Computadores

SEGUNDA-FEIRA 10 JANEIRO 2005 DIRECTOR JOSE MANUEL FERNANDES EDITOR RUI JORGE CRUZ

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Motores de busca A relevância O ‘DR’ em versão Ares Galaxy em Jogos de
nos ‘desktops’ dos blogues para invisuais versão 1.8.1 estratégia
Da Net para os nossos Soldados dos EUA obrigados Uma nova versão gratuita Um ‘shareware’ para De ‘Sudden Strike Resource
computadores, organizar pelas chefias a fecharem os do diário oficial para leitores organizar e gerir as trocas War’a ‘Codename: Panzers’,
e ordenar os documentos seus diários de guerra na Net com deficiências várias entre utilizadores e ‘Heroes of World War II’
pág. 4 pág. 3 pág. 7 pág. 9 págs. 10-11

ROBERT REDFORD NO CONSUMER ELECTRONIC SHOW 2005, EM LAS VEGAS

A consagração das tecnologias

digitais no cinema
O
CONSUMER ELECTRONIC Show quantas mais, que os ambiciosos
CES

2005 abriu as suas portas sonhos desencadeados pela Web

na passada quinta-feira, em não se resumiam apenas a maus
Las Vegas (EUA), a uma planos de negócio e à inevitável
multidão avaliada em 120 falência a prazo.
mil visitantes, esperados pelos “stands” Na véspera da abertura do
de 2400 empresas. A convergências das certame, Gates — num formato
tecnologias, por um lado, e a falência de “talk show” a imitar o de Conan
da Comdex, por outro, transformaram O’Brien, que esteve presente e
o Consumer Electronic Show (CES) na colaborou na encenação, para além
feira norte-americana de referência para de jogar também o “Forza Motors-
as tecnologias de informação e das tele- ports” para Xbox com o “chief
comunicações. E se houvesse quaisquer software architect” da Microsoft
dúvidas sobre isso, Bill Gates, o co-fun- — sublinhara alguns exemplos de
dador da Microsoft, já há três ou quatro novos produtos e tecnologias que,
anos que as desfez ao arrematar para si a em 2004, irromperam na paisa-
conferência de abertura, à semelhança do gem da electrónica de consumo e
que fez ao longo de mais de dez anos na da informática para satisfação dos
edição de Outono da extinta Comdex. utilizadores. Foi o caso do leitor de
Outra importante con- música em formato digital da Iriver
MIKE BLAKE/REUTERS

ferência da CES 2005 foi (na foto), que dispõe de um disco de

a de Craig Barrett. pre- 5 GB, o que lhe permite reproduzir
sidente e “chief executive música em formato MP3 durante
officer” (CEO) da Intel, o algumas 150 horas, guardar e
maior fabricante mundial exibir fotos em formato JPEG no
de processadores para seu brilhante ecrã a cores — tudo
computadores e servidores. carregado através de uma porta
Barrett — que costuma USB de segunda geração, com
secundar Bill Gates na ser apenas um débito várias dezenas de vezes superior ao
exaltação do novo estilo de pequeno evento de do USB 1.1…
vida digital — convidou obstinados cinéfi- Um aparelho como o Iriver só é possível
para o palco, num dado los independentes do ponto de vista da engenharia porque os
passo da sua intervenção, mas cujos filmes fabricantes de discos rígidos têm vindo a
o actor e realizador Robert seriam desconhe- realizar investimentos cada vez mais sig-
Redford, que é também cidos de milhões nificativos na miniaturização de modelos
um dos impulsionadores de outros amantes com maiores capacidades. A Hitachi, por
do Festival de Sundance, do cinema. exemplo — que, há cerca de dois anos, com-
o mais importante certame Mas Craig prou à IBM a respectiva divisão de discos
norte-americano do cinema Barrett convidou rígidos e as suas marcas, como a TravelStar
de autor e alternativo ao de também Meg ou a Microdrive — pôde apresentar em Las
Hollywood. Whittman, CEO Vegas um minidisco rígido com uma dimen-
E a presença de Redford da eBay (o maior são na ordem dos 25 milímetros mas uma
constituiu um merecido reconhecimento de à feitura dos filmes. Não fossem as tecnolo- sítio de leilões na Web), a juntar-se-lhe por capacidade de 8 gigabytes!
