Professional Documents
Culture Documents
CLARENCE
SHEPPARD
G"IP IUJ"
, },tl
WILLIAM C, SHEPPARD, Ph. D.
Departamento de Psicologia da Universidade de Oregon
Educational Environments, lnc.
STEVEN B. SHANK
Educational Environments, lnc.
DARLA WILSON
Educational Environments, lnc.
FICHA GATALOGBÁFICA
(Preparada pelo Centro de Catalogação-na-fonte,
Câmara Brasileira do Livro, Sp)
S553c
Sheppard, William Clarence, í942 _
Como ser um bom. professor: ensino de comportâ-
COMO SER
mento social â crienças lporl William C. Sheppard,
Steven
B_. Shank lel Darla Wilson, traduziOo po, iür.ia'ÀÀàfi"
Matos. São paulo, EpU, .1924.
UM BOM
104 p. ilust.
í. _
PROFESSOR
Criança Estudo 2. lnteração social 3. psico.
logia educacional l. Shank, Steven á. ll. úilson, Dárla,
lll. Título. lV. Título: Ensino de comportamento social
a crianças.
ENSTNO DE COMPORTAMENTO SOCIAL A CRIANÇAS
í7. CDD-30Í . í
í8. -301 .íí Traduzido pela
17. e 18. -tSS.4tB
74-0638 -370. í 5 Dra. Maria Amélia Matos, do
Departamento de Psicologia Experimental
da Universidade de São Paulo.
Índices para catálogo sistemático:
í .
Crianças: Comportamento social: Psicologia infantil
í55.4í8
2. lnteração social: psicologia social 301.1 (í7.)
30í.1' (í8.)
3. Psicologia educacional 3ZO.ís
E,P.U.
Editora Pedagógica e Universitária
São Paulo 1974
Original americano:
BE A GooD TEACHEB: Training
|"q[rJ: Sociat Behavior in youns
Copyright @ 1972by Research press. Co.
transtated and publtshed
by permission oÍ Research press
Co.
Revisão gramatical:
Prof. Dorival Soares Flamos.
Conteúdo
lntrodução
1, Como viajar
COMO ENSINAR
2. Aonde ir 47
O OUE ENSINAR
O que procurar 55
Códígo 3004
Como viajar sem se perder 87
Todos os direitos para
a lí portusuesa reservados
E.p.u. _ Ed1;,;;;;;;'lnnr"
, ""-r"r,ca e Uníversirária O BOM PROFESSOR
São pauto ró;; Ltda.
Interdito qualquer tipo
.., p.,irl..ããdffi;,j"fj3[lYâ?;ff""
de
de partes desre livro,
E.P.U."
José Gaspar, 106 _ ge stj.
lrlau.O
Caixa postal 7SO9
cj. i5
0.1 .000 São paulo
lmpresso no Brasil
lntrodução
Entrando na sala de jogos, a Sra. Camargo sorriu ao ouvir as crian-
ças brincando: risadas; ruídos imitando carros, trens, animais e de
brinquedos sendo puxados, empurrados, cavalgados; e, como es-
perava ela "A minha mãe chegou", disse Lenita, §ua Íilha de
-
cinco anos. Lenita estudava numa escola maternal bem sucedida.
De manhã, como sempre, Íoi contente para a escola, onde sua máe
prometera visitá-la mais tarde.
Ouvindo a voz de Clara, Clara olhou para seu relógio, dirigiu-se a um armário e voltando
a Sra. Came
com um livro: "Quem quer ouvir uma história?" Janete pulou ale-
i!:ilJff
de
í: ; Jfl ili
cada vez pera rente.
iff :::;,L ."ixT; flin""[:"i gremente. "Eu." "Muito bem", disse Clara, dirigindo-se a todas
as crianças, "eu vou ler uma história." As crianças apanharam
cLra"H#.,ilffi:1il;::;,i:?ftil cadeiras, colocando-as em círculo ao redor de Clara.
a rente oe Jui.n,o ao
[il:t: Jff #:':star roninho. Veja esras
Iue deve ser divertidp ornur pãrá "Vamos ver quem é capaz de se lembrar de nossas regras", disse
dispos1ivo.,, ;;.:J;
".." entáo Clara. "Em primeiro lugar, devemos Íicar quietos durante a
Plaf' os cubos de-madeira narração da história, sentados sem fazer barulho. Segundo: se
de Roberto havram quisermos falar, devemos levantar a mão. Terceiro: quem náo qui-
caído
|iT ;á,.f,,,
c,,,,g
eçara imediatamente
o' ;H;;," re
o c h ora m n s ava
e nã
novamente.
i
ser ouvir a história, pode ir brincar, desde que não faça barulho."
"1i,T:,1j.
reconstruir a recolher os blocos e a Clara começou a ler uma história sobre um gato num chapéu e,
a torre.
depois de alguns momentos, Janete levantou a máo, obtendo per-
Clara rapidamente se missão para falar:
dirigiu a Roberto e
zendo: tocou_o no ombro,
di_
"Ganhei um gato e dei-lhe o nome de Gato-no-Chapéul" Quando
"Estou gostando
muito do seu modo
de trabalhar, Boberto.,, as risadas acabaram, Clara disse: "Janete lembrou-se de nossas
regras: sempre levantamos a mão, se queremos Íalar durante a his-
Z
tória. Janete, você
aí,,.r^. _^
DocJe ajudar-me
crur, .ontin-ro;;;"foo" a vir do rivroll
para seus atentos
orll,ri:.orrinas a bandela de doces, mas conseguiu distribuí-los sem derrubar
Léia levantou a mão nenhum. Quando Sara sentou, Clara disse-lhe:
"euando é que acenando com a
" ou,o-nl]ci;ff';
djiT"lt:#,?i.l;
_9'.:9o o - l!".,ndo
var p?r.à
cabeça: "Você Íez um lindo trabalho, Sara. Não derrubou nenhum doce.
para -"qn,sq
inclinou-se em sr,â rliranz^ _,)ar.a casa?" clara
oara Léia, inclinou-sr Clara sorriu
e.corocou-th" a
c.utrtocou-lhe Aqui está o seu reÍresco."
os ombros. ,,Essa
;,i:ij:,f:
"Essa .é uma r,^"
^^l-^lll_"
,"#ã loor"
mão sobre
sa teírura descobrir'Ti:""T,:rsunta, Léia. vamos ;;;; r;;"r-
reírura e descobrir;;;;;fi.Y As crianças tagarelavam de maneira agradável enquanto comiam
doces. A Sra. Camargo surpreendia-se por notar que nenhuma de-
Quando o Gato_no_( Íoí para
casa e a história las jogava migalhas na mesa ou derramava reÍresco, e mais: não
Ctara anunciorr que
a,o :j:t:l
Ã',í"*;J;T,.,.§lff terminou, havia gritos nem chamadas de um. canto da mesa para o outro.
llT, i,,:iou
"Oba! Oba,,, gritavan
: il:,1 Como se aproximasse a hora de sua partida, ela se despediu de
r
animadamente as
crianças. Lenita e agradeceu à Clara. Enquanto saía do prédio, meditava
Clara manteve a
atenção das crianças: ,,O
rq,vcr§' u que é que sobre a visita. Havia notâdo que Clara freqüentemente elogiava
de se sêrvirem reÍres
servirern '-"-.cos
não é?,,
não
reÍrescos o
e r{a^^^o n .
doces? Guardamos
fazemos antes
antes as crianças ou lhes sorria quando elas estavam brincando de ma-
é?', nossos brinquedos,
neira agradável ou apos desempenho de uma tareÍa. Clara não
gritava com as crianças e não lhes aplicava nenhum castigo severo,
As crianças comecê
recolher os pertences entretanto o comportamento delas era bom e pareciam felizes. A
Rodorro ;;;;;,,,.]"rIT-a e crara pediu a Sra. Camargo achou que íoi sorte sua filha estar na classe de Clara.
andou
"u
J,,ããão";",.ffi,:,::: .,"
:::i.:I. ;ü;,["J,.
. é uma proÍessora
outra vez, maís cuidado.amentel-";;;;-" cair no chão. Tenrou Esse livro vai ajudá-lo a entender por que Clara
os blocos sem derrubu, conseguiu guardar competente e também a tornar-se um professor tão competente
n"rnrÃ';;r.'", todos
quanto ela.
"Você está-se saíndo
§;;ffift':"::I^:"",::11",
,"noo ;ffi mui
g1.." crara,,Esrá
sendo bastante cuidadoso.,, fa_
As crianças na classe de Clara nem sempre se comportaram tão
bem como o Íazem hoie. Algumas eram tímidas, outras eram agres-
Os reÍrescos e os d sivas e se negavam a cooperar com os colegas. Seu comportamen-
q.
