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CIRRUS SR22 G5 » METEO: CBS NO VERÃO » NOVAS REGRAS » P-96 GOLF 100 » GRANDES RUTAS » ESCOLA DO VOO » ESQUADRILHA DA FUMAÇA » INSTRUMENTOS DIGITAIS » ROBINSON R66
Cirrus
www.aviaopiloto.com | Número 0 | 14,90 R$
SR22G5
SR22 G5
ENSAIO EM V
O melhor
OO
MOTORES: 912 iS
Rotax abre alas
para a injeção
ESCOLA DE VOO
Como pode uma
derrapagem terminar
num parafuso
OO
ENSAIO EM V
www.aviaopiloto.com
OO
ENSAIO EM V
ROBINSON À GRANDES ROTAS TECNAM P-96
TURBINA NOVA ZELÂNDIA: GOLF 100
Nunca digas nunca O paraíso dos pilotos Cheio de qualidades
checklist
PLANO DE VOO
Key Publicações Brasil
Editorial
Presidente: Adrian Cox
Diretor-Executivo: Jorge Penalba
jorge.penalba@keypublishingspain.com
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brodie.baxter@keypublishing.com Como você verá nas próximas páginas, Avião & Piloto é uma revista que, como a
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Juana.torres@keypublishingspain.com sua bem-sucedida irmã espanhola Avión & Piloto, é feita por pilotos e para pilotos,
Tel (+34) 618 773 833 mas sem esquecer os que sonham em sê-lo algum dia e, por isso, a nossa linguagem é
técnica, sem ser professoral e tão coloquial como uma conversa de hangar.
Circulação e assinaturas
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Avião & Piloto não é mais uma revista de aviação, é uma publicação que transmite ao
Atendimento ao assinante leitor a paixão de pilotos e/ou proprietários pelas suas aeronaves, seus equipamentos,
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seus acessórios opcionais e pelo voo em todas as sua fases, desde o seu planejamento
Treelog até o estacionamento no destino. Avião & Piloto não é uma publicação aeronáutica, é
uma revista que mostra um estilo de vida.
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Dinap Ltda. Nossos focos serão a aviação geral, a leve, a experimental, a antiga e clássica, a
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São Paulo, SP realizados por verdadeiros experts no assunto em todo o mundo, e em todo tipo de
aeronave, de planadores a clássicos militares, de modernos homebuilts até protótipos,
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mais interessantes do mundo, do ponto de vista do piloto e do voo em si, e muito mais:
Avião&Piloto (ISSN XXXXXX) é uma tudo o que interessa ao mundo dos pilotos, o voo e a aviação privada e desportiva.
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viagens, mostrar nas nossas páginas a aeronave que você está construindo, perguntar,
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Bom voo!
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26 Legislação
NOVAS REGRAS: ULTRALEVES
CERTIFICADOS
Até 2020, fabricantes terão que aderir ao programa
iBR2020 para continuar produzindo aviões com peso
máximo de decolagem acima de 600 quilos.
36 Instrumentos digitais
COMPUTADOR DE DADOS DO AR
Desde que começamos esta série sobre aviônica digital mencionamos
de passagem em várias matérias o computador de dados do ar
ao tratar sobre alguns dos elementos que compõem os modernos
glass cockpits. Agora nos deteremos nesse elemento fundamental
para conhecer suas características e modo de funcionamento.
SUMÁRIO
50 Escola de voo
COMO UMA DERRAPAGEM PODE
TERMINAR NUM PARAFUSO
Provavelmente, em alguma ocasião ouvimos dizer que um estol
é muito mais perigoso em uma situação de derrapagem que
de escorregar ou voo coordenado, mas... Isso é verdade? E em
caso afirmativo, por qué ocorre? acima de 600 quilos.
Cirrus
quando comparado à versão anterior, por isso o levamos a voar.
66 Ensino aeronáutico
MOMENTO DE EXPECTATIVA
Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional
e expansão das companhias aéreas médias causam
expectativa de melhora para o mercado de formação.
14 SR22 G5
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36 40
SUMÁRIO
58 Robinson R66
O ROBINSON À TURBINA:
NUNCA DIGAS NUNCA
Voamos o SR22 Grand Geração 5, concebido para ser a mais avançada
aeronave construída pela Cirrus. Por fora, parece o mesmo avião de
sempre, mas basta entrar em seu cockpit para perceber toda tecnologia
e inovação desenvolvidas exclusivamente para esse modelo.
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Além mais…
40 Esquadrilha da Fumaça
60 ANOS REPRESENTANDO O BRASIL
Criada sem grandes pretensões há exatamente 60 anos, a Esquadrilha
da Fumaça é hoje uma das melhores equipes acrobáticas do mundo.
44 Grandes rotas
NOVA ZELÂNDIA: O PARAÍSO DOS PILOTOS
John Rootes voltou recentemente da Nova Zelândia, onde descobriu
o país a voo de pássaro e encontrou uma pujante comunidade
aeronáutica que disfruta de uma das paisagens mais exuberantes do
mundo.
70 Aeródromos
44
71 Mercado de aviação
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NOTíCiAS
Acrobatas em ação
Nova geração de pilotos brasileiros se reúne Freitas, no Christen Eagle do Aeroclube
do Rio Grande do Sul. Representando
no ninho das águias para a segunda edição do a nova geração de pilotos acrobáticos
Campeonato Nacional de Acrobacia brasileiros, Guilherme Borges ficou
em primeiro lugar na categoria
“básica”, pilotando um Decathlon. Citabria do comandante Paulo
Além dos competidores, participaram Bastos para algumas fotos aéreas
da festa um Boeing Stearman 1943 de Hernani e Richieri sobre a AFA.
pilotado por Eduardo Haupt (que Segundo Luiz Dell’Aglio, atual
concorreu na categoria “sportsman” presidente do CBA, discute-se para
com a mesma aeronave, para admiração as próximas edições do campeonato
geral) e o PT-19 do Aeroclube de nacional a realização de duas
Pirassununga (aeronave usada pelo etapas durante o ano, além de mais
“veio” Bertelli em instrução acrobática) duas etapas regionais, talvez com
pilotado por Thiago Sabino, ambos a participação da Esquadrilha da
fazendo diversas passagens sobre Fumaça. “Para esta edição, o CBA e
a academia. Também decolaram, o diretor de provas Ricardo Soriani
no intervalo entre as provas, com tiveram apoio irrestrito da AFA
o espaço aéreo livre para pousos por intermédio do coronel-aviador
e decolagens, pilotos experientes Rubens Fernandes e do brigadeiro
NOTíCIAS
O Brasil promoveu seu Segundo categorias: básica, sportsman, da acrobacia nacional, como Carlos Carlos Eduardo”, diz Dell’Aglio. Para o
Campeonato Nacional de Acrobacia intermediária, avançada e ilimitada. Edo e seus T-6, num voo noturno, e coronel Gobett, a integração entre a
Aérea na Academia da Força Aérea No solo, olhares atentos dos juízes Hernani Dippolito e Luiz Guilherme acrobacia de competição e os pilotos
(AFA), em Pirassununga, no interior de sob a coordenação do sul-africano Richieri, respectivamente em um Extra do EDA é benéfica, já que muitas
São Paulo. Organizado pelo CBA (Comitê John Gaillard, que foi juiz-chefe do 330XL e um Sukhoi SU-31. Pegamos vezes compartilham o mesmo espaço
Brasileiro de Acrobacias e Competições mundial da categoria “ilimitada” de carona no muito bem restaurado aéreo em eventos aeronáuticos.
Aéreas), o evento aconteceu nas 2013, no Texas, Estados Unidos.
dependências do Esquadrão de O piloto Francis Barros com seu
Demonstração Aérea, a Esquadrilha Sukhoi SU-31 sagrou-se campeão
da Fumaça, comandada atualmente na categoria “ilimitada” e acabou
pelo tenente-coronel Marcelo Gobett, acumulando, também, o título brasileiro
e reuniu entre julho e agosto últimos de 2014. Juliano Barros, voando um
a nata da acrobacia aérea brasileira. Christen Eagle, vencedor da categoria
Profissionais da aviação compunham “soprtsman”, foi condecorado como
a maior parte do seleto grupo piloto revelação do torneio. Marcos
de competidores. Segundo os Geraldi, pilotando o CEA 309 Mehari,
organizadores, cerca de 70% dos avião projetado e construído no Brasil
participantes trabalham como pilotos pelo engenheiro Paulo Iscold e sua
de aviões comerciais, executivos equipe da UFMG (Universidade Federal
ou agrícolas. Eles cumpriram, sem de Minas Gerais), venceu a categoria
percalços ou incidentes, as sequências “avançada”. A categoria “intermediária”
de manobras em suas respectivas teve como vencedor o piloto Camilo
A volta ao mundo
da nova Amelia
Jornalista homônima refaz com um turbo-hélice Rocky Mountain (KBJC), próximo a
Denver, no estado do Colorado, após
monomotor a circum-navegação que a pioneira 17 dias de viagem e 45.000 km (24.300
Amelia Earhart tentou em 1937 mn) percorridos em 108 horas de voo,
com 17 escalas técnicas em 12 países.
A vida e o desaparecimento da da tecnologia aeronáutica, sua Amelia Rose comandou um Pilatus
aviadora norte-americana Amelia malfadada viagem foi refeita, sem PC-12NG adaptado para grandes
Earhart sobre o Oceano Pacífico é um incidentes, por outras mulheres em travessias ao lado do copiloto Shane
episódio inesquecível, atingindo o pelo menos três voos comemorativos Jordan – em 1937, Amelia Mary voou em Denver, acumulando cerca de 4.000
status de lenda. Pioneira da aviação bem documentados. Mesmo assim, o um bimotor Lockheed L 10E Electra horas na operação de uma câmera
que tentou circum-navegar o globo desafio continua atraente. Na quarta em companhia do navegador e piloto Cineflex de alta definição a bordo de
em meados de 1937, ela é objeto e mais recente jornada, concluída Fred Noonam. O planejamento durou aeronaves AS350 Eurocopter (hoje
de biografias e documentários, se em 12 de julho último, Amelia cerca de um ano e meio e incluiu a Airbus Helicopters). A inspiração para
tornando personagem de filmes, Rose Earhart, de 31 anos de idade, obtenção de vistos, escolha da rota, tentar a aventura de sua homônima
livros, peças de teatro, canções tornou-se a mulher mais jovem a permissões de sobrevoo, vacinação, famosa foi um desafio decorrente de
populares e, volta e meia, até de cruzar o planeta em um monomotor. cursos de sobrevivência no mar, seu nome e de seu trabalho nos céus
teses conspiratórias envolvendo Sem parentesco com a aviadora mecânica, navegação, escolha de como repórter. “As pessoas sempre
NOTÍCIAS
extraterrestres e identidades trocadas. original, Amelia Mary Earhart, a bases de apoio, gerenciamento de me perguntavam: ‘Você nunca irá voar
A partir dos anos 1960, com o avanço nova Amelia herdou, além do nome combustível, escolha de equipes de ao redor do mundo? Você poderia
escolhido por sua mãe, a paixão trabalho e de divulgação. Jornalista se tornar piloto’. Fiquei tão irritada
por aeronaves e grandes travessias. de rádio e TV, Amelia atuou por oito com isso que resolvi dar uma olhada
A circum-navegação começou e anos como repórter aérea em Los para ver se gostava. Acontece que
terminou no Aeroporto Metropolitano Angeles e para a rede afiliada da NBC adorei. É a minha paixão”, afirmou.
O futuro dos
DAC (Departamento de Aviação Civil),
colocaram no mercado modelos maiores
ultraleves pesados
e mais velozes, que caíram no gosto do
brasileiro, atraído por menores preços
de aquisição, operação e manutenção.
