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BOA VISTA – RR
2010
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COMISSÃO DE ELABORAÇÃO
LISTA DE TABELAS
Tabela 01. Posição dos Municípios de Roraima com relação ao PIB - 2007
Tabela 02 - Taxa de Analfabetismo e Analfabetismo Funcional das Pessoas de 15 anos ou
mais de idade
Tabela 03 - Média de anos de estudos da População de 10 anos ou mais de idade por grupo de
idade - Roraima
Tabela 04 - Número de Matrículas de Educação Básica por Etapas e Modalidade de Ensino,
Brasil, Região Norte e Roraima - 2009
Tabela 05 - Número de Alunos da Educação Básica por Faixa Etária, segundo a Região
Geográfica e Roraima - 2009
Tabela 06. Taxa de Aprovação Ensino Fundamental e Médio – Roraima/2005 e 2009
Tabela 07. Resultado da Avaliação do SAEB Ensino Fundamental I - 2005 e 2009
Tabela 08. Resultado da Avaliação do SAEB Ensino Fundamental II - 2005 e 2009
Tabela 09. Resultado do IDEB Brasil/Roraima 2009
Tabela 10 - Convivência do Ensino Fundamental de oito e nove anos
Tabela 11: Período de convivência do Ensino Fundamental de oito e nove anos na rede
estadual
Tabela 12: Escolas Estaduais que em processo de implantação do Ensino Fundamental de 9
anos
Tabela 13: Cronologia de Resoluções e Pareceres CNE e CEE/RR sobre o Ensino
Fundamental de Nove Anos – 2004 a 2010
Tabela 14: Matriz Curricular Ensino Fundamental de 8 anos- 1ª a 4ª série1
Tabela 15: Matriz Curricular Ensino Fundamental de 8 anos- 5ª a 8ª série2
Tabela 16: Matriz Curricular Ensino Fundamental de 9 anos- 1º ao 5º ano
Tabela 17: - Matriz Curricular Ensino Fundamental de 9 anos - 6º ao 9º ano
Tabela 18: Organização dos contextos e conteúdos de Língua Portuguesa para o Ensino
Fundamental
Tabela 19: Organização dos contextos e conteúdos de Língua Estrangeira para o Ensino
Fundamental.
Tabela 20: Organização dos contextos e conteúdos de Ciências para o Ensino Fundamental
Tabela 21: Organização dos contextos e conteúdos de Matemática para o Ensino
Fundamental
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PARECER CEE/RR Nº 111/07.
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PARECER CEE/RR Nº 111/07.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 01: Estrutura Organizacional da Proposta da Rede Pública Estadual para o Ensino
Fundamental
Figura 02: Currículo do Ensino Fundamental integração e interdisciplinaridade
Figura 03: Fluxograma dos conteúdos dos contextos de história para o Ensino Fundamental
Figura 04: Interdisciplinaridade e Contextualização no Ensino da Geografia
Figura 05: Interdisciplinaridade e Contextualização do Ensino Religioso
Figura 06: Interdisciplinaridade e Contextualização no Ensino de Arte
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LISTA DE SIGLAS
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
PARTE I
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INTRODUÇÃO
O Estado de Roraima está localizado no extremo norte do país na Amazônia Legal, tem
como fronteira os países: a República Cooperativa da Guiana (leste), a Venezuela (norte e
oeste), o estado do Pará (oeste) e o estado do Amazonas (sul). Com uma área total de
225.161.1 Km² composta por 15 municípios.
Roraima possui uma população estimada em 2009 pelo IBGE de 430.000 habitantes3,
concentrando-se 63% na capital Boa Vista e os demais distribuídos nos quatorze municípios.
Esta população é constituída por uma etnodiversidade que corresponde às etnias: Macuxi,
Taurepang, Waiwai, Waimiri-Atroari, Ingaricó, Maiogong, Sapara, Patamona, Ye‟kuana e
Yanomami. A população não-índia é formada por imigrantes provenientes de todos os estados
do Brasil, significantemente do nordeste.
Do total de habitantes 218.000 são de naturalidade roraimense, ou seja, 50,69%, sendo
os demais migrantes, dos mais diversos estados brasileiros, encontrando maior expressão o
número de pessoas oriundas do Maranhão, Pará, Amazonas e Ceará, e imigrantes.
O aumento populacional no Estado tem ocorrido especialmente em virtude do processo
migratório, como pode-se verificar por exemplo, no período de 1997 a 2005 o número de
pessoas não naturais de Roraima passou de 96.390 para 196.161. Este fato evidencia que a
sociedade roraimense tem na diversidade cultural a sua identidade.
Com relação à economia o Produto Interno Bruto Estadual e Municipal 2007 -20104,
informa que o Estado contribui com 0,16% da contribuição nacional e 3,1% da contribuição
da região norte, atuando em atividades do setor primário, secundário e terciário, como por
exemplo a agricultura, o extrativismo mineral, a construção civil, entre outras.
Em 2007 o Produto Interno Bruto per capta de Roraima ocupava a 13º posição no
ranking nacional e 2º posição na Região Norte perfazendo um valor de R$ 10.320,00, sendo
concentrado na capital Boa Vista a maior parte da riqueza, conforme Tabela abaixo.
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Disponível em: <http://ibge.gov.br>.
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Disponível em: <http://www.seplan.rr.gov.br>.
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Tabela 01. Posição dos Municípios de Roraima com relação ao PIB - 2007
Posição Capital PIB (R$ 1000) Posição Capital PIB (R$ 1000)
1ª Boa Vista/RR 3.036.017 9ª Normandia 65.695
2ª Rorainópolis 169.769 10ª Caroebe 57.863
3ª Caracaraí 128.340 11ª Amajari 52.755
4ª Alto Alegre 112.584 12ª Iracema 51.156
5ª Mucajaí 109.397 13ª São João da 44.939
Baliza
6ª Cantá 96.313 14ª São Luiz 41.630
7ª Bonfim 81.962 15ª Uiramutã 39.190
8ª Pacaraima 81.058
Fonte: Produto Interno Bruto Estadual e Municipal 2007 -2010
Nota: Disponível em <http://www.seplan.rr.gov.br>.
Tabela 03 - Média de anos de estudos da População de 10 anos ou mais de idade por grupo de
idade - Roraima
Idade em anos 2005 2006 2007 2008
10 anos 2,5 2,6 2,7 2,3
11 anos 3,5 3,5 3,5 3,7
12 anos 4,2 4,4 4,3 4,5
13 anos 5,1 5,0 5,2 5,3
14 anos 5,4 5,3 6,0 6,2
15 anos 6,5 6,4 6,6 6,7
16 anos 7,2 7,5 7,4 7,4
17 anos 8,1 7,6 8,2 8,2
18 anos 8,2 8,4 8,8 8,4
19 anos 9,1 9,1 9,6 9,1
20 a 24 anos 8,5 9,3 9,6 10,0
25 a 59 anos 6,7 7,1 7,6 8,1
60 anos ou mais 2,5 3,3 3,0 2,8
Fonte: IBGE, Síntese de Indicadores Sociais 2009; Elaboração: SEPLAN-RR/CGEES
Com relação ao atendimento prestado na Educação Básica pela Rede Pública Estadual
em 2009, 81.959 alunos foram matriculados, 56.613 deles no Ensino Fundamental, 15.181 no
Ensino Médio e 10.165 na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o que corresponde a
88% do atendimento educacional desta etapa de ensino em Roraima.
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Disponível em:< http://www.inep.gov.br>.
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Tabela 05 - Número de Alunos da Educação Básica por Faixa Etária, segundo a Região
Geográfica e Roraima - 2009
Unidade Alunos da Educação Básica
da Federa- Faixa Etária
ção Total
0a3 4e5 6 a 14 15 a 17 18 a 24 25 a 29 Mais de 29
Brasil 52.039.361 1.438.142 3.785.227 29.418.436 9.060.648 4.900.584 1.004.273 2.432.051
Norte 5.134.754 50.181 326.810 3.029.084 806.676 551.898 129.117 240.988
RR 133.669 1.482 9.581 84.454 22.674 10.484 1.698 3.296
Fonte: Censo Escolar 2009
6
Disponível em :< http://portalideb.inep.gov.br>. Acesso em: 21/09/10.
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Instituído pela Portaria MEC n.º 931, de 21 de março de 2005, o Sistema de Avaliação da Educação Básica -
SAEB produz informações a respeito da realidade educacional brasileira, por meio de exame bienal de
proficiência, em Matemática e em Língua Portuguesa (leitura), aplicado em amostra de alunos de 4ª e 8ª séries
do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio.
8
Disponível em :< http://portalideb.inep.gov.br>. Acesso em: 21/09/10.
9
Disponível em :< http://portalideb.inep.gov.br>. Acesso em: 21/09/10.
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Nota: O IDEB é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar e das médias de desempenho nas
avaliações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP, denominadas
Sistema de Avaliação da Educação Básica - Saeb – para os Estados e o Distrito Federal, e a Prova Brasil – para
os municípios.
Fonte: Inep
Vale ressaltar, que este compromisso vai muito além do acesso à escolarização
visando à efetividade da aprendizagem. Neste sentido, urge a necessidade de uma Proposta
para o Ensino Fundamental que atenda a transição de 08 para 09 anos de duração, respeite a
as especificidades das crianças de seis anos que ingressam neste nível de ensino e as várias
realidades do Estado de Roraima, bem como, que norteie a prática pedagógica vivenciada no
ambiente escolar.
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Figura 01: Estrutura Organizacional da Proposta da Rede Pública Estadual para o Ensino
Fundamental
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Ensino
fundamental 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano
de 09 anos
Segundo o Censo Escolar 2008, naquele ano, apenas três escolas da Rede Pública
Estadual de Ensino, localizadas na capital, implantaram o Ensino Fundamental de Nove Anos,
são elas: Escolas Estaduais 31 de Março, Barão de Parima e Parque Ursinho Feliz.
O Censo Escolar 2009 informa das 56.613 matriculas efetivadas no Ensino
Fundamental da rede estadual, apenas 1.427 foram no Ensino Fundamental de Nove Anos, o
que corresponde a 2,52% do atendimento neste nível.
Em 2010, conforme Edital de Matrículas, aprovado pelo Conselho Estadual de
Educação através do Parecer CEE/RR nº 88/09, o ingresso de alunos no Ensino Fundamental
na Rede Pública Estadual de Ensino deve ser apenas no modelo de 09 anos.
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Tabela 11: Período de convivência do Ensino Fundamental de oito e nove anos na rede
estadual
2008 2009 2010 2011
1º ano* 1ª a 8ª 1º e 2º 1ª a 8ª 1º ao 3º ano 1ª a 8º 1º ao 4º 2ª a 8ª séries
séries ano séries séries ano
2020
1º ao 9º ano
* Apenas nas Escolas Estaduais 31 de Março, Barão de Parima e Parque Ursinho Feliz.
Acredita-se que no período de 2008 a 2019 todas as escolas listadas no quadro abaixo,
estarão gradualmente implantando e Ensino Fundamental de nove anos e atendendo também
estudantes do modelo de oito anos até que em 2020 todas as matrículas da rede estadual de
ensino serão no Ensino Fundamental de nove anos.
A Lei Federal nº. 11.274/06 altera a redação dos artigos. 29, 30, 32 e 87 da LDB no
9.394/96, dispondo sobre ampliando da duração do Ensino Fundamental para 09 (nove) anos,
com matrícula obrigatória a partir dos 06 (seis) anos de idade, aprovando a antecipação da
escolaridade obrigatória no Brasil, que passa de 08 para 09 anos, devendo ser implantado
pelos sistemas até 2010.
Esta realidade já estava prevista na LDB nº. 9.394/96 que sugere a ampliação
gradativa do período de permanência do aluno na escola e era uma das metas para o Ensino
Fundamental da Lei n.º 10.172/01- Plano Nacional de Educação (PNE).
O MEC elaborou documentos norteadores para a implantação do Ensino Fundamental
de 09 anos, tais como:
Indagações sobre Currículo – composto por cinco cadernos, elaborado visando
a promoção nos estados e municípios de debates sobre as concepções
curriculares para a educação básica e subsidiar a elaboração de propostas
curriculares.
Ensino Fundamental de Nove Anos - Orientações para a Inclusão da criança de
seis anos de idade – tendo como foco principal a criança de seis anos
ingressante no Ensino Fundamental e a infância dos seis aos dez anos o
documento remete a reflexão sobre temáticas como a infância e sua
singularidade, a infância na escola e na vida, as crianças de seis anos e as áreas
do conhecimento.
A Criança de Seis Anos, a Linguagem Escrita e o Ensino fundamental de Nove
Anos – O documento discute acerca do ensino e da aprendizagem da
linguagem escrita, as formas de linguagem e o letramento, destacando o direito
das crianças de acesso a este conhecimento antes de completar sete anos de
idade.
Os Conselhos de Educação (Nacional e Estadual) a fim de normatizar o atendimento
do Ensino Fundamental de 09 anos, considerando as especificidades do público de 06 anos de
idade, tem regulamentado e orientado os sistemas de ensino através de Resoluções e
Pareceres, conforme quadro abaixo:
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Dizíamos que o respeito à diferença era uma idéia muito cara a educação popular.
Hoje percebemos com mais clareza que a diferença não deve ser apenas respeitada.
Ela é a riqueza da humanidade, base de uma filosofia do diálogo. (Gadotti,
p.124,2000)
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relação social, histórica e cultural no qual o homem está inserido, ou seja, conhecimento e
transformação da realidade são exigências recíprocas.
“Não há diálogo, porém, se não há um profundo amor ao mundo e aos homens. Não
é possível a pronúncia do mundo, que é um ato de criação e recriação, se não há
amor que a infunda”. (FREIRE, 2002, P. 40)
Acredita-se também que para entender o desenvolvimento cognitivo dos alunos faz-se
necessário a compreensão dos níveis de desenvolvimento real e potencial e da zona de
desenvolvimento proximal, descritos por Vygotsky.
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Nível de desenvolvimento real - aquilo que a criança é capaz de fazer sozinha, porque
ela já tem um conhecimento consolidado;
Nível de desenvolvimento potencial - capacidade que o indivíduo tem para
desempenhar tarefas e atividades com ajuda de adultos ou colegas mais experientes,
pois no momento constitui-se como aspecto do desenvolvimento que está em
processo de realização;
Zona de desenvolvimento proximal - distância ou o caminho que o indivíduo vai
percorrer para desenvolver funções que estão em processo de amadurecimento e que,
com a ajuda do outro, tornar-se-ão funções consolidadas e estabelecidas no nível de
desenvolvimento real.
Se, na verdade, o sonho que nos anima é democrático e solidário, não é falando aos
outros, de cima para baixo, sobretudo, como se fossemos os portadores da verdade a
ser transmitida aos demais, que aprendemos a escutar, mas é escutando que
aprendemos a falar com eles. (Freire, 2004,p.113)
teóricas que enfatizam a necessidade de uma prática social e escolar pautada por
relações não autoritárias, assimilam o discurso, mas não exercitam a prática
democrática correspondente. (PARO.2004, p.18)
Dizíamos que o respeito à diferença era uma idéia muito cara a educação popular.
Hoje percebemos com mais clareza que a diferença não deve ser apenas respeitada.