",i,Ài,J;";#;ffn"t:"|:j:T ::j servidos
;L:: 'iÁ\ i:: na sara ao rado
j:i'j to foi modiÍicado. As crianças Íoram ensinadas a se comportar.
ffi ::Tfi
p.rnlo, #::"
a firha e as*,' r::ij1i., 4 ,;; agarelavam
outras
§ra. Hiâ
camargo :".acom_
história do gato oozâd(1 ê"rirnçr", O COMPOBTAMENTO DAS PESSOAS É ENSINADO A ELAS.
â .^^^^:a a respeito da
j::r#;i:Ti:9il"',:Tr:x; j;
ff 'il:r:,"";,j"*,..,1i1:":
Ao chegarem à mest
voPçr'u (Jos ooc(
l, as crianças sentaram_se. De fato, a maior parte dos comportamentos que observamos nas
pessoas foi aprendida. Brincar, Íalar e trabalhar são comportamen-
Clara notou que Teresa nã^ r;^h^
tos aprendidos. As crianças podem aprender a ser agrêssivas, as-
"ru'".,, p"J,;;,,::i:,:T.llT '"*oo
as mãos e pediu-rhe:
sim como a ser amáveis. CrianÇas e adultos aprendem uns com
Quando ela voltou, os outros. Adquirimos de outras pessoas a maior parte do que
Clara, enquanto sen
ajudar sara a ."rri, o" .rl:;'";i:t^" servra os reÍrescos, deixou-a aprendemos.
lll: ?,bo,,
sentadas
;;r;;;:"f"n.âff;;,:'u'r" notou que u. .,.i"n-
ot oo""s, permaneciam AS PESSOAS ENSINAM UMAS ÀS OUTRAS
tranqüílamente. sara
__,q parecia
l.,qrt,ura ,n
urn pouco atrapalhada
com É isso o que os psicólogos querem dizer quando Íalam em "Apren-
4
dizagem Social,,.
AôranÀo^r^
uma crianço
;,"o|ál'i??Í,i;.i"1:.::1. se modiÍicam euando Gomo viaiar Como ensinar
com as outras,
;:'"JffJãJlll l"la oi'",àJ o* :,orinquedos
está mudada'
eoucaçuJ'ãi'tcrrâÍ)Çâs A educação
tunçoes ,ai. im.^1 em
modiÍicaÇão o';;.#s particular' as
,,po*.,.*;
o, .:1311"t
ffi;:;;".?:T, são dedicadas
à
APRENDER É
MUDAR.
Certa vez, urna pe
que visítava a
::1.r.
n.*i r,iJissoa interagir tão
ctasse^de crara
comentou
otzer é que nunca
;tl'.íln'" ,#;,;;,oem' o que ela deixou de o
c
de crara
- vq vo ::-l'tto
dido a modíÍicar
'o'po'à-rl;i;."::l#r::"":H';1:,;:'""â-
0)
E
(ú
o
o-
E
o
:3fl ::T,XT,'.','Â"J"TiBâ:-1,,,.#OD,F,CAMo
Mas como mudar Tempo
di
,,á,,1T:;'
jil, CONSEQÜÊNCIAS ACELERADORAS.
,ixffi :;Tru,.miL iffi ,; ;i#:,"J:ffi:: O Íato mais importante para a aprendizagem de um comportamen-
to é o que acontece imediatamente depois dele. Ao que acontece
imediatamente apos um comportamento chamamos de conseqüên-
cia.
Damos agora alguns exemplos de conseqüênclas para você habi-
tuar-se a identificá-las:
Teresa empurra o pedal de um velocípede e o velocÍpede se move.
CONSEQÜÊNCIA elogio.
Jaime liga a televisão e uma frgura aparece na tela.
assopra numa
corneta de brinquedo.
COMPORTAMENTO
Joãozinhochoraeé _- CONSEQÜÊNCIA
abraçado pôr sua
'_ mâe.
COMPORTAi,4ENTO
Se você identificou como cornportamento do ls exemplo "abriu
o livro", e como conseqüência imediata "ver uma Íigura colori-
abraçado pela da", acertou. lgualmente a linha vermelha, o doce e a Íigura na
mâe,
tela da televisão são conseqüências que se seguiram ao com-
portamento das crianças de passar o pincel, pedir um doce e
ligar a televisão, respectivamente.
Exemplo:
COMPORTAMENTO
COMPORTAMENTO
CONSEOÜÊNCIA
Aflrmar que uma criança partilhou seus brinquedos oito vezes
0om outras nãoé dizer muito. Afirmar que para aquela criança a lre-
qüência de partilhar os brinquedos é de oito vezes numa hora
algnifica muito. Medimos o comportamento pela Íreqüência (com-
Diga a outras pessoas
ô..rrê á ^,.^ portamento por minuto) de ocorrência, da mesma forma que
rnedimos o funcionamento do coração (batidas por minuto).
:#;:T:#':J;.i3l3,"."e hes
;.; ;:_mÊ::J: t1á dois tiposde conseqüênclas; aquelas que aceleram e aque-
las que desaceleram a freqüência do comportamento. Os pais
:TILT#;,";:::i.f""!"::.ffi .:I:;?.,",H:;",;;,oJ"dI o professores têm usado conseqÜências aceleradoras e de-
nada conse;#;.,; o" ,Ãã saceleradoras, respectivamente conhecidas pelos nomes de re-
tempo. T",üi"ril; i::ff:,il?ão
: (í) quantas oJt",,i_
vezes (2) oompensas e puniçÕes, por centenas de anos, Contudo, somenle
agora estamos aprendendo como usar conseqÜências de maneira
eíicaz para mudar o comportamento das crianças. Uma regra para
usar uma conseqüência eÍicazmente é:
deixei outras
com o§ meus AS CONSEQÜÊNCIAS DEVEM SEGUIR-SE IMEDIATA.
MENTE AO COMPORTAMENTO.
brinquedos
Ser rápido é um barato.
Atrasos levam horas.
1'l
Orrando uma conseqüência segue-se imediatamente a um compor-
Itrrrrento e este passa a ocorrer mais Íreqüentemente, denominamos
compartilhar l$la conseqüência de conseqüência aceleradora.
lJrna vez que a Íreqüência com que Joãozinho passou a comparti-
l[rar seus brinquedos aumentou, podemos dizer que o elogio lhe
EFEITO SOBRE aumento na Íreqüência (r uma consequência aceleradora. Clara náo estava certa de que o
O de
COMPORTAMENTO compartilhar,, de nlogio Íuncionaria como conseqüência aceleradora para Joáozinho
duas vezes em
6 horas para doze onquanto não verificou que, quando ele era elogiado após com-
vezes
em 6 horas.
;rartilhar, a Íreqüência desse comportamento aumentava. Para
I ,loãozinho, um elogio de Clara é uma "conseqüência aceleradora".
Joãozinho imediaramente
lj:^n::1rq"
brinquedos,
rrrnquedos, ""vvtqtdrrrente após
apó, ele De agora em diante, ela pode usar com segurança o elogio para
Clara foi grrmo^+^- -: "1" compartilhar seus
foi caoazcJê aumentar seus ;rcelerar muitos outros comportamentos dele.
mento o" a
"orprit ,injr"""'de
rr brinquedo, o" ;oáoÍjitnxllncia
do comporra-
Se você deseia acelerar um comportaJnento, apresente
uma conseqüência aceleradora imediatamente depois
COMPORTAMENTO dele.
DE JOÃOZINHO
EM COMPARTILHAR.
14
Quando Léia Íez uma pergunta, Clara sorriu e tocou-lhe no ombro.
13
Ela sabe que o sorriso e o contato físico são conseqüências acele.
12 radoras para Léia. Clara costumava usar o elogio verbal, mas, de-
11 pois de uma observação cuidadosa, descobriu que o elogio náo
@
(Ú
10 Íuncionava tão bem como conseqüência aceleradora para Léia.
o I Tentou então usar o sorriso e o conlato Íísico, descobrindo que
.o
o
o 8 eles Íuncionavam melhor como conseqÜências aceleradoras para
E 7 essa criança.
o
.g 6
co
.O
5
o LÉIA
0)
TL
4
3 COMPORTAMENTO fazer uma pergunta
2
1 CONSEQÜÊNCIA elogio verbal
EFEITO SOBHE
cotggí0 nenhum aumento na freqüência
o coMPoR- do comportamento de lazer perguntas
Dias de observação
TAMENTO
12
13
ga. Muitos pais e proÍessores já descobriram que as seguintes
COMPOBTAMENTO eonseqüências funcionam como aceleradoras para a maioria das
Íazer perguntas
crlanças:
CONSEQÜÊNCIA
sorriso e contato Aprovação verbal e elogio,
Íísico
EFEITO SOBRE
certo!
Está Que barato! Você trabalha
O COMPORTAMENTO
aurnento na Íreqüência bem!
Muito Períeito! pra valer!
de fazer perguntas
do comportamento ótimo! Oba! Você está
Correto! Que legal! melhorando!
