títulos, nomes próprios e início de frases, e coesão textual, pontuação, flexões, concordância,
paragrafação, pontuação, flexões, e ortografia, paginação e ortografia.
concordância nominal e verbal.

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL

► Escutar falas diversas, reconhecendo a relação Análise Linguística:


entre elas e as condições de produção: linguagem
usada, assunto, forma de organizar o ► Análise de produções orais reconhecendo a
conteúdo/assunto. relação entre o texto e as condições de produção
► Observar os recursos utilizados nos textos escritos quanto a linguagem e organização do conteúdo.
para obtenção de determinados efeitos de sentido: ► Análise e discussão sobre os sentidos atribuídos a
- 196
-

unidades temáticas; desenvolvimento do tema; uso de um texto nas diversas leituras individuais.
recursos coesivos mais próximos da língua escrita, ► Observação e análise de textos bem escritos,
letra maiúscula em títulos, nomes próprios e inícios explorando os recursos da linguagem que se usa para
de frases, ortografia. escrever.
► Discutir sobre as diferentes interpretações/sentidos ► Reconhecimento e emprego de artigos,
individuais dados a um texto no contexto da sala de substantivos, adjetivos pronomes e verbos.
aula. ► Distinção e uso dos sinais de acentuação e
► Imitar modelos de diferentes autores e gêneros ao pontuação na produção e revisão textual,
escrever o próprio texto. reconhecendo o efeito de sentido no seu uso.
► Reconhecer dentro do texto e empregar na ► Emprego na produção de recursos coesivos
produção artigos, substantivos, adjetivos, verbos e (pronomes, palavras de indicação de tempo, lugar,
pronomes. etc).
► Diferenciar e usar os sinais de acentuação e ► Análise das regularidades da língua escrita quanto
pontuação na produção e revisão textual, a derivação de regras de ortografia, regras de
reconhecendo o efeito de sentido no seu uso. acentuação e concordância verbal e nominal.
► Empregar na produção, recursos coesivos ► Revisão do próprio texto durante a escrita,
(pronomes, palavras de indicação de tempo, lugar, relendo e articulando o que já está escrito e
etc). planejando o que falta escrever.
►Revisar o próprio texto observando: recursos ► Aprimoramento/revisão da primeira versão do
linguísticos, adequação ao gênero, utilização da letra texto considerando: adequação ao gênero, coerência
maiúscula em títulos, nomes próprios e início de e coesão textual, pontuação, paginação e ortografia.
frases, paragrafação, pontuação, ortografia,
concordância nominal e verbal.

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

► Identificar diferentes gêneros textuais quanto a Análise Linguística:


características de conteúdo, estrutura, estilo, etc.
► Comparar diferentes variedades linguísticas ► Reconhecimento das características dos diferentes
observando o emprego de diferentes formas de gêneros, quanto ao conteúdo, construção/estrutura e
construção e significado. estilo.
► Utilizar recursos morfológicos e sintáticos na ► Comparação de aspectos da língua observados na
produção e revisão de textos para alterar a estrutura e fala e na escrita nas diferentes variedades: emprego
dar diferentes pontos de vista. de pronomes, tempos verbais, uso de dêiticos e
► Identificar os recursos coesivos utilizados pelo onomatopeias, concordância verbal e nominal.
autor (conjunções, pronomes, advérbios e locuções ► Uso de recursos sintáticos e morfológicos para
adverbiais) nos textos de diferentes gêneros. alterar a estrutura e dar diferentes pontos de vista.
► Empregar recursos no contexto morfológico e ► Reconhecimento de recursos coesivos utilizados
sintático; semântico; discursivo ou pragmático: pelo autor (conjunções, pronomes, advérbios e
ortografia; flexão verbal/nominal; concordância locuções adverbiais), ortografia, flexão
verbal e nominal; acentuação gráfica. verbal/nominal, concordância verbal e nominal;
► Construir textos com os elementos constitutivos e acentuação gráfica.
recursos linguísticos. ► Emprego de elementos constitutivos e recursos
► Reescrever o próprio texto utilizando elementos de linguísticos.
coesão mais adequados à linguagem escrita. ► Reescrita o próprio texto utilizando elementos
constitutivos e recursos linguísticos de coesão e
coerência mais adequados à linguagem escrita.

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL


Análise linguística:
► Identificar diferentes gêneros textuais quanto a
- 197
-

características de conteúdo, estrutura, estilo, etc. ► Reconhecimento das características dos diferentes
► Comparar diferentes variedades linguísticas gêneros, quanto ao conteúdo, construção/estrutura e
observando o emprego de diferentes formas de estilo.
construção e significado. ► Comparação de aspectos da língua observados na
► Analisar a ampliação de sintagmas observando as fala e na escrita nas diferentes variedades: emprego
implicações e modificações ocorridas no conteúdo, de pronomes, tempos verbais, uso de dêiticos e
sentido e estrutura. onomatopeias, concordância verbal e nominal.
► Empregar recursos sintáticos na produção e ► Realização de operações sintáticas que permitam
revisão de textos para alterar a estrutura e dar analisar as implicações discursivas: ampliação de
diferentes pontos de vista. sintagmas, integração de elementos, reordenação dos
► Identificar os recursos linguísticos utilizados em elementos, expansão mediante coordenação e
diferentes gêneros textuais: conjunções, pronomes, subordinação.
advérbios e locuções adverbiais em diferentes ► Uso de recursos sintáticos e morfológicos para
gêneros textuais; conotação e denotação linguística; alterar a estrutura e dar diferentes pontos de vista.
função apelativa da linguagem, cores, imagens, trama ► Observação e uso no contexto morfológico e
descritiva e argumentativa; criação de novos termos, sintático; semântico; discursivo ou pragmático:
ambiguidades, mudanças de significados, construção frases, orações e período; termos essenciais da
e reconstrução de palavras, clichês, provérbios, oração; tipos de sujeito e de predicado; estruturação
termos emprestados de outras línguas. do predicado; homônimos/parônimos; pontuação,
► Analisar e empregar os elementos que compõem acentuação e ortografia; onomatopeias; concordância
o texto narrativo: foco, estrutura, narrador, fato, nominal e verbal; termos integrantes da oração;
personagens, tempo, lugar. modos verbais; termos acessórios da oração;
► Reconhecer e utilizar a linguagem formal e conotação e denotação linguística; usos dos tempos:
informal na produção e revisão de textos. pretérito perfeito e imperfeito do modo indicativo;
► Analisar e empregar elementos que compõem o discurso dos personagens: direto, indireto livre;
texto dissertativo: introdução, desenvolvimento e concordância verbal e nominal; variação linguística;
conclusão. vozes verbais; flexão verbal/nominal; vocativo;
► Reescrever o próprio texto. regência nominal e verbal; estrutura e formação de
palavra; crase; ortografia.
► Análise e emprego dos elementos que compõem o
texto narrativo: foco, estrutura, narrador, fato,
personagens, tempo, lugar.
► Reconhecimento e uso da linguagem formal e
informal.
► Análise e emprego de elementos que compõem o
texto dissertativo: introdução, desenvolvimento e
conclusão.
► Reescrita de textos.
ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

► Identificar diferentes gêneros textuais quanto a Análise linguística:


características de conteúdo, estrutura, estilo, etc.
► Comparar diferentes variedades linguísticas ► Reconhecimento das características dos diferentes
observando o emprego de diferentes formas de gêneros, quanto ao conteúdo, construção/estrutura e
construção e significado. estilo.
► Reconhecer a partir da observação de textos orais e ► Comparação de aspectos da língua observados na
escritos o emprego predominante da coordenação à fala e na escrita nas diferentes variedades: emprego
subordinação. de pronomes, tempos verbais, uso de dêiticos e
► Analisar a ampliação de sintagmas observando as onomatopeias, concordância verbal e nominal.
implicações e modificações ocorridas no conteúdo, ► Observação da predominância da coordenação
sentido e estrutura. sobre a estrutura de subordinação.
► Analisar formas linguísticas baseadas na ► Realização de operações sintáticas que permitam
- 198
-

morfologia como: flexão, derivação, prefixação, analisar as implicações discursivas: ampliação de


sufixação, aspectos sintáticos e estruturais das orações sintagmas, integração de elementos, reordenação dos
e períodos. elementos, expansão mediante coordenação e
► Empregar recursos sintáticos na produção e subordinação.
revisão de textos para alterar a estrutura e dar ► Comparação e análise de formas linguísticas com
diferentes pontos de vista. base em aspectos morfológicos: flexão nominal e
► Utilizar palavras que estabeleçam relações de: verbal, derivação, prefixação, sufixação e aspectos
temporalidade, casualidade, consequência, oposição, sintáticos e estruturais: sujeito, predicado,
comparação, anterioridade e posterioridade. complementos.
► Reconhecer recursos linguísticos empregados em ► Análise sintática dos termos essenciais integrantes
diferentes gêneros textuais com objetivo de e acessórios das orações; conotação e denotação
determinar diferentes efeitos de sentido (pontuação, linguística; vocativo; vozes verbais; conjugação
regência, concordância, figuras, conotação e verbal; modos; tempos verbais; formas nominais.
denotação, variação linguística). ► Reconhecimento no contexto morfológico e
► Identificar os recursos coesivos utilizados pelo sintático; semântico; discursivo ou pragmático:
autor (conjunções, pronomes, advérbios e locuções acentuação, pontuação (emprego e sentido);
adverbiais) nos textos de diferentes gêneros. ortografia; regências e concordâncias
► Analisar sintaticamente frases, orações e períodos, verbal/nominal, processo de formação de palavras;
buscando reconhecer os diferentes efeitos das formas figuras, estilos e vícios de linguagem; coerência
e estruturas. textual; conotação e denotação linguística; variação
► Identificar elementos e marcas linguísticas de linguística.
formas fixas em textos de diferentes gêneros. ► Análise sintática dos períodos (simples e
► Reescrever o próprio texto. composto); coordenação e subordinação; orações
subordinadas substantivas; adjetivas; adverbiais;
reduzidas e intercaladas; sintaxe de colocação de
concordância e de regência; semântica (homônimos,
parônimos, polissemia e outras dificuldades
ortográficas).
► Reescrita de textos.
ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL
► Identificar diferentes gêneros textuais quanto a Análise linguística
características de conteúdo, estrutura, estilo, etc.
► Comparar diferentes variedades linguísticas ► Reconhecimento das características dos diferentes
observando o emprego de diferentes formas de gêneros, quanto ao conteúdo, construção/estrutura e
construção e significado. estilo.
► Reconhecer a partir da observação de textos orais ► Observação da língua em uso de modo a perceber
e escritos o emprego predominante da coordenação à a variação quanto aos aspectos geográficos,
subordinação. históricos, sociológicos, técnicos.
► Analisar a ampliação de sintagmas observando as ► Comparação de aspectos da língua observados na
implicações e modificações ocorridas no conteúdo, fala e na escrita nas diferentes variedades: emprego
sentido e estrutura. de pronomes, tempos verbais, uso de dêiticos e
► Analisar formas linguísticas baseadas na onomatopeias, concordância verbal e nominal.
morfologia como: flexão, derivação, prefixação, ► Observação da predominância da parataxe
sufixação, aspectos sintáticos e estruturais das colocação lado a lado, e da coordenação sobre a
orações e períodos. estrutura de subordinação.
► Empregar recursos sintáticos na produção e ► Comparação e análise de formas linguísticas com
revisão de textos para alterar a estrutura e dar base em aspectos morfológicos: flexão nominal e
diferentes pontos de vista. verbal, derivação, prefixação, sufixação e aspectos
► Reconhecer os elementos constitutivos dos sintáticos e estruturais: sujeito, predicado,
gêneros textuais: (tema, título, finalidade, linguagem, complementos.
interlocutores, suporte etc). ► Realização de operações sintáticas que permitam
► Utilizar palavras que estabeleçam relações de: analisar as implicações discursivas: ampliação de
- 199
-

temporalidade, casualidade, consequência, oposição, sintagmas, integração de elementos, reordenação dos


comparação, anterioridade e posterioridade. elementos, expansão mediante coordenação e
► Estruturar e formar palavras; variações subordinação.
linguísticas; funções da linguagem; pontuação ► Uso de recursos sintáticos e morfológicos para
ortografia e acentuação. alterar a estrutura e dar diferentes pontos de vista.
► Identificar os recursos coesivos utilizados pelo ► Reconhecimento os elementos constitutivos dos
autor (conjunções, pronomes, advérbios e locuções gêneros textuais: (tema, título, finalidade, linguagem,
adverbiais) nos textos de diferentes gêneros. interlocutores, suporte etc).
► Identificar elementos e marcas linguísticas de ► Relações de temporalidade, causalidade,
formas fixas em textos de diferentes gêneros. consequência, oposição, comparação, anterioridade e
► Conhecer e reconhecer elementos de versificação. posterioridade, na busca do elemento que explica.
► Identificar os recursos coesivos utilizados pelo ► Percepção de aspectos da conotação, denotação, e
autor (conjunções, pronomes, advérbios e locuções referencial no texto; figuras de linguagem; coerência;
adverbiais) nos textos de diferentes gêneros. coesão; variação linguística; acentuação; pontuação;
► Reescrever o próprio texto. ortografia; subordinação; orações subordinadas
substantivas; adjetivas; adverbiais; reduzidas e
intercaladas.
► Noções sobre versificação.
► Identificação das funções da partícula: que;
sintaxe de colocação, de concordância e de regência.
► Identificação de período composto por
coordenação e subordinação; funções da partícula: se;
► Reconhecimento de figuras, estilos e vícios de
linguagem.

3.1.3 Metodologia e Interdisciplinaridade em Língua Portuguesa

Ensinar Língua Portuguesa é desenvolver um trabalho de "linguagens" que leve o


aluno a observar, perceber, inferir, descobrir, refletir sobre o mundo, interagir com seu
semelhante, por meio do uso funcional da linguagem, e que esta reflita a posição histórico-
social do autor, levando-o a perceber, consciente ou inconscientemente, as marcas de sua
ideologia, que estão subjacentes ao seu discurso, seja ele oral ou escrito. Assim, o aluno
tornar-se-á um cidadão crítico, atuante, transformador para a existência de uma sociedade
mais justa, humana, e democrática.
O ensino de Língua Portuguesa deve ser concebido, atualmente, como uma
possibilidade de competências linguísticas, no sentido de inserir o aluno num contexto
globalizado, produzido, principalmente, pela mídia. Ao mesmo tempo em que deve lhe
proporcionar meios generalizantes de escuta/leitura de textos produzidos pelos formadores de
opinião, o ensino deve, também, valorizar uma variedade linguística que reflita as diferenças
regionais.
- 200
-

3.1.4 Avaliação em Língua Portuguesa

Para não mistificar a avaliação das ações didáticas que se desenvolve com a
discência em sala de aula, é só seguir a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(9.394/1996) que diz que esta deve proceder da seguinte maneira:

V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação


contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de
eventuais provas finais; b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com
atraso escolar; c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante
verificação do aprendizado; d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; e)
obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período
letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas
instituições de ensino em seus regimentos; (LDB 9.394/1996, artigo 24, inciso V,
alíneas a-d).

Seguindo a normatização da Lei de Diretrizes e Bases Nacional vigente,


regulamentada nas Leis Estudais de Educação, sobre a verificação do rendimento escolar,
observando os entraves de aprendizagem, aplicar de forma planejada didaticamente, os
conteúdos, pautados em meios pedagógicos diversos disponíveis, para que todos aprendam ao
longo da educação básica, respeitando o ritmo de cada um, a avaliação; assim como todas as
ações pedagógicas, ela deve contribuir para o desenvolvimento da aprendizagem, deve ser
constante e valendo-se de diversos instrumentos.
Quando a função do ensino é a formação integral, avaliam-se todas as capacidades,
não só as cognitivas. Avaliam-se os conteúdos: atitudinais, conceituais e procedimentais que
possam formar um indivíduo mais autônomo, com boa relação pessoal e com fácil inserção
social; envolve todos os integrantes do processo de ensino aprendizagem.
Para tanto, necessita ter como ponto de partida uma avaliação diagnóstica, que
fornecerá ao (a) professor (a) elementos para conhecer o educando, saber quais são seus
conhecimentos prévios, seus interesses e de que forma aprendem. A partir daí saberá o que
ensinar, como ensinar e como avaliar o conhecimento construído no processo.
- 201
-

3.1.5 Referências Bibliográficas

ASSARÉ, Patativa do. Cante lá que eu canto cá: filosofia de um trovador nordestino. 11ª
edição. Petrópolis, Vozes, 2000.

BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. In: Estética da criação verbal. São Paulo:
Martins Fontes, 1992, p. 280-326.

BASTOS, L. K. & MATTOS, M. A. A produção escrita e a gramática. 2ª ed. São Paulo:


Martins Fontes, 1992.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira. Texto promulgado em 20 de


dezembro de 1996. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2006.
CARDOSO, Silvia Helena. Discurso e ensino. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.

CARNEIRO, A D. Texto em construção. São Paulo: Moderna, 1992.

CASTILHO, Ataliba. A língua falada no ensino de português. São Paulo: Contexto.

DIONÍSIO, Ângela. MACHADO, A.R. BEZERRA, Maria Auxiliadora. Gêneros textuais e


ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.

FÁVERO, Leonor L. Coesão e coerência textuais. São Paulo: Ática, 1999.

FIORIN, José L.. Lições de texto. São Paulo: Ática, 1996.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 47ª
edição. São Paulo: Cortez, 2006.

FREIRE, Paulo. Educação e atualidade brasileira. 3ª edição. São Paulo: Cortez, 2003.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 33ª edição. Rio e Janeiro: Paz e Terra, 2002.

GERALDI, João W. Linguagem e ensino: exercícios de militância e divulgação. Campinas:


Mercado de Letras; ALB, 1996.´~. O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997.

INFANTE, Ulisses. Do texto ao texto. São Paulo: Scipione, 1991.

KLEIMAN, Ângela B. Oficina de leitura. Campinas: Pontes, 1993.

KLEIMAN, Ângela B. Oficina de leitura. Campinas: Pontes, 1993.Texto e leitor: aspectos


cognitivos da leitura. 2ª ed. Campinas: Pontes, 1992.

KOCH, Ingedore G. V. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2002.

KOCH, Ingedore V. & TRAVAGLIA, L. C. Texto e coerência. 2ª ed. São Paulo: Cortez,
1993.

KOCH, Ingedore Villaça - Argumentação e Linguagem. São Paulo: Cortez, 1984


- 202
-

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

LUFT, Celso P. Língua e liberdade (O gigolô das palavras). São Paulo: Ática, 1995.

MEC. Matrizes de Referência, Tópicos e Descritores. Brasília: 2007. Rio de Janeiro:


Oficina do Autor, 1999.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO. Parâmetros Curriculares Nacionais


para o Ensino Fundamental. Brasília: MEC – Secretaria de Educação Fundamental (SEF),
1997.

MOTTA, Ilma Nogueira. Semiótica Aplicada aos textos verbais e não-verbais. Anais do
Congresso Nacional de Lingüística e Filologia. Rio de Janeiro: UERJ, 1997.

SANTOS, Terezinha Maria Barroso. Práticas de leitura em sala de aula. Juiz de Fora:
Lame/Nupel/UFJF, 2000.

SCHNEUWLY, Bernard e DOLZ, Joaquim: Os gêneros escolares: das práticas de


linguagem aos objetos de ensino. Revista Brasileira de Educação, nº 11, p. 5-15,
mai/jun/jul/agos 1999.

SUASSUNA, Lívia. Produção de textos escritos: Tendências e desafios do ensino. Revista


Pedagógica, v. 4, n. 24, p. 31-35, nov/dez 1998.

VAL, Maria das Graças Costa. O que é produção de texto na escola? Revista Presença
Pedagógica, v. 4, n. 20, p. 83-85, mar/abr. 199.
- 203
-

3.2 REFERENCIAL CURRICULAR: LÍNGUA ESTRANGEIRA

EQUIPE DE PRODUÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO


Stephany Barreiros Oestereich – Escola Estadual Monteiro Lobato
Fernanda Sousa Lima – Escola Estadual Luiz Ribeiro de Lima
Hirley Silva Costa Leão – Escola Estadual Camilo Dias

ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO:
Gilvânia Barbosa da Silva

"Sê”

Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,


Sê um arbusto no vale, mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.

Se não puderes ser uma estrada,


Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.

Pablo Neruda
- 204
-

3.2.1 Concepção do Componente Curricular Língua Estrangeira

A cultura de cada comunidade é feita de um conglomerado de diversas correntes que


compreendem tradições híbridas de dominação e resistência. As variedades de
símbolos, discursos, artefatos, textos, e práticas que constituem a cultura de uma
comunidade particular estão sempre em tensão.

Canagarajah (1999, p. 31).

Deixando de lado os primórdios da catequização dos índios, quando o próprio


português era uma língua estrangeira, e começando com as primeiras escolas fundadas pelos
jesuítas, pode-se dizer que a tradição brasileira é de uma grande ênfase no ensino das línguas;
inicialmente nas línguas clássicas, grego e latim, e posteriormente nas línguas modernas:
francês, inglês, alemão e italiano (O espanhol só muito recentemente, considerando a
perspectiva histórica, foi incluído no currículo).
Durante o período colonial, antes e depois da expulsão dos jesuítas pelo Marquês de
Pombal, o grego e o latim eram as disciplinas dominantes. As outras, incluindo o vernáculo,
história e geografia, eram normalmente ensinadas através das línguas clássicas.
Foi só muito lentamente, a princípio com a chegada da Família Real, em 1808,
posteriormente com a criação do Colégio Pedro II, em 1837, e finalmente com a reforma de
1855, que o currículo da escola secundária começou a evoluir para dar ao ensino das línguas
modernas um status pelo menos semelhante ao das línguas clássicas.
No âmbito da atual LDB, as Línguas Estrangeiras Modernas (LEM) recuperam a
importância que, por muito tempo lhes foram negadas, configurando agora uma disciplina
como outra qualquer no currículo.
Considerando-se os problemas didático-pedagógicos encontrados no ensino das
LEM, é necessário superar:

● a função monótona e repetitiva das aulas de LEM;


● o estudo exclusivo das formas gramaticais;
● a simples memorização de regras;
● a prioridade à língua escrita;
● a descontextualização do ensino da língua.
- 205
-

Colocadas no âmbito da Área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, as LEM


passam a ser parte dos conhecimentos essenciais para que o estudante possa aproximar-se de
várias culturas, tendo facilitada sua integração num mundo globalizado.
Nessa Área, as LEM têm a função intrínseca de ser veículos fundamentais de
comunicação entre os homens, pois, como sistemas simbólicos que são elas, constituem meios
para o acesso ao conhecimento e, portanto, para as diferentes formas de criar, de sentir, de
agir e de conhecer a realidade.
O ensino-aprendizagem das LEM deve seguir os princípios fundamentais que
apontamos a seguir. É essencial entender a LEM não como uma disciplina isolada no
currículo, mas situada numa área e numa perspectiva interdisciplinar e contextualizada.
Embora sejam importantes, os objetivos práticos são: entender, falar, ler e escrever.
O caráter formativo intrínseco às LEM não pode ser ignorado, pois o estudo das LEM deve:
contribuir para a formação geral do cidadão, levando o aprendiz a um nível de competência
tal que lhe permita o acesso a informações de vários tipos.
A visão de mundo de cada povo altera-se em função de vários fatores e,
conseqüentemente a língua também sofre alterações para poder expressar as novas formas de
encarar a realidade. Daí a fundamental importância de conceber o ensino de um idioma
estrangeiro, objetivando a comunicação real; pois, dessa forma, os diferentes elementos que a
compõem estarão presentes, dando amplitude e sentido a essa aprendizagem, ao mesmo
tempo em que os estereótipos e os preconceitos deixarão de ter lugar, e, portanto, de figurar
nas aulas.

3.2.2 Conteúdo e Contextualização do Ensino em Língua Estrangeira

Na disciplina de Língua Estrangeira Moderna, o Conteúdo Estruturante é o


Discurso como prática social e, é a partir dele que advém o conteúdo básico: os
gêneros discursivos a serem trabalhados nas práticas discursivas, assim como os
conteúdos básicos que pertencem às práticas da oralidade, leitura e escrita. Conforme
as esferas sociais de circulação: cotidiana, científica, escolar, imprensa, política,
literário-artística, produção e consumo, publicitária, midiática, jurídica.
Caberá ao professor selecionar um texto significativo pertencente a um
gênero, que deve ser compreendido em sua esfera de circulação. Importa menos a
quantidade de gêneros trabalhados e mais a qualidade do trabalho pedagógico com
aqueles selecionados pelo professor.
- 206
-

Os gêneros precisam ser retomados em diferentes séries respeitando-se o


princípio complexidade crescente.
Para selecionar os conteúdos específicos, é fundamental considerar o
objetivo de ensino, e o gênero escolhido. Como exemplo: ora a história em quadrinho
será levada para sala de aula a fim de discutir o conteúdo temático, a sua composição e
suas marcas lingüísticas; ora aparecerá em outra série para um trabalho de
intertextualidade; ora para fruição, ou seja, dependerá da intenção, do objetivo que se
tem com esse gênero.

Tabela 19: Organização dos contextos e conteúdos de Língua Estrangeira para o Ensino
Fundamental.

ASPECTOS
CONTEMPLADOS
CONTEXTO NOS CONTEÚDOS OBJETIVO
TRABALHADOS

Cultura, Utilizar a linguagem oral em situações que exijam: preparação


diversidade e prévia, maior grau de formalidade, manutenção do ponto de
luta por direitos. Linguagem Oral vista ao longo da fala, procedimentos de proposição,
negociação, respeito e acordos.

Ciência, Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na


tecnologia e Prática de Leitura comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função
ambiente: das condições em que eles foram produzidos e daquelas em
avanços e que serão recebidos.
contradições.

Trabalho, Produzir textos: narrativos ficcionais; jornalísticos;


consumo e Produção Escrita epistolares; publicitários; poéticos; informativos e
desenvolviment instrucionais.
o humano.

Política, ética e Análise Lingüística Reconhecer em textos escritos recursos utilizados pelo autor
cidadania. para obter determinados efeitos de sentido.
- 207
-

3.2.2.1. Conteúdos do contexto cultura, diversidade e luta por direito.

Conteúdos do contexto com a realidade local (de Roraima).

Para que o aluno tenha uma aprendizagem significativa na Língua Estrangeira, este
precisa ser inserido em um contexto onde o professor é um dos principais responsáveis por
sua aprendizagem, trabalhando a comunicação à gramática e a tradução, os quais são os
métodos mais utilizados de uma forma mais dinâmica, englobando–as em um contexto,
motivando assim os alunos a uma aprendizagem de uma segunda língua.

Conteúdos do contexto com a realidade Nacional, América Latina e Mundo.

O conteúdo a ser ensinado tanto na comunicação oral quanto na escrita deve ter
como base o conhecimento de mundo do aluno, para que o professor possa aliar aquilo que ele
já sabe pela língua materna com aquilo que ele irá aprender pela Língua Estrangeira.
Segundo os PCNS “Ao ensinar uma Língua Estrangeira é necessário uma
compreensão teórica do que é linguagem, tanto do ponto de vista dos conhecimentos
necessários para usá-la quanto em relação ao uso que fazem desses conhecimentos para
construir significados no mundo social”.
A importância do envolvimento da cultura da língua estrangeira ensinada é essencial,
pois assim os alunos podem conhecer vários fatores culturais do país da Língua Estrangeira
ensinada, além de poderem fazer um paralelo entre a nossa cultura e a do outro país.
A motivação e a interação são outros fatores muito importantes, principalmente o
último, pois tudo o que é passado pelo professor deve ser discutido entre o professor e os
alunos para uma melhor compreensão do conteúdo.

3.2.2.2 Conteúdos do contexto ciência, tecnologia e ambiente: avanços e contradições.

Conteúdos do contexto com a realidade local (de Roraima).