Uma decisão técnica tomada pela Agência poderiam deixar de existir se não Houve, assim, um repentino crescimento
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Nacional de Aviação Civil promete houvesse uma preocupação antecipada, da aviação leve nacional, com aeronaves
preservar um segmento estratégico tanto das empresas envolvidas quanto da modernas e bem construídas por mão
da indústria aeroespacial brasileira e própria agência reguladora, em encontrar de obra especializada com material e
transformar o ano de 2014 em um marco alternativas viáveis para a permanência equipamentos aeronáuticos. Mas, apesar
para a aviação leve do país. Com o fim e o aperfeiçoamento da atividade de do avanço tecnológico, tais aeronaves
do prazo de isenção para o cumprimento fabricação de “experimentais pesados”. permaneciam operando na condição
das novas regras de produção de aviões O Brasil iniciou a produção sistemática de “não certificadas”, o que criou
experimentais acima de 600 kg de peso de aeronaves ultraleves no fim da uma situação insustentável no longo
máximo de decolagem, ou fora dos década de 1980 enquanto a produção prazo, uma vez que modelos com essas
padrões ALE (Aeronave Leve Esportiva), (ou montagem) de aviões experimentais características poderiam ser construídos
expirado em junho último, várias mais pesados ganhou força no país somente a partir de kits, projeto
empresas do setor, que entregam pelo no início da década de 2000, quando próprio ou plantas, por um construtor
menos 100 aeronaves novas anualmente fabricantes nacionais, respaldados amador – ou serem certificados
e empregam dezenas de pessoas, por uma flexibilidade dada pelo então (homologados), conforme o RBHA 23
Manutenção e
aeronavegabilidade
Lá pelos anos 1950, quando a Organização de eficiência e economia. Isso reduz o normal, utilidade, acrobática e transporte motor ou outro componente, vai ser
NOTÍCIAS
Internacional de Aviação Civil (ICAO, na trabalho e as despesas da fase seguinte, regional) é cópia fiel de algumas submetido a testes. Para receber um
sigla em inglês) passou a regular o novo que é a certificação. Nesses casos, é partes da FAR 23, da FAA. Isso acontece certificado de aeronavegabilidade,
segmento global de aviação civil, de fato, natural que o novo projeto incorpore porque os norte-americanos sabem deve provar que resiste aos esforços
surgiram normas estabelecendo como parte da documentação daquele do ir à Lua, têm o mercado aeronáutico previstos. Mas a especificidade desses
as aeronaves deveriam ser projetadas, qual deriva, tais como o resultado de mais cobiçado do planeta e permitem testes se altera de tempos em tempos, na
fabricadas, operadas e mantidas. Muito testes, manuais e boletins de serviços. que suas normas sejam copiadas. medida em que surgem novos materiais,
do conhecimento da época vinha da Quase o mundo todo segue os conceitos novas ensaios ou demandas de uso.
aviação militar, pois o cenário era de fim de projetos aeronáuticos dos EUA. As Certificação de tipo Tomemos como referência as células
da Segunda Guerra Mundial e início tanto regulações da FAA são adotadas em O conceito de aeronavegabilidade também de aeronaves de pequeno porte.
dos conflitos na Coreia quanto da Guerra muitos países, inclusive no Brasil. Não é aplicado às regras de certificação Desde os anos 1970 que o alumínio
Fria entre Estados Unidos e a então União por acaso a RBAC 23 (Requisitos de aeronáutica. Nessa fase, o produto vem cedendo lugar para os materiais
Soviética. Nesse contexto, a segurança aeronavegabilidade: aviões categoria aeronáutico, quer seja fuselagem, compostos na confecção de fuselagens.
de voo esperada pelos militares era a Os planadores Blanik, dos anos 1950,
que garantisse tão somente a realização eram confeccionados de alumínio.
de suas missões. Não se preocupavam Essa matéria-prima perdeu espaço
com a longevidade de suas máquinas, para a fibra de vidro, como no Pik
tampouco em preservá-las de danos 20, dos anos 1970, ou no Puchacz, da
decorrentes das aplicações bélicas. década de 1980. Tradicionalmente, a
A ICAO, por outro lado, tinha (e tem) resistência de célula era avaliada com
consciência de que o transporte vibrações, que reproduziam o voo, na
aéreo civil somente poderia ser útil às tentativa de identificar pontos fracos,
sociedades caso seguisse uma ordem onde rachaduras poderiam surgir como
de segurança, eficiência e agilidade. Daí resultado de fadiga do material. Já os
surge o conceito de “aeronavegabilidade”. materiais compostos são vulneráveis a
Ele continua atual, mas as técnicas outros fatores, como raios ultravioleta,
vêm se aperfeiçoando ao longo das provenientes do sol. Portanto, os
décadas. No momento do projeto de uma ensaios tiveram de ser alterados.
aeronave, esse conceito se transforma Atendidos os requisitos de
em práticas que irão garantir a segurança aeronavegabilidade nos ensaios de
das operações. Estabelecido tipo de certificação, o projeto recebe da FAA um
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IBR 2020
• Ensaios estruturais (resistência que a aeronave receba a certificação
da asa, resistência do berço do de tipo. Segundo Superintendência
motor, cargas das superfícies de de Aeronavegabilidade da Anac,
controle, entre outros itens); a proposta do programa é que o
• Ensaios em voo (funcionamento fabricante passe por duas fases: “Na
correto do sistema de combustível, primeira, um período inicial, trabalhe
instalação do motor, características no desenvolvimento e amadurecimento
básicas de decolagem e pouso, do projeto da aeronave, realize alguns
velocidade de estol, qualidade ensaios, qualifique sua linha de
de voo, estabilidade estática e produção, estabeleça um pensamento
dinâmica e assim por diante); crítico voltado à certificação de
• Plano de certificação do projeto aeronaves, conheça as normas e os
frente ao RBAC 23 vigente. meios de cumprimento. Na segunda
As tarefas de homologação deverão fase é que a empresa inicia o processo
ter seu cumprimento comprovado de certificação. Todas as aeronaves
em prazos que vão de junho de 2015 produzidas pela empresa durante o
Em dezembro de 2013, as empresas portfólios desde que adotem o a dezembro de 2020, prazo final para programa serão experimentais”.
solicitaram à Anac uma solução programa proposto pela Anac e
definitiva para evitar o desmanche de cumpram as metas estabelecidas,
parte da indústria aeronáutica leve dentro dos prazos estipulados.
brasileira. A solução veio na forma As empresas que aderirem ao
do projeto IBR 2020, uma proposta programa deverão cumprir as etapas
elaborada pelo setor técnico da de implantação do sistema de
Anac com colaboração das empresas qualidade em um intervalo de tempo
beneficiadas pela isenção, que de dois anos a partir de dezembro
consiste, basicamente, em organizar de 2014. Os fabricantes terão de
NOTíCIAS
as atividades dos fabricantes na demonstrar à Anac proficiência
certificação de uma aeronave de em processos como controle de
projeto próprio, concomitante à materiais, gestão organizacional e
implantação de um “sistema de gestão da produção. A perspectiva
qualidade” nos moldes da ISO 9001. é que recebam a certificação ISO
Pelo projeto, as empresas podem 9001 até dezembro de 2016. Para
continuar produzindo as aeronaves a certificação da aeronave, foram
que já integram seus respectivos estabelecidas várias tarefas relativas a:
Fabricantes brasileiros
esperamos é apresentar uma aeronave que ainda mais para atender a esse novo
possa competir de igual para igual com desafio. Um sistema ISO 9001 ampliará
modelos como o Cirrus e o TTx. Esse é o a qualidade industrial do segmento em
nosso foco. Sabemos dessa possibilidade e, geral, pois trabalha com a excelência em
Para a indústria brasileira, essa nova fase mercado, começaram a planejar esse sendo um produto brasileiro, sairemos na todos os processos”, sustenta Jordão.
representa uma grande oportunidade programa, que tem como objetivo principal frente ao se considerar incentivos fiscais e Durante a certificação, os custos
de crescimento e desenvolvimento. Luis direcionar as empresas para certificar suas financeiros para aquisição”, explica Rangel. dos processos, segundo as empresas
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Claudio Gonçalves, diretor da Flyer Indústria aeronaves”, diz Luis Claudio. Para ele, mais A Inpaer, de São João da Boa Vista, no consultadas, serão absorvidos como
Aeronáutica, que pretende desenvolver do que um programa para certificação, interior de São Paulo, também desenvolve um investimento de longo prazo. Após
um novo avião dentro do programa, está o IBR 2020 é um programa para que as projetos próprios, como é o caso do Excel, a certificação, tais valores deverão ser
otimista com o projeto: “O IBR 2020 foi empresas brasileiras interessadas em de três lugares, construído em materiais repassados ao preço final da aeronave, mas
uma iniciativa do pessoal da experimental aprender o processo de certificação de compostos, e do Explorer, de quatro lugares, de maneira a manter a competitividade com
e de certificação da Anac. Eles perceberam uma aeronave tenham tempo e condições em alumínio. Ambas as aeronaves contam as aeronaves importadas. Na avaliação deles,
que as empresas que hoje produzem os de fazê-lo. “Acreditamos que o mercado com um bom número de exemplares com o enquadramento legal para produção
experimentais sob a isenção de regra continuará da mesma maneira que está já em operação, com possibilidade de desse tipo de aeronave, várias instituições,
teriam grande dificuldade em migrar para hoje, procurando aeronaves com boa relação financiamento pelo BNDES. Tiago Jordão, públicas ou privadas, poderão financiar
a produção de aeronaves certificadas custo-benefício, mas com a certificação superintendente de engenharia da Inpaer, as empresas participantes do programa.
pelo RBAC 23. Para não perder todo esse proposta pelo programa. As empresas que defende a iniciativa da Anac: “A certificação Além disso, a partir da implantação do
conhecimento e o investimento feito conseguirem certificar suas aeronaves de tipo, dentro ou fora do Brasil, é composta IBR 2020, qualquer empresa brasileira que
ao longo de muitos anos de trabalho, e poderão atingir o mercado internacional, o por um longo e oneroso processo que pretenda produzir uma aeronave diferente
acreditando nas empresas que estão nesse que aumenta a possibilidade de vendas”. segue uma legislação antiga e de difícil das LSA/ALE poderá aderir ao programa.
Os polêmicos Slots
praticamente enxotados dos grandes
centros aeroportuários. Existe
possibilidade de briga na Justiça,
mas até a questão sair da primeira
instância a Copa já teria acabado.
O período de 15 minutos para ocupar
o slot é considerado insuficiente e
arriscado. Uma das justificativa mais
simples para a impossibilidade de
cumprimento do prazo está na falta
de vans para levar passageiros pelo
pátio em aeroportos maiores, como o
Santos Dumont. A Appa levou a questão
até o Conselho Internacional das
Associações de Pilotos e Proprietários
de Aeronaves (Iaopa), órgão que
participa do conselho da Organização
Internacional de Aviação Civil (Icao).
O SNA fez o mesmo via Federação
Internacional das Associações de
Pilotos de Linhas Aéreas (Ifalpa).
Restrições e ameaça de multas estabelecidas havia defendido a medida pelo temor “Vamos nos ater às questões de
pela Anac para desafogar o tráfego aéreo de congestionamento nos pátios, segurança”, diz Marcelo Ceriotti,
subutilização de slots e atrasos no presidente do SNA, que também vê
durante a Copa do Mundo prejudicam as desembarque de passageiros. Foi risco na manutenção de empregos. “A
operações de aeronaves leves decidido que a aviação geral só segurança é o mais importante, mas
NOTíCIAS
Sindicato Nacional dos Aeronautas suspensões de licenças não ficaram no papel de vilões, sendo observa Georges Ferreira.