Excelente! Eu gosto desta! Eu gosto de ver
OBSERVAÇÃO: Bem pensado! Você fez você brincando
um bom trabalho! com as outras crianças.
Uma conseqüência
funcionar como
ra uma criança nao irpii"ã aceleradora pa- Fazendo Perguntas.
corno conseqüência #:.::,i::qüência
.;;i;;;;;J;":.':'l'Tt'te
aceleradora para
outra'
sue eta Íuncionará
O que íaz
Você provar",r,nt'' esta máquina
notou gue ciara
cias para ,oror?nl" diferentes conseqÜên- que você construiu?
comportarnenro Ino
e r-eia Ã
"Á,.
;;': """ Como trabalha ela?
oà'ui nl'
nh o, cr a
comportamenro","t^1
^f ?' Para
ra o T
aumenti
T.XHT:l'
êrn Léia a ÍreqÜência
; J:ti:'ft#: Como é que vai indo você?
.ln'"u' Vocé esÍá-se d ivertindo?
mas consequun.,'^1'"-t:t o;*;;t,tttâI sorria e tocava-a'
do
runcionam .oro ::'-:o" oãoJã, :'t"tot''to e o tocar' em 'etgul Aprovaçáo não verbal.
geraÍ
crianças. con,rd.tonteqtloncias'a;;,1 Sorriso.
existem ;,rr;;.'",rdoras para a maioria das Fazer caretas.
Íuncionar .oro cabeça.
,,? Aceno de Dar risada.
lt,ll?, ;,;; ,*T,.# ffi.:;1T:,jff :;,H:::
l{l^{in J para Aplaudir. Piscar o olho.
crasse' ;;;;;;#Ti'::''"'ooras todas Olhar interessado, Franzir o nariz.
ilr,,.,,,,. ffi,-ar gue' para cada cr' Contato Íísico.
o gue Íuncionará
identiricar o que
u'::^ "' *'lJ;ril:Lt?":?"?ff: Abraçar. Segurar a mão.
XT,TTX
Bater no ombro. SenÍar no colo.
:: e^'o"ê
ou coÍnportamento
Íreqüên-
Atividades e privilégios.
de
Ircou urna conseqüêncir Íato aumenta er
r."r"lãão"rr'iJJ.
__-,v,qwurcr aoequada
ll"_ouência,
você identí- parque. Dar de comer aos animais.
para aquela lr ao
14 crian- Brincar com um brinquedo novo. Aiudar a proÍessora.
15
Trabathar num projeto
Distribuir objetos.
lr a um passeio. li:;ico. Com essas crianças, você pode precisar usar conseqüencias
Escolher uma historia
para leilura irceleradoras mais poderosas, tais como obietos materiais. se você
Obletos Maleriars os usar como conseqÜências aceleradoras, sempre elogie a criança
Brinquedos. à medida que você vai apresentando o objeto. Desse modo, o elo-
Lanches, doces. gio em breve passará a Íuncionar como conseqÜência aceleradora.
Livros.
Materiat de pintura.
Bugigangas Entào você pode, gradualmente, corneÇar a substituir os obietos
Jogos.
,i]
materiais por consequências sociais
i
ili
i AVISO:
OBSERVAÇÃO: ROBERTO
Tempo
SOMPORTAMENTO chorar
ELIMINANDO CONSEQÜÊNCIAS
ACELEHADORAS.
As crianças não são nem boas CONSEQÜÊNCIA é ignorado por parte de Clara
nem más. Simplesmente, elas
deram arguns comportamentos que apren_
chaÃamos de bons e outros
chamados de maus. euando ,r, EFEITOS SOBRE diminuição da freqüência de chorar,
.ri"nfá aprendeu comportamen_
tos indesejáveis, devemos mudá_los, pri, O COMPORTAMENTO de oito para uma vez por hora
o próprio bem dela.
20
21
FREQÜÊNCIA DE CHORAR AVISO:
POR PARTE DE ROBERTO
14 Não espere obter diminuição imediata na Íreqüência de determinado
í3 comportamento quando você passar a ignorá-lo. Algumas vezes,
Clara começa a o comportamento aumentará em freqüência por um breve período
12
ignorar o choro de Roberto de tempo antes de dar mostras de diminuir (veja o exerhplo dis-
11
cutido na pá9. 21 - Roberto).
E
o
10
I I \
o
8
\ OBSERVAÇÃO:
.g /
7
c
<0) Uma vez que o comportamento deixa de ser eficaz na obtenção
o 6
q) de conseqüências aceleradoras, começa a desaparecer.
TL 5
4
\
3
\ AVISO:
2
\ Se você náo ignorar consistentemenle um comportamento indese-
1 jável, ele não diminuirá em Íreqüência. Se ocasionalmente der
atençáo a um comportamento indesejável, você manterá sua Íre-
12345678 910 12 14
qüência alta. Lembre-se de que, uma vez que um comportamento
Dias de observaçâo
é aprendido, é mais provável que ele seja mantido quando for
Eliminando a conseqüência aceleradora (atenção) que estava seguido por conseqüências aceleradoras apenas ocasionalmente.
mantendo o choro de Roberto, clara toi capaz de diminuir a fre-
qüência desse comportamento.
OBSERVAÇÃO:
Se você deseja diminuir a Íreqüência de um compor-
tamento, ELtMINE a conseqüência aceleradora que o Quando um comportamento indesejável ocorre, procure descobrir
. esÍá mantendo.
que conseqüências aceleradoras o estão mantendo. Pode ser o
seu próprio comportamento.
OBSERVAÇÃO:
22
23
EXERCÍCIO:
LUCIO
Selecione de uma criança conhecida um comportamento cuja
Íreqüência você deseja diminuir. lgnore consistentemente o com- bater e tomar o brinquedo
COMPORTAMENTO das outras crianças
portamento sempre que ele ocorrer.
O comportamento gue eu desejaria diminuir em .Íreqüência é: submissão de suas vítimas. atenÇão
CONSEQÜÊNCIA dos colegas, obtenção dos brinquedos
que deseja
o
c
Clara deve usar um procedimento que diminuirá rapidamente o
o comportamento considerado indesejável. Como nessa situaçáo
E
§ existe um grande número de conseqüências aceleradoras que pro-
o
o vavelmente mantêm esse comportamento em Lúcio, ela decide usar
E
o
o um procedimento que eliminará todas as conseqüências acele.ra-
doras dos comportamentos indeseiáveis dele
Tempo
Na proxima vez que Lúcio bater em outra criança, Clara lhe orde-
nará imediatamente que vá sentar-se num canto da sala, longe dos
ELIMINANDO TODAS AS CONSEOÜÊNCIAS ACELERADORAS. colegas. Depois de dois ou três minutos, dirá a Lúcio que ele pode
ISOLAMENTO SOCIAL. retornar à companhia do grupo e brincar com as outras crianças
desde que o Íaça sem brigar com ninguém. Clara usa esse proce-
Você sabe agora como proceder para eliminar gradualmente um
comportamento. Algumas vezes, contudo, a eliminação gradual de
dimento, consistentemente, cada vez que Lúcio briga com outra
criança ou cada vez que ele toma o brinquedo de um colega. Ao
,um comportamento não é suficiente. Você precisa pará-lo imedia-
tamente! Nestas situaçÕes, você deve usar um Íreio. Íirn de três dias, ela nota que esses comportamentos já não
ocorrem.
se Lúcio bate nas outras crianças e lhes toma os brinquedos, você LUCIO
não pode apenas ignorar Lúcio e esperar que a freqüência de seu
comportamento de brigar diminua gradualmente. De fato, se ten_ bater em outras crianças e tomar-lhes
COMPORTAMENTO
tasse esse procedimento, provavelmente descobriria que a freqüên- os brinquedos
cia do comportamento de brigar por parte de Lúcio náo diminuiria.
As conseqüências aieleradoras que mantêm o comportamento dele isolamento social
CONSEQÜÊNCIA
em brigar são, muito provavelmente, a submissão de suas vítimas,
a atenção dos colegas e a obtençáo dos brinquedos que deseja. EFEITOS SOBRE a Íreqüência de bater e tomar brinquedos
Durante o primeiro dia de aula, Clara notou que Lúcio brigava apro-
O COMPORTAMENTO diminui de duas vezes por hora para zero
ximadamente duas vezes por hora.