Com o uso da tecnologia de informação e comunicação, professores e alunos têm a


possibilidade de utilizar a escrita para descrever/reescrever suas idéias, comunicar-se, trocar
experiências e produzir histórias. Assim, em busca de resolver problemas do contexto,
representam e divulgam o próprio pensamento, trocam informações e constroem
- 208
-

conhecimento, num movimento de fazer, refletir e refazer, que favorece o desenvolvimento


pessoal e profissional bem como a compreensão da realidade.

Temos assim a oportunidade de romper com as paredes da sala de aula e da escola,


integrando-a a comunidade que a cerca, à sociedade da informação e a outros espaços
produtores de conhecimento, aproximando o objeto do estudo escolar da vida cotidiana e, ao
mesmo tempo, nos transformando em uma sociedade de aprendizagem e também da escrita.

Conteúdos do contexto com a realidade nacional (do Brasil, América Latina e Mundo).

Com o avanço tecnológico que promoveu a explosão das telecomunicações e da


informática, transformando o mundo em uma aldeia global, o domínio de línguas estrangeiras
adquiriu contornos estratégicos. O ser humano, em decorrência da sua necessidade de
comunicar, procura aprender novos idiomas para um intercâmbio com outros povos.

Assim, o ensino-aprendizagem de Línguas Estrangeiras o acompanha desde os


primórdios da História, ocupando posição de destaque em sua vida. A realidade atual está
permeada por um desenvolvimento acelerado dos meios de comunicação de massa e de novas
tecnologias. Presencia-se um processo de encolhimento e, ao mesmo tempo, de expansão do
mundo, em termos de culturas diferentes e de formas diferenciadas de vida. Esse processo de
mundialização adentra em nossas vidas locais e transformam a maneira como se vê o mundo.
.
3.2.2.1.3 Conteúdos do contexto trabalho, consumo e desenvolvimento humano.

Conteúdo do contexto com a realidade local (de Roraima).

O mercado de trabalho informal em Roraima concentra um grande número de


estrangeiros, a maioria ilegalmente no país. Procedentes da Venezuela da Guiana da Bolívia e
do Peru, vendendo produtos contrabandeados. Apesar de existirem atividades urbanas de todo
tipo, fica claro a predominância dos serviços públicos, principal sustentáculo do movimento
comercial da cidade e o setor de comércio.

Conteúdos do contexto com realidade nacional e regional (do Brasil, América Latina e
Mundial).
- 209
-

O perfil e a trajetória histórica da distribuição de renda no Brasil certamente limitam


a capacidade de consumo, e, por conseguinte, a aquisição de bens e serviços pelo cidadão
comum. Embora apresente uma das maiores populações do planeta, a renda concentrada é
uma imensa barreira ao crescimento econômico.
Se o trabalho caracterizado pelo emprego formal era fonte de direitos e caminho
seguro de acesso à renda e, portanto, ao consumo, os “bicos” ou o não trabalho associados ao
desemprego são portas fechadas nesse caminho.

3.2.2.1.4 Conteúdos do contexto política, ética e cidadania.

Conteúdos do contexto com a realidade local (de Roraima).

Os princípios éticos de uma sociedade podem e devem evoluir seguindo os valores


morais que sofrem mutação conforme as mudanças econômicas, tecnológicas e sociais, em
Roraima as mudanças devem ocorrer para que haja uma evolução significativa na ética, na
política e no exercício da cidadania.

Conteúdos do contexto com realidade nacional (do Brasil) regional (da América Latina)
e mundial (do mundo).

Com o avanço tecnológico que promoveu a explosão das telecomunicações e da


informática, transformando o mundo em uma aldeia global, o domínio de línguas estrangeiras,
em especial a língua inglesa, adquiriu contornos estratégicos.

3.2.2.2 Conteúdos do Ensino Fundamental

Baseado nos conteúdos dos contextos deste referencial, nos pressupostos da


legislação educacional brasileira e roraimense, as orientações curriculares para estes níveis e
suas modalidades de educação e ensino, com objetivo de contribuir para a formação
intelectual e cultural dos estudantes, e favorecer o conhecimento de diversas sociedades
historicamente constituídas, por meio de estudos que considerem múltiplas temporalidades;
Seguem de acordo com os conteúdos dos contextos abaixo.
- 210
-

3.2.2.2.1 Língua Inglesa

I - CONTEXTO: CULTURA, TRADIÇÕES E SER HUMANO

Bloco de conteúdos numa co-relação com âmbito


Realidades locais e o Cotidiano Nacional (Brasil), América Latina e Mundial.

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Identificar as letras do alfabeto usando palavras da ►Expressão oral utilizando a linguagem para
realidade local. comunicar-se.
►Reconhecer a importância da Língua Inglesa e de ►Audição de leitura.
seu ensino.
►Cumprimentar formal e informalmente às pessoas
com expressões de saudações.

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Utilizar corretamente os números ordinais. ►Localização de informações e estratégias de leitura.


►Identificar e aplicar corretamente os pronomes ►Leitura convencional e não convencional.
reflexivos.
►Utilizar a leitura individual.
►Expressar frases usando vocabulário relativo às
partes do corpo e profissões.

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Identificar perguntando e respondendo ações que ►Linguagem concisa e precisa, textos jornalísticos e
já ocorreram. ficcionais.
►Fazer uso de pronomes interrogativos, em
perguntas curtas e com respostas objetivas
(oralidade).
►Retirar informações e vocábulos de textos.
►Praticar a leitura e a escrita.

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Relacionar termos de uso comum à internet. ►Palavras de uso comum à internet


►Reconhecer fatos que ocorreram em ►E-mail.
diferentes momentos do passado, com estudo ►Textos publicitários.
das características de tempos verbais ►Textos informativos e jornalísticos.
empregados para indicar formas diferentes do ►Textos instrucionais.
passado.
- 211
-

II - CONTEXTO - CIENCIA E TECNOLOGIA: AVANÇOS E CONTRADICÕES.

Bloco de conteúdos numa co-relação com âmbito


Realidades locais e o Cotidiano Nacional (Brasil), América Latina e Mundial.

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Reconhecer os números cardinais, dias da semana, ►Leitura de textos narrativos e poéticos.


meses e estações do ano e objetos da escola e da sala ►Recursos estilísticos.
de aula e dizer as cores básicas. ►Interpretação de textos com auxilio das estratégias
►Identificar os pronomes demonstrativos e discursivas.
pessoais.
►Utilizar os artigos na elaboração de frases.

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Utilizar, de acordo com o sentido e significado de ►Emprego dos tempos verbais e dos
cada um dos pronomes interrogativos. pronomes interrogativos com auxilio de
►Reconhecer as partes da casa. materiais gráficos diversos.
►Empregar corretamente os verbos auxiliares nas
formas negativas e interrogativas no tempo presente.

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Exercitar os jogos ligados à ampliação de ►Estratégias de leituras.


vocabulário. ►Compreensão da leitura em suas diferentes
►Extrair informações gerais dos textos. dimensões informações implícitas e explicitas
►Praticar a leitura oral. no texto.

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Utilizar frases com o emprego dos advérbios de ►Textos narrativos e poéticos.


tempo definidos e indefinidos. ►Função expressiva das notações léxicas.
►Utilizar em situação de diálogo, o auxiliar do ►Empregar os tempos verbais na produção de textos.
tempo futuro do pretérito e dos verbos regulares e
irregulares nas formas negativas, interrogativas e
afirmativas.
- 212
-

III - CONTEXTO: TRABALHO, CONSUMO, E LUTA POR DIREITO.

Bloco de conteúdos numa co-relação com âmbito


Realidades locais e o Cotidiano Nacional (Brasil), América Latina e Mundial.

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Conhecer a nacionalidade, procedência e sobre ►Leitura de textos históricos e ficcionais.


parte da cultura de certos países. ►Audição de leitura e diálogos.
►Elaborar perguntas sobre a profissão de alguém. ►Produção de diálogos.
►Associar os nomes dados aos membros da família.
►Informar as horas para trabalhar os numerais.

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Empregar corretamente os advérbios. ►Empregar os advérbios na construção de textos


►Utilizar exercícios de prática oral, escrita, auditiva narrativos e jornalísticos.
e leitura. ►Produção de textos utilizando adjetivos e advérbios.
►Reconhecer os adjetivos e seus opostos.
►Utilizar corretamente os advérbios de lugar,
exercitando seu emprego também através da
oralidade.

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Elaborar perguntas e respostas sobre ações futuras. ►Produção de dialogo utilizando os tempos verbais e
►Utilizar os números ordinais e cardinais. os numerais.
►Identificar o emprego dos pronomes que ►Empregar os pronomes na utilização de dialogo.
completam o sentido do verbo.

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Habilitar o aluno a realizar comparações em ►Utilização dos tempos verbais na produção de


língua inglesa. diálogos.
►Utilizar o verbo no futuro.
►Identificar fatos com o tempo definido e usar
expressões idiomáticas.
- 213
-

II - CONTEXTO - CIÊNCIA E TECNOLOGIA: ÉTICA, CONSUMO E DESENVOLVIMENTO


HUMANO.

Bloco de conteúdos numa co-relação com âmbito


Realidades locais e o Cotidiano Nacional (Brasil), América Latina e Mundial.

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Utilizar os pronomes pessoais possessivos. ►Argumentos verbais e não verbais.


►Familiarizar-se à sonoridade da Língua Inglesa. ►Leitura silenciosa e oral de textos de variados
►Utilizar a leitura silenciosa e em voz alta. gêneros.
►Utilizar elementos da expressão oral.

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Utilizar jogos para ampliar vocabulário. ►Leitura de textos informativos.


►Reconhecer culturas de povos que falam língua ►Produção de textos utilizando o tempo
inglesa. verbal.
►Identificar ações através das características dos
tempos verbais, ações que ocorrem no presente (do,
does, don‟t, etc) e ocorridas no passado.

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Utilizar exercícios de prática oral, escrita, auditiva ►Leitura silenciosa e oral de textos de diversos
e leitura. gêneros.

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Praticar vocabulário relativo a poemas, jogos e ►Leitura de textos poéticos.


músicas. ►Informações implícitas e explicitas do texto.
►Produzir textos com coesão e coerência. ►Produção de variados tipos de textos.
►Extrair informações gerais do texto.
►Discursar textos breves.
- 214
-

3.2.2.2.1 Língua Espanhola

I - CONTEXTO: CULTURA, TRADIÇÕES E SER HUMANO

Bloco de conteúdos numa co-relação com âmbito


Realidades locais e o Cotidiano Nacional (Brasil), América Latina e Mundial.

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Identificar as letras do alfabeto. ►Expressão oral utilizando a linguagem para


►Utilizar as expressões noturnas e diurnas para os comunicar-se.
cumprimentos e despedidas. ►Audição de leitura.
►Reconhecer os números de 1 a 100.
►Reconhecer as cores básicas, pronunciando em
contextos adequados.

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Utilizar os números ordinais. ►Localização de informações e estratégias de leitura.


►Utilizar pronomes interrogativos em seus casos ►Localização de informações e estratégias de leitura.
específicos. ►Leitura convencional e não convencional.
►Empregar os auxiliares dos verbos regulares e ►Utilizar os pronomes interrogativos na produção de
irregulares no tempo presente. frases interrogativas leitura convencional e não
convencional.

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Empregar os auxiliares dos verbos regulares e ►Linguagem concisa e precisa, textos jornalísticos e
irregulares no tempo presente. ficcionais.
►Elaborar perguntas sobre ações diversas, ►Empregar corretamente os verbos auxiliares e os
utilizando pronomes interrogativos. pronomes interrogativos nas produções de frases.
►Expressar circunstancia de tempo, modo e lugar ►Produção de pequenos textos utilizando advérbios.
com os advérbios de freqüência.

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Expressar utilizando o grau de comparação. ►Textos publicitários, instrucionais e da internet.


►Perguntar sobre fatos passados e acontecimentos ►Leitura de textos publicitários e informativos.
recentes. ►Identificar os tempos verbais nos diferentes gêneros
►Utilizar o verbo auxiliar do tempo futuro do textuais.
pretérito e dos verbos regulares e irregulares nas
formas interrogativas, afirmativas e negativas.
- 215
-

II - CONTEXTO - CIENCIA E TECNOLOGIA: AVANÇOS E CONTRADICÕES.

Bloco de conteúdos numa co-relação com âmbito


Realidades locais e o Cotidiano Nacional (Brasil), América Latina e Mundial.

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Pronunciar os dias da semana, meses e as estações ►Leitura oral dos dias da semana dos meses e das
do ano. estações do ano.
►Utilizar vocabulários na formação de pequenos ►Produção de diálogos utilizando os artigos definidos
diálogos. e indefinidos.
►Utilizar artigos definidos e indefinidos

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Utilizar advérbios de lugar, perguntando e ►Leitura de textos narrativos identificando os


respondendo sobre algumas localidades e lugares advérbios de lugar.
que freqüentamos. ►Interpretação de textos narrativos.
►Nomear algumas localidades e lugares que ►Textos descritivos.
freqüentamos.
►Expressar poses e ações que vão acontecer.

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Reconhecer ações em andamento no presente e ►Utilizar os tempos verbais nas produções textuais
passado. ►Estratégias de leituras.
►Extrair informações gerais do texto. ►Compreensão da leitura em suas diferentes
►Usar os verbos regulares e irregulares no presente dimensões informações implícitas e explicitas no texto.
e passado.

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Identificar fatos com tempo definido. ►Textos narrativos e poéticos


►Usar expressões idiomáticas. ►Função expressiva das notações léxicas.
►Relatar fatos ocorridos. ►Empregar os tempos verbais na produção de textos
►Expressar discurso direto
- 216
-

III - CONTEXTO: TRABALHO, CONSUMO E LUTA POR DIREITOS.

Bloco de conteúdos numa co-relação com âmbito


Realidades locais e o Cotidiano Nacional (Brasil), América Latina e Mundial.

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Reconhecer pronomes pessoais e algumas ►Audição de leitura e diálogos.


preposições em textos. ►Produção de diálogos.
►Informar as horas. ►Identificar nos textos os pronomes e as preposições.
►Utilizar a leitura oral. ►Produzir textos utilizando pronomes e preposições.
►Leitura oral e silenciosa.

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Empregar corretamente os advérbios. ►Empregar os advérbios na construção de textos


►Utilizar exercícios de prática oral, escrita, auditiva narrativos e jornalísticos.
e leitura. ►Produção de textos utilizando adjetivos e advérbios.
►Reconhecer os adjetivos e seus opostos.
►Utilizar corretamente os advérbios de lugar,
exercitando seu emprego também através da
oralidade.

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Demonstrar compreensão básica de vocabulários ►Produção de dialogo utilizando os tempos verbais e


sobre algumas comidas e bebidas. os numerais.
►Utilizar vocabulários para informação de algumas ►Empregar os pronomes na utilização de dialogo.
comidas e bebidas. ►Interpretação de variados tipos de texto.
►Reconhecer os nomes dos cômodos de uma ►Produção de frases e texto utilizando os nomes dos
residência. cômodos e adjetivos.
►Utilizar adjetivos para produção de frases e
pequenos textos.

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Utilizar adjetivos e ações reflexivas. ►Utilização dos tempos verbais e adjetivos na


►Exercitar jogos ligados à ampliação de produção de diálogos.
vocabulário. ►Leitura de textos instrucionais e informativos.
►Localizar lugares e direções. ►Compreensão da leitura em suas diferentes
►Habilitar o aluno a realizar comparações em dimensões.
língua inglesa.
►Utilizar o verbo no futuro.
►Identificar fatos com o tempo definido e usar
expressões idiomáticas.
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II - CONTEXTO - CIÊNCIA TECNOLOGIA: ÉTICA, CONSUMO E DESENVOLVIMENTO


HUMANO.

Bloco de conteúdos numa co-relação com âmbito


Realidades locais e o Cotidiano Nacional (Brasil), América Latina e Mundial.

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Identificar alguns objetos de sala de aula e pronunciar ►Argumentos verbais e não verbais.
na língua estrangeira. ►Leitura silenciosa e oral de textos de Leitura oral
►Utilizar leitura silenciosa e oral. e silenciosa.
►Produção de frases usando os objetos trabalhados
variando os gêneros.

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Reconhecer culturas de povos que falam a língua ►Leitura de textos informativos.


espanhola. ►Leitura oral e silenciosa.
►Utilizar exercícios de prática oral, escrita, auditiva e ►Produção de textos utilizando o tempo verbal.
leitura. ►Leitura de textos históricos e informativos.
►Informações implícitas e explicitas do texto.

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Utilizar exercícios de prática oral, escrita, auditiva e ►Leitura silenciosa e oral de textos de diversos
leitura. gêneros.
►Usar os verbos regulares e irregulares no presente e ►Produção de pequenos textos usando os verbos
passado. regulares e irregulares e números cardinais e
►Utilizar os números cardinais e ordinais. ordinais.
►Produzir textos com coesão e coerência. ►Textos epistolares (solicitação, carta de
apresentação).

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Praticar vocabulário relativo a poemas, jogos e ►Leitura de textos poéticos.


músicas. ►Informações implícitas e explicitas do texto.
►Produzir textos com coesão e coerência. ►Produção de variados tipos de textos.
►Extrair informações gerais do texto. ►Compreensão da leitura em suas diferentes
►Praticar vocabulário relativo a poemas, jogos e dimensões.
músicas.
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-

3.2.3 Metodologia e Interdisciplinaridade em Língua Estrangeira.

No contato com qualquer texto em uma segunda língua, o aluno utiliza estratégias
das quais já faz uso, quando se comunica em sua própria língua. Mobiliza o que já sabe sobre
o assunto, sobre o tipo de texto, sobre o autor, a forma, e as imagens.
Numa situação de diálogo, faz comentários, pede e dá explicações, registra o que
lhe interessa, pede para repetir o que não entendeu, e assim constrói um significado para
aquilo que lê, ouve ou vê. Desta forma, o ensino de língua inglesa e espanhola deve ser
através de experiências de contato com a língua, em situações de comunicação, sempre numa
perspectiva multidisciplinar e vinculada a contextos reais, com assuntos e temas relacionados
ao universo de interesses dos alunos do Ensino Fundamental.
Nas oficinas curriculares os alunos devem vivenciar atividades orais e escritas, que
favoreçam o domínio efetivo das funções comunicativas da língua: Regras de comunicação –
o que responder, como perguntar, que palavras usar e como pronunciá-la. Tais como:
● Compreender e responder adequadamente a direções e perguntas;
● Participar de diálogos simples com os colegas;
● Canções, rimas, participar de conversas e discussões;
● Saber usar palavras de posições (preposições), palavras de ação (verbos) e
nomeação (substantivos);
● Recontar histórias;
● Ser capaz de usar expressões de cumprimento, de solicitação, recusa, desculpas,
concordância, discordância e permissão.
I. Repertório vocabular – que possa ser utilizado em situações contextualizadas, de
comunicação oral ou escrita, contemplando os diversos gêneros textuais;
II. Estrutura da língua – desenvolver atividades com reflexão sobre a linguagem
funcional, em situações contextualizadas da prática social;
III. É importante promover situações de desafio, para mobilizar nos alunos a busca
de recursos diferenciados, que visem à superação de obstáculos nos diversos níveis, a serem
transpostos, desde que as propostas sejam distribuídas por um determinado grau de
dificuldade.
- 219
-

3.2.4 Avaliação em Língua Estrangeira

Para não mistificar a avaliação das ações didáticas que se desenvolve com a
discência em sala de aula, é só seguir a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(9.394/1996) que diz que esta deve proceder da seguinte maneira:

V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação


contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de
eventuais provas finais; b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com
atraso escolar; c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante
verificação do aprendizado; d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; e)
obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período
letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas
instituições de ensino em seus regimentos; (LDB 9.394/1996, artigo 24, inciso V,
alíneas a-d).

A avaliação deverá ser formativa, ou seja, encontrar meios de responder às


perguntas: Está funcionando? O que está acontecendo? E de acordo com o teor das respostas,
pode-se redirecionar o percurso. É importante que o professor ao avaliar o nível do aluno,
acompanhe a evolução do processo de aprendizagem, as dificuldades e suas possíveis causas.
Portanto, cabe ao educador acompanhar atentamente as reações dos alunos e refletir
sobre elas, levando em conta os possíveis efeitos de aspectos decorrentes do domínio efetivo
na aprendizagem, em vez de julgá-las apenas pelo desempenho, desde que haja coerência
entre o foco do ensino e o da avaliação.
As atividades devem ser feitas de forma cooperativa e não competitiva, desta forma
os alunos irão trabalhar em grupo, todos em torno de um mesmo objetivo, o que pode gerar
vários conflitos cognitivos, e no final do processo os alunos obterão resultados que
individualmente seria praticamente impossível.
No âmbito do ensino de línguas estrangeiras modernas, os professores têm amplo
espaço para reinventar suas práticas de ensino. Contudo, para alcançar bons resultados, é
preciso adotar novas atitudes no que concerne às pesquisas e interação com os alunos, e ainda
a importância da língua estrangeira como instrumento de comunicação global, além do uso
das novas tecnologias na educação.
É necessário, sobretudo, entender as línguas estrangeiras como um valioso recurso
comunicativo, e passaporte para a leitura dos discursos que circulam no cenário mundial. Esse
instrumento está à nossa disposição para ajudar o aluno a encontrar seu lugar na sociedade e
no trabalho.
- 220
-

3.2.5 Referências Bibliográficas

BRANDÃO, Helena Nagamine, Introdução à análise do discurso. Campinas: Editora da


Unicamp, 2002

BRASIL. MEC. Parâmetros Curriculares nacionais: língua estrangeira / ensino


fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BROWN, H. Douglas, Teaching by principles: and interactive approach to language


pedagogy. 2nd ed. San Francisco: State University, 2001.

CARNEIRO, Moacir Alves. LDB: Leitura Critico – Compreensiva Artigo a Artigo – 4.


ed. – Petrópolis: Vozes, 1999. Seção III/IV p. 98 – 107.

COSTA, Daniel N. Martins da. Porque Ensinar Língua Estrangeira na Escola de 1º Grau.
São Paulo: Pedagógica Universitária, 2003.

ESTEBAN, Maria Tereza (ORG). Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. Rio
de Janeiro: DP&A, 1999. Cap. 1 p. 7 – 28.

FAZENDA, Ivani (ORG). Práticas Interdisciplinares na Escola – 6. ed. – São Paulo:


Cortez, 1999. Cap. 7, p. 47 – 55.

FILHO, José Carlos P. de Almeida (ORG). O Professor de Língua Estrangeira em


Formação – 2. ed. – Campinas: Pontes, 2005.

LEFFA, Vilson J. O Ensino das Línguas Estrangeiras no Contexto Nocional. Disponível


em: <www.leffa.pro.br/oensle> Acesso em 25 jul. 2006.

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem Escolar – 9. ed. – São Paulo: Cortez,


1999. Cap. 9 p. 168 – 180.

MÜLLER, Mary Stela; CORNELSEN, Julce Mary. Normas e Padrões para Teses,
Dissertações e Monografias – 5. ed. Atual – Londrina: Eduel, 2003.

PAIVA, Vera Lúcia Menezes de O. A LDB e a Legislação Vigente Sobre o Ensino e a


Formação do professor de Língua Inglesa. Disponível
em: <www.veramenezes.com/ensino> Acesso em 30 jul. 2006

OLIVEIRA, Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-histórico.


São Paulo: Scipione, 1993.

ORLANDI, Eni Puccinelli. Análise de Discurso: princípios e procedimentos. Campinas:


Fontes, 2002.

SCHÜTZ, Richard. O que é talento para Línguas? English Made in Brazil. Disponível on-
line in < http://www.sk.com.br/sk-talen.html>. Acesso em 06 de dez. 2003.
- 221
-

3.3 REFERENCIAL CURRICULAR: EDUCAÇÃO FÍSICA

EQUIPE DE PRODUÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO

Admilson da Costa Nascimento – Escola Estadual Monteiro Lobato


Alessandra Lima de Souza – Escola Estadual Ulisses Guimarães
Alexandra SD. Mangabeira – Escola Estadual 13 de setembro
Ana Maria da Silva Martins – Escola Estadual Jesus de Nazareno
Cleomar da Silva Costa – Escola Estadual Ana Libória
Débora Maria Carvalho – Escola Estadual Luiz Ribeiro de Lima
Edson Mendes Júnior – Escola Estadual Major Alcides
Fabiane Sá Marchioro – Escola Estadual Dom José Nepote
Francinaide C. Verdolin – Escola Estadual Maria das Neves Rezende
Hellen Regiane de Souza Rodrigues – Escola Estadual Ulisses Guimarães
Herivelton Almeida Maciel – Escola Estadual 13 de setembro
João Bosco C. de Sales – Escola Estadual Caranã
Leina Antônia Lucena Pantaleão – Escola Estadual Dom José Nepote
Leonardo M. Tupinambá – Escola Estadual Monteiro Lobato
Lidiane Santos – Escola Estadual Dr. Ulisses Guimarães
Lucimary Azevedo Oliveira – Escola Estadual Mário David Andreazza
Luizete Aguiar da Silva – Escola Estadual Euclides da Cunha
Maria Alessandra Cunha e Silva – Escola Estadual Severino Cavalcante
Maria Lúcia Silva Barbosa – Escola Estadual Fagundes Varela
Micilene Rodrigues de Freitas – Escola Estadual Mª Raimunda Mota Andrade
Odália Araújo de Lima – Escola Estadual Mário David Andreazza
Osmilza Lima Feitosa – Escola Estadual Prof. Severino G. da Silva Cavalcante
Patrícia Fernanda P. Feitosa – Escola Estadual Olavo Brasil
Paula M. de Castro – Esc. Est. Jesus Nazareno
Petrônio da Silva Guimarães – Escola Est. Pedro Elias de A.
Rayka Ducília a. A. de Magalhães – Escola Estadual Oswaldo Cruz
Riley Marques Rodrigues – Escola Estadual Profª Wanda David Aguiar
Sílvio José Simon – Escola Estadual Coema Souto Maior
Valmir de Souza Marques – Escola Estadual Caranã
Veronice Pereira da Silva – Escola Est. Prof. Severino G. da Silva Cavalcante
- 222
-

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL:
Rosângela da Silva Viana

ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO:
Francisco Edson Pereira Leite – Escola Estadual São Vicente de Paula
Moacir Augusto de Souza Augusto de Souza – Escola Estadual Severino Cavalcante

“(...) A Educação Física precisa buscar sua identidade como área de estudo
fundamental para a compreensão do ser humano enquanto produtor de cultura
(...)”. (BRASIL, 1998)
- 223
-

3.3.1 Concepção do Componente Curricular Educação Física

De acordo com o Manifesto Mundial da Educação Física – 2000 da Fedération


Internationale D‟Education Physique (FIEP): a Educação Física é um processo de educação,
seja por vias formais ou não; que ao promover uma educação efetiva para a saúde e ocupação
saudável do tempo livre de lazer, constitui-se num meio efetivo para a conquista, de um estilo
de vida ativo, dos seres humanos.
A Educação Física é um componente curricular obrigatório da Educação Básica, e
seus conteúdos contemplam a Cultura Corporal de Movimento (Esportes; Lutas; Danças e
Ginásticas) podendo ser trabalhados na forma: de Jogos, Recreação; Exercícios Físicos; Aulas
Teóricas; Pesquisas; Seminários; Debates, Palestras e outros métodos de ensino.
Tendo a finalidade de estimular em cada aluno hábitos saudáveis que possibilitem
um estilo de vida ativa e com qualidade, a Educação Física contempla entre tantos benefícios
a formação crítica e consciência da cidadania.
Segundo Oliveira (1992): “a Educação Física, é reconhecida e regulamentada desde
1998; por sua vez, como responsável pelo estudo e aplicação do mundo do movimento
humano, não pode ser retirada de qualquer processo pedagógico sério e comprometida com as
questões sociais”.
Nas escolas o ensino da Educação Física tem se resumido à mera prática de esportes,
e a formação de equipes para os jogos escolares, e em piores situações, sua prática
caracteriza-se por um vago momento de ociosidade e “peladas”.
A luz desta problemática percebe-se a necessidade de reverter tal quadro a fim de se
garantir um direito constitucional de todo cidadão brasileiro; o acesso a um ensino de
qualidade e a prática da cultura corporal de movimentos bem orientada e dirigida.
Aos profissionais da área cabe o dever de zelar pela ética, atuando de forma
comprometida e de acordo com as atribuições que competem ao seu papel social, planejando
previamente suas aulas, o que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos da
sua organização e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto um momento de
pesquisa e reflexão.
O aluno por sua vez terá maiores condições de compreender o valor destas aulas,
dentro de um contexto social mais amplo, e não apenas um simples momento de “brincadeira”
na escola; adotando uma postura responsável e comprometida com as informações
socializadas em cada aula.
- 224
-

No entanto, não poderíamos deixar de destacar os procedimentos da escola para com a


Educação Física. É de suma importância que a escola compreenda, que a educação física
escolar é muito mais que treinamento esportivo, que não somos uma disciplina de segunda
categoria, com professores desqualificados, que o Ginásio é um ambiente destinado também a
aulas e que portanto não pode servir de “válvula de escape” e muito menos funcionar como
“depósito de alunos” em horário vago.
A Carta Brasileira de Educação Física é um dos documentos oficiais do sistema
CONFEF/CREFs, e nela está contida a seguinte citação na Considerada, página onze (11):
Conforme o Manifesto Mundial da Educação Física – 2000 da Fedération Internationale D‟
Education Physique (FIEP).

