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WILLIAM

CLARENCE
SHEPPARD

G"IP IUJ"

Editora Pedagcígica e Universitdria L!da.


CCMC SER
UM BOM
PRCFESSOR

, },tl
WILLIAM C, SHEPPARD, Ph. D.
Departamento de Psicologia da Universidade de Oregon
Educational Environments, lnc.

STEVEN B. SHANK
Educational Environments, lnc.

DARLA WILSON
Educational Environments, lnc.
FICHA GATALOGBÁFICA
(Preparada pelo Centro de Catalogação-na-fonte,
Câmara Brasileira do Livro, Sp)

S553c
Sheppard, William Clarence, í942 _
Como ser um bom. professor: ensino de comportâ-
COMO SER
mento social â crienças lporl William C. Sheppard,
Steven
B_. Shank lel Darla Wilson, traduziOo po, iür.ia'ÀÀàfi"
Matos. São paulo, EpU, .1924.
UM BOM
104 p. ilust.

í. _
PROFESSOR
Criança Estudo 2. lnteração social 3. psico.
logia educacional l. Shank, Steven á. ll. úilson, Dárla,
lll. Título. lV. Título: Ensino de comportamento social
a crianças.
ENSTNO DE COMPORTAMENTO SOCIAL A CRIANÇAS
í7. CDD-30Í . í
í8. -301 .íí Traduzido pela
17. e 18. -tSS.4tB
74-0638 -370. í 5 Dra. Maria Amélia Matos, do
Departamento de Psicologia Experimental
da Universidade de São Paulo.
Índices para catálogo sistemático:
í .
Crianças: Comportamento social: Psicologia infantil
í55.4í8
2. lnteração social: psicologia social 301.1 (í7.)
30í.1' (í8.)
3. Psicologia educacional 3ZO.ís

E,P.U.
Editora Pedagógica e Universitária
São Paulo 1974
Original americano:
BE A GooD TEACHEB: Training
|"q[rJ: Sociat Behavior in youns
Copyright @ 1972by Research press. Co.
transtated and publtshed
by permission oÍ Research press
Co.
Revisão gramatical:
Prof. Dorival Soares Flamos.

Conteúdo

lntrodução

1, Como viajar
COMO ENSINAR

2. Aonde ir 47

O OUE ENSINAR

O que procurar 55

COMO AVALIAR O ENSINO

Por que algumas pessoas se perdem 69

ENGANOS MAIS COMUNS NO ENSINO

Códígo 3004
Como viajar sem se perder 87
Todos os direitos para
a lí portusuesa reservados
E.p.u. _ Ed1;,;;;;;;'lnnr"
, ""-r"r,ca e Uníversirária O BOM PROFESSOR
São pauto ró;; Ltda.
Interdito qualquer tipo
.., p.,irl..ããdffi;,j"fj3[lYâ?;ff""
de
de partes desre livro,
E.P.U."
José Gaspar, 106 _ ge stj.
lrlau.O
Caixa postal 7SO9
cj. i5
0.1 .000 São paulo

lmpresso no Brasil
lntrodução
Entrando na sala de jogos, a Sra. Camargo sorriu ao ouvir as crian-
ças brincando: risadas; ruídos imitando carros, trens, animais e de
brinquedos sendo puxados, empurrados, cavalgados; e, como es-
perava ela "A minha mãe chegou", disse Lenita, §ua Íilha de
-
cinco anos. Lenita estudava numa escola maternal bem sucedida.
De manhã, como sempre, Íoi contente para a escola, onde sua máe
prometera visitá-la mais tarde.

A Sra. Camargo chegou à escola durante o período de brinquedo,


minutos antes da merenda: reÍresco e doces. Clara, a proÍessora,
recebeu-a amavelmente e indicou-lhe o melhor lugar da sala para
observar todas as crianças. A Sra. Camargo sabia que as outras
proÍessoras gostavam de Clara e que respeitavam sua habilidade no
trato com as crianças. Mesmo sendo ainda a segunda semana de
aula, as crianças já pareciam mais do que colaboradoras entre si e
capazes de se dar bem com outras. A Sra. Camargo desejava
observar Clara, pois talvez pudesse aprender coisas que lhe fossem
úteis para lidar com sua própria família.
Paulinho estava sentado perto de um grupo de crianças, brincando
calmamente com um quebra-cabeças, quando Clara se aÍastou da
Sra. Camargo e Íoi até onde ele. estava. Ela se ajoelhou ao lado
dele por alguns momentos, aparentemente Íalando sobre aqueles
animaizinhos engraçados que apareciam no quebra-cabeça. A Sra.
Camargo ouviu-a dizer: "Você está brincando muito bem, Pauli-
nho", quando um grito agudo lhe chamou a atenção para uma
criança em prantos.
o1*r num
i:;:#::l'; :"^ coresuinha, tomando_rhe
a boía de "Mamãe! Olhel lsto é gozadol" Lenita e Joãozinho estavam giran-
do um pião musical que rodava num redemoinho de cores e tocava
*11n,, ;n :"l*h r#:ttT1;Ii1i1]m; ,;;*r
uma cadeira perto
"ciranda-cirandinha". Clara sorriu para as crianças, contente com
no canto mais afastaoo da pur.o.,
áá'.rlã, o,,a a brincadeira. Ela se curvou na direção de Joãozinho, dizendo-lhe:
brísa. se ,o.ã b,is.,, "Lúcio, aqui não
sente_se aqui até
,*orJ";.";T:::,1": se
"Você e Lenita estão brincandojuntos como pião?"
", 0i.",-q,ã;:íi:üJ:LT;t;::
pu"'i,
p,.t;,fi::;,;.,,nr?ol'io, S:ffiãa
-
girar depressa, depressa!"
;:H1":;;,;f,.j ""para ele' Pelo Lúcio, - "Sim! Nós o Íazemos
calmo contrári', t,rrrã .ri "ótimo! Eu gostei de ver você emprestar seu brinquedo a Lenita
.",.nui,ll1 tom rirme, -e brincar
" com ela."
A vítima de Lúc.
Lenita girou o pião novamente e Clara foi dizer a Lúcio que ele
j,i:;,1,:",:,:i?"§ffi
l"*:n;d[T,lii:T,H.':[:';J .x:
podia levantar-se e brincar. Lúcio logo encontrou um trem de ma-
u *o . j: ."ilÍli ;; deira, com engates para vagões, e começou a brincar com ele.
",,j:iiii ;1::: ffit T,i il?"
vo Robe
Soninha, que tinha alguns vagões e queria engatá-los e brincar
n tu o e s u b
- ?,T também, correu para Lúcio. Quando LÚcio a ajudou a engatar os
l"JJ""Tff [":; 3;lX
desconsorado A s ra
lruj.
:,1,
crÀrü" r#J
to, i à 1o",.,," o
".
u _
vagóes, disse Clara: "Lúcio, gostei de ver você e Soninha brinca-
na direção
".T;:"ffi
de Roberto, *,à.0"_.1ã ff ""J
T: TJffJ: rem juntos corn o mesmo trem. Olhem aqui: eis um vagão de carga
para seu trem, Lúcio. Você pode colocá-lo atrás dos vagões de
a p ós, B o be n,
;ã"i,.:: " .à,
"ã";r"il.;;: :,ff ,r;J: ::, :X., ::, l: passageiros de Soninha!"

Ouvindo a voz de Clara, Clara olhou para seu relógio, dirigiu-se a um armário e voltando
a Sra. Came
com um livro: "Quem quer ouvir uma história?" Janete pulou ale-

i!:ilJff
de
í: ; Jfl ili
cada vez pera rente.
iff :::;,L ."ixT; flin""[:"i gremente. "Eu." "Muito bem", disse Clara, dirigindo-se a todas
as crianças, "eu vou ler uma história." As crianças apanharam
cLra"H#.,ilffi:1il;::;,i:?ftil cadeiras, colocando-as em círculo ao redor de Clara.
a rente oe Jui.n,o ao
[il:t: Jff #:':star roninho. Veja esras
Iue deve ser divertidp ornur pãrá "Vamos ver quem é capaz de se lembrar de nossas regras", disse
dispos1ivo.,, ;;.:J;
".." entáo Clara. "Em primeiro lugar, devemos Íicar quietos durante a
Plaf' os cubos de-madeira narração da história, sentados sem fazer barulho. Segundo: se
de Roberto havram quisermos falar, devemos levantar a mão. Terceiro: quem náo qui-
caído
|iT ;á,.f,,,
c,,,,g
eçara imediatamente
o' ;H;;," re
o c h ora m n s ava
e nã
novamente.
i
ser ouvir a história, pode ir brincar, desde que não faça barulho."
"1i,T:,1j.
reconstruir a recolher os blocos e a Clara começou a ler uma história sobre um gato num chapéu e,
a torre.
depois de alguns momentos, Janete levantou a máo, obtendo per-
Clara rapidamente se missão para falar:
dirigiu a Roberto e
zendo: tocou_o no ombro,
di_
"Ganhei um gato e dei-lhe o nome de Gato-no-Chapéul" Quando
"Estou gostando
muito do seu modo
de trabalhar, Boberto.,, as risadas acabaram, Clara disse: "Janete lembrou-se de nossas
regras: sempre levantamos a mão, se queremos Íalar durante a his-
Z
tória. Janete, você
aí,,.r^. _^
DocJe ajudar-me
crur, .ontin-ro;;;"foo" a vir do rivroll
para seus atentos
orll,ri:.orrinas a bandela de doces, mas conseguiu distribuí-los sem derrubar
Léia levantou a mão nenhum. Quando Sara sentou, Clara disse-lhe:
"euando é que acenando com a
" ou,o-nl]ci;ff';
djiT"lt:#,?i.l;
_9'.:9o o - l!".,ndo
var p?r.à
cabeça: "Você Íez um lindo trabalho, Sara. Não derrubou nenhum doce.
para -"qn,sq
inclinou-se em sr,â rliranz^ _,)ar.a casa?" clara
oara Léia, inclinou-sr Clara sorriu
e.corocou-th" a
c.utrtocou-lhe Aqui está o seu reÍresco."
os ombros. ,,Essa
;,i:ij:,f:
"Essa .é uma r,^"
^^l-^lll_"
,"#ã loor"
mão sobre
sa teírura descobrir'Ti:""T,:rsunta, Léia. vamos ;;;; r;;"r-
reírura e descobrir;;;;;fi.Y As crianças tagarelavam de maneira agradável enquanto comiam
doces. A Sra. Camargo surpreendia-se por notar que nenhuma de-
Quando o Gato_no_( Íoí para
casa e a história las jogava migalhas na mesa ou derramava reÍresco, e mais: não
Ctara anunciorr que
a,o :j:t:l
Ã',í"*;J;T,.,.§lff terminou, havia gritos nem chamadas de um. canto da mesa para o outro.
llT, i,,:iou
"Oba! Oba,,, gritavan
: il:,1 Como se aproximasse a hora de sua partida, ela se despediu de
r
animadamente as
crianças. Lenita e agradeceu à Clara. Enquanto saía do prédio, meditava
Clara manteve a
atenção das crianças: ,,O
rq,vcr§' u que é que sobre a visita. Havia notâdo que Clara freqüentemente elogiava
de se sêrvirem reÍres
servirern '-"-.cos
não é?,,
não
reÍrescos o
e r{a^^^o n .
doces? Guardamos
fazemos antes
antes as crianças ou lhes sorria quando elas estavam brincando de ma-
é?', nossos brinquedos,
neira agradável ou apos desempenho de uma tareÍa. Clara não
gritava com as crianças e não lhes aplicava nenhum castigo severo,
As crianças comecê
recolher os pertences entretanto o comportamento delas era bom e pareciam felizes. A
Rodorro ;;;;;,,,.]"rIT-a e crara pediu a Sra. Camargo achou que íoi sorte sua filha estar na classe de Clara.
andou
"u
J,,ããão";",.ffi,:,::: .,"
:::i.:I. ;ü;,["J,.
. é uma proÍessora
outra vez, maís cuidado.amentel-";;;;-" cair no chão. Tenrou Esse livro vai ajudá-lo a entender por que Clara
os blocos sem derrubu, conseguiu guardar competente e também a tornar-se um professor tão competente
n"rnrÃ';;r.'", todos
quanto ela.
"Você está-se saíndo
§;;ffift':"::I^:"",::11",
,"noo ;ffi mui
g1.." crara,,Esrá
sendo bastante cuidadoso.,, fa_
As crianças na classe de Clara nem sempre se comportaram tão
bem como o Íazem hoie. Algumas eram tímidas, outras eram agres-
Os reÍrescos e os d sivas e se negavam a cooperar com os colegas. Seu comportamen-
q.
",i,Ài,J;";#;ffn"t:"|:j:T ::j servidos
;L:: 'iÁ\ i:: na sara ao rado
j:i'j to foi modiÍicado. As crianças Íoram ensinadas a se comportar.
ffi ::Tfi
p.rnlo, #::"
a firha e as*,' r::ij1i., 4 ,;; agarelavam
outras
§ra. Hiâ
camargo :".acom_
história do gato oozâd(1 ê"rirnçr", O COMPOBTAMENTO DAS PESSOAS É ENSINADO A ELAS.
â .^^^^:a a respeito da
j::r#;i:Ti:9il"',:Tr:x; j;
ff 'il:r:,"";,j"*,..,1i1:":
Ao chegarem à mest
voPçr'u (Jos ooc(
l, as crianças sentaram_se. De fato, a maior parte dos comportamentos que observamos nas
pessoas foi aprendida. Brincar, Íalar e trabalhar são comportamen-
Clara notou que Teresa nã^ r;^h^
tos aprendidos. As crianças podem aprender a ser agrêssivas, as-
"ru'".,, p"J,;;,,::i:,:T.llT '"*oo
as mãos e pediu-rhe:
sim como a ser amáveis. CrianÇas e adultos aprendem uns com
Quando ela voltou, os outros. Adquirimos de outras pessoas a maior parte do que
Clara, enquanto sen
ajudar sara a ."rri, o" .rl:;'";i:t^" servra os reÍrescos, deixou-a aprendemos.

lll: ?,bo,,
sentadas
;;r;;;:"f"n.âff;;,:'u'r" notou que u. .,.i"n-
ot oo""s, permaneciam AS PESSOAS ENSINAM UMAS ÀS OUTRAS
tranqüílamente. sara
__,q parecia
l.,qrt,ura ,n
urn pouco atrapalhada
com É isso o que os psicólogos querem dizer quando Íalam em "Apren-
4
dizagem Social,,.
AôranÀo^r^
uma crianço
;,"o|ál'i??Í,i;.i"1:.::1. se modiÍicam euando Gomo viaiar Como ensinar
com as outras,
;:'"JffJãJlll l"la oi'",àJ o* :,orinquedos
está mudada'
eoucaçuJ'ãi'tcrrâÍ)Çâs A educação
tunçoes ,ai. im.^1 em
modiÍicaÇão o';;.#s particular' as
,,po*.,.*;
o, .:1311"t
ffi;:;;".?:T, são dedicadas
à

APRENDER É
MUDAR.
Certa vez, urna pe
que visítava a
::1.r.
n.*i r,iJissoa interagir tão
ctasse^de crara
comentou
otzer é que nunca
;tl'.íln'" ,#;,;;,oem' o que ela deixou de o
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de crara
- vq vo ::-l'tto
dido a modíÍicar
'o'po'à-rl;i;."::l#r::"":H';1:,;:'""â-
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E
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:3fl ::T,XT,'.','Â"J"TiBâ:-1,,,.#OD,F,CAMo
Mas como mudar Tempo
di
,,á,,1T:;'
jil, CONSEQÜÊNCIAS ACELERADORAS.
,ixffi :;Tru,.miL iffi ,; ;i#:,"J:ffi:: O Íato mais importante para a aprendizagem de um comportamen-
to é o que acontece imediatamente depois dele. Ao que acontece
imediatamente apos um comportamento chamamos de conseqüên-
cia.
Damos agora alguns exemplos de conseqüênclas para você habi-
tuar-se a identificá-las:
Teresa empurra o pedal de um velocípede e o velocÍpede se move.

COMPORTAMENTO empurra o pedal.

CONSEOÜÊNCIA o velocípede se move.

José constroi uma casa com blocos de madeira e é elogiado pela


sua proÍessora.

COMPORTAMENTO constroi uma casa.

CONSEQÜÊNCIA elogio.
Jaime liga a televisão e uma frgura aparece na tela.
assopra numa
corneta de brinquedo.
COMPORTAMENTO

Joãozinhochoraeé _- CONSEQÜÊNCIA
abraçado pôr sua
'_ mâe.
COMPORTAi,4ENTO
Se você identificou como cornportamento do ls exemplo "abriu
o livro", e como conseqüência imediata "ver uma Íigura colori-
abraçado pela da", acertou. lgualmente a linha vermelha, o doce e a Íigura na
mâe,
tela da televisão são conseqüências que se seguiram ao com-
portamento das crianças de passar o pincel, pedir um doce e
ligar a televisão, respectivamente.

ldentifique nos exeÍr EXERCÍCIO:


tplos seguintes
qüência lmediata: o comportamento e
a conse-
Tonico abre um livro Escreva alguns exemplos baseados em crianças que você conhece.
e vê rr-o
uma gravura
^-^.. ldentifique cada comportamento e sua conseqüência imediata.
colorída.