Ela é a riqueza da humanidade, base de uma filosofia do diálogo. (Gadotti,
p.124,2000)
rompa com o instituído, instituindo respeito e dignidade para todos e garantido a todos os
alunos o direito estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação
Gosto de ser gente porque, mesmo sabendo que as condições materiais, econômicas,
sociais e políticas, culturais e ideológicas em que nos achamos geram quase sempre
barreiras de difícil superação para o cumprimento de nossa tarefa histórica de mudar
o mundo, sei também que os obstáculos não se eternizam. (Freire, 1996, p.60)
4.2.3.4.1 Inclusão: respeito e valorização aos alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação
Inclusão pode representar exclusão sempre que a avaliação for para classificar e não
para promover; sempre que as decisões levarem em conta parâmetros comparativos, e
não as condições próprias de cada aluno e o princípio de favorecer-lhe oportunidade
máxima de aprendizagem, de inserção na sociedade, em igualdade de condições
educativas. (Hoffmann,p.34,2005)
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No estado de Roraima vivem treze (13) grupos étnicos, isto é, povos indígenas com
histórias, saberes, culturas e línguas próprias. A população indígena roraimense
numericamente, de acordo com dados da Divisão de Educação Indígena-SECD soma 48.953
mil pessoas, em 32 terras homologadas, o que corresponde 10% da população do Estado.
Além das mais de treze (13) línguas faladas, cada etnia tem formas diferentes de
organização social, política e econômica; tem saberes e práticas diferentes expressos na arte,
na música, na dança, na culinária e na medicina. Assim, os povos indígenas do lavrado
roraimense, como Macuxi, possuindo um grau de interculturalidade maior apresentam
conhecimentos, hábitos, costumes, gostos, interesses, necessidades presentes na cultura não
indígena do povo Macuxi. Por outro lado, os povos indígenas que vivem nas áreas de
florestas e serras como os Yanomami tendo um grau de contato bem menor com a
comunidade dos não indígenas, preservam os hábitos e costumes tradicionais.
Assim sendo, todos os povos, não sendo diferente com os povos indígenas, ao longo
da sua história elaboraram modos próprios de construir e transmitir conhecimentos,
concepções e valores sobre o mundo, o homem, o sobrenatural, a relação com a natureza, e a
forma mais utilizada foi à linguagem oral. Estabelecer mecanismos de registros desses
acervos de informações e reflexões em torno da resistência dos povos indígenas roraimenses
com a ocupação de seus lugares de moradas por forte militar, fazendas do rei e fazendas
particulares, no século XVIII com o contato indígena e branco em Roraima, bem como a
reação dos principais indígenas à colonização portuguesa no vale do rio Branco é o desafio da
educação indígena, tanto nas escolas indígenas como nas escolas não indígenas.
A educação indígena em Roraima é pautada na luta pelo reconhecimento dos povos
indígenas como sujeitos da sua história. Neste sentido propõe-se o rompimento com a
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6 FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA
10
Síntese baseada em VASCONCELLOS. C. dos S. Construção do Conhecimento em Sala de Aula. 13 ed. São
paulo: Libertad. 2002. (Cadernos Pedagógicos do Libertad 2).
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Nesta linha propõe-se para o Ensino Fundamental da rede pública estadual, ensino
pautado na prática interdisciplinar, formando alunos e alunas com uma visão global de
mundo, aptos para “articular, religar, contextualizar, situar-se num contexto e, se possível,
globalizar, reunir os conhecimentos adquiridos” (MORIN, 2002, p. 29).
Ao considerar o aluno um indivíduo, ou seja, um ser total, completo, indivisível,
concebe-se que o caminho para a prática pedagógica transformadora encontra respaldo na
interdisciplinaridade. Este conceito está apoiado na complexidade, na abordagem de um tema
ou tópico que esteja acima das barreiras disciplinares, isto é, na tentativa de abordar o tema
como um todo, pois de acordo com Cardoso (1995, p.49) “o todo está em cada uma das
partes, e, ao mesmo tempo, o todo é qualitativamente diferente do que a soma das partes”.
Segundo Santomé (1998), as práticas interdisciplinares na escola exigem do professor ou
professora uma postura diferenciada:
6.3 Planejamento
Catarse - momento em que ocorre a síntese mental por parte do educando dos
conteúdos trabalhados, expressada quando demonstra compreensão, relata e registra
oralmente ou por escrito o conteúdo, demonstrando que houve assimilação e ampliou
conhecimentos prévios.
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6.4.1. Avaliação
6.4.1.2.1 Classificação
Por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série, etapa
escolar, ciclo, ou outra forma de organização adotada pela escola;
Por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do
exterior, mediante apreciação do histórico escolar, em que se registre o
aproveitamento nos conteúdos da base nacional comum do currículo;
Por meio de avaliação, feita pela instituição de ensino, para alunos sem
comprovação de estudos anteriores, observados o critério de idade, para situar
o candidato na série ou em outra forma de organização adotada pela escola,
adequada ao seu nível de desenvolvimento e experiência.
6.4.1.2.2 Reclassificação
6.5 Promoção
Sendo a escola um espaço privilegiado de formação acredita-se que é nela que deve
ser vivenciada a formação continuada em serviço visando à ampliação do universo de
conhecimento dos professores e a reflexão sobre as concepções que motivam o trabalho
educativo.
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRAMOVAY, Miriam e KRAMER, Sonia. O Rei está nu: um debate sobre as funções
da pré-escola. Cadernos Cedes.
BRASIL. Declaração Mundial sobre Educação para Todos: plano de ação para
satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem. UNESCO, Jomtiem/Tailândia, 1990.
- -59
Summus, 1995.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 22. ed. Rio de Janeiro : Paz e Terra,
1996.
HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover. Porto Alegre, Editora Mediação, 2005.
__________________Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista.Porto
Alegre: Mediação, 2005.
Marx & Engel. Obras escolhidas. – Avante e Progresso. Tomo III, Lisboa – 1985.
MENEZES, Ana Maria Dorta de (Org.). Trabalho, sociabilidade e educação: uma crítica à
ordem do capital. Fortaleza: Editora UFC, 2003.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência, 2006.
PILETTI, C. Didática Geral. São Paulo: Editora Ática. 1997. 20ª edição.
SPOSATI, Aldaílza. Exposição realizada no Seminário que tinha como tema: Exclusão,
realizado na PUC/SS, dia 24.04.98 – www.depi.inpe.br/ acesso em 05 de setembro de 2009.
YIN, R. Estudo de caso: Planejamento e Métodos. Porto Alegre: Bookman, 2001. 2ª edição.
ZABALA, Antônio. A avaliação: A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre. ArtMed.
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PARTE II
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Esta proposta acredita que o currículo é uma construção social, resultante de um processo
histórico sofrendo influências políticas, sociais, culturais e pedagógicas, voltada para a
concretização de objetivos educacionais, dentro de uma visão transformadora.
Seguindo as concepções defendidas nesta proposta propõe-se um currículo interrelacional,
visando favorecer o desenvolvimento de habilidades e competências de maneira
interdisciplinar necessárias a construção do saber.
Nessa perspectiva de currículo como um processo dinâmico de construção de saberes, em
que práticas e possibilidades se articulam e se complementam, através de uma relação
dialógica que proporcione adaptações e alterações nas práticas de ensino acredita-se ser
possível a efetivação da aprendizagem.
A escola a fim de atender a complexidade da sociedade atual em seus aspectos sociais,
culturais, políticos, econômicos, éticos, étnico-raciais e históricos deve tê-los como objeto de
estudo a fim de que os alunos sejam cada vez mais capazes de analisar, refletir e atuar frente
a realidade em que vivem, para que não somente possam descrever o mundo que os rodeia,
mas sim transformá-lo em outro mais justo e eqüitativo.
Para isso faz-se necessário organizar os conteúdos curriculares de forma mais ampla,
incorporando a prática pedagógica conteúdos de natureza conceitual (fatos e conceitos),
procedimental e atitudinal (valores e normas), assim compreendidos:
Ser cidadão, entre outras, é agir com respeito, responsabilidade, justiça, aprender a
usar o diálogo nas mais diferentes situações e comprometer-se com o que acontece na vida da
comunidade e do país. Esses valores e atitudes precisam ser desenvolvidos na vida estudantil.
Criar as condições necessárias para que valores éticos, democracia, justiça e
cidadania sejam incorporados no cotidiano da sala de aula a partir de ambiente favorável a
este processo de construção coletiva e individual. Daí a importância de projeto de intervenção
social e educativo que trabalhe situações de participação em eventos sociais e culturais, na
escola, na família e na comunidade, onde haja respeito da convivência compartilhada.
No Estado de Roraima vivenciamos a necessidade de criar formas que favoreçam
uma contínua transformação, contribuindo para o desvendamento das desigualdades entre
homens e mulheres; entre índios e não índios; entre negros e brancos; entre classes sociais.
Esse reconhecimento é de suma importância, mas não basta. É necessário o acompanhamento
de políticas de valorização, ao acesso, as oportunidades que são importantes para que esse
sujeito histórico possa exercer sua cidadania, como sujeito que também pode criar novas
formas de vida em sociedade, bem como novas formas de olhar para a qualidade de vida no
planeta.
alunos na vida cotidiana, vinculando sempre que possível a tecnologia, através dos
componentes curriculares:
Matemática – desenvolvendo no aluno aprendizagem significativa de conceitos
matemáticos, através da construção de competências e habilidades para solucionar os
questionamentos antes equacionados e identificados;
Ciências – compreendendo os fenômenos da natureza através do pensamento lógico
científico, da investigação, da resolução de problemas cotidianos, ambientais e
tecnológicos, refletindo sobre a atuação do homem na natureza e a utilização adequada
das tecnologias, visando à harmonia entre o homem e o meio ambiente;
Os Temas Transversais, significativos e relevantes para o processo formativo do aluno,
permeiam os componentes curriculares da Base Nacional Comum e da Parte Diversificada,
associados à Interdisciplinaridade. No Ensino Fundamental os Temas Transversais
desenvolvidos são: Educação Ambiental, Educação para o Trânsito, Educação Sexual,
Direito, Cidadania e Ética e História e Cultura Afro-Brasileira.
Vale ressaltar que esta organização deve transcender os objetivos específicos de cada área
do conhecimento individualmente, promovendo a interação de diferentes saberes que se
articulam e relacionam entre si.
Arte 01 01 01 01 40 40 40 40
Ciências da Natureza e Matemática 05 05 05 05 200 200 200 200
Matemática e suas 200
Tecnologias Ciências 02 02 02 02 80 80 80 80
História 02 02 02 02 80 80 80 80
Ciências Humanas e suas
Geografia 02 02 02 02 80 80 80 80
Tecnologias
Ensino Religioso 01 01 01 01 40 40 40 40
Diversifi
Linguagens, Códigos e
Parte
cada
suas Tecnologias
TOTAL 20 20 20 20 800 800 800 800 3.200
11
PARECER CEE/RR Nº 111/07.
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Arte 01 01 01 01 40 40 40 40
Ciências da Natureza e Matemática 04 04 04 04 160 160 160 160
Matemática e suas 200
Tecnologias Ciências 02 02 02 02 80 80 80 80
História 02 02 02 02 80 80 80 80
Ciências Humanas e suas
Geografia 02 02 02 02 80 80 80 80
Tecnologias
Ensino Religioso 01 01 01 01 40 40 40 40
Diversificada
Língua
Parte
12
PARECER CEE/RR Nº 111/07.
- -75
Arte 01 01 01 01 01 40 40 40 40 40
História 02 02 02 02 02 80 80 80 80 80
Ciências Humanas
Geografia 02 02 02 02 02 80 80 80 80 80
CH/SEMANAL CH/ANUAL
ÁREAS DE DISCIPLINAS DIAS
CONHECIMENTO 6º 7º 8º 9º 6º 7º 8º 9º LETIVOS
ANUAIS
Língua Portuguesa 04 04 04 04 160 160 160 160
Arte 01 01 01 01 40 40 40 40
Linguagens 02 02 02 02 80 80 80 80
Moderna
Parte
EQUIPE DE COORDENAÇÃO
COLABORADORES:
PARCEIROS
EQUIPE DE ELABORAÇÃO
COLABORADORES:
Aracy Andrade
Amarildo N. Batista – Universidade Estadual de Roraima
Carmen Lúcia G. Martins – Universidade Estadual de Roraima
Francisco das C. Bendá de Carvalho – Escola Estadual Ana Libória
Nara Luiza L. do Monte – Escola Estadual Oswaldo Cruz
Ozeneide Mª Reis dos Santos – Escola Estadual Gonçalves Dias
Pierre Santos Cardoso – Escola Estadual Monteiro Lobato
Rosa Fátima Gimaque – Universidade Estadual de Roraima/SECD
Rosicleia Maria Solejo Gomes – Escola Estadual Euclides da Cunha
Stone Bruno C. Barbosa – Universidade Estadual de Roraima
- -83
Para impedir que as ações realizadas pelos homens se apaguem com o tempo.
(HERÓDOTO, pai da História).
História é a ciência que se preocupa com o tempo humano e suas ações ao longo
deste tempo histórico. Classificado como Pré-história, período que vai desde o aparecimento
da humanidade (sete milhões de anos atrás) até a sistematização da escrita. E História, que
começa com a sistematização da escrita (dez mil a quatro mil anos antes do tempo atual) e se
estende até os dias de hoje.
terão subsídios para entender a nossa identidade na diversidade humana global, e nesta a
unidade brasileira, nas diversidades indígena, européia e africana.
das línguas portuguesa, espanhola, francesa e italiana; e América Anglo Saxônica, ramo da
língua inglesa.
Assim, temos os índios, e um contexto histórico baseado no seu mundo; os
europeus, saindo do seu mundo e, entrando no mundo indígena, novo mundo para
portugueses, espanhóis, franceses, ingleses, entre outros, em contato com o mundo indígena.
E sendo inseridos também os africanos, nesse novo lugar para eles. Formando o povo
brasileiro, os povos latinos americanos e americanos.
Essa história precisa ser contada, ouvida e escutada, na história para todos, feita não
apenas pelo lado dos conquistadores, como vêm sendo feita. Mas, também, pelo lado dos
conquistados13. Com isso perceber suas angustias, desajustes, reajustes e que o eles tem feito
desde então, para se manter vivo, superando as atrocidades que viveram para estar presente na
história Brasileira, Latino Americana e Americana.
Para tanto, entra em cena a pré-história brasileira, a pré-história latina americana e
americana, incluídas a pré-história mundial. Logo em seguida vem a história da Idade Antiga,
Média, Moderna e Contemporânea. Para entendermos a história mundial, nesta a entrada do
continente americano, neste a America Latina, nesta o Brasil e neste, na parte diversificada,
no nosso caso, o estado de Roraima. Pois, de acordo com a LDB 9.394/1996:
Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum,
a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma
parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da
cultura, da economia e da clientela. (LDB 9.394/1996, artigo 26.)
São nestes pressupostos que devem seguir os conteúdos dos contextos14 da educação
básica, nos seus níveis e modalidades educacionais fundamentais e médias. E assim, seguimos
na disciplina de História.
13
De acordo com a Lei 11.645 de 10/03/2008, alterando a Lei 10.639 de 09/01/2003, é acrescentado,
na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, um artigo que normatiza que: Nos
estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório
o estudo da historia e cultura afro-brasileira e indígena (artigo 26-A, LDB 9.394/1996).
14
Que devem seguir os eixos temáticos (cultura, diversidade e luta por direitos; ciência, tecnologias e
ambiente: avanços e contradições; trabalho consumo e desenvolvimento humano; política, ética e
cidadania) do currículo da educação básica do estado de Roraima, adequados a cada área de
conhecimento e, nesta, a cada disciplina.
- -87
Figura 03: Fluxograma dos conteúdos dos contextos de história para o Ensino Fundamental
Partindo dos pressupostos da nação brasileira ser formada, do início do século XVI
em diante, dos índios que já viviam aqui desde a pré-história brasileira, entrando na história
por meio da escrita sistemática, pela Carta de Pero Vaz, o primeiro documento escrito sobre o
ambiente e seus povos, que pelos cinco tempos históricos, ocorre na Idade Moderna, ano I da
história do contato europeu (Roraima no século XVII); e logo em seguida a chegada dos
africanos, que juntos se imbricam no povo e na nacionalidade brasileira. Que vão formar uma
diversidade cultural sobreposta na unidade cultural, forjando assim uma identidade nacional, a
partir de cada identidade local. Mas com direito demais para uma parte dessa unidade (a elite
branca, principalmente) e com direito de menos para as outras duas partes (índia e negra), que
passam a lutar para também ter direitos, mediante a luta de direito para todos.