A Educação Física: é caminho privilegiado de Educação, pelas suas


possibilidades de desenvolver a dimensão motora e afetiva das pessoas;
principalmente das crianças e adolescentes, conjuntamente com os domínios
cognitivos e sociais.

E por se tratar de um dos mais preciosos recursos humanos, que é o corpo, e


ao ser assegurado e promovido ao longo da vida das pessoas, apresenta-se com
relações efetivas e profundas com a Educação, Saúde, Lazer, Cultura, Esporte,
Ciência e Turismo.

Finalmente, a Ciência da Motricidade Humana (...) tem compromissos com


as grandes questões contemporâneas da Humanidade, como as pessoas com
necessidades especiais, a exclusão social, os países subdesenvolvidos, e em
desenvolvimento, a paz e o meio ambiente.”.

A importância da elaboração de um referencial curricular da disciplina justifica-se,


pela necessidade de estruturarmos o ensino da Educação Física nas escolas, para a garantia da
qualidade e o cumprimento das responsabilidades designadas ao profissional; afinal o que se
espera é que na escola o profissional de Educação Física assuma a função de estimular o
aluno e sensibilizá-lo sobre a importância destas aulas para o seu desenvolvimento global, a
inclusão na sociedade e auxiliar na melhoria da qualidade de vida.
Todavia quando tratamos de Educação Física, geralmente nos reportamos às
situações que contemplam e privilegiam indivíduos dotados de todas as qualidades
psicomotoras esperadas em um ser humano; e erroneamente nos reportamos a este como
“normal”.
À margem desta situação, estão os ditos “especiais”, ou seja, indivíduos que por
diferentes circunstâncias são acometidos por algum tipo de limitação que embora dificulte,
não impedem a sua participação na vida em sociedade, e isto logicamente inclui o acesso à
cultura corporal de movimentos (educação física).
- 225
-

As atividades físicas adaptadas de um modo geral sempre fizeram parte do contexto


da Educação Física Escolar, uma vez que para se desenvolver muitos conteúdos e alcançar os
objetivos nós profissionais temos que utilizar de toda a criatividade e imaginação para adaptar
os exercícios à nossa realidade de estrutura: física, espaço, recursos materiais e uma série de
outras variáveis.
Por outro lado de acordo com CASTRO, 2005: a Atividade Física Adaptada
enquanto subárea da Educação Física, tem como objetivo, integrar e aplicar fundamentos
teóricos e práticos das varias disciplinas da motricidade humana, e áreas vizinhas da saúde e
educação em diferentes programas educacionais de reabilitação, para indivíduos de todas as
faixas etárias que não se ajustem total ou parcialmente às demandas das instituições sociais,
de modo a satisfazer as necessidades de pessoas com deficiência.
E entendendo que a Educação Física possui um canal próprio de comunicação com o
aluno, visto sua facilidade de trabalhar com o corpo, ou seja, trabalhar a inteligência através
dos movimentos (Jean Le Boulch), sendo o ser humano na sua totalidade o objeto de
abordagem neste componente curricular, destaca-se ainda mais o papel de contributo destas
aulas, para o desenvolvimento pleno de todos os alunos, sejam eles PNEE ou não.
Pois entre tantas dificuldades enfrentadas, a pessoa com deficiência, também tem
dificuldades no aproveitamento e na utilização de seu tempo livre, ficam então as indagações:
Como brincar e com quem brincar? Responder a estes questionamentos implica na solução de
problemas ainda maiores como: fazer e manter amigos para suas horas de lazer, saber
participar e organizar brincadeiras ou atividades, o que se traduz em se sentir feliz e integrado.
Devemos ainda destacar a interpretação correta da lei, quando diz que na Educação
de Jovens e Adultos, a prática da Educação Física é facultativa. Porém a lei se refere ao aluno,
pois a mesma lei afirma que a Educação Física é componente curricular obrigatório da
Educação Básica, o que obriga todas as escolas a oferecerem seu ensino inclusive nas turmas
da EJA.

Isto representa o acesso a esse universo de informações, vivências e valores, o qual


também é compreendido como um direito do cidadão, na perspectiva da construção e usufruto
de instrumentos para promover a saúde, utilizar criativamente o tempo de lazer e de expressão
de afetos e sentimentos, em diversos contextos de convivência.
- 226
-

Logo é necessário um esforço significativo de todos, mas primeiramente dos


profissionais, os quais devem se envolver e se comprometer também com a EJA, criando
condições de valorização desse universo de conhecimento, de modo que se tenha mais um
núcleo de difusão dessa área cultural que, para além de ser regida pela obrigatoriedade legal,
tem seu valor na construção da cidadania.
Por fim, todos precisam entender que educação física na escola não é sinônimo de
futebol, vôlei e queimada, afinal trata-se de um componente curricular com saberes próprios
que estão além dos aspectos técnicos de cada modalidade, na verdade a Educação Física
Escolar contempla o Ser Humano em todas as suas fases de desenvolvimento, crescimento e
formação, envolvendo os aspectos cognitivos físicos, afetivos e psicomotores.
Para Rosadas (1994): o objetivo da Educação Física, enquanto processo educacional,
não é a simples aquisição de habilidades, mas sim o de contribuir para o desenvolvimento das
potencialidades humanas.
No aspecto social, ajudar a criança a estabelecer relações com as pessoas e com o
mundo; no aspecto filosófico, ajudar a criança a questionar e compreender o mundo; no
aspecto biológico, conhecer, utilizar e dominar o seu corpo; no aspecto intelectual, auxiliar no
seu desenvolvimento cognitivo.

3.3.2 Conteúdo e Contextualização em Educação Física

“A Educação Física, tem como seu meio específico às atividades físicas exercidas a
partir de uma intenção educacional, nas formas de exercícios ginásticos, jogos,
esportes, danças, lutas, atividades de aventura, relaxamento e ocupações diversas do
lazer ativo”...

(MANIFESTO MUNDIAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 2000)

A educação física evolui à medida que se processa a evolução cultural dos povos.
Assim, a sua orientação no tempo e no espaço, está em sintonia com os sistemas políticos,
sociais, econômicos e científicos vigentes nas sociedades humanas. Na pré-história havia a
preocupação do desenvolvimento da força bruta, sob o ponto de vista utilitário/guerreiro, sem
idéia definida do ponto de vista moral.
Na Antiguidade os gregos entretanto, mais evoluídos, visavam ao desenvolvimento
físico e moral do homem. Nesse período, a educação física visava o aspecto somático,
- 227
-

harmonia de formas, musculatura saliente, sem exagero, de onde surgiram os atletas de porte
esbelto.
É a fase anatômica da educação física. Já entre os moral que herdaram com a
conquista da Grécia, as atividades físicas dos gregos, em plena decadência, orientavam a
educação física, objetivando o desenvolvimento das massas musculares. Pouco se dedicavam
à cultura intelectual e muito menos a da moral.
Na Idade Média caracteriza-se a reação contra a adoração pagã do físico, e o espírito
passa a predominar sobre a matéria. Os exercícios físicos são relegados a plano secundário e a
"justa" e o "torneio" são as formas bárbaras de sua manifestação, por influência das ordens de
cavalaria.
Modernamente, com o desenvolvimento da fisiologia outras ciências caem, o
conceito anatômico também e passa a prevalecer o fisiológico. O que se deseja não é a força,
mas sim a saúde mais do que a força. É preciso, também, considerar o lado moral.
A moral deve ser levada em conta pela educação física, pois é necessário que ela
concorra para formar um coração generoso, uma moral elevada, além de uma inteligência
lúcida. Estamos, pois, hoje, na fase em que a educação física visa, a par do preparo físico, a
educação no seu tríplice aspecto: físico, moral e intelectual.
De acordo com a LDB 9.394/1996 “a Educação Física, integrada à proposta
pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação (...)” Ao ressaltar que
a educação física deve ser integrada a proposta pedagógica da escola, a lei afirma que o
componente curricular trabalhará no processo de construção coletiva, numa perspectiva de
homem e a uma sociedade melhor que hoje, ou seja, supera a idéia de representar apenas uma
atividade recreativa dentro de um processo educativo maçante.
Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a
ser complementada, em cada sistema de ensino, e estabelecimento escolar, por uma parte
diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da
economia e da clientela. (LDB 9.394/1996, artigo 26.)
A importância da elaboração de um referencial curricular da disciplina justifica-se
pela necessidade de estruturação do ensino de Educação Física nas escolas, para a garantia da
qualidade e o cumprimento das responsabilidades designadas ao profissional, afinal o que se
espera, é que na escola o profissional de Educação Física assuma a função de estimular o
aluno e sensibilizá-lo sobre a importância destas aulas para o seu desenvolvimento global, a
inclusão na sociedade e auxiliar na melhoria da qualidade de vida.
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Todavia quando tratamos de Educação Física, geralmente nos reportamos às


situações que contemplam e privilegiam indivíduos, dotados de todas as qualidades
psicomotoras esperadas em um ser humano, e erroneamente nos reportamos a este como
“normal”, a margem desta situação está os dito “especiais”, ou seja, indivíduos que por
diferentes circunstâncias são acometidos por algum tipo de limitação que embora dificulte,
não impedem a sua participação na vida em sociedade, e isto logicamente inclui o acesso à
cultura corporal de movimentos (educação física).
As atividades físicas adaptadas de um modo geral sempre fizeram parte do contexto
da Educação Física Escolar, uma vez que para se desenvolver muitos conteúdos, e alcançar os
objetivos, nós profissionais temos que utilizar de toda a criatividade e imaginação, para
adaptar os exercícios à nossa realidade de estrutura física, espaço, recursos materiais e uma
série de outras variáveis.
Por outro lado de acordo com Castro (2005): A Atividade Física Adaptada enquanto
subárea da Educação Física, tem como objetivo: integrar e aplicar fundamentos teóricos e
práticos das várias disciplinas da motricidade humana, e áreas vizinhas da saúde e educação,
em diferentes programas educacionais de reabilitação, para indivíduos de todas as faixas
etárias que não se ajustem total ou parcialmente, às demandas das instituições sociais, de
modo a satisfazer as necessidades de pessoas com deficiência.
“E entendendo que a Educação Física possui um canal próprio de comunicação com
o aluno, visto sua facilidade de trabalhar com o corpo, ou seja, trabalhar a inteligência através
dos movimentos” (JEAN LE BOULCH, 1986), sendo o ser humano na sua totalidade o objeto
de abordagem neste componente curricular, destaca-se ainda mais o papel de contributo destas
aulas para o desenvolvimento pleno de todos os alunos, sejam eles PNEE ou não; pois entre
tantas dificuldades enfrentadas, a Pessoa com deficiência também tem dificuldades no
aproveitamento e na utilização de seu tempo livre, ficam então as indagações: como brincar e
com quem brincar? Responder a estes questionamentos implica na solução de problemas
ainda maiores como fazer e manter amigos para suas horas de lazer, saber participar e
organizar brincadeiras ou atividades o que se traduz em se sentir feliz e integrado.
Por fim todos precisam entender que educação física na escola não é sinônimo de
futebol, vôlei e queimada, afinal trata-se de um componente curricular com saberes próprios
que estão além dos aspectos técnicos de cada modalidade, na verdade, a Educação Física
Escolar contempla o Ser Humano em todas as suas fases de desenvolvimento, crescimento e
formação envolvendo os aspectos cognitivos físicos, afetivos e psicomotores.
- 229
-

Para Rosadas (1994): O objetivo da Educação Física, enquanto processo educacional,


não é a simples aquisição de habilidades, mas sim contribuir para o desenvolvimento das
potencialidades humanas. No aspecto social, ajudar a criança a estabelecer relações com as
pessoas e com o mundo; no aspecto filosófico, ajudar a criança a questionar e compreender o
mundo; no aspecto biológico, conhecer, utilizar e dominar o seu corpo; no aspecto intelectual,
auxiliar no seu desenvolvimento cognitivo.

3.3.2.1 Organização contextual dos conteúdos de Educação Física.

A realidade local deve ser o ponto de partida no processo de construção do


conhecimento, significando-o e ressignificando o processo interventivo nesta realidade. Os
conteúdos de Educação Física estão organizados em dois grandes contextos: Cultura,
diversidade e luta por direitos e desenvolvimento humano: ação, expressão e movimento que
proporcionarão ao aluno competências para:
 Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e
construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando características
físicas e de desempenho de si próprio e dos outros, sem discriminar por
características pessoais, físicas, sexuais ou sociais;
 Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações
lúdicas e esportivas, repudiando qualquer espécie de violência;
 Conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de manifestações
de cultura corporal do Brasil e do mundo, percebendo-as como recurso
valioso para a integração entre pessoas e entre diferentes grupos sociais;
 Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos
saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais, relacionando-os
com os efeitos sobre a própria saúde e de recuperação, manutenção e
melhoria da saúde coletiva;
 Solucionar problemas de ordem corporal em diferentes contextos,
regulando e dosando o esforço em um nível compatível com as
possibilidades, considerando que o aperfeiçoamento e o desenvolvimento
das competências corporais decorrem de perseverança e regularidade e
que devem ocorrer de modo saudável e equilibrado;
- 230
-

 Reconhecer condições de trabalho que comprometam os processos de


crescimento e desenvolvimento, não as aceitando para si nem para os
outros, reivindicando condições de vida dignas;
 Conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e estética corporal que
existem nos diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro
da cultura em que são produzidos, analisando criticamente os padrões
divulgados pela mídia e evitando o consumismo e o preconceito;
 Conhecer, organizar e interferir no espaço, de forma autônoma, bem como
reivindicar locais adequados para promover atividades corporais de lazer,
reconhecendo-as como uma necessidade básica do ser humano e um
direito do cidadão.

3.3.2.1.1 Contexto: Cultura, Diversidade e Luta por Direitos

A Educação Física visa à unidade indissociável das habilidades e competências,


tanto motoras quanto cognitivas. Trata-se do processo de formação do ser humano, desde a
psicogênese, formação de caráter e também no processo educacional, logicamente esta possui
grande relevância, principalmente no desenvolvimento das crianças.
Por trata-se de uma ciência que estuda a motricidade humana, as aulas de Educação
Física não podem estar vinculadas apenas à aprendizagem de esportes e melhoria das
condições físicas, mas sim, explorar seu caráter de contribuição formativa, trabalhando os
principais fatores que levam o ser humano a ter ciência do que é estar no mundo em sua
plenitude, buscando, por meio de um melhor entendimento do corpo, a melhor forma de
educar o humano.
Nesta perspectiva o vínculo é fundamental, e saber estabelecer vínculos com os
alunos e colegas professores, pressupõe aprender a lidar consigo (relação intrapessoal) e com
os outros (relação interpessoal).
Através de estudos feitos em Cognição Humana, Gardner (2000, p. 58) afirma que a
inteligência intrapessoal, “envolve a capacidade de a pessoa se conhecer, de ter um modelo
individual de trabalho eficiente – incluindo aí os próprios desejos, medos e capacidades – e de
usar estas informações com eficiência para regular a própria vida”. Para este mesmo autor,
(1994, p. 185) a inteligência interpessoal: “volta-se para fora, para outros indivíduos”.
A corporeidade deve ser a instância referencial de critérios para a educação, para a
política, para a economia e inclusive para a religião. Ninguém pode servir aos valores
- 231
-

espirituais sem encarná-los em valores corporais. Justifica-se, assim, a importância da


Educação Física no contexto educacional como área do movimento humano que aborda a
cultura corporal, pois trazemos impressos na nossa corporeidade à cultura local e mundial e
somos afetados por ela. (ASSMANNA, 1998, p. 6).

CULTURA, DIVERSIDADE E LUTA POR DIREITOS.


Realidades locais e o Cotidiano Bloco de conteúdos numa co-relação em âmbito
Nacional (Brasil), América Latina e Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Conhecer a diversidade de produções artísticas, Arte, música e movimento:


como desenhos, pinturas, esculturas, construções, ►Diversidade de produções artísticas, como desenhos,
colagens etc. pinturas, esculturas, construções, colagens etc.
►Criar desenhos, pinturas, colagens, modelagens a ►Desenhos, pinturas, colagens, modelagens a partir de
partir de seu próprio repertório e dos elementos: seu próprio repertório e dos elementos: ponto, linha,
ponto, linha, cor, forma, volume, textura etc. cor, forma, volume, textura etc.
►Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e ►Cuidados com os materiais e com o espaço físico.
solidariedade lúdicas, buscando solucionar Respeito pelos trabalhos produzidos individualmente e
problemas. em grupo.
►Conhecer, valorizar, apreciar e desfrutar de ►Atividade de dramaturgia.
algumas das diferentes manifestações da cultura ►Mímica e dramatização.
corporal, adotando uma postura não-preconceituosa ►Brincadeiras e jogos que envolvem correr, subir,
ou discriminatória por razões sociais, sexuais ou descer, escorregar, pendurar-se, movimentar-se, dançar
culturais. etc.
►Organizar atividades corporais, valorizando-as ►Musicais de diferentes gêneros e canto de canções
para o usufruto do tempo disponível. desenvolvendo o gosto e a memorização das mesmas.
►Explorar o uso da cor em superfícies variadas. ►Formações.
►Explorar os espaços bidimensionais e ►Datas comemorativas.
tridimensionais na realização de seus trabalhos ►Avaliação física.
artísticos. ►Exame biométrico.
►Organizar e cuidar dos materiais e com o espaço
físico da sala de aula.
►Apreciar suas próprias produções e das dos outros.
►Diferenciar as variadas formas de organização da
turma durante a aula, posicionando-se
adequadamente conforme os comandos solicitados.
►Conhecer as principais manifestações culturais do
nosso país, reconhecendo a importância de cada um
destes fatos comemorados e o significado destes para
a formação cidadã.
►Organizar a atividade de dramaturgia a partir de
histórias: ouvidas, lidas e vividas.
►Representar através da mímica e da dramatização.
►Participar de brincadeiras e jogos que envolvem:
correr, subir, descer, escorregar, pendurar-se,
movimentar-se, dançar etc., para ampliar o
conhecimento e controle sobre o corpo e o
movimento.
►Escutar obras musicais de diferentes gêneros e
canto de canções desenvolvendo o gosto e a
memorização das mesmas.
- 232
-

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Conhecer o corpo humano. CORPORIEDADE


►Identificar as partes do corpo humano. ►O corpo humano
►Fazer atividades de relaxamento do corpo. ►Relaxamento.
►Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e ►Hábitos de higiene.
solidariedade lúdicas, buscando solucionar ►Socialização.
problemas. ►Exame Biométrico
►Conhecer, valorizar, apreciar e desfrutar de ►Formação
algumas das diferentes manifestações da cultura ►Datas comemorativas.
corporal, adotando uma postura não-preconceituosa ►Avaliação física.
ou discriminatória por razões sociais, sexuais ou
culturais.
►Organizar atividades corporais, valorizando-as
para o usufruto do tempo disponível.
►Diferenciar as variadas formas de organização da
turma durante a aula, posicionando-se
adequadamente conforme os comandos solicitados.
►Conhecer as principais manifestações culturais do
nosso país, reconhecendo a importância de cada uma
destes fatos comemorados e o significado destes para
a formação cidadã.
►Saber qual a função dos exercícios de relaxamento
para o bem estar do corpo.
► Saber a importância da higiene corporal para a
saúde do corpo.

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Saber qual a função dos exercícios de relaxamento CORPORIEDADE


para o bem estar do corpo. ►Hábitos de higiene.
►Saber a importância da higiene corporal para a ►Relaxamento.
saúde do corpo. ►Alterações físicas após esforço.
►Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e ►Atividade de contato corporal.
solidariedade lúdicas, buscando solucionar ►Avaliação física.
problemas. ►Exame biométrico.
►Conhecer, valorizar, apreciar e desfrutar de
algumas das diferentes manifestações da cultura
corporal, adotando uma postura não-preconceituosa
ou discriminatória por razões sociais, sexuais ou
culturais.
►Organizar atividades corporais, valorizando-as
para o usufruto do tempo disponível.
►Perceber as alterações físicas após o esforço.
►Fazer atividades que promovam contato corporal,
possibilitando proximidade entre os sujeitos
envolvidos.
- 233
-

ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Saber qual a função dos exercícios de relaxamento CORPOREIDADE


para o bem estar do corpo. ►Alterações físicas, após esforço, em si mesmo.
►Saber a importância da higiene corporal para a ►Atividades do contato corporal.
saúde do corpo. ►Hábitos de higiene.
►Fazer atividades que promovam contato corporal, ►Relaxamento.
possibilitando proximidade entre os sujeitos ►Avaliação física.
envolvidos. ►Exame biométrico.
Identificar e aferir as alterações físicas, após esforço,
em si mesmo.
►Apropriar-se de processos de aperfeiçoamento das
capacidades físicas motoras próprias das situações
relacionais, aplicando-os com discernimento em
situações-problema que surjam no cotidiano.

► Reconhecer e valorizar as diferenças de


desempenho, linguagem e expressividade
decorrentes, inclusive, das diferenças culturais,
sexuais e sociais.

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Aferir, registrar e comparar as alterações físicas CORPOREIDADE


após esforço com os demais colegas. ►Alterações físicas após esforço com os demais
►Reconhecer as diferenças corporais presentes na colegas.
escola e na sala de aula. ►Atividades do contato corporal.
►Relacionar a diversidade de manifestações da ►Hábitos de higiene.
cultura de seu ambiente e de outros, com o contexto ►Relaxamento.
em que são produzidas e valorizadas. ►Diferenças corporais.
►Diferenças culturais.
►Avaliação física.
►Exame biométrico.

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Autoconceituar a postura corporal. CORPOREIDADE


►Desenvolver atividades que evidenciam as ►Imagem corporal.
diferenças corporais, valorizando-as. ► Socialização
►Reconhecer a importância da avaliação física para ►Atividades de contato corporal.
a segurança das atividades físicas realizadas. ►Diferenças culturais.
►Aprofundar as noções conceituais de esforço, ►Relaxamento conduzido.
intensidade e freqüência por meio do planejamento e ►Avaliação física.
sistematização de suas práticas corporais. ►Exame biométrico.
►Buscar fundamentar teoricamente a forma de
construção e adaptação de alguns sistemas de
melhoria de sua aptidão física.
- 234
-

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Reconhecer a importância dos grupos musculares, CORPOREIDADE


suas utilidades nas atividades cotidianas. ►Imagem corporal.
►Reconhecer os elementos integrantes do ambiente, ►Diferenças corporais
adotando hábitos saudáveis de higiene, alimentação e ►Atividades de contato corporal.
atividades corporais, relacionando-os com os efeitos ►Relaxamento conduzido.
sobre a própria saúde e de recuperação, manutenção ►Grupos musculares.
e melhoria da saúde coletiva. ►Avaliação física.
►Exame biométrico.

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Saber como fazer a avaliação da freqüência O corpo e suas relações:


cardíaca – repouso e após esforço físico, tempo de ►Atividades de contato.
recuperação. ►Avaliação física.
►Favorecer atividades de contatos físicos em prol ►Exame biométrico.
da cooperação entre os sujeitos envolvidos.
►Solucionar problemas de ordem corporal em
diferentes contextos, regulando e dosando o esforço
em um nível compatível com as possibilidades,
considerando que o aperfeiçoamento e o
desenvolvimento das competências corporais
decorrem de perseverança e regularidade e devem
ocorrer de modo saudável e equilibrado.

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

O corpo e suas relações


►Elaborar sessão de alongamento. ►Sessão de alongamento.
►Fazer atividades sobre as diferenças corporais ►Relaxamento conduzido.
abordando conceitos com relações de gênero, ►Diferenças corporais.
obesidade, valores estéticos impostos pela sociedade. ►Diferenças Culturais.
►Conhecer a diversidade de padrões de saúde, ►Avaliação física.
beleza e estética corporal que existe nos diferentes ►Exame biométrico.
grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro
da cultura em que são produzidos, analisando
criticamente os padrões divulgados pela mídia e
evitando o consumismo e o preconceito.
- 235
-

3.3.2.1.2 Contexto: Desenvolvimento Humano: Ação, Expressão e Movimento

A Educação Física se fundamenta na interação entre criança e o meio em que vive,


para isso, faz-se necessário democratizar, humanizar e diversificar a forma pedagógica do
ensino, da Educação Física, valorizando e incorporando as dimensões afetivas, cognitivas e
socioculturais dos alunos, através de atividades físicas, que não visam apenas a parte
disciplinar, mas também o desenvolvimento da autoconfiança, tornando o aluno livre para
externar seus pensamentos e ordenar com precisão as suas idéias. Todas as culturas têm algum
tipo de manifestação rítmica e/ou expressiva.
A criança aprende através de jogos, danças, lutas, ginásticas e atividades rítmicas, a
cultura corporal do movimento. É por meio dessa cultura que a criança descobre as
possibilidades de expressão do seu corpo, reconhecendo a importância do movimento de
integração, e no relacionamento com os seus companheiros de grupo.
No Brasil existe uma riqueza muito grande dessas manifestações. Danças trazidas
pelos africanos na colonização, danças relativas aos mais diversos rituais, danças que os
imigrantes trouxeram em sua bagagem, danças que foram aprendidas com os vizinhos de
fronteira, danças que se vêem pela televisão.
As danças foram e são criadas a todo tempo: inúmeras influências são incorporadas,
e elas transformam-se, multiplicam-se. Algumas preservaram suas características e pouco se
transformaram com o passar do tempo, como os forrós que acontecem no interior de Minas
Gerais, sob a luz de um lampião, ao som de uma sanfona.
Outras recebem múltiplas influências, incorporam-nas, transformando-as em novas
manifestações, como os forrós do Nordeste, que incorporaram os ritmos caribenhos,
resultando na lambada. (BRASIL, 1997, P. 23)
O desenvolvimento do aluno ocorre a partir das atividades relacionadas ao seu
cotidiano, levando em conta a ludicidade, o lazer e o esporte. O momento em que o aluno se
apropria de noções de conhecimentos à medida que age, observa e se relaciona com o mundo,
passa a aceitar e valorizar a convivência com as inúmeras diferenças existentes em suas
relações sociais.
- 236
-

DESENVOLVIMENTO HUMANO: AÇÃO, EXPRESSÃO E MOVIMENTO.