Exemplo:

Susana passa o pincel COMPORTAMENTO


sobre
vermelha. Papel e produz linda linha
CONSEQÜÊNCIA

COMPORTAMENTO

Pedrinho pede -"-.-".-.--


doce e
ê ganha *l- de sua
ôanha um CONSEOÜÊNCIA
r- mãe.
COMPOHTAMENTO

COMPORTAMENTO

CONSEOÜÊNCIA
Aflrmar que uma criança partilhou seus brinquedos oito vezes
0om outras nãoé dizer muito. Afirmar que para aquela criança a lre-
qüência de partilhar os brinquedos é de oito vezes numa hora
algnifica muito. Medimos o comportamento pela Íreqüência (com-
Diga a outras pessoas
ô..rrê á ^,.^ portamento por minuto) de ocorrência, da mesma forma que
rnedimos o funcionamento do coração (batidas por minuto).
:#;:T:#':J;.i3l3,"."e hes
;.; ;:_mÊ::J: t1á dois tiposde conseqüênclas; aquelas que aceleram e aque-
las que desaceleram a freqüência do comportamento. Os pais
:TILT#;,";:::i.f""!"::.ffi .:I:;?.,",H:;",;;,oJ"dI o professores têm usado conseqÜências aceleradoras e de-
nada conse;#;.,; o" ,Ãã saceleradoras, respectivamente conhecidas pelos nomes de re-
tempo. T",üi"ril; i::ff:,il?ão
: (í) quantas oJt",,i_
vezes (2) oompensas e puniçÕes, por centenas de anos, Contudo, somenle
agora estamos aprendendo como usar conseqÜências de maneira
eíicaz para mudar o comportamento das crianças. Uma regra para
usar uma conseqüência eÍicazmente é:

deixei outras
com o§ meus AS CONSEQÜÊNCIAS DEVEM SEGUIR-SE IMEDIATA.
MENTE AO COMPORTAMENTO.
brinquedos
Ser rápido é um barato.
Atrasos levam horas.

O que podemos fazer, se queremos que um comportamento se


acelere, isto é, aumente em treqüência?
Talvez você tenha notado que Clara elogiou Joáoztnho imediata-
mente após ele ter partilhado seus brinquedos com Lenita. Ela
nurn rnês? Íez isso porque Joãozinho precisava aprender a partilhar mais, e
ela sabia que o comporlamento é aÍetado pelas suas conseqüên-
cias imediatas: elogiar Joáozinho consistente e imediatamente apÓs
ele compartilhar seus brinquedos, aumentou nele a Íreqüência de
compartilhá-los de tal maneira, que a Íreqüência desse comporta-
mento - que era de duas vezes por seis horas de aula, nas primei-
ras duas semanas - chegou a doze vezes nesse mesmo espaÇo
í0 de tempo.

1'l
Orrando uma conseqüência segue-se imediatamente a um compor-
Itrrrrento e este passa a ocorrer mais Íreqüentemente, denominamos
compartilhar l$la conseqüência de conseqüência aceleradora.
lJrna vez que a Íreqüência com que Joãozinho passou a comparti-
l[rar seus brinquedos aumentou, podemos dizer que o elogio lhe
EFEITO SOBRE aumento na Íreqüência (r uma consequência aceleradora. Clara náo estava certa de que o
O de
COMPORTAMENTO compartilhar,, de nlogio Íuncionaria como conseqüência aceleradora para Joáozinho
duas vezes em
6 horas para doze onquanto não verificou que, quando ele era elogiado após com-
vezes
em 6 horas.
;rartilhar, a Íreqüência desse comportamento aumentava. Para
I ,loãozinho, um elogio de Clara é uma "conseqüência aceleradora".
Joãozinho imediaramente
lj:^n::1rq"
brinquedos,
rrrnquedos, ""vvtqtdrrrente após
apó, ele De agora em diante, ela pode usar com segurança o elogio para
Clara foi grrmo^+^- -: "1" compartilhar seus
foi caoazcJê aumentar seus ;rcelerar muitos outros comportamentos dele.
mento o" a
"orprit ,injr"""'de
rr brinquedo, o" ;oáoÍjitnxllncia
do comporra-
Se você deseia acelerar um comportaJnento, apresente
uma conseqüência aceleradora imediatamente depois
COMPORTAMENTO dele.
DE JOÃOZINHO
EM COMPARTILHAR.
14
Quando Léia Íez uma pergunta, Clara sorriu e tocou-lhe no ombro.
13
Ela sabe que o sorriso e o contato físico são conseqüências acele.
12 radoras para Léia. Clara costumava usar o elogio verbal, mas, de-
11 pois de uma observação cuidadosa, descobriu que o elogio náo
@

10 Íuncionava tão bem como conseqüência aceleradora para Léia.
o I Tentou então usar o sorriso e o conlato Íísico, descobrindo que
.o
o
o 8 eles Íuncionavam melhor como conseqÜências aceleradoras para
E 7 essa criança.
o
.g 6
co
.O
5
o LÉIA
0)
TL
4
3 COMPORTAMENTO fazer uma pergunta
2
1 CONSEQÜÊNCIA elogio verbal

EFEITO SOBHE
cotggí0 nenhum aumento na freqüência
o coMPoR- do comportamento de lazer perguntas
Dias de observação
TAMENTO
12

13
ga. Muitos pais e proÍessores já descobriram que as seguintes
COMPOBTAMENTO eonseqüências funcionam como aceleradoras para a maioria das
Íazer perguntas
crlanças:
CONSEQÜÊNCIA
sorriso e contato Aprovação verbal e elogio,
Íísico

EFEITO SOBRE
certo!
Está Que barato! Você trabalha

O COMPORTAMENTO
aurnento na Íreqüência bem!
Muito Períeito! pra valer!
de fazer perguntas
do comportamento ótimo! Oba! Você está
Correto! Que legal! melhorando!
Excelente! Eu gosto desta! Eu gosto de ver
OBSERVAÇÃO: Bem pensado! Você fez você brincando
um bom trabalho! com as outras crianças.
Uma conseqüência
funcionar como
ra uma criança nao irpii"ã aceleradora pa- Fazendo Perguntas.
corno conseqüência #:.::,i::qüência
.;;i;;;;;J;":.':'l'Tt'te
aceleradora para
outra'
sue eta Íuncionará
O que íaz
Você provar",r,nt'' esta máquina
notou gue ciara
cias para ,oror?nl" diferentes conseqÜên- que você construiu?
comportarnenro Ino
e r-eia Ã
"Á,.
;;': """ Como trabalha ela?
oà'ui nl'
nh o, cr a
comportamenro","t^1
^f ?' Para
ra o T
aumenti
T.XHT:l'
êrn Léia a ÍreqÜência
; J:ti:'ft#: Como é que vai indo você?
.ln'"u' Vocé esÍá-se d ivertindo?
mas consequun.,'^1'"-t:t o;*;;t,tttâI sorria e tocava-a'
do
runcionam .oro ::'-:o" oãoJã, :'t"tot''to e o tocar' em 'etgul Aprovaçáo não verbal.
geraÍ
crianças. con,rd.tonteqtloncias'a;;,1 Sorriso.
existem ;,rr;;.'",rdoras para a maioria das Fazer caretas.
Íuncionar .oro cabeça.
,,? Aceno de Dar risada.
lt,ll?, ;,;; ,*T,.# ffi.:;1T:,jff :;,H:::
l{l^{in J para Aplaudir. Piscar o olho.
crasse' ;;;;;;#Ti'::''"'ooras todas Olhar interessado, Franzir o nariz.
ilr,,.,,,,. ffi,-ar gue' para cada cr' Contato Íísico.
o gue Íuncionará
identiricar o que
u'::^ "' *'lJ;ril:Lt?":?"?ff: Abraçar. Segurar a mão.
XT,TTX
Bater no ombro. SenÍar no colo.

;fl::fi üi:,íu*. * i: #j" li:f^:F?r;


deseja ver aumentar.
:,?n:
nportamento cuja
iÍ:f; Tocar. Pôr o braço sobre o ombro.

:: e^'o"ê
ou coÍnportamento
Íreqüên-
Atividades e privilégios.
de
Ircou urna conseqüêncir Íato aumenta er
r."r"lãão"rr'iJJ.
__-,v,qwurcr aoequada
ll"_ouência,
você identí- parque. Dar de comer aos animais.
para aquela lr ao
14 crian- Brincar com um brinquedo novo. Aiudar a proÍessora.

15
Trabathar num projeto
Distribuir objetos.
lr a um passeio. li:;ico. Com essas crianças, você pode precisar usar conseqüencias
Escolher uma historia
para leilura irceleradoras mais poderosas, tais como obietos materiais. se você
Obletos Maleriars os usar como conseqÜências aceleradoras, sempre elogie a criança
Brinquedos. à medida que você vai apresentando o objeto. Desse modo, o elo-
Lanches, doces. gio em breve passará a Íuncionar como conseqÜência aceleradora.
Livros.
Materiat de pintura.
Bugigangas Entào você pode, gradualmente, corneÇar a substituir os obietos
Jogos.
,i]
materiais por consequências sociais
i

ili
i AVISO:

OBSERVAÇAO: Não use conseqÜências aceleradoras mais poderosas do que o


necessário para acelerar o comportamento de uma criança' Se o
Quando você apresentar
uma conseqüêncra acererad elogio funciona, nào use docesl
criança' demonstre entusiasmã. ora a uma
está satisfeito com o
irn. ,,r" ver gue você rearmente
seu comportamento,
OBSERVAÇAO:
OBSERVAÇÃO;
Você recebe aquilo que dál se apresenta conseqüências acelera-
Quando você usar o erogío doras para outras pessoas, haverá maior probabilidade de que lhe
como conseqüêncra acereradora,
ia-o a um comport:Ie:t:"esr,;",;;";, diri- apresentem conseqÜências aceleradoras.
por você prestar atenÇão,,, ;", exempro: ,,Esrou conrente
em vez iJarirmativas genéricas Além de usar conseqüências aceleradoras com uma criança em
como:
Erosie o iomportamento,nào parlicular, você também pode usá-las com um grupo de crianças'
;y;:r;r[#:J"r,"o,, use um elogio descritivo
a criança
Você pode aumentar, repetidas vezes, a ÍreqÜência de um Gompor-
deve especifi"u, o'P"
comportamento). ro, ."À,"o'erogio
tamento, trabalhando com um grupo de crianças. Por exemplo,
ouvir uma historia ou brincar juntas mediante o simples recurso
OBSERVAÇÃO: de apresentar ao grupo uma conseqüência aceleradora. Desta
Conseqüências sociais, maneira, você pode elogiar verbalmente o grupo: "Estão todos brin-
tais como o elo, cando muito bem juntos" - ou apresentar uma atividade para o
rís co, e ras estão sem p,"
i
;;.;;; ;;"; ";".t" ";, jjilffi", grupo: "Todos ouviram tão bem a historia que eu contei, que eu
:.:
;:':tJffili: : J :lffil-;;;;'",, o' o n'uq..r onc i as a
""il:l:
ce rà'a d o ras
lhes vou dar algo de especial: aqui está urn novo brinquedo para
brincarmos agora" - ou conceder um privilegio ao grupo: "Vocês
de fato sabem brincar muito bem. Eu preciso de crianças que sai-
oESERVAÇÃo: bam brincar juntas, a Íim de me ajudarem a preparar este mate-
rial de desenho para a classe."
Algumas crianças nào.são
muito sensíveis a conseqüências Tudo o que você aprendeu sobre o uso de conseqüências acele-
apresentadas por aduttos, socrais
como ; ;õ; aprovação e o conrato radoras com uma criança também se aplica ao uso de aceleradoras
',6 com um grupo delas.
17
AS CRIANÇAS TAMBÉM
PODEM ACELERAR
COMPORTAMENTOI UM OBSERVAÇÃO:

Não espere obter mudança imediata num comportamento apÓs


clara ouve Anínha dizer a
Gerardo: "Você amarrou uma única apresentação da conseqüência aceleradora. Os com-
muito bem.'' crara sorri imediatamente seus saparos portamentos, em geral, modificam-se lentamente, e uma sÓ apre-
para Aninha e decide
tar-lhe como é ela uma boa
ajudante.
con- sentação da conseqüência aceleradora tem pequeno efeito sobre
o comportamento. Para modificar com sucesso um comportamento,
clara é proÍessora habiridosa,
logo muitos ajudantes. Aquí
e professores habiridosos
consegueÍ, é necessário, portanto, durante certo período de tempo, apresentar
obtém.
es; ,ir"àr"roto de como ctara os várias vezes conseqüências aceleradoras imediatamente apÓs o
comportamento.
No começo' era apresenta
conseqüências acereradoras
te para uma criança: "Você diretamen- Quando Janete já tiver aprendido a compartilhar, Clara já não
fica muiü bonito quando
sapatos, Geraldo.', Na proxima amarra os precisará elogiá-la cada vez que esse comportamento ocorrer.
u"r,'J,, faz uma coleguinha de
Gerardo partirhar dessa
inter"nã",":'aãrardo rearmente Quando Janete compartilha os brinquedos, clara pode elogiá-la
bonito guando amarra
os sapatos, nao J veroade,
fica muito uma vez sim, uma vez não; mais tarde, os elogios podem ser Íeitos
' atrai a atenção de Clara por Aninha?,, Aninha cada terceira ou quinta vez que o comportamento é observado.
tunciJnar como ,,ajudante,,
apresentaçâo de uma
conseqüência acereradora na contudo, pode ser muito cedo para clara deixar de elogiar Janete
raldo obtém a aprovação a Gerardo, e Ge- continuamente; nesse caso, Janete pode náo compartithar mais.
de um O" r"u.
de Ctara. Mais tarde, Aninha além da aprovação se isso ocorrer, clara deverá começar outra vez a elogiá-la todas
elogia G;;à""of"gas
por
sem precisar para isso amarrar os sapatos, as vezes que ela compartilhar seus brinquedos. Aumentando vaga-
de n"nÁr, o.J,oo ou estímulo
de crara' Esta' por sua vez,
faz imediatamente um elogio
por parte rosamente o critério reÍerente ao número de vezes que o compor-
por ser sua,'ajudante,,. para qr" urr a Aninha, tamento deve ocorrer para ser elogiado, o comportamento pode,
ariança aprenda um novo
cornportamento, uma conseqüência com o tempo, ser mantido com alta freqüência, mesmo que Janete
acereradora deve estar
apresentada imediatamente
depois de ser ere aprendido.
sendo so ocasionalmente seia elogiada por compartilhar os brinquedos.
pio' essas
conseqüências aceleradorr. A princí- De Íato, vários estudos têm mostrado.que, para se manter um com-
apresentadas cada vez que
ããr., ser consistentemente portamento, uma vez bem aprendido, e melhor que se lhe sigam
o comportamento ocorre.
Janete está começando a ,pr"nj., Assim, quando apenas ocasionalmente as conseqÜências aceleradoras'
quedos, deve ser elogiada .o,"no .o.Oartilhar seus
brin_
caoa vez *'".t" comportamento
iá observou que o etogio the e uma ocor_ Se você deseia manter um comportamento que iá foi
L.;ril?I, conseqüência ace_
aprendido, apresente OCÁS/ONALMENTE uma conse-
qüência aceleradora imediatamente depois dele'

Se vocé deseja acelerar um MUITAS VEZES PERDEMOS COISAS QUE CONSIDERAMOS


comportamenlo que ainda GARANTIDAS.
está sendo aprendido, apresente
CONS/SfÊN TEMENTE
uma conseqüência aceleradora AVISO:
imediatamenrc depois
dele e cada vez que ete ocorre.
So porque um comportamento Íoi adquirido, não considere sua ma-
'18 nutenção garantida; tome o cuidado de, vez ou outra, apresentar
19
uma conseqüência aceleradora depois
dele. Tente ,,pegar,, uma
criança no ato de ser "boazinha" Você talvez lembre que Roberto chpramingou quando sua torre de
e apresente-rhe uma conseqüên-
cia aceleradora após esse comportamento. blocos de madeira caiu. Clara já estava observando cuidadosa-
mente Roberto há alguns dias e descobriu que ele choramingava
AVISO: oito vezes num período de uma hora. Descobrira também que
ocasionalmente ela se dirigia a Roberto enquanto ele estava cho-
conseqüências acereradoras, que
são usadas com demasiada fre- rando, para ver o que havia acontecido. Clara desejava dirninuir-
qüência' em gerar perdern a
eficácia. sá uma professora usa cons- lhe a freqüência do choro. Ela sabia que sua atenção era uma
tanlemente a mesma conseqüência
aceleradora, tal como: ,,puxa conseqüência aceleradora para Roberto e concluiu que era a
vida, isso é ótimo,, - esta pode tornar_se
gradativamente menos atenção dada enquanto ele chorava que mantinha esse comporta-
eficaz' Lembre-se de variar sempre
as conseqüências acereradoras mento.
que você usa. As crianças também
gostam de variedade.