(SNA) se reuniram para tentar reverter serão automáticas
o que chamaram de “pacote de Uma primeira reunião com
maldades”, já que pilotos privados e representantes da Anac, em Brasília
pequenas empresas não teriam como (DF), não convenceu o governo nem
suportar as penalizações. Na avaliação um pouco sobre as alegações dos
dos operadores, de tão draconianas, queixosos. Participantes reclamaram
as medidas podem inviabilizar a da postura inflexível da agência.
permanência no ar de quase todas Empresas, sindicatos e proprietários
as companhias de táxi-aéreo e as emitiram uma declaração conjunta
atividades de pilotos e proprietários taxando o pacote de “desproporcional”,
de aeronaves durante o torneio da “sem embasamento técnico” e
FIFA. A principal crítica está na pressão “condenável”. À Folha de S.Paulo, o
exercida sobre os pilotos, que, para não presidente da Anac, Marcelo Guaranys,
CEA-311
estreia com novo recorde
Desenvolvido dentro da UFMG pelo engenheiro e
professor Paulo Iscold, aeronave atinge 210 nós
em seu primeiro voo no Brasil
Movido por um motor Lycoming, de
quatro cilindros, modificado pela Sky
Dynamics, o grande debut durou cerca
de 20 minutos, alcançando a velocidade cronometrado em uma velocidade • Velocidade em curso de
máxima de 210 nós. Segundo Iscold, média de 194 nós, num curso de 3 km. 3 km: 360,13 km/h
o próximo passo de sua equipe será Os registros foram recentemente Tudo começou quando Iscold lançou a
conquistar, definitivamente, o status de ratificados pela FAI (Federação ideia de construir uma aeronave para
avião de quatro cilindros mais rápido do Internacional de Aerodesporto), melhorar o processo de aprendizagem
Enfim ele decolou! Com nome mundo. Para tal feito, porém, a aeronave na categoria de aeronaves com de seus alunos, como parte de um
inspirado no grande tubarão branco, terá que cruzar o céu a 260 nós. motor a pistão, hélice e peso de trabalho acadêmico do curso de
o elegante CEA-311 Anequim levantou As características do CEA-311 são decolagem total de até 300 kg engenharia aeronáutica. Após muitos
voo no aeroporto de Divinópolis (MG). semelhantes ao CAE-308, também para as seguintes conquistas: anos de preparação e testes, a
Projetado especificamente para quebrar desenvolvido por Iscold e seus alunos • Tempo para subir até 3.000 metros: aeronave, com o capitão Gunar Armin
NOTÍCIAS
recordes de velocidade, a aeronave foi – notório por quebrar nada menos que 8 minutos e 15 segundos Halboth no leme, decolou do Aeroporto
desenhada e construída pelo engenheiro quatro recordes mundiais em dezembro • Velocidade em curso de 15 de Juiz de Fora (MG) – local escolhido
e professor Paulo Iscold e uma equipe de 2010, incluindo a velocidade mais quilômetros: 329,1 km/h por seu simbolismo, já que o pioneiro da
de estudantes da Universidade Federal rápida para um avião com peso inferior • Velocidade em 100 quilômetros aviação, Santos Dumont, teria nascido
de Minas Gerais, em Belo Horizonte. a £ 660. Na ocasião, o CEA-308 foi de curso fechado: 326,8 km/h em uma fazenda nos arredores.
menos de oito metros (7,86 m) e peso de 110 litros em cada asa, garante até
Produzido pela Wega Aircraft, em impulsionado por motor aeronáutico. máximo de 910 kg (550 kg vazio), a VNE 6h28 de voo sem reservas e um alcance
Palhoça, Santa Catarina, o modelo O Wega 180 é um monoplano de asa (Velocidade Nunca Exceder) é de 250 KIAS. de 1.915 km (1.033 milhas náuticas).
foi projetado para viagens longas, baixa, de dois lugares, com trem de
lazer, com capacidade acrobática pouso triciclo retrátil, construído em
e excelente custo-benefício. composite, e capacidade acrobática
É o que garante seu criador, Jocelito (+6/-3). O modelo chama a atenção pela
Carlos Wildner, formado em Robótica e aerodinâmica esguia, design arrojado,
com diploma na Escola de Manutenção cabine ampla, com boa ergonomia
da Varig. “Trata-se de uma aeronave e uma visibilidade excelente.
com média de 12 km por litro”, alegou Equipado com motor Superior IO 360 e
o engenheiro, que ocupa as instalações hélice MT tripá, alemã, o ajuste do pedal
da desde sua fundação, em 2006 – onde é feito por uma “roldana” no assoalho
também produz um modelo de aerobarco e pode ser acionado manualmente
Reconhecida pelo pioneirismo e pela vasta carteira de produtos, de jatos passageiros e dois tripulantes, de
leves a aviões de ultra longo alcance, fabricante canadense apresenta quatro São Paulo a Santiago, sem escalas.
“A cada ano, há um tremendo
de suas aeronaves em São Paulo, sacudindo o mercado no maior encontro de crescimento na América Latina e a
aviação executiva da América Latina Labace é um espaço excelente para a
Bombardier demonstrar sua força”, disse
Quem ocupou os corredores da Labace serviço em junho deste ano, preparando que aproveitam ao máximo a luz natural, Stéphane Leroy, Vice Presidente Regional
2014, no aeroporto de Congonhas, pôde terreno para turnê regional de estreia, unindo eficiência e sustentabilidade, de Vendas para a América Latina. Leroy
NOTíCIAS
acompanhar o debut das mais modernas com paradas previstas por todo o Brasil. atributos que se tornaram símbolo da ainda ressalta que, para os próximos
aeronaves da Bombardier, jatos como o Aeronave de altíssimo desempenho, família Challenger. Outro destaque, o 20 anos, a Bombardier prevê a entrega
Learjet 75, o Global 6000 e o protagonista a Challenger 350 traz alcance real de Learjet 75, de conforto e estilo únicos, de mais de 2130 jatos executivos para a
Challenger 350, modelo que entrou em 3200 milhas náuticas (5926 km), cabines traz capacidade de transportar quatro indústria de aviação executiva na região.
agosto um modelo de negócio no qual corresponde a cerca de 15% do preço de Aviação, estarão inaugurando, para ampliar sua linha de produção.
a compra de um monomotor turboélice final, já no momento da compra. O dentro de 40 dias, sua nova sede em “Agora teremos uma pista com
restante do valor é financiado por Apucarana, no Paraná, ocupando os 1500m X 30m e estamos montando
um período de até três anos. Neste hangares do Aeroporto João Busse. uma estrutura com oficinas,
período, a Algar Agro – braço do Natural do Rio de Janeiro e atuando escola e fábrica”, afirmou Durval
grupo do qual faz parte a Aviation – se há mais de 15 anos no mercado, a Farias, proprietário da ABS, em
compromete a comprar do agricultor sociedade ABS-AB chegou a avaliar entrevista ao Portal do Aviador. O
a quantidade correspondente em outras várias cidades paranaenses, prefeito de Apucarana, Beto Preto,
soja, independentemente da variação mas acabou elegendo Apucarana ainda estima que a empreitada
do preço do produto. A transação por fazer divisa com os estados que deva gerar, inicialmente, 60
também envolve juros, que são mais compram aeronaves leves no empregos diretos – cifra que
negociados caso a caso. Aviões usados Brasil – São Paulo e Mato Grosso do poderá crescer expressivamente
dos agricultores também podem Sul. O diretor de comercialização da junto ao desenvolvimento do
entrar como parte do pagamento. empresa, Milton Hossaka, justificou mercado sul-americano.
sR22
Cirrus
Grand G5
Voamos o SR22 Texto: Decio Corrêa A Cirrus atingiu a incrível marca
de quase 6.000 aeronaves voando
Fotos: Rodrigo Cozzato
Grand Geração 5, em todo o mundo (quase 400
no Brasil) em apenas 14 anos de
concebido para ser
N
o folder de apresentação é vida, números impressionantes na
impossível não notar o destaque indústria se comparados aos das
a mais avançada “Geração 5: o melhor Cirrus de concorrentes. Creditar essa liderança
todos os tempos”. Primeiramente, tento apenas a um projeto absolutamente
aeronave construída entender quais são os diferenciais revolucionário e inovador é
tão significativos que implicam na simplificar demais a explicação
pela Cirrus. Por fora, mudança de uma geração. A segunda desse fenômeno na indústria.
indagação é o porquê da afirmação “o Sem dúvida alguma, a inovação
parece o mesmo melhor Cirrus de todos os tempos”. tecnológica tem sido uma das
O melhor
investimentos em inovação, além
de servirem como um incentivo a
seus clientes fazerem um upgrade e
trocar suas aeronaves, fato comum
na indústria automobilística. Com o
marketing que revolucionou a indústria
de monomotores, a Cirrus busca
em estrutura, asas, fuselagem e Diferentemente da concorrência, sempre oferecer benefícios reais aos
interior. Em resumo: ela não se a Cirrus nunca deixou de inovar seus clientes. A empresa segue uma
acomoda com o sucesso e está anualmente. As dezenas de estratégia, que busca não introduzir
sempre em busca de se antecipar inovações provocaram mudanças mudanças severas de design e que
aos desejos de seus clientes. tão significativas que acabaram por envelheçam rapidamente seus
Amplas portas de
acesso à cabine.
Esquerda e inferior
esquerdo
Elegante e prático
side-stick e o
completo painel
Garmin IFR com
as telas PFD/MFD
de 12 polegadas.
switch ou alavanca de comando esquerda e tomamos a proa de Itatiba, imaginar que o comandante
foram rigorosamente analisadas iniciando a “caça ao Maule”, que Coppini está interferindo e
para compor o painel e consoles do avistamos circulando sobre a cidade. travando o manche, como aquele
cockpit. O ambiente da cabine de Estabeleço uma proa de interceptação instrutor que está sempre corrigindo Acima
comando é limpo e sofisticado. Todos e logo escalono em sua lateral direita. o aluno num comando mais brusco O esmero nos
os detalhes foram estudados para Enquanto Cozzato aguarda um fundo ou agressivo. Olho de “rabo de olho” detalhes de
elegância no design,
simplificar,e tornar mais seguro e melhor para as fotos, tomamos a proa para as mãos de Coppini, que estão
aerodinâmica,
confortável o work-load de cabine; das montanhas de Serra Negra, cenário calmamente apoiadas sobre as pernas. o conforto e a
porém, operar todos esses recursos ideal para as nossas fotos. Em virtude A minha falta de conhecimento, de segurança fazem
requer estudo e treinamento. Como da grande experiência do comandante treinamento anterior e a inexperiência do Cirrus o
em qualquer mudança de equipamento Sergio, o trabalho é seguro e agradável. neste modelo fizeram com que eu monomotor mais
ou sistemas, todo piloto, por mais ignorasse o fato de ele estar equipado vendido no mundo.
experiente que seja, deve passar por “Puxão de orelha” com o ESP, sistema de proteção de
uma adaptação no novo equipamento. Sempre que executo uma manobra estabilidade. Sempre que o piloto
Enquanto Coppini vai me passando mais brusca, noto uma reação no executa uma inclinação maior que
um criterioso briefing de sistemas, a sidestick, como se fosse uma trava 45º graus, o sistema avisa ao piloto
tela de checklist vai nos orientando ou um calo no comando. Chego a com um input no sidestick e inicia
na sequência correta de partida.
Solicitamos à Torre Jundiaí autorização
de acionamento e prosseguimos
na sequência de partida. Motores
acionados, somos autorizados a
iniciar a rolagem para a cabeceira
18. O Maule decola à nossa frente e,
graciosamente, curva à esquerda.
Somos autorizados a ingressar e
decolar. Vou levando o manete de
potência até o batente e a eficiência
do IO-550 e da Scimitar Hartzell tripá
pedem que você calce o pedal direito.
Com 60 nós, alivio a bequilha com uma
pequena pressão no manche e rodo
com 80 nós. Deixo embalar para 90
nós e iniciamos uma subida acentuada.