Bloco de conteúdos numa co-relação com âmbito


Realidades locais e o Cotidiano Nacional (Brasil), América Latina e Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL


►Participar de brincadeiras e jogos que Ginástica Artística:
envolvam: correr, subir, descer, escorregar, ►Saltos, rolamentos, paradas, estrelas.
pendurar-se, movimentar-se, dançar etc., para Jogos pré-desportivos:
ampliar o conhecimento e controle sobre o corpo ►Queimada
e o movimento. ►Pique-bandeira
►Vivenciar de maneira lúdica as práticas ►Guerras de bolas
corporais da ginástica artística, desenvolvendo as ►Outros jogos de conhecimento de cada realidade.
capacidades físicas e habilidades motoras próprias Brincadeiras:
desta prática. ►Amarelinha, pular corda, elástico, bolinha de gude,
pião, pipa (papagaio), corre cutia, esconde-esconde, dentre
outras, vivenciadas na comunidade.
Dança:
►Samba, baião, valsa, quadrilha, afoxé, catira, bumba-
meu-boi, boi-bumbá, forró, maracatu, xaxado, etc.;
►Danças urbanas: rap, funk, break, pagode, danças de
salão;
►Danças eruditas: clássicas, modernas, contemporâneas,
jazz;
►Danças e coreografias associadas a manifestações
musicais: blocos de afoxé, olodum, timbalada, trios
elétricos, escolas de samba;
►Lengalengas;
►Brincadeiras de roda, cirandas.

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Conhecer as formas de ginástica que implique Ginástica Artística:


possibilidades de equilibrar, saltar, rolar, girar, ►Equilibrar, saltar, rolar, girar, balançar.
balançar. Lutas:
►Conhecer as formas de ginásticas que ►Artes Marciais, Capoeira.
contribuam para promover o sucesso de todos. Jogos pré-desportivos:
►Conhecer as diferentes modalidades de luta, ►Queimada;
jogos, brincadeiras e danças executando alguns ►Pique-bandeira;
movimentos comuns a maioria destas, e ►Guerras de bolas;
destacando a prática da capoeira como ►Outros jogos de conhecimento de cada realidade
manifestação cultural de movimento Brincadeiras:
genuinamente brasileiro, valorizando e ►Amarelinha, pular corda, elástico, bolinha de gude,
respeitando sua prática como patrimônio de todos. pião, pipa (papagaio), corre cutia, esconde-esconde, dentre
outras tantas vivenciadas na comunidade.
Dança:
►Samba, baião, valsa, quadrilha, afoxé, catira, bumba-
meu-boi, boi-bumbá, forró, maracatu, xaxado, etc.;
►Danças urbanas: rap, funk, break, pagode, danças de
salão;
►Danças eruditas: clássicas, modernas, contemporâneas,
jazz;
►Danças e coreografias associadas a manifestações
musicais: blocos de afoxé, olodum, timbalada, trios
elétricos, escolas de samba;
►Lengalengas;
►Brincadeiras de roda, cirandas.
- 237
-

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Conhecer as formas de ginástica que implique Ginástica:


possibilidades de equilibrar, saltar, rolar, girar, ►Equilibrar, saltar, rolar, girar, balançar.
balançar. Lutas:
►Conhecer as formas de ginásticas que ►Artes Marciais, Capoeira.
contribuam para promover o sucesso de todos. Esportes coletivos:
►Conhecer as diferentes modalidades de luta, ►Futebol;
jogos, brincadeiras e danças executando alguns ►Voleibol.
movimentos comuns à maioria destas, e Jogos pré - desportivos:
destacando a prática da capoeira como ►Queimada;
manifestação cultural de movimento ►Pique-bandeira;
genuinamente brasileiro, valorizando e ►Guerra de bolas;
respeitando sua prática como patrimônio de todos. ►Outros jogos de conhecimento de cada realidade.
Brincadeiras:
►Amarelinha, pular corda, elástico, bolinha de gude,
pião, pipa (papagaio), corre cutia, esconde-esconde, dentre
outras tantas vivenciadas na comunidade.
Dança:
►Samba, baião, valsa, quadrilha, afoxé, catira, bumba-
meu-boi, boi-bumbá, forró, maracatu, xaxado, etc.;
►Danças urbanas: rap, funk, break, pagode, danças de
salão;
►Danças eruditas: clássicas, modernas, contemporâneas,
jazz;
►Danças e coreografias associadas a manifestações
musicais: blocos de afoxé, olodum, timbalada, trios
elétricos, escolas de samba;
►Lengalengas;
►Brincadeiras de roda, cirandas.
ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL
►Conhecer as formas de ginástica que implique Ginástica:
possibilidades de equilibrar, saltar, subir, rolar, ►Equilibrar, saltar, rolar, girar, balançar.
girar, balançar. ►Identificação de sensações afetivas e/ou sinestésica,
►Conhecer as formas de ginásticas que tais como prazer, medo, tensão, enrijecimento,
contribuam para promover o sucesso de todos. relaxamento.
►Conhecer formas de ginásticas que possibilitem Lutas:Artes Marciais; Capoeira.
a identificação de sensações afetivas e/ou Esportes coletivos:Futebol; Voleibol; Futebol de salão.
sinestésica, tais como prazer, medo, tensão, Jogos pré- desportivos: Queimada; Pique-bandeira;
enrijecimento, relaxamento. Guerras de bolas;Outros jogos de conhecimento de cada
►Conhecer as diferentes modalidades de luta, realidade.
jogos, brincadeiras e danças executando alguns Brincadeiras:
movimentos comuns à maioria destas e destacando ►Amarelinha, pular corda, elástico, bolinha de gude,
a prática da capoeira como manifestação cultural pião, pipa (papagaio), corre cutia, esconde-esconde,
de movimento genuinamente brasileiro, dentre outras tantas vivenciadas na comunidade.
valorizando e respeitando sua prática como Dança:
patrimônio de todos. ►Samba, baião, valsa, quadrilha, afoxé, catira, bumba-
►Participar de diferentes práticas esportivas, meu-boi, boi-bumbá, forró, maracatu, xaxado, etc.;
compreendendo seu desenvolvimento histórico, ►Danças urbanas: rap, funk, break, pagode, danças de
respeitando suas regras e executando os salão;
fundamentos básicos de cada modalidade. ►Danças eruditas: clássicas, modernas, contemporâneas,
jazz;
►Danças e coreografias associadas a manifestações
musicais: blocos de afoxé, olodum, timbalada, trios
elétricos, escolas de samba;
►Lengalengas;
►Brincadeiras de roda, cirandas.
- 238
-

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Conhecer as formas de ginástica que implique Ginástica:


possibilidades de equilibrar, saltar, subir, rolar, ►Equilibrar, saltar, rolar, girar, balançar.
girar, balançar. ►Identificação de sensações afetivas e/ou sinestésica, tais
►Conhecer as formas de ginásticas que como prazer, medo, tensão, enrijecimento, relaxamento.
contribuam para promover o sucesso de todos. Lutas:
►Conhecer formas de ginásticas que possibilitem ►Artes Marciais;
a identificação de sensações afetivas e/ou ►Capoeira.
sinestésica, tais como prazer, medo, tensão, Esportes coletivos:
enrijecimento, relaxamento. ►Futebol;
►Conhecer as diferentes modalidades de luta, ►Voleibol;
jogos, brincadeiras e danças executando alguns ►Futebol de salão;
movimentos comuns a maioria destas e ►Basquete.
destacando a prática da capoeira como
manifestação cultural de movimento Jogos pré- desportivos:
genuinamente brasileiro, valorizando e ►Queimada;
respeitando sua prática como patrimônio de todos. ►Pique-bandeira;
►Participar de diferentes práticas esportivas, ►Guerras de bolas;
compreendendo seu desenvolvimento histórico, ►Outros jogos de conhecimento de cada realidade.
respeitando suas regras e executando os Brincadeiras:
fundamentos básicos de cada modalidade. ►Amarelinha, pular corda, elástico, bolinha de gude,
►Conhecer as formas de ginástica que implique pião, pipa (papagaio), corre cutia, esconde-esconde, dentre
possibilidades de equilibrar, saltar, subir, rolar, outras tantas vivenciadas na comunidade.
girar, balançar. Dança:
►Conhecer as formas de ginásticas que ►Samba, baião, valsa, quadrilha, afoxé, catira, bumba-
contribuam para promover o sucesso de todos. meu-boi, boi-bumbá, forró, maracatu, xaxado, etc.;
►Conhecer formas de ginásticas que possibilitem ►Danças urbanas: rap, funk, break, pagode, danças de
a identificação de sensações afetivas e/ou salão;
sinestésica, tais como prazer, medo, tensão, ►Danças eruditas: clássicas, modernas, contemporâneas,
enrijecimento, relaxamento. jazz;
►Conhecer as diferentes modalidades de luta,
jogos, brincadeiras e danças executando alguns
movimentos comuns a maioria destas e
destacando a prática da capoeira como
manifestação cultural de movimento
genuinamente brasileiro, valorizando e
respeitando sua prática como patrimônio de todos.
►Participar de diferentes práticas esportivas,
compreendendo seu desenvolvimento histórico,
respeitando suas regras e executando os
fundamentos básicos de cada modalidade.
- 239
-

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Conhecer as formas de ginástica que implique Ginástica:


possibilidades de equilibrar, saltar, subir, rolar, ►Equilibrar, saltar, rolar, girar, balançar.
girar, balançar. ►Identificação de sensações afetivas e/ou sinestésica, tais
►Conhecer as formas de ginásticas que como prazer, medo, tensão, enrijecimento, relaxamento.
contribuam para promover o sucesso de todos. Lutas:
►Conhecer formas de ginásticas que possibilitem ►Artes Marciais;
a identificação de sensações afetivas e/ou ►Capoeira.
sinestésica, tais como prazer, medo, tensão, Esportes coletivos:
enrijecimento, relaxamento. ►Futebol;
►Conhecer as diferentes modalidades de luta, ►Voleibol;
danças, brincadeiras e jogos executando alguns ►Futebol de salão;
movimentos comuns a maioria destas e ►Basquete.
destacando a prática da capoeira como Xadrez:
manifestação cultural de movimento ►O tabuleiro, as peças e os movimentos.
genuinamente brasileiro, valorizando e Jogos pré - desportivos:
respeitando sua prática como patrimônio de todos. ►Queimada;
►Participar de diferentes práticas esportivas, ►Pique-bandeira;
compreendendo seu desenvolvimento histórico, ►Guerras de bolas;
respeitando suas regras e executando os ►Outros jogos de conhecimento de cada realidade.
fundamentos básicos de cada modalidade. Brincadeiras:
►Desenvolver o raciocínio lógico, a memória e a ►Amarelinha, pular corda, elástico, bolinha de gude,
capacidade de observação, concentração e pião, pipa (papagaio), corre cutia, esconde-esconde, dentre
atenção. outras tantas vivenciadas na comunidade.
►Executar os gestos dos fundamentos básicos do Dança:
tênis de mesa compreendendo suas regras e ►Samba, baião, valsa, quadrilha, afoxé, catira, bumba-
reconhecendo tal modalidade como uma forma meu-boi, boi-bumbá, forró, maracatu, xaxado, etc.;
saudável de ocupação do tempo. ►Danças urbanas: rap, funk, break, pagode, danças de
salão;
►Danças eruditas: clássicas, modernas, contemporâneas,
jazz;
►Danças e coreografias associadas a manifestações
musicais: blocos de afoxé, olodum, timbalada, trios
elétricos, escolas de samba;
►Lengalengas;
►Brincadeiras de roda, cirandas.
Tênis de Mesa:
►Familiarização com Material;
►Gestos dos fundamentos;
►Regras básicas.
- 240
-

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Conhecer as formas de ginástica que implique Ginástica:


possibilidades de equilibrar, saltar, subir, rolar, ►Equilibrar, saltar, rolar, girar, balançar.
girar, balançar. ►Identificação de sensações afetivas e/ou sinestésica, tais
►Conhecer as formas de ginásticas que como prazer, medo, tensão, enrijecimento, relaxamento.
contribuam para promover o sucesso de todos. Lutas:
►Conhecer formas de ginásticas que possibilitem ►Artes Marciais;
a identificação de sensações afetivas e/ou ►Capoeira.
sinestésica, tais como prazer, medo, tensão, Esportes coletivos:
enrijecimento, relaxamento. ►Futebol;
►Conhecer as diferentes modalidades de luta, ►Voleibol;
brincadeiras, jogos e danças executando alguns ►Futebol de salão;
movimentos comuns à maioria destas e ►Basquete.
destacando a prática da capoeira como Xadrez:
manifestação cultural de movimento ►O tabuleiro, as peças e os movimentos.
genuinamente brasileiro, valorizando e Tênis de Mesa:
respeitando sua prática como patrimônio de todos. ►Familiarização com Material.
►Participar de diferentes práticas esportivas, ►Gestos dos fundamentos.
compreendendo seu desenvolvimento histórico, ►Regras básicas.
respeitando suas regras e executando os Atletismo:
fundamentos básicos de cada modalidade. ►Corridas e Revezamento.
►Desenvolver o raciocínio lógico, a memória e a ►Saltos.
capacidade de observação, concentração e ►Arremessos e Lançamentos.
atenção. Jogos pré – desportivos:
►Executar os gestos dos fundamentos básicos do ►Queimada.
tênis de mesa compreendendo suas regras e ►Pique-bandeira.
reconhecendo tal modalidade como uma forma ►Guerras de bolas.
saudável de ocupação do tempo. ►Outros jogos de conhecimento de cada realidade.
►Executar as mais variadas práticas corporais Brincadeiras:
que envolvem as provas de atletismo, ►Amarelinha, pular corda, elástico, bolinha de gude,
identificando as valências físicas exigidas em pião, pipa (papagaio), corre cutia, esconde-esconde, dentre
cada exercício. outras tantas vivenciadas na comunidade.
Dança:
►Samba, baião, valsa, quadrilha, afoxé, catira, bumba-
meu-boi, boi-bumbá, forró, maracatu, xaxado, etc.;
►Danças urbanas: rap, funk, break, pagode, danças de
salão;
►Danças eruditas: clássicas, modernas, contemporâneas,
jazz;
►Danças e coreografias associadas a manifestações
musicais: blocos de afoxé, olodum, timbalada, trios
elétricos, escolas de samba;
►Lengalengas;
►Brincadeiras de roda, cirandas.
Jogos pré - desportivos:
►Queimada.
►Pique-bandeira.
►Guerras de bolas.
►Outros jogos de conhecimento de cada realidade.
- 241
-

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Conhecer as formas de ginástica que implique Ginástica:


possibilidades de equilibrar, saltar, subir, rolar, ►Equilibrar, saltar, rolar, girar, balançar.
girar, balançar. ►Identificação de sensações afetivas e/ou sinestésica, tais
►Conhecer as formas de ginásticas que como prazer, medo, tensão, enrijecimento, relaxamento.
contribuam para promover o sucesso de todos. Lutas:
►Conhecer formas de ginásticas que possibilitem ►Artes Marciais;
a identificação de sensações afetivas e/ou ►Capoeira.
sinestésica, tais como prazer, medo, tensão, Esportes coletivos:
enrijecimento, relaxamento. ►Futebol;
►Conhecer as diferentes modalidades de luta, ►Voleibol;
dança, brincadeira e jogos executando alguns ►Futebol de salão;
movimentos comuns a maioria destas e ►Basquete.
destacando a prática da capoeira como Xadrez:
manifestação cultural de movimento ►O tabuleiro, as peças e os movimentos.
genuinamente brasileiro, valorizando e Tênis de Mesa:
respeitando sua prática como patrimônio de todos. ►Familiarização com Material;
►Participar de diferentes práticas esportivas, ►Gestos dos fundamentos;
compreendendo seu desenvolvimento histórico, ►Regras básicas.
respeitando suas regras e executando os Atletismo:
fundamentos básicos de cada modalidade. ►Corridas e Revezamento;
►Desenvolver o raciocínio lógico, a memória e a ►Saltos;
capacidade de observação, concentração e ►Arremessos e Lançamentos.
atenção. Jogos pré-desportivos:
►Executar os gestos dos fundamentos básicos do ►Queimada;
tênis de mesa compreendendo suas regras e ►Pique-bandeira;
reconhecendo tal modalidade como uma forma ►Guerras de bolas;
saudável de ocupação do tempo. ►Outros jogos de conhecimento de cada realidade.
►Executar as mais variadas práticas corporais Brincadeiras:
que envolvem as provas de atletismo, ►Amarelinha, pular corda, elástico, bolinha de gude,
identificando as valências físicas exigidas em pião, pipa (papagaio), corre cutia, esconde-esconde, dentre
cada exercício. outras tantas vivenciadas na comunidade.
Dança:
►Samba, baião, valsa, quadrilha, afoxé, catira, bumba-
meu-boi, boi-bumbá, forró, maracatu, xaxado, etc.;
►Danças urbanas: rap, funk, break, pagode, danças de
salão;
►Danças eruditas: clássicas, modernas, contemporâneas,
jazz;
►Danças e coreografias associadas a manifestações
musicais: blocos de afoxé, olodum, timbalada, trios
elétricos, escolas de samba;
►Lengalengas;
►Brincadeiras de roda, cirandas.
- 242
-

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

Ginástica:
►Equilibrar, saltar, rolar, girar, balançar.
►Conhecer as formas de ginástica que implique
►Identificação de sensações afetivas e/ou sinestésicas,
possibilidades de equilibrar, saltar, subir, rolar,
tais como prazer, medo, tensão, enrijecimento,
girar, balançar.
relaxamento.
►Conhecer as formas de ginásticas que
Lutas:
contribuam para promover o sucesso de todos.
►Artes Marciais;
►Conhecer formas de ginásticas que possibilitem
►Capoeira.
a identificação de sensações afetivas e/ou
Esportes coletivos:
sinestésicas, tais como prazer, medo, tensão,
►Futebol:
enrijecimento, relaxamento.
►Voleibol:
►Conhecer as diferentes modalidades de luta,
►Futebol de salão:
brincadeira, dança e jogos executando alguns
►Basquete.
movimentos comuns à maioria destas e destacando
Xadrez:
a prática da capoeira como manifestação cultural
►O tabuleiro, as peças e os movimentos.
de movimento genuinamente brasileiro,
Tênis de Mesa:
valorizando e respeitando sua prática como
►Familiarização com Material:
patrimônio de todos.
►Gestos dos fundamentos:
►Participar de diferentes práticas esportivas,
►Regras básicas.
compreendendo seu desenvolvimento histórico,
►Atletismo:
respeitando suas regras e executando os
►Corridas e Revezamento;
fundamentos básicos de cada modalidade.
►Saltos.
►Desenvolver o raciocínio lógico, a memória e a
►Arremessos e Lançamentos.
capacidade de observação, concentração e atenção.
Jogos pré - desportivos:
►Executar os gestos dos fundamentos básicos do
►Queimada;
tênis de mesa compreendendo suas regras e
►Pique-bandeira;
reconhecendo tal modalidade como uma forma
►Guerras de bolas;
saudável de ocupação do tempo.
►Outros jogos de conhecimento de cada realidade.
►Executar as mais variadas práticas corporais que
Brincadeiras:
envolvem as provas de atletismo, identificando as
►Amarelinha, pular corda, elástico, bolinha de gude,
valências físicas exigidas em cada exercício.
pião, pipa (papagaio), corre cutia, esconde-esconde,
dentre outras tantas vivenciadas na comunidade.
Dança:
►Samba, baião, valsa, quadrilha, afoxé, catira, bumba-
meu-boi, boi-bumbá, forró, maracatu, xaxado, etc.;
►Danças urbanas: rap, funk, break, pagode, danças de
salão;
►Danças eruditas: clássicas, modernas, contemporâneas,
jazz;
►Danças e coreografias associadas a manifestações
musicais: blocos de afoxé, olodum, timbalada, trios
elétricos, escolas de samba;
►Lengalengas;
►Brincadeiras de roda, cirandas.
- 243
-

3.3.3 Metodologia e Interdisciplinaridade em Educação Física

As aulas de Educação Física devem proporcionar a discussão sobre as mudanças no


comportamento corporal decorrentes do avanço tecnológico, estimulando a superação do
sedentarismo e apresentando os benefícios da prática de atividades físicas regulares e
continuadas.
A prática de educação física escolar deverá conquistar através de experiências,
vivências prazerosas e desafiadoras, a continuidade regular de atividades físicas, permitindo
contato corporal consigo mesmo e com o outro e devem ser organizadas metodologicamente
em ação – reflexão – nova ação consciente, conforme detalhado abaixo:
 Ação - vivência prática dos elementos significativos da cultura corporal, considerando
o conhecimento que o aluno já tem;
 Reflexão - momento da ampliação do conhecimento que o aluno já possui, buscando
através de diversos recursos e estratégias a compreensão do estudante;
 Nova ação consciente – momento da reelaboração da prática corporal trabalhada, após
ter sido refletida.

3.3.4 Avaliação em Educação Física

A avaliação em Educação Física considerará o aprimoramento das capacidades físicas,


habilidades motoras, o respeito às regras e o desenvolvimento da cidadania e contemplará as
experiências acumuladas e as transformações que marcaram o desenvolvimento de cultura
corporal do aluno.
O acompanhamento do processo de avaliação da aprendizagem será contínuo através
da observação permanente do desenvolvimento do educando, sistemático com o apoio de
instrumentos de registro do processo e investigativo possibilitando ao professor obter
informações necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos.
- 244
-

3.3.5 Referências Bibliográficas

ASSMANN, Hugo. Reencantar a educação: rumo à sociedade aprendente. Petrópolis:


Vozes, 1998.

ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Competência e sensibilidade solidária:educar para a


esperança.Petrópolis: Vozes, 2000.

CARDOSO, Carlos Luiz; KUNZ, Elenor; FALCÃO, José Luiz C.; FIAMONCINI, Luciana;
SARAIVA, Maria do Carmo; SOUZA Maristela. Didática da Educação Física. Coleção
Física. 3ª Edição. Ijuí: Editora UNIJUÍ, 2003.

ARDNER, H. Estruturas da mente, a teoria das inteligências múltiplas. Porto Alegre:


Artes Médicas, 1994.

GOÑI, A. M. R. e GONZÁLES, A. El niño y el juego. Buenos Aires: Nueva Visión, 1987.

GROLNICK, S. Winnicott, O trabalho e o brinquedo: uma leitura introdutória. Porto


Alegre: Artes Médicas, 1993.

HILDEBRANDT, H. e LAGING, R. Concepções abertas no ensino da educação física. Rio


de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1986.

HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 2. ed. São Paulo:
Perspectiva, 1980.

KAMII, C. e DEVRIES, R. Jogos em grupo. São Paulo: Trajetória Cultural, 1991.

LAPIERRE & AUCOUTURIER. A simbologia do movimento. Porto Alegre: Artes


Médicas, 1986.

LE BOULCH, J. Educação psicomotora: a psicocinética na idade escolar. Porto Alegre:


Artes Médicas, 1987a.

LEBOVICI, S. e DIAKTINE, R. Significado e função do brinquedo na criança. Porto


Alegre: Artes Médicas, 1985.

LEITE, L. B. (org.) e MEDEIROS, A. A. (colab.). Piaget e a escola de Genebra. São Paulo:


Cortez, 1987.

LIBÂNEO, J. C. e PIMENTA, S. G. (coords.). Metodologia do ensino de educação física.


São Paulo: Cortez, 1992.

MAUDIRE, P. Exilados da infância: relações criativas e expressão pelo jogo na escola.


Porto Alegre: Artes Médicas, 1988.

MELLO, A. M. Psicomotricidade, educação física, jogos infantis. São Paulo: Ibrasa, 1989.

PIAGET, J. O nascimento da inteligência na criança. Lisboa: Dom Quixote, 1977.


- 245
-

PIAGET, J. e INHELDER, B. A psicologia da criança. 11. ed. Rio de Janeiro: Bertrand


Brasil, 1990.

SÉRGIO, M. Educação física ou ciência da motricidade humana?. Campinas: Papirus,


1989.

Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Educação


física /Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília :MEC/SEF, 1997.

DELORS, Jacques et al. Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para UNESCO da


Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1999.
- 246
-

3.4 REFERENCIAL CURRICULAR: ARTES

EQUIPE DE PRODUÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO

Ana Paula de Lima Soares – Escola Estadual Severino Gonçalo Cavalcante


Angela Clistenes da Silva Inácio – Escola Estadual Dom José Nepote
Antonio Rosas - Escola Estadual América Sarmento Ribeiro
Aurea Barroso da Silva Uchoa – Escola Estadual Maria das Dores Brasil
Edson Squario – Centro Estadual de Formação dos Profissionais de Roraima
Escola Estadual 13 de Setembro
Escola Estadual Senador Hélio Campos
Escola Estadual Vanda da Silva Pinto
Escola Estadual Vitória Mota Cruz
Lucineire Luis Rodrigues – Escola Estadual Luiz Ribeiro de Lima
Luiza Américo Valentin Monteiro –Divisão de Fortalecimento do Currículo
Maely Suellen de Medeiros – Escola Estadual Luiz Ribeiro de Lima
Patrícia Oliveira Miranda – Escola Estadual Dr. Luiz Rittler Brito de Lucena
Sueli Walcafre Vieira – Escola Estadual América Sarmento Ribeiro
Wálbia Lúcia Correa Viana Rolim – Divisão de Fortalecimento do Currículo

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL:

Vera Lúcia Assis Arruda – DIFC

ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO:

Gilvânia Barbosa da Silva


Luiza Américo Valentin Monteiro – Chefe DIFC
Pergentina de Araújo Padilha
Wálbia Rolim - DIFC
- 247
-

3.4.1 Concepção do Componente Curricular Arte

O que caracteriza a unidade e a diversidade de um país, senão sua música, seu


teatro, suas formas e cores, sua dança, folclore, poesia Nessas manifestações,
sempre fruto de um amalgama cultural, é que estão mais fortemente gravados os
sentimentos pensamento de um povo.
(Miriam Celeste Martins).

Durante décadas, a arte no Brasil era a prática de ateliê no ensino da arte, vinculada à
concepção da livre-expressão presente nas escolas. Na década de 1930 a arte era vista como
uma linguagem que possibilitava o entendimento do mundo, dispensando a linguagem verbal.
Desse modo, as pessoas e os conceitos da oralidade ficam ausentes, pois envolvem
diretamente os sentimentos e a subjetividade. Essa leitura de mundo influência o processo de
formação de identidade, que permite o individuo se reconhecer na cultura ou demarcar limites
sobre ela; quando há compreensão abre-se um leque às diferenças e semelhanças, onde reflete
seu conhecimento.
Essa noção de fazer parte e valorização da herança cultural, a arte propicia o contato
com outras culturas, superando, assim questões como diversidade racial, cultural, pré-
conceitual, etnocentrismo e o próprio conceito de arte.
A arte enquanto linguagem desenvolve no individuo não só a concepção visual, como
também a capacidade de simbolizar dando significado às coisas, possibilidade de criar
mundos, realidades diferentes e transitar por elas para poder olhar de outro lugar e se fazer
diferente.
O ensino de arte desempenha um importante papel na transformação de uma realidade,
também contribui com a questão da democratização da cultura. Trabalhar a capacidade de
leitura de uma obra de arte é algo que pode ser ampliado e estimulado; exige preparo e
contextualização.
O ensino de arte na educação formal no Brasil vem enfrentando desafios, o principal
entrave é a formação do corpo docente em arte, mesmo com as exigências dos Parâmetros
Curriculares Nacionais – PCN‟s, ainda temos muitos docentes polivalentes.
O impacto dos meios tecnológicos sobre a criação artística tem produzido novas formas
de expressão ao longo da história. Atualmente a fotografia, o cinema, o DVD, internet e
outros contribuem para o avanço e valorização da diversidade cultural e artística.
A arte como ciência engloba atividades datadas de milênio na espécie humana, como: a
música, a dança, o desenho e a pintura, proporcionando o desenvolvimento cultural da
- 248
-

espécie, que de repente, passou a desenvolver práticas científicas e a sistematização do


conhecimento.
Essas práticas artísticas precedem, na espécie, certas realizações da função simbólica e
formas de ação imprescindíveis para a evolução de qualquer ciência.
A arte na escola apresenta-se como um domínio, que englobam as formas de ação
humana, necessárias para que o currículo efetivamente eleve o desenvolvimento humano na
escola.
Práticas culturais como: brincadeiras infantis, danças, manifestações, jogos e canções,
capoeira, macule lê, são oportunidades de desenvolvimento, que dão suporte à aprendizagem
dos conteúdos escolares.
A construção do conhecimento da arte envolve a emoção, por ser uma ação social;
implica trocas afetivas.
Sendo assim, a pessoa que aprende, está presente em sua totalidade na situação de
aprendizagem, como suas experiências na escola; com o conhecimento construirá sua
personalidade e sua forma de se colocar no meio.