OBSERVAÇÃO: ROBERTO

Acabou de aprender como aumentar COMPORTAMENTO


a freqüência de um compor_ chorar
tamento, e vai, agora, aprender como
diminuir_lhe a treqLiància.
A. maior parte de seus esforços CONSEQÜÊNCIA
como professora deveria ser diri- atenção de Clara
gida no sentido de aumentar comportamentos
desejáveis, ao invés
de diminuir comportamentos indesejáveis.
Esteja atenta para os EFEITOS SOBRE provavelmente mantinha a Íreqüência de
comportamentos desejáveis que as
crianças estão mostrando. O COMPORTAMENTO chorar no nÍvel de oito vezes por hora
Procure comportamentos que devem
ser aumentados em Íre_
qüência.

Clara decidiu que durante a proxima semana ela ignoraria Roberto


o sempre qUe ele estivesse chorando. No fim da semana, ela notou
c
q) que a freqüência do choro dele havia caído para menos de uma
E

vez por hora.
o
o
E
o
o
ROBERTO

Tempo
SOMPORTAMENTO chorar
ELIMINANDO CONSEQÜÊNCIAS
ACELEHADORAS.
As crianças não são nem boas CONSEQÜÊNCIA é ignorado por parte de Clara
nem más. Simplesmente, elas
deram arguns comportamentos que apren_
chaÃamos de bons e outros
chamados de maus. euando ,r, EFEITOS SOBRE diminuição da freqüência de chorar,
.ri"nfá aprendeu comportamen_
tos indesejáveis, devemos mudá_los, pri, O COMPORTAMENTO de oito para uma vez por hora
o próprio bem dela.
20
21
FREQÜÊNCIA DE CHORAR AVISO:
POR PARTE DE ROBERTO
14 Não espere obter diminuição imediata na Íreqüência de determinado
í3 comportamento quando você passar a ignorá-lo. Algumas vezes,
Clara começa a o comportamento aumentará em freqüência por um breve período
12
ignorar o choro de Roberto de tempo antes de dar mostras de diminuir (veja o exerhplo dis-
11
cutido na pá9. 21 - Roberto).
E
o
10
I I \
o
8
\ OBSERVAÇÃO:
.g /
7
c
<0) Uma vez que o comportamento deixa de ser eficaz na obtenção
o 6
q) de conseqüências aceleradoras, começa a desaparecer.
TL 5
4
\
3
\ AVISO:
2
\ Se você náo ignorar consistentemenle um comportamento indese-
1 jável, ele não diminuirá em Íreqüência. Se ocasionalmente der
atençáo a um comportamento indesejável, você manterá sua Íre-
12345678 910 12 14
qüência alta. Lembre-se de que, uma vez que um comportamento
Dias de observaçâo
é aprendido, é mais provável que ele seja mantido quando for
Eliminando a conseqüência aceleradora (atenção) que estava seguido por conseqüências aceleradoras apenas ocasionalmente.
mantendo o choro de Roberto, clara toi capaz de diminuir a fre-
qüência desse comportamento.
OBSERVAÇÃO:
Se você deseja diminuir a Íreqüência de um compor-
tamento, ELtMINE a conseqüência aceleradora que o Quando um comportamento indesejável ocorre, procure descobrir
. esÍá mantendo.
que conseqüências aceleradoras o estão mantendo. Pode ser o
seu próprio comportamento.
OBSERVAÇÃO:

Quando queremos efeitos duradouros, o método mais eÍicaz para AVISO:


diminuir a Íreqüôncia de um comportamento é eliminar a conse- Comportamentos desejáveis também diminuirão em freqüência, se
qüência aceleradora que o mantém. se você Íor consistente, evi- forem ignorados. Não cometa o erro de diminuir acidentalmente a
tando apresentar ocasionalmente uma conseqüência aceleradora freqüência de um corirportamento que deseja manter. Lembre-se
após o comportamento indesejável, este díminuirá em freqüência, sempre de apresentar conseqüências aceleradoras após a ocor-
lenta mas seguramente, do rnesmo modo que um carro em veloci- rência de comportamentos desejáveis e eliminar conseqüências
dade quando se tira o pé do acelerador. aceleradoras (ignorar) após os indesejáveis,

22
23
EXERCÍCIO:
LUCIO
Selecione de uma criança conhecida um comportamento cuja
Íreqüência você deseja diminuir. lgnore consistentemente o com- bater e tomar o brinquedo
COMPORTAMENTO das outras crianças
portamento sempre que ele ocorrer.
O comportamento gue eu desejaria diminuir em .Íreqüência é: submissão de suas vítimas. atenÇão
CONSEQÜÊNCIA dos colegas, obtenção dos brinquedos
que deseja

EFEITOS SOBRE mantém os comportamentos ,de bater e


tomar brinquedos numa Íreqúência de
O COMPORTAMENTO
duas vezes por hora

o
c
Clara deve usar um procedimento que diminuirá rapidamente o
o comportamento considerado indesejável. Como nessa situaçáo
E
§ existe um grande número de conseqüências aceleradoras que pro-
o
o vavelmente mantêm esse comportamento em Lúcio, ela decide usar
E
o
o um procedimento que eliminará todas as conseqüências acele.ra-
doras dos comportamentos indeseiáveis dele

Tempo
Na proxima vez que Lúcio bater em outra criança, Clara lhe orde-
nará imediatamente que vá sentar-se num canto da sala, longe dos
ELIMINANDO TODAS AS CONSEOÜÊNCIAS ACELERADORAS. colegas. Depois de dois ou três minutos, dirá a Lúcio que ele pode
ISOLAMENTO SOCIAL. retornar à companhia do grupo e brincar com as outras crianças
desde que o Íaça sem brigar com ninguém. Clara usa esse proce-
Você sabe agora como proceder para eliminar gradualmente um
comportamento. Algumas vezes, contudo, a eliminação gradual de
dimento, consistentemente, cada vez que Lúcio briga com outra
criança ou cada vez que ele toma o brinquedo de um colega. Ao
,um comportamento não é suficiente. Você precisa pará-lo imedia-
tamente! Nestas situaçÕes, você deve usar um Íreio. Íirn de três dias, ela nota que esses comportamentos já não
ocorrem.
se Lúcio bate nas outras crianças e lhes toma os brinquedos, você LUCIO
não pode apenas ignorar Lúcio e esperar que a freqüência de seu
comportamento de brigar diminua gradualmente. De fato, se ten_ bater em outras crianças e tomar-lhes
COMPORTAMENTO
tasse esse procedimento, provavelmente descobriria que a freqüên- os brinquedos
cia do comportamento de brigar por parte de Lúcio náo diminuiria.
As conseqüências aieleradoras que mantêm o comportamento dele isolamento social
CONSEQÜÊNCIA
em brigar são, muito provavelmente, a submissão de suas vítimas,
a atenção dos colegas e a obtençáo dos brinquedos que deseja. EFEITOS SOBRE a Íreqüência de bater e tomar brinquedos
Durante o primeiro dia de aula, Clara notou que Lúcio brigava apro-
O COMPORTAMENTO diminui de duas vezes por hora para zero
ximadamente duas vezes por hora.

24 25
BBIGAS DE LÚCIO
OBSERVAÇÃO:
10
I o local a ser escorhido para isoramenlo sociar deve ser aÍastado
)lara começa a usar
B
daquele onde se desenvorvem as atividades do grupo e, simurta-
E isolamento social
o
7 neamente, não deve Íornecer à criança oportunidade para
outras
o atividades.
o_ 6

o 5
Ê OBSERVAÇÃO:
.O)
:f 4
o
o
IL 3 Quando uma criança é corocada em isoramento sociar, clara the
2 diz, numa voz firme, carma e taxativa, por que está sendo removida
1
do grupo. Ela não usa aÍirmailvas genéricas tars como: ,,você é
0
um mau inenino." Ao invés, ela descreve o comportamento que
1234567 8910 12
causou probrerpas. por exemplo: "Nesta escora não se bate nos
outros. Você bateu em Roberto; assim, deve deixar as ourras crian-
Dias de observaÇão
Ças e sentar-se nesta cadeira. Ficará sentado aqui até que eu diga
Mediante o procedimento de corocar Lúcio que se pode levantar." Seia descritivo.
em isoramento sociar
imediatamente após suas brigas, Clara Íoi
capaz ji.inrir. ,
J.
freqüên«;ra do comportamento indesejável. AVISO:

A eficácia do isoramento sociar depende parciarmente de sua


Se yocê deseja diminuir rapidamente a Íreqüência raridade. Quanto menos freqüentemente ere Íor usado, mais
de eficaz
um comportamento, use ISOLAMENTO SOCTAL para ele será. Do niesmo modo, o período de isoramento social
eliminar, num curto periodo de tempo,.todas deve ser
as conse- relativamente curto (de dois atrês minutos).
q üenc i as acele rad oras.
OBSERVAÇÃO:
OBSERVAÇÃO: A fim de que este procedimento seja eÍicaz, situação i1a qual a
o isolamento sociar só é eficaz.como maneira criança é removida, deve conter conseqüências aceleradoras. se
de proceder para uma criança está numa situação que não contém conseqüências
diminuir rapidamente um comportamento,
se todas as conseqúên- aceleradoras, você não pode usar esse procedimento para diminuir
cias acereradoras Íorem rearmente eriminadas.
se Lúcio pudesse o comportamento dela, já que não existem conseqüências acele-
brigar com um corega ou reter um brinquedo
enquanto estivesse radoras a ser eliminadas. Na realídade, se a criança está numa
no isoramento, crara não teria eriminado todas
as conseqüências situação que é aversiva, tar como uma sara de aura desagradáver,
aceleradoras' se não eriminarmos as conseqüências
u."t.ruoorrrl onde ela não gosta de Íicar, e se você a remove dessa situação
o comportamento nâo diminuirá em Íreqüência. Do
mesmo modo, desagradável sempre que ela exibe um comportamento indesejável,
se uma criança chora ou Íaz bira quando é isolada
do grupo, ela a freqüência desse comportamento indesejáver provavermente au-
deve ser ignorada todo o tempo em que este
comportamento per_ mentará. lsso ocorre porque você está de Íato permitindo à criança
siste. só quando era estiver quieta, deverá ser-rhe permitido
retornar Íugir da situação desagradáver sempre que ela mostra um compor-
ao grupo.
tamento indesejável.
26
27
3. Crianças e adultos freqüentemente aprendem a Íugir ou a evitar
o pessoas, atividades ou lugares associados à idéia de punição.
c
o Quando uma criança começa a Íugir e a evitar os adultos que
E

E tentam socializá-la e ensiná-la, esses adultos podem perder a
o
o-
E
oportunidade de continuar a influenciá-la.
o
o 4. A punição pode tornar uma criança ansiosa.
A maior parte dos
adultos conhece os sintomas de ansiedade tensão muscular,
Tempo -
dor no estômago ou aumento na respiração e pressão arterial,
CONSEQÜÊNCIAS DESACELERADORAS.
"nervosismo" e que a ansiedade pode interÍerir em muitos
Assim como'existem conseqüências que aumentam
ou acereram o comportamentos. O que nern todo o mundo compreende, contu-
comportamento, lambém existem aquelas que
o diminr., ã, o.r"_ do, é que a ansiedade pode ser o resultado da punição. Se uma
celeram.
criança é Íreqüentemente punida por uma professora ou pelo
Quando uma conseqüência segue_se imediatamente pai, na escola oLt no lar, o Íato de estar simplesmente próxima
após um de_
terminado comportamento e este passa a ocorrer dos indivíduos que a puniram ou dos locais onde ela Íoi punida
menos-tÃquen-
temente, nós a denominamos conseqüência pode causar-lhe ansiedade. Uma criança ansiosa não será nem
desaceleradora.
felíz nem produtiva, nem sequer aprenderá com facilidade.
A apresentação
de uma conseqüência desaceleradora imediata-
mente após um comportamento é procedimento que 5. ProÍessores ou pais, usando
a punição como maneira de mu-
recebe o nome
de punição. Existem certas situações que podem dar o comportamento de uma criança, podem perder sua eÍicá-
exigir a apresen-
tação de conseqüência desacereradora. crara prefãre
não usar
cia em lhe apresentarem conseqüências aceleradoras. O
conseqüências desaceleradoras pelas seguintes elogio, a aprovaçâo verbal e contatos físicos, tais como tocar e
razõês:
abraçar, apresentados à criança por adulto, não funcionarão de
1. os experimentos têm mostrado que é muito mais eficiente
ensi- maneira táo eÍiciente como conseqüências aceleradoras, se
nar à criança o desempenho de comportamentos
desejáveis, esse mesmo adulto Íreqüentemente ralha ou bate nela.
apresentando conseqüências acereradoras imediatamenie
oe-
pois deles, do que punir uma criança por 6. Se o adulto usa punição Íísica, tal como surrar ou esbofetear a
um comportamento
indesejável. criança, esta pode vir a imitar-lhe o comportamento agressivo:
as crianças Íreqüentemente Íazem o que observam nos adultos.
2' Crianças e adurtos freqüentemente aprendem
a não gostar de Podemos esperar, portanto, que Íilhos de pais agressivos serão
pessoas que os punem, de atividades
nas quais são junidos e mais agressivos em relação a outras crianças.
de locais onde são punidos. lsso se reflete em frases
como
estas: 7. Seo comportámento indesejável não for punido cada vez que
"Não gosto da minha proÍessora." ocórre e a punição não for extremamente severa ele conti-
"Não quero ir para a escola.,, nuará a ocorrer. A punição, simplesmente, não é- um método
"Detesto aritmética.,, muito eficaz para diminuir permanentemente o comportamento.
Também se reflete em comportamentos do
tipo mentir, colar, Se a punição não for extremamente severa e aplicada todas as
cabular aulas, fazer coisas às escondidas, etc. vezes que o comportamento indesejado ocorre, este continuará
a ocorrer. Como e diÍícil estar presente a cada comportamento
28
29
indesejável para. puni-lo, e uma vez que o uso de punição
ex_ risco de dano para si ou para os outros, e se todos os outros meios
tremamente severa causaria provavelmente mais problemas _
para diminuir esse comportamento perigoso Íalharam, ela terá que
reações emocionais como ansiedade e medo do que sorução,
podemos concruir que punir nâo é um modo -prático esperar a próxima ocorrência do comportamento e imediatamente
de modiÍi- apresentar o que crê ser uma conseqüência desaceleradora. Esta
car o comportamento de uma criança.
pode ser uma leve reprimenda, tal como "pare", "nâo" ou "sente-
8. Se a punição empregada é interrorppida em seguida, ou se à -se aqui". Reprimendas como estas serão eÍicazes para diminuir
pessoa que normalmente pune se encontra ausente, comportamentos perigosos em algumas crianças. Contudo, os pro-
então o
comportamento punido se acererará novamente, atingindo Íessores freqüentemente cometem o engano de considerar que uma
Íre-
qüentemente nÍveis mais artos do que apresenlava reprimenda, como as mencionadas, sempre funcionará como con-
antes do
período punitivo. seqüência desaceleradora. lsso não é verdade. Os psicologos de-
9' Punições usadas em certo período de tempo tendem a perder monstraram que quanto mais freqüentemente um proÍessor diz a
a eÍicácia. A Íim de obter o mesmo eÍeito, a pessoa que.pune uma criança para sentar-se, mais freqüentemente ela Íicará de pé,
deve, continuamente, aumentar a intensidade das puniçôes em_ Só há um modo de veriÍicar se a reprimenda é uma conseqüência
pregadas, lornando-as cada vez mais severas. desaceleradora para uma criança: apresentar-lha e veriÍicar seus
eÍeitos sobre a freqüência do comportamento ao qual ela imediata-
10. Quando pais ou proÍessores punem um comportamento
indese- mente sê segue. Se a freqüência desse comportamento diminui,
jável, a freqüência desse diminui imediatamente,
só para aumen- então temos certeza de que a reprimenda é uma conseqüência
tar mais tarde. contudo, a diminuição iniciar na freqüência do
desacelerad ora para aquela criança.
comportamento punido funciona Íreqüentemente como conse-
qüência acereradora para o comportamento de punir. rsso Como recurso final, se todos os outros meios de mudar o compor-
reva
a um aumento no uso de punição pelos pais e professores, já tamento perigoso de uma criança não foram bem sucedidos, Clara
que era parece ser um meio eficaz de diminuir a freqüência pode ter que apresentar-lhe, de maneira consistente, uma conse-
de
comportamentos indesejáveis, embora a longo prazo seja ine_ qüência desaceleradora severa, imediatamente após o comporta-
ticaz. mento indesejável.