24 25
BBIGAS DE LÚCIO
OBSERVAÇÃO:
10
I o local a ser escorhido para isoramenlo sociar deve ser aÍastado
)lara começa a usar
B
daquele onde se desenvorvem as atividades do grupo e, simurta-
E isolamento social
o
7 neamente, não deve Íornecer à criança oportunidade para
outras
o atividades.
o_ 6
.§
o 5
Ê OBSERVAÇÃO:
.O)
:f 4
o
o
IL 3 Quando uma criança é corocada em isoramento sociar, clara the
2 diz, numa voz firme, carma e taxativa, por que está sendo removida
1
do grupo. Ela não usa aÍirmailvas genéricas tars como: ,,você é
0
um mau inenino." Ao invés, ela descreve o comportamento que
1234567 8910 12
causou probrerpas. por exemplo: "Nesta escora não se bate nos
outros. Você bateu em Roberto; assim, deve deixar as ourras crian-
Dias de observaÇão
Ças e sentar-se nesta cadeira. Ficará sentado aqui até que eu diga
Mediante o procedimento de corocar Lúcio que se pode levantar." Seia descritivo.
em isoramento sociar
imediatamente após suas brigas, Clara Íoi
capaz ji.inrir. ,
J.
freqüên«;ra do comportamento indesejável. AVISO:
Você agora também sabe como diminuir a freqüência 1. Pedir brinquedos, cooperar com outras crianças e partilhar seus
de um com_ brinquedos com elas são comportamentos incompatíveis com "bri-
portamento:
gar e tomar o brinquedo de outras crianças". lsso é Íácil de enlen-
se desela diminuir-the a Íreqüência, ELTM,NE a conse- der. Se uma criança está cooperando com outra, não pode estar
qüêneia aceleiadora que o está mantendo. batendo nela. Portanto, um modo de diminuir a freqüência de brigar
é aumentar a Íreqüência de cooperar.
Se desela diminuir rapidamente a Íreqüência de
um com_ 2. Pedi por brinquedos, cooperar com outras crianças e partilhar
portamenta, use o TSOLAMENTO SOCTAL para
etiminar os brinquedos com elas são comportamentos desejáveis que Clara
por um curto periodo de tempo lodas as conseqüências
quer ensinar a Lúcio.
aceleradoras..
OBSERVAÇÃO:
Se desela diminuir imediatamente um comportamento
que oÍerece perigo a uma criança ou aos
outros, apre_ Sempre que você deseja diminuir a Íreqüência de um comporta-
senÍe consistentemenb uma CONSE?üÊNCtA DESACE_ mento indesejável, aumente simultaneamente a ÍreqÜência de com-
LÊRADORA imediatamente depois dete, CADA VEZ que portamentos desejáveis incompatíveis com os indesejáveis. Com a
ele ocorr:er. maior parte das crianças, pode conseguir isso, simplesmente rgtno-
rando os comportamentos que deseja eliminar e elogiando compor-
tamentos compatíveis cuja freqüência você quer aumentar.
Um dos modos mais poderosos já descobertos para
mudar o com_
portamento de uma pessoa que está aprendendo
é:
'l) diminuir-lhe
os comportamentos indesejáveis e,
2)simultaneamente, aumentar-lhe os comportamentos
desejáveis
incompatíveis com os, indesejáveis.
32 QA
EXERCÍCIO:
que, quando ensinamos qualquer comportamento novo, devemos
Abaixo há uma rista de comportamentos indesejáveis. para começar do nível no qual a criança se encontra. SÓ então podemos
cada
um deles descubra o comportamento desejável incompatível. modelar um novo comportamento, passo a passo.
Co m po rtame ntos i nd esej áve is :
O primeiro passo para Paulinho e brincar quieto, sozinho. Nos
Co m po rtam e ntos d esej áve i s
dois primeiros dias de, seu programa, Clara consistentemente se
incompatlveis:
iil
1. chorar, 'l
aproxima de Paulinho e conversa com ele enquanto ele brinca
quieto, sozinho. Ao Íim do segundo dia, ela observa que Paulinho
2. grilar, 2. não mais corre pela sala; pelo contrário, passa a maior parte do
3. tomar o brinquedo de outra 3. tempo brincando quieto, a sós.
cnanÇa,
4. interromper outra pessoa PAULINHO
4
quando esta está Íalando, COMPORTAMENTO correr pela sala
5. não esperar a sua vez, 5. CONSEQÜÊNCIA Clara não dá atenção
6. derrubar o leite ou suco 6. EFEITOS SOBRE
diminuição na freqüência
de fruta, O COMPORTAMENTO
7. ameaçar verbalmente outra Z . COMPORTAMENTO brincar quieto e sozinho
criança. Clara dá atenÇão
CONSEQÜÊNCIA
Diga a outras pessoas o que você deve Íazer nesse exercÍcio. EFEITOS SOBRE
Mcs- aumento na Íreqüência
tre-lhes a lista e veja se concordam com você. O COMPORTAMENTO
1i DANDO OHIGEM. A proxima erapa programada para Paulinho é brincar quieto, pro-
MODELANDO.
I ximo de outras crianças. Durante o terceiro dia de seu programa,
Na classe de clara há um menino chamado paurinho. Clara somente dá atenÇão a Paulinho quando ele está brincando
i
i Até o momen-
i
to em que se tornou seu aruno, ere nunca havia brincado sozinho perto de outras crianças. A tarde, nota que Paulinho brinca
ll com outras
i
crianças. Durante os dois primeiros dias, permaneceu aÍastado o tempo todo perto delas.
das
itl demais crianças, brincando invariavermente com o mesmo brinque-
I
do ou entâo correndo ao redor da sara, perturbando os demais. PAULINHO
I
observando Paurinho nesses dois primeiros dias, crara descobriu 30MPORTAMENTO brincar quieto e sossegado
il que ele absolutamente não brincava com as outras crianças.
Era ]ONSEQÜÊNCIA Clara não dá atenção
quer gue todas as crianças em sua classe brinquem juntas.
Con_ EFEITOS SOBRE
tudo, como Paulinho nunca brincava com outras crianças, diminuição na Íreqüência
ela não O COMPORTAMENTO
podia simpresmente aumentar a freqüência desse comportamento,
br.incar quieto, sozinho, perto de outras
apresentando conseqüências acereradoras quando ere ocorresse. OMPORTAMENTO cnanÇas
Devia, portanto, pranejar um programa especial para ensinar pauri-
ONSEOÜÊNCIA Clara dá atenção
nho a brincar com outras crianças. Era sabe que existem
muitas EFEITOS SOBRE
etapas envolvidas no aprender a "brincar com outras crianças', aumento na freqüência
e O COMPORTAMENTO
34
35
No outro dia, Clara Íaz com que paulinhc
âp resentand o- h e conseq as
rr::::r; 5. Apresente conseqüências aceleradoras apenas para comporta-
r
BETH E MARCOS
COMPORTAMENTO pedir para ouvir urnihistóriã DICA material de desenho sobre a mesa
ouvir a leitura de uma história COMPORTAMENTO desenhar
EFEITO SOBRE
CONSEQÜÊNCIA elogio verbal de Clara
O COMPORTAMENTO não especiÍicado
EFEITO SOBRE
o comportamento continua
A frase de Janete _ ,,Eu quero O COMPORTAMENTO
ouvir uma história,,, Íoi precedida
pela frase de Clara _ ,,euem
qr"r. orJr. uma história ?,, Aoevento
imediatamenre antes Aninha vê um grupo de crianças pulando corda. Ela corre para as
de um comporramento denomi_
ffiJ..:ffi. crianças e pergunta-lhes se pode brincar também, Em seguida
entra na Íila para pular corda.
38
39
CRISTINA
crianças pulando corda
DICA
pede para brincar também
CONSEQÜÊNCIA COMPORTAMENTO
cristina vê um pedaço de boro sobre As consegüências respectivamente foram: ouvir uma história, ter
a mesa. pega_o e come. o bolo na boca e ouvir alguém dizer "muito obrigado".
40
41
EXERCÍCIO:
1B' As pessoas freqüentemente criança a outras da mesma idade. É possível que essa comparação
outras pessoas se comportarem.
se comportam conforme observam sugira vários comportamentos que a criança deveria aprender
Você pode considerar também os comportamentos que a criança
19. Sela consrs/enÍe e aplique consistentemenÍe precisa a fim de se sair bem no ambiente em que vive agora, ou
esses princípios.
nos ambientes em que vrverá no futuro. Finalmente, pode consi-
derar também os comportamentos que pessoalmente acha dese-
jáveis numa criança.
46
47
OBSERVAÇÁO:
SARA
Se você gosta de algo e a criança necessita dele, selecione_o
como um objetivo. CIRCUNSTÂNCIAS:
oferecer um doce a cada criança
COMPORTAMENTO:
OBSERVAÇÃO: sentada à mesa.
Bons objetivos são aqueles que são bons para CBITÉRIO:
a criança e são
boYrs para você. (será que isso é suÍiciente? Nâo/ Clara não quer que sara distri-
bua doces durante q período de jogo'livre ou durante a leitura de
ESPECIFICANDO UM PONTO DEFININDO OBJETIVOS. histórias. clara deve especiÍicar as. circunstâncias nas quais o
DE CHEGADA- comportamento deve ocorrer. Sendo assim, ela se pergunta:
"Em que circunstâncias desejo que o comportamento ocorra?")