3.4.2 Conteúdo e Contextualização em Arte

O ensino de arte tornou-se obrigatório no Brasil em 1971, mais tarde com a


promulgação da Constituição de 1988, houve a necessidade da elaboração da nova Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A nova Lei manteve a obrigatoriedade da arte na
educação básica: “O ensino de arte constituirá componente curricular obrigatório, nos
diversos níveis da educação básica de forma a promover o desenvolvimento cultural dos
alunos” (Artigo 26, § 2º).
É desafiador no contexto atual compreender as competências como possibilidades
do desenvolvimento das potencialidades dos educandos. Os Parâmetros Curriculares
Nacionais – PCN‟s traz como norteadoras três orientações básicas: a produção, a apreciação e
a contextualização. Dentro dessas orientações está presente a abordagem triangular do ensino,
objetivando a ampliação cultural dos educandos, que busca a necessidade da continuidade no
processo educativo do ensino de arte como conhecimento.
A abordagem dos conteúdos deve ser dentro do contexto histórico-cultural, de acordo
com as tendências pedagógicas, evidenciando a necessidade do conhecimento sobre a
evolução cultural da humanidade, para situar o educando em sua época, aclarando as
modificações na arte ao longo da história.
- 249
-

Educadores do ensino de arte devem desenvolver em sala de aula atividades que


contribuam para a formação de educandos curiosos, críticos, participativos, apreciadores e
fluidores da arte. Educandos capazes de fazer e refazer sua própria história. O educador como
mediador entre o ensino de arte e o educando, deverá orientar para a leitura, a produção e
compreensão dos diversos textos visuais, sonoros, teatrais e corporais.
A escola estimulará os educandos por meio de visitas aos espaços culturais, galerias,
museus, ateliê, mercados públicos, teatros, cinemas, salas de consertos, além de navegar por
diversas tendências artísticas na escola ou no contexto diversos. O contato com as diversas
manifestações artísticas ampliará o universo cultural do educando, proporcionando novas
formas de interação com a produção artística local, nacional e internacional.
A arte tem o olhar especial sobre a inclusão do educando numa cultura visual, onde
estabelecem relações entre as práticas culturais contemporâneas, com as imagens, gestos e os
sons do cotidiano.
A arte busca contemplar uma visão global, mas, sem esquecer as potencialidades da
cultural local. O educador terá o compromisso com o significado do ensino de arte,
contemplando a diversidade cultural em contexto social específico.
Na prática pedagógica do ensino de arte é importante que os três norteadores (a
produção, a apreciação e a contextualização) sejam aplicados de forma conjunta, dando ênfase
a compreensão da complexidade do universo da arte na vida contemporânea.

CULTURA, CIÊNCIA, E TECNOLOGIA:


TRADIÇÕES E O SER AVANÇOS E
HUMANO. CONTRADIÇÕES.

INTERDISCIPLINARIDADE E
CONTEXTUALIZAÇÃO NO ENSINO DE
ARTE

POLÍTICA, ÉTICA E TRABALHO, CONSUMO E


CIDADANIA. LUTAS POR DIREITOS.

Figura 06: Interdisciplinaridade e Contextualização no Ensino de Arte


- 250
-

Nesta proposta constam quatro grandes contextos a serem trabalhados em cada


bimestre, porém os mesmos servirão para todos os anos diferenciando-se apenas em
realidades, nível de tratamento e conteúdos. São os contextos

 CULTURA, TRADIÇÕES E O SER HUMANO.


 CIÊNCIA E TECNOLOGIA: AVANÇOS E CONTRADIÇÕES.
 TRABALHO, CONSUMO E LUTAS POR DIREITOS.
 POLÍTICA, ÉTICA E CIDADANIA.
A organização dos conteúdos de Arte no Ensino Fundamental, está para estes quatro
grandes contextos que consideramos transversais, pois também viabilizam a
interdisciplinaridade sem perder de vista a realidade e o contexto social, ou existencial dos
sujeitos do ensino e aprendizagem, podendo ser trabalhado por todos os demais componentes
curriculares de todas as áreas, sem negar as especificidades de cada ciência.
A realidade do cotidiano do aluno e da sociedade no Estado de Roraima servirá de
ponto de partida e sentido para estudo dos conceitos de Arte, para dar maior ciência e
fortalecimento ao aluno para compreender o seu entorno e saber lidar e intervir na realidade
para organização dos blocos de conteúdos em âmbito local, nacional e mundial, não
exatamente nesta ordem.

I - CONTEXTO: CULTURA, TRADIÇÕES E SER HUMANO.


Bloco de conteúdos numa correlação com âmbito
Realidades locais e o Cotidiano Nacional (Brasil), América Latina e Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Perceber o espaço da figura humana e reconhecer em ►Espaço; ponto; plano; forma; cor, textura, volume,
seres e objetos, características expressivas da arte visual. linhas.

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Compreender os diversos sons do ambiente e da ►Elementos sonoros: timbre; altura; duração,


natureza. intensidade, sons e ritmos.

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Desenvolver e experimentar a capacidade expressiva ►Jogos teatrais, mímica.


corporal no plano individual e coletivo.
- 251
-

ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Conhecer e apreciar as diversas possibilidades ►Músicas Roraimenses;


musicais da cultura roraimense; ► Artistas do Estado de Roraima.
►Reconhecer a pluralidade cultural presente na ►Músicas nacionais e regionais.
Musica.
ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Compreender noções dos conceitos de ação física e ►Expressão dramática; voz, corpo, respiração e
ação dramática. improvisação.
►Identificar critérios possíveis para avaliar teatro,
como engajamento e concentração.
► Uso do espaço, do corpo e da voz.
► Estrutura cênica.
►Criar ações e sequências.

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Compreender a linguagem da arte com a ►Escultura, desenho, cenografia, relação entre o


tridimensionalidade. corpo do ator no espaço.
►Relações espaciais de melodias.
►Harmonia e ritmo na música.

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Compreender a construção do conceito da ►Diferentes linguagens artísticas.


linguagem, desenho e sua relação com arte. ►Diferente linguagem artística.

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Compreender e conhecer os diferentes gêneros ►Elétricos e eletrônicos.


musicais. ►canções de ninar.
►Folclóricas.
►Religiosas (Gospel).
►Cívicas.
ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Reconhecer a pluralidade e a diversidade cultural, ►Dança: movimento do corpo;elementos básicos da


presente no conjunto de manifestações artísticas dança(salto,giros, etc).
produzidas nas diferentes etnias. ►Coreografia.
►Compreender as ideias e sentimentos no processo de ►Teatro: Cenário, cenografia, criatividade,
criação da arte visual, musical, teatral e da dança. expressividade.
►Música; conhecimentos dos vários ritmos: forró,
hip hop, frevo, samba.
- 252
-

II - CONTEXTO - CIENCIA E TECNOLOGIA: AVANÇOS E CONTRADICÕES.

Bloco de conteúdos numa correlação com âmbito


Realidades locais e o Cotidiano Nacional (Brasil), América Latina e Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL

.
►Perceber a relação estética entre objetos, formas, luz, ►Ponto, linha, forma, cor e textura.
som e movimentos. ►Construção de formas artísticas.

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Reconhecer as propriedades expressivas e ►Artesanato indígena


construtivas de diferentes materiais (telas, quadro, ►Produção de brinquedos.
folhas de papéis, parede, objetos, tecido, ) e técnicas na ►Produção de narrativas.
►Desenhos, colagem.
produção de formas visuais.

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL

► Apreciar diversas formas de Arte na natureza e em ►Desenho, pintura, colagem, modelagem, grafismo,
produtos de arte, nas varias linguagens, desenvolvendo dança, espaço, tempo, movimento, coreografia,
a fruição estética e crítica. cenário, figurino.

ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Identificar aspectos básicos da cultura popular


brasileira e roraimense. ►Cultura afro-brasileira;
►Conhecer e compreender o lugar dos elementos ►Arte indígena.
culturais africanos nas manifestações culturais ►Cultura roraimense
brasileiras.
►Reconhecer semelhanças e contrastes, qualidades e
especificidades na arte dos diferentes povos ou
comunidades.

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Observar e interpretar ilustrações, fatos e ► Imagens de histórias em quadrinhos.


acontecimentos presentes nas histórias em quadrinhos. ►Contexto histórico local.
►Apreciar formas artísticas na natureza e em produtos ►Objeto de arte.
de arte, nas várias linguagens, desenvolvendo a fruição ►Monumentos.
estética e crítica. ►Obra de arte e outros.
- 253
-

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Desenvolver saberes sobre aspectos da história e ►Proporção, movimento, composição e equilíbrio.


estética do teatro que ampliam o conhecimento da ►Expressão dramática (explorando o espaço, o corpo
linguagem e dos códigos cênicos. e a respiração).

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Conhecer e valorizar a cultura popular brasileira e ►Festas folclóricas e folguedos.


roraimense em sua diversidade cultural. ►Produções artísticas.
►Danças populares.

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Conhecer a música e o folclore regional como ►Folclore literário, lenda, mitos e narrativas de
expressão popular. Roraima.
►Festival de Parintins (Boi Bumba).
►Bumba meu Boi (Maranhão).
►Literatura de Cordel.
Composições roraimenses.

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Conhecer e valorizar a arte de diversas épocas e ►Pré-história.


estilos. ►Arte da idade média
►Compreender as diferentes linguagens artísticas em ►Escrituras rupestres.
suas dimensões estética, histórica e social.
- 254
-

III - CONTEXTO: TRABALHO, CONSUMO, E LUTA POR DIREITO.

Bloco de conteúdos numa correlação com âmbito


Realidades locais e o Cotidiano Nacional (Brasil), América Latina e Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Conhecer as diversas formas lúdicas da expressão ►Trabalho envolvendo a emoção, a sensibilidade, a


artística. criação e a reflexão.
►Desenhos, figuras, cores, objetos.

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Conhecer e vivenciar regras dos jogos e ►Brinquedos populares.


brincadeiras. ►Brinquedos indígenas.
►Valorizar a ludicidade, a inclusão e a socialização ►Brinquedos afro-brasileiros.
através dos jogos e brincadeiras. ►Brinquedo artesanal.
►Brinquedos eletrônicos.

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Conhecer e desenvolver o interesse por diferentes ►Fantoche.


formas teatrais. ►Cenário, figurinos, iluminação, maquiagem e som.

ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL

► Perceber as possibilidades artísticas através da arte ►Peças teatrais.


dramática ►Linguagem, música.
►Reconhecer o espaço, o tempo, personagens e a ação ►Texto teatral.
de um texto teatral.

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Carimbó.
►Conhecer e identificar os diferentes ritmos musicais ►Sertanejo.
►Reggae.
►Dança de rua.
►Hip-Hop.
►Capoeira e outros.

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Identificar, conhecer e valorizar o patrimônio ►Museu, monumentos.


cultural existente em Roraima e no Brasil. ►Quadros, pinturas.
►Objetos artesanais.
- 255
-

►Música e Literatura.

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Conhecer os elementos que compõe os subsídios ►Relação entre luz-matéria: na pintura, fotografia,
para se fazer arte. iluminação cênica, teatro de sombra.

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Conhecer a importância do Renascimento para as ►Renascimento Italiano.


artes, compreendendo sua importância na construção ►Renascimento Europeu.
de valores morais, éticos e estéticos. ►Elementos da linguagem visual, musical e teatral.
►Desenvolver a capacidade estética privilegiando a
criação e a reflexão.

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Perceber a importância da arte Barroca em todos os ►Arte Barroca, missão artística da França.
segmentos artísticos (visual, musical e literário). ►Arte no final do império e começo da república.
►Identificar as diferenças do Barroco brasileiro, ►Cultura popular e Erudita nacional.
focando as obras de Aleijadinho. ►Elementos da linguagem visual, musical e teatral.
- 256
-

IV - CONTEXTO: POLÍTICA, ÉTICA E CIDADANIA.

Realidades locais e o Cotidiano Bloco de conteúdos numa correlação com âmbito


Nacional (Brasil), América Latina e Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Desenvolver o gosto, a atenção e a sensibilidade em ►Jogos teatrais a partir das regras no espaço e tempo.
relação aos jogos teatrais. ►Instrumentos musicais (exploração e construção).
►Explorar sons do corpo e de outros elementos. ►Materiais e objetos artísticos.
►Explorar texturas de objetos e materiais artísticos e
artesanais.

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Perceber os diversos sons produzidos pela natureza ►Jogos teatrais de voz, corpo e espaço.
e pelo homem. ►Som do corpo, da natureza e da rua (exploração e
►Conhecer os variados tipos de artes plásticas. reprodução).
►Quadros, esculturas, pinturas, desenhos, colagem.

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Conhecer e perceber os elementos da linguagem


visual nas obras de arte. ► Cores frias, quentes e neutras
►Estimular a capacidade de apreciação das artes ►Forma, textura, proporção, movimento e equilíbrio.
plásticas.

ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Conhecer e perceber da linguagem artística nas obra ►Linha, forma, textura, cor fria, quente e neutra,
de artes. movimento, equilíbrio, plano, perspectiva e ritmo.
►Conhecer a biografia de artistas plásticos brasileiros
e roraimenses.

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Conhecer as diversidade da arte de Roraima. ►Teatro em Roraima;


► Reconhecer o patrimônio cultural de Roraima e de ►Folclore em Roraima;
outras etnias. ►Música em Roraima;
► Reconhecer as manifestações musicais no âmbito ►Diferentes culturas e suas expressões
da pluralidade cultural.

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL


- 257
-

►Conhecer alguns dos principais aspectos da Arte do século XX


produção artística brasileira no século XX e algumas
de suas relações com contextos mais amplos. ►Expressionismo, Fuavismo, Futurismo, Cubismo,
Dadaísmo, abstracionismo e surrealismo.
Semana de arte moderna- SAM
►Elementos da linguagem visual: musical e teatral.

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Reconhecer a pluralidade e a diversidade cultural, Arte no século XX


presentes no conjunto de manifestações artísticas
produzidas na contemporaneidade e na história. ►Arte contemporânea.
►Estabelecer relações entre uma produção artística e ►Elementos artísticos do século XX.
seu período histórico ►Artes Plásticas, Música, Teatro e Literatura.

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Apreciar obras de arte e manifestações artísticas ►Arte do século XX.


com senso crítico, relacionando-as com seu contexto ►Modernismo
histórico e sócio cultural. ►Elementos da linguagem visual, musical, teatral e
►Ler imagens das artes através de procedimentos literário.
apropriados/específicos para este fim, estabelecendo
relações com a cultura visual, transpondo este conheci-
mento para a vida cotidiana.

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

► Reconhecer e respeitar manifestações artísticas no ►Cultura e arte de Roraima.


âmbito da multicultural idade. ►Cultura e arte afro-brasileira e outras etnias.
►Observar e reconhecer o patrimônio cultural de seu ►Elementos da linguagem visual, musical , teatral e
entorno, bem como de outras etnias e culturas. literário no estado de Roraima.

3.4.3 Metodologia e Interdisciplinaridade em Arte

No ensino de arte a relevância da Metodologia Triangular, não só é uma sugestão,


mas um referencial teórico-prático presente nos Parâmetros Curriculares Nacionais, que
propõe a integração do fazer artístico, apreciação, produção da obra de arte e sua
contextualização histórica.
A ênfase aos aspectos históricos no ensino de arte, requer muita dedicação do
educador, sendo que sua tarefa não é fácil, mas vai depender dele para termos um ensino de
qualidade para essa área de conhecimento e claro da ajuda da escola em querer também entrar
nesse desafio.
- 258
-

Por meio do objetivo proposto, dos resultados obtidos, da reflexão sobre a


metodologia, teremos o resultado positivo e os pontos que precisam ser revistos. A arte é
importante para o desenvolvimento do homem e sua criatividade, precisamos de uma
educação transformadora, formando cidadãos críticos e conscientes de seus papéis.
Para isso faz-se necessário uma metodologia eficaz desse ensino, dentro de um
currículo escolar, centrada em situações didáticas que promovam a ampliação dos saberes,
participação em atividades significativas, mostrando sua importância para a sociedade, que
ainda não é convicta dos benefícios que a arte escolar pode desenvolver.
É importante o professor traçar os objetivos a serem alcançados em cada atividade.
Entrar verdadeiramente em contato com a criança. Proporcionar o contato com outras crianças
e com arte. Ou seja, conhecer suas necessidades e ter clareza do que pretende. Perceber as
relações humanas envolvidas na ação pedagógica, propiciando e construindo encontros reais.
Desta forma, o tratamento didático no Ensino de Arte, como em outras áreas de
conhecimento, precisa:
 Considerar a expressão artística da criança como registro de sua personalidade, como
forma de conhecimento e autoconhecimento;
 Compreender que durante o tempo que trabalha, o educando está realizando
experiências importantes para o seu desenvolvimento;
 Apreciar experimentação do educando, demonstrando e valorizando sua descoberta;
 Compreender que os sentimentos do educando a respeito de sua arte é diferente dos
adultos;
 Produzir trabalhos artísticos, identificando os avanços e estimulando o respeito pela
expressão dos outros;
 Proporcionar ao educando o desenvolvimento da sua própria maneira de realizar seus
trabalhos, a partir de sua vivência e que contribua para o grupo;
 Ter a sensibilidade de corrigir ou ajudar o educando em seu trabalho,
 De forma alguma impor, cores ou modelos, deixar o educando criar livremente;
 Não ter preferência pela produção do educando mais que de outro, usando
comparações entre o feio e o bonito;
 Contextualizar a produção artística do educando, fazendo uma relação com as demais
atividades de acordo com o projeto pedagógico da escola;
 Explorar o ambiente da sala de aula, seu entorno e a comunidade em geral como fonte
de orientação para os exercícios cênicos;
- 259
-

 Estimular a leitura crítica de trabalhos veiculados pelo Teatro, Dança, Cinema e TV;
 Conhecer e explorar os espaços destinados a apresentações teatrais e de dança, suas
formas, sua estrutura, seu funcionamento, equipe técnica e equipamentos de luz, som e
de palco etc;
 Analisar o jogo teatral e corporal a partir das experiências em sala de aula e dos
espetáculos observados;
 Apropriação do texto visual do cotidiano (TV, outdoor, cartazes, revistas, jornais,
camisetas, impressos em geral, ilustrações de livros, imagens digitais, internet,
cinema, fotografia, etc);

O registro e a reprodução dos conteúdos dos contextos desenvolvidos nos estudos da


disciplina devem ser usados como subsídio didático e pedagógico à comunidade escolar.

3.4.4 Avaliação em Arte

A avaliação numa perspectiva de construção do conhecimento, é parte de sua


premissa básica, é a confiança na possibilidade dos educandos construírem suas próprias
verdades, e valorização de suas manifestações e interesses. Mas, essa nova perspectiva de
avaliação exige um olhar do educador numa concepção de criança, de jovem e adulto, como
sujeito do seu próprio desenvolvimento, inseridos no contexto de sua realidade social e
política.
Nessa dimensão, avaliar é dinamizar a oportunidade de auto-reflexão num
acompanhamento permanente do educador. Sendo assim, a avaliação na disciplina de arte tem
uma especificidade, onde o educador irá avaliar as competências adquiridas pelos educandos
dentro da sensibilidade e conhecimento em: Arte Visual, Danças, Músicas e Teatro, diante de
produção em arte, e contato com o patrimônio cultural.
Desta forma, a avaliação deixa de ser um momento final do processo educativo
(como é vista hoje), para se transformar numa busca incessante de compreensão das
dificuldades do educando, e na dinamização de novas oportunidades de conhecimento.
Partindo desse pressuposto, avaliar é o ato de apreciar e analisar o mérito de alguém
é extremamente importante que ao fazer essa avaliação, o educador tenha um diagnóstico dos
seus educandos, para que a ação pedagógica seja de acordo com as reais necessidades dos
mesmos.
- 260
-

Também precisa saber como os educandos aprendem, e ainda quais são as estratégias
didáticas adequadas para expor os diferentes conteúdos planejados; como também utilizar os
melhores instrumentos verificando a aprendizagem conquistada e as variáveis que podem
interferir nesta avaliação que são ferramentas relevantes para o educador avaliar o educando.
Portanto, na avaliação da aprendizagem o educador exerce um papel central onde
deverá compreender que é fundamental conhecer a metodologia e o instrumento de avaliação
que direta ou indiretamente, se aplica na escola, no ensino e no desempenho do educando.
Deve ter em mente que o processo de avaliação é um dos itens do processo de ensinar e
aprender que não se reduz somente na realização de provas, teste, notas ou conceitos, mas é
parte de todo um processo de atividades orientadas para o futuro.
A avaliação em arte constitui uma situação de aprendizagem a que o aluno pode
verificar o que aprende reavaliando os conteúdos, assim como o professor pode avaliar como
ensina e o que seus alunos aprendem.
- 261
-

3.4.5 Referências Bibliográficas

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iniciais / Prefeitura Municipal de Boa Vista. – Boa Vista: Editora da UFRR, 2008.

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- 264
-

4 ÁREA DE CONHECIMENTO: CIÊNCIAS DA NATUREZA, MATEMÁTICA E


SUAS TECNOLOGIAS.

EQUIPE DE ELABORAÇÃO

Prof. Sewbert Rodrigues Jati (Biologia) - Escola Estadual Pres. Costa e Silva.
Prof. Carlos Alberto Silva Almeida (Biologia) - Escola Estadual Jesus Nazareno.
Prof. Ivanildo Lima – Assessor de Currículo – DIFC/SECD.
Prof. Denis Apolinário da Silva – Escola Estadual Maria dos Prazeres Mota.
Prof. Oscar Tintorer – Universidade Estadual de Roraima.
Prof.ª Solange Mussato - Escola Estadual Ana Libória.
Prof. Wescley Costa da Silva - Escola Estadual Presidente Tancredo Neves.
Prof. Williams Souza Alencar – Escola Estadual Maria das Dores Brasil.

ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO:
Rosângela da Silva Viana
- 265
-

4.1 REFERENCIAL CURRICULAR: CIÊNCIAS

EQUIPE DE PRODUÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO

Prof. Sewbert Rodrigues Jati (Biologia) - Escola Estadual Pres. Costa e Silva.
Prof. Carlos Alberto Silva Almeida (Biologia) - Escola Estadual Jesus Nazareno.

ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO:

Rosângela da Silva Viana

A CIÊNCIA SE CONSTRÓI A PARTIR DE QUESTÕES, NÃO DE


AFIRMATIVAS.

David Brown.
- 266
-

4.1.1 Concepção do Componente Curricular de Ciências Naturais

O ensino de Ciências Naturais é uma atividade humana, portanto de caráter histórico,


ou seja, não é neutro, compreende-se assim que este componente curricular não difere dos
demais, quando reconhece sua contribuição para compreensão do mundo, bem como as
transformações e intervenções.

A socialização é fator determinante para a existência do homem cultural, superando a


sua existência apenas como um corpo biológico naturalmente constituído. O processo de
humanização ocorre com as relações sociais, e a vida social ocorre quando o homem produz e
consome, cria a vida social e a cultura ampliando seu poder de transformação.

Neste ato de produção e, conseqüentemente, de transformação da natureza (necessário


à produção para a sua subsistência), o homem começa a se distinguir dos animais: “a
produção da vida material pelo trabalho está, historicamente, na origem da vida social e
cultural” (Vale, 1997, p.43), segundo Marx, a primeira ação histórica humana que distingue
seres humanos de animais, não reside no fato dos homens pensarem, mas de produzirem seus
meios de existência.

Podem-se distinguir os homens dos animais pela consciência, pela religião e por tudo
o que se queira. Mas eles próprios começam a se distinguir dos animais logo que começam a
produzir seus meios de existência, e esse passo à frente é a própria conseqüência de sua
organização corporal. Ao produzirem seus meios de existência, os homens produzem
indiretamente sua própria vida material. (Marx, K. Engels, F. 1998, p.10-11).

Também é importante o estudo do ser humano considerando-se seu corpo como um


todo dinâmico, que interage com o meio em sentido amplo. Tanto os aspectos da
herança biológica quanto aqueles de ordem cultural, social e afetiva refletem-se na
arquitetura do corpo. O corpo humano, portanto, não é uma máquina e cada ser
humano é único como único é seu corpo. Nessa perspectiva, a área de Ciências pode
contribuir para a formação da integridade pessoal e da auto-estima, da postura de
respeito ao próprio corpo e ao dos outros, para o entendimento da saúde como um
valor pessoal e social, e para a compreensão da sexualidade humana sem
preconceitos. (BRASIL, 1998)
- 267
-

O ensino de Ciências Naturais compreende a necessidade de reconstruir a relação


homem-natureza, a partir da crise ambiental que coloca em risco a vida do planeta, que é
conseqüência de uma relação antropocêntrica. Hoje a sociedade requer mais informações por
diferentes motivos como: realizar tarefas corriqueiras e opções de consumo, seja para
incorporar-se ao mundo do trabalho, seja para interpretar e avaliar informações científicas
veiculadas pela mídia, seja para interferir em decisões políticas sobre investimentos à
pesquisa e ao desenvolvimento de tecnologias e suas aplicações.

O conhecimento sobre como a natureza se comporta e a vida se processa, contribui


para o aluno se posicionar com fundamentos, acerca de questões bastante polêmicas,
e orientar suas ações de forma mais consciente. São exemplos dessas questões: a
manipulação gênica, os desmatamentos, o acúmulo na atmosfera de produtos
resultantes da combustão, o destino dado ao lixo industrial, hospitalar e doméstico,
entre muitas outras. (BRASIL, 1998)

Diante deste contexto a visão de educação é voltada para um processo de ensino-


aprendizagem, pautada na pesquisa, onde o aluno é protagonista do processo na produção de
conhecimento (BRASIL, 2004). A pesquisa, nesta perspectiva é considerada por Maldaner
(1998) apud Schnetzle (2004) como a forma mais coerente de reconstrução do conhecimento
cultural, no processo de ensino a partir de uma prática reflexiva na ação e sobre a ação,
superando a racionalidade técnica. Nesta perspectiva a sala de aula passa a ser uma situação
única, complexa de valores, local de discussão e descobertas; um local de comunicação de
avanços e reconstrução de ações.
- 268
-

4.1.2 Conteúdo e Contextualização em Ciências

O aprendizado é proposto de forma a propiciar aos alunos, o desenvolvimento de


uma compreensão do mundo, que lhes dê condições de continuamente colher e
processar informações, desenvolver sua comunicação, avaliar situações, tomar
decisões, ter atuação positiva e crítica em seu meio social. Para isso, o
desenvolvimento de atitudes e valores é tão essencial quanto o aprendizado de
conceitos e de procedimentos. Nesse sentido, é responsabilidade da escola e do
professor promover o questionamento, o debate, a investigação, visando o
entendimento da ciência como construção histórica e como saber prático, superando
as limitações do ensino passivo, fundado na memorização de definições e de
classificações sem qualquer sentido para o aluno. (BRASIL, 1998)

Ao considerar que o aluno, bem como o educador, possui repertórios de


representações, conhecimentos intuitivos, adquiridos pela vivência, pela cultura e senso
comum, acerca dos aspectos que serão trabalhados no processo de aprendizagem e ensino,
afirma-se que o movimento de ressignificação do mundo não é um conceito a ser dado, mas é
construção do sujeito envolvido na aprendizagem e no ensino.