11.'os psicólogos descobriram que nas interações sociais as pes-


Se você deseja diminuir imediatamente a treqüência de
soas "recebem o que dâo,'. As pessoas que apresentam con_ um comportamento perigoso..para uma criança, ou para
seqÜências aceleradoras aos outros, destes também receberão os que a cercam, apresente consisÍenÍemente uma CON-
conseqüências aceleradoras. Do mesmo modo, quanto mais SEQüÊNCIA DESACELERADORA imediatamente após o
conseqüências desaceleradoras uma pessoa apresenta, tanto comportamento, CADA VEZ que este ocorrer.
mais conseqüências desaceleradoras receberá.
Considerando todas essas razões para não punir uma criança, é OBSERVAÇÃO:
Íácil entender por que crara sente-se rerutante quanto ao uso de
conseqüências desaceleradoras. contudo, existem algumas circuns-
Antes de apresentar uma conseqüência desaceleradora, Clara dá
tâncias bastante raras nas quais ela pode decidir se e necessário sempre aviso à criança. Se o comportamento continua, ela apresen-
usar punição. Por exemplo: se Clara decide que não pode permitir
ta imediatarnente após o comportamento, de maneira Íirme e cate-
que uma criança continue a agir de certo modo, pois isso envolve górica, aquilo que crê ser uma conseqüência desaceleradora. En-
quanto apresenta a conseqüência desaceleradora, ela explica à
30
31
criança, de maneira Íactuar, quar o comportamento que
está sendo Por exemplo, você lembra que Clara considerou necessário dimi-
punido. Para muitas crianças, o proprio aviso já
Íunciona ou passa- nuir o comportamento de Lúcio (br.igar com outras crianças e to-
rá a Íuncionar como eonseqüência desaceleradora.
mar-lhes os brinquedos). Para diminuir a freqüência desse com-
portamento, ela o Íez afastar-se das crianças com as quaiS estava
Você agora sabe como aumentar a freqüência de um
brincando e sentar, sozinho, num canto da sala. Esse procedimento
camportamenÍo; se deseia aumentar a Íreqüência de um
era repetido sempre que ele apresentava aqueles comportamentos
compo{tamento que ainda está sendo aprendido, apre_
indese.jáveis. Ao mesmo tempo, Clara tomava todo o cuidado em
senÍe coNS/STENT EMENT E uma conseqüência acerera- apresentar conseqüências aceleradoras a outros comportamentos
dora, imediatàrnente depois dete, CADA VEZ que ete de Lúcio, tais como pedir um brinquedo, cooperar com outras crian-
ocorrer,
ças e partilhar os brinquedos com elas. Clara apresentava conse-
Se vOcé deseja manter um comportamento que já Íoi qüências aceleradoras imediatamente apos a ocorrência de qual-
aprendido, apresente OCASTONALMENTE conseqüência quer desses comportamentos.
aceleradora imediatamente depois dete. Ela procedla assÍm por duas razões:

Você agora também sabe como diminuir a freqüência 1. Pedir brinquedos, cooperar com outras crianças e partilhar seus
de um com_ brinquedos com elas são comportamentos incompatíveis com "bri-
portamento:
gar e tomar o brinquedo de outras crianças". lsso é Íácil de enlen-
se desela diminuir-the a Íreqüência, ELTM,NE a conse- der. Se uma criança está cooperando com outra, não pode estar
qüêneia aceleiadora que o está mantendo. batendo nela. Portanto, um modo de diminuir a freqüência de brigar
é aumentar a Íreqüência de cooperar.
Se desela diminuir rapidamente a Íreqüência de
um com_ 2. Pedi por brinquedos, cooperar com outras crianças e partilhar
portamenta, use o TSOLAMENTO SOCTAL para
etiminar os brinquedos com elas são comportamentos desejáveis que Clara
por um curto periodo de tempo lodas as conseqüências
quer ensinar a Lúcio.
aceleradoras..
OBSERVAÇÃO:
Se desela diminuir imediatamente um comportamento
que oÍerece perigo a uma criança ou aos
outros, apre_ Sempre que você deseja diminuir a Íreqüência de um comporta-
senÍe consistentemenb uma CONSE?üÊNCtA DESACE_ mento indesejável, aumente simultaneamente a ÍreqÜência de com-
LÊRADORA imediatamente depois dete, CADA VEZ que portamentos desejáveis incompatíveis com os indesejáveis. Com a
ele ocorr:er. maior parte das crianças, pode conseguir isso, simplesmente rgtno-
rando os comportamentos que deseja eliminar e elogiando compor-
tamentos compatíveis cuja freqüência você quer aumentar.
Um dos modos mais poderosos já descobertos para
mudar o com_
portamento de uma pessoa que está aprendendo
é:
'l) diminuir-lhe
os comportamentos indesejáveis e,
2)simultaneamente, aumentar-lhe os comportamentos
desejáveis
incompatíveis com os, indesejáveis.

32 QA
EXERCÍCIO:
que, quando ensinamos qualquer comportamento novo, devemos
Abaixo há uma rista de comportamentos indesejáveis. para começar do nível no qual a criança se encontra. SÓ então podemos
cada
um deles descubra o comportamento desejável incompatível. modelar um novo comportamento, passo a passo.
Co m po rtame ntos i nd esej áve is :
O primeiro passo para Paulinho e brincar quieto, sozinho. Nos
Co m po rtam e ntos d esej áve i s
dois primeiros dias de, seu programa, Clara consistentemente se
incompatlveis:
iil
1. chorar, 'l
aproxima de Paulinho e conversa com ele enquanto ele brinca
quieto, sozinho. Ao Íim do segundo dia, ela observa que Paulinho
2. grilar, 2. não mais corre pela sala; pelo contrário, passa a maior parte do
3. tomar o brinquedo de outra 3. tempo brincando quieto, a sós.
cnanÇa,
4. interromper outra pessoa PAULINHO
4
quando esta está Íalando, COMPORTAMENTO correr pela sala
5. não esperar a sua vez, 5. CONSEQÜÊNCIA Clara não dá atenção
6. derrubar o leite ou suco 6. EFEITOS SOBRE
diminuição na freqüência
de fruta, O COMPORTAMENTO
7. ameaçar verbalmente outra Z . COMPORTAMENTO brincar quieto e sozinho
criança. Clara dá atenÇão
CONSEQÜÊNCIA
Diga a outras pessoas o que você deve Íazer nesse exercÍcio. EFEITOS SOBRE
Mcs- aumento na Íreqüência
tre-lhes a lista e veja se concordam com você. O COMPORTAMENTO
1i DANDO OHIGEM. A proxima erapa programada para Paulinho é brincar quieto, pro-
MODELANDO.
I ximo de outras crianças. Durante o terceiro dia de seu programa,
Na classe de clara há um menino chamado paurinho. Clara somente dá atenÇão a Paulinho quando ele está brincando
i
i Até o momen-
i
to em que se tornou seu aruno, ere nunca havia brincado sozinho perto de outras crianças. A tarde, nota que Paulinho brinca
ll com outras
i
crianças. Durante os dois primeiros dias, permaneceu aÍastado o tempo todo perto delas.
das
itl demais crianças, brincando invariavermente com o mesmo brinque-
I
do ou entâo correndo ao redor da sara, perturbando os demais. PAULINHO
I
observando Paurinho nesses dois primeiros dias, crara descobriu 30MPORTAMENTO brincar quieto e sossegado
il que ele absolutamente não brincava com as outras crianças.
Era ]ONSEQÜÊNCIA Clara não dá atenção
quer gue todas as crianças em sua classe brinquem juntas.
Con_ EFEITOS SOBRE
tudo, como Paulinho nunca brincava com outras crianças, diminuição na Íreqüência
ela não O COMPORTAMENTO
podia simpresmente aumentar a freqüência desse comportamento,
br.incar quieto, sozinho, perto de outras
apresentando conseqüências acereradoras quando ere ocorresse. OMPORTAMENTO cnanÇas
Devia, portanto, pranejar um programa especial para ensinar pauri-
ONSEOÜÊNCIA Clara dá atenção
nho a brincar com outras crianças. Era sabe que existem
muitas EFEITOS SOBRE
etapas envolvidas no aprender a "brincar com outras crianças', aumento na freqüência
e O COMPORTAMENTO
34
35
No outro dia, Clara Íaz com que paulinhc
âp resentand o- h e conseq as
rr::::r; 5. Apresente conseqüências aceleradoras apenas para comporta-
r

está brincando com outras


üên ci rloXurX:t".#i:,: mentos que estão cada vez mais proximos do ponto de chegada.
""","
crianças.
Após vários dias de 6. Continue a elevar o critério de exigência para a apresentação
e.atençÕes quando pautinho
:!gir:
junto de outras crianças,
ela observa qr".agora ele passa
brincava de conseqüências aceleradoras, até alcançar, f inalmente, o
parte do seu tempo de a maior ponto de chegada.
escota b;.;n;;.om etas.
É importante reconhecer que a maior parte dos comportamentos
PAULINHO mais complexos é aprendida vagarosamente, numa seqüência de
pequenos passos. Para que a criança aprenda eficazmente, e pre-
ciso que cada passo, na direção certa, seja seguido de conse-
qüências aceleradoras.
EFEITOS-SOBRE
diminuição na freqüência
EXERCICIO:
brincar com outras crianças Releia as páginas 35 e 36. Observe como cada um dos princípios
Clara dá atenfi;" o;logia acima Íoi utilizado.

O COMPORTAMENTO aumento na Íreqüência


AVISO:

Apresente conseqüências aceleradoras somente apos comporta-


mentos que estão "mais e mais" próximos do ponto de chegada.
Se você persiste em apresentar conseqüências aceleradoras num
mesmo passo, a criança não avançará até o proximo. Por outro
lado, se você tentar mudar o seu critério muito rapidamente, utili-
Ml deve ser dividida em pequenos passos. zando passos muito grandes, a Íreqüência do comportamento
Para ensinar um novo comportamento diminuirá, se o critério para apresentação de conseqüências acele-
através da modelagem:
1' Determine em que nÍver está radoras Íor atingido.
o comportamento atuar da criança.
2. Decida o que deseja.ensinar EXERCÍCIO:
àcriança, isto é, aonde você
que o comportamento deseja
dessa criançà án.gr..
Selecione um comportamento novo que você desejaria ensinar a
3. Decomponha a aprendizagem uma criança. Seja bastante especíÍico.
em pequenos passos, partindo
comportamento da .ri"nçà-àte do
I:tJ":: arcançai', ,.rà o" O comportamento é

4' Apresente conseqüêncías acereradoras


cada comporlamento que repres"nt", imediatamente após
direçâo ao ponto de chegada u, passo adiante em Agora decomponha este comportamento em vários pequenos
passos:
36
37
Passo 1
Passo 2 JANETE
Passo 3 ulara pergunlanoo quem quer ouvrr
DICA uma história
Passo 4
COMPORTAMENTO pedir para ouvir uma história
Passo 5
CONSEQÜÊNCIA ouvir a leitura de uma história
Tente agora modelar este
novo comportamento, EFEITO SOBRE
OBSERVAÇÃO: nâo especiÍicado
O COMPOHTAMENTO
A próxima parte deste capítulo
descreve como dar origem Damos abaixo mais alguns exemplos de dicas:
portamentos com uso a com_
de dicas. em óerar é muito
iniciar um novo comportamento mais eficiente
utilizando dicas Beto vê a caixa de um boneco de mola na sala de brinquedos.
do-o. portanto, de modo geral, do que moderan-
,o"ê-d"r"ria tentar iniciar novos Pega a caixa e aperta um pequeno botão lateral, Íazendo com que
comportamentos utilizando um palhaço salte da caixa.
dicas u..iu modelagem
primeiro método não Íuncionar. " apenas se o
BETO
DANDO ORtcEM. DtcAS E MODELAÇÃo. DICA vê a caixa do boneco de mola
Dissemos anteriormente que
o Íator ma. COMPORTAMENTO pega a caixa e aperta um botão
zasem de um comolfam:nto
Vimos também que, através
e aquiro il"':Ht::f J"H:'::il.
do uso etúiente de certas conseqüên- CONSEQÜÊNCIA um palhacinho pula Íora
cias, podemos acelerar ou
diminuir certos comportamentos EFEITO SOBRE
não especificado
Agora vamos analisar o que O COMPORTAMENTO
acontece antes da ocorrência
comportamento. "crara entra de um
na sara com um livro de histórías Clara distribui material de desenho sobre a mesa. Beth e Marcos
diz "euem guer ouvir uma e
- ouvír uma história.,,
quero
história?,, Janete responde: ,,Eu se aproximam e começam a desenhar. Clara elogia o belo trabalho
e Clara .or"ç" a lê_la para que estâo fazendo. Beth e Marcos continuam desenhando.
ela.,,

BETH E MARCOS
COMPORTAMENTO pedir para ouvir urnihistóriã DICA material de desenho sobre a mesa
ouvir a leitura de uma história COMPORTAMENTO desenhar
EFEITO SOBRE
CONSEQÜÊNCIA elogio verbal de Clara
O COMPORTAMENTO não especiÍicado
EFEITO SOBRE
o comportamento continua
A frase de Janete _ ,,Eu quero O COMPORTAMENTO
ouvir uma história,,, Íoi precedida
pela frase de Clara _ ,,euem
qr"r. orJr. uma história ?,, Aoevento
imediatamenre antes Aninha vê um grupo de crianças pulando corda. Ela corre para as
de um comporramento denomi_
ffiJ..:ffi. crianças e pergunta-lhes se pode brincar também, Em seguida
entra na Íila para pular corda.
38
39
CRISTINA
crianças pulando corda
DICA
pede para brincar também
CONSEQÜÊNCIA COMPORTAMENTO

FEITO SOBRE CONSEQÜÊNCIA


O COMPORTAMENTO não especificado EFEITO SOBRE
não especificado
O COMPORTAMENTO
EXERCÍCIO:
Clara diz: "Joãozinho, por Íavor, ajude-me a carregar esta bande-
ldentifique a dica, o comportamento ja." Joãozinho leva
e a conseg üência imediata a bandeia para a cozinha e Clara lhe diz:
nos seguintes exemplos: "Muito obrigada."
Rita vê um pedaço
g.. q:q"l no chão, pega_o e joga_o na cesla
de lixo' craradiz a Rita: "Muito oem,
voJe está ajudando a manter JOÃOZINHO
a sala limpa."
DICA
COMPORTAMENTO
CONSEOÜÊNCIA
EFEITO SOBRE
não especificado
O COMPORTAMENTO

EFEITO SOBRE O COMPORTAIVENIO


não especiÍicado.
Se, no primeiro exemplo, você identificou o pedaço de papel no
C.lara. diz a Teresa para ,,sentar_se quietinha,, chão como sendo a dica, o pegar o papel jogando-o no lixo como
atende, lhe lê uma história.
e, quando Teresa o comportamento e, como conseqüência imediata, o elogio de
Clara, então acertou.
Você também acertou, se nos outros exemplos identiÍicou as dicas
como sendo: o pedido de Clara a Teresa para sentar quietinha, a
visão do pedaço de bolo e o pedido de Clara a Joãozinho para
PORTAMENTO que a ajudasse.
CONSEQÜÊNCIA
Os comportamentos corretos nos demais exemplos Íoram respec-
EFEITO SOBRE
tivamente: sentar quieta, pegar e comer o pedaço de bolo e car-
COMPORTAMENTO náo especificado regar a bandeia.

cristina vê um pedaço de boro sobre As consegüências respectivamente foram: ouvir uma história, ter
a mesa. pega_o e come. o bolo na boca e ouvir alguém dizer "muito obrigado".
40
41
EXERCÍCIO:

E_screva agora seus próprios PEDRINHO


exemplos, baseados em crianças
você conhece. ldentiÍique a díca, á .árponrmento, que "Pedrinho, por Íavor, lave suas mãos.'
DICA
imediata e o efeito sobre conseqüência
o .rrport*àrlo, ., este Íor conhecido. COMPORTAMENTO lavar as mãos
Exemplo:
cermissâo para ajudar na distribuição
CONSEOÜÊNCIA
Je doces
EFEITO SOBRE
nâo especificado
O COMPORTAMENTO

Lembre-se sempre de que, se desejamos que o comportamento


aumente em Íreqüência, devemos necessariamente apresentar uma
conseqüôneia aceleradora imediatamente após a ocorrência dele.
Como todos os proÍessores sabem, uma das dicas mais eficazes
é o comportamento de outras crianças e de adultos.

FREQÜENTEMENTE AS PESSOAS SE COMPORTAM


CONFORME VÊEM O COMPORTAMENTO DE OUTRAS.
CONSEQÜÊNCIA
Os psicologos se referem ao fato acima como sendo uma imitação.
EFEITO SOBRE Os estudos mostram que crianças e adultos aprendem grande
O COMPORTAMENTO variedade de comportamentos através da imitação de um modelo.
D.iga a outras pessoas o que
Clara sempre toma bastante cuidado com seu comportamento,
está Íazendo. Mostre-lhes seus pois sabe que as crianças Íreqüentemente agem, imitando-a. Ela
plos e veja se elas concordam exem-
com você. se utlliza desse Íato como meio eÍiciente para ensinar as crianças.
DICAS SE USAM PARA DAR
Deseja que as crianças em sua classe "façam conforme ela diz e
ORIGEM A COMPORTAMENTOS. conÍorme ela Ía2".
Fregüentemente podemos identificar
as dicas que funcionam para
certos comportarnentos. Se pudermos EXERCÍCIO:
identiÍicar as dicas adequa_
das, poderemos dar origem
,o .orpãràmento desejado mediante Selecione um comportamento novo que você acha que uma criança
a simples apresentação da dica
,pràprãOr. poderia aprender por imitação. Ensine-lhe esse comportamento.
Por exemplo, Clara gostaria que pedrinho
lavasse as mãos antes O comportamento é
de sentar-se à mesa. por isso
Pedrinho resolva lavar as mãos.
.f" O""iO" não esperar até que
Em vez disso, ela apresenta
dica: "Pedrinho, por favor, lave uma Diga à criança: "Olhe para mim e Íaça como eu estou fazendo."
os ,aã..,, pedrinho lava as mãos
e clara permite que ele ajude a oistriúuir Enquanto a criança está olhando, execute o comportamento dese-
doces para as demais
crianças. jado. Se a criança imita esse comportamento, apresente imediata-
mente uma conseqüência aceleradora.
42
43
Uma dica bastante comum, utilizada pela
maioria dos professores, SUMÁRIO DO CAPÍTULO
.1:
é o enunciado de regras. Se deseja
estabelecer regras, você Oeve:
1. Ocomportamento é influenciado principalmente pelas suas
-umaEnunciar a regra de modo positívo. uma regra
criança como deve ela comportar-se, deve dizer a conseq üê nci as i med i atas.
e não sugerir maneiras
indesejáveis de se comportar. 2. Existem dois tipos de conseqüências: aceleradoras e desace/e-
radoras.