que as tecnologias digitais cada vez mais gias e os equipamentos digitais actualmente breves instantes no palco como forma de Bill Gates não podia, no entanto, deixar
usadas na produção cinematográfica per- ao alcance de qualquer orçamento de pro- homenagear uma empresa e de sublinhar igualmente os
mitiram acelerar — de uma forma impen- dução, e ainda hoje o Festival de Sundance um empreendimento que não RUI JORGE CRUZ esforços que a sua empresa
sável há dez anos — a merecida projecção (que se realiza no Inverno, nos contrafortes só se afirmou como um pro- tem desenvolvido para acom-
de produtores e realizadores independentes das majestosas Montanhas Rochosas, não jecto viável como constitui uma das bandei- panhar os tempos e firmar bem os pés na
graças às economias de custos que as tecno- muito longe de Salt Lake City, no estado ras das empresas da Internet — mostrando, área do entretenimento e da combinação
logias de informação vieram proporcionar do Utah) continuaria provavelmente a juntamente com a Amazon.com e umas do PC com a electrónica de con-

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 MIKE BLAKE/REUTERS
sumo — e de que os
PC com Windows Media Center
são o exemplo mais abrangente,
ao pretenderem fazer da plata-
forma do computador pessoal a
plataforma de eleição para tudo
o que é informação e lazer no
mundo doméstico. Segundo o
co-fundador da Microsoft, em
2004 ter-se-ão vendido mais
de 1 milhões de unidades de
Windows Media Center PC e
surgiram novos aparelhos (como
o Iriver) e serviços conformes ao
seu programa PlaysForSure,
concebido para ajudar os utilizadores a
tirarem o máximo partido de todos os con-
teúdos em formatos digitais com um mínimo
de esforço e dificuldades. E as versões 10
do Windows Media Player e 2.1 sistema
operativo Windows Movie Maker aí estão,
a ilustrar a crescente atenção que a Micro-
soft tem vindo a dar a esta área.
O lazer mais comum — através da música
e do vídeo — não tem sido, no entanto, a única
vertente da aposta da Microsoft nesta área:
também os jogos, as comunicações e a memó-
ria (não só fotográfica como documental)
tem ocupado os programadores da empresa
de Bill Gates e de diversos dos seus parcei-
ros, sempre com uma preocupação comum:
“abater as barreiras entre o ‘software’ e os
diferentes aparelhos” postos à disposição dos
utilizadores.
“Há um ano atrás, possibilidade que
tínhamos de ver televisão ou ver fotografias
ou ouvir música estava bastante limitada a
um aparelho existente numa única sala de
nossas casas”, acrescentou John O’Rourke,
director de Consumer Strategy da Micro-
soft. “Hoje, graças a novas tecnologias e
produtos como os Windows Media Exten-
ders, os Windows Media Center portáteis e
o Windows Media Connect, podemos ver as
fotos de família no escritório, ver um filme
no quarto de dormir ou ouvir música em
formato digital na nossa aparelhagem de
alta fidelidade.”
Inevitável era a profusão de novos ecrãs
digitais na CES 2005, tanto de cristais líqui-
dos como de plasma — sempre maiores e
com melhor qualidade e cada vez mais
menos caros (pois de barateza não se pode
falar ainda, nem nos ecrãs isoladas nem
nos televisores que os adoptam…). Um dos
ASSOCIAÇÃO CULTURAL DA COVILHÃ LEVA ‘À CENA’ UM TEATRO VIRTUAL
Uma peça nascida no ciberespaço
O
S MAIS NOVOS VÃO cada vez
menos ao teatro, mas passam
muitas horas ligados à Inter-
net. Para ajudar a “resolver”
esta questão, a Asta-Asso-
ciação de Teatro e Outras Artes, da
Covilhã, desenvolveu o Teatro Virtual,
um projecto teatral em que tudo, do texto
aos cenários, é feito através da Web. “Se
Maomé não vai à montanha…”
O Teatro Virtual nasceu a partir de uma
ideia de António Abernu, actor e director artís-
tico da Asta, e Orlando Paraíba, da empresa
Assec-SIM (Assistência à Empresa e Consul-
toria – Sistemas de Informação e Multimédia),
responsável pela parte técnica do projecto. Os
dois conheceram-se há já alguns anos, quando
o primeiro estudava Engenharia Aeronáutica
e o segundo Engenharia Electromecânica,
na Universidade da Beira Interior (UBI), na
Covilhã. António Abernu entrou para a compa-
nhia de teatro da universidade, apaixonou-se
pela representação e encenação, e acabou por
mudar de rumo. Orlando Paraíba, por seu
lado, continuou ligado à engenharia e às novas
tecnologias. Os dois juntaram-se agora para
desenvolver o projecto Teatro Virtual.