- -88
Ação que vai se construir de várias formas, desde a passividade à luta, com ou sem
apoio externo. Passividades como faziam os índios e os africanos, resistindo ao trabalho
escravo, lutas como fizeram os caciques e principais indígenas, Zumbi e muitos outros, que
sem apoio externo lutavam para não se submeterem à escravidão.
E mais recentemente, com ajudas externas, os dois lados mais fracos foram à luta, e
conseguiram, no caso dos índios, reaverem terras ancestrais com direitos de viver nestas,
usufruindo dos recursos naturais destas, e podendo fazer uso para além da cultura oral do uso
da escrita em suas próprias línguas; e dos africanos do Brasil, o direito de viver nos ambientes
usados como resistência à escravidão, as terras quilombolas. Entra também nesse rol a parte
desfavorecida da etnia branca (favelados, sem tetos, sem-terra, entre outros). Que devem de
fato e de direito ser iguais perante a lei15. E na escola, para que isso vire ciência, conforme a
LDB (9.394/1996):
O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas
e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matizes indígena, africana e
européia. (LDB 9.394/1996. Artigo 26, § 4.)
No mesmo rumo temos que perceber cultura, diversidade e lutas por direitos na
América Latina, mas para tanto é preciso saber sobre as identidades, culturas e que e quais são
as lutas dos povos latinos americanos. Desse modo, entram em cena os estudos dos tempos
15
Artigo 5º da Carta Magna Brasileira, a Constituição Federal de 1988.
- -89
pré-históricos e históricos desses povos. Só assim vamos perceber que, essa união latina
americana, formada pelos povos nativos e os transplantados do além mar, europeus
(portugueses, espanhóis e franceses, entre outros, de língua latina) e africanos, formando o
que se convencionou a chamar de América Latina. Depois disso, compreender o lugar de cada
um nesse ambiente, e como todos se assentam nesse ambiente latino americano, desde o
contato das três etnias no século XVI. E daí perceber como se deu a história desses contatos
desde então. Assim, conseguir fazer a correlação temporal, ambiental e, no cenário histórico,
entender as lutas de classes travadas entre índios africanos e europeus na América Latina. E
como cada classe está se reajustando para se manter culturalmente na diversidade, com suas
unidades culturais. E como estão se saindo nas lutas por direitos.
Com relação à América Latina, embora essa conexão esteja em toda parte, em alguns
lugares há o acesso limitado por falta de subsídios de conexão com tais meios, mas no geral o
acesso é factível. Podemos estar em qualquer lugar da América Latina e saber tudo do mundo
interior ou exterior, usando os meios de comunicação mais modernos, mesmo estando no
meio da floresta bem distante de cidades. E saber em tempo real sobre o golpe militar em
Honduras, por exemplo, que chegou a todos rapidamente, e a resposta de condenação e não
aceitação da comunidade internacional que chegou lá rapidamente.
Com relação ao mundo, podemos trabalhar uma aula sobre qualquer assunto ou
perceber qualquer lugar em tempo real, estando numa escola da cidade ou do campo. Basta ter
- -91
os recursos, e temos TV, computador e internet. Assim, nos ligar em assuntos mundiais ou
nos tornar assuntos mundiais são factíveis, basta saber lidar com tais meios, um exemplo é o
caso da revolta popular em Teerã, por não aceitarem o suposto resultado fraudulento das
eleições iranianas. Mesmo o governo tentando esconder, não conseguiu, pois usando
tecnologias, como o celular para filmar e depois a internet para enviar, em todo lugar do
mundo vimos às imagens que o governo queria proibir.
Assim, para perceber ou viajar no mundo cientifico tecnológico pós-moderno é fácil,
isso ninguém duvida. Já em se tratando de produzir ou dar assistência a tais ferramentas é
outra história. É preciso saber. E isso também não é impossível, pois temos todas as
ferramentas que os outros que aprenderam têm: a inteligência e criatividade. Para aprender a
prática.
Aproveitando o gancho com as tecnologias voltadas para a educação, fazer um
diálogo transversal (com a comunidade escolar) de ciência da degradação ambiental, local,
nacional, regional e mundial, produzida pela humanidade, que caminha para a extinção da
vida e dos recursos terrestre. E buscar outras rotas alternativas de educação ambiental
sustentável individual e coletiva a ser seguida para evitar tais tragédias.
16
90 alunos matriculados no ensino fundamental de nove anos.
- -92
antenas parabólicas para acesso a TV Escola, entre outros) como ferramentas para uso
educacional, assim a nossa realidade local nos dão todos os meios para sermos os melhores,
em IDH17 (0,749, 13º do país, PNUD18, 2000), pelo tamanho da população e pelos meios
tecnológicos que dispomos. Se não somos não é por faltas dos meios, mas por outra coisa que
precisamos descobrir.
Assim, como no Brasil que tem lugares com conceito adequado ou não, na América
Latina não é diferente, há países como, por exemplo, o próprio Brasil que, na média, tem IDH
médio; e outros assim também ou não. Precisamos ter ciência, do México ao Chile e do
Equador a Guiana Francesa, de como vivem as populações latinas americanas.
O Índice de Desenvolvimento Humano no mundo é muito desigual, isso faz com que
muitos fiquem excluídos do mundo do trabalho, com dificuldades de consumir ou se
desenvolver. Perceber as causas e conseqüências mundiais dessas diferenças de IDH nos
17
Índice de Desenvolvimento Humano.
18
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
- -93
ajuda saber por que isso acontece e quais as causas e conseqüências de tais fatores para nosso
espaço e região, neste mundo globalizado.
Política, ética e cidadania têm conotações abrangentes. Assim pode ser aplicadas a
vários fins, como, por exemplo, perceber o espaço em que vivemos, de acordo com a política
estabelecida neste; fazer escolha, que nos ajudem a atingir objetivos, por meio da ética que
temos; mediante a cidadania que queremos. Partindo desses pressupostos, podemos analisar
localmente a política, a ética e a cidadania, do nosso espaço (Roraima), como um lugar feliz,
onde as pessoas no momento e ao longo do tempo se sentem bem com o que estão fazendo ou
fizeram, em todos e quaisquer sentidos. E se sentem legais com o que vem fazendo formal e
informalmente, no âmbito individual, coletivo, profissional, entre outros. Se percebermos
felicidade nessas ações, é sinal de que a política se converte em felicidade, a ética caminha no
sentido correto da aplicação dos direitos e deveres legais, se efetivando em cidadania.
Conteúdos do contexto com realidade nacional (do Brasil) regional (da América Latina) e
mundial (do mundo)
Partindo dos conceitos percebidos localmente temos os parâmetros que nos ajudam a
entender e perceber, do nosso espaço, como deve ser analisado, para além do bem e do mal, a
política a ética e a cidadania, em nível nacional/regional, no Brasil e na América Latina, e em
nível mundial Ocidental, que tem como filosofia contemporânea os conceitos de política, ética
e cidadania, baseados no pensamento greco-romano clássico. Sem se esquecer de relativizar
com o mundo Oriental que tem outra mentalidade e outras interpretações para justificar suas
razões humanas, na história para todos.
- -94
►Sonetos com imagens históricas (descrições rupestres, ►Sonetos com imagens históricas (descrições
fotografias, desenhos, pinturas, grafites, mapas, entre rupestres, fotografias, desenhos, pinturas, grafites,
outros) e textos: do contexto cultura, diversidade e lutas mapas, entre outros) e textos: do contexto cultura,
por direitos dos povos da Terra de Makunaima, diversidade e lutas por direitos dos povos da
Roraima. Terra de Pindorama, Brasil e da Egéia, América
Latina, continente americano.
►Artigos didáticos com imagens históricas (descrições ►Artigos didáticos com imagens históricas
rupestres, fotografias, desenhos, pinturas, grafites, (descrições rupestres, fotografias, desenhos,
mapas, entre outros) e textos: do contexto cultura, pinturas, grafites, mapas, entre outros) e textos:
diversidade e lutas por direitos dos povos da Terra de do contexto cultura, diversidade e lutas por
Makunaima, Roraima. direitos dos povos da Terra de Pindorama, Brasil
e da Egéia, América Latina, continente
americano. E seus contatos com o mundo.
►Sonetos com imagens históricas (descrições rupestres, ►Sonetos com imagens históricas (descrições
fotografias, desenhos, pinturas, grafites, mapas, entre rupestres, fotografias, desenhos, pinturas, grafites,
outros) e textos: do contexto ciência e tecnologia mapas, entre outros) e textos: do contexto ciência
avanços e contradições dos povos da Terra de e tecnologia avanços e contradições dos povos da
Makunaima, Roraima. Terra de Pindorama, Brasil e da Egéia, América
Latina, continente americano.
►Artigos didáticos com imagens históricas (descrições ►Artigos didáticos com imagens históricas
rupestres, fotografias, desenhos, pinturas, grafites, (descrições rupestres, fotografias, desenhos,
mapas, entre outros) e textos: do contexto ciência e pinturas, grafites, mapas, entre outros) e textos:
tecnologia, avanços e contradições dos povos da Terra do contexto ciência e tecnologia avanços e
de Makunaima, Roraima. contradições dos povos da Terra de Pindorama,
Brasil e da Egéia, América Latina, continente
americano. E seus contatos com o mundo.
►Os meios de transporte, da canoa ao avião, e a ►Ação e reação do Iluminismo nas invenções e inovações
influência das técnicas e tecnologias indígena, tecnológicas dos meios de produção, transportes,
branca e negra nestes. comunicações, entre outros, pós século XVIII.
►Dos meios de comunicação, do recado a ►França, a grande difusora da ciência das luzes para a
internet e a influência das técnicas e tecnologias Europa, a América, a ►Ásia e outros.
indígena, branca e negra nestes. ►A primeira missão francesa no Brasil: funções
anotações e impressões artísticas e científicas dos povos,
da fauna e da flora brasileira; e a implantação do ensino
superior, técnico e profissionalizante.
►O pensamento científico liberal & social: de Smith à
Marx e suas influências entre os intelectuais brasileiros do
império à república.
►Sonetos com imagens históricas (descrições ►Sonetos com imagens históricas (descrições rupestres,
rupestres, fotografias, desenhos, pinturas, fotografias, desenhos, pinturas, grafites, mapas, entre
grafites, mapas, entre outros) e textos: do outros) e textos: do contexto ciência e trabalho, consumo
contexto trabalho, consumo e desenvolvimento e desenvolvimento humano dos povos da Terra de
humano dos povos da Terra de Makunaima, Pindorama, Brasil e da Egéia, América Latina,
Roraima. continente americano.
►Artigos didáticos com imagens históricas ►Artigos didáticos com imagens históricas (descrições
(descrições rupestres, fotografias, desenhos, rupestres, fotografias, desenhos, pinturas, grafites,
pinturas, grafites, mapas, entre outros) e textos: mapas, entre outros) e textos: do contexto trabalho,
trabalho, consumo e desenvolvimento humano consumo e desenvolvimento humano dos povos da Terra
dos povos da Terra de Makunaima, Roraima. de Pindorama, Brasil e da Egéia, América Latina,
continente americano. E seus contatos com o mundo.
►As relações de trabalho (fixo, periódico, “criados”) ►Pacto colonial, cobranças de impostos, trabalho
entre vaqueiros, índios e fazendeiros brancos das escravo nas lavouras do Sul, trabalho familiar em
fazendas nacionais e particulares e a função do pequenas propriedades da região Central, trabalho
compadrio em Roraima, na segunda metade do século na produção e comércio no Norte dos EUA, os
XVII. impactos no consumo e no desenvolvimento
►Governo de Roraima, o grande empregador, e o humano da nação americana.
funcionário público o mantenedor da economia local. ►Pacto colonial, cobranças de impostos, trabalho
►Os novos rumos do trabalho privado no escravo, e outros trabalhos de ofícios livres, nas
estado com a implantação da área de livre comércio e da Minas Gerais, e os impactos no consumo e no
zona de processamento de exportação e os impactos no desenvolvimento da população urbana e rural
IDH do roraimense. mineira.
►Os impactos da Revolução Industrial Inglesa no
trabalho e as causas e consequências no consumo e
desenvolvimento humano dos donos dos meios de
produção e das camadas sociais trabalhadoras.
►Os impactos da Revolução Industrial nas
economias da América Latina.
►O fim do pacto colonial no Brasil e a liberdade
de produzir e comprar produtos de outras nações.
►Brasil: fim da dependência política de Portugal,
início da dependência financeira da Inglaterra.
►As metamorfoses do capitalismo: da produção
ao financeiro; dos conglomerados a crise da
superprodução; e o ressurgimento das cinzas.
►Os impactos da economia cafeeira e suas
relações com um ensaio industrial a sua volta, o
fim da escravidão, o conglomerado capitalista de
produção e financeiro de Mauá.
►A Situação socioeconômica dos ex-escravos
africanos e dos trabalhadores livres vindos da
Europa para o Brasil na transição do Império para
a República.
►Itália e Alemanha: e a necessidade de unificação
estatal moderna para ser potência capitalista.
- 107
-
►A rede de consumo de produtos e serviços e a geração ►Os impactos da economia diversificada nos
de trabalho e renda deste ciclo no estado de Roraima. EUA e os resultados do trabalho e do
►Os impactos dos programas governamentais de desenvolvimento humano diferenciados: no Norte
distribuição de benefícios monetários (Bolsa Família, uma rica burguesia de negociantes & no Sul uma
Bolsa Educacional, Estágio Remunerado, Vale pequena rica aristocracia rural e uma imensa
Solidário, Pró-custeio, entre outros, na melhoria do IDH massa de trabalhadores escravos.
dos detentores de tais ►O neocolonialismo e a divisão do mundo entre
benefícios. ricos & pobres. Quem eram os ricos e quem são os
►Trabalho, salário, distribuição de benefícios pobres?
monetários estatal, consumo, desenvolvimento e ►O cultivo do café como elo propulsor do
classificação e divisão das classes socioeconômicas processo de industrialização paulista e da
roraimenses formação da classe operária brasileira.
►O mercado interno e expansão industrial
brasileira do estado novo em diante.
►A instalação de empresas multinacionais no
Brasil com mão-de-obra abundante e barata.
►O trabalho do candango na construção de
Brasília.
►O milagre econômico e o aumento do bolo
monetário que nunca foi dividido com os
trabalhadores brasileiros.
►Os planos econômicos que corroíam tudo que os
trabalhadores ganhavam sem uma perspectiva de
futuro financeiro, pois lhes tiravam tudo que
tinham.
►O plano real e o caminho para o Brasil se tornar
sustentável economicamente e os projetos
socioeconômicos de divisão do bolo monetário
para dar um impulso ao IDH do povo brasileiro
rumo sua sustentabilidade.
►Mundo do trabalho global com blocos regionais:
(União Européia – EU; Tigres Asiáticos – TA;
Tratado Norte Americano do Livre Comércio –
NAFTA; Mercado Comum da América do Sul –
MERCOSUL; União Africana – UA; e OUTROS)
qual o desafio de entrar, se desenvolver e se
beneficiar desses novos paradigmas?