3. Conseqüêncras devem seguir-se imediatamente ao comporta-


- Estabeleça regras curtas, especíÍicas e claras. mento.
Limite o número de regras a três
-traram que um pequeno
ou quatro. psicólogos demons-
4, O comportamento é medido pela sua Íreqüêtncia de ocorrência.
numero de regras funciona ,ótnor do
um grande número delas. que A freqüência de um comportamento indica quantas vezes ele
ocorreu num período de tempo
Apresente sempre conseqüências 5. Uma conseqüência aceleradora aumenta a Íreqüência do com-
-mentos de ,,seguir
aceleradoras aos comporta.
portamento ao qual imediatamente se segue.
a regra,'. Uma regra só é importante para
criança até o ponto em que ela uma
diz como se comporrar a Íim
receber conseqüências aceleradoras. de 6. Se deseja acelerar um comportamento que está sendo apren-
dido, apresente, consistentemente, uma conseqüência aceleradora
Utiiize-se de crianças que estâo ,,seguindo imediatamente após o comportamento, cada vez que este ocorrer.
-modelos, as regras,, como
apresentando-rhesconseqüências acereradoras e dizen- 7. Se deseja manter um comportamento que já foi aprendido,
do à classe por que eras estão recebendo apresente, ocasionalmenÍe, uma conseqüência aceleradora imedia-
aceleradoras' ("Janete rembrou-se ".r".
"onr"q-,;àai",
da regra; nós sempre revanta-
tamente depois dele.
mos a mão se desejamos Íarar durante
a reitura de uma nistoria; 8. Se deseja desacelerar um comportamenlo, elimine a conse-
Janete você pode ajudar-me a virar
as páginas do livro.,,) qüência aceleradora que o está mantendo.
Reduza gradualmente o número de 9.Se deseja diminuir rapidamente um comportamento, use o rso/a-
-o enunciado vezes em que você repete
da regra. Continue a apresentar conseqüências mento social por um curto período de tempo, para eliminar todas
ace_
leradoras ao comporlamento se ,,seguir
, ,"gr",,. Tente atingir o as conseqüências aceleradoras. O isolamento social Íunciona
ponto em que você possa.manter melhor quando usado raramente.
o ãomporta;;.;" il;iJoo'r",
precisar repetir o enunciado
da regra. 10. Uma conseqüência desaceleradora diminui a freqüência do
comportamento ao qual imediatamente se segue.
11. A apresentação de conseqüências desaceleradoras imediata-
VIAGEM THANQÜILA mente após o comportamento recebe o nome de punição. Existe
CONSISTÊNCIA grande número de razões para não usarmos a punição.
O segredo de uma viagem tranqüila é
ser consistente e aplicar 12. Se deseja diminuir imediatamente a freqüência de um compor-
consistentemenÍe os princípios apresentados neste .rpitrt.-- tamento, que é perigoso para a criança ou para outras pessoas,
44
45
apresente, consistentemente, uma conseqüência
desacereradora
imediatamente após o comportamento,
cada vez que este ocorrer.
13. O modo mais eficazjá descoberto para
mudar comportamento Aonde ir O que ensinar
de um aprendiz é:
a * desacelerar comportamentos indesejáveis
e
b acelerar simultaneamente comportamentos
-
são incompatíveis com os indesejáveis.
desejáveis que
ESCOLHENDO PONTOS A NECESSIDADE DE
DE CHEGADA. OBJETIVOS.
14. Para ensinar um novo comportamento
através da modetagem:
a determine o níver em que está iniciarmente
da
- o compoitãrento
vvr I rvvr rqt Agora que você sabe como viajar, está pronto para aprender a
criança;
coisa mais importante numa viagem'. como decidir aonde ir. Saber
b
- determine
dessa
o ponto a gue você deseja que o comportamento
criança chegue (ponto de chegada);
como viajar é de pouca valia para uma pessoa quando ela não
sabe aonde deseja ir.
c decomponha a aprendizag",
do- nível inicial de comportamento da
peguenos passos, partindo
",.riança até alcançar Clara sempre sabe aonde deseja levar cada criança' Ela sempre
o ponto
de chegada; sabe que comportamentos quer ensinar, e essa é uma das razões
d que a tornam uma proÍessora eficiente. Joãozinho não aprendeu a
- apresente conseqüências acereradoras imediatamente após
cada comportamento que represente partilhar seus brinquedos e Léia não aprendeu a Íazer perguntas,
um passo adiante, em direção
ao ponto de chegada; enquanto clara não decidiu ensinar-lhes essas habilidades. Esco-
e lheu um ponto de chegada aonde levar essas crianças: tinha ela
- apresente conseqüências aceleradoras somente para aqueles
mais e mais jo oor-io o,
comportamentos que se aproximem um objetivo.
chegada;
f
- eleveacelêradoras
qüências
gradualmente o critério para
apresentação de conse_ OBSERVAÇÃO:
até alcançr, o ponto de chegada. Se você não tem objetivo, não sabe aonde deseja ir. Se você não
15' Um evento que ocorre imediatamente sabe aonde vai, provavelmente não chegará lá.
antes de um comporta-
mento é denominado dica.
Ao selecionar objetivos para uma criança, você deve fazer-se a
'16.
São usadas as dicas para estabelecer
comportamentos. seguinte pergunta: "O que precisa essa criança aprender, que eu
17. Depois que uma dica estabeleceu possa ensinar-lhe?"
o comportamento apropria-
do' apresente imediatamenre uma consãquencia
acereradora. Ao responder a essa pergunta, você pode achar útil comparar a

1B' As pessoas freqüentemente criança a outras da mesma idade. É possível que essa comparação
outras pessoas se comportarem.
se comportam conforme observam sugira vários comportamentos que a criança deveria aprender
Você pode considerar também os comportamentos que a criança
19. Sela consrs/enÍe e aplique consistentemenÍe precisa a fim de se sair bem no ambiente em que vive agora, ou
esses princípios.
nos ambientes em que vrverá no futuro. Finalmente, pode consi-
derar também os comportamentos que pessoalmente acha dese-
jáveis numa criança.
46
47
OBSERVAÇÁO:
SARA
Se você gosta de algo e a criança necessita dele, selecione_o
como um objetivo. CIRCUNSTÂNCIAS:
oferecer um doce a cada criança
COMPORTAMENTO:
OBSERVAÇÃO: sentada à mesa.
Bons objetivos são aqueles que são bons para CBITÉRIO:
a criança e são
boYrs para você. (será que isso é suÍiciente? Nâo/ Clara não quer que sara distri-
bua doces durante q período de jogo'livre ou durante a leitura de
ESPECIFICANDO UM PONTO DEFININDO OBJETIVOS. histórias. clara deve especiÍicar as. circunstâncias nas quais o
DE CHEGADA- comportamento deve ocorrer. Sendo assim, ela se pergunta:
"Em que circunstâncias desejo que o comportamento ocorra?")
Ao selecionar um objetivo, Clara sabe que este, para
ser útil no
processo de ensino, deve ser especiÍicado
com crareza e detarha- SARA
damente' Era descobriu que um modo bastante
simpres de Íazer durante a hora do lanche quando todas as
isso é perguntar-se três questÕes: CIRCUNSTÂNCIAS: crianÇas estão sentadas à mesa, Sara deve
Que comportamento desejo que a criança desempenhe? oferecer um doce a cada criança
Em que ambiente ou circunstâncias desejo que COMPORTAMENTO:
esse comporta_ sentada à mesa.
mento ocorra?
CRITÉRIO:

Quão bem desejo que esse comportamento seja desempenhado? (Será que isso é suficiente? Não! Clara não deseja que Sara de-
isto é: qual o criterio que o desempenho deve more 15 minutos para distribuir os doces, nem que os derrube no
- atingir?
chão. Clara precisa especiÍicar quão bem Sara deve cumprir sua
Aquí está um exempro de como a coisa funciona.
crara sereciona tarefa, isto e, o critério que o desempenho de Sara deve atingir.
um objetivo: decide ensinar sara a ajudar na
distribuiçâo de doces. Desse modo, ela se Pergunta:
Depois de preparar o quadro abaixo, crara
se táz a priÃeira
pergunta. "Quão bem eu desejo que esse comportamento seja desempenha-
do? tsto é: qual o critério que deve o desempenho atingir?")
-
SARA
CIRCUNSTÂNCIAS: durante a hora do lanche quando todas as
CIRCUNSTÂNCIAS:
crianÇas estão sentadas à mesa, Sara deve
COMPORTAMENTO: oÍerecer um doce a cada criança sentada
COMPORTAMENTO:
CRITÉRIO: à mesa.
lêvando no máximo 3 minuto§ Para
completar a tareÍa, sem derrubar nenhum
RITÉRIO:
Que comportamento desejo que Sara apresente? doce no chão; movimentando-se em
silêncio ou Íalan@
48
49
Agora clara especiÍicou seus objetivos
com clareza e de modo EXEHCÍCIO:
detalhado. poderá identifícar faciimente quando
s"r"
De fato, especiÍicou tão bem os objetivos, que ". ",i.ãir]
um estranho po_
Marque com um X cada um dos comportamentos abaixo que você
deria entrar em sua sala, receber a descrição considerar observáveis e mensuráveis:
acima e ser capaz
de decidir se sara atingiu ou nâo os objetivos 1. a criança guardará os blocos de madeira;
propostos. A este
procedimento dá-se o nome de tesÍe 2. acriançagostará;
do estranho.
3. a criança falará com moderação;
TESTE DO ESTRANHO, 4. a criança saberá.
se você mostrasse seus objetivos a um estranho,
ere deveria ser Marque com um X cada um dos comportamentos abaixg que você
capaz de, entrando em sua sala de aula,
decidir se o objetivo está considerar claramente especificados:
sendo arcançado. se a decisão do estranho
concordar com a sua, 5. a criança compreenderá;
então o objetivo escolhído passou no teste.
6. a criança andará até o Íiltro;
Para que um objetivo passe nesse teste, 7. a criança pendurará seu casaco no cabide;
deve ser específico. Deve
descrever o que o aprendíz.deve estar fazendo,'ou seja,
seu
8, a criança será boazinha.
comportamento ao atingir o objetivo;
deve descrever a .iiurçao, L 'g 't '1 :selsodseg
as circunstâncras onde e quando o comportamento
deve ocorrer;
e, finalmente, deve descrever quão bem ou, em EXERCÍCIO:
relação a que
critério, o comportamento deve ser desempenhado.
Danlbs abaixo uma série de objetivos. Leia cada um e decida-se:
OBSERVAÇÃO: 1. Ele está completo, isto é, as circunstáncias, o comportamento
e o critério são especiÍicados de maneira clara e detalhada.
Não é suficiente conhecer seus objetivos ',de 2. As circunsÍâncias não são especiÍicadas.
cabeça,,. É neces-
sário ser mais específico. 3. O comportamento é enunciado de modo vago.
4. O criterio não é especiÍicado.
AVISO:
5. Pelo menos dois desses elementos não sáo especiÍicados ou
estão enunciados de modo vago.
Muitas pessoas, aô tentarem pera primeira
vez definir objetivos, Exemplo: "Quando a professora lhe pedir para guardar os brin-
cometem o engano de não especiÍicar claramente
um comporta_ quedos, a criança começará imediatamente a guardá-los, comple-
menlo. Ao invés disso, elas tentam usar termos
vagos aorio ,,, tando sua tarefa em 5 minutos."
criança quererá", ,,a criança gostará,', ,,a criança
entenderá,,, ,,a
criança saberá", ou "a criança desenvolverá
um senso de,,. o quando a professora lhe pede para guardar
problema, craro, é quê esses termos .IRCUNSTÂNCIAS: os brinquedos, a criança começa
bastante vagos signíficam
diferentes coisas para pessôaô diferentes. um
teimo vigo nao
passará no teste do estranho. Quando COMPORTAMENTO: a guardar esses brinquedos imediatamente,
você descreve um aã*por-
tamento, ere deve ser oôserváver, mensuráver
e craramente espe-
ciÍicado. lO: completando a tarefa dentro de 5 minutos'

50
51
Esse objetivo é um exemplo que especifica a círounstância, o
comportamento e o critério, portanto, a alternativa correta é a n.s '1. IRCUNSTÂNCIAS:

AMENTO:
A. Durante o período de jogos a criança brincará.
TÉRIO:
IRCUNSTÂNCIAS:
Esse objetivo é um exemplo que atende a alternativa p.e . . .
MPOBTAMENTO:

ro:
E. Durante a aula de música a criança aprenderá a gostar de
Esse objetivo é um exemplo que atende a alternativa pe . . . cantar.

NSTÂNCIAS:
B. Durante o perÍodo de histórias as crianças deverão prestar PORTAMENTO:
atenção.
ITÉRIO:
IRCUNSTÂNCIAS:
Esse objetivo é um exemplo que atende a alternativa 1.e . . .
MPORTAMENTO:

TÉRIO:
F. A criança Íolheará o livro por um período de, pelo menos,
minutos.
Esse objetivo é um exemplo que qtende a alternativa 6.e . . .
RCUNSTÂNCIAS:
C. Ao chegar à escola, pela manhã, a criança deverá pendurar OMPOHTAMENTO:
seu casaco no cabide, com seu nome, antes de começar a brincar.
RITÉRIO:
IRCUNSTÂNCIAS:
Esse objetivo é um exemplo que atênde a alternativa p.e . . .
PORTAMENTO:

ITÉRIO:
.z_t ,g_J ,z-o ,l_c ,7a ,r-Y :selsodseg

Esse objetivo é um exemplo que atende a alternativa 6.e . . . EXERCÍCIO:

Escreva agora alguns objetivos em relação às crianças com as


D. A criança dirá "por favor" e "muito obrigado', em voz mode- quais você lida. lnclua, para cada objetivo, a especificação das
rada. circunstâncias, do comportamento e do critério.

52 53
A.
O qrc procurar Como avaliar
IRCUNSTÂNCIAS: o en$no
AMENTO:

TÉRIO:
PONTOS DE REFERÊNCIA. A OBSERVAÇÃO DO
B. COMPORTAMENTO.

IRCUNSTÂNCIAS: Dissemos anteriormente que "proÍessores são pessoas que mudam


PORTAMENTO: o comportamento dos aprendizes", lsso reÍlete a convicção de que
o ensino se realiza apenas quando a aprendizagem ocorre. Oca-
TÉRIO: sionalmente, você ouvirá um pai ou professor dizer: "Eu o ensinei
a tazer isto umas 50 vezes, mas ele ainda não a Ía2." O que estes
c. "proÍessores" deixam de reconhecer é que o ensino é medido pelo
eÍeito que o professor consegue do aprendiz. Se um'proÍessor
UNSTÂNCIAS: tenta ensinar uma criança a lazer algo e, depois dessa tentativa,
l

i AMENTO: ela ainda não pode tazê-lo, o professor não a ensinou.

TÉRIO:
O ENSINO É O EFEITO QUE VOCÊ CONSEGUE DO APRENDIZ.
il D, Para melhorar o seu processo de ensino, você deve ser capaz de
iti verificar o eÍeito daquilo que está tentando transmitir às crianças.
RCUNSTÂNCIAS: Para observar esse efeito, deve avaliar o seu ensino. Existem vários
modos de avaliar-lhe a eÍicácia:
PORTAMENTO:
Para certos fins normalmente basta verificar apenas se a criança
RITÉRIO: "atingiu o objetivo".

Verifique se seus objetivos estão deÍinidos de maneira clara e Se você especificou os objetivos claramente e de modo detalhado,
específica, aplicando o ÍesÍe do estranho. Se os objetivos forem então é muito Íácil avaljar. Antes de começar a ensinar, procure
aprovados, você estará aprovada. determinar se a. criança, na realidade, já não atingiu os objetivos
,nos quais você está interessado. Para fazer isso, você deve obser-
var a criança e ver se o comportamento exigido pelos seus objeti-
vos ocorre nas circunstâncias especificadas e de acordo com o
çritério estabelecido, A isto se chama um pre-tesÍe. Se a criança
na realidade já atingiu os objetivos, então não precisa ensiná-la.
Se não os atingiu, precisará ensiná-la. Para avaliar a eÍicácia de

54 55
seu ensino, deve continuar a observar a criança para ver como tamento dela. Quando essas mudanças são na direção do objetivo
atinge ela os objetivos especiÍicados. especiÍicado, os comportamentos de Clara que levam a um ensino
eficiente são acelerados.
Por exemplo, Clara quer que todas as crianças de sua classe selam
capazes de amarrar os sapatos. lnicialmente ela especiÍica seu Se o comportamento da criança não mostra mudança ou muda na
objetivo: direção errada, isso age como conseqüência desaceleradora e
diminui a freqüência dos comportamentos de Clara, causadores de
um ensino ineficiente.
CIRCUNSTÂNCIAS: dado um par de sapatos desamarrados,
a criança deverá PROFESSORES TAMBÉM SÃO APRENDIZES.