A ideia ganhou forma no passado mês de
Outubro, altura em que foi tornado público
computadores .2
MIKE BLAKE/REUTERS
portáteis e capaz de concorrer
com a família de processadores
Centrino, da Intel. Esta introdu-
ziu os Centrino no início de 2003
a fim de dotar os computadores
portáteis de menor consumo de
energia, por um lado — a fim
de aumentar a autonomia pro-
porcionada pela bateria —, e de
tirar partido da “onda” das redes
sem-fios, pois estes processado-
res incorporaram circuitos para
optimizar o uso de tecnologias
como o Wi-Fi.
E esta aposta nos Centrino
fabricantes com novidades no plasma era muito “preso” ao analógico por ter sido dos e nos Pentium M permitiu ainda à Intel
a Panasonic, desde sempre um dos líderes primeiros a desenvolver-se, nos anos 80, arrebatar quase só para si os ganhos
neste segmento de produtos (ver imagem). apresenta perspectivas de um crescimento decorrentes de os computadores portá-
Mas, para serem vistos os seus conteú- da procura de telemóveis digitais muito teis terem sido os únicos cuja procura
dos, os DVD têm superior ao da continuou a crescer de forma sustentada
MIKE BLAKE/REUTERS
que ser lidos… Europa ou dos ao longo dos últimos anos (24 por cento em
e a Apex apre- grandes merca- 2004!) — ao contrário do que se verifica
sentou em Las dos asiáticos. cada vez mais com os computadores de
Vegas os seus Mas porque secretária, cujas vendas estagnaram ou
novos leitores do cenário da retrocederam e cujas margens de rendi-
digitais por- convergência bilidade têm vindo a ser sucessivamente
táteis de DVD nãodesaparece- esmagadas por fabricantes com modelos
mas também ram as “velhas” de negócio altamente eficientes, como a
de música tecnologias de Dell, a HP e certas empresas asiáticas.
em MP3: os informação, Tornou-se, pois, evidente que a AMD
ETG307, com a Advanced não reagira a tempo nem no segmento mais
autonomia Micro Devi- adequado: “A Intel identificou a viragem
para cerca ces (AMD), a para a mobilidade bastante mais depressa
de 4 horas de rival da Intel que a AMD”, afirmou Sam Bhavnani, ana-
funcionamento no fabrico de lista da empresa de estudos de mercado
contínuo e que será posto à venda a menos microprocessadores para computadores, Current Analysis, citado pelo diário “Wall
de 100 dólares! aproveitou o Consumer Electronic Show Street Journal”. “A AMD ganhou alguma
E porque um dos pilares da convergência 2005 para anunciar para breve o lança- quota de mercado à Intel nos computadores
é a fotografia digital, a Kodak apresentou no mento do Turion, o seu primeiro processa- de secretária mas num segmento em desa-
CES 2005 uma máquina fotográfica, a Easy dor concebido de raiz para os computadores celeração, enquanto a Intel se assenhoreou
Share One, dotada de recursos Wi-Fi (para totalmente do segmento que
MIKE BLAKE/REUTERS
comunicação de dados sem fios) para que estava a crescer.”
os utilizadores possam pôr em rede — ou A AMD não revelou muita
mesmo na Internet — as suas fotos ainda informação técnica acerca dos
mais rapidamente. Turion, para além de que eles se
E é claro que, na maior feira de tecno- destinam a “combater” os Cen-
logias dos EUA, um grupo coreano como a trino e de que assentarão numa
LG Electronics — que anda a pôr em prática arquitectura de 64 bits — o que
uma estratégia de médio prazo para conquis- lhe permitirá endereçar mais
tar um lugar ao sol nos mercados ocidentais memória RAM que os Centrino,
das tecnologias de informação e das teleco- de 32 bits, mas pouco mais para
municações — teria que estar presente com já, pois a Microsoft só lá para
um ênfase particular nas telecomunicações finais deste ano é que lançará um
móveis assentes nas normas digitais, pois o sistema operativo de 64 bits para
respectivo mercado norte-americano, ainda computadores-clientes.
o “site” www.teatrovirtual.net. O objectivo projecto e fomentar o debate sobre esta nova se” todas as segundas-feiras para conversar
era criar uma comunidade que fosse deba- forma de fazer teatro. sobre o texto, numa altura em que os actores
tendo vários temas — o que é o virtual, se Desde 1991 que António Abernu e estão prestes a começar os ensaios “reais”.