Não existe manete de passo de hélice;
isso é feito automaticamente pelo
sistema. Flaps recolhidos, curvamos à
Verão
a estação dos CBs
Calor e umidade Texto: Rubens J. Villela Fotos: Arquivo
a
desta época do s nuvens existentes na significam turbulência, para a
atmosfera terrestre podem aviação). Por sua vez, os cúmulo-
ano favorecem as ser classificadas em dois nimbos (CB) representam o estágio
tipos básicos: as estratiformes, de maior crescimento das nuvens
formações convectivas, que crescem mais na horizontal convectivas. Em geral, a circulação
e prevalecem no inverno, e as é iniciada pela subida de um bolsão
que criam problemas cumuliformes, que crescem mais na de ar aquecido sobre o solo.
Modelo simplificado mostrando movimentos de ar dentro de trovoada severa que tem corrente
ascendente inclinada. Tropopause = tropopausa, Overshooting top = topo proeminente Acima enregelamento dos tubos pitot,
[sobressaindo]; Anvil = bigorna; Mammatus = formação mammatus [sinal de turbulência]; Wind = Escondidos nas uma das causas do acidente?
vento; Rain = chuva; Hail = granizo. Fonte: Meteorology Today/C.D. Ahrens/West Publishing Co. camadas de Em relação a outros eventos
nuvens de frente
recentes de verão, temos: em 12
quente (da série
educativa da U.S. de novembro de 2013, o Boeing
Navy, Aerology 747 que fazia o voo AF443, após
Series no. 5, da decolagem do Galeão e em meio a
época da II Guerra trovoadas, sofre danos e retorna;
Mundial, 1939-45). em 15 de novembro do mesmo ano,
o Embraer E190 LV-CKZ, da Austral,
procedente do Rio de Janeiro, faz
pouso acidentado com saída de
pista em Ezeiza, com ventos fortes
e variáveis, chuva intensa, mas sem
CB (as trovoadas haviam cessado
horas antes); e em 18 de março
deste ano, o Baron BE58 PR-LMN,
em voo Itaituba-Jacareacanga, entra
Esquerda
em zona de trovoadas a 29 km do
Espetacular
cumulonimbus destino, tem seus motores apagados,
com a bigorna cai e desaparece por muitos dias.
característica
em seu topo. Tipos de trovoada
Apesar dos CBs e trovoadas
voo é fundamental na formação de 2009. O comportamento dos ocorrerem em diferentes
básica do piloto. Apesar do aglomerados de CB da ZCIT (Zona intensidades, devem sempre ser
grande avanço nas técnicas de de Convergência Intertropical) não evitados, pois o perigo de turbulência
detecção e previsão, os acidentes é bem conhecido pela meteorologia, e de windshear existe mesmo para
e incidentes ainda são comuns. ainda menos nessa fase de sensíveis nuvens cuja precipitação é pouca.
Podemos lembrar aqui da queda mudanças climáticas, em que Nos Estados Unidos, denomina-
do Airbus A330 da Air France que surgem indícios observados do se “trovoada severa” aquela que
cumpria o voo AF447 Rio-Paris, aumento da formação de cristais produz granizo de três quartos de
que se acidentou ao atravessar as de gelo a grande altitude nas zonas polegada (2 centímetros) ou mais, e
grandes formações equatoriais sobre tropicais. O radar não vê essas rajadas de 50 nós. Uma classificação
o Atlântico na noite de 1º de junho formações. Que papel teriam no moderna reconhece três tipos de
trovoada: unicélula, multicélula e
supercélula. Lá, as supercélulas estão
associadas à ocorrência de tornados,
podem alcançar 100 km ou mais
de diâmetro e durar várias horas.
A supercélula cresce e se
mantém, em grande parte, devido
à sua estrutura interna – na
qual as correntes ascendentes e
descendentes são distribuídas de
tal maneira que a chuva que cai não
interfere na corrente ascendente
que alimenta nuvem. Do contrário,
a chuva “apagaria” a ascendente.
Esquerda Isso só é possível quando o vento na
CBs e trovoadas camada aumenta com a altitude. Ao
podem estar mesmo tempo, o ar seco aspirado
de tocaia nas
frentes (idem,
pela nuvem na sua retaguarda reforça
série educative a corrente descendente associada à
U.S. Navy). chuva, criando risco de microburst
Esquerda
Planador no pouso
em Jundiaí com CB
ao fundo - situação
perigosa, sujeita a
rajadas de vento e
turbulência! Foto:
Rubens J. Villela
Deireita
Desenho
comparando
células convectivas
numa chaleira
e na atmosfera,
mostrando efeito
sobre o voo
(Boletim Técnico
No. 9, DAC (Min.
Aeronáutica),
1949 - tradução de
Aerology Series
no. 4 da U.S. Navy
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Ultraleves
certificados
Acima
Os modelos
Até 2020, fabricantes
vendidos em kit,
como o Kitfox, não terão que aderir ao
serão afetados
pela mudança. programa iBR2020
para continuar
produzindo aviões
com peso máximo
Esquerda de decolagem
A Aeroálcool
continuará acima de 600 kg.
fabricando o
Quasar como LSA
e não vai aderir
Texto: Valdemar Jr.
ao iBR2020. Fotos: Rodrigo Zanette
O
grande aumento nas vendas
de ultraleves com mais de
600 kg de peso máximo de
decolagem nos últimos 20 anos
chamou a atenção da Anac (Agência
Nacional de Aviação Civil), que
resolveu proibir a montagem desse
tipo de aeronave sem homologação.
Já modelos com menos de 600
kg de peso máximo de decolagem
integrarão a categoria ALE
(Aeronaves Leves Experimentais),
conhecida internacionalmente
como LSA (Light Sport Aircraft).
Para continuar montando
“ultraleves pesados”, com capacidade
para mais de dois ocupantes,
fabricantes brasileiros têm até
dezembro de 2016 (dois anos)
para aderir ao programa iBR2020,
criado pela Anac em parceria com
empresas nacionais e lançado
oficialmente em julho de 2014.
De acordo com a agência, empresas
que aderirem ao programa terão
permissão para fabricar aeronaves
a partir de kits não certificados,
mas deverão atender a um
Dereita
A Inpaer continuará
fabricando o Conquest
180 como LSA.
N
ão há como discordar que a se pode chegar com um design Em resumo: um típico treinador
aviação experimental alterou moderno, aerodinâmica limpa, para pilotos não muito experientes,
todos os conceitos básicos de materiais compostos mais leves que irá perdoar várias atitudes que
design, materiais e desempenho de e simples de serem trabalhados configurem falta de conhecimento.
aeronaves, mantidos por mais de 80 e combinados com materiais de Independente do nível de habilidade
anos. falo em oito décadas porque ligas convencionais. a fuselagem de quem está no comando, é uma
esses conceitos permaneceram em formato girino, asas de alto aeronave extremamente dócil,
imutáveis a partir da década de 1930, rendimento e um cone de cauda altamente estável, honesta e capaz
especialmente com o crescimento muito equilibrado e agressivo, de vencer distâncias necessárias para
e domínio da indústria norte- sugerem uma aeronave rápida pousos e decolagens inacreditáveis,
americana, que globalizou os seus e de alto desempenho. Em que surpreendem até mesmo
padrões após a 2ª Guerra Mundial. contrapartida, com essa imagem, um aviador calejado como eu.
O Tecnam P-96 Golf 100 é um a sensação ao avaliarmos mais Quando voei o P-96 pela primeira
dos exemplos mais recentes atentamente o Golf é de que vez num cenário cinematográfico
dessa assertiva. Em voo, suas estamos diante de uma aeronave sobre a Restinga da Marambaia,
linhas elegantes mostram onde honesta, simples e dócil no manejo. com os modelos ainda montados
P-96Golf100
cheio de qualidades
Texto: Decio Corrêa
Fotos: Rodrigo Cozzato
DIMENSÕES
largura da cabine 1,10 m.
comprimento 21 pés
altura 7,6 pés
Envergadura 27,7 pés
Área alar 121,3 m2
Número de assentos 2
DESEMPENHO
Velocidade de cruzeiro 200 km/h
de velocidades e desempenho. foi do P-96 é em quilômetros por hora. esquerda me trazem recordações
necessário voar o tempo inteiro anoto 40 km/h sem flaps. comando que imaginava perdidas no tempo.
no limite do estol ou “esgoelando” flap 1 e o estol acontece com 35 lembro-me da primeira vez
o motor. Nesse caso temos uma km/h. com full flaps ele continua que pousei no antigo campo na
situação altamente confortável. O voando com 30 km/h e afundando cidade e conheci o velho Bazaia. a
paquera nas mãos experientes do 500 pés/min. Em tese, dá quase imagem dele, sempre “bonachona”,
comandante Bazaia e a habilidade para se fazer um pouso vertical. Em comprimem meu o peito. Estava
do nosso fotógrafo tornam o velocidade de cruzeiro, atingimos num voo solo e me perdi entre
nosso voo simples e prazeroso. 190 km/h e uma VNE de 240 km/h. Jundiaí e Itu. ao longo dos anos,
Seu teto de serviço é de 13.000 pés, pousei naquela pista mais de uma
Doces recordações e a distância de decolagem é de 100 centena de vezes. ali realizamos
O P-96 matrícula PU-JYc evolui entre metros, e a de pouso, 130 metros. o 1º campeonato Paulista de
o través das cidades de Porto feliz Seguimos para um sequência acrobacia aérea e saíamos para
e Tietê, tendo Sorocaba na linha semiacrobática com manobras os nossos shows aéreos pelo
do horizonte. finalizada a sessão como wing-over, returnemant, oito- interior e retornávamos felizes pela
de fotos, despedimo-nos de nossa preguiçosos, chandeles e parafusos. missão cumprida. Voávamos pela
aeronave paquera e ganhamos altura apesar de sua capacidade acrobática, gasolina e pelo prazer de voar.
para a sequência de estóis. Reduzo evito manobras mais avançadas ali foram e continuam sendo
todo o motor, mantenho o nariz alto e em razão de não estar em nosso travadas grandes batalhas contra
Abaixo
O P-56 se vamos aguardando a velocidade cair. programa de voo. Retornamos para aqueles que querem fechar o
destaca pela sua apenas como referência e apesar de Itu e vamos nos aproximando da aeroclube e a velha escola de aviação
manobrabilidade um pouco estranho, o velocímetro pista. a vista da cidade à nossa apenas devido ao valor das terras.
Infelizmente essa é uma cena que
sempre se repete no Brasil por
causa de um bando interessado
em se apossar de um aeroporto ou
uma pista de pouso para lucrar com
empreendimentos imobiliários.
Mantenho 70 km/h na reta final,
60 km/h na final curta e cruzo a
cabeceira com 50 km/h. ainda assim,
ele insiste em continuar voando e fico
muito longe dos 110 m. Para quem
não voava um P-56 há tanto tempo,
até que não foi tão mal. Rolo para
o pátio do hangar do aeroclube e
não posso deixar de relembrar que,
em meu primeiro voo nesse avião,
eu e Yuri albrecht, filho do major
albrecht, então piloto da Microleve,
fizemos uma sequência acrobática
completa. Vale ressaltar que, na
Itália, existe uma esquadrilha de show
aéreo composta por esse tipo de
aeronave. como não estava no escopo
dessa missão, deixei as acrobacias
para o nosso próximo voo. ■
INSTRUMENTOS DIGITAIS
Computador
de dados do ar
Desde que começamos esta série sobre aviônica digital
mencionamos de passagem em várias matérias o
computador de dados do ar ao tratar sobre alguns dos
elementos que compõem os modernos glass cockpits. Agora
nos deteremos nesse elemento fundamental para conhecer
suas características e modo de funcionamento.