Em relação a certos objetivos, você descobrirá que náo é suficiente


COMPORTAMENTO: amarrá-los,
saber se a criança atinge'ou não o objetivo, mas também quão
CRITÉRIO: dando-lhes um laço, sem ajuda de outra freqüentemente ela o atinge. Quando o comportamento especiÍicado
pessoa e dentro de um período por um objetivo sofre restriçÕes na Íreqüência (por exemplo: dizer
de 3 minutos. "bom dia" pela manhã é um comportamento que sÓ pode ocorrer
uma vez por dia;' "responder a perguntas" é um comportamqnto
que so pode ocorrer quando perguntas são Íeitas), avaliamos a
Em seguida, Clara prélesta todas as crianças para determinar eficácia do ensjno, observando a ocorrência desse comportamento
quais delas já atingiram esse objetivo e, conseqÜentemente, quais e contando a porcentagem de vezes que, quando teve oportuni-
necessitam aprender essa habilidade. SÓ então ensina, individual- dade, a criança atingiu o objetivo.
mente, cada uma das crianças que náo o atingiram. Enquanto está
Por exemplo, Clara deseja que todas as crianças em sua classe
ensinando as crianças, observa continuamente o comportamento
lhe digam "bom dia" pela manhã. lnicialmente ela especifica o
delas, a Íim de determinar o progresso de cada uma em relação
obletivo:
ao objetivo estabelecido, Quando uma criança atinge o objetivo,
Clara sabe que tanto ela quanto a criança foram bem sucedidas.
A observação contínua durante o processo de ensino fornece muito CIBCUNSTÂNCIAS: Quando a criança chega à escola, ela
mais inÍormaçáo ao professor do que uma simples observação deverá
depois dele. De Íato, se observássemos apenas uma vez antes e COMPOHTAMENTO: dizer "Bom dia", "AlÔ", ou "Oi"
uma vez após o ensino, correríamos o risco de seguir uú caminho
errado durante o seu processamento, sem sermos capazes de CRITÉHIO: em voz moderada, ao ver a proÍessora
pela primeira vez naquele período.
notá-lo. É por esta razáo que clara preÍere avaliar continuamente
o comportamento de uma criança, à qual está ensinando algo.
Descobriu que isso a torna uma professora melhor, pois enquanto Clara seleciona Jorginho como uma criança que deve aprender
ensina a criança, esta lhe ensina como ensinar' lsso porque uma esse comportamento: Jorginho sabe cumprimentar as proÍessoras
mudança no comportamento da criança, para atingir o objetivo, e ocasionalmente diz "alÔ" para Clara ao encontrá-la. O que ela
Íunciona como conseqüência aceleradora. Avaliando continuamente precisa Íazer é acelerar o comportamento de Jorginho em cumpri-
a criança, nota imediatamente as mudanças ocorridas no compor- mentâr as pessoas.

57
56
Antes de tentar aumentar a Íreqüência desse comportamento, ela comportamento antes de começar a ensiná-lo e enquanto o está
o observa e conta sua freqüência, numa semana. Durante esse ensinando; se a treqüência do comportamento está mudando na
tempo, Jorginho a cumprimenta em média uma vez em cada cinco direção especificada pelo objetivo, ela sabe que está sendo eÍi-
dias, ou sejam 20o/o das vezes. Em seguida, Clara comeÇa a au- ciente em seu ensino.
mentar a freqüência desse comportamento, elogiando Jorginho
sempre que ele a cumprimenta pela manhã. Durante a semana
seguinte Jorginho cumprimenta Clara três vezes em cinco dias,
ou sejam 60% das vezes. Na terceira semana Jorginho cumpri-
menta Clara cinco vezes em cinco dias, ou sejam 100% das vezes, VELOCÍMETRO. MEDINDO FREOÜÊNCIA.

O CUMPRIMENTAR Para determinar a Íreqüência de um comportamento:


DE JORGINHO
1. Especifique o comportamento e as circunstâncias nas quais o
comportamento deve ser observado. A Íreqüência das brigas de
Lúcio e diferente nos diÍerentes períodos: jogo livre, aula de músi-
ca; o de refrescos e doces. Se você estivesse tentando ensinar
Lúcio a nâo brigar e lhe observasse o comportamento durante o
E
o)
período de jogos livres um dia e no dia seguinte durante o período
o)
o
c
de distribuição de doces e reÍrescos, poderia concluir erronea-
0)
o mente que as brigas diminuíram devido ao que você fez, quando,
À na realidade, a Íreqüência desse comportamento fora sempre mais
baixa durante o período de doces e reÍrescos, do que durante os
perÍodos de jogos livres. Em conclusão: faça suas observaçÕes
sempre em circunstâncias idênticas.
1234 56 7
2. Observe e conte o comportamento no momento em que ele
Semanas
ocorre. Você pode Íazer isso assinalando com um lápis, numa
Íolha de papel, cadavez que o comportamento ocorre, ou usando
Quando o comportamento especificado por um objetivo não sofre um pequeno "contador" tal como os jogadores de golfe usam para
restrição na Íreqüência, você precisa saber a freqüência absoluta contagem de pontos.
desse comportamento.
3. Registre o período de tempo durante o qual observou e contou
Quando Clara ensina uma criança, está tentando modificar-lhe o o comportamento. Para isso, tudo que você necessita é de um reló-
comportamento, a fim de atingir o objetivo especificado. Quando a gio. Simplesmente assinale, num pedaço de papel, quando você co-
mudança requer aumento ou diminuição na ÍreqÜência de um meça a sua observação e quando a termina. Conte o número de
comportamento que não sofre restrição na treqüência, Clara laz minutos que gastou, observando o comportamento. Esse registro
o seguinte: mede essa mudança, determinando a lreqüência do Íunciona melhor, se você decidir anteriormente durante quanto
58
59
tempo observará o comportamento e se mantiver esse período de Critério: no local apropriado e, com uma
observação constante de dia para dia (isto é, 10 minutos por dia, freqüência de cinco blocos por minuto,
20 minutos por dia). até que todos os blocos estejam guardados

4. Divida o número de. vezes que o comportamento observado


Ela deve Íazer isso quieta
- quer em
silêncio, quer conversando em voz baixa
ocorreu, pelo número de minutos que você gastou, observando-o. evitando esbarrar em outras crianças,
-e sem balanÇar os braços.
Número de comportamentos
- freqüência por mÍnuto
Número de minutos

Por exemplo, Clara quer aumenlar a freqüência do comportamento Data comportamento Temqo Freqüência Observações
lnlcio Fim Total
de Flodolfo em "guardar os blocos de madeira apos brincar com 2.0 Pré-teste
10/ 15 24 9:30 9:42 12
eles". lnicialmente especifica de modo detalhado e claro o seu
objetivo:

CIRCUNSTÂNCIAS: Durante o período de limpeza, a criança


deverá
COMPORTAMENTO:guardar os blocos de madeira
CRITÉRIO: no local apropriado e, com uma
Íreqüência de cinco blocos por minuto,
Como RodolÍo guardou 24 blocos de madeira em 12 minutos, a
até que todos os blocos estejam guardados.
quer em Íreqüência do comportamento de RodolÍo de guardar blocos de
Ela deve fazer isso quieta
-
silêncio, quer conversando em voz baixa
madeira é
evitando esbarrar em outras crianças, 24 blocos guardados
-
e sem balançar os braços. 2,0 blocos guardados por minuto.
12 minutos -
Em segujda, Clara observa RodolÍo sempre nas mesmas circuns-
tâncias (período de limpeza), conta o número de blocos que ele É óbvio que Rodolfo náo atingiu o objetivo que Clara havia estabe'
guarda e anota o tempo gasto nessa observação. Registra essa lecido.
informação numa Tabela de Registro de Proieto.
DETERMINANDO A DIREÇÁO
TABELA DE REGISTRO DE PROJETO. A BÚSSOLA ATRAVÉS DE GHÁFICOS
DO COMPORTAMENTO
Nome da criança: RodolÍo
Nome da proíessora: Clara
Circunstâncias: Na hora da limpeza a criança deverá
Comportamento: guardar os blocos de madeira,
61
60
Não e suficiente saber a velocidade com a qual nos movemos, isto TABELA DE REGISTRO DO PROJETO
é, a treqüência do comportamento; também devemos saber a di-
Nome da criança: Rodolfo
reção na qual nos eslamos movendo. óbviamente necessitamos de
uma bússola. Nome da protessora: Clara
Circunstâncias: Na hora da limpeza a criança deverá
Para determinar a direção na qual um comportamento se move,
Comportamento:, guardar os blocos de madeira,
devemos observá-lo mais de uma vez. Clara decidiu observar e
contar o comportamento de RodolÍo durarite três dias (pre-testes) Critério: no local apropriado, com uma freqüência de,
antes de introduzir um programa de ensino para acelerar seu no mínimo, cinco blocos por minuto, até
comportamento. Flegistrou essa informaçào numa Tabela de Begis- que todos os blocos estejam
guardados. Ela tarâ isso quieta quer
tro de Proieto. -
em silêncio, quer conversando em voz
Durante esse tempo as freqüências de guardar blocos de madeira
baixa.- evitando esbarrar em outras
crianças e sem balançar os braços.
Íoram:

1.s dia: 2,0 blocos guardados por minuto; Comportamento Tempo Freqüência ObservaçÕes
2.s dia 3,1 blocos guardados pdr minuto;
Data ' lnício Fim Total PlMinuto
3.q dia: 1,8 blocos guardados por minuto. 10/ s 24 9:30 9:42 12 2,0
11/5 31 9:25 9;35 10 3,1 PÉ-teste
12/ 5 18 9:32 9:42 10 1,8

13/5 9:40 9:50 2,2


No 4.s dia, Clara iniciou o programa de ensino para acelerar o 22 10

34 9;36 9:45 9 3,8


comportamento de Rodolfo, "guardar blocos de madeira". Come- 14/ 5
t5/5 59 9:28 9:40 12 4,9 O comporta-
çou por elogiar Rodolfo cada vez que ele guardava um bloco. Dali mento está
16/5 37 9:32 9:42 10 3,7
a pouco, estava elogiando Rodolfo somente a cada dois blocos que
/5 9:27 9;38 11 5,6 sendo rea-
ele guardase, mais tarde somente a cada cinco blocos e, Íinal- t7 62
18/5 9:35 9:45 10 8,0 lizado.
mente, a cada dez blocos que ele guardasse. Nos sete dias de 80

aula seguintes as Íreqüências do comportamento de RodolÍo de t9/5 81 9:29 9:40 11 7,4

guardar blocos de madeira Íoram:

4.s dia: 2,2 blocos guardados por minuto;


5.sdia: 3,8
6.s dia: 4;9
7.s dia: 3,7
B.s dia: 5,6
9.s dia: 8,0
10.ç dia: 7,4

62 63
A fim. de saber quão eÍicientemente está ensinando Rodolfo a No Íinal deste livro há, em branco, algumas Tabelas de Registro
guardar seus blocos de madeira, Clara coloca, dia a dia, a Íre- do Proieto e Grálicos do Comportamento do Proieto, que você
qüência desse comportamento num gráÍico, ao qual ela deu o pode usar. Quando êstiver desenvolvendo um programa de ensino,
nome de GráÍico do Comportamento do Projeto. Para fazer isso, siga o seguinte roteiro de trabalho:
ela coloca, a lápis, um ponto no local que indica a freqüência por
minuto do comportamento no dia em que a observação foi feita, 1. Preencha o cabeçalho da Tabeta de Registro do Proieto e do
cada ponto acrescentado é unido ao ponto reÍerente ao dia ante- Gráfico do Comportamento do Proieto, não se esquecendo de
rior por meio de uma linha traçada com régua. colocar o nome da criança, nome da proÍessora, as circunstêtncias,
o comportamento e o critério.
Aqui está o gráfico que Clara traçou:
2. Registre, cada dia, na Tabela de Registro a data, os comporta-
GRÁFICO DE COMPORTAMENTO DO PROJETO: mentos, o momento do início da observação, o momento de seu
Nome da criança: Rodolfo término, o total de minutos de observação e a Íreqüência por
minuto.
Nome da professora: Clara
3. Marque no Gráfico de Comportamento cada dia, a freqüência
Comportamenfo; guardar blocos de madeira por minuto do comportamento que você está observando'
I
o 7
f
.c /
E 6 OBSERVAÇÃO:
o
Nos GráÍico s de Comportamento do final do livro, a linha vertical
5
o.
/clara começa o proce-
.§ 4
()
c dimento de elogiar Rodolto doladoesquerdofoideixadaembranco'ospontosdessalinha
correspondem a valores numéricos de treqüência de comporta-
{)
:3 3
o quando ele guarda blocos
o 2 a
TL de mac erra mento que você está registrando. Para alguns comportamentos'
1
Íreqüência pode ser bastante alta e a linha numerada com
0' 10'
01 2 3 4 5 6 7 I 9 10 12 14
20,3040,etc.,enquantoparaoutroscomportamentosafreqüência
Dias de observação
pode ser bastante baixa e a linha numerada com 0: 0'1; 0'2; 0'3;
Apesar da Íreqüência do comportamento de RodolÍo náo aumentar, que você
0,4; etc. Numere os pontos da linha vertical de modo
consistentemente, de dia para dia, Clara pode ver facilmente,
tenha espaço para marcar todos os valores de treqüência
do
com ajuda do gráfico, que esse comportamento se está movendo que os valores
na direção desejada. O gráÍico é a bússola de Clara: úostra-lhe comportamento; por outro lado, assegure-se de
que você vai re§ístrar estejam espaçados o suÍiciente para que
em que direção o comportamento se move.
possa ver aô mudanças na freqüência'
AVISO:

Um gráfico não pode ser rnais preciso do que a informação que


você coleta dia a dia. Quanto menos precisa Íor essa informação, EXERCÍCIO:
mais desregulada sua bússola.
cornplete a Tabeta de Registro abaixo, calculando a freqüência do
64 comportamento e o total de tempo gasto durante. a observação.
65
TABELA DE REGISTRO DO PROJETO, um gráfico da freqüência desse comportamento. Veja um exemplo
deste caso na página 58.
Nome da criança: Teresa
Nome da proÍessora: Clara
EXERCÍCIO:
Circunstâncias:
comportamento: Complete o GráÍico de Comportamento abaixo, usando a inÍorma-
Criterio: Ção sobre freqüência dada na Tabela de Registro que você com-
pletou na página anterior,
Data Comportamento Tempo Freqüência Observação
lntcto Fim Total plMinuto
2/s 20 10:30 10:40 10 2.0
3/3 20 10:35 10:45 10 Pré-teste
4/3 24 10:32 10:42
GHÁFICO DE COMPORTAMENTO DO PROJETO
5/3 18 10:30 10:39
6/3 22 l0:36 10:47 Nome da criança: Teresa
7/3 26 l0:31 10:39 Nome da ProÍessora: Clara
8/s 29 l0:33 10:45 Comportamento:
9/3 34 10:38 10:50 O comporta-
10/s 36 10:33 10:45 mento eslá
11 /3 38 10:30 10:40 sendo elo-
12 /3 36 10:34 10:43 14
siado
13/3 41 10:31 10:42 13

16/ 3 36 10:34 10:43 12

17 /3 41 10:31 10:42 11
18/3 39 10:37 10:50 o 10
f
19/3 40 10:34 10:44 9

o I
OBSERVAÇÃO: o-
(ú 7
Em geral, ao trabalhar num projeto, os proÍessores acham mais c
(0) 6
ta
fácil iniciar e terminar uma observaÇão todos os dias à mesma q) 5
hora; conseqüentemente, o lempo de observação é semprê cons- LL
4
tante. â

z
OBSERVAÇÃO:
1

Você pode fazer também um gráÍico de porcentagem de vezes em 0 12 5 6 7 8 I 10 12 14

que um comportamento ocorre, da mesma maneira que você Íez Dias.de Observação

66 67
Por que algumas Os enganos
pessoaÍr se mais oomuns
petdem no ensino
ALGUMAS PESSOAS NÁO SABEM
AONDE DESEJAM IR. FALTA DE OBJETIVOS.

Muitos proÍessores não sabem ou têm uma leve ideia de aonde


desejam ir. lsso é perigoso, pois você já aprendeu que:
Se não sabe aonde quer ir, possivelmente não chegará lá'

Quando um proÍessor. inicia uma viagem sem destino específico é


muito Íácil perder-se.
Um proÍessor também se pode perder, se não descrever seu obie-
tivo claramente e de modo detalhado. se você começa o trabalho
com objetivos vagos, pode chegar perto deles, porém dificilmente
atingirá exatamente o ponto aonde desejaria chegar'
É irônico, porém verdadeiro, que se alguém não sabe aonde dese-
ja ir, tambem nunca saberá se e quando chegou.

ALGUMAS PESSOAS NÃO MAUS USOS DE CONSEQÜÊNCIAS,


SABEM COMO VIAJAR. MODELAGEM, DICAS E MODELAÇÃO-

Há muitos erros que você pode cometêr enquanto viaja.