não houvesse telemóveis ou a arte na infor- Orlando Paraíba tinham em mente a Também foi já lançado o concurso para
mação, por exemplo. A partir das ideias que ideia de desenvolver um projecto que a criação de cenários, figurinos, adereços
se iam transmitindo na sala de conversação abrangesse as duas áreas — a do teatro e banda sonora. “A única condição é que
em tempo real do “site”, numa espécie de e a das tecnologias. Com esta iniciativa, a ferramenta usada seja a Internet”, diz
tertúlias moderadas por António Abernu, “o objectivo é chegar a uma faixa etária António Abernu. Embora muitos dos par-
foi escrito o texto da peça de teatro, o qual mais jovem, que muitas vezes nunca foi ticipantes não se tenham registado com os
ficou concluído na semana passada. ao teatro mas passa horas em frente à seus verdadeiros nomes e idades, o respon-
Agora, chegou a altura de criar os cená- Internet”, explica António Abernu. sável do projecto presume que a maioria
rios, os figurinos e a banda sonora — mas A iniciativa foi divulgada através de tenha entre 22 e 35 anos.
também isso será feito através da Internet. mensagens de correio electrónico e de uma Quando terminarem os ensaios, a repre-
Até esta fase, o projecto contou com a par- conferência transmitida via Internet. Numa sentação será filmada e colocada à disposição
ticipação 134 pessoas, que contribuíram primeira fase, os participantes inscreve- para descarregar a partir da Internet, estando
na elaboração do texto através de 10.870 ram-se e receberam uma palavra-passe ainda prevista a criação de um CD-ROM e de
mensagens. Trata-se, também, de um pro- para poderem entrar na sala de conversação um livro com os textos e as imagens do pro-
jecto internacional, pois contou com a par- em tempo real. Esse “chat” esteve em funcio- jecto. Para os responsáveis da Asta, “a grande
ticipação de “autores” de países tão diversos namento até à véspera de Natal, de quarta inovação desta iniciativa está em todo o pro-
como a Espanha, a França, os EUA, o Brasil, a sexta-feira, das 21h30 às 00h30. Todas cesso, até se chegar ao resultado final”.
Marrocos, México e, claro, Portugal. as semanas foi debatido um tema diferente, O Teatro Virtual — que terá um custo
Ainda neste mês, vão começar os ensaios tendo estado presentes, em cada noite, cerca total na ordem dos 78 mil euros — é
“reais” e, no final de Abril, deverá ter lugar de duas dezenas de participantes. Durante financiado pelo Programa Operacional da
a apresentação do projecto. Mais uma vez, o todas essas conversas, António Abernu foi Cultura e conta ainda com o apoio da Uni-
palco escolhido será a Internet, já que tudo uma espécie de “ladrão de ideias”, aprovei- versidade da Beira Interior, da delegação
será filmado e disponibilizado a partir do tando o essencial das mensagens escritas. do Inatel na Covilhã e do Cibercentro desta
“site”. No entanto, a Asta pensa realizar O texto ficou pronto mas está ainda a ser cidade, para além de algumas empresas da
também uma digressão por diversas cida- debatido nas chamadas “segundas virtuais” região, que também se associaram ao pro-
des do país com o propósito de apresentar o — ou seja, a comunidade continua a “juntar- jecto. ISABEL GORJÃO SANTOS
S E G U N D A - F E I R A . 1 0 . J A N E I R O . 2 0 0 5
 O ESTADO DOS DIÁRIOS ELECTRÓNICOS NOS EUA, DOS MILITARES AOS CIDADÃOS EM GERAL
A importância que
os blogues alcançaram
M
ICHAEL COHEN tem um
blogue mas deixou de
o actualizar no final do
ano. Este médico mili-
tar norte-americano,
colocado no Iraque, recebeu ordens
superiores para encerrar o endereço
www.67cshdocs.com por este violar os
regulamentos militares.
Havia mais de um ano que o major
Cohen noticiava, no seu diário pessoal
electrónico, eventos como o ocorrido a 21
de Dezembro em Mossul, quando fale-
ceram 22 militares norte-americanos.
Este tipo de diários escritos por milita-
res (também conhecidos por “milblogs”)
vinham a aumentar desde o envio de
tropas para o Iraque — e a colocar
alguns problemas novos.