Os alunos têm idéias acerca do seu corpo, dos fenômenos naturais e dos modos de
realizar transformações no meio; são modelos com uma lógica interna, carregados de
símbolos da sua cultura. Convidados a expor suas idéias, para explicar determinado
fenômeno e a confrontá-las com outras explicações, eles podem perceber os limites de
seus modelos e a necessidade de novas informações; estarão em movimento de
ressignificação. Mas esse processo não é espontâneo; é construído com a intervenção
do professor. É o professor quem tem condições de orientar o caminhar do aluno,
criando situações interessantes e significativas, fornecendo informações que permitam
a reelaboração e a ampliação dos conhecimentos prévios, propondo articulações entre
os conceitos construídos, para organizá-los em um corpo de conhecimentos
sistematizados. (BRASIL, 1998)

A realidade local deve ser o ponto de partida no processo de construção do


conhecimento, significando-o e ressignificando o processo interventivo nesta realidade.
Assim, este documento tem como organização contextual dos conteúdos para o ensino de
Ciências Naturais o seguinte:
- 269
-

Tabela 20: Organização dos contextos e conteúdos de Ciências para o Ensino Fundamental.

ASPECTOS CONTEMPLADOS
CONTEXTO NOS CONTEÚDOS OBJETIVO
TRABALHADOS

O ser humano, saúde e Saúde e qualidade de vida. Elucidar aspectos da vida do ser
qualidade de vida. Gravidez precoce e DST/AIDS. humano, desde sua formação até
Saúde e o ser humano. sua morte, buscando sempre
Química da vida (metabolismo). aspectos de uma vida saudável.

Ciência, tecnologia e Ciência, tecnologia e sociedade. Buscar conhecer os avanços


ambiente: avanços e Química ambiental. tecnológicos ligados as ciências em
contradições. geral, relacionando a melhoria da
qualidade de vida com os avanços
da ciência, assim como avanços
tecnológicos que, se mal aplicados
prejudicam a vida no planeta.

Trabalho, consumo e Meio ambiente. Entender a relação do trabalho e


desenvolvimento Ambiente e o ser humano. consumo de produtos com o
humano. Vírus, Bactérias, Protozoários e desenvolvimento da qualidade de
Fungos. vida do ser humano, relacionando
O desenvolvimento Humano. com o ambiente em que ele está
Física Moderna inserido, bem como os seres vivos,
seres não vivos e os ambientes que
o rodeiam.

Política, ética e Seres vivos. Discutir aspectos legais e de


cidadania. Terra e Universo. concepções humanas, tratando-se
A biodiversidade da vida animal. desde o surgimento da vida no
A diversidade do Reino das planeta aos aspectos que
Plantas. direcionam a evolução dos seres
Física Clássica. vivos, sem esquecer de sua
diversidade e de como se trabalhar
o desenvolvimento com o mínimo
de prejuízos para o ambiente.
- 270
-

I - CONTEXTO: O SER HUMANO, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA.

Bloco de conteúdos numa co-relação com âmbito


Realidades locais e o Cotidiano Nacional (Brasil), América Latina e Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Conversar com os alunos sobre o comportamento de O ser humano:


cada ente familiar, a fim de levantar necessidades, além ►Identificação do homem como um animal e suas
das necessidades dos seres humanos. necessidades.
►Demonstrar hábitos de higiene, solicitando que os Saúde e qualidade de vida:
alunos repitam esses hábitos de higiene corporal e ►Conhecimento de algumas noções de hábitos de
relacionar os hábitos de higiene com aspectos de higiene do corpo e do ambiente.
prevenção de doenças. ►Cuidados com o corpo, como evitar acidentes e
►Diagnosticar nas estórias infantis conhecidas pelas a preservação da saúde de forma geral.
crianças, pequenos acidentes domésticos e comentar ►Prevenção contra acidentes domésticos (choque,
como evitá-los. queimaduras, cortes, e quedas).
►A relação entre alimentação e saúde do
indivíduo.
ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Contar estórias do imaginário infantil e depois O ser humano:


solicitar que os alunos digam quais os seres vivos e não ►Conhecimento das partes do corpo humano.
vivos estão presentes na estória. Saúde e qualidade de vida:
►Utilizar esses seres vivos enumerados pelos alunos, e ►Diferentes tipos de alimentos (energéticos
outros que o professor ajudou-os a lembrar, para reguladores e construtores).
classificá-los nos grupos dos seres vivos, especialmente ►Alimentação balanceada.
nos animais, nos vegetais e nos microorganismos. ►Importância da alimentação na prevenção de
►Utilizar os seres vivos do item anterior pra expor suas doenças.
características, especialmente das plantas, dos animais e ►Higiene ambiental (limpeza urbana – coleta
dos microorganismos. seletiva de lixo, conseqüências da poluição do
►Levar para a sala de aula imagens ligadas à falta de solo, da água e da atmosfera, doenças relacionadas
higiene ambiental, relacionando os problemas causados com a falta de higiene ambiental).
por essa falta de higiene e sua interferência no ciclo da ►Ciclo de vida humano (nascer-crescer-produzir-
vida no planeta. reproduzir-morrer).
►Fazer uma lista de alimentos citados pelas crianças e ►Higiene corporal e mental (prática de esportes e
classificá-los como reguladores, energéticos e lazer, importância do desenvolvimento mental e
construtores, relacionando a boa alimentação com a intelectual, doenças relacionadas à falta de higiene
prevenção de doenças. com o ambiente e o corpo).
►Levar para a sala de aula imagens ligadas à falta de ►Semelhanças e diferenças entre meninos e
higiene ambiental, relacionando os problemas causados meninas.
por essa falta de higiene e sua interferência no ciclo da
vida no planeta.
►Demonstrar hábitos de higiene, solicitando que os
alunos repitam esses hábitos de higiene corporal e
relacionar os hábitos de higiene com aspectos de
prevenção de doenças, sem esquecer da importância da
prática de esportes e da educação alimentar para
manutenção de uma vida saudável.
►Solicitar aos alunos que informem diferenças entre
meninos e meninas, de onde o professor possa salientar
diferenças não elencadas pelos alunos.
►Fazer uma lista de alimentos citados pelas crianças e
classificá-los como reguladores, energéticos e
construtores, relacionando a boa alimentação com a
prevenção de doenças.
- 271
-

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Contar uma estória onde os seres vivos se alimentam Saúde e qualidade de vida:
uns dos outros, pra que os alunos possam entender os ►Tipos de alimentos: reguladores, construtores e
conceitos de cadeias e teias alimentares, assim como a energéticos.
dependência de todos os seres não vivos do planeta. ►Hábitos alimentares saudáveis.
►Utilizar a pirâmide alimentar para ilustração da ►Higiene: mental, físico, ambiental, social e
importância dos alimentos, e de uma alimentação alimentar.
saudável aliada ao exercício físico, a fim de obter uma ►As transformações do corpo: as fases do
vida com melhor qualidade. crescimento.
►Diferenças – sexos: feminino e masculino.
►Papéis sociais do homem e da mulher.
►O respeito pelo outro e suas diferentes formas
de expressão.
ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Usar cartazes ilustrativos das secretarias de saúde Saúde e qualidade de vida:


estadual, municipal e do ministério da saúde para ►Transmissão, prevenção e tratamento às doenças
ilustrar doenças comuns à população, no município de mais comuns no município.
Boa Vista, aproveitando para trabalhar a prevenção ►Prevenção a acidentes de trânsito no município.
dessas doenças. ►Conhecendo os profissionais da saúde do
►Utilizar a pirâmide alimentar para demonstrar a município: médicos, dentistas, enfermeiros,
importância dos alimentos e do exercício físico para nutricionistas, psicólogos, educadores, e outros.
melhorar a qualidade de vida da população. ►Hábitos alimentares saudáveis.
►Tipos de alimentos: reguladores, construtores e
energéticos.
►Higiene: mental, física, ambiental, social e
alimentar.

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Utilizar figuras e mapas para demonstrar o Saúde e qualidade de vida:


funcionamento dos sistemas do corpo humano, ►Da célula ao organismo humano.
lembrando de relacionar o bom funcionamento do corpo ►Os sistemas e as suas funções.
humano com a alimentação saudável e, ►O corpo humano como um sistema integrado
consequentemente com a saúde. (compreensão do funcionamento do organismo
►Utilizar a pirâmide alimentar para ilustração da como um todo).
importância dos alimentos e de uma alimentação ►Tipos e funções dos alimentos: vitaminas,
saudável aliada ao exercício físico a fim de obter uma proteínas, carboidratos, lipídeos e a água.
vida com melhor qualidade. ►Higiene alimentar.
►Demonstrar por meio de debates a importância da ►Doenças relacionadas à alimentação:
higiene física, mental, social e ambiental, relacionando a desnutrição, avitaminoses, anorexia, bulimia,
falta de higiene às doenças que podem ser obesidade, anemia, outras (estudo de casos em
desencadeadas. Roraima).
►Listar diferenças entre meninos e meninas e ►Cuidados com o corpo: higiene física, mental,
relacioná-las com as transformações do corpo dos seres social e ambiental.
vivos, desde o momento do nascimento até a morte, ►Transformações do corpo (hormônios).
enfatizando-se as mudanças durante a puberdade. Gravidez precoce e DST/AIDS:
►Fazer uma linha do tempo simulando o ciclo de vida ►Respeito ao próprio corpo e do outro e suas
dos seres vivos, especialmente dos seres humanos. variedades de expressão.
►Prevenção às drogas lícitas e aos acidentes de
trânsito.
►Primeiros socorros.
- 272
-

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Separar os alunos em sala de aula por grupos étnicos, Saúde e qualidade de vida:
para trabalhar o preconceito, a ética e a diversidade dos ►Valorização do corpo e do outro, respeitando a
seres humanos. diversidade humana (étnica, física, cultural,
►Utilizar mapas do corpo humano para evidenciar a biológica e social).
ação dos hormônios no corpo do ser humano. ►A estética como questão histórica e cultural em
►Listar doenças para a partir dessa lista classificar as detrimento da saúde física e mental.
DST‟s. ►Ação dos hormônios no corpo: puberdade e a
►Listar remédios e drogas para trabalhar a prevenção adolescência.
do uso de drogas e violência causada a partir de seu ►Gravidez e prevenção as DST‟s em especial a
uso. AIDS.
►Prevenção às drogas e a violência.

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Utilizar mapas de anatomia para entender o Saúde e qualidade de vida:


funcionamento do ser humano, demonstrando os níveis ►Níveis de organização do ser humano (da célula
de organização da célula ao organismo vivo. ao organismo).
►Metabolismo celular (bioquímica).
►Histologia: estudo dos tecidos.

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Utilizar mapas de anatomia, para entender o Saúde e qualidade de vida:


funcionamento do ser humano, demonstrando os níveis ►Movimentos e suportes do corpo humano:
de organização da célula ao organismo vivo, e os ossos, músculos e articulações: práticas de
mecanismos de interação entre os diversos sistemas do esportes, as deficiências.
corpo humano. ►Integração e controle corporal: sistema nervoso,
►Relacionar o uso de drogas lícitas e ilícitas, bem e sistema endócrino.
como os problemas causados a saúde individual e ►Relações das drogas (lícitas e ilícitas) no
coletiva, a partir da utilização desses produtos. sistema nervoso.
►O consumo de drogas e os problemas no
trânsito.

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Utilizar exemplos de projetos desenvolvidos na escola Química da vida (metabolismo):


para a compreensão do método científico. ►Método científico e a química.
►Utilizar exemplos de reações químicas presentes no ►Contextualização histórica da química.
dia a dia para entendimento dos fenômenos químicos. ►Fenômenos químicos.
►Utilizar embalagens de produtos industrializados para ►A química no cotidiano.
identificação dos elementos químicos, das substâncias ►Matéria: propriedades gerais e específicas da
químicas e das reações químicas dessas substâncias no matéria; estados físicos e mudanças de estados
corpo de quem os consome. físicos.
►Solicitar a elaboração de uma tabela periódica para
►Substâncias e misturas.
afixação na sala de aula, para constante consulta e
►Misturas e separação de misturas.
explicações sobre esse importante elemento em química.
►O estudo do átomo.
►Os elementos químicos.
►Organizando os elementos químicos: a
classificação periódica.
- 273
-

II - CONTEXTO - CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE: AVANÇOS E


CONTRADIÇÕES.

Bloco de conteúdos numa co-relação com


Realidades locais e o Cotidiano âmbito Nacional (Brasil), América Latina e
Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Observar fenômenos naturais como a chuva, o vento... Ciência, tecnologia e sociedade.


►Incentivar a observação de astros celestes. ►Percebendo o cientista no cotidiano.
►Mostrar objetos tecnológicos que são utilizados no ►Percebemos as tecnologias no cotidiano.
dia-dia da criança. ►Observação de fenômenos relacionados à
astronomia de interesse das crianças.

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Contar uma estória do imaginário infantil e depois


solicitar que os alunos digam quais seres vivos e não Ciência, tecnologia e sociedade.
vivos estão presentes na estória. ►Conhecimento científico.
►Utilizar esses seres vivos enumerados pelos alunos, e ►Inteligência humana.
outros que o professor ajudou-os a lembrar, para ►Ciência e tecnologia ligadas ao dia a dia da
classificá-los nos grupos dos seres vivos, especialmente criança.
nos animais, nos vegetais e nos microorganismos.
►Utilizar os seres vivos do item anterior pra expor
características, especialmente das plantas, dos animais e
dos microorganismos.

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Trabalhar a importância do conhecimento popular e Ciência, tecnologia e sociedade.


do conhecimento científico, enfatizando que um não ►Diferenças entre conhecimento científico e
pode sobreviver sem o outro. conhecimento popular.

ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Construir uma linha do tempo, demonstrando a Ciência, tecnologia e sociedade:


importância de cada invenção para o período em que ela ►Compreendendo a ciência por meio da
aconteceu e para períodos posteriores. tecnologia: objetos que o ser humano criou para
suprir necessidades de sua época (as invenções).

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Convidar pesquisadores dos institutos de pesquisas Ciência, tecnologia e sociedade:


que atuam em Roraima, para que as crianças possam ►O desenvolvimento da ciência e da tecnologia.
conhecer as produções científicas do estado. ►As produções científicas de Roraima.
►Os cientistas (pesquisadores) roraimenses.
- 274
-

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Elaborar projetos em conjunto com os alunos para Ciência tecnologia e sociedade:


identificar e formular hipótese e teorias. ►Hipóteses, teorias e leis científicas.

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Desvendar a utilização da ciência no dia a dia das Ciência, Tecnologia e Sociedade:


pessoas, fazendo uma relação entre conhecimento ►Desmistificação da ciência: mitos e crendices da
popular e conhecimento científico. ciência.
►Problemas e soluções trazidos pela ciência.

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Desvendar a utilização da ciência no dia a dia das Ciência, Tecnologia e Sociedade:


pessoas, fazendo uma relação entre conhecimento ►Desmistificação da ciência: mitos e crendices da
popular e conhecimento científico. ciência.
►Elaborar mini-projetos com os alunos para se ►Problemas e soluções trazidos pela ciência.
apropriar do conhecimento científico.

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Utilizar rótulos de embalagens para o entendimento Química Ambiental:


de ligações químicas, funções e reações químicas. ►Ligações químicas.
►Fazer experiências que demonstrem a presença do ar, ►As funções químicas.
os gases que são produzidos na fotossíntese e na ►As reações químicas.
respiração. ►Química ambiental: respiração e fotossíntese.
►Utilizar bulas de remédios para entendimento de ►Química e o ambiente: problemas e soluções
produtos da indústria farmacêutica, relacionando-as com trazidas pela química.
os elementos e substâncias naturais e artificiais. ►Química e a saúde: química farmacêutica,
industrial, cosmética e estética.
- 275
-

III - CONTEXTO: TRABALHO, CONSUMO E DESENVOLVIMENTO HUMANO.

Bloco de conteúdos numa co-relação com


Realidades locais e o Cotidiano âmbito Nacional (Brasil), América Latina e
Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Identificar os elementos que estão em sua volta, Meio ambiente:


classificando-os em naturais ou artificiais. ►Elementos e substâncias Naturais.
►Relacionar os elementos naturais com a vida. ►Elementos e substâncias produzidos pelo
►Conversar com os alunos sobre o período seco e trabalho do homem (artificiais).
chuvoso em RR. ►Importância dos elementos naturais para a
existência da vida.
►Ação da luz, calor som, força e movimento.
►Relações entre os fenômenos da natureza
(relevo, chuva, secas, rios, calor, frio etc.) em
determinadas regiões e as formas de vida daqueles
que habitam aquele ambiente.

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Promover uma excursão com os alunos pelas Meio ambiente:


dependências da escola a fim de demonstrar os diversos ►Ambientes naturais (relações entre seres
tipos de ambientes nela existente. abióticos e bióticos).
►Levar revistas para sala de aula a fim de que as ►Ambientes transformados pelo homem e suas
crianças identifiquem os ambientes naturais. conseqüências para a vida no planeta.
►Relações entre diferentes espécies de seres
vivos, suas características e suas necessidades.

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Listar com o auxílio dos alunos componentes dos Meio ambiente:


ambientes e relacioná-los com a importância da vida no ►Os componentes do ambiente (água, ar, solo e
planeta Terra, seja de plantas, de animais ou de seres vivos).
microorganismos. ►Conhecimentos básicos sobre a relação entre o
►Identificar a interferência do ser humano nos ser humano, as plantas e outros animais.
ecossistemas do estado de Roraima e da Amazônia. ►Cadeia alimentar e fluxo de energia.
►Conhecer os ecossistemas do Estado de Roraima.

ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL

Meio ambiente:
►Buscar ilustrações que demonstrem organismos vivos ►Diversidade dos seres vivos nos ecossistemas do
conhecidos da fauna, flora e micro biótica do estado de município.
Roraima. ►Preservação e conservação dos recursos naturais
do município.
►Fazer uma discussão a partir das áreas de conservação Proteção do patrimônio cultural do município.
do estado de Roraima. ►Destino correto do lixo no município: redução,
reutilização, reciclagem.
►Uso racional dos recursos naturais.
►Economia de água e energia.
- 276
-

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Demonstrar em mapas características dos Meio ambiente:


ecossistemas do Brasil e de Roraima. ►Ecossistemas brasileiros e de Roraima.
►Elaborar uma lista de seres vivos que os alunos ►Cadeia e teias alimentares e fluxo de energia
conheçam e a partir daí classificar cadeias e teias nos ecossistemas do Estado.
alimentares. ►Adaptação dos seres vivos ao ambiente.
►Introduzir o ser humano nas cadeias e teias ►Legislação Ambiental Brasileira e a Legislação
alimentares e relacioná-los com o ambiente. Ambiental do Estado de Roraima.
►Elaborar uma lista de alterações que o homem ►Compreensão da relação do ser humano com o
promove no ambiente, sem esquecer de levantar prós e ambiente.
contras dessas alterações. ►Interferência do ser humano no ambiente.
►As transformações naturais do ambiente.

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Promover uma excursão pelas dependências da Ambiente e o ser humano:


escola, a fim de identificar micros ambientes ou ►Solo: composição, propriedades, tipos, doenças
ambientes naturais e artificiais; observando a relacionadas, alterações ambientais, conservação e
composição do solo, do ar, da água e outros preservação.
componentes dos ambientes. ►Ar: composição, propriedades, doenças
►Utilizar um relatório dessa excussão para se relacionadas, energia eólica, alterações ambientais,
trabalhar mecanismos de preservação e / ou conservação e preservação.
conservação ambiental, relacionando as condições ►Água: composição, propriedades, ciclo da água,
ambientais com possíveis transmissões de doenças. doenças relacionadas, energia hidroelétrica,
►Caracterizar a biosfera com o auxílio de mapas alterações ambientais, conservação, preservação e
temáticos do globo terrestre, relacionando os seres uso racional da água.
vivos com os ambientes em que eles vivem, explicando ►Biosfera.
quais os ecossistemas brasileiros e onde eles podem ser ►Os seres vivos e suas alterações com o ambiente
encontrados, sem esquecer da relevância que cada um em que vivem (relações harmônicas e
tem para a sustentabilidade do planeta. desarmônicas), cadeias e teias alimentares,
►Relacionar os problemas ambientais com o ecossistemas.
descumprimento da legislação vigente. ►Os ecossistemas brasileiros.
►Os ecossistemas da Amazônia e de Roraima.
►Os níveis de organização dos seres vivos.
►Legislação ambiental.

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Utilizar exemplos de seres vivos e seres inanimados Meio ambiente e o ser humano:
para explicar as características da vida. ►Características gerais dos seres vivos.
►Elabora uma lista de seres vivos e auxiliar, incluindo ►Classificação biológica dos seres vivos.
os alunos na classificação desses seres vivos em nível de ►Importância da biodiversidade para a vida do
REINO. planeta.
►Utilizar desenhos ou figuras que demonstrem seres ►Legislação ambiental brasileira e de Roraima.
microscópicos, relevando suas utilidades para a vida dos Vírus, Bactérias, Protozoários e Fungos:
seres humanos, sem esquecer das doenças causadas por ►Doenças causadas por Vírus, Bactérias,
esses seres. Protozoários e Fungos.
►Importância desses seres vivos para os seres
humanos, inclusive sua importância industrial.
- 277
-

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Ajudar os alunos a construírem uma árvore O Desenvolvimento humano:


genealógica de sua família. ►Reprodução humana.
►Listar processos que ocorrem no corpo do ser humano ►A gestação a cada semana.
para explicar seu desenvolvimento. ►A infância.
►A adolescência.
►A fase adulta.
►A senescência.
►A morte.

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Listar acontecimentos do dia-a-dia, relacionando-os Física Clássica:


com os fenômenos. ► O método científico e a física.
►Fazer uma linha do tempo contextualizando a história ►Fenômenos físicos.
da física. ►Unidades de Medidas.
►Utilizar instrumentos de medidas conhecidos pelos ►Estudos dos movimentos: cinemática.
alunos para se trabalhar as unidades de medidas e as ►Dinâmica: estudo das forças.
padronizações dessas unidades. ►Os princípios da dinâmica.
- 278
-

IV - CONTEXTO: POLÍTICA, ÉTICA E CIDADANIA.

Bloco de conteúdos numa co-relação com


Realidades locais e o Cotidiano âmbito Nacional (Brasil), América Latina e
Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Contar estórias do imaginário infantil e depois Seres vivos:


solicitar que os alunos digam quais os seres vivos e não ►Entendendo a vida.
vivos presentes na estória. ►Conhecimento dos animais, suas características
►A partir daí utilizar esses seres vivos enumerados físicas e necessidades.
pelos alunos e outros que o professor ajudou-os a ►Conhecimento das partes e funções do vegetal.
lembrar para classificá-los nos grupos dos seres vivos, ►Conhecimento de alguns microorganismos.
especialmente nos animais, nos vegetais e nos
microorganismos.
►Utilizar os seres vivos do item anterior pra expor
características desses seres vivos especialmente das
plantas e dos animais e dos microorganismos.

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Relacionar as transformações que o homem promove Seres vivos:


no planeta com catástrofes ambientais. ►Conhecimento de algumas espécies da flora e da
►Pedir para que os alunos elaborem um desenho que fauna brasileira.
demonstre o homem vivendo com outros animais, em ►Conhecimento de aspectos da vida animal
um ambiente menos antropocêntrico e utilizar esses (alimentação, respiração, reprodução).
desenhos para explicar as relações entre os seres vivos e ►Observação e conhecimento das necessidades
o ambiente. dos vegetais através de experiências.
►Identificação de alguns microorganismos.

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Contar uma estória onde os seres vivos se alimentam Seres vivos:


um dos outros pra que os alunos possam entender os ►Valorização e preservação da vida e do meio
conceitos de cadeias e teias alimentares, assim como a ambiente.
dependência de todos os seres não vivos do planeta. ►Conhecimento das etapas da vida.
►Solicitar que os alunos criem estórias de como surgiu ►Conhecimentos das diversas fases do
o universo e a Terra a fim do professor orientar qual desenvolvimento do vegetal.
estória é a mais próxima da ciência. ►Funções biológicas dos microorganismos.
►Elaborar um desenho do sistema e explorar esse Terra e Universo:
desenho com características do Sistema Solar. ►Noções básicas sobre as teorias da origem do
universo e da formação da Terra.
►Estudos do sistema solar: o Sol, os planetas,
gravidade e órbita, o planeta Terra.
- 279
-

ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Relacionar a importância do ser humano na Seres vivos:


preservação dos ambientes naturais. ►Importância da preservação de animais, plantas
►Construir com o auxílio dos alunos um sistema solar e microorganismos para a vida do ser humano e do
que auxilie o trabalho com os astros, a orientação no planeta.
tempo e no espaço, e ainda o movimentos dos astros. Terra e universo:
►Observando o céu: a lua, o sol, as estrelas.
►Orientação no tempo e no espaço usando o sol,
a lua e as estrelas como referência.
►Movimentos de rotação e a relação com os
ritmos diários dos seres vivos.
►Movimentos de translação com os ritmos anuais
dos seres vivos.

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Fazer uma lista de seres vivos conhecidos dos alunos Seres vivos:
e dar importância a esses seres vivos para a ►Importância dos seres vivos para o planeta.
sobrevivência do planeta. ►Utilização de seres vivos para o desempenho de
trabalho dos seres humanos.

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Construir com o auxílio dos alunos um sistema solar Terra e Universo:


para trabalhar os astros, a orientação no tempo e no ►Teorias de formação do Universo e do Sistema
espaço, e os movimentos dos astros. Solar.
►Utilizando o sistema solar construído pelos alunos ►Formação da Terra e as condições para a
para explicar as teorias de formação do universo e dos presença da vida.
seres vivos. ►Origem e evolução dos seres vivos.
►Surgimento dos seres humanos.
►Evolução do ser humano: biológica,
tecnológica, ferramentas, comunicação, meios de
transportes e outros.

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Utilização de um sistema solar para explicar a Terra e Universo:


formação do universo e a origem dos planetas. ►O método científico e as teorias de origem do
Planeta e do Universo.
- 280
-

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Elaborar uma lista de plantas e de animais para A biodiversidade da vida animal:


discussão a respeito de suas utilidades para os seres ►Características dos principais grupos
humanos e para outros seres vivos. relacionados à adaptação ao meio ambiente.
►Relacionar esses seres vivos com seu papel nos ►Relações dos animais com outros seres vivos,
ecossistemas naturais e comparar esses ambientes inclusive com os seres humanos.
naturais com ambientes transformados pelo homem. ►Animais geneticamente modificados.
►Prevenção de acidentes de trânsito envolvendo
animais.
►Prevenção e socorro de acidentes com animais
peçonhentos.
►Animais típicos do Brasil, da Amazônia e de
Roraima.
►Doenças relacionadas a animais.
►Animais de criação e de estimação, urbanos e
rurais.
►Causas e conseqüências da extinção de animais.
►Características que diferenciam os seres
humanos de outros animais.
A Diversidade do Reino das Plantas:
►Características dos principais grupos de plantas
relacionadas ao ambiente.
►Fotossíntese: nutrição autotrófica.
►Relações entre plantas e seres humanos.
►Relações das plantas com os outros seres vivos.
►As plantas nos diversos ambientes.
►Plantas típicas do Brasil, da Amazônia e de
Roraima.
►Alimentos geneticamente modificados.
►Alimentos orgânicos.
►Importância de áreas verdes no ambiente
urbano.
►Alterações climáticas e sua relação com as
plantas.

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Utilizar exemplos de motores para explicar o Física Moderna:


funcionamento de máquinas simples na realização do ►Trabalho e máquinas.
trabalho, suas potências, as energias cinéticas e energia ►Potência.
térmica. ►Energia mecânica: potencial e cinética.
Utilizar instrumentos musicais simples como uma flauta ►Energia temática, sonora e luminosa.
para explicar a energia sonora. ►Espelhos e lentes.
►Utilizar uma vela ou uma lanterna para exemplificar a
energia luminosa.
►Utilizar espelhos e lentes para explicar a formação da
imagem, a refração e o reflexo da imagem.
- 281
-

4.1.3 Metodologia e Interdisciplinaridade em Ciências

Ao vivenciar o ensino Ciências no Ensino Fundamental deve-se considerar como


ponto de partida o conjunto de saberes do educando relacionando currículo de maneira que os
alunos busquem explicações científicas para os fatos e assumam posturas críticas, embasadas
em conhecimento científico, elaborando e reelaborando o mundo que os cerca, comparando
fenômenos, elementos e objetos e estabelecendo seqüência de fatos, causas e conseqüências.
Orienta-se, portanto que o professor desenvolva uma pratica dialógica, utilizando-se
dos procedimentos de observação, experimentação, comparação, confronto entre suposições,
proposição de soluções de problemas e registro sistemático viabilizando a construção de
conceitos pelos alunos a fim de avançar para o conhecimento abstrato, utilizando os princípios
gerais e específicos das ciências de forma analítica.