- 108
-
►Sonetos com imagens históricas (descrições rupestres, ►Sonetos com imagens históricas (descrições
fotografias, desenhos, pinturas, grafites, mapas, entre rupestres, fotografias, desenhos, pinturas, grafites,
outros) e textos: do contexto política, ética e cidadania mapas, entre outros) e textos: do contexto
dos povos da Terra de Makunaima, Roraima. política, ética e cidadania dos povos da Terra de
Pindorama, Brasil e da Egéia, América Latina,
continente americano.
►Artigos didáticos com imagens históricas (descrições ►Artigos didáticos com imagens históricas
rupestres, fotografias, desenhos, pinturas, grafites, (descrições rupestres, fotografias, desenhos,
mapas, entre outros) e textos: do contexto política, ética pinturas, grafites, mapas, entre outros) e textos:
e cidadania dos povos da Terra de Makunaima, do contexto política, ética e cidadania dos povos
Roraima. da Terra de Pindorama, Brasil e da Egéia,
América Latina, continente americano. E seus
contatos com o mundo.
►Os poderes políticos, legislativos, administrativos e ►No estado democrático bossa nova.
judiciários em Roraima. ►No estado do regime ditatorial dos generais
►Função dos deputados e vereadores. militares.
►Função do governador e prefeitos. ►No estado redemocratizado atual.
►Função dos desembargadores, promotores, juízes, ►A situação de ética e cidadania na condução da
defensores, entre outros. política internacional feita pela potência mundial,
►O comportamento no exercício do poder e fora dele, os EUA: na América Latina, na África, no Oriente
de cada integrante dos poderes que legislam, governam Médio, na Ásia feita pelos republicanos ou
e aplicam a justiça em Roraima. democratas no poder.
►O comportamento de cada cidadão na escolha dos ►A situação de ética e cidadania na condução da
representantes eleitos pelo voto direito e como veem política feita pelo Brasil, como potência regional,
estes no exercício do poder e fora dele. nos países da América do Sul, do Caribe e da
América Central.
►A situação da ética e cidadania nos papéis
políticos, nas tramas partidárias e estética na
condução das funções dos representantes dos
poderes legislativo, executivo e judiciário
brasileiro.
►A situação da ética, estética e cidadania nas
relações políticas educacionais de ensino e
aprendizagem entre docentes e discentes
componentes da instituição escolar brasileira.
►Declaração Universal dos Direitos Humanos,
Constituição Federal Brasileira, Estatuto da
Criança e do Adolescente, Lei de Educação
Ambiental, Lei Maria da Penha, Estatuto do Idoso,
entre outros, termos legais de cidadania plena para
todos.
- 112
-
Se se vai ensinar história do Brasil, sob qualquer método (...), o modo como vamos
tratar essas questões é que pode alterar, de maneira substantiva, o significado da
cada conteúdo. (RODRIGUES, 2000).
2..1.5 Avaliação
Para não mistificar a avaliação das ações didáticas que se desenvolve com a
discência em sala de aula. É só seguir a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(9.394/1996) que diz que esta deve ser procedida da seguinte maneira:
Para dar ciência das Etnias Indígenas de Roraima: filhas legítimas de Makunaima,
por exemplo, a atividade pode ser desenvolvida só na disciplina de história fazendo uma
leitura de fronteira com as demais. Ou ser feita de forma interdisciplinar, com as demais
disciplinas das ciências humanas que compõem a educação básica. Assim, em história, o
estudo do tempo histórico dos índios em Roraima; em geografia, dos espaços dos índios em
Roraima; em sociologia, dos grupos indígenas em Roraima. O resultado: A descoberta
conjunta da identidade indígena makunaimense, composta pelas as oito etnias que formam os
povos indígenas, filhos legítimos de Makunaima, do estado de Roraima.
- 117
-
ALIGHIERI, Dante. A divina comédia. São Paulo: 15ª edição. Cultirx, 2006.
ANDRADE, Mario de. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. 43ª edição. Belo
Horizonte, 2004.
ASSARÉ, Patativa do. Cante lá que eu canto cá: filosofia de um trovador nordestino. 11ª
edição. Petrópolis, Vozes, 2000.
BASTIDE, Roger. O candomblé da Bahia: rito nagô. São Paulo: Companhia das Letras,
2001.
BETO, frei. Batismo de sangue: guerrilha e morte de Carlos Marighela. 14ª edição. Rio
de Janeiro: Rocco, 2006.
BEZERRA NETO, José Maia. Escravidão negra na Amazônia. Belém: Paka-Tatu, 2001.
BORGES, Vavi Pacheco. O que é história. 2ª edição. São Paulo: Brasiliense, 1993.
CARDOSO, Fernando Henrique. A arte da política: a história que vivi. Rio de Janeiro:
Civilização brasileira, 2006.
COSTA FILHO, Benone. MACEDO, Inês Rogélia Dantas. Ensino de história: um projeto
para o ensino fundamental. In: FERNANDES, Maria Luiza. MIBIELLI, Roberto.
DARWIN, Charles. A origem das espécies. Belo Horizonte: Villa Rica, 1994.
FALCON, Francisco José Calazans. Iluminismo. 4ª edição. São Paulo: Ática, 1994.
FARAGE, Nádia. Muralha dos Sertões. Rio de Janeiro: Paz e Terra. ANPOCS, 1981.
FERRI, Patrícia. Achados ou perdidos? A imigração indígena para Boa Vista. Goiânia:
MLAL, 1990.
FREIRE, Paulo. Educação e atualidade brasileira. 3ª edição. São Paulo: Cortez, 2003.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 33ª edição. Rio e Janeiro: Paz e Terra, 2002.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 27ª edição. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 2003.
FREIRE, Paulo. GUIMARÃES, Sérgio. Sobre educação. 3ª edição. São Paulo: Paz e Terra,
2003.
FREIRE, Paulo. Educação e mudança. 28ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 47ª
edição. São Paulo: Cortez, 2006.
FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala: formação da família brasileira sobre o
regime patriarcal. 32ª edição. Rio de Janeiro: Record, 1997.
GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina. 44ª edição. Rio de Janeiro: Paz
e Terra, 2004.
19
Sugerimos um estudo completo de suas obras pessoais e em parcerias (de Paulo Freire) com
outros educadores, jornalistas, músicos, religiosos, trabalhadores, estudantes, autodidatas, entre
outros. Mas, para um entendimento prévio de sua práxis, as obras citadas neste referencial nos
ajudam a perceber o progressista que é.
- 120
-
GRUER, Jussara Gomes (organizadora). Ticuna: o livro das árvores. São Paulo: global,
1999.
HOLLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. 26ª edição. São Paulo: Companhia das
Letras, 1995.
__________, Sérgio Buarque (diretor). História Geral da Civilização Brasileira volume II:
administração, economia, sociedade. 11ª edição. Rio de Janeiro: Bertand Brasil, 2004.
HOBSBAWN, Erik. Era dos extremos: o breve século XX 1914 a 1991. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995.
HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem. 21ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara,
1986.
LÉVI-STRAUSS, Claude. Tristes trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
- 121
-
MAGNANI, José Guilherme Cantor. Umbanda. 2ª edição. São Paulo: Ática, 1991.
MAGNOLI, Demétrio. Uma gota de sangue: a história do pensamento racial. São Paulo:
Contexto, 2009.
MAAR, Leo Wolfgang. O que é política. 16ª edição são Paulo: Brasiliense, 1994.
MARX, Karl ENGELS, Frederick. Manifesto do Partido Comunista. São Paulo: Martin
Claret, 2004.
MONTEIRO, Mário Ypiranga. A capitania de São José do Rio Negro. 3ª edição. Manaus:
Valer, 2000.
MUNANGA, Kabengele. Negritude: usos e sentidos. 2ª edição. São Paulo: Ática, 1988.
OLIVEIRA, Roberto Cardoso de. O índio e o mundo dos brancos. 4ª edição. Campinas:
UNICAMP, 1996.
BOBIO, Noberto. Estado governo e sociedade: para uma teoria geral da política. 14ª
edição. Rio de janeiro: Paz e Terra, 2007.
OLIVEIRA. Roberto Cardoso de. O índio e o mundo dos brancos. 4ª edição. Campinas:
UNICAMP, 1996.
RAMOS, Alcida Rita. Memórias Sunumá: espaço e tempo em uma sociedade Yanomami.
São Paulo: Marco Zero, 1990.
POLO, Marco. As Viagens „Il Milione‟. São Paulo: Martin Claret, 2001.
PRADO JÚNIOR, Caio. História econômica do Brasil. 41ª edição. São Paulo: 1994.
PINHEIRO, Luís Alberto Sá Peixoto. Visões da cabanagem: uma revolta popular e suas
representações na historiografia. Manaus: Valer, 2001.
PRIORE, Mary del. O príncipe maldito: traição e loucura na família imperial. Rio de
Janeiro: Objetiva, 2007.
RIBEIRO, Darcy. Diários Índios: os Urubu-Kaapor. São Paulo: Companhia das Letras,
1996.
RIBEIRO, Darcy. O Brasil como problema. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995.
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: evolução e sentidos do Brasil. São Paulo: Companhia
das Letras, 1995.
SANTILLI, Paulo. Pemongon Patá: território Macuxi, rotas de conflitos. São Paulo:
UNESP, 2001.
SANTOS, Jair Ferreira dos. O que é pós-modernismo. 12ª edição. São Paulo: Brasiliense,
1994.
SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura. 14ª edição. São Paulo: Brasiliense, 1994.
SARGES, Maria de Nazaré. Belém: riqueza produzindo a Belle Époque. Belém: Paka-
Tatu, 2000.
SILVA, Aracy Lopes da. & GRUPIONI, Luís Donisete. A Temática Indígena na Escola:
subsídios para professores de 1º e 2º graus. Brasília: MEC/MARI/UNESCO, 1995.
VILLAS BOAS, Orlando. A arte dos pajés: impressões sobre o universo espiritual do
índio xinguarano. São Paulo: Globo, 2000.
- 124
-
COLABORADORES:
Claudia Campos
Claudia Camurça
Luiza Américo Valentim Monteiro
Maria da Conceição Fernandes
Mildamar Ribeiro do Nascimento
Wasty Torres e Silva
- 125
-
MILTON SANTOS.
CULTURA, CIÊNCIA, E
TRADIÇÕES E O TECNOLOGIA: AVANÇOS
SER HUMANO. E CONTRADIÇÕES.
INTERDISCIPLINARIDADE E
CONTEXTUALIZAÇÃO NO
ENSINO DA GOGRAFIA
POLÍTICA, ÉTICA E
CIDADANIA.
TRABALHO, CONSUMO E
LUTAS POR DIREITOS.
►Onde residem os nossos alunos: qual o endereço, ►Cultura e tradições do Município e Estado
CEP, bairro, Município e Estado? ●Conceitos de Município e Estado
●Endereço do local onde mora;
●Sinalização das ruas;
●Rua ou estrada: Espaço de circulação, de
trabalho e de lazer
●Festa popular, música e dança.
►As características da natureza local cantada no hino ►Quadro Natural do Estado de Roraima
do Estado de Roraima e outras músicas que o retratam. ●Relevo e ocupação humana
●Hidrografia e energia
►As atividades agrícolas e agrárias no solo roraimense: ●Condições Climáticas e agricultura
desafios, possibilidades e problemas. ●Flora e fauna
►Atividades extrativistas e degradação do solo
roraimense.
ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL
►A água como riqueza e fonte de vida. Onde encontrá- ►Hidrosfera: fonte de vida
la? ●As águas continentais
●O relevo submarino
►O Rio Amazonas e o Rio Branco de Roraima – ►Os Oceanos, os mares, os rios e lagos: fontes de
estradas fluviais indispensáveis ao homem do norte. vida e riqueza.
●Aproveitamento econômico dos oceanos, dos
mares, rios e lagos do Brasil.
●Rio Amazonas e Rio Branco de Roraima – fonte
vida, transporte, riqueza e problemas sócio-
ambientais.
ANO: 7º - ENSINO FUNDAMENTAL
►Qual a posição geográfica e astronômica da minha ►Sul da América do Norte (México e América
escola?Isso pode ser feito? Como? Central)
●Posição geográfica e astronômica e área
►Somos afetados pelos mesmos problemas ambientais territorial
ou existe diversidade entre as Américas? ●Relevo, clima e povoamento
●Problemas ambientais e atualidades
►América do Sul
●Posição geográfica e astronômica e área
territorial
●Relevo, clima e povoamento
●Problemas ambientais e atualidades
►A nova ordem mundial e sua origem não é tão nova ►Capitalismo e Socialismo
assim. ●Origem e competição pela liderança do mundo
●Divisão do mundo em blocos econômicos
►O capitalismo e o socialismo ainda são os mesmo em ●Mundialização do capitalismo
poder e competição? ►A revolução tecnológica e a formação do espaço
global e suas contradições
- 134
-
►Para cada meio de comunicação e para cada ►Meios de Comunicação e seus Profissionais
meio de transporte existe um profissional ●Telefonista, telegrafista, radialista,
operando: que coisa interessante! jornalista, comunicador de televisão,
►Qual o nível de qualidade de vida e satisfação programador de internet etc
dos profissionais da comunicação e dos ●O dia-a-dia dessas profissões, vantagens e
transportes? desvantagens de suas funções e lutas.
►Meios de transportes e seus profissionais
●Condutores de moto, carro, caminhão, avião,
trem, barcos, navios etc.
●O dia-a-dia dessas profissões, vantagens e
desvantagens de suas funções e lutas.
- 135
-
na política.
●Os jovens e estudantes como mobilizadores
da ética e moral na política.
ANO: 9º - ENSINO FUNDAMENTAL
O local é o ponto de partida, mas também de chegada para que dessa forma, o ato de
conhecer seja pleno de significado.
Diferenciar o consumo de consumismo; o que é necessário e supérfluo em cada
momento da sociedade.
● Fazer um levantamento junto ao educando das histórias (tradição oral) que se conta
em família que passa de pai para filho a partir do Roraima de ontem e de hoje;
imagens; entrevistas e estudos do meio através de visitas a órgãos, entidades, casas de cinema,
teatro, supermercados, feiras ou shopping centers; os trabalhos apresentados em atividades
culturais e científicas de programação pedagógica interna ou externa são alguns dos meios ou
formas de avaliação contínua e integral.
Por fim, avaliar não pode ser entendido como o momento mais importante do
processo de ensino-aprendizagem. É apenas um dos momentos e que nem precisa ser tão
ressaltado pelos professores. O professor que centraliza seu curso no integral incentivo ao
conhecimento e no livre pensar não precisa gastar energia nem tempo, medindo conhecimento
da sua sala de aula. Nesse caso, a avaliação passa a ser positiva, a servir apenas para o
exercício das experiências vividas e dos possíveis esclarecimentos sobre as dúvidas
remanescentes.
- 143
-
CARVALHO, Marcos Bernardino de. Geografia do Mundo . 1ª ed.. - São Paulo: FTD, 2006
- (Coleção Geografias do Mundo).
KRAJEWSKI, Ângela Corrêa. Geografia: pesquisa e ação. Vol. Único/ Ângela Corrêa
Krajewski, Raul Borges Guimarães, Wagne Costa Ribeiro; - 1ª edição - 1ª edição - São Paulo:
Moderna, 2005.
MOREIRA, Igor Antônio Gomes. Geografia Geral e do Brasil: livro do Professor / Igor A.
G. Moreira - 1ª Ed. São Paulo: Ática, 2005.
PIRES, Valquíria. Construindo Consciências: Geografia / Valquíria Pires & Beluci Bellucci. -
1ª ed. - São Paulo: Scipione, 2006 - (Col. Construindo Consciências).
SANTOS, Milton. Natureza e sociedade Hoje: uma leitura geográfica. São Paulo: Hucitec,
1996.
SENE, Eutáquio de. A Geografia no dia-a-dia / Eutáquio de Sene, João Carlos Moreira. -
São Paulo: Scipione, 2000. - (Coleção Trilhas de Geografia).