Para o oficial Steven Boylan, porta-
voz das forças da coligação no Iraque, os
blogues são aceites desde que não violem
regras de segurança, nomeadamente por-
menores operacionais que
possam favorecer o inimigo PEDRO
— explicou ele ao “The Phi-
ladelphia Inquirer”. Michael Cohen refe-
riu a este jornal que acabara com o seu
diário electrónico (que apresenta agora
apenas uma mensagem de despedida)
mas que não lhe foram especificadas as
razões por que o devia fazer.
Este militar norte-americano é apenas
uma das várias pessoas que têm enfren-
Crescimentos sustentados da autoria e das audiências
Data de Junho de 2002 o interesse do
Pew Internet & American Life Project
pelos blogues. Nessa altura, apenas 3 por
cento dos utilizadores da Internet tinha
criado um destes diários electrónicos.
No início de 2004, já eram 5 por cento.
No final do ano, eram 7 por cento, algo
como 8 milhões de pessoas para um
conjunto estimado de mais de 5 milhões
de blogues — sendo a discrepância entre
estes números justificada pela existência
de blogues colectivos.
A disponibilização de textos ou outro
tipo de conteúdos pelos “bloggers” é
“casual” e pode ter, em grande parte,
uma frequência semanal. Já na leitura, os
números demonstram um crescimento
sustentado: 11 por cento em meados de
2003, 17 por cento em Fevereiro passado
e 27 por cento em Novembro.
Desde Abril de 2003, também o número
dos que disponibilizaram conteúdos
ou comentários para outros blogues
aumentou em 12 por cento. Na sua
maioria, são pessoas que também têm
elas próprias esse tipo de diários.
A importância dos blogues está
relacionada também com o tempo
que os utilizadores da Internet gastam
tado problemas profis-
sionais por manterem
os seus blogues. E, de
acordo com a definição do
UrbanDictionary.com, já
existe mesmo um termo popular em inglês
— “dooced” — para a perda de emprego
por algo que se escreveu num blogue ou
num sítio na Web,.
O problema foi-se tornando mais
grave à medida que mais pessoas foram
criando os seus blogues e que aumentou
o número dos que os lêem — conforme
revela o estudo “The State of Blogging”, do
Pew Internet & American
FONSECA Life Project, divulgado na
semana passada e realizado
com base em dois inquéritos telefónicos
feitos em Novembro e envolvendo mais
de 1800 entrevistas a utilizadores da
Internet.
Sete por cento dos 120 milhões de
utilizadores adultos da Internet nos EUA
(mais de oito milhões de pessoas) já cria-
ram um diário pessoal na Web e 27 por
em cada média. Enquanto, em média,
o utilizador norte-americano se liga
três horas por dia à Internet (na sua
maior parte, para comunicar por correio
electrónico ou pelos “chats”), este tempo
tem substituído o que era gasto em
frente ao televisor — revela o estudo
“What Do Americans Do on the Internet?”,
baseado num inquérito a 4839 pessoas
entre os 18 e os 64 anos. O utilizador da
Internet apenas vê 1 hora e 42 minutos
de televisão por dia face à média geral
de duas horas, conforme quantificou
Norman Nie, director do Stanford
Institute for the Quantitative Study of
Society, responsável do trabalho.
“O tempo é hidráulico” no sentido
em que tempo gasto na Internet é
retirado a outras actividades, referiu
Norman Nie ao “New York Times”. E
isto parece verificar-se não apenas
com a televisão mas também com
o tempo dedicado aos amigos, aos
colegas ou à família — menos 23,5
minutos diários, apesar de o estudo
não revelar se aumentou o tempo
para as relações interpessoais pela
Internet — ou mesmo ao sono
(menos 8,5 minutos). ● P.F.
S E G U N D A - F E I R A . 1 0 . J A N E I R O . 2 0 0 5
cento afirma ler blogues — um aumento
de 58 por cento face a um outro estudo de
Fevereiro de 2004. Ou seja, no final do ano,
32 milhões de norte-americanos afirmava
ler blogues, sobretudo relacionados com
os média ou com a política. Neste caso,
cerca de 9 por cento afirmou ler blogues
“frequentemente” ou “por vezes” durante
a campanha eleitoral para a presidência
dos EUA, com os apoiantes
de John Kerry a mostra-
rem-se mais activos nesta
leitura que os de Bush.
Quanto aos 32 milhões
de leitores ocasionais de
blogues, o jornal “Investor’s
Business Daily” compara
esse número com os 90
milhões de utilizadores de
sítios noticiosos na Web.
Aliás, segundo a Blogpulse,
as notícias mais citadas nos
blogues são as dos sítios noticiosos Yahoo
News, “New York Times”, BBC e CNN.