4.1.4 Avaliação em Ciências

Propõe-se que a avaliação do ensino e da aprendizagem acompanhe o processo


educacional analisando todos os seus componentes e redimensionando a prática do ensino,
levando-se em consideração a participação global do aluno nas atividades e pesquisas
propostas, avaliações escritas, seminários e outras a serem definidas pelos docentes.
- 282
-

4.1.5 – Referências Bibliográficas

BRASIL (a), 1998. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares


Nacionais, Terceiro e Quarto Ciclos do Ensino Fundamental – Introdução: pg. 62,
Brasília.

BRASIL (b), 1998. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares


Nacionais, Terceiro e Quarto Ciclos do Ensino Fundamental – Ciências Naturais: pg. 25,
Brasília.

Peduzzi, Sonia S., 2001. In: Maurício Pietrocola, Ensino de Física: conteúdo, metodologia e
epistemologia numa concepção integradora: pg. 2001. Brasília.

CARVALHO, Anna Maria Pessoa de, 2004. Anna Maria Pessoa de Carvalho (org.), O
Ensino de Ciências: Unindo a Pesquisa e a Prática: pg. 1, São Paulo.

DELIZOICOV, Demétrio; Angotti, José André e Pernambuco, Marta Maria, 2002. Ensino de
Ciências: fundamentos e métodos: pg. 32, São Paulo.

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:


terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: Introdução aos parâmetros curriculares
nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1998.

DEMO, P. Metodologia do Conhecimento Científico. São Paulo: Atlas, 1999.

GASPAR, A. Física 2: Ondas, Óptica, Termodinâmica. São Paulo: Ática, 2000.

GRUPO DE REELABORAÇÃO DO ENSINO DE FÍSICA (GREF). São Paulo: Edusp, 1999.

MARX, K. ENGELS, F. A Ideologia Alemã. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

QUADROS, S. A Termodinâmica e a invenção das maquinas térmicas. São Paulo:


Scipione, 1996.

SAVIANI, D. Escola e Democracia. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1983.

SANTER, B. D. et al. Contributions of Anthropogenic and Natural Forcing to Recent


Tropopause Heigh Changes. Science, n. 301, p.479-483, 25 jul. 2003.

VALE, J. M. F. Diálogo Aberto com Demerval Saviani. In: SAVIANI, D. Demerval Saviani
e a Educação Brasileira: O Simpósio de Marília. São Paulo: Cortez, 1994.
- 283
-

4.2 REFERENCIAL CURRICULAR: MATEMÁTICA

EQUIPE DE PRODUÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO


Prof. Ivanildo Lima – Assessor de Currículo – DIFC/SECD.
Prof. Denis Apolinário da Silva – Escola Estadual Maria dos Prazeres Mota.
Prof. Oscar Tintorer – Universidade Estadual de Roraima.
Prof.ª Solange Mussato - Escola Estadual Ana Libória.
Prof. Wescley Costa da Silva - Escola Estadual Presidente Tancredo Neves.
Prof. Williams Souza Alencar – Escola Estadual Maria das Dores Brasil.

ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO:
Rosângela da Silva Viana

(...) a prática educativa se funda não apenas na inconclusão ontológica do ser humano,
mas na consciência de sua inconclusão. É em cima desses dois pés, de um lado a
minha inconclusão, do outro a minha consciência da inconclusão, que se funda a
educação. A educabilidade não tem outra explicação senão nesta assunção de minha
inconclusão consciente. Como também é aí que se fundamenta a minha esperança
(...).(D‟Ambrósio Entrevista Paulo Freire, 2009).
- 284
-

4.2.1 Concepção do Componente Curricular Matemática.

De acordo com D‟Ambrósio20 a comunidade de Educação Matemática


internacionalmente vem clamando por renovações na atual concepção do que é a matemática
escolar e de como essa matemática pode ser abordada. Questiona-se também a atual
concepção de como se aprende e ensina matemática.
Uma criança entenderá melhor os números e as operações matemáticas se puder torná-
los palpáveis. De fato, materiais concretos como pedrinhas, barras e blocos lógicos, fazem as
crianças despertarem no raciocínio abstrato. Particularmente, os blocos lógicos não ensinam a
fazer contas, mas exercitam a lógica. Sua função é dar às crianças a chance de realizar as
primeiras operações lógicas, como correspondência e classificação.
Essa importância atribuída aos materiais concretos, tem raiz nas pesquisas do
psicólogo suíço Jean Piaget (1896-1980). Segundo Piaget, a aprendizagem da Matemática
envolve o conhecimento físico e o lógico-matemático. No caso dos blocos, o conhecimento
físico ocorre quando a criança pega, observa e identifica os atributos de cada peça. O lógico-
matemático se dá quando ela usa esses atributos sem ter o material em mãos (raciocínio
abstrato).
Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental (Brasil, 1997)
reconhecem o desafio em enfrentar tais dificuldades, como a necessidade de reverter o ensino,
centrado em procedimentos mecânicos desprovidos de significados para o aluno.
(...) No momento em que você traduz a naturalidade da matemática como uma
condição de estar no mundo, você trabalha contra certo elitismo com que os estudos
matemáticos, mesmo contra a vontade de alguns matemáticos, têm (...).
(D‟Ambrósio Entrevista Paulo Freire, 2009).

A Matemática é uma ciência viva, não apenas no cotidiano dos cidadãos, mas também
nas universidades e centros de pesquisas, onde se verifica, hoje, uma impressionante produção
de novos conhecimentos que, a partir de seu valor intrínseco, de natureza lógica, têm sido
instrumento útil na solução de problemas científicos e tecnológicos de maior importância
(PCNs, 2001,)

20
D‟AMBROSIO, Beatriz S. Como ensinar matemática hoje? Temas e Debates. SBEM. Ano II. N2.
Brasilia. 1989. P. 15-19.Doutora em Educação Matemática pela Indiana University-USA, atualmente lotada no
Educational Development College of Education, University of Delawere, Newark, Delaware - USA.
- 285
-

4.2.2 Conteúdo e Contextualização em Matemática

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, p. 12) a constatação da


matemática desempenha papel decisivo, quando permite resolver problemas da vida cotidiana,
tem muitas aplicações na vida do trabalho e funciona como instrumento essencial para
construção de conhecimentos em outras áreas curriculares, bem como interfere fortemente na
formação de capacidades intelectuais, na estruturação do pensamento e na agilização do
raciocínio dedutivo do aluno.
A matemática proposta para o estado de Roraima considera os aspectos
socioculturais e políticos como norteadores da compreensão dos processos de entendimento
do pensamento, os modos de explicar, de entender e de atuar na realidade, dentro do contexto
cultural do próprio indivíduo. Fato que reforça a importância de um Projeto Político-
Pedagógico da instituição pensando na perspectiva de cada comunidade escolar (BRASIL,
1998).
Os resultados de pesquisas realizadas a partir de 1995 no Brasil demonstram que as
maiores dificuldades de aprendizagem são encontradas em questões relacionadas à aplicação
de conceitos e à resolução de problemas. De acordo com os PCNs (1997) a matemática tem
sido apontada como disciplina que contribui significativamente para elevação das taxas de
retenção.
A Matemática comporta um amplo campo de relações, regularidades e coerências
que despertam a curiosidade e instigam a capacidade de generalizar, projetar, prever e
abstrair, favorecendo a estruturação do pensamento e o desenvolvimento do raciocínio lógico.
Faz parte da vida de todas as pessoas nas experiências mais simples como contar, comparar e
operar sobre quantidades.
Nos cálculos relativos a salários, pagamentos e consumo, na organização de
atividades como agricultura e pesca a Matemática se apresenta como um conhecimento de
muita aplicabilidade.
Nos materiais concretos uma importante atribuição que tem raiz nas pesquisas do
psicólogo suíço Jean Piaget (1896-1980). Segundo ele, a aprendizagem da Matemática
envolve o conhecimento físico e o lógico-matemático. No caso dos blocos, o conhecimento
físico ocorre quando a criança pega, observa e identifica os atributos de cada peça. O lógico-
matemático se dá quando ela usa esses atributos sem ter o material em mãos (raciocínio
abstrato).
- 286
-

4.2.2.1 Organização dos contextos e conteúdos de Matemática para o Ensino Fundamental.

A realidade local deve ser o ponto de partida no processo de construção do


conhecimento, significando-o e ressignificando o processo interventivo nesta realidade.
Assim, este documento tem como organização contextual dos conteúdos para o ensino da
Matemática o seguinte:

Tabela 21: Organização dos contextos e conteúdos de Matemática para o Ensino


Fundamental

ASPECTOS
CONTEMPLAD
CONTEXTO OS NOS OBJETIVO
CONTEÚDOS
TRABALHADOS

Cultura, diversidade e Números e Resolver problemas utilizando os saberes matemáticos em


luta por direitos. Operações. diferentes situações.

Ciência e tecnologia: Tratamento da Investigar, identificar, calcular, analisar, elaborar e construir


avanços e contradições. Informação. situações-problema a partir da estatística na atividade
humana; regularidades nas tabelas de grandezas; gráficos;
cálculos de probabilidades, dentro da perspectiva do trabalho
coletivo.

Trabalho, consumo e Resolver problemas envolvendo unidades de medidas com


desenvolvimento Grandezas e volume a partir da determinação de volume; cálculo de área;
humano. Medidas. identificação de ângulos e manuseio de instrumentos de
medidas.

Comparar grandezas por meio de razões, identificando os


Democratização do Espaço e Forma. casos de semelhanças e congruências de triângulos, bem como
Conhecimento. ser capaz de aplicar teoremas para resolver e interpretar
situações-problema.

4.2.2.1.1 Conteúdos do contexto: cultura, diversidade e luta por direitos.

A Matemática, surgida na Antiguidade por necessidades da vida cotidiana, converteu-


se em um imenso sistema de variadas e extensas disciplinas. Como as demais ciências,
refletem as leis sociais e serve de poderoso instrumento para o conhecimento do mundo e
domínio da natureza.

O que dá origem a diferentes modos de vida, valores, crenças e conhecimentos,


apresenta-se para a educação matemática como um desafio interessante. Os alunos
- 287
-

trazem para a escola conhecimentos, idéias e intuições, construídas através das


experiências que vivenciam em seu grupo sociocultural. Eles chegam à sala de aula
com diferenciadas ferramentas básicas para, por exemplo, classificar, ordenar,
quantificar e medir. Além disso, aprendem a atuar de acordo com os recursos,
dependências e restrições de seu meio.

Mesmo com um conhecimento superficial da Matemática, é possível reconhecer certos


traços que a caracterizam: abstração, precisão, rigor lógico, caráter irrefutável de suas
conclusões, bem como o extenso campo de suas aplicações (BRASIL, 1998).

CULTURA, DIVERSIDADE E LUTA POR DIREITOS.

Bloco de conteúdos numa co-relação com âmbito


Realidades locais e o Cotidiano Nacional (Brasil), América Latina e Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL

Números e Operações: Números e Operações:


►Identificar e conceituar os números. ►Emprego da contagem oral nas brincadeiras e em
►Utilizar a figura familiar para demonstrar um situações nas quais os alunos percebam a necessidade
sistema de contagem simples. do sistema de numeração. (naturalização da
►Perguntar qual a idade de cada membro da matemática)
família do aluno, a fim de relacionar os números ►Uso de noções simples de cálculo mental como
maiores e menores. ferramenta para resolver problemas.
►Utilizar a idade dos colegas de sala para ►Expressão de quantidades usando a linguagem oral, a
verificar uma seqüência numérica dos escrita (notação) numérica ou outras formas de registros
nascimentos, relacionando a idade com o tempo de não convencionais.
vida. ►Leitura, escrita, comparação, ordenação e seqüência
►Exemplificar com os alimentos consumidos pela numérica.
criança a noção de metade, dobro e partes ou ►Representação da numeração com diferentes
frações. representações de quantidade.
►Questionar onde podem ser encontrados os ►Cálculo mental envolvendo situações do cotidiano
números naturais no cotidiano. com registro.
►Calcular mentalmente situações do dia-dia. ►Situações-problema envolvendo as idéias da adição e
►Identificar sucessor e antecessor de um número. subtração.
►Identificar unidade, dezena centena, etc. ►Identificar sucessor e antecessor de um número.
►Observar combinação e soma de parcelas iguais, ►Noção de unidade e dezena.
utilizando, por exemplo, mesma quantidade de ►Situações-problema envolvendo as idéias da adição e
frutas. subtração.
►Analisar situações-problemas que envolvam ►Noção de multiplicação (combinatória e soma de
Sistema Monetário Brasileiro. parcelas iguais).
►Calcular através de uma Divisão em partes ►Contagem com formação de grupos de 10.
iguais. ►Relação entre unidades e dezenas.
►Dobro e metade.
►Cálculo mental envolvendo situações do cotidiano
com registro.
►Situações-problema envolvendo Sistema Monetário
Brasileiro (sem algoritmo).
►Noção de divisão como repartição em partes iguais.
- 288
-

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL

►A divisão dos alimentos na sua casa e/ou na Números e Operações


sua comunidade, sociedade e cidade. ►Representação e identificação de sucessor e
►Relacionar a partilha de alimentos no mundo, antecessor de um número.
com a operação de divisão e multiplicação. ►Composição e decomposição de um número natural a
partir das diversas ordens (unidades e dezenas).
►Noção de divisão como repartição em partes iguais.
►Resolução de situações-problema envolvendo
multiplicação e divisão.
►Cálculo mental envolvendo situações do cotidiano.

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Verificar como se escreve os números, dando Números e Operações


importância a eles, como por exemplo, no ►Sistema de Numeração Natural.
preenchimento de um cheque imaginário, ou de ►Leitura, escrita, comparação e ordenação de números
uma nota promissória. naturais.
►Utilização de uma lista de compras para ►Interpretação e resolução de situações-problema
relacionar adição de materiais com subtração de envolvendo as idéias da adição e da subtração.
dinheiro. ►Realização de algoritmo por meio de estratégias
►Utilizar uma ordem numérica feita no quadro pessoais e do uso da técnica operatória convencional
para identificação de números antecessores e (adição e subtração).
números sucessores. ►Identificação e representação do antecessor e
►Utilizar a repartição de alimentos para sucessor de um número natural.
identificar as partes e seu todo, inclusive ►Identificação na série numérica para nomear, ler e
auxiliando a entender as operações de divisão e escrever números de valor absoluto e relativo.
multiplicação por números menores que 10. ►Multiplicação de divisão de números naturais.
►Identificar série numérica com finalidade de ►Repartição em partes e medidas (quantos grupos).
ler e escrever algarismos em valores absoluto e ►Realização de divisões com divisor menor que 10.
relativo. ►Interpretação e resolução de situações-problema
envolvendo as idéias da divisão.
►Relação entre divisão exata e multiplicação.
►Utilização das regras do Sistema de Numeração
►Decimal para números naturais.
►Utilização dos fatos fundamentais da adição,
subtração, multiplicação e divisão a partir de situações-
problema.
►Relação entre divisão e multiplicação.
►Utilização do Sistema monetário Brasileiro em
situações-problema.

ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL


►Identificar na conta de energia quanto custa um Números e Operações:
kilowatts / hora, exemplificando os números ►Sistema de Numeração Decimal da escrita dos
decimais. números naturais maiores que 1000.
►Verificar quanto custa o metro cúbico de água ►Histórias dos números.
na conta de água da casa do aluno. ►Leitura e escrita dos números naturais.
►Identificação de unidades, dezenas e centenas a ►Comparação, sequenciação e ordenação de números.
partir da construção de um ábaco. ►Valor posicional de um número natural nas ordens:
►Utilização de valores a partir de uma suposta unidade, dezena e centenas.
compra em um mercado (comércio) local. ►Utilização dos fatos fundamentais da adição e
►Organizar os alunos em ordem do número da subtração por meio de estratégias pessoais e do uso da
chamada para que eles possam identificar o técnica operatória convencional.
sucessor e o antecessor. ►Representação e identificação de sucessor e
antecessor de números naturais.
►Quadro valor-lugar com as ordens: unidade, dezena,
centena e milhar.
- 289
-

►Resolução de situações-problema envolvendo as


idéias da divisão.
►Operação com números naturais.
►Utilização dos fatos fundamentais da adição e da
subtração a partir de situações-problema.
►Análise, interpretação e resolução de situações-
problema envolvendo as idéias da adição, subtração,
multiplicação e da divisão, envolvendo duas ou mais
operações.
►Relação entre divisão exata e multiplicação.
►Utilização das regras do Sistema de Numeração
Decimal para números naturais.
►Utilização dos fatos fundamentais da adição,
subtração, multiplicação e divisão a partir de situações-
problema.
►Utilização do Sistema monetário Brasileiro em
situações-problema.

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Organização dos alunos por ordem numérica de Números e Operações:


acordo com a chamada, para que eles possam ►Números Naturais (pares e impares, sequenciação,
entender quais são os números pares e impares; ordem crescente e decrescente).
ordenação crescente e ordenação decrescente. ►Operações com números naturais (adição,
►Simulação de uma compra no mercado (comércio) subtração).
para entender a subtração e adição. ►Operações com números naturais (multiplicação e
►Utilizar o todo e partes de objetos para divisão).
entendimento de multiplicação e divisão de números ►Múltiplos e divisores: critérios e regras, composição
inteiros e fracionários. e decomposição.
►Elaboração de uma linha do tempo para ►Situações-problema com os números naturais
entendimento dos números naturais. (adição, subtração, multiplicação e divisão).
►Pesquisar sobre as idades dos antepassados e ►Números racionais na forma fracionária.
comparando os números naturais diferentes. ►Exploração do conceito de fração no todo contínuo e
►Decompor algarismo para obter o MMC e MDC discreto.
através de exemplos de divisões desiguais. ►Leitura e escrita de fração.
►Resolver problemas envolvendo as quatro ►Identificação e obtenção de frações equivalentes e
operações em forma de fração e forma decimal como simplificação.
a separação do lucro em uma sociedade onde os ►Exploração dos diferentes significados das frações
sócios têm porcentagens diferentes na sociedade. em situações-problema.
►Utilizar exemplos de partes para: traduzir ►Relação entre a representação fracionária e decimal
problemas de frações; simplificar Frações de de um mesmo número racional.
equivalência; descrever números fracionários ►Identificação na reta numérica dos números naturais
baseado em conceitos de equivalência. e racionais.
►Identificar tipos de porcentagem simples e ►Leitura e escrita de números naturais e racionais na
compostas utilizando-se exemplos de empréstimo em reta numérica.
um banco, traduzindo soluções com números ►Números Racionais na forma Decimal.
decimais, fracionárias e porcentagem. ►Identificação de décimos, centésimos e milésimos.
►Realização de adição e subtração de números
racionais na forma decimal, por meio de estratégias
pessoais e pelo uso de técnicas convencionais.
►Relação entre fração decimal e o número decimal.
- 290
-

►Construção dos fatos fundamentais da multiplicação


a partir de situações-problema.
►Interpretação e resolução de situações-problema
envolvendo as idéias da divisão.
►Relação entre divisão e multiplicação.
►Realização de divisão por meio de estratégias
pessoais.
►Utilização das regras do Sistema de Numeração
Decimal para números naturais e racionais.
►Leitura, escrita, comparação, ordenação e
decomposição de números fracionários e decimais.
►Relação entre números racionais na forma
fracionária, decimal e percentual.
►Utilização do Sistema Monetário Brasileiro em
situações-problema.
►Resolução de situações-problema envolvendo
números nas formas fracionária, decimal e percentual.
►Análise, interpretação e resolução de situações-
problema, envolvendo o significado das operações com
números naturais e inteiros.
►Realização das operações por meio de estratégias
pessoais e do uso da técnica operatória convencional.
►Potenciação e radiciação de números naturais.
►Números primos.
►Fatoração (MMC e MDC).
►As quatro operações com números racionais na
forma fracionária e decimal.
►Realização de adição e subtração de números
racionais na forma decimal, por meio de estratégias
pessoais e pelo uso de técnicas convencionais.
►Exploração dos diferentes significados das frações
em situações-problema (parte-todo, quociente e razão).
►Equivalência de frações e simplificação.
►Realização de adição e subtração de números
racionais sob a forma fracionária baseada no conceito
de equivalência.
►Porcentagem.
►Reconhecimento no uso da porcentagem no contexto
diário.
►Resolução de problemas envolvendo adição e
subtração de números racionais nas formas fracionária
e decimal.
►Números racionais nas formas decimal, fracionária e
percentual.
►Análise, interpretação e resolução de situações-
problema envolvendo números racionais na forma
decimal, fracionária e percentual.
- 291
-

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL


►Compreender as anotações de números naturais, Números e Operações:
inteiros e racionais em aplicações no cotidiano ►Leitura, escrita, comparação e ordenação de números
através de comparação de uma lista de compras de naturais, inteiros e racionais.
mercados diferentes. ►Análise, interpretação e resolução de situações-
►Decompor algarismo para obter o MMC e MDC problema, envolvendo o significado das operações com
através de exemplos de divisões desiguais. números naturais e inteiros.
►Resolver problemas envolvendo as quatro ►Realização das operações por meio de estratégias
operações em forma de fração e forma decimal como pessoais e do uso da técnica operatória convencional.
a separação do lucro em uma sociedade onde os ►Potenciação e radiciação de números naturais.
sócios têm porcentagens diferentes na sociedade. ►Números primos.
►Utilizar exemplos de partes para: traduzir ►Fatoração (MMC e MDC).
problemas de frações; simplificar Frações de ►As quatro operações com números racionais na
equivalência; descrever números fracionários forma fracionária e decimal.
baseado em conceitos de equivalência. ►Realização de adição e subtração de números
►Identificar tipos de porcentagem simples e racionais na forma decimal, por meio de estratégias
compostas utilizando-se exemplos de empréstimo em pessoais e pelo uso de técnicas convencionais.
um banco, traduzindo soluções com números ►Exploração dos diferentes significados das frações
decimais, fracionárias e porcentagem. em situações-problema (parte-todo, quociente e razão).
►Equivalência de frações e simplificação.
►Realização de adição e subtração de números
racionais sob a forma fracionária baseada no conceito
de equivalência.
►Porcentagem.
►Reconhecimento no uso da porcentagem no contexto
diário.
►Resolução de problemas envolvendo adição e
subtração de números racionais nas formas fracionária
e decimal.
►Números racionais nas formas decimal, fracionária e
percentual.
►Análise, interpretação e resolução de situações-
problema envolvendo números racionais na forma
decimal, fracionária e percentual.
ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL
►Utilizar o número de chamadas dos alunos para Números e Operações:
formação de conjuntos de números naturais e atribuir ►Conjunto dos números naturais, inteiros e racionais.
outros números aos alunos para entendimento de ►Reta numerada.
números: naturais, inteiros e racionais. ►Números inteiros: adição e subtração.
►Construir uma linha do tempo para interpretação ►Números racionais relativos: adição e subtração.
de uma reta imaginária e da reta real. ►Análise, interpretação e resolução de situações-
►Resolver operações com números inteiros e problema.
relativos a partir de exemplos criados pelos alunos. ►Números inteiros: definição e operações
►Interpretar as linguagens algébricas (letras). (multiplicação, divisão, potenciação e radiciação).
►Solucionar problemas de equações do 1º Grau: ►Números racionais relativos: definição e operações
identificação e determinação do valor desconhecido (multiplicação, divisão, potenciação e radiciação).
a fim de resolver situações-problema. ►Números decimais e operações.
►Utilizar uma receita com medidas para ►Uso da linguagem algébrica na leitura dos dados de
entendimento de razão e proporção. um problema.
►Interpretar Regra de três simples ou composta, ►Equações do 1º Grau: identificação e determinação
direta ou inversa utilizando-se exemplos de um do valor desconhecido.
empréstimo em um banco ou de quantidades de ►Resolução de situações-problema por meio de
homens para a construção de uma obra. equação de 1º grau.
►Razão e proporção.
►Regra de três simples e composta.
►Juros simples.
►Resolução de problemas.
- 292
-

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Identificar conjuntos Numéricos e suas Números e Operações


representações ►Conjuntos numéricos (IN, Z, Q, I e IR).
►utilizar operações simples de divisão para ►Representação decimal finita e infinita.
transformação de fração em número decimal, ►Operações: potenciação e radiciação com frações e
utilizando uma reta para exemplificá-los nas casas números decimais.
finita e infinita quando acontece uma dizima. ►Grandezas diretamente e inversamente
►Interpretar expressões com potências e raízes, proporcionais.
utilizando-se o crescimento populacional para ►Juros simples e composto.
exemplificar. ►Cálculo algébrico (polinômios).
►Decodificar valores em Notação Científica. ►Expressões algébricas.
►Solucionar questões de equação do segundo grau ►Equação e inadequações do 1º grau com duas
como o crescimento populacional. variáveis.
►Discutir equações biquadradas e irracionais. ►Sistema do primeiro Grau com duas vaiáveis.
►Desenvolver questões sobre funções do 1º grau ►Sistema do 1º Grau.
como a aceleração de um carro e do 2º grau como o ►Produtos notáveis.
aumento da população e construir gráficos sobre ►Fatoração.
funções do 1º grau e do 2º grau. ►Frações algébricas.
►Uso das frações algébricas.
►Fatoração na resolução de problemas.
►Potências e raízes.
►Operações com radicais.
►Notação científica.
►Equação do 2º grau.
►Solução ou raiz de uma equação do 2º grau.
►Resolução de problemas do 2º grau.
►Equações biquadradas e irracionais.
►Função de 1º grau: conceito e identificação.
►Construção de gráficos da função de 1º grau.
►Resolução de problemas que envolvam sistemas de
equações do 2º grau.
►Função de 2º grau (conceito e identificação).
►Construção de gráficos da função do 2º grau.

4.2.2.1.2Conteúdos do contexto: ciência, tecnologia e ambiente: avanços e contradições.

A aplicabilidade da matemática no cotidiano tem influência direta na formação das


capacidades intelectuais do homem, na estruturação do pensamento, na agilização do
raciocínio dedutivo do aluno, na sua aplicação em situações problemas, situações da vida
cotidiana, atividades do mundo do trabalho e no apoio a construção de conhecimentos em
outras áreas curriculares. (BRASIL, 1998).
Os avanços tecnológicos cada vez mais dinâmicos exigem do processo de
aprendizagem e ensino uma preparação para a utilização dos diferentes recursos didáticos
como: computadores, calculadoras entre outros. Nesta perspectiva o caráter lógico-
matemático, é um grande aliando para o desenvolvimento cognitivo dos sujeitos,
proporcionando condições de análise, pesquisa, sistematização e intervenção na realidade.
- 293
-

“A Matemática é componente importante na construção da cidadania,


na medida em que a sociedade se utiliza, cada vez mais de
conhecimentos científicos e recursos tecnológicos, dos quais os
cidadãos devem se apropriar”. (PCNs, 1997, p. 15)

CIENCIA E TECNOLOGIA: AVANÇOS E CONTRADICÕES.

Bloco de conteúdos numa co-relação com âmbito


Realidades locais e o Cotidiano Nacional (Brasil), América Latina e Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Observar formas diferentes de listagem de Tratamento da Informação:


materiais para análise de objetos. ►Observação de listas de coleção de objetos de diferentes
►Visualizar e Interpretar dados coletados e/ou formas.
fornecidos. ►Leitura de listas de dados coletados.
►Coletar informações de listas e tabelas. ►Coleta de dados.
►Interpretar listas e tabelas através de dados ►Interpretação de dados.
coletados ou fornecidos pelo professor ou pelos
alunos.