Alguns professores começam a ensinar sem saber como acelerar
ou desacelerar comportamentos. Você gostaria de estar no volante
de um carro sem saber a diferença entre o acelerador e o breque?
Alguns proÍessores estão nessa situação.
Exemplo:

Susana pqssa a maior parte do tempo de seu período de recreio

69
sentada sozinha ou encostada numa parede, observando correndo, passa por ela. No dia seguinte Linda não guarda seus
as outras
crianÇas brincar. Várias vezes a proÍessora se aproxima brinquedos depois de usá-los; em vez disso, comeÇa a correr
de susa-
na, conversando alguns minutos com ela, tentando conseguir que pela sala.
ela se junte às outras crianças para brincar. susana contiúa a se
isolar cada dia que passa.
LINDA
SUSANA COMPORTAMENTO guardar os brinquedos
COMPORTAMENTO CONSEQÜÊNCIA
CONSEQÜÊNCIA EFEITO SOBRE
EFEITO SOBRE O COMPOBTAMENTO
O COMPORTAMENTO

Que comportamento deseja a professora de Susana acelerar? COMPORTAMENTO correr oela sala
...
CONSEQÜÊNCIA
EFEITO SOBRE
Que comportamento na rearidade estava a professora de susana
mantendo? O COMPORTAMENTO

Alguns professores simpresmente não fornecem conseqüências


aceleradoras. Eres trabarham, supondo que "uma crianÇa tem Que comportamento desejava a professora de Linda acelerar ?
obri-
gação de ser boa" ou ,,a criança deve aprender pelo gosto
de
aprender", ou "é obrigação dela aprender,, sem receber Que comportamento, na realidade, acelerou a proÍessora de Linda?
luatquer
conseqÜência acereradora pelo seu comportamento. se você
en-
contrar um proÍessor que age assim (e existem muitos), pergunte-
-lhe por quanto tempo ere acha que continuaria a ensinar, O erro da professora foi não apresentar a conseqüência acelera-
se nâo
recebesse o ordenado no Íim do mês e/ou aaprovação sociar que dora . .... após o comportamento que ela
recebe por aquilo que Íaz. desejava aumentar.

Lembre-se: Aquilo que não nos esÍorçamos por manter, em geraí Alguns proÍessores não Íornecem conseqüências eÍicazes.
não se mantém. se conseqüências acereradoras não são Íorneci- Conseqüências podem nâo ser eficazes por várias razóes:
das, o comportamento desaparecerá.
Só porque uma conseqüência funciona como conseqüência acele-
Alguns proÍessores não fornecem conseqüências imediatas. radora para uma criança, não se conclui necessariamente que ela
Exemplo: funcionará como conseqüência aceleradora para outra criança.
cuidadosamente Línda guardou todos os brinquedos que utilizara Uma conseqüência pode perder sua eficácia, se é muito usada.
e entâo começa a correr pela sala. A proÍessora de Linda deseja Se uma proÍessora usa freqüentemente a mesma conseqüência
mostrar quão satisfeita está pelo Íato de Linda ter guardado seus aceleradora, como "Puxa vida, isto é ótimo", esta pode tornar-se
brinquedos, por isso sorri e diz: - ,,Muito bem, Linda,,, quando esta, cada vez menos elicaz.
70 71
Uma conseqüência pode ser muito pequena. Se uma conseqüên- comportamento a Hermínia. Vários dias mais tarde, a professora
cia náo é suficientemente grande, ela não será eÍicaz. Para algu- vê Hermínia deixando cair o casaco no cháo, ao invés de pendu-
mas crianças um leve toque no ombro Íuncionará como conse- rá-lo. Ela fica intrigada com o fato, pois se lembra distintamente
qüência aceleradora. Para outras crianças essa conseqüência será de que havia "ensinado" Hermínia a pendurar o casaco.
muito pequena, e não será eÍicaz; contudo, para algumas dessas
crianças um abraço apertado Íuncionará como conseqüência ace- HERMÍNIA
leradora.
COMPORTAMENTO Pendurar o cqlq9e
Lembre-se: Para cada criança você deve determinar o que fun- CONSEQÜÊNCIA
ciona como conseqüência aceleradora. EFEITO SOBRE
O COMPORTAMENTO
Uma conseqüência também pode ser muito grande ou muito po-
derosa. É muito mais eficiente apresentar muitas conseqüôncias O que Íez a proÍessora de errado?
pequenas, do que uma única conseqüência grande. Se conseqüên-
cias muito grandes e poderosas sáo freqüentemente apresentadas,
conseqüências menores e menos poderosas perderão sua eÍicácia. O que deveria a proÍessora ter feito?

Lembre-se: Para aumentar o comportamento de uma criança, não


use conseqüências mais poderosas do que o necessário. Se elo- Alguns proÍessores, quando estão tentando manter um comporta-
gios funcionam, não use doces! mento que já foi aprendido, apresentam conseqüências acelerado-
ras em excesso.
Um elogio pode não Íuncionar como conseqüência aceleradora Lembre-se: Uma vez que um comportamento já foi aprendido, é
quando não é dirigido a um comportamento específico. mais provável que ele seja mantido, se Íor seguido de uma con-
Lembre-se: Sempre use um elogio descritivo: elogie o comporta- seqüência aceleradora apenas ocasionalmente.
mento, não a criança. Alguns proÍessores aumentam acidentalmente a ffeqÜência de um
Alguns proÍessores, quando estão tentando aumentar a Íreqüência comportamento que náo deseiam ver aumentado.
de um comportamento que ainda está sendo aprendido, não apre- Exemplo:
sentam, consistentemente, uma conseqüência aceleradora imedia- Geni tem um ataque de birra na escola, e a proÍessora tenta des-
tamente após o comportamento, cada vez que este ocorre. cobrir por que Geni está aborrecida, chamando-a de lado e con-
versando demoradamente com ela. A birra de Geni continua'por
Exemplo: muito temPo.
A professora de Hermínia decide que ela deveria aprender a pen- GENI
dürar seu casaco quando chega à escola pela manhã. No dia se-
COMPORTAMENTO
guinte, a professora mostra-lhe como pendurar o casaco. No outro
CONSEQÜÊNCIA
dia, quando Hermínia chega à escola, pendura o casaco exata-
I

EFEITO SOBRE
mente como lhe Íora ensinado. A proÍessora vê o que Hermínia
O COMPORTAMENTO
I
fez, congratula-se por ter ensinado tão rapidamente esse novo
t

73
72
O que fez de errado a professora? Exemplo:

Emília, quando entroü na escola maternal, parecia ser uma crian-


O que deveria a professora ter feito? ça modelo, compartilhando seus brinquedos com outras crianças
' ""': e cooperando com elas em várias tareÍas. Durante as primeiras
i semanas, a proÍessora passou todo o seu tempo trabalhando com
Exemplo:
crianças que pareciam ser "problemas" ou que pareciam tê-los.
Roberta Íreqüentemente ameaÇa bater nas outras crianças. sem- Depois desse período, Emília, além de não mais partilhar seus
pre que isso ocorre, a professora senta-se com Roberta e procura brinqrredos com outras crianças, tambem deixara de cooperar com
convencê-la a não tazer tal coisa. A freqüência de ameaças a ou- elas. Na realidade ela começou a exibir certo n(mero de compor-
tras crianças por parte de Roberta aumenta. tamenlos problemáticos. Esses comportamentos continuaram a
ocorrer.

ROBERTA
EMíLIA
COMPORTAMENTO partilhar e cooperar
COMPORTAMENTO
CONSEQÜÊNCIA
CONSEQÜÊNCIA
EFEITO SOBRE
EFEITO SOBHE
O COMPORTAMENTO
O COMPORTAMENTO

O que fez de errado a proÍessora?


OMPORTAMENTO comportamentos problemáticos
CONSEQÜÊNCIA
O que deveria a professora ter feito? EFEITO SOBRE
O COMPORTAMENTO

EXERCÍCIO: O que Íez de errado a proÍessora?


Tente observar seu próprio comportamento. VeriÍique com aten- O que deveria a proÍessora ter feito?
çâo se você não acelera acidentalmente um comportamento cuja
freqüência não deseja ver aumentar.
Alguns proÍessores ignoram um comportamento, tentando eliminar
O comportamento que eu estava acelerando era: as conseqüências aceleradoras que o mantêm. Contudo, estes pro'
Íessores ocasionalmente dão atençâo à criança quando esse mes'
i mo comportamento ocorre.
il
A conseqüência aceleradora que eu estava apresentando era: . . . .
lr Exemplo:
i

l
Alguns proÍessores, acidentalmente, desaceleram um comporta- Ricardinho freqüentemente choraminga diante de situaçÕes de me-
mento cuja Íreqüência não desejam ver diminuir. nor importância como, por exemplo, não ser o primeiro nô escor-
l

I 74 75

irr

ll
ti
regador, ou deixar cair um brinquedo. Sua proÍessora, que lhe o canto da sala onde os blocos de madeira são guardados, lá o
dava atenção toda vez que ele choramingava, decide diminuir a deixando sentado sozinho.
Íreqüência do comportamento de Ricardinho, ignorando-o sempre
que ele choraminga. Durante as próximas semanas, ela ignora a
JAIME
maior parte das vezes que Ricardinho choraminga, embora, oca-
COMPORTAMENTO
sionalmente, vá até ele enquanto ele chora, para veriÍicar se não
CONSEQÜÊNCIA
ocorreu alguma coisa de sério. EIa raciocina do seguinte modo:
"Como estou ignorando a maior parte da choramingação de Ricar- EFEITO SOBRE
O COMPORTAMENTO
dinho, ela deve desaparecer." Contudo, ao invés de diminuir, a
freqüência desse comportamento indesejável na realidade aumen-
ta, A proÍessora decide que a sua técnica nâo Íunciona e que deve Lembre-se: Se todas as conseqüências aceleradoras não forem
começar a punir Flicardinho sempre que ele choramingar. eliminadas, o comportamento não diminuirá em Íreqüência.
Alguns proÍessores, tentando diminuir rapidamente a ÍreqÜência de
BICARDINHO um comportamento, usam o isolamento social como um modo de
COMPORTAMENTO eliminar todas as conseqüências aceleradoras. Contudo, eles usam
CONSEOÜÊNCIA essa técnica com demasiada Íreqüência.
EFEITO SOBRE
Exemplo:
O COMPORTAMENTO
Sempre que Nélson diz nomes Íeios a outras crianças, a professora
O que Íez de errado a proÍessora? o faz sentar-se, isolado, num canto da sala por vários minutos. lsto
acontece em média de cinco a dez vezes por dia. A princípio este
procedimento pareceu diminuir a freqüência do comportamento in-
O que deveria a professora ter feito?
desejável de Nélson. Contudo, agora esta prática não parece mais
ter eÍeito algum. Na realidade, a Íreqüência com que Nélson diz
Lembre-se: Se você não ignorar consistentemente um comporta- nomes Íeios parece ter aumentado.
mento indesejável, ele não diminuirá em freqüência. Dando aten-
ção, ocasionalmente, a um comportamento indesejável, você man- NÉLSON
terá sua Íreqüência num valor mais alto.
COMPORTAMENTO
Alguns professores, tentando diminuir rapidamente a freqüência de ÇoNsEoüÊNCIA
um comportamento, usam o isolamento social como um modo de EFEITO SOBRE
eliminar todas as conseqüências aceleradoras. Contudo, algumas O COMPORTAMENTO
vezes eles náo eliminam realmente todas as conseqüências ace-
leradoras. O que tez de errado a professora?

Exemplo:
Que comportamento é incompatível com o dizer nomes Íeios? . . .

Sernpre que Jaime bate em outra criança, a professora leva-o para

76 77
O que deveria a professora ter Íeito?
MARGARIDA
COMPORTAMENTO Íazer perguntas em voz alta'
Lembre-se: A eÍicácia do isolamento social depende parcialmente CONSEOÜÊNCIA
de seu pouco uso. Quanto menos essa prática é utilizada, mais EFEITO SOBRE
eÍicaz será. O COMPORTAMENTO
Alguns professores, tentando diminuir a freqüência de um compor-
tamento, apresentam uma conseqüência desaceleradora, sem ten_
tar primeiro outros modos de diminuir sua freqüência. Esses pro- COMPOHTAMENTO fazer perguntas em voz moderada'
fessores Íreqüentemente não conhecem outras maneiras de dimi- CONSEQÜÊNCIA
nuir um comportamento e não estão cientes das desvantagens da EFEITO SOBRE
punição. O COMPORTAMENTO.

AIguns professores, tentando diminuir a freqüência de um com-


portamento, apresentam aquilo que crêem ser uma conseqüência
desaceleradora sem observar seus eÍeitos sobre o comportamento. O que fez de errado a professora? . . .
lsso é particularmente verdadeiro no caso de "chamar a atenção"
ou repreender.
O que deveria a professora ter feito?
Lembre-se: Para algumas crianças as repreensões, além de ine-
Íicazes para diminuir a freqüência de um comportamento, são ca-
pazes de aumentá-la. O único modo de saber se uma reprimenda
é conseqüência desaceleradora para uma criança em particular é
Alguns professores, tentando ensinar um novo comportamento, náo
apresentá-la e observar seus efeitos sobre o comportamento ao
decompÕem essa aPrendizagem.
qual imediatamente se segue.
Alguns professores, tentando diminuir a freqüência de algum com-
portamento indesejável, deixam de aumentar a freqüência de com- ExempÍo:
portamentos desejáveis que sáo incompatíveis com o comporta_
Eduardo não sabe escrever o prÓprio nome. A proÍessora decide
rnento indesejável.
então que isso é algo que ele deveria aprender. Ela pega uma folha
Exemplo: de papel e cuidadosamente escrêve na parte de cima da Íolha o
Margarida consegue a atenção da proÍessora, fazendo perguntas
nome Eduardo. Em seguida, ela lhe apresentâ a folha de papel e
numa voz muito alta. A professora decide diminuir a freqüência um lápis e lhe diz para copiar seu nome. Passados alguns minutos,
desse comportamento, ignorando Margarida sempre que ela faz a proÍessora volta e nola que Eduardo não conseguiu copiá-lo'
uma pergunta em voz alta. Contudo, ela também ignora Margarida Ela conclui que Eduardo ainda não está "pronto" para aprender
quando esta faz uma pergunta eÍ-n voz moderada. Em breve Mar_ esse comportamento e que ela deverá esperar algum tempo até
garida nào Íaz mais perguntgs de espécie alguma. que ele "amadureça", quando então tentará novamente "ensiná-
-lo"aescreveronome.
78 79
EDUARDO LUIS
COMPORTAMENTO COMPORTAMENTO
CONSEOÜÊNCIA CONSEOÜÊNCIA
EFEITO SOBRE EFEITO SOBRE
O COMPORTAMENTO O COMPORTAMENTO

O que fez de errado a professora? O que Íez de errado a ProÍessora?

O que deveria a proÍessora ter feito? O que deveria a professora ter Íeito?

Lembre-se: Decomponha a aprendizagem em pequenas etapas, Alguns proÍessores, tentando ensinar um novo comportamento,
começando no nível em que o comportamento da criança atual- deixam de apresentar conseqÜências aceleradoras exclusivamente
mente se encontra. Programe seus próximos passos, para que esse para aqueles comportamentos que se aproximam cada vez mais
comportamento atinja o ponto de chegada. do ponto de chegada.
Alguns professores, enquanto tentam ensinar um novo comporta- Exemplo:
mento, deixam de apresentar conseqüências aceleradoras imedia-
Beto deve aprender como agarrar uma bola. Sempre que seu pro-
tamente apos cada um dos comportamentos que representa um
fessor de ginástica lhe atira uma bola, ele é elogiado, quer con-
passo a mais na direçâo do ponto de chegada.
siga ou não, agarrâ-la. Beto não parece progredir muito na apren-
dizagem dessa'nova habilidade.

Exemplo: BETO

Luís pede à sua professora que lhe ensine como amarrar os sa- COMpORTAMENTO agarrar a bota
patos. A professora de Luís sabe que existem várias etapas envol- CONSEQÜÊNCIA
EFEITO SOBRE
vidas na aprendizagem do comportamento de amarrar sapatos.
Ela principia, demonstrando a primeira etapa e deixa Luís prati- O COMPORTAMENTO
cando-o. Depois que ele praticou sozinho por alguns minutos, ela
volta e demonstra-lhe a segunda etapa. Em seguiot, torrra a deixá-
COMPORTAMENTO deixa.a bola cair
-lo para praticar novamente sozinho. Quando ela volta para mostrar
a terceira etapa, não mais está praticando, Ao tentar rnostrar-lhe CONSEQÜÊNCIA
como é a terceira etapa, ele lhe diz que não mais está interessado EFEITO SOBRE ,,ry,

em aprender a amarrar sapatos. COMPORTAMENTO

80 B1
O que Íez de errado o professor? tros ou falam em voz alta, enquanto brincam. A professora de
Paulinho agora também precisa gritar em tom mais elevado ainda,
O que deveria o professor ter Íeito? já que o barulho na sala é tão alto, que é difÍcil obter a atenção
das crianças.

Alguns professores, tentando ensinar um novo comportamento,


deixam de elevar continuamente o critério de exigência para a PAULINHO
apresentação de conseqüências aceleradoras, e isto ocorre antes DICA
de atingirem o ponto de chegada. COMPORTAMENTO
Exemplo: CONSEOÜÊNCIA
EFEITO SOBRE
LÚcia aprendeu a tocar no piano "A barquinha ligeirinha". Sua
O COMPORTAMENTO
proÍessora assim como seus pais ficaram tão satisfeitos com isso,
que passaram a elogiá-la sempre que ela toca essa musiquinha.
Ao Íim de um ano Lúcia ainda não aprendeu nenhuma outra música.
O que Íez de errado a professora?