Para olhar estes dados em perspec-
tiva, 70 dos 120 milhões de utilizadores
norte-americanos da Internet acedem a
esta diariamente para verem o seu correio
electrónico ou usar um motor de busca
— refere o “Investor’s Business Daily”
—, apenas um terço lê sítios de notícias na
Web e só 4 milhões vão ler um blogue.
No entanto, os criadores de blogues
“têm tido um impacto no modo como os
média contam uma história ou se inte-
ressam por um assunto e, nesse sentido,
são como sentinelas”, lembra Aly Cohen,
da escola de jornalismo Poynter Insti-
tute. “Eles enviam sinais à imprensa
tradicional que, noutra altura, poderiam
demorar mais a ser tidos em conta ou
mesmo ser ignorados”.
“Algo que os ‘bloggers’ estão muito
interessados em relatar é como acham que
os ‘bloggers’ são importantes”, referiu Lee
Rainie, director do Pew Internet & Ame-
rican Life Project ao “Investor’s Business
Daily”. Eles “influenciaram alguma cober-
tura mediática mas os média tradicionais
ainda dominam a actualidade”.
A escrita de blogues “mantém-se algo
que apenas a elite dos utilizadores da
Internet faz, sendo a leitura de blogues
feita principalmente pelos utilizadores
mais experientes”, salienta. “É uma
pequena parte da população”. Apesar de
ser “um elemento preponderante da cul-
tura ‘on-line’”, como refere o estudo, 62 por
cento dos inquiridos confessou não saber
ainda o que significa a palavra blogue.
São os homens — mas não de forma
desproporcionada — quem mais revela
interesse em ter ou ler estes diários. 57
por cento dos autores são do sexo mas-
culino, 48 por cento tem menos de 30
anos e 82 por cento pode ser considerado
veterano da Internet porque a usa há seis
ou mais anos.
Níveis mais elevados de escolaridade
e de recursos financeiros estão também
ligados à apetência para criar blogues,
reflectindo ainda o facto de a ligação à
Internet por banda larga ter um efeito
propiciador: 70 por cento dos detentores
de blogues têm uma destas ligações em
casa. No entanto, o estudo detectou que,
desde Fevereiro, houve um crescimento
acima da média entre os leitores do sexo
feminino, das minorias, das pessoas entre
os 30 e os 49 anos, e também dos que
acedem à Net por banda estreita (o cha-
mado “dial up”). ●
monitor
Todas as câmaras
municipais do Continente
já ligadas à Internet
Todas as câmaras municipais de Portugal
Continental estão ligadas à Internet e
mais de metade delas usa ligações de alta
velocidade — revela o estudo divulgado
no final de Dezembro pela Unidade de
Missão Inovação e Conhecimento (UMIC).
O estudo “Câmaras Municipais 2004:
Inquérito à Utilização das Tecnologias de
Informação e da Comunicação” refere que
61 por cento das autarquias já se serve
de ligações por banda larga, registando
uma taxa de crescimento anual de 97 por
cento. De acordo com o inquérito, 79 por
cento das câmaras que ainda não utilizam
a Internet de alta velocidade têm em
curso uma solução de desenvolvimento
nessse sentido.
O estudo concluiu também que as
autarquias usam a Internet para a procura
e a recolha de informação (97 por cento), o
correio electrónico (96 por cento), a troca
electrónica de ficheiros (90 por cento), a
consulta de catálogos de aprovisionamento
(80 por cento) e o acesso a base de dados
(79 por cento).
Segundo as conclusões divulgadas pela
Lusa, as funções que as câmaras mais
disponibilizam nos seus sítios na Web
são o E-mail para emissão de dúvidas e
reclamações (74 por cento), a obtenção e
a impressão de formulários (41 por cento),
processos de consulta pública (24 por
cento) e subscrição de boletins (16 por
cento). O inquérito revela também que
a Internet é mais frequentemente usada
pelas câmaras municipais nas actividades
de natureza informativa e comunicacional,
e menos vezes nas actividades de formação,
investigação e desenvolvimento. Ainda de
acordo com este estudo, 11 por cento dos
municípios usam a Internet para realizarem
encomendas de bens e serviços.
Quanto à presença na Internet, 91 por cento
das autarquias têm uma página na Web e as
que ainda não a possuem estão a proceder
à sua construção; por outro lado, 42 por
cento dos municípios têm uma política de
disponibilização do acesso à Internet a todos
os seus trabalhadores.