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Observar formas diferentes de listagem de Tratamento da Informação:


materiais para análise de objetos. ►Leitura e interpretação de listas.
►Visualizar e Interpretar dados coletados e/ou ►Leitura e interpretação de listas e tabelas simples.
fornecidos. ►Construção de listas e tabelas simples.
►Coletar informações através de gráficos de ►Leitura e interpretação de gráficos e de barras.
barras. ►Construção de gráficos e barras.
►Interpretar e construir gráficos de barras.

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Interpretar listagem de materiais para análise de Tratamento da Informação:


objetos através de tabelas simples. ►Interpretação e elaboração de listas e tabelas simples.
►Visualizar e interpretar dados coletados e/ou ►Levantamento de dados e sua organização em listas,
fornecidos por gráficos. tabelas e/ou gráficos.
►Coletar informações de listas e tabelas e/ou ►Coleta e organização de dados desses em tabelas e/ou
gráficos de barras. gráficos de barras.
►Interpretar e construir gráficos de barras. ►Coleta de dados e interpretação de tabelas e gráficos de
barras.
- 294
-

ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL


►Identificar e elaborar listas e tabelas simples. Tratamento da Informação:
►Interpretar através dos dados apresentados por ►Identificação e elaboração de listas e tabelas simples.
meio de listas, tabelas, diagramas e gráficos. ►Elaboração de tabelas e gráficos de barra.
►Construir tabelas, gráficos de barra. ►Elaboração de tabelas e gráficos.
►Elaborar tabelas e gráficos por meio de
situações-problema.
ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL
►Coletar e organizar as informações dessas Tratamento da Informação:
tabelas e gráficos. ►Coleta de dados.
►Interpretar gráficos variados. ►Leitura e interpretação de diferentes tipos de gráficos.
►Produzir textos a partir de tabelas e gráficos a ►Raciocínio combinatório.
fim de diagnosticar uma dada situação.
►Descrever o Raciocínio combinatório.
►Organizar dados apresentados por meio de
listas, tabelas, diagramas e gráficos.
ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL
►Determinar média aritmética e porcentagem. Tratamento da Informação:
►Aproximar os resultados possíveis através das ►Média aritmética e noções de porcentagem.
probabilidades. ►Probabilidade (lançamento de uma moeda ou dado).
►Coletar e Interpretar dados na construção de um ►Coleta de dados, interpretação e construção.
mapa para amostra. ►Probabilidade (de um mapa de amostragem e indicação
da possibilidade de sucesso de um evento pelo uso de uma
razão).
ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL
►Determinar média aritmética e porcentagem. Tratamento da Informação:
►Aproximar os resultados possíveis através das ►Média aritmética e noções de porcentagem.
probabilidades. ►Probabilidade (lançamento de uma moeda ou dado).
►Coletar e Interpretar dados na construção de um ►Coleta de dados, interpretação e construção de um mapa
mapa para amostra. de amostra.
►Identificar as possibilidades de sucesso em um ►Probabilidade (de um mapa para amostra e indicação da
evento pelo espaço em amostra. possibilidade de sucesso de um evento pelo uso de uma
razão).
ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL
►Estruturar elementos de estatística para análise. Tratamento da Informação:
►Organizar elementos estatísticos como média, ►Tabelas e gráficos de linha, histograma.
gráfico de linha, porcentagens, coleta de dados, ►Elementos estatísticos.
classes e tabelas.
►Identificar elementos de estatística como
Média, gráficos de setores e porcentagens.

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL


►Coletar e Organizar dados tabelas e gráficos. Tratamento da Informação:
►Determinar Médias Aritméticas Ponderadas e ►Coleta e organização de dados.
medianas. ►Média aritmética, ponderada, e mediana.
►Traduzir os gráficos para leitura e ►Gráficos.
interpretação. ►Probabilidade.
►Calcular a solução de situações - problemas. ►Situações-problema.
►Construir gráficos de linha, coluna e setor para ►Gráficos de linha, coluna e setor.
facilitar a interpretação dos dados coletados. ►Gráficos de setores, freqüência e freqüência relativa.
►Construir gráficos de setores e tipos de
freqüência.
- 295
-

4.2.2.1.3 Conteúdos do contexto: trabalho, consumo e desenvolvimento humano.

Ao analisar o cotidiano do ensino da matemática, supera-se a idéia do saber como um


conhecimento fechado, inquestionável e irredutível. Quando o aluno consegue perceber a
existência deste saber, antes mesmo da sua vida escolar, estabelece diferentes conexões, bem
como passa a compreender as informações diárias e, em especial, aquelas veiculadas pelos
meios de comunicação.
As decisões e previsões a partir deste saber influenciam não apenas na vida pessoal,
como também na de toda a comunidade. Neste sentido, compreendem-se como finalidade do
saber matemático, nas escolas estaduais, o desenvolvimento humano a partir do saber ler, e
interpretar dados apresentados, de maneira organizada e construir representações, para
formular e resolver problemas que impliquem o recolhimento de dados e a análise de
informações.

“O significado da Matemática para o aluno resulta das conexões que


ele estabelece entre ela e as demais disciplinas, entre ela e o seu
cotidiano e das conexões que ele estabelece entre os diferentes temas
matemáticos.” (PCNs, 1997, p. 15).

III - CONTEXTO: TRABALHO, CONSUMO E DESENVOLVIMENTO HUMANO.

Bloco de conteúdos numa co-relação com âmbito


Realidades locais e o Cotidiano Nacional (Brasil), América Latina e Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Comparar objetos com ajuda do professor. Grandezas e Medidas:


►Identificar outras unidades de medida de tempo. ►Comparação de objetos.
►Interpretar as leituras no calendário. ►Identificação e utilização da unidade de medida.
►Utilizar as unidades de medidas de tempo como dia, ►Leitura de calendário.
semana, mês, ano e maneira correta de utilizar o ►Identificação e utilização das unidades de
calendário, a partir de fatos cotidianos. medidas de tempo.
►Utilizar medidas não convencionais de comprimento: ►Medidas não convencionais de comprimento.
partes do corpo (palmo, dedo, pé, passo) e objetos ► Comparação de tamanhos, formas, espessuras.
(barbante, palito etc). ►Medidas convencionais.
►Compreender medidas não convencionais: capacidade
(xícara, copo, colher etc).
►Diferenciar tamanhos, formas e espessuras.
►Convencionar noções de comprimento como régua,
trena e outros.
- 296
-

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Identificar as unidades de tempo não oficiais. Grandezas e Medidas:


►Elaborar a leitura no calendário. ►Unidade de medida de tempo.
►Compreender medidas não convencionais de ►Leitura de calendário.
comprimento envolvendo partes do corpo (mão, dedo, ►Medidas não convencionais de comprimento.
pé e passos) e objetos (barbante, palito etc.). ►Medidas não convencionais.
►Utilizar medidas não convencionais de capacidades
de objetos (xícara, copo, colher etc.).
►Verificar a utilização de instrumentos convencionais
para medida de comprimento.

ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Identificar as medidas de tempo não oficiais e Grandezas e Medidas:


utilização do calendário: dia, mês, ano, bimestre, ►Utilização de unidades de medidas.
semestre, ano e utilização do calendário. ►Comparação de comprimentos com o uso de
►Relacionar unidades de medida de tempo indicadas estratégias pessoais e de instrumentos adequados
acima. como a régua e a fita métrica.
►Comparar comprimentos com o uso de estratégias ►Medidas de comprimento.
pessoais e de instrumentos adequados como a régua e a ►Reconhecimento e utilização de unidades usuais
fita métrica. de medidas de comprimento como metro,
►Estabelecer relações entre essas medidas de centímetro e quilômetro.
comprimento. ►Unidade de medida de comprimento.
►Comparar e selecionar unidade de medida de ►Figuras planas.
comprimento adequada ao objeto a ser medido.
►Calcular perímetro de figuras planas desenhadas em
malhas quadriculadas.
►Relatar unidades de tempo não oficiais.
ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL
►Utilizar medidas de tempo não oficiais: calendário, Grandezas e Medidas:
relógio, dia, semana, mês, ano, horas, minutos, bimestre, ►Medidas de tempo.
trimestre e semestre. ►Unidades de medidas de tempo.
►Entender instrumentos de medida de tempo como: ►Instrumento de medidas de tempo.
ampulheta, relógio analógico e relógio digital. ►Calendário – confecção e leitura de calendário.
►Conhecer a leitura das horas do dia – compreensão da ►Medidas de massa: quilograma, grama, tonelada.
importância de medir o tempo. ►Medidas de comprimento: cm, m e km.
►Situações-problemas que envolvam medidas. ►Utilização da régua.
►Confeccionar e ler o calendário.
►Compreender as medidas de capacidade como litro e
mililitro.
►Determinar as medidas de massa como quilograma,
grama, tonelada.
►Utilizar as medidas de comprimento: cm, m e km.
ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL
►Resolver situações-problemas envolvendo o sistema Grandezas e Medidas:
monetário e de medidas. ►Sistema monetário Brasileiro.
►Estabelecer relações de equivalência entre valores de ►Cédulas e moedas.
cédulas e moedas. ►Medidas de capacidade.
►Descrever os sistemas de medidas de capacidade. ►Múltiplos e submúltiplos.
►Utilizar múltiplos e submúltiplos. ►Utilização de unidades usuais de medidas.
►Transformar as unidades de medidas. ►Seleção de unidades de comprimentos.
►Reconhecer e utilizar unidades usuais de medidas de ►Figuras planas desenhadas em malhas
comprimento como metro, centímetro e quilômetro. quadriculadas.
►Comparar e selecionar unidades de comprimentos
adequados no objeto em questão a ser medido.
- 297
-

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL


►Calcular área e perímetro de figuras planas. Grandezas e Medidas:
►Determinar medidas de tempo. ►Área e perímetro de figuras planas desenhadas
►Estabelecer superfícies equivalentes. em malhas quadriculadas.
►Resolver situações-problemas entre áreas e ►Medidas de tempo.
perímetros. ►Equivalência de superfícies.
►Reconhecimento e utilização de unidades usuais de ►Resolução de situações-problemas envolvendo
medidas de comprimento como quilômetro, centímetro e comparações de áreas e perímetros.
metro. ►Unidades de medidas de comprimento.
►Comparar e selecionar unidades de medidas de
comprimento adequadas ao objeto medido.
►Comparar e selecionar unidades de medidas de
comprimento adequadas ao objeto em questão.

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Calcular perímetros e áreas de figuras planas. Grandezas e Medidas:


►Determinar potências de área e volume. ►Perímetros e área.
►Representar as raízes quadrada como medida de lado. ►Potenciação como área e volume.
►Aproximar a área do círculo por meio de quadrados ►Raiz quadrada como medida de lado.
(uso da malha quadriculada). ►Área do círculo por meio de quadrados.
►Determinar os volumes do cubo e paralelepípedo. ►Volume do cubo e paralelepípedo.
►Compreender o sistema métrico decimal. ►Sistema métrico decimal.
►Definir o sistema de medidas não decimais e ►Sistema de medidas não decimais.
resolução de problemas. ►Área e perímetro do trapézio, losango e triângulo.

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Construir ângulos retos, agudos, obtusos e notáveis. Grandezas e Medidas:


►Determinar área e perímetro de figuras planas. ►Ângulos retos, agudos, obtusos e notáveis.
►Calcular do cubo e paralelepípedo ►Área e perímetro de figuras planas.
►Identificar perímetro e área de polígonos. ►Volume do cubo paralelepípedo.
►Definir Sistema de medidas de comprimento. ►Medidas de ângulo.
►Perímetro e área de polígonos.
►Sistema de medidas de comprimento, massa,
capacidade e volume.

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Calcular áreas de polígonos e do círculo. Grandezas e Medidas:


►Identificar Relações Métricas na Circunferência. ►Áreas de polígonos e do círculo.
►Discutir o Teorema de Pitágoras. ►Relações métricas na circunferência.
►Definir as relações métricas no triângulo retângulo. ►Teorema de Pitágoras.
►Relações métricas no triângulo retângulo.
- 298
-

4.2.2.1.4 Conteúdos do contexto: democratização do conhecimento.

A educação como afirma Gadotti (2001.), é um espaço de luta entre várias tendências e
grupos, um espaço que nenhuma ideologia pode dominar inteiramente. Nem o Nazismo, que
teve o mais “perfeito” dos sistemas escolares, conseguiu isso. Por isso, a educação é um
espaço de luta, um espaço importante. Num determinado momento esse espaço é dominado
por uma pedagogia do dominador, do opressor. Compete ao educador, assumindo a sua
função crítica na sociedade, tornar dominante o espaço livre, que hoje é um espaço minúsculo
e vigiado.
O saber matemático não difere dessa realidade, pois a idéia de que a Matemática é
um corpo de conhecimento imutável, e verdadeiro, que deve ser assimilado pelo aluno,
não é um equívoco, trata-se de uma intencionalidade que deve ser problematizada no
espaço de aprendizagem.

A aprendizagem e o ensino da Matemática contemplam essencialmente, a


forma de compreender e atuar no mundo, sabendo que esse representa a construção
humana na sua interação com o contexto natural, social e cultural.

(...) A matemática é uma ciência viva, não apenas no cotidiano dos cidadãos, mas
também nas universidades e centros de pesquisas, onde se verifica, hoje, uma
impressionante produção de novos conhecimentos que, a par de seus valores
intrínsecos, de natureza lógica, têm sido instrumentos úteis na solução de problemas
científicos e tecnológicos de maior importância. (BRASIL, 2001, p.24)

“O direcionamento do ensino fundamental para aquisição de competências básicas


necessárias ao cidadão e não apenas voltadas para estudos posteriores.” (PCNs,
1997, p. 17)
- 299
-

IV CONTEÚDOS DO CONTEXTO: DEMOCRATIZAÇÃO DO CONHECIMENTO.

Realidades locais e o Cotidiano Bloco de conteúdos numa co-relação com âmbito


Nacional (Brasil), América Latina e Mundial.

ANO: 1º - ENSINO FUNDAMENTAL


►Explorar e Reconhecer propriedades Espaço e forma:
geométricas de objetos e figuras como formas, ►Propriedades geométricas de objetos e figuras.
tipo de contorno, bidimensional, tridimensional, ►Representação de pequenos percursos.
faces planas, lados retos, etc. ►Identificação de pontos de referência para situar-se.
►Representar pequenos percursos observando ►Decomposição e composição.
pontos de referência no espaço. ►Contextos que se encontram.
►Identificar pontos de referência a fim de ►Número em série.
situar-se. ►Figuras.
►Decompor e compor objetos. ►Localização espacial: espaço corporal.
►A partir de suas partes.
►Identificar o uso de objeto e/ou número em
série.
►Comparar quantidades de objetos de coleções
diferentes.
►Classificar figuras segundo o critério
(triângulo, retângulo, círculo e quadrado).
►Reconhecer as formas das figuras planas com
objetos do meio físico.
►Localizar espacialmente as figuras nas
situações cotidianas.

ANO: 2º - ENSINO FUNDAMENTAL


►Localizar pessoas ou objetos no espaço, Espaço e forma:
usando como referencia seu próprio corpo ou ►Localização de pessoas ou objetos no espaço.
objetos da sala de aula (lateralidade). ►Semelhanças e diferenças.
►Diferenciar os diferentes objetos, por ►Sólidos geométricos.
exemplo, presentes na casa dos alunos. ►Figuras geométricas em obras de arte.
►Comparar os sólidos geométricos em obras de ►Figuras planas e não planas.
arte. ►Linhas abertas e fechadas.
►Estabelecer semelhanças entre figuras planas
existentes na escola
►Utilizar contornos e linhas.
ANO: 3º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Localizar pessoas ou objetos no espaço com o Espaço e forma:


uso de pontos de referências: lateral, frontal e ►Localização de pessoas ou objetos no espaço.
superior. ►Formas planas e não-planas.
►Formar figuras planas e não-planas. ►Classificação das figuras não-planas.
►Classificar as figuras não-planas em poliedros ►Classificação dos poliedros em pirâmides, prismas,
e corpos redondos. paralelepípedos entre outros.
►Classificar os poliedros em pirâmides, ►Montagem de sólidos geométricos a partir de seus
prismas, paralelepípedos entre outros. moldes.
►Montar sólidos geométricos a partir de seus ►Identificação das planificações com os sólidos
moldes. geométricos correspondentes.
►Identificar as planificações com os sólidos ►Formas geométricas.
geométricos correspondentes e vice-versa.
►Observar de formas geométricas que tenham
simetria.
- 300
-

ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Identificar os Sólidos geométricos: corpos Espaço e forma:


redondos; poliedros (prismas e pirâmides); ►Sólidos geométricos.
faces, arestas e vértices. ►Linhas curvas.
►Desenhar Linhas curvas (abertas, fechadas, ►Reta e segmento de reta.
simples e não-simples). ►Retas concorrentes e paralelas.
►Representar Reta e segmento de reta. ►Eixo de simetria.
►Construir Retas concorrentes e paralelas. ►Ângulos.
►Desenhar no eixo de simetria: observação de ►Identificação de polígonos.
formas geométricas. ►Polígonos (triângulos, quadriláteros, pentágonos e
►Traçar ângulos (reto obtuso e agudo). hexágonos).
►Identificar de polígonos em uma coleção de ►Perímetros de figuras planas.
figuras planas.
►Classificar polígonos (triângulos,
quadriláteros, pentágonos e hexágonos).
►Calcular Perímetros de figuras planas.

ANO: 5º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Observar objetos do cotidiano. Espaço e forma:


►Desenhar Sólidos geométricos: classificação ►Objetos do cotidiano.
em poliedros e corpos redondos. ►Sólidos geométricos: classificação em poliedros e corpos
►Calcular Altura, largura e comprimentos. redondos.
►Observar Visão oblíqua e vertical. ►Altura, largura e comprimentos.
►Observar objetos do cotidiano: figuras planas ►Visão oblíqua e vertical.
(polígonos), uso do tangram – quadrado, ►Objetos do cotidiano.
paralelograma, retângulo e círculo. ►Classificação.
►Classificar quanto ao número de lados dos ►Localização de pessoas.
polígonos. ►Formas geométricas.
►Localizar pessoas ou objetos no espaço com o ►Polígonos (triângulos e quadriláteros).
uso de pontos de referências: lateral, frontal e ►Círculo e circunferência.
superior.
►Observar e formas geométricas que tenham
simetria.
►Classificar os polígonos (triângulos e
quadriláteros).
►Construí Círculo e circunferência.

ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Desenhar Figuras planas e sólidas Espaço e forma:


geométricos. ►Figuras planas e sólidas geométricos.
►Compor e decompor figuras planas. ►Composição e decomposição.
►Representar no plano de figuras geométricas ►Representação no plano.
planas e não planas. ►Planificação do cubo, paralelepípedo, cilindro e pirâmide.
►Planificar cubo, paralelepípedo, cilindro e ►Prismas, pirâmides, cones e cilindros em uma coleção de
pirâmide. sólidos geométricos.
►Identificar prismas, pirâmides, cones e ►Faces, vértices e arestas dos sólidos geométricos.
cilindros em uma coleção de sólidos ►Representação de ângulos.
geométricos.
►Identificar faces, vértices e arestas dos sólidos
geométricos.
►Identificar representação de ângulos.
- 301
-

ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Desenhar Figuras planas. Espaço e forma:


►Construir Sólidos geométricos. ►Figuras planas.
►Transformar uma figura no plano: ampliação ►Sólidos geométricos.
e redução usando malha quadriculada. ►Transformações de uma figura no plano.
►Identificar Propriedades do triangulo, ►Triangulo condições de existência e classificação
condições de existência e classificação. (eqüiláteros isósceles e escalenos).
►Classificar a Relação entre a circunferência e ►Circunferência e o seu raio e o diâmetro.
o seu raio e o diâmetro. ►Referencial cartesiano.
►Construir o Referencial cartesiano. ►Mapas e plantas (razão e proporção).
►Construir Mapas e plantas (razão e
proporção).

ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Identificar a importância da construção da Espaço e forma:


bissetriz de um ângulo no cotidiano do aluno. ►Polígonos convexos e não-convexos.
►Perceber a importância do conhecimento de ►Polígonos e seus elementos (ângulos, lados, diagonais).
paralelas, perpendiculares e mediatrizes de ►Diagonais de um polígono (número de diagonais).
segmentos no cotidiano do aluno. ►Ângulos internos e externos de um polígono.
►Identificar a bissetriz de um ângulo. ►Congruências de triângulos.
►Construir com instrumentos adequados a ►Eixos de simetria.
bissetriz de um ângulo. ►Construção da bissetriz de um ângulo.
►Identificar polígonos. ►Paralelas, perpendiculares e mediatrizes de segmentos.
►Classificar polígonos. ►Área do círculo.
►Identificação e construção da bissetriz de um ►Ângulos opostos pelo vértice.
ângulo. ►Ângulos formados por duas retas paralelas e uma reta
►Identificar os elementos de um polígono. transversal.
►Construir paralelas, perpendiculares e
mediatrizes de segmentos.
►Identificar casos e eixos de simetria.
►Identificar polígonos convexos e não-
convexos.
►Identificar casos de congruências de
triângulos.

ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL

►Classificar a Razão e proporção. Casos de Espaço e forma:


semelhanças e congruência de triângulos. ►Razão e proporcionalidade.
►Demonstrar Teorema de Talles e aplicações. Casos de semelhanças e congruência de triângulos.
►Mostrar como esboçar o Plano cartesiano e ►Teorema de Talles e aplicações.
pares ordenados. ►Plano cartesiano e pares ordenados.
►Calcular o Volume do cilindro, cone e ►Volume do cilindro, cone e prisma.
prisma.
- 302
-

4.2.3 Metodologia e Interdisciplinaridade em Matemática

A educação Matemática hoje apresenta cuidado crescente com o aspecto sociocultural


da abordagem matemática e a necessidade de contextualizar o conhecimento matemático a ser
transmitido, buscar suas origens, acompanhar sua evolução, explicitar sua finalidade ou seu
papel na interpretação e na transformação da realidade do aluno. Acredita-se que o ensino
contextualizado possibilita ao aluno maiores chances de compreender os motivos pelos quais
estuda um determinado conteúdo.

“Contextualizar a Matemática é essencial para todos. Afinal, como deixar de


relacionar os Elementos de Euclides com o panorama cultural da Grécia Antiga? Ou
a adoção da numeração indo-arábica na Europa como florescimento do
mercantilismo nos séculos XIV e XV? E não se pode entender Newton
descontextualizado. (...) Alguns dirão que a contextualização não é importante, que
o importante é reconhecer a matemática como a manifestação mais nobre do
pensamento e da inteligência humana... e assim justificam sua importância nos
currículos” (D‟AMBROSIO, 2001,76).

Os PCN´s apresentam paralelamente as idéias de contextualização e


interdisciplinaridade, enfocando a ação pedagógica como o processo de desenvolvimento de
competências por meio de estratégias, esclarecendo que:

“O critério central é o da contextualização e da interdisciplinaridade, ou seja, é o


potencial de um tema permitir conexões entre diversos conceitos matemáticos e
entre diferentes formas de pensamento matemático, ou, ainda, a relevância cultural
do tema, tanto no quecdiz respeito às suas aplicações dentro ou fora da Matemática,
como à sua importância histórica no desenvolvimento da própria ciência.” (p.255)

Fica claro que no ensino de Matemática ao contextualizar os conteúdos criam-se


maiores possibilidades de entendê-los a partir de um contexto e agir sobre o mesmo. Atuando
ainda de maneira interdisciplinar haverão diferentes formas de compreender os conteúdos
considerando as diferentes disciplinas e o tratamento que se dá a um determinado assunto
relacionando-o às demais disciplinas, sem sobrepor os objetos de cada disciplina, mas sim os
do assunto abordado.

4.2.3 Avaliação em Matemática

A avaliação no processo de ensino e aprendizagem Matemática . e deve ocorrer de


acordo com a LDB, prevalecendo sempre os aspectos qualitativos sobre os aspectos
- 303
-

quantitativos, tendo os seguintes objetivos:- Acompanhar e verificar o desempenho e a


aprendizagem dos conhecimentos;
 Verificar se o aluno utiliza os novos conhecimentos na resolução de situações novas;
 Avaliar se o aluno está se apropriando dos conhecimentos e se estes estão sendo
significativos e contínuos;
 Detectar, analisar e retomar a defasagem no aprendizado;
 Repensar novas estratégias de trabalho em classe.
Neste sentido sugere-se a utilização de vários instrumentos. Tais como: Provas,
trabalhos de pesquisa, listas de exercícios (individuais ou em grupo), entre outros.

4.2.5 Referências Bibliográficas

DOCUMENTOS RELATOS & LIVROS. D‟ Ambrósio entrevista Paulo Freire.


Htttp://vello.sites.uol.com.br/entrevista. Htm. Acessado em 31.11.09.

D‟AMBRÓSIO, U. Globalização, educação multicultural e etnomatemática. In: Jornada


de reflexão e capacitação sobre a Matemática na educação Básica de Jovens e Adultos.
MEC/SEF, 1997.

________________. A História da Matemática: Questões Historiográficas e Políticas e


reflexos na Educação Matemática. In BICUDO, Maria Aparecida Viggiani (Org). Pesquisa
em Educação Matemática: concepções e perspectivas. São Paulo: Editora UNESP, 1999.
Parte II, cap. 5, p.97-115.

_________________. Etnomatemática – elo entre as tradições e a modernidade. Belo


Horizonte: Autêntica, 2001. 112p (Coleção Tendências em Educação Matemática, I)

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdutório/ Secretaria de Educação


Fundamental. – Brasília: MEC/ SEF, 1998.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática/ Secretaria de Educação


Fundamental. – Brasília: MEC/ SEF, 2001.

GADOTTI, Moacir – Um legado de esperança. São Paulo: Cortez Editora, 2001.


- 304
-

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pensar em Ensino Fundamental de nove anos é pensar não só no aumento do tempo de


escolaridade, mas sim, na efetividade da aprendizagem de todos, visando a melhoria das taxas
de aprovação e do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, pois apesar dos avanços
significativos na obrigatoriedade da matrícula, no financiamento, na elaboração de diretrizes
e na garantia de oferta, persistem os índices elevados de reprovação e de adolescentes que
acabam tornando-se público da modalidade Educação de Jovens e Adultos em decorrência da
distorção idade série.
O Relatório preliminar de Monitoramento Global de Educação para Todos de 2011
da UNESCO (2010), afirma que “A Educação é a chave para um desenvolvimento
duradouro...” e destaca que ela ajuda a combater a pobreza e capacita as pessoas, através do
conhecimento a desenvolver as habilidades e a confiança que precisam para construir um
futuro melhor.
Fica evidente o papel significativo da escola de oportunizar as crianças e adolescentes
a construção de saberes imprescindíveis para o desenvolvimento de habilidades e
competências possibilitando através do diálogo a emancipação dos cidadãos.
O poder público tem a função social de oferecer ensino de qualidade a todos, de forma
eqüitativa fato que motivou a elaboração deste documento, resultado de estudos, reflexões e
contribuições de educadores e profissionais do Estado de Roraima propondo o que acredita-se
ser um parâmetro mínimo de referência curricular para o Ensino Fundamental.
Com o propósito de contribuir para uma prática pedagógica transformadora esta
proposta não tem a intenção de esgotar os temas referentes à educação em Roraima que
aborda, mas de ser referência para as reflexões vindouras. Pois se sabe que o processo
educativo é complexo, abrangente e dinâmico. E a construção dessa prática é uma conquista
que requer ações voltadas para o desvelamento do mundo , reflexões sobre o conhecimento e
superações.
Assim espera-se que as escolas se apóiem neste documento para buscar as diretrizes da
ação pedagógica, mas junto a essas diretrizes levem em consideração a realidade local que
tem em seu contexto de atuação, os conflitos que surgem da interação humana e os possíveis
obstáculos que tem à frente.
- 305
-

ANEXOS

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