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL:
ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO:
ESTATUTO DO HOMEM
A Carlos Heitor Cony
Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade.
agora vale a vida,
e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira.
[...] Artigo IV
Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.
Artigo V
Fica decretado que os homens
estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar
a couraça do silêncio
nem a armadura de palavras.
O homem se sentará à mesa
com seu olhar limpo
porque a verdade passará a ser servida
antes da sobremesa.
Parágrafo único:
O homem, confiará no homem
como um menino confia em outro menino.
[...] Artigo IX
Fica permitido que o pão de cada dia
tenha no homem o sinal de seu suor.
Mas que, sobretudo tenha
sempre o quente sabor da ternura.
Artigo Final.
Fica proibido o uso da palavra liberdade,
a qual será suprimida dos dicionários
e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante
a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre
o coração do homem.
Thiago de Mello
Santiago do Chile, abril de 1964.
- 146
-
Paulo Freire.
Nacional, Lei 9394/96, que objetivam orientar as escolas nas suas ações pedagógicas. Esses
princípios apresentam uma relação próxima com o campo de atuação deste ensino, podendo
expressar muito bem a linguagem que é utilizada no desenvolvimento dos conteúdos,
refletindo algumas questões básicas da educação. Se for ensino, como foi citada acima, ensina
o quê? Como e Para quê?
Na linguagem pedagógica do ensino religioso, podem ser observados os seguintes
critérios e atitudes para a mudança e para a construção de valores, tais como:
• A valorização das experiências religiosas previamente construídas pelos
alunos, favorecendo a capacidade de vivências uma relação emancipada com as diferentes
culturas, considerando princípios éticos da autonomia, da responsabilidade e do respeito ao
bem comum;
• O exercício da criatividade e do respeito à ordem democrática em sala de aula a
partir da articulação dos conhecimentos, das discussões, debates e do desenvolvimento com
base nos princípios políticos, caracterizados pelos direitos e deveres da cidadania e do
respeito ao diferente que se manifesta nas culturas e tradições religiosas;
• A criação de condições para que cada educando construa sua identidade, para saber
colher, conhecer, conviver, e aprender a ser, valorizando e respeitando o outro, superando
preconceitos que desvalorizam qualquer experiência religiosa, tendo como referência os
princípios estéticos da sensibilidade e da criatividade.
Esta linguagem tem sentido de busca de entendimento que responda as questões
existenciais: Quem sou? De onde vim? Para onde vou? Diante dessas indagações o ser
humano desenvolve competência para relacionar-se consigo, com a natureza, a sociedade e o
transcendente, definindo seu projeto pessoal e coletivo de vida.
No desenvolvimento dos eixos temáticos do ensino religioso e nos blocos de
conteúdos apresentados nos Parâmetros Curriculares Nacionais, a compreensão dessa
linguagem aponta para a interação entre quem aprende e quem ensina para construção do
conhecimento histórico cultural, pois nenhuma cultura é insignificante para a busca do
diálogo, da tolerância e da convivência pacífica com as manifestações religiosas, respeitando
a pluralidade cultural religiosa brasileira, que vigorou no Brasil desde os seus primórdios com
ênfase na doutrina da religião oficial do Império, a religião católica romana. Isso define o
modelo de Ensino Religioso adotado, e consequentemente, a seleção e organização dos
conteúdos, a pedagogia utilizada e a formação dos professores que atuam nessa área. Eis
alguns modelos de ensino religioso vigente no país:
- 148
-
desafios contemporâneo. A escola é desafiada a organizar seu currículo, formar seu corpo
docente e discente para que o conhecimento não seja fragmentado.
Este referencial curricular requer uma organização, um novo planejamento, uma
seleção de conteúdos, uma nova formação de acordo com as práticas contextualizadas e
comprometidas com os seres humanos. Esses conhecimentos para ser construído na escola
necessitam ser relacionados, integrados e articulados nas diferentes áreas do saber, sendo o
ponto de partida o ser humano. O Ensino Religioso por meio dos eixos trabalhados traz uma
perspectiva de superar as fragmentações e concebe o conhecimento como processo pelo qual
o ser humano busca o sentido da vida.
Como afirma Machado (1998), as mudanças nas metodologias de ensino devem ter a
participação dos professores e professoras a partir da própria prática docente e nunca serem
impostas "de cima para baixo", já está constatado, que historicamente, não funciona.
As sugestões aqui propostas ao professor de Ensino Religioso é uma possibilidade de
contextualização e uma interação entre as demais disciplinas. Os conhecimentos são tratados
através de contexto mais gerais, superando a costumeira organização dos conteúdos, com
vista a um enriquecimento recíproco e fazer contínuo da unidade didática, reflexivo coerente
com a filosofia subjacente neste referencial.
A necessidade de integrar as disciplinas e de contextualizar os conteúdos tornou-se
consenso entre docentes e pesquisadores em educação. O termo interdisciplinaridade está
cada vez mais presente nos documentos oficiais e no vocabulário dos educadores e
administradores escolares. Contudo, a construção de um trabalho genuinamente
interdisciplinar na escola ainda encontra muitas dificuldades.
Para Lenoir (2001), a interdisciplinaridade se estabelece em três palavras: a
interdisciplinaridade curricular, a interdisciplinaridade didática e a interdisciplinaridade
pedagógica. A interdisciplinaridade curricular se estabelece no âmbito administrativo, na
construção do currículo escolar; define o lugar, os objetivos e programas de cada disciplina. A
interdisciplinaridade didática compreende o planejamento do trabalho interdisciplinar a ser
realizado, aproximando os planos específicos de cada disciplina de modo que os conteúdos
possam ser mais facilmente integrados. E, por fim, a interdisciplinaridade pedagógica, que
trata da prática pedagógica interdisciplinar, isto é, aquela que ocorre na sala de aula.
- 150
-
INTERDISCIPLINARIDADE E
CONTEXTUALIZAÇÃO DO ENSINO
RELIGIOSO
realidade para organização dos blocos de conteúdos em âmbito local, nacional e mundial, não
exatamente nesta ordem.
►Como o educando compreende o Ethos - Alteridade ►O papel das tradições religiões, estrutura e
-Valores e Limites no contexto da diversidade cultural manutenção das diferentes culturas e manifestações
e religiosa? sócio-culturais;
►Importância da família no desenvolvimento
humano (solidariedade, justiça e do respeito por si e
pelos outros);
►Compreensão que o educando tem do
transcendente como ele trata o meio ambiente, se
relaciona com os colegas e como são suas práticas
sociais.
- 153
-
►Ter ou não ter acesso a TV, computador, internet ►Influência dos meios de comunicação;
faz alguma diferença para o educando? ►Somos influenciados pelo que
assistimos.
►Que indagação o educando faz sobre a origem dos ►Atitudes dos pais com os filhos no que devem
programas que vêm parar em sua casa? assistir e consumir etc;
►Influências positivas e negativas da TV.
►O que tem de bom e de ruim na ciência, na religião ►Senso comum, religião e ciência;
e na tecnologia que são usufruídas pelo educando? ►Influências que nos causam dúvidas e conflitos.
►Que conhecimento o educando do século XXI tem ►Aprofundamento dos conhecimentos racionais ou
dos avanços tecnológicos e as contradições desses lógicos; atitude científica, método de investigação
avanços? científica;
►Conhecimento religioso x ciências;
►Criação x evolução.
►De que forma a ciência, tecnologia e a religião ►As ciências humanas e o papel social destas;
podem dar mais qualidade ao cotidiano do educando? ►Os problemas sócio-ambientais gerados pela
exploração dos recursos naturais para a produção e
manutenção das invenções científicas;
►O conhecimento das diferentes tradições
religiosas ao longo da historia da humanidade.
- 155
-
►O que fazem (trabalho e profissão) os pais dos ►Profissão exercida pelos pais.
educandos?
►Os pais do educando dialogam com os filhos sobre a ►Valor do salário mínimo;
importância do que eles devem consumir e do que são ►Itens da cesta básica;
influenciados a comprar? ►Alimentação saudável e guloseimas.
►Como o educando compreende o trabalho dos indígenas ►Trabalho, produção, lazer, consumo;
em Roraima e que concepção os mesmos têm desta ►Relação entre trabalho e consumo;
produção? ►Conflitos e diferenças sociais entre índios e
não índios;
►Brincar, praticar esportes e divertir-se;
- 156
-
►Que tipo de lazer o educando usufrui na comunidade e ►Esporte (natação, futebol, voleibol...?
na sua cidade? Compreende que o lazer uma das ►Esportes radicais (rally, motocross, bicicross,
necessidades básica do cidadão? spdway....?
►Festas populares (Festa da Banana, da
Melancia, Vaquejada, Rodeios, do Abacaxi,
Micaraima, Ecoturismo, Festa Junina, Arraia
das três Nações entre outros).
►Os educandos conhecem os princípios da sua religião, ►Brincar, praticar esportes e divertir-se;
assim, como a Legislação (Estatuto da Criança e do ►Participação na vida familiar e comunitária
Adolescente)? sem discriminação;
►Crença e culto religioso;
►Direito à liberdade de expressão;
►Direito de ir, vir e estar.
►Que compreensão o educando tem sobre direitos e ►Declaração dos Direitos Humanos;
deveres sabendo que nos são garantidos em lei e mesmo ►ECA
assim temos que lutar por eles? ►Regimento Escolar e participação dos
estudantes;
►Análise dos direitos x os valores
►Professados pelo seu credo.
►Que expectativa o educando tem para o ingresso no ►Mercado de trabalho (comercial, industrial,
mercado de trabalho em Roraima? agrícola, formal e informal).
- 157
-
►O que os pais dos educandos ensinam para elas como ►Verdade, mentira, respeito, preconceito etc;
valores éticos?
►Que valores são passados para os educandos no seio da ►Conselhos que os pais dão aos filhos;
sua família e na escola? ►Acompanhamento dos pais para com os
filhos.
►Como o educando compreende o que é ser livre, ser ►O que é ser livre;
escravo e ser ético? ►O que é ser escravo;
►O ser ético, de acordo com os valores que
seus pais os orientem.
►Como educando compreende os valores de convivência ►As normas religiosas e suas funções para a
e cidadania através das tradições religiosas? sociedade;
►O valor da formação da consciência moral;
►Parábolas;
►Provérbios.
Entende-se que tal metodologia possibilitará ao aluno espaço para a reflexão de tais
temas assim como, enriquecimento de suas idéias a partir da troca de experiência com os seus
pares e demais pessoas da comunidade. Desta forma o educando terá o aporte necessário para
a construção de seus conceitos a cerca dos temas estudados.
As aulas poderão conter elementos de diversas áreas ligadas ao conhecimento
religioso, o professor poderá utilizar diversas formas de expressão onde os alunos possam
expressar-se, Tais como: desenhos, pinturas, dramatizações, poesias, artigos e outros.
As tecnologias são também ferramentas que facilitarão ao aluno a interação com o
objeto do conhecimento religioso e poderão ser utilizadas pelo professor de acordo com a sua
disponibilidade no âmbito escolar.
É importante lembrar que os conteúdos estão organizados de forma que para cada
ano os conhecimentos dos educandos se aprofundarão à medida que estes se aperfeiçoam nos
conhecimentos propostos para o ano que cursam.
Não existem interesses inatos, estes são consequências das situações experiências nas
quais as pessoas estão submersas.[...] Isto significa que os interesses também podem ser
gerados intencionalmente. [...] As unidades didáticas integradas devem ser interessantes para
o grupo de alunos ao qual se destinam. Portanto, será preciso selecionar cuidadosamente os
tópicos que sirvam como organizadores do trabalho na sala de aula e apresentá-lo de maneira
atraente. O papel do professor estimulador e acrescentador de novos interesses e necessidades
nos estudantes é fundamental.
Os eixos e conteúdos do Ensino Religioso foram elaborados a partir da concepção de
que a atuação do ser humano não se limita apenas às relações com os meios natural e social,
mas sim, está sempre em busca de algo que transcende estas realidades.
Os critérios didáticos estão associados á forma de organizar e trabalhar os conteúdos
para que subsidiem a construção do conhecimento. Para isso, torna-se necessário respeitar os
desenvolvimentos cognitivo, afetivo, psicomotor e relacionais dos educandos nas diferentes
fases do processo de ensino-aprendizagem. Desta forma, o tratamento didático no Ensino
Religioso, como em outras áreas de conhecimento, precisa considerar:
CATÃO, Francisco. O Fenômeno Religioso, São Paulo, Editora Letras & Letras, 1995.
CURY, Carlos Roberto Jamil. Ensino Religioso e a educação brasileira. São Paulo: Cortez
& Moraes, 1978.
CURY, Carlos Roberto Jamil. Ensino Religioso e a escola pública: o curso histórico de
uma polêmica entre a Igreja no Brasil. Educação em revista, Belo Horizonte, n. 17, p. 20-
37, jun. 1993.
D. Alcuino Meyer O.S.B. Diário. Mosteiro de São Bento. Rio de Janeiro, 1985
MATOS, Henrique Cristiano José. Nossa história 500 anos de presenças da Igreja Católica no
Brasil. Tomo 1. S. Paulo: Paulinas, 2001.
- 163
-
PEDO, Albina (ir.Anete). Trajetória de uma luta em prol da educação com amor pela
paz. Cuiba, 2002.
QUOIS, Michel. Construir o homem e o mundo. Livraria Duas Cidades, São Paulo, 1975.
SANTOS, Antonio Raimundo dos. Ética – caminho da realização humana. São Paulo: Ave
Maria, 1997.
ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO:
Gilvânia Barbosa da Silva - Escola Estadual Maria dos Prazeres Mota.
- 165
-
Aula de Português
A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender
A linguagem
na superfície estrelada de estrelas,
sabe lá o que ela quer dizer?
Qualquer que seja a raça, cultura, o espaço que ocupe, o tempo em que vive o
homem está sempre em contato com outros homens inter - relacionando,
comunicando-se, e essa inter-relação se dão sempre através da linguagem.
(POSSARI E NEDER)
Esse método de ensino perdurou por séculos, acreditava-se que ensinar Língua
Portuguesa era simplesmente fazer com que os alunos decorassem uma listagem de regras da
Gramática Normativa. As classes gramaticais e as regras ortográficas, por exemplo, eram
expostas ao estudante de forma desvinculada da realidade cotidiana do uso da língua.
Há três concepções de linguagem mais conhecidas e difundidas no ensino de Língua
Portuguesa em nosso país, são elas: linguagem enquanto expressão do pensamento, linguagem
como instrumento de comunicação e linguagem enquanto processo de interação humana.
De acordo com essa concepção quem não sabe se expressar é porque também não
sabe pensar. Neste caso, a linguagem é “espelho” do pensamento. Nessa linha de raciocínio,
de acordo com Travaglia (1997, p. 21), o fenômeno lingüístico é reduzido a um ato racional,
“a um ato monológico, individual, que não é afetado pelo outro nem pelas circunstâncias que
constituem a situação social em que a enunciação acontece”.
O fato linguístico é um ato individual, cuja expressão só depende da capacidade do
falante em organizar o pensamento de maneira lógica. Daí vem a crença de que um
pensamento lógico proporciona uma linguagem lógica e deve incorporar regras, conceito que
deságua na gramática normativa e na ideia de que saber uma língua é saber teoria gramatical.
A Gramática Normativa, como fruto dessa concepção que vê a linguagem como
expressão do pensamento, prediz os fenômenos linguísticos em “certos” e “errados” e
privilegia a norma culta em detrimento de outras variedades linguísticas.
Franchi (1991, p. 48) diz que a gramática normativa é o “conjunto sistemático de
normas para bem falar e escrever, estabelecidas pelos especialistas; com base no uso da língua
consagrada pelos bons escritores”. Assim sendo, fala e escreve bem o indivíduo que organiza
logicamente o seu pensamento.