Texto: Raúl José Martín Palma
U
m computador de dados do Cada vez com mais frequência, os Dereita Módulo
ar (air data computer, ADC) é, diferentes sistemas de aviônica como ADAHRS integrado
basicamente, um computador os pilotos automáticos e inclusive a o sensor de
projetado especificamente para su os mais avançados e complexos temperatura
exterior. Crédito:
utilização em aeronaves. O ADC sistemas de controle de voo (flight Dynon Avionics
recebe e processa a pressão do management system, FMS), assim
tubo pitot, a pressão estática e a como os sistemas de pressurização dos
temperatura exterior para calcular grandes aviões comerciais, utilizam
com grande precisão e apresentar a informação proporcionada por
ao piloto informações sobre a ADC para as operações rotineiras.
altitude, a velocidade indicada Por outro lado, na maioria dos Acima esquerda Sistema de referência de
(IAS) e a velocidade verdadeira sistemas mais modernos que O ADC integrado atitude e rumo, AHRS
neste display
(TAS), além da temperatura do ar. encontramos na aviação geral, o primário de
Só como lembrete, destacaremos que a
O ADC envia essa informação em computador de dados do ar e o voo mostra em função de um AHRS é o mesmo que o
formato digital para sua potencial sistema de referência de atitude e todo momento dos sistemas giroscópicos tradicionais,
utilização por uma variedade de rumo (attitude heading reference a velocidade ou seja, são utilizados para determinar
sistemas de aviônica, incluindo os system, AHRS) estão integrados aerodinâmica quando se voa nivelado e onde está
verdadeira.
modernos sistemas eletrônicos dentro dos mesmos displays o norte. Ou, em outras palavras, um
Crédito: Aspen
de instrumentos de voo. Os eletrônicos. Dessa maneira se Avionics, Inc AHRS se encarrega de determinar
computadores de dados do ar atuais reduz o número de componentes, simultaneamente tanto a atitude como
são pequenas unidades compostas o peso total, e se proporciona uma o rumo magnético do avião. Da mesma
pelos correspondentes dispositivos simplificação na instalação que forma que os displays dos aviões fizeram
eletrônicos de estado sólido. resulta em uma redução de custos. uma transição para novas tecnologias de
apresentação de informação, os sensores
que alimentam os modernos sistemas
também passaram por mudanças
significativas. Também, os instrumentos
tradicionais de voo giroscópicos
vão sendo progressivamente
substituídos por sistemas AHRS,
melhorando a confiabilidade e
reduzindo ao mesmo tempo o custo
e a manutenção dos sistemas.
Computador de
Esquerda A
dados do ar, ADC
informação Os computadores de dados do ar vêm
proporcionada sendo utilizados já faz alguns anos,
pelo computador mas nos últimos tempos estão se
de dados do ar tornando mais importantes devido ao
é utilizada por grande desenvolvimento e utilização
diversos sistemas
de aviônica. cada vez mais ampla dos sistemas de
Crédito: Avidyne aviônica digital. De fato, os ADC têm
Corporation sido elementos imprescindíveis para
1/2 PUBLI
1/2 PUBLI
Esquadrilha
da Fumaça
60 Anos representando o Brasil
I
nstituído oficialmente em 1952, o Empresa Brasileira de Aeronáutica • Comprovar a qualidade dos produtos
Esquadrão de Demonstração Aérea (Embraer) e realiza, em média, 100 da indústria aeronáutica brasileira;
da Força Aérea Brasileira (FAB), demonstrações ao ano. Em cada uma • Contribuir para uma maior integração entre
mais conhecida como Esquadrilha delas, o público pode acompanhar a FAB e as demais Forças Singulares;
da Fumaça, é responsável pela uma série de 55 acrobacias de alta • Estimular o entrosamento entre os
divulgação da FAB em território performance que incluem o voo segmentos civil e militar ligados
à atividade aeronáutica;
nacional e internacional, e tem de dorso, especialidade da equipe.
• Representar a FAB no exterior como
como missão contribuir para a Em 2006, a Fumaça alcançou o instrumento diplomático;
difusão da sua imagem junto aos recorde voando com 12 aeronaves
• Difundir a Política de Comunicação Social
públicos interno e externo. em formação de voo de dorso.
1955-1961 Além disso, pretende exercer Apelidados pelos aviadores de
do COMAER (Comando da Aeronáutica);
O primeiro emblema
• Participar do processo de integração
toda a sua potencialidade como Anjos da Guarda, a Esquadrilha nacional, marcando a presença da FAB
já ostentava o nome
pelo qual o Esquadrão órgão de comunicação social, com conta com uma equipe de graduados nos eventos realizados em todo o País.
é conhecido até hoje. o intuito de ampliar a notoriedade especialistas, responsáveis
Nele, figuram quatro da Força Aérea Brasileira no pela manutenção dos Tucanos. Fumaça representa a oportunidade
T-6 em formação
diamante sobrepondo cenário nacional e internacional. Esses profissionais garantem para milhares de pessoas travarem
o gládio alado, símbolo Composta por 13 pilotos altamente a segurança, a eficiência e a contato, de maneira emocionante e
do Comando da treinados e capacitados, a Esquadrilha disponibilidade das aeronaves. inesquecível, com a FAB, passando a
Aeronáutica, com o
rastro da fumaça que da Fumaça opera com a aeronave T-27 Com mais de 3.500 demonstrações respeitá-la e admirá-la pela capacidade
caracterizou o Esquadrão Tucano, projetada e fabricada pela realizadas no Brasil e no exterior, a dos profissionais que a representam.
Esquerda
Em 2012, a Os North American
Esquadrilha da AT-6 Texan voaram
Fumaça se apresentou na Esquadrilha
nos Estados Unidos da Fumaça entre
e no Canadá. Aqui 1952 e 1963, e de
a Esquadrilha voa 1972 a 1976.
em formatura sobre
o rio Hudson, em
Nova York. A foto
foi tirada da rampa
traseira do Hércules
da FAB que serve
de apoio à equipe.
Em 8 de dezembro de 1983,
foram adquiridos os EMB-312
Tucano da Embraer, aeronave
utilizada até os dias de hoje.
Com o tempo, as aeronaves e as
acrobacias mudaram. Embora com
uma estrutura bastante diferenciada
do início, a essência da Esquadrilha
mantém preservado o espírito de
arrojo e determinação do grupo,
procurando resguardar, hoje, os
princípios que lhe deram sustentação
ao longo da sua existência.
Diante do reconhecimento nacional
e internacional, concretizou-se como
instrumento de Relações Públicas da
FAB, atingindo um lugar de destaque
nos principais meios de comunicação
dos países por onde passa.
O Esquadrão de Demonstração
Aérea da Força Aérea Brasileira
recebeu, em março de 1999, o
certificado do Guinness Publishing
1982-Atual
Escudo circular com orla em vermelho, símbolo da Na parte superior do escudo, figuram quatro
de Londres, editora responsável energia criadora, ousadia, firmeza e segurança. Na aeronaves que se abrem em leque.
pelo registro de todos os recordes parte superior da orla está a sigla FAB ladeada por À direita, aparece a parte anterior de uma águia em voo.
mundiais no Guinness Book of duas estrelas de cinco pontas. Na parte inferior da Símbolo imperial por excelência, traduz a coragem, o
orla figura o nome pelo qual o Esquadrão é conhecido domínio e o arrojo dos pilotos de demonstração aérea.
Records, o livro dos recordes. desde os primórdios – Esquadrilha da Fumaça. À esquerda, figura um raio em vermelho,
O feito realizado pela Esquadrilha O escudo tem o fundo em azul cerúleo partido representando velocidade, força e intrepidez.
da Fumaça que mereceu tal distinção por uma faixa central. Esta faixa é partida em Na parte inferior, visualizamos um campo com
três, representando os rastros de fumaça das nuvens, símbolo da graça divina, em que evoluem,
foi: em 23 de outubro de 1996, 10 aeronaves em movimento ascensional. de forma hábil e espetacular, as nuvens.
aeronaves T-27 Tucano, que equipam
o Esquadrão de Demonstração
Aérea da Força Aérea Brasileira, Embraer EMB-312 T-27 Tucano
voaram em formação, todas de dorso,
durante 30 segundos, percorrendo O EMB-312 T-27 Tucano foi desenvolvido para substituir os Tucano e também pela Aol de Kadar, no Egito. Também
jatos Cessna T-37, e o seu protótipo voou pela primeira exportado para outros países, o Tucano faz parte das forças
uma distância de 3.000 m. vez em 16 de agosto de 1980. Em setembro de 1983, as Aéreas da Argentina (30), Colômbia (14), Egito (54), França
A Esquadrilha já quebrou o primeiras unidades foram entregues à Força Aérea – (50), Honduras (12), Irã (25), Iraque (80), Paraguai (6), Peru
seu próprio recorde por duas com a designação T-27 para treinamento e AT-27 para (30) e Venezuela (31). Período de utilização: de 1983 até 2013.
vezes. Em 18 de maio de 2002, configuração armada –, totalizando 133 aeronaves.
no cinqüentenário de nascimento, Sua principal base de operações no Brasil se localiza
Ficha técnica
voou com onze aeronaves. Em 29 em Pirassununga, onde os cadetes do 4o ano Fabricante: Embraer, Brasil
de outubro de 2006, mais uma praticam manobras avançadas nessas aeronaves. Emprego: Treinamento
vez superou sua própria marca, O T-27 Tucano inovou o mercado ao introduzir, entre Características: Monoplano, asa baixa,
outras novidades, assentos ejetáveis Martin Baker BR8LC monomotor turboélice, biposto em tandem
ao voar com 12 aeronaves em
em seu conjunto. Sua cabine é similar à de um caça e Motor: Turboélice Pratt & Whitney PT6A-
formação, todos no dorso. 25C de 560 kW (750 shp)
visa familiarizar o cadete a esse tipo de aeronave.
Tais façanhas, mais que uma Envergadura: ................................................11,14 m
A aeronave também é produzida sob licença na Grã-
simples comprovação do esforço Comprimento: .............................................9,86 m
Bretanha pela Shorts Brothers, recebendo o nome de Shorts
do homem em superar-se a cada Altura: ...........................................................3,40 m
dia, são um verdadeiro exemplo Superfície alar: ....................................... 19,40 m2
de dedicação e profissionalismo, Peso vazio: ................................................ 1.810 kg
e a ratificação da capacidade dos
Peso máximo: ........................................... 3.175 kg
pilotos da Força Aérea Brasileira.
Velocidade máxima: ............................457 km/h
Atualmente a Esquadrilha da Fumaça
Razão de subida: ................................ 810 m/min
encontra-se em processo de transição
T-25C FAB 1850, Esquadrilha "Cometa Branco", Teto: .............................................................9.936 m
entre as aeronaves Embraer T-27
Academia da Força Aérea (1980-1983). Alcance: ......................................................2.112 km
Tucano e A-29 Super Tucano. ■
Zelândia
O paraíso
dos pilotos
John Rootes voltou recentemente da Nova
Zelândia, onde descobriu o país a voo de
pássaro e encontrou uma pujante comunidade
aeronáutica que disfruta de uma das
paisagens mais exuberantes do mundo.
“
Chega mais perto da parede Mas tudo saiu bem, cruzamos sem
do vale”, me disse Matt problemas e arregalei os olhos como
McCaughan, da Flyinn tours, “e pratos diante da paisagem que vi à
procura conseguir mais um pouco nossa frente: os alpes neozelandeses
de sustentação ou não poderemos se revelavam em toda a sua magnífica
sobrevoar diretamente o pico do final beleza. O monte Cook, a montanha
do vale. Não gosto de orbitar para mais alta da Nova Zelândia estava a
pegar altura num vale estreito”. a 90 minutos no nosso rumo e o nosso
verdade é que eu acreditava estar destino final do dia, a pista privada
muito mais perto da parede do vale do de Matt, en Geordi Hill, Otago central,
que eu gostaria, mas atendi ao pedido umas duas horas à frente.
do Matt e me grudei ainda mais à Minha mente parecia ter problemas
parede direita do vale; eu também não para perceber o que estava vivendo. Já
achava graça nenhuma em orbitar num estava com sete horas e meia voadas
espaço tão confinado. O fato é que, no assento da esquerda os dois dias
de repente, uma corrente ascendente anteriores após um mês de parada
levantou o Cessna 172, com Matt, mi por mau tempo na inglaterra, ao que
esposa, sua bagagem e eu uns 200 pés, devemos acrescentar as 30 horas de
de modo que as coisas melhoraram um viagem para chegar até esta ilha desde
pouco. podia ver mais um pedaço do a minha nativa inglaterra. Resumindo,
vale à nossa frente, além do pico que un pequeno –mas agradável– shock
tínhamos que ultrapassar, o que sem para o corpo.
dúvida significava que voávamos mais Minha única experiência previa de
alto. Mas o que não havia subido era voo na Nova Zelândia havia sido em
o teto, por isso, tal como o Matt me 1972, quando visitei Christchurch com
indicou, virei ligeiramente à esquerda a RaF. Na época aluguei por caríssimas
para atacar e cruzar o pico a 450. Essa 4 libras a hora um Cherokee para
é uma precaução habitual nesses casos voar sobre a península de Banks. Mas
e isso nos permitirá continuar virando e o mais curioso é que o mesmo avião
voltar ao vale se as coisas não ficarem ainda estava voando no aeroclube
claras ou se de repente toparmos com local, 38 anos depois. E o querido leitor
uma descendente ou uma turbulência adivinhou: até o Hércules é o mesmo
que nos impeça sobrevoar o pico. de então!