O estudo refere também que 80 por cento
das câmaras municipais têm pessoal
afecto exclusivamente às tecnologias de
informação e comunicação (TIC) e 39 por
cento consideram que a inexistência ou
escassez de pessoal qualificado nesta área
tem condicionado o desenvolvimento das
suas actividades.
O inquérito conclui ainda que 67 por
cento das autarquias têm uma estratégia
para o desenvolvimento das TIC e que a
sua operação, manutenção e utilização,
o desenvolvimento ou a aquisição de
aplicações e a compra de infra-estruturas
constituem as principais formas de
cooperação das câmaras municipais com as
juntas de freguesia. O estudo foi realizado
entre Setembro e Novembro junto das 308
autarquias de Portugal Continental. ●
computadores .3

UMIC ganha
autonomia
administrativa
e financeira
A passagem da Unidade Missão
Inovação e Conhecimento (UMIC)
a agência para a sociedade do
conhecimento — e, portanto,
a instituto público dotado
de personalidade jurídica e
autonomia administrativa e
financeira — foi promulgada
na passada sexta-feira por
Jorge Sampaio, Presidente
da República. O Decreto-
Lei de 11 de Novembro, que
constitui a UMIC-Agência para a
Sociedade do Conhecimento I.P.,
entrará brevemente em vigor,
aguardando-se a sua publicação
no “Diário da República”. “A UMIC
I.P. é um instituto público, dotado
de personalidade jurídica, com
autonomia administrativa e
financeira e património próprio,
que exerce a sua actividade sob
tutela e superintendência do
membro do Governo, que tutela a
área da sociedade da informação”,
foi explicado em comunicado.
Na condição anterior — de
“uma mera estrutura de missão,
necessariamente transitória,
sem autonomia, sem quadro
de pessoal nem personalidade
jurídica” —, a UMIC “não reunia
as condições técnicas necessárias
para uma realização eficaz dos
projectos previstos para 2005 e
2006”. ●
Critical Software
no Reino Unido
A Critical Software, empresa
portuguesa que desenvolve
aplicações para sistemas de
desempenho crítico, vai abrir
uma subsidiária no Reino Unido.
A nova empresa, denominada
Critical Software Technologies,
tem como objectivo servir de
forma mais eficaz a base de
clientes da empresa neste país,
que tem vindo a aumentar. Por
outro lado, a nova empresa
insere-se na estratégia de
internacionalização da Critical
Software e na aposta da
empresa no mercado britânico,
“que permitirá agilizar e
acelerar a conquista de novos
clientes e mercados”. A nova
empresa foi constituída no
mês passado e tem sede em
Londres. “A criação da Critical
Software Technologies é um
passo natural na estratégia de
expansão da Critical Software
no mercado britânico, iniciada
há um ano com a nomeação de
Brian Luff como representante
da empresa no Reino Unido”,
tal como afirmou João Carreira,
vice-presidente para a área de
desenvolvimento de negócio
da Critical Software. “O Reino
Unido tem um potencial
enorme, sendo um mercado
rico e maduro que valoriza
bastante o tipo de competências
da Critical Software, ou
seja, a elevada qualidade,
fiabilidade, e conhecimento no
desenvolvimento de soluções
críticas”, acrescentou João
Carreira. ●
computadores .4
A NOVA AVENTURA DA PESQUISA À MÃO DE SEMEAR NOS ‘DESKTOPS’
Motores de busca à
conquista do espaço
de trabalho nos PC
D
EPOIS DA BUSCA NO espaço
da Web, o computador pes-
soal parece ser a próxima
fronteira a conquistar pelos
motores de busca — que,
nos últimos meses, se multiplicaram em
propostas de ferramentas gratuitas para
facilitar a procura dos mais variados tipos
de documentos armazenados nos PC dos
utilizadores. Tirando partido
da tecnologia que já possuem FÁTIMA
para a localização de pala- / Casa
vras em páginas da Web, o
Google, o MSN, o Yahoo e a AOL estão
agora a disputar o espaço no “desktop” dos
internautas, embora, nesta guerra, só um
possa vir a vencer, pelo menos em cada
computador pessoal.
Com a crescente tendência dos utilizado-
res para guardarem a maioria da informação
profissional — e mesmo memórias das suas
vidas privadas — nos seus computadores, o
número de ficheiros nos PC está aumentar
maciçamente, propiciado também pelo facto
de o armazenamento ter cada vez menores
custos, pois os discos rígidos estão cada vez
maiores e mais baratos. Mas, tal como no
arquivo de papéis, a
falta de organização
dos ficheiros pode levar
aos caos, tendo já as
ferramentas integra-
das nos sistemas ope-
rativos demonstrado
que são ineficazes e
lentas sempre que é
preciso procurar algum
documento.