Ao selecionar um objetivo, Clara sabe que este, para
ser útil no
processo de ensino, deve ser especiÍicado
com crareza e detarha- SARA
damente' Era descobriu que um modo bastante
simpres de Íazer durante a hora do lanche quando todas as
isso é perguntar-se três questÕes: CIRCUNSTÂNCIAS: crianÇas estão sentadas à mesa, Sara deve
Que comportamento desejo que a criança desempenhe? oferecer um doce a cada criança
Em que ambiente ou circunstâncias desejo que COMPORTAMENTO:
esse comporta_ sentada à mesa.
mento ocorra?
CRITÉRIO:
Quão bem desejo que esse comportamento seja desempenhado? (Será que isso é suficiente? Não! Clara não deseja que Sara de-
isto é: qual o criterio que o desempenho deve more 15 minutos para distribuir os doces, nem que os derrube no
- atingir?
chão. Clara precisa especiÍicar quão bem Sara deve cumprir sua
Aquí está um exempro de como a coisa funciona.
crara sereciona tarefa, isto e, o critério que o desempenho de Sara deve atingir.
um objetivo: decide ensinar sara a ajudar na
distribuiçâo de doces. Desse modo, ela se Pergunta:
Depois de preparar o quadro abaixo, crara
se táz a priÃeira
pergunta. "Quão bem eu desejo que esse comportamento seja desempenha-
do? tsto é: qual o critério que deve o desempenho atingir?")
-
SARA
CIRCUNSTÂNCIAS: durante a hora do lanche quando todas as
CIRCUNSTÂNCIAS:
crianÇas estão sentadas à mesa, Sara deve
COMPORTAMENTO: oÍerecer um doce a cada criança sentada
COMPORTAMENTO:
CRITÉRIO: à mesa.
lêvando no máximo 3 minuto§ Para
completar a tareÍa, sem derrubar nenhum
RITÉRIO:
Que comportamento desejo que Sara apresente? doce no chão; movimentando-se em
silêncio ou Íalan@
48
49
Agora clara especiÍicou seus objetivos
com clareza e de modo EXEHCÍCIO:
detalhado. poderá identifícar faciimente quando
s"r"
De fato, especiÍicou tão bem os objetivos, que ". ",i.ãir]
um estranho po_
Marque com um X cada um dos comportamentos abaixo que você
deria entrar em sua sala, receber a descrição considerar observáveis e mensuráveis:
acima e ser capaz
de decidir se sara atingiu ou nâo os objetivos 1. a criança guardará os blocos de madeira;
propostos. A este
procedimento dá-se o nome de tesÍe 2. acriançagostará;
do estranho.
3. a criança falará com moderação;
TESTE DO ESTRANHO, 4. a criança saberá.
se você mostrasse seus objetivos a um estranho,
ere deveria ser Marque com um X cada um dos comportamentos abaixg que você
capaz de, entrando em sua sala de aula,
decidir se o objetivo está considerar claramente especificados:
sendo arcançado. se a decisão do estranho
concordar com a sua, 5. a criança compreenderá;
então o objetivo escolhído passou no teste.
6. a criança andará até o Íiltro;
Para que um objetivo passe nesse teste, 7. a criança pendurará seu casaco no cabide;
deve ser específico. Deve
descrever o que o aprendíz.deve estar fazendo,'ou seja,
seu
8, a criança será boazinha.
comportamento ao atingir o objetivo;
deve descrever a .iiurçao, L 'g 't '1 :selsodseg
as circunstâncras onde e quando o comportamento
deve ocorrer;
e, finalmente, deve descrever quão bem ou, em EXERCÍCIO:
relação a que
critério, o comportamento deve ser desempenhado.
Danlbs abaixo uma série de objetivos. Leia cada um e decida-se:
OBSERVAÇÃO: 1. Ele está completo, isto é, as circunstáncias, o comportamento
e o critério são especiÍicados de maneira clara e detalhada.
Não é suficiente conhecer seus objetivos ',de 2. As circunsÍâncias não são especiÍicadas.
cabeça,,. É neces-
sário ser mais específico. 3. O comportamento é enunciado de modo vago.
4. O criterio não é especiÍicado.
AVISO:
5. Pelo menos dois desses elementos não sáo especiÍicados ou
estão enunciados de modo vago.
Muitas pessoas, aô tentarem pera primeira
vez definir objetivos, Exemplo: "Quando a professora lhe pedir para guardar os brin-
cometem o engano de não especiÍicar claramente
um comporta_ quedos, a criança começará imediatamente a guardá-los, comple-
menlo. Ao invés disso, elas tentam usar termos
vagos aorio ,,, tando sua tarefa em 5 minutos."
criança quererá", ,,a criança gostará,', ,,a criança
entenderá,,, ,,a
criança saberá", ou "a criança desenvolverá
um senso de,,. o quando a professora lhe pede para guardar
problema, craro, é quê esses termos .IRCUNSTÂNCIAS: os brinquedos, a criança começa
bastante vagos signíficam
diferentes coisas para pessôaô diferentes. um
teimo vigo nao
passará no teste do estranho. Quando COMPORTAMENTO: a guardar esses brinquedos imediatamente,
você descreve um aã*por-
tamento, ere deve ser oôserváver, mensuráver
e craramente espe-
ciÍicado. lO: completando a tarefa dentro de 5 minutos'
50
51
Esse objetivo é um exemplo que especifica a círounstância, o
comportamento e o critério, portanto, a alternativa correta é a n.s '1. IRCUNSTÂNCIAS:
AMENTO:
A. Durante o período de jogos a criança brincará.
TÉRIO:
IRCUNSTÂNCIAS:
Esse objetivo é um exemplo que atende a alternativa p.e . . .
MPOBTAMENTO:
ro:
E. Durante a aula de música a criança aprenderá a gostar de
Esse objetivo é um exemplo que atende a alternativa pe . . . cantar.
NSTÂNCIAS:
B. Durante o perÍodo de histórias as crianças deverão prestar PORTAMENTO:
atenção.
ITÉRIO:
IRCUNSTÂNCIAS:
Esse objetivo é um exemplo que atende a alternativa 1.e . . .
MPORTAMENTO:
TÉRIO:
F. A criança Íolheará o livro por um período de, pelo menos,
minutos.
Esse objetivo é um exemplo que qtende a alternativa 6.e . . .
RCUNSTÂNCIAS:
C. Ao chegar à escola, pela manhã, a criança deverá pendurar OMPOHTAMENTO:
seu casaco no cabide, com seu nome, antes de começar a brincar.
RITÉRIO:
IRCUNSTÂNCIAS:
Esse objetivo é um exemplo que atênde a alternativa p.e . . .
PORTAMENTO:
ITÉRIO:
.z_t ,g_J ,z-o ,l_c ,7a ,r-Y :selsodseg
52 53
A.
O qrc procurar Como avaliar
IRCUNSTÂNCIAS: o en$no
AMENTO:
TÉRIO:
PONTOS DE REFERÊNCIA. A OBSERVAÇÃO DO
B. COMPORTAMENTO.
TÉRIO:
O ENSINO É O EFEITO QUE VOCÊ CONSEGUE DO APRENDIZ.
il D, Para melhorar o seu processo de ensino, você deve ser capaz de
iti verificar o eÍeito daquilo que está tentando transmitir às crianças.
RCUNSTÂNCIAS: Para observar esse efeito, deve avaliar o seu ensino. Existem vários
modos de avaliar-lhe a eÍicácia:
PORTAMENTO:
Para certos fins normalmente basta verificar apenas se a criança
RITÉRIO: "atingiu o objetivo".
Verifique se seus objetivos estão deÍinidos de maneira clara e Se você especificou os objetivos claramente e de modo detalhado,
específica, aplicando o ÍesÍe do estranho. Se os objetivos forem então é muito Íácil avaljar. Antes de começar a ensinar, procure
aprovados, você estará aprovada. determinar se a. criança, na realidade, já não atingiu os objetivos
,nos quais você está interessado. Para fazer isso, você deve obser-
var a criança e ver se o comportamento exigido pelos seus objeti-
vos ocorre nas circunstâncias especificadas e de acordo com o
çritério estabelecido, A isto se chama um pre-tesÍe. Se a criança
na realidade já atingiu os objetivos, então não precisa ensiná-la.
Se não os atingiu, precisará ensiná-la. Para avaliar a eÍicácia de
54 55
seu ensino, deve continuar a observar a criança para ver como tamento dela. Quando essas mudanças são na direção do objetivo
atinge ela os objetivos especiÍicados. especiÍicado, os comportamentos de Clara que levam a um ensino
eficiente são acelerados.
Por exemplo, Clara quer que todas as crianças de sua classe selam
capazes de amarrar os sapatos. lnicialmente ela especiÍica seu Se o comportamento da criança não mostra mudança ou muda na
objetivo: direção errada, isso age como conseqüência desaceleradora e
diminui a freqüência dos comportamentos de Clara, causadores de
um ensino ineficiente.