Acima
Planejando o depois o glaciar Franz Joseph. da nossa
próximo voo. posição pareciam maciços, enormes,
sólidos. Um pouco mais acima e mais
Dereita adiante, o glaciar Fox. teve uma hora
Aprendendo a voar em que ficamos rodeados pelo monte
entre as montanhas.
tasman à nossa esquerda (11.473 pés)
e o monte Cook (12.136 pés) um pouco
mais à nossa direita. O monte Cook de onze horas nos últimos três dias, lembro se jantei ou não. O caso é que no
me pareceu tão, mas tão familiar, que devo reconhecer que estava querendo dia seguinte percebi por que o nome de
Matt teve de me lembrar que esse era o chegar à casa do Matt. Os alemães Omarama me resultara familiar no dia
reino de Mordor, no filme “O senhor dos estavam mais descansados porque anterior. Foi nesse campo onde um velho
anéis”. Esse seria o ponto mais a oeste haviam dividido igualmente o comando e bom amigo morreu em 2006 em uma
da nossa viagem em volta dos alpes. a do outro avião. Mas não eram esses os competição de voo à vela. seu planador
partir daí faríamos una curva para voltar planos do Matt, que anunciou que ainda encontrou uma turbulência tão forte
ao glaciar tasman, e seguiríamos no seu faríamos mais uma parada em Omarama, que se partiu em voo. O comodoro Owen
curso até a sua desembocadura no lago o aeródromo para o voo a vela por truelove foi uma pessoa carismática que
pukaki. excelência na Nova Zelândia. para conseguiu levar seu planador em voo
Mas o vento havia parado de repente, completar o dia, após essa parada, a Mel desde a inglaterra até a Nova Zelândia!
e o Matt nos perguntou se gostaríamos voaria comigo para me fazer a prova da durante o resto da semana voei a
de ver “de perto” um dos campos de carteira neozelandesa. Que grande ideia! vários lugares da ilha sul, incluindo o
neve que alimentam o glaciar. passei o a adrenalina é poderosa e na hora fiquei famoso Milford sound. É um fiorde com
comando e o Matt diminuiu a velocidade totalmente recuperado do cansaço. O um aeródromo no topo e cuja paisagem
para 70 kts, bajó 200 de flaps e girou à fato é que fizemos toda a prova, estóis, foi um dos principais cenários de “O
esquerda em direção à montanha para curvas fechadas, pousos e arremetidas… senhor dos anéis”. Não é preciso dizer
chegar a um círculo de neve de não mais e esquecemos que a Heather estava que não vimos nem um hobbit. Mas o
de 600 m de diâmetro. voou em toda no assento traseiro! ainda bem que, Matt havia preparado uma boa dose de
a sua volta, com uma asa no centro e como boa britânica, sua fleuma é aventura, começando no lago Manapouri
a outra quase riscando as paredes da imperturbável e até reconheceu que foi e cruzando até doubtful sound, ao sul
montanha. a Heather até levantou por a única parte divertida da viagem. dos fiordes. Mas o teto de nuvens esteve
um instante a sua vista do jornal para Cerca de 40 minutos depois, baixo o tempo todo e não deu nem para
contemplar a paisagem. Um minuto finalmente passamos as montanhas passar o primeiro pico, Wilmot pass. por
depois assumi o comando novamente, lindis (só 5.000 pés de altura) e isso nos vimos forçados a dar a volta
sobrevoamos uma cabana de caçadores entramos no belíssimo vale onde fica sobre o lago Manapouri até o lago te
e acompanhamos o glaciar até o a fazendinha de ovelhas do Matt. anau e cruzar pelo pico Mackinnon.
aeródromo do monte Cook para almoçar sua esposa, Jo, foi até o avião, e nos a 3.500 pés de altitude, esse é um
e fazer una visita ao museu Edmund recebeu como uma perfeita anfitriã caminho transitado por montanhistas e,
Hillay Memorial. Foi lá onde o famoso nos mostrando sua linda casinha, ao de fato, deu para ver varias fileiras deles.
alpinista se preparou para alcançar o lado da principal, que seria o nosso logo após esse marco, apareceu
Abaixo topo do Everest, em 1953. lar pelo resto da semana. Não preciso à nossa esquerda o lago Quill, que
Fim das férias, está após três horas e quinze no ar desde nem dizer que praticamente desfaleci alimenta as impressionantes cataratas
na hora de voltar. que deixamos Motueka e um total imediatamente na cama. Nem sequer sutherland, de 1.750 pés. Obviamente,
Acima Minha esposa figura na aviação neozelandesa. O bom nos tanques, por exemplo). além disso, basicamente em puxar o mapa (e o
Heather e eu, após sir foi o primeiro a usar helicópteros lentamente as fazendas se tornaram Gps, é claro) e traçar uma linha mais ou
pousarmos numa para trabalhar com o gado além de autossuficientes e não foram mais menos em ziguezague que dependerá
praia.
um ótimo contador de histórias. Não necessários os “cowboys alados”. das montanhas, terreno alto, condições
Acima dereita A casa posso deixar de contar “a guerra dos assim, pouco a pouco chegou ao meteorológicas, etc. Resumindo, é muito
da fazende de Matt helicópteros ovelheiros”. O fato é que fim meu final de semana neozelandês difícil poder voar em linha reta por mais
MacCaugham onde na Nova Zelândia há poucos animais com 25 horas anotadas na minha de 15 ou 20 minutos.
passamos uma ótima nativos e, junto com ovelhas e coelhos, caderneta e 22 pousos em outras tantas Cheguei da inglaterra com a minha
semana.
foram introduzidos cervos no início do superfícies. além de aprender lições volumosa maleta de voo com todo tipo
século passado. Em 1970, as ovelhas básicas sobre o voo de montanha, de equipamento para o planejamento
não valiam nada e os fazendeiros, também aprendi bastante sobre como de voos. Mas quando vi como Matt
incluindo sir tim, viram nos veados uma se pratica o voo na Nova Zelândia. planejava as rotas a deixei em casa.
oportunidade. logo se criaram fazendas Basicamente, o planejamento dos No há muitos povoados nem cidades
e os preços dos cervos vivos para povoar voos é simples. a maior parte do para se orientar, mas sim proeminentes
essas fazendas subiram como espuma. espaço aéreo abaixo dos 9.000 pés é acidentes geográficos que fazem quase
Chegaram a ser pagos até 3.000 dólares classe G e há muito poucas zonas de impossível se perder: bússola e mapa...
neozelandeses por uma fêmea e os controle y muito poucos aeródromos e já está. O único necessário é prestar
proprietários de helicópteros fizeram que proporcionem informação de muita atenção na correta identificação
a festa voando para cada canto da ilha qualquer tipo. O mais habitual é a dos vales quando se voa com visibilidade
para encontrá-los. O método de captura autoinformação na frequência comum reduzida. Regra de ouro: nunca entre
não foi menos fascinante, pois o piloto 119.1 MHz e sempre se reporta posição num vale se você não tiver certeza de
do helicóptero avistava os veados e e intenções na proximidade de pistas o que poderá sair o poderá dar a volta.
os “empurrava” um a um até um local campos ou qualquer outro tipo de lugar Minha semana neozelandesa
combinado onde um ajudante no solo onde houver ou se espere que exista no pôde ser mais satisfatória em
disparava uma espécie de canhão que atividade. Caso exista alguma zona que todos os sentidos. além de voar
lançava uma rede que imobilizava o exija controle ou outras frequências, sobre praticamente todo o país,
animal. depois o ajudante amarrava estará claramente indicada nas cartas. tivemos a oportunidade de pescar,
o bicho na rede, que era pendurada Como já disse, a autoinformação é fazer churrascos, curtir a agradável
Abaixo do gancho externo do helicóptero, e apedra fundamental da segurança aérea companhia de Matt, Jo, Mel, dezenas
Ryans Creek, o
assim se transportava cada animal até neozelandesa e o país está dividido de amigos locais e do bom vinho que
aeródromo mais
ao sul da Nova as fazendas. Os lucros podiam chegar em zonas de frequência comum (CFZs, lá também se produz. para completar
Zelândia. até 50.000 dólares neozelandeses por Common Frecuency Zones) onde é a semana, até a Heather se atreveu a
dia, mas a taxa de acidentes era alta recomendado reportar regularmente, e fazer umas aulas com Matt que foi tão
e muitas das tripulações de terra se outras zonas chamadas MBZs louco como para deixa-la pilotar entre
feriram na lida com os veados. E pior, (Mandatory Broadcast Zones) penhascos enquanto eu permanecia
desatou-se uma guerra entre os onde é obrigatório reportar pálido no assento traseiro, mas, isso
operadores de helicópteros, regularmente. Nessas sim, vendo-a curtir o voo como nunca
o que incluiu últimas só se pode antes havia visto. Uma viagem altamente
sabotagens entrar se o avião recomendável para qualquer piloto
(açúcar estiver equipado com vontade de fazer e
com rádio. além viver algo novo. ■
disso, planejar
uma rota
consiste
ESCO L A
do VOO
Como uma
derrapagem
pode terminar
num parafuso
Provavelmente, em alguma ocasião ouvimos dizer que
um estol é muito mais perigoso em uma situação de
derrapagem que de escorregar ou voo coordenado, mas...
Isso é verdade? E em caso afirmativo, por qué ocorre?
Texto y fotos: Jordi Mateu y archivo
D
esde os primórdios acidentais em parafuso. Na altitude de segurança, mas os
da aviação, um dos maioria das escolas de voo nos acidentes raras vezes ocorrem
problemas mais graves ensinam como sair de um estol nessas circunstâncias, geralmente
e que mais acidentes tem em voo coordenado com asas ocorrem quando não o esperamos,
provocado, têm sido as entradas niveladas ou em curva a uma a baixa altura e muitas vezes com
Menos estol
Linha corda
Maior arrasto
Vento relativo
o avião voando descoordenado.v Cómo pode una derrapagem primeiro. Um avião nessa
Um exemplo poderia ser se nos terminar en parafuso? situação está mantendo um
perdermos por qualquer motivo A asa interna de um avião regime de curva demasiado
– por exemplo – em uma base virando em situação de alto para o ângulo de inclinação
esquerda e viramos tarde a final; derrapagem entrará em estol (normalmente por usar
se reagirmos mal e calcamos pé
esquerdo para fechar a curva, mas
não seremos capazes de coordenar
o avião, e começaremos a derrapar.
O que pode ocorrer a seguir é um
desastre.
A derrapagem provoca
no avião uma tendência de
aumentar a inclinação a qual,
inconscientemente podemos tentar
compensar usando ailerons no
sentido oposto (no nosso exemplo,
seria comando à direita). Essa
reação também faz o nariz cair e se
puxarmos o manche para evitá-lo,
o avião pode estolar de repente,
se enroscando na asa esquerda. A
700 pies do solo, antes que o avião
possa dar uma volta já estaremos
no chão.