A língua é concebida como simples sistema de normas, acabado, fechado, abstrato e
sem interferência do social. As línguas, nesse caso, obedecem a princípios racionais, lógicos e
a linguagem é regida por esses princípios. Dessa forma, exige-se que os falantes a usem com
clareza e precisão, sigam um padrão previamente estabelecido e prestigiado, pois as ideias
devem ser colocadas de forma lógica, precisa, sem equívocos e sem ambiguidades, rumo à
perfeição.
- 169
-
Tabela 18: Organização dos contextos e conteúdos de Língua Portuguesa para o Ensino
Fundamental
ASPECTOS
CONTEMPLADOS
CONTEXTO NOS CONTEÚDOS OBJETIVO
TRABALHADOS
Política, ética Reconhecer em textos escritos recursos utilizados pelo autor para
e cidadania. Análise Lingüística obter determinados efeitos de sentido.
Uma vez que a democratização social pressupõe garantia de acesso aos saberes
linguísticos necessários para a cidadania, o reconhecimento do aluno como cidadão, e,
portanto, a valorização de seus conhecimentos prévios (cultura, linguagem, experiências
diversas) é fator fundamental para o pleno desenvolvimento do ensino da Língua Portuguesa.
Cabe à escola (professor), em primeira instância, enfrentar os preconceitos
linguísticos, ensinando o respeito à diferença e libertando-se de mitos quanto à língua (como o
da existência de uma única forma certa de se falar, por exemplo) a fim de conscientizar os
alunos sobre a necessidade de adequação da linguagem utilizada ao contexto de comunicação.
A seleção de bons textos (literários, jornalísticos, científicos, metalinguísticos ou
epilinguísticos) e de exercícios e reflexões para os mesmos, serão decisivas para o alcance de
um ensino satisfatório da LP, um ensino que desperte no aluno a vontade e a capacidade de
buscar a aquisição e a produção de conhecimento através da linguagem.
biblioteca.
► Ler textos em diferentes portadores buscando informações, receitas, regras de jogos, bula, verbete de
tirando dúvidas e resolvendo questões. dicionário, notas enciclopédicas, textos de
► Localizar informações implícitas e explícitas no texto. outras disciplinas.
► Empregar estratégias de seleção, antecipação, inferência e
verificação com o objetivo de melhor compreender o texto. ► Leitura de textos dos gêneros diversos
► Distinguir entre narrador e autor e caracterizar personagens. reconhecendo a finalidade.
► Observar a linguagem curta /breve (concisa) e precisa em ► Leitura de obras de autores preferidos
textos de determinados gêneros. dentro do gênero proposto.
► Reconhecer diferentes pontos de vista sobre um tema na leitura ► Utilização da leitura tendo em vista,
de textos. diversos objetivos: revisar texto, buscar uma
► Usar o dicionário buscando o significado e escrita das palavras. informação, etc.
► Buscar informações e obras preferidas e realizar empréstimos ► Relação entre causa e consequência.
no acervo da biblioteca e sala de leitura. ► Localização de informações: principal,
explícita e implícita no texto.
► Reconhecimento das características e
dos elementos próprios da organização do
texto conforme o gênero a que pertence.
► Identificação de diferentes pontos de
vista sobre um tema.
► Uso de indicadores para fazer seleção,
antecipação, inferências e verificações.
► Utilização de recursos como: reler,
deduzir ou consultar dicionários para
resolver dúvidas.
► Observação do emprego da linguagem
concisa e precisa e do discurso direto e
indireto.
► Atribuição de sentido estabelecendo
relação entre texto e contexto com ajuda.
► Reconhecimento da intertextualidade.
►Emprego do acervo da biblioteca para
buscar informações e obras preferidas e
realizar empréstimos.
ANO: 6º - ENSINO FUNDAMENTAL
Prática de leitura
informações explícitas no texto; estratégias de leitura em textos ► Interpretação do texto com auxílio das
verbais e não-verbais (seleção, antecipação, inferência e estratégias discursivas.
verificação); compreensão da linguagem irônica e humorística ► Reconhecimento das características dos
utilizadas em determinados textos para intensificar sua gêneros em estudo, quanto a: conteúdo,
expressividade; identificação de marcas linguísticas e o tema estrutura, finalidade, linguagem, efeitos,
central do texto; utilização de informações oferecidas por tempos e modos verbais, dêiticos, tipos de
glossário, verbete de dicionário, legenda, gráfico, tabela, marcas frases.
tipográficas para compreensão do texto. ► Seleção de procedimentos de leitura em
► Observar os três níveis do poema: nível fônico: sonoridade, função dos diferentes objetivos, interesses
ritmo, rimas (aliteração, assonâncias); nível sintático, semântico, do sujeito leitor e das características do
combinação das palavras (sintaxe-significado); nível gráfico gênero e do suporte.
espacial. ► Estabelecimento da progressão temática
► Considerar o emprego de recursos gráfico-visuais como: em função das marcas da segmentação do
ilustração, diagramação, tamanho e cor das fontes. texto em prosa: títulos, subtítulos, capítulos
► Adequar registro formal ou informal de acordo com a e parágrafos e em textos em versos: estrofes
finalidade do texto e do interlocutor. e versos.
► Estabelecer relações de intertextualidade. ► Compreensão da utilização da linguagem
conotativa e denotativa.
► Compreensão e interpretação do texto a
partir das relações com outros textos e
recursos suplementares como: gráficos,
tabelas etc.
► Ler e apreciar textos de todos os gêneros previstos para o ano. Gêneros Textuais:
► Ler silenciosamente para desenvolver a produção de sentido e
o gosto pela literatura. Resumo, resenha, relatório, manual, bula,
► Ler textos de outras disciplinas relativas às culturas indígena e regulamento, norma, guia, lista telefônica,
afro-brasileira. currículo, carta de apresentação, ata,
► Interpretar o sentido geral do texto. requerimento, eletrônico, artigos de opinião,
► Identificar informações explícitas e implícitas contidas no texto reportagens, poemas, letra de música,
empregando estratégias de antecipação, seleção, inferência e canção, paródia, contos, crônicas, novelas,
verificação em textos verbais e não verbais. teatro, romances, entrevista, manchete,
► Reconhecer recursos estilísticos usados no texto identificando anúncios , classificados, textos de outras
a intenção do autor. disciplinas.
► Reconhecer a linguagem irônica e humorística em textos
diversos a partir dos conhecimentos prévios. ► Leitura de textos dos gêneros previstos
► Estabelecer relação de comparação entre diferentes textos. para o ano.
► Reconhecer a função expressiva das notações léxicas ► Seleção de procedimentos de leitura em
empregadas no texto. função dos diferentes objetivos, interesses
► Estabelecer relações de intertextualidade. do sujeito leitor e das características do
► Interpretar textos usando material gráfico diverso fazendo gênero e do suporte.
relação entre recursos verbal e não verbal. ► Uso de estratégias de leitura não linear
► Buscar na biblioteca e sala de leitura materiais diversos para para: levantar hipóteses, conformá-las,
obter informações, como obras de autores e temas preferidos. reformulá-las, inferir sentidos, avançar ou
voltar na leitura, consultar outras fontes, etc.
► Compreensão e interpretação do texto a
partir das relações com outros textos e
recursos suplementares: tabelas e gráficos,
etc.
► Articulação entre conhecimentos prévios
e as informações do texto para compreender
as intenções do autor, ironias, sentidos
figurados e ambiguidades.
► Estabelecimento da progressão do tema
do texto conforme o gênero a partir da
sequência que predominar: argumentação,
narração, exposição, descrição.
- 185
-
Conteúdos do contexto com realidade nacional e regional (do Brasil e América Latina).
O fato de o consumo ter amplitudes globais não significa que o mesmo se distribui
de forma equilibrada, homogênea, aproximadamente 1,2 bilhões de pessoas vivem no planeta
sob "extrema pobreza" e consequentemente não se envolvem em relações de consumo
(comerciais). Para esses o consumo está voltado exclusivamente no atender de suas
necessidades básicas. Europa, América do Norte, Japão, Austrália, países industrializados, são
os maiores responsáveis pelo volume de degradação do meio ambiente global associado ao
consumo.
Conteúdos do contexto com realidade nacional (do Brasil) regional (da América Latina)
e mundial (do mundo).
unidades temáticas; desenvolvimento do tema; uso de um texto nas diversas leituras individuais.
recursos coesivos mais próximos da língua escrita, ► Observação e análise de textos bem escritos,
letra maiúscula em títulos, nomes próprios e inícios explorando os recursos da linguagem que se usa para
de frases, ortografia. escrever.
► Discutir sobre as diferentes interpretações/sentidos ► Reconhecimento e emprego de artigos,
individuais dados a um texto no contexto da sala de substantivos, adjetivos pronomes e verbos.
aula. ► Distinção e uso dos sinais de acentuação e
► Imitar modelos de diferentes autores e gêneros ao pontuação na produção e revisão textual,
escrever o próprio texto. reconhecendo o efeito de sentido no seu uso.
► Reconhecer dentro do texto e empregar na ► Emprego na produção de recursos coesivos
produção artigos, substantivos, adjetivos, verbos e (pronomes, palavras de indicação de tempo, lugar,
pronomes. etc).
► Diferenciar e usar os sinais de acentuação e ► Análise das regularidades da língua escrita quanto
pontuação na produção e revisão textual, a derivação de regras de ortografia, regras de
reconhecendo o efeito de sentido no seu uso. acentuação e concordância verbal e nominal.
► Empregar na produção, recursos coesivos ► Revisão do próprio texto durante a escrita,
(pronomes, palavras de indicação de tempo, lugar, relendo e articulando o que já está escrito e
etc). planejando o que falta escrever.
►Revisar o próprio texto observando: recursos ► Aprimoramento/revisão da primeira versão do
linguísticos, adequação ao gênero, utilização da letra texto considerando: adequação ao gênero, coerência
maiúscula em títulos, nomes próprios e início de e coesão textual, pontuação, paginação e ortografia.
frases, paragrafação, pontuação, ortografia,
concordância nominal e verbal.
características de conteúdo, estrutura, estilo, etc. ► Reconhecimento das características dos diferentes
► Comparar diferentes variedades linguísticas gêneros, quanto ao conteúdo, construção/estrutura e
observando o emprego de diferentes formas de estilo.
construção e significado. ► Comparação de aspectos da língua observados na
► Analisar a ampliação de sintagmas observando as fala e na escrita nas diferentes variedades: emprego
implicações e modificações ocorridas no conteúdo, de pronomes, tempos verbais, uso de dêiticos e
sentido e estrutura. onomatopeias, concordância verbal e nominal.
► Empregar recursos sintáticos na produção e ► Realização de operações sintáticas que permitam
revisão de textos para alterar a estrutura e dar analisar as implicações discursivas: ampliação de
diferentes pontos de vista. sintagmas, integração de elementos, reordenação dos
► Identificar os recursos linguísticos utilizados em elementos, expansão mediante coordenação e
diferentes gêneros textuais: conjunções, pronomes, subordinação.
advérbios e locuções adverbiais em diferentes ► Uso de recursos sintáticos e morfológicos para
gêneros textuais; conotação e denotação linguística; alterar a estrutura e dar diferentes pontos de vista.
função apelativa da linguagem, cores, imagens, trama ► Observação e uso no contexto morfológico e
descritiva e argumentativa; criação de novos termos, sintático; semântico; discursivo ou pragmático:
ambiguidades, mudanças de significados, construção frases, orações e período; termos essenciais da
e reconstrução de palavras, clichês, provérbios, oração; tipos de sujeito e de predicado; estruturação
termos emprestados de outras línguas. do predicado; homônimos/parônimos; pontuação,
► Analisar e empregar os elementos que compõem acentuação e ortografia; onomatopeias; concordância
o texto narrativo: foco, estrutura, narrador, fato, nominal e verbal; termos integrantes da oração;
personagens, tempo, lugar. modos verbais; termos acessórios da oração;
► Reconhecer e utilizar a linguagem formal e conotação e denotação linguística; usos dos tempos:
informal na produção e revisão de textos. pretérito perfeito e imperfeito do modo indicativo;
► Analisar e empregar elementos que compõem o discurso dos personagens: direto, indireto livre;
texto dissertativo: introdução, desenvolvimento e concordância verbal e nominal; variação linguística;
conclusão. vozes verbais; flexão verbal/nominal; vocativo;
► Reescrever o próprio texto. regência nominal e verbal; estrutura e formação de
palavra; crase; ortografia.
► Análise e emprego dos elementos que compõem o
texto narrativo: foco, estrutura, narrador, fato,
personagens, tempo, lugar.
► Reconhecimento e uso da linguagem formal e
informal.
► Análise e emprego de elementos que compõem o
texto dissertativo: introdução, desenvolvimento e
conclusão.
► Reescrita de textos.
ANO: 8º - ENSINO FUNDAMENTAL
Para não mistificar a avaliação das ações didáticas que se desenvolve com a
discência em sala de aula, é só seguir a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(9.394/1996) que diz que esta deve proceder da seguinte maneira:
ASSARÉ, Patativa do. Cante lá que eu canto cá: filosofia de um trovador nordestino. 11ª
edição. Petrópolis, Vozes, 2000.
BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. In: Estética da criação verbal. São Paulo:
Martins Fontes, 1992, p. 280-326.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 47ª
edição. São Paulo: Cortez, 2006.
FREIRE, Paulo. Educação e atualidade brasileira. 3ª edição. São Paulo: Cortez, 2003.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 33ª edição. Rio e Janeiro: Paz e Terra, 2002.
KOCH, Ingedore V. & TRAVAGLIA, L. C. Texto e coerência. 2ª ed. São Paulo: Cortez,
1993.
LUFT, Celso P. Língua e liberdade (O gigolô das palavras). São Paulo: Ática, 1995.
MOTTA, Ilma Nogueira. Semiótica Aplicada aos textos verbais e não-verbais. Anais do
Congresso Nacional de Lingüística e Filologia. Rio de Janeiro: UERJ, 1997.
SANTOS, Terezinha Maria Barroso. Práticas de leitura em sala de aula. Juiz de Fora:
Lame/Nupel/UFJF, 2000.
VAL, Maria das Graças Costa. O que é produção de texto na escola? Revista Presença
Pedagógica, v. 4, n. 20, p. 83-85, mar/abr. 199.
- 203
-
ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO:
Gilvânia Barbosa da Silva
"Sê”
Pablo Neruda
- 204
-
Tabela 19: Organização dos contextos e conteúdos de Língua Estrangeira para o Ensino
Fundamental.
ASPECTOS
CONTEMPLADOS
CONTEXTO NOS CONTEÚDOS OBJETIVO
TRABALHADOS
Política, ética e Análise Lingüística Reconhecer em textos escritos recursos utilizados pelo autor
cidadania. para obter determinados efeitos de sentido.
- 207
-
Para que o aluno tenha uma aprendizagem significativa na Língua Estrangeira, este
precisa ser inserido em um contexto onde o professor é um dos principais responsáveis por
sua aprendizagem, trabalhando a comunicação à gramática e a tradução, os quais são os
métodos mais utilizados de uma forma mais dinâmica, englobando–as em um contexto,
motivando assim os alunos a uma aprendizagem de uma segunda língua.
O conteúdo a ser ensinado tanto na comunicação oral quanto na escrita deve ter
como base o conhecimento de mundo do aluno, para que o professor possa aliar aquilo que ele
já sabe pela língua materna com aquilo que ele irá aprender pela Língua Estrangeira.