LÚCIA
COMPORTAMENTO O que deveria a professora ter feito?
CONSEQÜÊNCIA
EFEITO SOBRE Lembre-se: As pessoas freqüentemente se comportam como vêem
O COMPORTAMENTO outras pessoas fazendo.

O que tizeram de errado a professora e os pais de Lúcia?


Alguns professores apresentam dicas que iniciam comportamentos
indesejáveis.
O que deveriam eles ter Íeito?
Exemplo:
Alguns professores servem de modelo para a aprendizagem de
comportamentos indesejáveis. A professora de Janete nota que algumas crianças parecem inquie-
tas durante o período de descanso e anuncia: "Vocês podem an-
Exemplo: dar e falar durante o período de descanso, desde que o Íaçam
A professora de Paulinho sempre grita: "Agora todo o inundo pres- sem muito ruídol' Em breve todas as crianças estãojse movendo
te atenção" - quando ela deseja obter a atenção das crianças. e Íalando na sala, e ninguém mais está descansando. A atividade
Paulinho e as outras crianças da sua classe não rnais Íalam em e o barulho continuam a aumentar até o ponto em que a proÍessora
voz moderada enquanto brinqam, como o taziam quando entraram anuncia: "Vocês nâo ouviram aquilo que eu disse. Agora terão de
na escola. Pelo contrário, freqüentemente gritam uns com os ou- sentar-se e Íicar quietosl'
82 83
JANETE ALGUMAS PESSOAS NÃO OLHAM FALTA DE AVALIAÇÃO.
DICA "Vocês podem andar e Íalar durante o PARA ONDE SE DIRIGEM.
período de descansol'
COMPORTAMENTO Professores freqüentemente se perdem porgue não olham em que
CONSEQÜÊNCIA direção estão indo. Bons proÍessores avaliam antes, durante e de-
pois de ensinarem, isto é, avaliam continuamente o resultado de
EFEITO SOBHE
seus esÍorços. lsso pode consistir no seguinte:
O COMPORTAMENTO
Determinar simplesmente se a criança atinge o objetivo. Faz-se
tal coisa especificando o objetivo e então observando a criança,
para ver se o comportamento mencionado no objetivo ocorre nas
O que fez de errado a proÍessora? circunstâncias especificadas e no critério estabelecido. Esse pré-
-ÍesÍe mostrará se a criança, na realidade, já atingiu o objetivo ou
não. Se a criança não o atingiu, dá-se início ao programa de en-
O que deveria a professora ter feito?
sino. Durante este, observa-se continuamente a criança para de-
terminar se ela está próxima de atingir o objetivo proposto.
Calcular o número de vezes gue ocorrer o comportamento dese-
jado. Nesse caso, se o comportamento só pode ocorrer um núme-
Alguns professores apresentam dicas que são inconsistentes, am- ro limitado de vezes, ou depende de certas circunstâncias para
bíguas, ou vagas. ocorrer, calcula-se a porcentagem de vezes em que o comporta-
mento ocorre em relação ao seu esquema de oportunidades. lsso
Exemplo:
é feito, antes, durante e depois do ensino.
Quando o comportamento náo soÍre as restriçÕes mencionadas no
(lnconsistente) - No primeiro dia de aula a proÍessora de Laura item anterior(número de vezes e de oportunidades), deve-se cal-
disse a todas as crianças: "Depois de brincarem com. algum obje- cular slmplesmente a Íreqüência com que ocorre. lsso também é
to, nós o guardamos antes de ir para casa." No dia seguinte a feito antes, durante e depois do ensino. Essa medida de Íreqüência
professora diz: "Está na hora de guardar os brinquedos, mas como consiste em:
se estão divertindo muito, podem brincar mais um pouquinho.', 1. Especificar o comportamento que está sendo observado e me-
dido bem como as circunstâncias nas quais deve ocorrer;
(Ambígua) - A professora de Carla a vê tomar o caminhãozinho de
plástico com o qual Joãozinho estivera brincando, quando este se 2. observar e contar o comportamento quando ele ocorre;
vira para o lado. A proÍessora se diverte com isso, pois, em geral, 3. medir o perÍodo de tempo gasto na observação e contagem do
é Joãozinho que toma os brinquedos de Carla; contudo, ela se comportamento:
aproxima de Carla e diz com um largo sorriso: ,,Você não devia 4. calcular a freqüência do comportamento, dividindo o número de
ter tirado o caminhão com.o qual Joãozinho estava brincando." vezes em que o comportamenlo ocorreu pelo número de minu-
(Vaga) - O proÍessor de Roberto diz: "Eu quero que sejam bon- tos gastos no período de observação;
zinhos uns com os outros" 5. traçar o gráfico da freqüência desse comportamento,
84
85
Como viajar Como ser um
sem se perder bom proÍessor

DESCUBRA ONDE VOCÊ SE ENCONTHA.

PRINCÍP|O Ns 1: PRÉ-TESTE,
Apos uma terrível tempestade, o capitão de um navio de luxo, a
caminho de Liverpool e procedente de Nova lorque, chamou seus
passageiros e Íez o seguinte anúncio: "Tenho algumas notícias
más para lhes dar, bem como algumas boas novas. Primeiro as
más notícias: estamos completamente perdidos, não temos a mí-
nima idéia de onde estamos, nossa bússola eletrônica se quebrou,
perdemos todo o contato pelo rádio com o continente. Devido às
condições atmosÍéricas atuais, não podemos usar as estrelas como
ponto de referência. Estamos completa e absolutamente perdidos.
Agora, as boas novas: estamos duas horas adiantados em relação
ao nosso horário previsto'.' Nesse momento o navio bateu na pon-
ta do continente da Groenlândia e encalhou.
Qual Íoi o erro do capitão? Seus objetivos eram bastante claros;
sabia exatamente aonde desejava ir. Era também competente, co'
nhecia seu navio e sabia como viajar. Obviamente seu erro foi
viajar sem saber onde se encontrava. Saber exatamente onde você
está antes de começar a viajar é uma das características mais
importantes para uma boa viagem. lnÍelizmente, sua importância
não é reconhecida na educação, Por muitos anos os educadores
vêm tentando mudar os alunos de um ponto A para um ponto B
sem jamais determinar precisamente onde o ponto A se encontra,
Descubra onde está antes de tentar viajar. Pode ser que você já
esteja onde desejaria estar.
A fim de saber o que começar a ensinar a uma criança, é neces-
sário, inicialmente, determinar o que no momento a criança é
capaz de fazer. Essa determinaçáo é Íeita através de um pre-teste.

87
PRINCíPIOS: um programa de ensino apresentado de modo adequado. A amos-
1. DESCUBRA ONDE VOCÊ SE ENCONTRA, tra é dada com o intuito de auxiliá-lo a organizar os programas
de ensino.

Primeiro: escreva uma descrição daqullo que dese;aria ensinar.

DESCRTÇÃO DA TAREFA:

Quando uma criança solicitar alguma coisa, deverâ dizer "por Ía-
vor" - e, quando uma criança ganhar algo, quer o tenha, ou não,
ESPECIFIQUE AONDE DESEJA IR. PFIINCÍPIO NS 2: pedido, dirá "muito obrigado".
DEFINA OS OBJETIVOS.
Segundo: escreva objetivos específicos baseados na descrição da
tareÍa.

A Íim de não se perder, especiÍique sempre seus objetivos de


modo claro e detalhado. OBJ ETIVOS ESPECÍFICOS:

Faça-o, perguntando-se o seguinte: CIRCUNSTÂNCIAS: Quando uma criança pedir por algo, ela
COMPORTAMENTO: dirá "por Íavor"
Que comportamento desejo que apresente o meu aluno? CHITÉHIO: na sentença, ou imediatamente após
Em que circunstâncias desejo que ocorra esse comportamento? aquela que contém o pedido, lazen-
do-o em voz moderada e sem nêces-
Quáo bem, ou, em relação a que criterio, desejo que seja o com- sitar que a proÍessora lhe Íorneça di-
portamento executado? cas tais como "lembre-se de dizer po'
Em seguida veja se seu objetivo passa no fesle do Estranho. favor".
CIRCUNSTÂNCIAS:
PRINCÍPIOS: dirá "muito obrigado"
COMPORTAMENTO:
1, DESQUBRA ONDE VOCÊ SE ENCONTRA CRITÉRIO: dentro de 30 segundos após receber o
que quer que lhe tenha sido dado, fa-
2. ESPECIFIQUE AONDE DESEJA IR.
zendo-o em voz moderada ê sem ne-
PLANEJE SUA VIAGEM PRINCÍPIO NS 3: cessitar que a professora lhe Íorneça
E DESFRUTE-A. dicas tais como "lembre-se de dizer
PLANEJE E EXECUTE UM
muito obrioado".
PHOGRAMA DE ENSINO.

Agora você já sabe tudo o que precisa saber para planejar e exe- Terceiro: faça uma lista dos comportamentos que deseja acelerar
cutar um programa de ensino. Damos a seguir uma amostra de bem como daqueles que deseja desacelerar.
88 B9
ACELERAR: UNIDADE DE ENSINO
DESACELERAR:
Dizer "por Íavor" e "muito Dizer "por favor" e "muito MARCOS
obrigado" nas ocasiÕes ade- obrigado" nas ocasiões ina- DICA "Quando você desejar algo, peça-o e diga
quadas. dequadas. 'por Íavorl Eu vou-lhe mostrar: Marcos,
Dizer "por favor" e "muito Dizer "por favor" e "muito por favor, dê-me o quebra-cabeçasl'
obrigado" em voz moderada. obrigado" em voz muito bai- COMPORTAMENTO Marcos dá o jogo de quebra-cabeças à pro-
Dizer "por favor" e "muito xa ou muito alta. fessora.
obrigado" sem a.professora Dizer "por favor" e "muito CONSEOÜÊNCIA "Muito obrigadal'
fornecer dicas. obrigado" apenas quando a "Vamos praticar. Peça-me o quebra-ca-
DICA
Solicitar as coisas que de- proÍessora dá a dica.
beças'.'
seja. Agarrar ou tomar à Íorça,
ameaçando, exigindo ou cho- COMPORTAMENTO "Por favor, você quer-me dar o quebra-ca-
ramingando.
beças?"
CONSEOÜÊNCIA quebra-cabeças a Marcos e diga:
Dê o
Quarto: pré.teste a criança, a fim de determinar se e quão Íreqüen-
"Você se lembrou de dizer por favori'
temente ela desempenha os objetivos.
DICA "Marcos, por Íavor, dê-me novamente o
Quinto: desenvolva uma unidade de ensino, enumerando os corn- q uebra.cabeçasl'
portamentos que você deseja iniciar, acelerar ou desacelerar; as
COMPORTAMENTO Marcos dá o quebra-cabeças à proÍessora.
dicas que fornecerá, e as conseqüências quê apresentará.
CONSEQÜÊNCIA "Muito obrigadai'
R medida que você executar o programa de ensino, será bom di- DICA "Você me ouviu dizer "Muito obrigada"
minuir gradualmente o número de dicas e de conseqüências ace- quando você me deu o quebra-cabeças?"
leradoras, que você apresenta após o comportamento.
COMPORTAMENTO "Siml'
EXERCÍCIO: CONSEQÜÊNCIA "l\4ut-bem, você Prestou atençãol'
Planeje um programa de ensino, Escreva a descrição da tarefa e DICA "Quando alguém lhe dá algo que você de-
especifique os objetivos. Enumere os comportamentos que deseja seja, sempre diga "muito obrigg!e._-
acelerar e desacelerar. Pré-teste a criança e entáo escreva uma
COMPORTAMENTO
Unidade de Ensino.
SONSEQÜÊNCIA
Execute o programa de treinamento e avalie-o através da determi- DICA
nação do progresso da criança à medida que ela alcança o(s) obje-
tivo(s) especificado(s). COMPORTAMENTO "por tavor, dê-me o quebra-cabeçasl'
PRINCIPIOS: CONSEQÜÊNCIA Dê o quebra-cabeças a Marcos.
1. DESCUBRA ONDE VOCÊ SE ENCONTRA. DICA Marcos recebe o quebra-cabeças.
COMPORTAMENTO "Muito obrigadoi
2. ESPECIFIQUE AONDE DESEJA IR.
CONSEQÜÊNCIA "ôtimo, voce se lemorou oe olzer tllultc
obrioadoi'
3. PLANEJE SUA VIAGEM E DESFRUTE.A,

90 91
DETERMINE PARA ONDE PRINCÍPIO NS 4: ocorrer, veriÍique se não está cometendo algum dos erros que
VOCÊ SE DIRIGE. AVALIE CONTINUAMENTE. discutimos no último capÍtulo. Se descobrir um erro, corrija-o; se
não puder encontrá-lo, ainda assim deverá ajustar seus planos de
viagem, modificando quer as dicas tornecidas, quer os Çomporta-
mentos exigidos, quer as conseqüênclas apresentadas. Como você
está continuamente avaliando seu progresso, será capaz de obser-
A fim de viajar para qualquer lugar, você deve verificar para onde var os eÍeitos de qualquer ajustamento que Íaça. Faça novos ajus-
está indo. A Íim de que isso se.la feito, é necessário observar seu tamentos e mudanças até ser capaz de obter o progresso que
progresso a cada dia. lsso pode consistir no seguinte: deseja, no ritmo almejado.
A. Simplesmente anotar se a criança atende aos objetivos especi- Se o comportamento da criança não está mudando na direção que
ficados; desejaria, não lhe cabe culpa alguma. A Íalha está no programa
B. Determinar a porcentagem de vezes em que a criança atinge os de ensino. Mude-o até que Íuncione.
objetivos, dada a oportunidade para tal;
C. Registrar a freqüência do comportamento e Íazer constar essa
- informação das Tabelas de Registro e dos Gráficos de Comporta-
mento.
COMO SER BOM PROFESSOR
coM ctNco PRrNcÍPros DrÁRros.
PRINCÍPIOS:
1. descubra onde você se encontra:
1, DESCUBRA ONDE VOCÊ SE ENCONTRA. pré-teste.
2. ESPECIFIQUE AONDE DESEJA IR. 2. Especilique aonde deseia ir:
3. PIáNEJE SUA VIAGEM E DESFRUTE.A. deÍina os objetivos.

4, DETERMINE PARA ONDE VOCÊ SE DIRIGE. 3. Planeie uma viagem e destrute-a:


planeje e execute um programa de ensino.

MODIFIQUE SEUS PLANOS DE PRINCÍPIO Nç 5: 4. Determine para onde se dirige:


VIAGEM, SE NECESSÁRIO AJUSTE OS PROGRAMAS avalie continuamente.
DE ENSINO 5. ModiÍique seus p/anos de viagem, se necessário:
ajuste os programas de ensino.

Algumas vezes, quando viajando, notamos que não estamos fa-


zendo progresso algum ou que os progressos alcançados o são em
ritmo muito lento. Como você está avaliando.se continuamente, po-
derá notar de imediato se isso está ocorrendo ou não. euando isso

92 93
TABELA DE REGISTRO DO PROJET

NOME DA CRIANÇA

NOME DO PROFESSOB

CIHCUNSTÂNCIAS

COMPORTAMENTO

CRITÉRIO

Boa uala Comporta-


^-^- Tempo Total Freqüência observaçoes
menios Começo Fim em min. por minuto

{'ãgeÍn
GRÁFICO DO COMPORTAMENTO DO PROJETO GRÁFICO DE REGISTRO DO PHOJET

NOME DA CRIANÇA NOME DA CR|ANÇA


NOME DO NOME DO PROFESSOB
COMPORTAMENTO CIRCUNSTÂNCIAS

COMPORTAMENTO

CRITÉRIO

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Comporta- Tempo Total Freoüência ^,, -
ment'os Começo Fim em min. por minuto UDseryaçoes

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Freqüência por minuto


GRÁFICO DO COMPORTAMENTO DO PROJETO

NOME DA CRIANÇA

NOME DO PROFESSOR

COMPORTAMENTO

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Freqüência por minuto

síiiBoto s.A. INDÚsrR.lAs orÁrlcls


Ruo Generol Flores, 518 522 525
feleÍone 221 5833
Sõo Poulo
Livros para a Íormaçáo,
o aperÍeiçoamento,
a atualizaçáo do "bom Professor":

Gibson: Orientaçáo para a Escolha da


ProÍissáo nas Escolas
Goldberg/Ferretti: Precisa-se de Técnicos
Orientaçáo ProÍissional
Nagle: Educaçáo e Sociedade na Primeira
República
Henz: Manual de Pedagogia Sistemática
Ferreira: Recursos Audiovisuais para o Ensino
Dienes/Jeeves: O Pensamento em Estruturas
Correll/Schwarze: Psicologia da APrendizagem
Correll/Schwarze: Distúrbios da Aprendizagem
Torrence: Pode Ser Ensinada a Criatividade?
Schraml: Psicanálise Educacional
Bigge: Teorias da Aprendizagem Para
ProÍessores
Cabrera: Cursos SuPletivos

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