SUS
SUS
Sustentación vertical
Sustentación vertical
Sustentación vertical
TEN
TEN
TEN
TAC
TAC
TAC
IÓN
IÓN
IÓN
Sustentación Fuerza Sustentación Fuerza Sustentación Fuerza centrífuga
horizontal centrífuga horizontal centrífuga horizontal
Carga Carga
La fuerza centrífuga La fuerza centrífuga La fuerza centrífuga
es menor que Carga es mayor que
PESO
PESO
PESO
iguala la sustentación la sustentación la sustentación
horizontal horizontal horizontal
muito leme). A asa externa disso mantemos os ailerons na derrapagem, o vento relativo se
viaja más rápido, aumentando posição anterior, a asa esquerda encontra com o avião em um
a sustentação, fazendo com continuará gerando também mais determinado ângulo desde o
que o avião tenha a tendência resistência induzida, o que fará exterior da curva, e isso faz com
a se inclinar para a asa interna. com que o nariz da aeronave caia que uma componente do fluxo de
Se para evitar esse efeito, acompanhando a curva. O leme ar que circula sobre a asa, o faça
inclinarmos em sentido contrário fará o resto, pois se estamos paralelo ao bordo de ataque e não
à curva, aumentaremos o ângulo aplicando-o em excesso, o avião gere sustentação, além de reduzir
de ataque da asa interna, quando poderá se enroscar rapidamente a velocidade aerodinâmica sobre
o ângulo de ataque excede num parafuso. essa parte da asa, o que fará a asa
o ângulo de ataque crítico Há também outros fatores que entrar em estol a uma velocidade
da asa, ela estola e se além entram em jogo. Durante una mais alta do que o normal. ■
Publicidade
912 iS A
BRP deu um importante
passo à frente na evolução
dos seus motores, ao
introduzir um sistema de injeção
de combustível, deixando de lado
os obsoletos carburadores. Esse
tipo de alimentação, autêntico
padrão no setor da locomoção, e
um sistema digital de controle do
motor, chamado ECU, são as mais
importantes novidades que incorpora
esta nova variante da conhecida
família de motores 912 da casa Rotax.
Às tradicionais cores nos cabeçotes
para a rápida identificação dos
modelos, haverá que acrescentar
o verde. E não foi por acaso
que foi escolhido, pois o motivo
fundamental que empurrou seu
desenvolvimento foi a melhoria em
termos de economia. O consumo de
combustível melhora notavelmente,
reduzindo os custos de operação
e as emissões, graças à ECU, que
assegura a mistura apropriada a
Com a adoção do
sistema de injeção,
Rotax da um passo
muito importante
para a otimização dos
seus motores no que
se refere à economia
de combustível e
emissão de gases.
54 » AVIÃO & PILOTO · NÚMERO 0
ROTAX 912 IS Motores
PUBLI
Mais conectividade,
muito útil quando, por exemplo, a
tomada do acendedor do avião não
carrega corretamente, como aconteceu
comigo (veja mais adiante). No caso
A
não é muito preciso
para aproximações Texto: Jorge Penalba unidade EKP V é mais fina MULAT. Reconheço que tudo foi a
por instrumentos. Fotos: J. Penalba, AvMap que a anterior. Tela LCD de minha culpa, pois não a recarreguei
sete polegadas, os botões em casa confiando na tomada do
já conhecidos e um novo joystick e acendedor do avião, e já havia estado
mouse são as características externas usado a unidade tirando da bateria
mais evidentes. O joystick da versão pelo menos um par de horas nos dias
IV deixava bastante a desejar, era anteriores. Por outro lado, é verdade
sensível e frágil demais (eu quebrei que o EKP V não está aprovado para
um). Agora, o conjunto joystick-mouse seu uso IFR, mas já que é capaz
é mais robusto, o joystick é menos de manejar WAAS ou EGNOS, quis
protuberante e menos sensível. O testá-lo, e não se saiu mal, enquanto
brilho da tela pode ser ajustado com o funcionou.
botão “Menu”. Mas os reflexos do sol É importante saber que o EKP V
atrapalham um pouco dependendo da possui um logger interno que registra
posição. Para os que voam de noite, há todos os dados do voo (enquanto tiver
uma ótima luz noturna. memória, o que não vem especificado
Todos os campos de voo e aeroportos no manual), mas esse logger não é
brasileiros já vêm instalados. É acessível pelo usuário a menos que
oferecida uma opção para descarregar desmonte a unidade. Pessoalmente, eu
grátis (só uma vez) a atualização de gostaria que esses dados pudessem ser
Acima A tela tem boa iluminação e é perfeitamente visível quando o GPS está montado no
painel, mas os reflexos atrapalham bastante quando o usamos com o suporte da perna.
extraídos de forma simples, pois todos introduzidas e a sua base de dados de voo com tantos waypoints cada Acima à esquerda A
sabem que podem ser uma maneira é estonteante, por isso encontrar um deles, quantos forem necessários. grande novidade e
muito interessante de avaliar a nossa um waypoint é muito rápido. A Como padrão, quando o plano de vantagem da versão
V é o seu dock que
forma de voar, ou para a tranquilidade roda também controla o zoom do voo estiver completo a unidade nos
permite colocar
de quem nos alugou o avião. mapa, que se redesenha também mostrará o perfil vertical do nosso e tirar facilmente
Em qualquer caso, isso não teria rapidamente. plano em relação ao terreno, de modo o GPS do painel,
ocorrido se o meu EKP V estivesse Um dos botões da parte superior da que será fácil conferir com apenas conectando-o aos
montado no painel, porque essa é uma unidade é também novo nesta versão: uma olhada se algo não estiver instrumentos do avião
das grandes novidades da versão V, a o “F1”, que pode ser personalizado correto. (inclusive ao piloto
automático) e também
sua excelente unidade de montagem pelo usuário, quem pode decidir o que Mas é mais confortável usar levá-lo para casa.
no painel (dock). Trata-se de uma quer que o GPS faça ao pressioná- programas específicos de computador.
opção que recomendo a todos os que lo de entre una lista de funções O EKP V admite qualquer plano de Acima A configuração
pode ser totalmente
optarem por este GPS, pois é a que predeterminadas que incluem desde voo em formato GPX e FDX. Em GPX
personalizada,
permite que o nosso EKP V se conecte procurar aeroportos, interseções, se obtêm os gerados com Google podemos ter tanta
plug and play tanto à alimentação navegação vertical, alertas de tráfego, Earth, Ozi Explorer, Rocket Route, informação quanto
como ao receptor de XM Weather, etc. etc. No formato FDX se obtêm os da for desejada ou
aviso de tráfegos, uma antena Ou seja que podemos personalizá- Seattle Avionics, por exemplo. Uma necessitada.
GPS externa e, inclusive, ao piloto lo totalmente para nossos gostos ou vez gerados, devem ser guardados
automático. Limpo, simples e rápido. as nossas necessidades, que podem em qualquer um dos formatos e Abaixo Como nas
versões anteriores,
O dock conta com sua própria bateria incluir procedimentos de aproximação, depois, graças ao aplicativo EKP Suite, a V também
interna, de maneira que poderá e esta é mais uma característica importá-los ao EKP V. permite girar a
continuar a funcionar mesmo que interessante que só costumam Resumindo, gostei, oferece o que tela, de vertical
tenhamos una falha de alimentação. incluir unidades muito mais caras. vale e ainda mais. n para horizontal.
No que se refere à apresentação de Essencialmente se trata de cartas de
dados, ela pode ser tão simples como aproximação Jeppesen, sobre as quais
desejarmos ou tão complexa quanto o EKP V localizará a nossa posição
necessitarmos. A tela inicial consiste (um aviãozinho vermelho). Muito útil.
de um moving map, do qual podemos No que se refere à planificação de
eliminar a informação terrestre não voos, ela pode ser realizada na própria
desejada apertando el botón “Cycle”. unidade. Daí que seja tão prático o
Mas, a partir daí, podemos mostrar dock; com um clic o retiramos do
horizonte artificial, perfil do terreno avião e o levamos para casa (ou
e do voo, velocidade, altura, rumo, para o restaurante) para preparar o
HSI, etc. incluindo, se preferimos nosso próximo plano de voo. O EKP
que nos mostre informação sobre V permite armazenar até 50 planos
distância do solo (TAWS) e, inclusive,
qual a separação que desejamos
(500 o 1.000 ft AGL). A informação
aeronáutica é da Jeppesen e a
terrestre da NavTeq.
A operação do EKP V é realmente
simples e não muito diferente da
versão anterior e, basicamente,
consiste em pressionar os botões
laterais para ter acesso aos
diferentes sub menus que podem
ser selecionados com a roda e o
joystick. Do mesmo modo se introduz
a informação escrita, mouse para
procurar entre as letras mostradas y
clica com o joystick para selecionar.
A rapidez com que vai encontrando
coincidências entre as letras
O Robinson
à Turbina
Nunca digas nunca
O
R66 é um helicóptero nele sem nenhum problema, mas energia de um impacto vertical.
monoturbina, de cinco lugares, não gostaria de ser o escolhido para As duas pás do rotor principal são
de fabricação principalmente viajar nele numa viagem longa. de construção metálica, com os
metálica, embora algumas peças Uma das reclamações mais bordos de ataque de aço inoxidável,
sejam de GRP e termoplásticos. É repetidas pelos proprietários do revestimento de alumínio e núcleo
aproximadamente 20 cm mais alto R44 com motor a pistão é a falta de estrutura alveolar (e como era
que seu irmão, o R44, e a sua cabine de espaço para bagagem. No de se esperar, agora a Robinson
é, curiosamente, mais larga na caso do R66 poderíamos colocar Helicopter também oferece pás com
mesma dimensão. Do nariz à cauda até um tanque de 170 litros no revestimento de alumínio para o
é apenas 2,5 cm más longo. O quinto compartimento de bagagem… caso R44 e o R22). A corda das pás do
lugar foi conseguido instalando pudesse entrar pela porta. O que R66 é maior que a das que equipam
um assento traseiro central; é eu quis dizer é que a bagagem já o R44 e o perfil é muito parecido
confortável, mas o ideal é colocar lá não é problema. E, além disso, há ao das usadas pelo R44 Raven ii.
um passageiro não muito grande. Eu ainda um pouco de espaço sob O cubo do rotor, de três
meço cerca de 1,90 m e pude sentar os assentos, embora seja algo articulações, é o mesmo que o do
Não faz muito tempo, se tivéssemos perguntado a Frank Robinson se algum dia haveria um
Robinson a turbina, teria respondido. “O qué? uma turbina é caríssima…” mas hoje, quando
começo a checagem pré-voo do primeiro Robinson equipado com turbina, junto ao piloto chefe
da Robinson Helicopter Company, Doug Tompkins, me vem à mente a frase “nunca digas nunca”.