Segundo os PCNS “Ao ensinar uma Língua Estrangeira é necessário uma
compreensão teórica do que é linguagem, tanto do ponto de vista dos conhecimentos
necessários para usá-la quanto em relação ao uso que fazem desses conhecimentos para
construir significados no mundo social”.
A importância do envolvimento da cultura da língua estrangeira ensinada é essencial,
pois assim os alunos podem conhecer vários fatores culturais do país da Língua Estrangeira
ensinada, além de poderem fazer um paralelo entre a nossa cultura e a do outro país.
A motivação e a interação são outros fatores muito importantes, principalmente o
último, pois tudo o que é passado pelo professor deve ser discutido entre o professor e os
alunos para uma melhor compreensão do conteúdo.
Conteúdos do contexto com a realidade nacional (do Brasil, América Latina e Mundo).
Conteúdos do contexto com realidade nacional e regional (do Brasil, América Latina e
Mundial).
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-
Conteúdos do contexto com realidade nacional (do Brasil) regional (da América Latina)
e mundial (do mundo).
►Identificar as letras do alfabeto usando palavras da ►Expressão oral utilizando a linguagem para
realidade local. comunicar-se.
►Reconhecer a importância da Língua Inglesa e de ►Audição de leitura.
seu ensino.
►Cumprimentar formal e informalmente às pessoas
com expressões de saudações.
►Identificar perguntando e respondendo ações que ►Linguagem concisa e precisa, textos jornalísticos e
já ocorreram. ficcionais.
►Fazer uso de pronomes interrogativos, em
perguntas curtas e com respostas objetivas
(oralidade).
►Retirar informações e vocábulos de textos.
►Praticar a leitura e a escrita.
►Utilizar, de acordo com o sentido e significado de ►Emprego dos tempos verbais e dos
cada um dos pronomes interrogativos. pronomes interrogativos com auxilio de
►Reconhecer as partes da casa. materiais gráficos diversos.
►Empregar corretamente os verbos auxiliares nas
formas negativas e interrogativas no tempo presente.
►Elaborar perguntas e respostas sobre ações futuras. ►Produção de dialogo utilizando os tempos verbais e
►Utilizar os números ordinais e cardinais. os numerais.
►Identificar o emprego dos pronomes que ►Empregar os pronomes na utilização de dialogo.
completam o sentido do verbo.
►Utilizar exercícios de prática oral, escrita, auditiva ►Leitura silenciosa e oral de textos de diversos
e leitura. gêneros.
►Empregar os auxiliares dos verbos regulares e ►Linguagem concisa e precisa, textos jornalísticos e
irregulares no tempo presente. ficcionais.
►Elaborar perguntas sobre ações diversas, ►Empregar corretamente os verbos auxiliares e os
utilizando pronomes interrogativos. pronomes interrogativos nas produções de frases.
►Expressar circunstancia de tempo, modo e lugar ►Produção de pequenos textos utilizando advérbios.
com os advérbios de freqüência.
►Pronunciar os dias da semana, meses e as estações ►Leitura oral dos dias da semana dos meses e das
do ano. estações do ano.
►Utilizar vocabulários na formação de pequenos ►Produção de diálogos utilizando os artigos definidos
diálogos. e indefinidos.
►Utilizar artigos definidos e indefinidos
►Reconhecer ações em andamento no presente e ►Utilizar os tempos verbais nas produções textuais
passado. ►Estratégias de leituras.
►Extrair informações gerais do texto. ►Compreensão da leitura em suas diferentes
►Usar os verbos regulares e irregulares no presente dimensões informações implícitas e explicitas no texto.
e passado.
►Identificar alguns objetos de sala de aula e pronunciar ►Argumentos verbais e não verbais.
na língua estrangeira. ►Leitura silenciosa e oral de textos de Leitura oral
►Utilizar leitura silenciosa e oral. e silenciosa.
►Produção de frases usando os objetos trabalhados
variando os gêneros.
►Utilizar exercícios de prática oral, escrita, auditiva e ►Leitura silenciosa e oral de textos de diversos
leitura. gêneros.
►Usar os verbos regulares e irregulares no presente e ►Produção de pequenos textos usando os verbos
passado. regulares e irregulares e números cardinais e
►Utilizar os números cardinais e ordinais. ordinais.
►Produzir textos com coesão e coerência. ►Textos epistolares (solicitação, carta de
apresentação).
No contato com qualquer texto em uma segunda língua, o aluno utiliza estratégias
das quais já faz uso, quando se comunica em sua própria língua. Mobiliza o que já sabe sobre
o assunto, sobre o tipo de texto, sobre o autor, a forma, e as imagens.
Numa situação de diálogo, faz comentários, pede e dá explicações, registra o que
lhe interessa, pede para repetir o que não entendeu, e assim constrói um significado para
aquilo que lê, ouve ou vê. Desta forma, o ensino de língua inglesa e espanhola deve ser
através de experiências de contato com a língua, em situações de comunicação, sempre numa
perspectiva multidisciplinar e vinculada a contextos reais, com assuntos e temas relacionados
ao universo de interesses dos alunos do Ensino Fundamental.
Nas oficinas curriculares os alunos devem vivenciar atividades orais e escritas, que
favoreçam o domínio efetivo das funções comunicativas da língua: Regras de comunicação –
o que responder, como perguntar, que palavras usar e como pronunciá-la. Tais como:
● Compreender e responder adequadamente a direções e perguntas;
● Participar de diálogos simples com os colegas;
● Canções, rimas, participar de conversas e discussões;
● Saber usar palavras de posições (preposições), palavras de ação (verbos) e
nomeação (substantivos);
● Recontar histórias;
● Ser capaz de usar expressões de cumprimento, de solicitação, recusa, desculpas,
concordância, discordância e permissão.
I. Repertório vocabular – que possa ser utilizado em situações contextualizadas, de
comunicação oral ou escrita, contemplando os diversos gêneros textuais;
II. Estrutura da língua – desenvolver atividades com reflexão sobre a linguagem
funcional, em situações contextualizadas da prática social;
III. É importante promover situações de desafio, para mobilizar nos alunos a busca
de recursos diferenciados, que visem à superação de obstáculos nos diversos níveis, a serem
transpostos, desde que as propostas sejam distribuídas por um determinado grau de
dificuldade.
- 219
-
Para não mistificar a avaliação das ações didáticas que se desenvolve com a
discência em sala de aula, é só seguir a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(9.394/1996) que diz que esta deve proceder da seguinte maneira:
COSTA, Daniel N. Martins da. Porque Ensinar Língua Estrangeira na Escola de 1º Grau.
São Paulo: Pedagógica Universitária, 2003.
ESTEBAN, Maria Tereza (ORG). Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. Rio
de Janeiro: DP&A, 1999. Cap. 1 p. 7 – 28.
MÜLLER, Mary Stela; CORNELSEN, Julce Mary. Normas e Padrões para Teses,
Dissertações e Monografias – 5. ed. Atual – Londrina: Eduel, 2003.
SCHÜTZ, Richard. O que é talento para Línguas? English Made in Brazil. Disponível on-
line in < http://www.sk.com.br/sk-talen.html>. Acesso em 06 de dez. 2003.
- 221
-
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL:
Rosângela da Silva Viana
ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO:
Francisco Edson Pereira Leite – Escola Estadual São Vicente de Paula
Moacir Augusto de Souza Augusto de Souza – Escola Estadual Severino Cavalcante
“(...) A Educação Física precisa buscar sua identidade como área de estudo
fundamental para a compreensão do ser humano enquanto produtor de cultura
(...)”. (BRASIL, 1998)
- 223
-
“A Educação Física, tem como seu meio específico às atividades físicas exercidas a
partir de uma intenção educacional, nas formas de exercícios ginásticos, jogos,
esportes, danças, lutas, atividades de aventura, relaxamento e ocupações diversas do
lazer ativo”...
A educação física evolui à medida que se processa a evolução cultural dos povos.
Assim, a sua orientação no tempo e no espaço, está em sintonia com os sistemas políticos,
sociais, econômicos e científicos vigentes nas sociedades humanas. Na pré-história havia a
preocupação do desenvolvimento da força bruta, sob o ponto de vista utilitário/guerreiro, sem
idéia definida do ponto de vista moral.
Na Antiguidade os gregos entretanto, mais evoluídos, visavam ao desenvolvimento
físico e moral do homem. Nesse período, a educação física visava o aspecto somático,
- 227
-
harmonia de formas, musculatura saliente, sem exagero, de onde surgiram os atletas de porte
esbelto.
É a fase anatômica da educação física. Já entre os moral que herdaram com a
conquista da Grécia, as atividades físicas dos gregos, em plena decadência, orientavam a
educação física, objetivando o desenvolvimento das massas musculares. Pouco se dedicavam
à cultura intelectual e muito menos a da moral.
Na Idade Média caracteriza-se a reação contra a adoração pagã do físico, e o espírito
passa a predominar sobre a matéria. Os exercícios físicos são relegados a plano secundário e a
"justa" e o "torneio" são as formas bárbaras de sua manifestação, por influência das ordens de
cavalaria.
Modernamente, com o desenvolvimento da fisiologia outras ciências caem, o
conceito anatômico também e passa a prevalecer o fisiológico. O que se deseja não é a força,
mas sim a saúde mais do que a força. É preciso, também, considerar o lado moral.
A moral deve ser levada em conta pela educação física, pois é necessário que ela
concorra para formar um coração generoso, uma moral elevada, além de uma inteligência
lúcida. Estamos, pois, hoje, na fase em que a educação física visa, a par do preparo físico, a
educação no seu tríplice aspecto: físico, moral e intelectual.
De acordo com a LDB 9.394/1996 “a Educação Física, integrada à proposta
pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação (...)” Ao ressaltar que
a educação física deve ser integrada a proposta pedagógica da escola, a lei afirma que o
componente curricular trabalhará no processo de construção coletiva, numa perspectiva de
homem e a uma sociedade melhor que hoje, ou seja, supera a idéia de representar apenas uma
atividade recreativa dentro de um processo educativo maçante.
Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a
ser complementada, em cada sistema de ensino, e estabelecimento escolar, por uma parte
diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da
economia e da clientela. (LDB 9.394/1996, artigo 26.)
A importância da elaboração de um referencial curricular da disciplina justifica-se
pela necessidade de estruturação do ensino de Educação Física nas escolas, para a garantia da
qualidade e o cumprimento das responsabilidades designadas ao profissional, afinal o que se
espera, é que na escola o profissional de Educação Física assuma a função de estimular o
aluno e sensibilizá-lo sobre a importância destas aulas para o seu desenvolvimento global, a
inclusão na sociedade e auxiliar na melhoria da qualidade de vida.
- 228
-
Ginástica:
►Equilibrar, saltar, rolar, girar, balançar.
►Conhecer as formas de ginástica que implique
►Identificação de sensações afetivas e/ou sinestésicas,
possibilidades de equilibrar, saltar, subir, rolar,
tais como prazer, medo, tensão, enrijecimento,
girar, balançar.
relaxamento.
►Conhecer as formas de ginásticas que
Lutas:
contribuam para promover o sucesso de todos.
►Artes Marciais;
►Conhecer formas de ginásticas que possibilitem
►Capoeira.
a identificação de sensações afetivas e/ou
Esportes coletivos:
sinestésicas, tais como prazer, medo, tensão,
►Futebol:
enrijecimento, relaxamento.
►Voleibol:
►Conhecer as diferentes modalidades de luta,
►Futebol de salão:
brincadeira, dança e jogos executando alguns
►Basquete.
movimentos comuns à maioria destas e destacando
Xadrez:
a prática da capoeira como manifestação cultural
►O tabuleiro, as peças e os movimentos.
de movimento genuinamente brasileiro,
Tênis de Mesa:
valorizando e respeitando sua prática como
►Familiarização com Material:
patrimônio de todos.
►Gestos dos fundamentos:
►Participar de diferentes práticas esportivas,
►Regras básicas.
compreendendo seu desenvolvimento histórico,
►Atletismo:
respeitando suas regras e executando os
►Corridas e Revezamento;
fundamentos básicos de cada modalidade.
►Saltos.
►Desenvolver o raciocínio lógico, a memória e a
►Arremessos e Lançamentos.
capacidade de observação, concentração e atenção.
Jogos pré - desportivos:
►Executar os gestos dos fundamentos básicos do
►Queimada;
tênis de mesa compreendendo suas regras e
►Pique-bandeira;
reconhecendo tal modalidade como uma forma
►Guerras de bolas;
saudável de ocupação do tempo.
►Outros jogos de conhecimento de cada realidade.
►Executar as mais variadas práticas corporais que
Brincadeiras:
envolvem as provas de atletismo, identificando as
►Amarelinha, pular corda, elástico, bolinha de gude,
valências físicas exigidas em cada exercício.
pião, pipa (papagaio), corre cutia, esconde-esconde,
dentre outras tantas vivenciadas na comunidade.
Dança:
►Samba, baião, valsa, quadrilha, afoxé, catira, bumba-
meu-boi, boi-bumbá, forró, maracatu, xaxado, etc.;
►Danças urbanas: rap, funk, break, pagode, danças de
salão;
►Danças eruditas: clássicas, modernas, contemporâneas,
jazz;
►Danças e coreografias associadas a manifestações
musicais: blocos de afoxé, olodum, timbalada, trios
elétricos, escolas de samba;
►Lengalengas;
►Brincadeiras de roda, cirandas.
- 243
-
CARDOSO, Carlos Luiz; KUNZ, Elenor; FALCÃO, José Luiz C.; FIAMONCINI, Luciana;
SARAIVA, Maria do Carmo; SOUZA Maristela. Didática da Educação Física. Coleção
Física. 3ª Edição. Ijuí: Editora UNIJUÍ, 2003.
HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 2. ed. São Paulo:
Perspectiva, 1980.
MELLO, A. M. Psicomotricidade, educação física, jogos infantis. São Paulo: Ibrasa, 1989.
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL:
ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO:
Durante décadas, a arte no Brasil era a prática de ateliê no ensino da arte, vinculada à
concepção da livre-expressão presente nas escolas. Na década de 1930 a arte era vista como
uma linguagem que possibilitava o entendimento do mundo, dispensando a linguagem verbal.
Desse modo, as pessoas e os conceitos da oralidade ficam ausentes, pois envolvem
diretamente os sentimentos e a subjetividade. Essa leitura de mundo influência o processo de
formação de identidade, que permite o individuo se reconhecer na cultura ou demarcar limites
sobre ela; quando há compreensão abre-se um leque às diferenças e semelhanças, onde reflete
seu conhecimento.
Essa noção de fazer parte e valorização da herança cultural, a arte propicia o contato
com outras culturas, superando, assim questões como diversidade racial, cultural, pré-
conceitual, etnocentrismo e o próprio conceito de arte.
A arte enquanto linguagem desenvolve no individuo não só a concepção visual, como
também a capacidade de simbolizar dando significado às coisas, possibilidade de criar
mundos, realidades diferentes e transitar por elas para poder olhar de outro lugar e se fazer
diferente.
O ensino de arte desempenha um importante papel na transformação de uma realidade,
também contribui com a questão da democratização da cultura. Trabalhar a capacidade de
leitura de uma obra de arte é algo que pode ser ampliado e estimulado; exige preparo e
contextualização.
O ensino de arte na educação formal no Brasil vem enfrentando desafios, o principal
entrave é a formação do corpo docente em arte, mesmo com as exigências dos Parâmetros
Curriculares Nacionais – PCN‟s, ainda temos muitos docentes polivalentes.
O impacto dos meios tecnológicos sobre a criação artística tem produzido novas formas
de expressão ao longo da história. Atualmente a fotografia, o cinema, o DVD, internet e
outros contribuem para o avanço e valorização da diversidade cultural e artística.