CIRCUNSTÂNCIAS: dado um par de sapatos desamarrados,
a criança deverá PROFESSORES TAMBÉM SÃO APRENDIZES.
57
56
Antes de tentar aumentar a Íreqüência desse comportamento, ela comportamento antes de começar a ensiná-lo e enquanto o está
o observa e conta sua freqüência, numa semana. Durante esse ensinando; se a treqüência do comportamento está mudando na
tempo, Jorginho a cumprimenta em média uma vez em cada cinco direção especificada pelo objetivo, ela sabe que está sendo eÍi-
dias, ou sejam 20o/o das vezes. Em seguida, Clara comeÇa a au- ciente em seu ensino.
mentar a freqüência desse comportamento, elogiando Jorginho
sempre que ele a cumprimenta pela manhã. Durante a semana
seguinte Jorginho cumprimenta Clara três vezes em cinco dias,
ou sejam 60% das vezes. Na terceira semana Jorginho cumpri-
menta Clara cinco vezes em cinco dias, ou sejam 100% das vezes, VELOCÍMETRO. MEDINDO FREOÜÊNCIA.
Por exemplo, Clara quer aumenlar a freqüência do comportamento Data comportamento Temqo Freqüência Observações
lnlcio Fim Total
de Flodolfo em "guardar os blocos de madeira apos brincar com 2.0 Pré-teste
10/ 15 24 9:30 9:42 12
eles". lnicialmente especifica de modo detalhado e claro o seu
objetivo:
1.s dia: 2,0 blocos guardados por minuto; Comportamento Tempo Freqüência ObservaçÕes
2.s dia 3,1 blocos guardados pdr minuto;
Data ' lnício Fim Total PlMinuto
3.q dia: 1,8 blocos guardados por minuto. 10/ s 24 9:30 9:42 12 2,0
11/5 31 9:25 9;35 10 3,1 PÉ-teste
12/ 5 18 9:32 9:42 10 1,8
62 63
A fim. de saber quão eÍicientemente está ensinando Rodolfo a No Íinal deste livro há, em branco, algumas Tabelas de Registro
guardar seus blocos de madeira, Clara coloca, dia a dia, a Íre- do Proieto e Grálicos do Comportamento do Proieto, que você
qüência desse comportamento num gráÍico, ao qual ela deu o pode usar. Quando êstiver desenvolvendo um programa de ensino,
nome de GráÍico do Comportamento do Projeto. Para fazer isso, siga o seguinte roteiro de trabalho:
ela coloca, a lápis, um ponto no local que indica a freqüência por
minuto do comportamento no dia em que a observação foi feita, 1. Preencha o cabeçalho da Tabeta de Registro do Proieto e do
cada ponto acrescentado é unido ao ponto reÍerente ao dia ante- Gráfico do Comportamento do Proieto, não se esquecendo de
rior por meio de uma linha traçada com régua. colocar o nome da criança, nome da proÍessora, as circunstêtncias,
o comportamento e o critério.
Aqui está o gráfico que Clara traçou:
2. Registre, cada dia, na Tabela de Registro a data, os comporta-
GRÁFICO DE COMPORTAMENTO DO PROJETO: mentos, o momento do início da observação, o momento de seu
Nome da criança: Rodolfo término, o total de minutos de observação e a Íreqüência por
minuto.
Nome da professora: Clara
3. Marque no Gráfico de Comportamento cada dia, a freqüência
Comportamenfo; guardar blocos de madeira por minuto do comportamento que você está observando'
I
o 7
f
.c /
E 6 OBSERVAÇÃO:
o
Nos GráÍico s de Comportamento do final do livro, a linha vertical
5
o.
/clara começa o proce-
.§ 4
()
c dimento de elogiar Rodolto doladoesquerdofoideixadaembranco'ospontosdessalinha
correspondem a valores numéricos de treqüência de comporta-
{)
:3 3
o quando ele guarda blocos
o 2 a
TL de mac erra mento que você está registrando. Para alguns comportamentos'
1
Íreqüência pode ser bastante alta e a linha numerada com
0' 10'
01 2 3 4 5 6 7 I 9 10 12 14
20,3040,etc.,enquantoparaoutroscomportamentosafreqüência
Dias de observação
pode ser bastante baixa e a linha numerada com 0: 0'1; 0'2; 0'3;
Apesar da Íreqüência do comportamento de RodolÍo náo aumentar, que você
0,4; etc. Numere os pontos da linha vertical de modo
consistentemente, de dia para dia, Clara pode ver facilmente,
tenha espaço para marcar todos os valores de treqüência
do
com ajuda do gráfico, que esse comportamento se está movendo que os valores
na direção desejada. O gráÍico é a bússola de Clara: úostra-lhe comportamento; por outro lado, assegure-se de
que você vai re§ístrar estejam espaçados o suÍiciente para que
em que direção o comportamento se move.
possa ver aô mudanças na freqüência'
AVISO:
17 /3 41 10:31 10:42 11
18/3 39 10:37 10:50 o 10
f
19/3 40 10:34 10:44 9
o I
OBSERVAÇÃO: o-
(ú 7
Em geral, ao trabalhar num projeto, os proÍessores acham mais c
(0) 6
ta
fácil iniciar e terminar uma observaÇão todos os dias à mesma q) 5
hora; conseqüentemente, o lempo de observação é semprê cons- LL
4
tante. â
z
OBSERVAÇÃO:
1
que um comportamento ocorre, da mesma maneira que você Íez Dias.de Observação
66 67
Por que algumas Os enganos
pessoaÍr se mais oomuns
petdem no ensino
ALGUMAS PESSOAS NÁO SABEM
AONDE DESEJAM IR. FALTA DE OBJETIVOS.
69
sentada sozinha ou encostada numa parede, observando correndo, passa por ela. No dia seguinte Linda não guarda seus
as outras
crianÇas brincar. Várias vezes a proÍessora se aproxima brinquedos depois de usá-los; em vez disso, comeÇa a correr
de susa-
na, conversando alguns minutos com ela, tentando conseguir que pela sala.
ela se junte às outras crianças para brincar. susana contiúa a se
isolar cada dia que passa.
LINDA
SUSANA COMPORTAMENTO guardar os brinquedos
COMPORTAMENTO CONSEQÜÊNCIA
CONSEQÜÊNCIA EFEITO SOBRE
EFEITO SOBRE O COMPOBTAMENTO
O COMPORTAMENTO
Que comportamento deseja a professora de Susana acelerar? COMPORTAMENTO correr oela sala
...
CONSEQÜÊNCIA
EFEITO SOBRE
Que comportamento na rearidade estava a professora de susana
mantendo? O COMPORTAMENTO
Lembre-se: Aquilo que não nos esÍorçamos por manter, em geraí Alguns proÍessores não Íornecem conseqüências eÍicazes.
não se mantém. se conseqüências acereradoras não são Íorneci- Conseqüências podem nâo ser eficazes por várias razóes:
das, o comportamento desaparecerá.
Só porque uma conseqüência funciona como conseqüência acele-
Alguns proÍessores não fornecem conseqüências imediatas. radora para uma criança, não se conclui necessariamente que ela
Exemplo: funcionará como conseqüência aceleradora para outra criança.
cuidadosamente Línda guardou todos os brinquedos que utilizara Uma conseqüência pode perder sua eficácia, se é muito usada.
e entâo começa a correr pela sala. A proÍessora de Linda deseja Se uma proÍessora usa freqüentemente a mesma conseqüência
mostrar quão satisfeita está pelo Íato de Linda ter guardado seus aceleradora, como "Puxa vida, isto é ótimo", esta pode tornar-se
brinquedos, por isso sorri e diz: - ,,Muito bem, Linda,,, quando esta, cada vez menos elicaz.
70 71
Uma conseqüência pode ser muito pequena. Se uma conseqüên- comportamento a Hermínia. Vários dias mais tarde, a professora
cia náo é suficientemente grande, ela não será eÍicaz. Para algu- vê Hermínia deixando cair o casaco no cháo, ao invés de pendu-
mas crianças um leve toque no ombro Íuncionará como conse- rá-lo. Ela fica intrigada com o fato, pois se lembra distintamente
qüência aceleradora. Para outras crianças essa conseqüência será de que havia "ensinado" Hermínia a pendurar o casaco.
muito pequena, e não será eÍicaz; contudo, para algumas dessas
crianças um abraço apertado Íuncionará como conseqüência ace- HERMÍNIA
leradora.
COMPORTAMENTO Pendurar o cqlq9e
Lembre-se: Para cada criança você deve determinar o que fun- CONSEQÜÊNCIA
ciona como conseqüência aceleradora. EFEITO SOBRE
O COMPORTAMENTO
Uma conseqüência também pode ser muito grande ou muito po-
derosa. É muito mais eficiente apresentar muitas conseqüôncias O que Íez a proÍessora de errado?
pequenas, do que uma única conseqüência grande. Se conseqüên-
cias muito grandes e poderosas sáo freqüentemente apresentadas,
conseqüências menores e menos poderosas perderão sua eÍicácia. O que deveria a proÍessora ter feito?