R44; as articulações de batimento ao eixo de potência do motor, há una um dispositivo digital que verifica
utilizam rolamentos cônicos de embreagem de desacoplamento do e supervisiona continuamente o N1,
teflon auto lubrificantes. O rotor de tipo sprag ou unidade de roda livre N2, torque e temperatura medida
cauda tem duas pás de alumínio, (desengrasar). A unidade de roda do gás (MGT). Quando o piloto
fixadas a um cubo de batimento livre está conectada diretamente conecta a bateria como parte das
com um ângulo de conicidade à caixa de engrenagens do rotor verificações de pré-ignição, a EMU
fixo, que incorpora mancais de principal por um eixo que conta necessita de aproximadamente
batimento elastoméricos. com um conjunto de acoplamentos 10 segundos para se iniciar. Uma
flexíveis em cada ponta. O rotor vez completada essa fase, uma
A diferença da turbina de cauda é acionado por uma luz contínua no painel de alarmes
A potência é fornecida por um engrenagem cónica de dentadura em indica uma operação normal. Uma
turboeixo Rolls-Royce 250-C300/ espiral, um segundo anel e um pinhão luz intermitente lenta, uma vez a
A1 (denominação comercial RR300). diferencial que transmite potência ao cada dois segundos, indica uma
O motor está montado com uma rotor principal a menor velocidade. avaria no sistema. Qualquer excesso
inclinação de 37º para cima, na O R66 conta com uma Unidade de velocidade ou temperatura
parte posterior do compartimento de Monitoramento do Motor (EMU, provocará uma luz intermitente
de bagagem. Diretamente conectado na sua sigla em inglês). Trata-se de rápida, exigindo abortar a ignição
necessita energia elétrica para temos agora um compartimento de Além disso, é necessário dar uma
desligar. O sistema é controlado por bagagem e, por isso, será necessário olhada na entrada de ar do motor,
um interruptor no cíclico do piloto. verificar o peso da carga e que conferir os níveis do óleo da caixa de
Os controles do rotor de cauda esteja presa, além de se certificar engrenagens do rotor principal, do
também são praticamente os mesmos de que a porta esteja fechada, mas sistema hidráulico e do próprio motor,
que os do R44, mas o piloto poderá se esquecer não importa, uma luz assim como o dos radiadores de óleo
observar que o pedal esquerdo está âmbar no painel de alarme nos do motor e do rotor principal. Para
apertado ao máximo embora esteja advertirá se a porta do bagageiro facilitar a inspeção, pequenas vigias
em estático. isso ajuda a equilibrar as não estiver corretamente travada. de vidro e luzes LED, que se acendem
forças de controle do rotor quando No compartimento do motor automaticamente ao abrir o capô,
estamos em voo. El cone de cauda, temos que conferir o estado do focadas nos lugares pertinentes,
empenagem e rotor de cauda são, filtro da entrada de ar, e também foram engenhosamente dispostas.
também, similares aos do R44. o indicador de derivação (bypass) Tanto o cubo do rotor principal
Contudo, o pré-voo é um pouquinho do filtro de óleo. No lado direito do como as pás estão bastante altos.
mais complexo. Por exemplo, o compartimento do motor também Mas há degraus na fuselagem
primeiro ponto do checklist é o está a tomada externa de potência. para subir pelo lado esquerdo
próprio “painel do piloto” no qual, O lado esquerdo da fuselagem até um ponto (bem ao lado da
entre outras coisas, será necessário do R66 exige mais atenção que o tampa do tanque de combustível)
conferir que as luzes do painel de direito, já que lá temos, como já de onde se pode checar essa
alarme funcionam, usando um botão mencionei, a tampa do tanque de zona. No painel de alarme há uma
de teste. No lado direito da fuselagem combustível e a sua drenagem. luz âmbar que informará caso
As três fotos
acima Detalhes
das janelas de
inspeção.
Esquerda Detalhe
da tampa do
tanque de
combustível.
alguma das portas do capô não
estiver corretamente travada.
Um novo ítem a ser levado em
conta no pré-voo da cabine refere- O rotor de cauda de duas pás. Detalhe do escapamento do motor.
se aos assentos de absorção de
impactos. Há marcas na sua parte acelera rapidamente. Devido ao nosso Após algumas decolagens e
inferior que indicam os limites que baixo peso a decolagem, não deu para pousos, saímos do circuito de
não se devem ultrapassados com usar a potência máxima de cruzeiro Torrance e fomos voar sobre o porto
os assentos ocupados. isso é para (MCP), e muito menos a limite de de Long beach para testar este
que no caso deles ter de fazer o seu decolagem, pois teríamos ultrapassado helicóptero mais profundamente.
trabalho, o ar do seu interior deve a altitude do circuito em segundos. Devo reconhecer que, durante as
ser capaz de sair rapidamente ao ser manobras, a gente não pode evitar
comprimido e, por isso a sua estrutura se sentir impressionado com a
tem grandes buracos de ventilação. RObiNsON R66 LiNHA 2015 potência, a velocidade e os bens
Caso sejam colocados objetos de equilibrados que estão os comandos
grande tamanho sob os assentos, de voo. Ao nos aproximarmos da Vne
eles poderiam interferir no processo. houve uma ligeira vibração vertical,
mas nada que não pudesse ser
E agora, como voa? compensado sem problemas. Como
Decolando até o pairado, o R66 tirou já expliquei antes, com nosso baixo
do solo primeiro o esqui direito, com peso de decolagem podíamos cruzar
uma atitude de nariz acima. Durante a 120 kts, muito abaixo da máxima
a decolagem houve uma ligeira queda potência de cruzeiro (MCP), mas
de N2/Nr, mas tirando isso, tudo ainda assim é uma boa velocidade
é muito estável. Como estávamos para chegar a qualquer destino.
com pouco peso tanto o torque Voltando ao circuito, desliguei
quanto as MGT eram muito baixas. As principais alterações na linha 2015 ficaram por conta do novo
o sistema hidráulico e completei
O R66 voa muito suave, como painel de instrumentos onde novos opcionais foram incorporados à o primeiro pouso em manual;
o 44; os comandos de voo estão lista da Robinson. toquei com uma ligeira corrida.
são eles:
muito bem equilibrados. A cabine - O Garmin G500H, uma combinação entre o Primary Function As cargas de controle manuais
Display e o Multifunction Display fornecendo informações de
é mais silenciosa que a do R44 instrumentos de voo, mooving map e Hsi. são muito semelhantes às do
(decidi, de propósito, levar fones - sAs Autopilot R44, de modo que não me pegou
- Helicopter synthetic Vision and Terrain
de ouvido sem cancelamento - Garmin FliteCharts ou Jeppesen Chartview desprevenido. O segundo exercício
ativo de ruído, para conferir). Outra grande novidade para os usuários do R66 Turbine 2015 é o com o hidráulico desligado foi
piloto automático. Um sistema estabilizado aplicando correções
imediatamente se percebe a muita sobre o cíclico para manter fixas as atitudes de arfagem e rolagem. num pairado, depois um pouso e,
potência disponível e que o R66 novamente, sem nenhum problema.
Acima Testei a minha primeira sonoro e luminoso de baixas ao motor para recobrar potência.
Detalhe do motor autorrotação desde a base do rpm é o suficiente para abaixar a “Negativo, abre antes do final da
Rolls-Royce 250 trecho de vento de cauda. Doug alavanca com relativa calma. O R66 recuperação, não antes do início” me
C-300/A1.
me explicou que a entrada devia é muito benévolo em autorrotação respondeu. Surpreendentemente, a
Acima dereita começar fechando os gases para e foi fácil manter 100% de Nr aceleração de potência foi imediata.
A cabine do Robinson evitar alcançar muita velocidade. entre 65 e 70 kts IAS durante a Este é outro departamento em que a
R66 para cinco Pelo que havia visto até então, o curva de 180º rumo à pista. equipe de engenheiros da Robinson
passageiros é 20 R66 havia me impressionado, mas Levando em conta essa “lentidão”’ tem demonstrado a sua experiência.
cm mais larga
agora mostrou mais uma área de do motor para perder potência, Eles ajustaram a programação da
que a do R44.
excelência. Quando se fecha o imaginei que ocorreria o mesmo admissão de combustível de tal
comando de gases, tudo ocorre quando acelerasse, por isso disse forma que a potência do motor
lentamente. O tempo que tarda a Doug que abriria o comando de diminui pouco a pouco, mas recupera
o motor em perder potência até gases justo antes da recuperação da a entrega de potencia a bom
95% e que disparem os alarmes manobra para dar tempo suficiente ritmo, resultando no helicóptero
mais benévolo em autorrotação “não mexa no pedal direito ao Por último, os procedimentos
que alguém pode desejar. fechar o comando de gases”. Agora para corte do R66 são bastante
Nenhuma das várias autorrotações sim tinha as minhas dúvidas! Em simples e rápidos, embora
para pouso que testei apresentaram todos os anos que tenho voado incluam os dois minutos padrão
algum problema pois, além com Doug, ele sempre encontra a para o resfriamento do motor.
disso, nas pás do rotor principal maneira de deixar meu coração a
ainda resta muita inércia mil de uma hora para outra. seja O veredicto?
como para que o ligeiro torque como for, obedecerei. Comando de Devo afirmar que o R66 é um
desengrasado seja um problema. gases fechado e ouço como o motor verdadeiro vencedor. Fácil de dar
Quando o R66 estava sendo perde potência… mas não há guinada partida, fácil de voar, possante,
certificando, e levando em conta à esquerda! Agora é só pousar a rápido, benigno na autorrotação,
essa nova programação do motor, aeronave suavemente no chão. representa um avanço significativo
os engenheiros da FAA quiseram inclusive quando testei de uma altura em segurança comparado ao R44
levá-lo ao limite e pediram a Doug maior, a autorrotação no pairado que, por sua vez, foi outro salto à
que desligasse o motor em voo não apresentou problema algum. frente em segurança em voo sobre
para conferir o tempo de reação As decolagens e pousos sem vento o R22. sem dúvida, logo encontrará
“verdadeiro”. “Foi o mesmo que são semelhantes às do R44. Contudo, seu lugar em missões como vigilância
no R44”, me disse Doug. o 66 é menos “flutuador”, parece policial, trabalhos de filmagem e,
A seguir: autorrotação no pairado. que tem menos efeito solo, o que obviamente, treinamento. Frank
“Um conselho Dick” me disse Doug, torna a manobra um pouco mais fácil. Robinson o fez de novo. Parabéns! ■
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DOSSIÊ ENSINO MOMENTO DE EXPECTATIVA
ENSINO AERONÁUTICO
Momento de
expectativa
Programa de Desenvolvimento da Aviação interessadas e novos operadores
devem surgir, o que vai aumentar
Regional e expansão das companhias aéreas a demanda por profissionais.
Um estudo feito recentemente
médias causam expectativa de melhora para o pela Abear (Associação Brasileira
das Empresas Aéreas) indicou que o
mercado de formação. número de passageiros transportados
no Brasil deverá crescer 109% até 2020
Por Valdemar Jr. e gerar 660.000 novos empregos.
O diretor da Eacon (Escola de Aviação
P
ara os profissionais que É importante lembrar que em breve Congonhas), José Alberto Cesar
pretendem entrar no mercado de deve sair do papel o Programa de Bertulucci, lembra que nem sempre
aviação comercial nos próximos Desenvolvimento da Aviação Regional. é possível entrar em uma escola
anos, as principais expectativas estão O plano foi criado oficialmente por de aviação quando as companhias
nas empresas pequenas e médias. meio da Medida Provisória 652, estiverem contratando e ser empregado
As duas maiores companhias aéreas publicada no Diário Oficial da União por elas, pois é necessário um bom
do país, TAM e Gol, diminuem suas de 18 de julho. O objetivo é abrir um tempo para a formação. “Tem muita
frotas com o objetivo de aumentar a grande mercado para companhias gente no ponto esperando o ônibus
ocupação de suas aeronaves e diminuir aéreas, que poderão receber subsídios passar para entrar, e aquele que chegar
perdas bilionárias. Por outro lado, de até 50% dos custos nos voos para quando ele parar e abrir as portas
Azul e Avianca continuam contratando cidades de pequeno e médio porte, vai para o fim da fila e pode ficar no
profissionais para ampliar suas aumentando o número de frequências ponto”, explica. “Estou no mercado
Abaixo participações no mercado doméstico e a cobertura da malha aérea, que desde 1984 e sei que a crise vai
Edra possui 10 e entrar no internacional. A Avianca hoje não chega a 150 municípios. acabar, pois já passei por momentos
helicópteros e já está operando seu primeiro Airbus Também está prevista a construção como esse algumas vezes, mas é
espera fechar o
A330 cargueiro, e a Azul inicia em de 160 aeroportos regionais. TAM, preciso estar pronto para conseguir
ano com 10 mil
horas voadas. dezembro seus primeiros voos de Azul, Avianca, Passaredo, Sete, um emprego quando as empresas
Valdemar Jr. Campinas (SP) para os Estados Unidos. MAP e Brava são as empresas precisarem. Agora é o momento de se
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