A arte como ciência engloba atividades datadas de milênio na espécie humana, como: a
música, a dança, o desenho e a pintura, proporcionando o desenvolvimento cultural da
- 248
-
INTERDISCIPLINARIDADE E
CONTEXTUALIZAÇÃO NO ENSINO DE
ARTE
►Perceber o espaço da figura humana e reconhecer em ►Espaço; ponto; plano; forma; cor, textura, volume,
seres e objetos, características expressivas da arte visual. linhas.
►Compreender noções dos conceitos de ação física e ►Expressão dramática; voz, corpo, respiração e
ação dramática. improvisação.
►Identificar critérios possíveis para avaliar teatro,
como engajamento e concentração.
► Uso do espaço, do corpo e da voz.
► Estrutura cênica.
►Criar ações e sequências.
.
►Perceber a relação estética entre objetos, formas, luz, ►Ponto, linha, forma, cor e textura.
som e movimentos. ►Construção de formas artísticas.
► Apreciar diversas formas de Arte na natureza e em ►Desenho, pintura, colagem, modelagem, grafismo,
produtos de arte, nas varias linguagens, desenvolvendo dança, espaço, tempo, movimento, coreografia,
a fruição estética e crítica. cenário, figurino.
►Conhecer a música e o folclore regional como ►Folclore literário, lenda, mitos e narrativas de
expressão popular. Roraima.
►Festival de Parintins (Boi Bumba).
►Bumba meu Boi (Maranhão).
►Literatura de Cordel.
Composições roraimenses.
►Carimbó.
►Conhecer e identificar os diferentes ritmos musicais ►Sertanejo.
►Reggae.
►Dança de rua.
►Hip-Hop.
►Capoeira e outros.
►Música e Literatura.
►Conhecer os elementos que compõe os subsídios ►Relação entre luz-matéria: na pintura, fotografia,
para se fazer arte. iluminação cênica, teatro de sombra.
►Perceber a importância da arte Barroca em todos os ►Arte Barroca, missão artística da França.
segmentos artísticos (visual, musical e literário). ►Arte no final do império e começo da república.
►Identificar as diferenças do Barroco brasileiro, ►Cultura popular e Erudita nacional.
focando as obras de Aleijadinho. ►Elementos da linguagem visual, musical e teatral.
- 256
-
►Desenvolver o gosto, a atenção e a sensibilidade em ►Jogos teatrais a partir das regras no espaço e tempo.
relação aos jogos teatrais. ►Instrumentos musicais (exploração e construção).
►Explorar sons do corpo e de outros elementos. ►Materiais e objetos artísticos.
►Explorar texturas de objetos e materiais artísticos e
artesanais.
►Perceber os diversos sons produzidos pela natureza ►Jogos teatrais de voz, corpo e espaço.
e pelo homem. ►Som do corpo, da natureza e da rua (exploração e
►Conhecer os variados tipos de artes plásticas. reprodução).
►Quadros, esculturas, pinturas, desenhos, colagem.
►Conhecer e perceber da linguagem artística nas obra ►Linha, forma, textura, cor fria, quente e neutra,
de artes. movimento, equilíbrio, plano, perspectiva e ritmo.
►Conhecer a biografia de artistas plásticos brasileiros
e roraimenses.
Estimular a leitura crítica de trabalhos veiculados pelo Teatro, Dança, Cinema e TV;
Conhecer e explorar os espaços destinados a apresentações teatrais e de dança, suas
formas, sua estrutura, seu funcionamento, equipe técnica e equipamentos de luz, som e
de palco etc;
Analisar o jogo teatral e corporal a partir das experiências em sala de aula e dos
espetáculos observados;
Apropriação do texto visual do cotidiano (TV, outdoor, cartazes, revistas, jornais,
camisetas, impressos em geral, ilustrações de livros, imagens digitais, internet,
cinema, fotografia, etc);
Também precisa saber como os educandos aprendem, e ainda quais são as estratégias
didáticas adequadas para expor os diferentes conteúdos planejados; como também utilizar os
melhores instrumentos verificando a aprendizagem conquistada e as variáveis que podem
interferir nesta avaliação que são ferramentas relevantes para o educador avaliar o educando.
Portanto, na avaliação da aprendizagem o educador exerce um papel central onde
deverá compreender que é fundamental conhecer a metodologia e o instrumento de avaliação
que direta ou indiretamente, se aplica na escola, no ensino e no desempenho do educando.
Deve ter em mente que o processo de avaliação é um dos itens do processo de ensinar e
aprender que não se reduz somente na realização de provas, teste, notas ou conceitos, mas é
parte de todo um processo de atividades orientadas para o futuro.
A avaliação em arte constitui uma situação de aprendizagem a que o aluno pode
verificar o que aprende reavaliando os conteúdos, assim como o professor pode avaliar como
ensina e o que seus alunos aprendem.
- 261
-
Boa Vista. Prefeitura Municipal. Proposta Curricular do ensino fundamental nos anos
iniciais / Prefeitura Municipal de Boa Vista. – Boa Vista: Editora da UFRR, 2008.
Mato Grosso do Sul. Governo do Estado do Mato Grosso do Sul. Proposta Curricular da
Educação Básica da Rede Estadual de Ensino
CAUQUELIN, Anne. Arte Contemporânea: uma introdução, São Paulo, Martins Fontes,
2005.
PILLAR, A. D. (Org.). A educação do olhar no ensino das artes. Porto Alegre: Medi-ação,
2003.BRASIL. Câmara. Senado. Projeto de Lei nº 2.732, de 21 de maio de 2008.
ALVES, R. A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir.5. ed. São
Paulo: Papirus, 2003.
ARNHEIM, R. Arte & percepção visual- uma psicologia da visão criadora. 6.ed. São
Paulo: Pioneira,1991.
- 262
-
BRENT, W.; RUBIN, B. Avaliação no DBAE. In: EDUCATION in art: future building. Los
Angeles, Getty Center for Education in the Arts, 1989.
EDWARDS, B. Desenhando com o lado direito do cérebro. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001.
GADOTTI, M. Diversidade cultural e educação para todos. Rio de Janeiro: Graal, 1992.
NOVAIS, F. A História da vida privada no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
OSINSKI, D. Arte, história e ensino: uma trajetória. São Paulo: Cortez, 2001.
VILLALTA, L. C. O que se fala e o que se lê: língua, instrução eleitura. In: NOVAIS, F. A
História da vida privada no Brasil. SãoPaulo: Companhia das Letras, 1997.
- 264
-
EQUIPE DE ELABORAÇÃO
Prof. Sewbert Rodrigues Jati (Biologia) - Escola Estadual Pres. Costa e Silva.
Prof. Carlos Alberto Silva Almeida (Biologia) - Escola Estadual Jesus Nazareno.
Prof. Ivanildo Lima – Assessor de Currículo – DIFC/SECD.
Prof. Denis Apolinário da Silva – Escola Estadual Maria dos Prazeres Mota.
Prof. Oscar Tintorer – Universidade Estadual de Roraima.
Prof.ª Solange Mussato - Escola Estadual Ana Libória.
Prof. Wescley Costa da Silva - Escola Estadual Presidente Tancredo Neves.
Prof. Williams Souza Alencar – Escola Estadual Maria das Dores Brasil.
ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO:
Rosângela da Silva Viana
- 265
-
Prof. Sewbert Rodrigues Jati (Biologia) - Escola Estadual Pres. Costa e Silva.
Prof. Carlos Alberto Silva Almeida (Biologia) - Escola Estadual Jesus Nazareno.
ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO:
David Brown.
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Podem-se distinguir os homens dos animais pela consciência, pela religião e por tudo
o que se queira. Mas eles próprios começam a se distinguir dos animais logo que começam a
produzir seus meios de existência, e esse passo à frente é a própria conseqüência de sua
organização corporal. Ao produzirem seus meios de existência, os homens produzem
indiretamente sua própria vida material. (Marx, K. Engels, F. 1998, p.10-11).
Os alunos têm idéias acerca do seu corpo, dos fenômenos naturais e dos modos de
realizar transformações no meio; são modelos com uma lógica interna, carregados de
símbolos da sua cultura. Convidados a expor suas idéias, para explicar determinado
fenômeno e a confrontá-las com outras explicações, eles podem perceber os limites de
seus modelos e a necessidade de novas informações; estarão em movimento de
ressignificação. Mas esse processo não é espontâneo; é construído com a intervenção
do professor. É o professor quem tem condições de orientar o caminhar do aluno,
criando situações interessantes e significativas, fornecendo informações que permitam
a reelaboração e a ampliação dos conhecimentos prévios, propondo articulações entre
os conceitos construídos, para organizá-los em um corpo de conhecimentos
sistematizados. (BRASIL, 1998)
Tabela 20: Organização dos contextos e conteúdos de Ciências para o Ensino Fundamental.
ASPECTOS CONTEMPLADOS
CONTEXTO NOS CONTEÚDOS OBJETIVO
TRABALHADOS
O ser humano, saúde e Saúde e qualidade de vida. Elucidar aspectos da vida do ser
qualidade de vida. Gravidez precoce e DST/AIDS. humano, desde sua formação até
Saúde e o ser humano. sua morte, buscando sempre
Química da vida (metabolismo). aspectos de uma vida saudável.
►Contar uma estória onde os seres vivos se alimentam Saúde e qualidade de vida:
uns dos outros, pra que os alunos possam entender os ►Tipos de alimentos: reguladores, construtores e
conceitos de cadeias e teias alimentares, assim como a energéticos.
dependência de todos os seres não vivos do planeta. ►Hábitos alimentares saudáveis.
►Utilizar a pirâmide alimentar para ilustração da ►Higiene: mental, físico, ambiental, social e
importância dos alimentos, e de uma alimentação alimentar.
saudável aliada ao exercício físico, a fim de obter uma ►As transformações do corpo: as fases do
vida com melhor qualidade. crescimento.
►Diferenças – sexos: feminino e masculino.
►Papéis sociais do homem e da mulher.
►O respeito pelo outro e suas diferentes formas
de expressão.
ANO: 4º - ENSINO FUNDAMENTAL
►Separar os alunos em sala de aula por grupos étnicos, Saúde e qualidade de vida:
para trabalhar o preconceito, a ética e a diversidade dos ►Valorização do corpo e do outro, respeitando a
seres humanos. diversidade humana (étnica, física, cultural,
►Utilizar mapas do corpo humano para evidenciar a biológica e social).
ação dos hormônios no corpo do ser humano. ►A estética como questão histórica e cultural em
►Listar doenças para a partir dessa lista classificar as detrimento da saúde física e mental.
DST‟s. ►Ação dos hormônios no corpo: puberdade e a
►Listar remédios e drogas para trabalhar a prevenção adolescência.
do uso de drogas e violência causada a partir de seu ►Gravidez e prevenção as DST‟s em especial a
uso. AIDS.
►Prevenção às drogas e a violência.
Meio ambiente:
►Buscar ilustrações que demonstrem organismos vivos ►Diversidade dos seres vivos nos ecossistemas do
conhecidos da fauna, flora e micro biótica do estado de município.
Roraima. ►Preservação e conservação dos recursos naturais
do município.
►Fazer uma discussão a partir das áreas de conservação Proteção do patrimônio cultural do município.
do estado de Roraima. ►Destino correto do lixo no município: redução,
reutilização, reciclagem.
►Uso racional dos recursos naturais.
►Economia de água e energia.
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►Utilizar exemplos de seres vivos e seres inanimados Meio ambiente e o ser humano:
para explicar as características da vida. ►Características gerais dos seres vivos.
►Elabora uma lista de seres vivos e auxiliar, incluindo ►Classificação biológica dos seres vivos.
os alunos na classificação desses seres vivos em nível de ►Importância da biodiversidade para a vida do
REINO. planeta.
►Utilizar desenhos ou figuras que demonstrem seres ►Legislação ambiental brasileira e de Roraima.
microscópicos, relevando suas utilidades para a vida dos Vírus, Bactérias, Protozoários e Fungos:
seres humanos, sem esquecer das doenças causadas por ►Doenças causadas por Vírus, Bactérias,
esses seres. Protozoários e Fungos.
►Importância desses seres vivos para os seres
humanos, inclusive sua importância industrial.
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►Fazer uma lista de seres vivos conhecidos dos alunos Seres vivos:
e dar importância a esses seres vivos para a ►Importância dos seres vivos para o planeta.
sobrevivência do planeta. ►Utilização de seres vivos para o desempenho de
trabalho dos seres humanos.
Peduzzi, Sonia S., 2001. In: Maurício Pietrocola, Ensino de Física: conteúdo, metodologia e
epistemologia numa concepção integradora: pg. 2001. Brasília.
CARVALHO, Anna Maria Pessoa de, 2004. Anna Maria Pessoa de Carvalho (org.), O
Ensino de Ciências: Unindo a Pesquisa e a Prática: pg. 1, São Paulo.
DELIZOICOV, Demétrio; Angotti, José André e Pernambuco, Marta Maria, 2002. Ensino de
Ciências: fundamentos e métodos: pg. 32, São Paulo.
MARX, K. ENGELS, F. A Ideologia Alemã. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
VALE, J. M. F. Diálogo Aberto com Demerval Saviani. In: SAVIANI, D. Demerval Saviani
e a Educação Brasileira: O Simpósio de Marília. São Paulo: Cortez, 1994.
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ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO:
Rosângela da Silva Viana
(...) a prática educativa se funda não apenas na inconclusão ontológica do ser humano,
mas na consciência de sua inconclusão. É em cima desses dois pés, de um lado a
minha inconclusão, do outro a minha consciência da inconclusão, que se funda a
educação. A educabilidade não tem outra explicação senão nesta assunção de minha
inconclusão consciente. Como também é aí que se fundamenta a minha esperança
(...).(D‟Ambrósio Entrevista Paulo Freire, 2009).
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A Matemática é uma ciência viva, não apenas no cotidiano dos cidadãos, mas também
nas universidades e centros de pesquisas, onde se verifica, hoje, uma impressionante produção
de novos conhecimentos que, a partir de seu valor intrínseco, de natureza lógica, têm sido
instrumento útil na solução de problemas científicos e tecnológicos de maior importância
(PCNs, 2001,)
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D‟AMBROSIO, Beatriz S. Como ensinar matemática hoje? Temas e Debates. SBEM. Ano II. N2.
Brasilia. 1989. P. 15-19.Doutora em Educação Matemática pela Indiana University-USA, atualmente lotada no
Educational Development College of Education, University of Delawere, Newark, Delaware - USA.
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ASPECTOS
CONTEMPLAD
CONTEXTO OS NOS OBJETIVO
CONTEÚDOS
TRABALHADOS
A educação como afirma Gadotti (2001.), é um espaço de luta entre várias tendências e
grupos, um espaço que nenhuma ideologia pode dominar inteiramente. Nem o Nazismo, que
teve o mais “perfeito” dos sistemas escolares, conseguiu isso. Por isso, a educação é um
espaço de luta, um espaço importante. Num determinado momento esse espaço é dominado
por uma pedagogia do dominador, do opressor. Compete ao educador, assumindo a sua
função crítica na sociedade, tornar dominante o espaço livre, que hoje é um espaço minúsculo
e vigiado.
O saber matemático não difere dessa realidade, pois a idéia de que a Matemática é
um corpo de conhecimento imutável, e verdadeiro, que deve ser assimilado pelo aluno,
não é um equívoco, trata-se de uma intencionalidade que deve ser problematizada no
espaço de aprendizagem.
(...) A matemática é uma ciência viva, não apenas no cotidiano dos cidadãos, mas
também nas universidades e centros de pesquisas, onde se verifica, hoje, uma
impressionante produção de novos conhecimentos que, a par de seus valores
intrínsecos, de natureza lógica, têm sido instrumentos úteis na solução de problemas
científicos e tecnológicos de maior importância. (BRASIL, 2001, p.24)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
ANEXOS