EFEITO SOBRE
mente como lhe Íora ensinado. A proÍessora vê o que Hermínia
O COMPORTAMENTO
I
fez, congratula-se por ter ensinado tão rapidamente esse novo
t
73
72
O que fez de errado a professora? Exemplo:
ROBERTA
EMíLIA
COMPORTAMENTO partilhar e cooperar
COMPORTAMENTO
CONSEQÜÊNCIA
CONSEQÜÊNCIA
EFEITO SOBRE
EFEITO SOBHE
O COMPORTAMENTO
O COMPORTAMENTO
l
Alguns proÍessores, acidentalmente, desaceleram um comporta- Ricardinho freqüentemente choraminga diante de situaçÕes de me-
mento cuja Íreqüência não desejam ver diminuir. nor importância como, por exemplo, não ser o primeiro nô escor-
l
I 74 75
irr
ll
ti
regador, ou deixar cair um brinquedo. Sua proÍessora, que lhe o canto da sala onde os blocos de madeira são guardados, lá o
dava atenção toda vez que ele choramingava, decide diminuir a deixando sentado sozinho.
Íreqüência do comportamento de Ricardinho, ignorando-o sempre
que ele choraminga. Durante as próximas semanas, ela ignora a
JAIME
maior parte das vezes que Ricardinho choraminga, embora, oca-
COMPORTAMENTO
sionalmente, vá até ele enquanto ele chora, para veriÍicar se não
CONSEQÜÊNCIA
ocorreu alguma coisa de sério. EIa raciocina do seguinte modo:
"Como estou ignorando a maior parte da choramingação de Ricar- EFEITO SOBRE
O COMPORTAMENTO
dinho, ela deve desaparecer." Contudo, ao invés de diminuir, a
freqüência desse comportamento indesejável na realidade aumen-
ta, A proÍessora decide que a sua técnica nâo Íunciona e que deve Lembre-se: Se todas as conseqüências aceleradoras não forem
começar a punir Flicardinho sempre que ele choramingar. eliminadas, o comportamento não diminuirá em Íreqüência.
Alguns proÍessores, tentando diminuir rapidamente a ÍreqÜência de
BICARDINHO um comportamento, usam o isolamento social como um modo de
COMPORTAMENTO eliminar todas as conseqüências aceleradoras. Contudo, eles usam
CONSEOÜÊNCIA essa técnica com demasiada Íreqüência.
EFEITO SOBRE
Exemplo:
O COMPORTAMENTO
Sempre que Nélson diz nomes Íeios a outras crianças, a professora
O que Íez de errado a proÍessora? o faz sentar-se, isolado, num canto da sala por vários minutos. lsto
acontece em média de cinco a dez vezes por dia. A princípio este
procedimento pareceu diminuir a freqüência do comportamento in-
O que deveria a professora ter feito?
desejável de Nélson. Contudo, agora esta prática não parece mais
ter eÍeito algum. Na realidade, a Íreqüência com que Nélson diz
Lembre-se: Se você não ignorar consistentemente um comporta- nomes Íeios parece ter aumentado.
mento indesejável, ele não diminuirá em freqüência. Dando aten-
ção, ocasionalmente, a um comportamento indesejável, você man- NÉLSON
terá sua Íreqüência num valor mais alto.
COMPORTAMENTO
Alguns professores, tentando diminuir rapidamente a freqüência de ÇoNsEoüÊNCIA
um comportamento, usam o isolamento social como um modo de EFEITO SOBRE
eliminar todas as conseqüências aceleradoras. Contudo, algumas O COMPORTAMENTO
vezes eles náo eliminam realmente todas as conseqüências ace-
leradoras. O que tez de errado a professora?
Exemplo:
Que comportamento é incompatível com o dizer nomes Íeios? . . .
76 77
O que deveria a professora ter Íeito?
MARGARIDA
COMPORTAMENTO Íazer perguntas em voz alta'
Lembre-se: A eÍicácia do isolamento social depende parcialmente CONSEOÜÊNCIA
de seu pouco uso. Quanto menos essa prática é utilizada, mais EFEITO SOBRE
eÍicaz será. O COMPORTAMENTO
Alguns professores, tentando diminuir a freqüência de um compor-
tamento, apresentam uma conseqüência desaceleradora, sem ten_
tar primeiro outros modos de diminuir sua freqüência. Esses pro- COMPOHTAMENTO fazer perguntas em voz moderada'
fessores Íreqüentemente não conhecem outras maneiras de dimi- CONSEQÜÊNCIA
nuir um comportamento e não estão cientes das desvantagens da EFEITO SOBRE
punição. O COMPORTAMENTO.
O que deveria a proÍessora ter feito? O que deveria a professora ter Íeito?
Lembre-se: Decomponha a aprendizagem em pequenas etapas, Alguns proÍessores, tentando ensinar um novo comportamento,
começando no nível em que o comportamento da criança atual- deixam de apresentar conseqÜências aceleradoras exclusivamente
mente se encontra. Programe seus próximos passos, para que esse para aqueles comportamentos que se aproximam cada vez mais
comportamento atinja o ponto de chegada. do ponto de chegada.
Alguns professores, enquanto tentam ensinar um novo comporta- Exemplo:
mento, deixam de apresentar conseqüências aceleradoras imedia-
Beto deve aprender como agarrar uma bola. Sempre que seu pro-
tamente apos cada um dos comportamentos que representa um
fessor de ginástica lhe atira uma bola, ele é elogiado, quer con-
passo a mais na direçâo do ponto de chegada.
siga ou não, agarrâ-la. Beto não parece progredir muito na apren-
dizagem dessa'nova habilidade.
Exemplo: BETO
Luís pede à sua professora que lhe ensine como amarrar os sa- COMpORTAMENTO agarrar a bota
patos. A professora de Luís sabe que existem várias etapas envol- CONSEQÜÊNCIA
EFEITO SOBRE
vidas na aprendizagem do comportamento de amarrar sapatos.
Ela principia, demonstrando a primeira etapa e deixa Luís prati- O COMPORTAMENTO
cando-o. Depois que ele praticou sozinho por alguns minutos, ela
volta e demonstra-lhe a segunda etapa. Em seguiot, torrra a deixá-
COMPORTAMENTO deixa.a bola cair
-lo para praticar novamente sozinho. Quando ela volta para mostrar
a terceira etapa, não mais está praticando, Ao tentar rnostrar-lhe CONSEQÜÊNCIA
como é a terceira etapa, ele lhe diz que não mais está interessado EFEITO SOBRE ,,ry,
80 B1
O que Íez de errado o professor? tros ou falam em voz alta, enquanto brincam. A professora de
Paulinho agora também precisa gritar em tom mais elevado ainda,
O que deveria o professor ter Íeito? já que o barulho na sala é tão alto, que é difÍcil obter a atenção
das crianças.
LÚCIA
COMPORTAMENTO O que deveria a professora ter feito?
CONSEQÜÊNCIA
EFEITO SOBRE Lembre-se: As pessoas freqüentemente se comportam como vêem
O COMPORTAMENTO outras pessoas fazendo.
PRINCÍP|O Ns 1: PRÉ-TESTE,
Apos uma terrível tempestade, o capitão de um navio de luxo, a
caminho de Liverpool e procedente de Nova lorque, chamou seus
passageiros e Íez o seguinte anúncio: "Tenho algumas notícias
más para lhes dar, bem como algumas boas novas. Primeiro as
más notícias: estamos completamente perdidos, não temos a mí-
nima idéia de onde estamos, nossa bússola eletrônica se quebrou,
perdemos todo o contato pelo rádio com o continente. Devido às
condições atmosÍéricas atuais, não podemos usar as estrelas como
ponto de referência. Estamos completa e absolutamente perdidos.
Agora, as boas novas: estamos duas horas adiantados em relação
ao nosso horário previsto'.' Nesse momento o navio bateu na pon-
ta do continente da Groenlândia e encalhou.
Qual Íoi o erro do capitão? Seus objetivos eram bastante claros;
sabia exatamente aonde desejava ir. Era também competente, co'
nhecia seu navio e sabia como viajar. Obviamente seu erro foi
viajar sem saber onde se encontrava. Saber exatamente onde você
está antes de começar a viajar é uma das características mais
importantes para uma boa viagem. lnÍelizmente, sua importância
não é reconhecida na educação, Por muitos anos os educadores
vêm tentando mudar os alunos de um ponto A para um ponto B
sem jamais determinar precisamente onde o ponto A se encontra,
Descubra onde está antes de tentar viajar. Pode ser que você já
esteja onde desejaria estar.
