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1. Agenda Setting
Esta abordagem foi iniciada por Max McCombs (UT-Austin) e Don Shaw (North
Carolina) e defende que os media tem um poderoso efeito nos sujeitos, não
tanto numa lógica de persuasão, como os estudos iniciais de comunicação de
massas preconizavam, mas mais no sentido de nos fazerem centrar a atenção
num determinado tópico.
“The media may not be able to tell us what to think, but they are
stunningly successful in telling us what to think about.” ( Cohen)
COVARIAÇÃO:
ORDENAÇÃO TEMPORAL:
Demonstrar que a agenda dos media precede a agenda pública. Por outras
palavras que podemos situar temporalmente o surgimento de uma dada
questão nos media e posteriormente a mesma questão tornar-se de
importância pública.
EVIDÊNCIA DA COVARIAÇÃO:
Estudos das agendas dos media mostram uma admirável semelhança entre os
vários media. Têm-se vindo a verificar uma convergência dos media, em que os
mesmos tópicos são abordados por todos.
2. Espiral do Silêncio
Elisabeth Noelle- Neumann
Metodologia de análise
A autora utiliza um conjunto de dados empíricos para apoiar a sua teoria. Esses
dados provêm de sondagens, inquéritos e uma experiência chamada “teste do
comboio”. Este teste começa por solicitar à pessoa para imaginar que iria fazer
uma viagem longa de comboio (4-5 horas), e que em frente a si estaria uma
pessoa (do mesmo sexo) com uma posição fortemente oposta à sua. Neste
ponto, o investigador coloca a seguinte questão “Gostaria de conversar com
esta pessoa de forma a conhecer melhor o seu ponto de vista, ou acharia que
não valeria a pena?” A situação é repetida para os diversos temas em análise,
por exemplo: legalização do aborto, emigração etc. De acordo com os estudos
feitos a probabilidade de participação numa conversa com alguém com uma
posição fortemente oposta à sua era muito baixa. A maior parte dos “viajantes”
refere que estariam mais dispostos a participar numa conversa com alguém que
partilhasse os mesmos pontos de vista.
Com esta afirmação, a autora não está a sugerir que os membros deste último
grupo abandonam as suas convicções só porque estas são impopulares. Antes,
argumenta que quando as pessoas sentem que estão a lutar em vão podem
assumir uma postura reservada. O seu silêncio não será notado ou em
alternativa será tomado por um acordo tácito com a opinião da maioria.
O papel dos Mass Media
Com isto, Noelle-Neumann vem ao encontro do que afirma Stuart Hall quando
diz que os media têm um papel intrusivo na tomada de decisão por via
democrática. Para a autora, os mass media preenchem uma função que vai
para além do “agenda-setting”. Os media em geral e a televisão em particular
não nos dizem apenas em que pensar, mas também nos mostram o que é que
todos os outros indivíduos estão a pensar.
Críticas a esta abordagem
3. Cultivation Theory
Introdução
Um índex de violência
A. Gerbner descobriu que as imagens violentas variam pouco de ano para ano
B. Mais de metade dos programas transmitidos em horário nobre contêm
violência ou ameaças de violência.
C. Dois terços das personagens principais envolvem-se em situações violentas,
tantos os heróis como os vilões
D. Idosos, crianças, hispânicos, afro-americanos, mulheres e trabalhadores
não-qualificados são as vítimas mais frequentes.
E. A televisão coloca os grupos marginalizados sob um duplo risco, ao
subrepresentá-los e vitimizá-los simultaneamente.
F. Como consequência são os indivíduos pertencentes a grupos marginalizados
que mais receiam a violência, como resultado da programação televisiva.
Referências bibliográficas
Clifford, Brian R., Gunter, Barrie and McAleer, Jill (1995). Television and
Children: Program Evaluation, Comprehension and Impact. Hillsdale, New
Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, Inc.
Gerbner, G. (1969), The television world of violence. In D. Lange, R. Baker
& S. Ball (Eds.), Mass media and violence. Washington, DC: U.S.
Government Printing Office.
Gerbner, G., Gross L., Morgan M., & Signorielli, N. (1986). "Living with
Television: The Dynamics of the Cultivation Process," in Bryant and Zilmann,
(eds.), Perspectives on Media Effects, pp.17-40. Hillsdale, NJ: Lawrence
Erlbaum Associates.
Hirsh, P. (1980). The "scary world" of the nonviewer and other anomalies: A
reanalysis of Gerbner et al’s findings on cultivation analysis, Part 1.
Communication Research, 7, 403-456.
Leituras complementares:
Biografia de E. Noelle-Neumann
http://web.archive.org/web/20071022050718/http://www.colostate.edu/De
pts/Speech/rccs/theory09.htm
3. Textos de introdução à Cultivation theory
www.aber.ac.uk/media/Documents/short/cultiv.html
- José Azevedo -