A fim de saber o que começar a ensinar a uma criança, é neces-
sário, inicialmente, determinar o que no momento a criança é
capaz de fazer. Essa determinaçáo é Íeita através de um pre-teste.
87
PRINCíPIOS: um programa de ensino apresentado de modo adequado. A amos-
1. DESCUBRA ONDE VOCÊ SE ENCONTRA, tra é dada com o intuito de auxiliá-lo a organizar os programas
de ensino.
DESCRTÇÃO DA TAREFA:
Quando uma criança solicitar alguma coisa, deverâ dizer "por Ía-
vor" - e, quando uma criança ganhar algo, quer o tenha, ou não,
ESPECIFIQUE AONDE DESEJA IR. PFIINCÍPIO NS 2: pedido, dirá "muito obrigado".
DEFINA OS OBJETIVOS.
Segundo: escreva objetivos específicos baseados na descrição da
tareÍa.
Faça-o, perguntando-se o seguinte: CIRCUNSTÂNCIAS: Quando uma criança pedir por algo, ela
COMPORTAMENTO: dirá "por Íavor"
Que comportamento desejo que apresente o meu aluno? CHITÉHIO: na sentença, ou imediatamente após
Em que circunstâncias desejo que ocorra esse comportamento? aquela que contém o pedido, lazen-
do-o em voz moderada e sem nêces-
Quáo bem, ou, em relação a que criterio, desejo que seja o com- sitar que a proÍessora lhe Íorneça di-
portamento executado? cas tais como "lembre-se de dizer po'
Em seguida veja se seu objetivo passa no fesle do Estranho. favor".
CIRCUNSTÂNCIAS:
PRINCÍPIOS: dirá "muito obrigado"
COMPORTAMENTO:
1, DESQUBRA ONDE VOCÊ SE ENCONTRA CRITÉRIO: dentro de 30 segundos após receber o
que quer que lhe tenha sido dado, fa-
2. ESPECIFIQUE AONDE DESEJA IR.
zendo-o em voz moderada ê sem ne-
PLANEJE SUA VIAGEM PRINCÍPIO NS 3: cessitar que a professora lhe Íorneça
E DESFRUTE-A. dicas tais como "lembre-se de dizer
PLANEJE E EXECUTE UM
muito obrioado".
PHOGRAMA DE ENSINO.
Agora você já sabe tudo o que precisa saber para planejar e exe- Terceiro: faça uma lista dos comportamentos que deseja acelerar
cutar um programa de ensino. Damos a seguir uma amostra de bem como daqueles que deseja desacelerar.
88 B9
ACELERAR: UNIDADE DE ENSINO
DESACELERAR:
Dizer "por Íavor" e "muito Dizer "por favor" e "muito MARCOS
obrigado" nas ocasiÕes ade- obrigado" nas ocasiões ina- DICA "Quando você desejar algo, peça-o e diga
quadas. dequadas. 'por Íavorl Eu vou-lhe mostrar: Marcos,
Dizer "por favor" e "muito Dizer "por favor" e "muito por favor, dê-me o quebra-cabeçasl'
obrigado" em voz moderada. obrigado" em voz muito bai- COMPORTAMENTO Marcos dá o jogo de quebra-cabeças à pro-
Dizer "por favor" e "muito xa ou muito alta. fessora.
obrigado" sem a.professora Dizer "por favor" e "muito CONSEOÜÊNCIA "Muito obrigadal'
fornecer dicas. obrigado" apenas quando a "Vamos praticar. Peça-me o quebra-ca-
DICA
Solicitar as coisas que de- proÍessora dá a dica.
beças'.'
seja. Agarrar ou tomar à Íorça,
ameaçando, exigindo ou cho- COMPORTAMENTO "Por favor, você quer-me dar o quebra-ca-
ramingando.
beças?"
CONSEOÜÊNCIA quebra-cabeças a Marcos e diga:
Dê o
Quarto: pré.teste a criança, a fim de determinar se e quão Íreqüen-
"Você se lembrou de dizer por favori'
temente ela desempenha os objetivos.
DICA "Marcos, por Íavor, dê-me novamente o
Quinto: desenvolva uma unidade de ensino, enumerando os corn- q uebra.cabeçasl'
portamentos que você deseja iniciar, acelerar ou desacelerar; as
COMPORTAMENTO Marcos dá o quebra-cabeças à proÍessora.
dicas que fornecerá, e as conseqüências quê apresentará.
CONSEQÜÊNCIA "Muito obrigadai'
R medida que você executar o programa de ensino, será bom di- DICA "Você me ouviu dizer "Muito obrigada"
minuir gradualmente o número de dicas e de conseqüências ace- quando você me deu o quebra-cabeças?"
leradoras, que você apresenta após o comportamento.
COMPORTAMENTO "Siml'
EXERCÍCIO: CONSEQÜÊNCIA "l\4ut-bem, você Prestou atençãol'
Planeje um programa de ensino, Escreva a descrição da tarefa e DICA "Quando alguém lhe dá algo que você de-
especifique os objetivos. Enumere os comportamentos que deseja seja, sempre diga "muito obrigg!e._-
acelerar e desacelerar. Pré-teste a criança e entáo escreva uma
COMPORTAMENTO
Unidade de Ensino.
SONSEQÜÊNCIA
Execute o programa de treinamento e avalie-o através da determi- DICA
nação do progresso da criança à medida que ela alcança o(s) obje-
tivo(s) especificado(s). COMPORTAMENTO "por tavor, dê-me o quebra-cabeçasl'
PRINCIPIOS: CONSEQÜÊNCIA Dê o quebra-cabeças a Marcos.
1. DESCUBRA ONDE VOCÊ SE ENCONTRA. DICA Marcos recebe o quebra-cabeças.
COMPORTAMENTO "Muito obrigadoi
2. ESPECIFIQUE AONDE DESEJA IR.
CONSEQÜÊNCIA "ôtimo, voce se lemorou oe olzer tllultc
obrioadoi'
3. PLANEJE SUA VIAGEM E DESFRUTE.A,
90 91
DETERMINE PARA ONDE PRINCÍPIO NS 4: ocorrer, veriÍique se não está cometendo algum dos erros que
VOCÊ SE DIRIGE. AVALIE CONTINUAMENTE. discutimos no último capÍtulo. Se descobrir um erro, corrija-o; se
não puder encontrá-lo, ainda assim deverá ajustar seus planos de
viagem, modificando quer as dicas tornecidas, quer os Çomporta-
mentos exigidos, quer as conseqüênclas apresentadas. Como você
está continuamente avaliando seu progresso, será capaz de obser-
A fim de viajar para qualquer lugar, você deve verificar para onde var os eÍeitos de qualquer ajustamento que Íaça. Faça novos ajus-
está indo. A Íim de que isso se.la feito, é necessário observar seu tamentos e mudanças até ser capaz de obter o progresso que
progresso a cada dia. lsso pode consistir no seguinte: deseja, no ritmo almejado.
A. Simplesmente anotar se a criança atende aos objetivos especi- Se o comportamento da criança não está mudando na direção que
ficados; desejaria, não lhe cabe culpa alguma. A Íalha está no programa
B. Determinar a porcentagem de vezes em que a criança atinge os de ensino. Mude-o até que Íuncione.
objetivos, dada a oportunidade para tal;
C. Registrar a freqüência do comportamento e Íazer constar essa
- informação das Tabelas de Registro e dos Gráficos de Comporta-
mento.
COMO SER BOM PROFESSOR
coM ctNco PRrNcÍPros DrÁRros.
PRINCÍPIOS:
1. descubra onde você se encontra:
1, DESCUBRA ONDE VOCÊ SE ENCONTRA. pré-teste.
2. ESPECIFIQUE AONDE DESEJA IR. 2. Especilique aonde deseia ir:
3. PIáNEJE SUA VIAGEM E DESFRUTE.A. deÍina os objetivos.
92 93
TABELA DE REGISTRO DO PROJET
NOME DA CRIANÇA
NOME DO PROFESSOB
CIHCUNSTÂNCIAS
COMPORTAMENTO
CRITÉRIO
{'ãgeÍn
GRÁFICO DO COMPORTAMENTO DO PROJETO GRÁFICO DE REGISTRO DO PHOJET
COMPORTAMENTO
CRITÉRIO
UaIa
Comporta- Tempo Total Freoüência ^,, -
ment'os Começo Fim em min. por minuto UDseryaçoes
o
N
@
(o
o
()":
t(ú
«,
e
(l)c!
Or
-o
oo
Or
Eo)
U)
(ú@
õF-
(o
ro
§
cf)
c\t
NOME DA CRIANÇA
NOME DO PROFESSOR
COMPORTAMENTO
o
C\I
(o
o$
t(o r
(.)'
(ú
àN
q)r
a
€o
3o)
Aoo
(IJ
õF-
(o
rO
\l
câ
N
123 45678910 12 14 16 18 20
Freqüência por minuto
Ul
3004