A ideia do alarga-
mento ao “desktop”
da tecnologia de pes-
quisa na Internet não
é, porém, pioneira. Já
há quase uma década tinha
sido concretizada pela Alta-
vista — mas a sua ligação à já
então atribulada história da
Digital Equipment e, depois,
a passagem pelas mãos de
várias empresas acabaria por
fazer morrer o projecto.
Nesta nova vaga de tenta-
tivas, a primeira a concretizar
a ideia de alargar as buscas
ao espaço do disco rígido foi a
Google Inc. Lançando o Google Desktop em
versão beta ainda em Outubro, a empresa
que gere o motor de busca mais popular da
Internet ainda não se arriscou a produzir uma
versão definitiva — o que é, aliás, já habitual
nas suas propostas de novas ferramentas,
sendo o Google News um dos exemplos.
O Google Desktop conjuga a barra de
ferramentas da pesquisa na Internet com
as buscas locais, localizando ficheiros em
formato txt, html, doc, xls, e ppt (do pacote
Office 2000 ou superior), para além de men-
sagens de E-mail guardadas no Outlook 2000
ou no Outlook Express 5 ou posterior. São
igualmente passíveis de pesquisa as páginas
da Web já visitadas se o utilizador recorrer
ao Internet Explorer 5 ou a uma versão mais
recente do “browser” da Microsoft.
Alguns meses depois do Google, a própria
Microsoft divulgou o MSN Toolbar, igual-
S E G U N D A - F E I R A . 1 0 . J A N E I R O . 2 0 0 5
mente em versão beta. Apresentando as
mesmas restrições em termos de pesquisas
que o Google, a Microsoft alarga as funciona-
lidades da sua barra de ferramentas a um sis-
tema de bloqueio de janelas “pop-up” — o que
vem reforçar a funcionalidade já integrada na
última versão do Internet Explorer.
O MSN Toolbar junta ainda uma ferra-
menta de armazenamento de informação
pessoal: o “form fill” e de
CAÇADOR gestão de “passwords”. Pelas
dos Bits “inerências”, a pesquisa nas
mensagens de correio electró-
nico é mais eficiente do que no Google mas
esta ferramenta não faz também localização
de páginas visitadas na Internet (no histó-
rico), pelo que alguma informação que pode-
ria ser útil ainda escapa ao seu crivo.
Ao juntarem toda a informação dos
diferentes documentos numa única janela,
as duas ferramentas prometem simplificar
muito a vida dos utilizadores, principalmente
porque a visão oferecida inclui algumas linhas
do conteúdo do ficheiro e não apenas o seu
nome, como as aplicações incluídas nos sis-
temas operativos. Mas nem tudo são maravi-
lhas: o Google, por exemplo, avisa desde logo
que o fun-
cionamento
do seu
Desktop
Search
assenta
numa base de indexação que pode demorar
“algumas horas” a construir — dependendo
do número de ficheiros que estejam guarda-
dos no disco —, pelo que é bom o utilizador
munir-se de alguma paciência.
Também a segurança e a privacidade dos
dados tem sido posta em causa: ao indexar
todos os documentos, desde a carta mais sim-
ples à informação estritamente confidencial,
os utilizadores podem estar a abrir portas a
quem quiser “vasculhar” o seu computador
sem autorização. Ainda em Dezembro, um
investigador universitário afirmou ter desco-
berto uma potencial vulnerabilidade grave no
Google Desktop Search, que poderá permitir
a terceiros aceder, via Internet, ao disco rígido
do seu PC. O Google apressou-se a corrigir este
problema mas ninguém garante que outras
falhas não serão ainda descobertas, causando
mais dores de cabeça aos utilizadores.
Durante o corrente mês de Janeiro, a
guerra da pesquisa no PC promete aquecer
com o lançamento das ferramentas do Yahoo
e da AOL. A primeira é baseada na tecnologia
da X1, que já tinha uma aplicação própria para
este fim e que deverá ser melhorada em termos
de desempenho e também de “design” — para
além de ser gratuita, evitando aos interessados
o pagamento de uma licença de 75 dólares. A
diferença face às propostas do Google e da MSN
poderá residir no facto de não permitir a junção
da informação pesquisada no computador com
a encontrada na Internet — mas este é um
aspecto que só poderá ser confirmado quando
a aplicação for disponibilizada.
Já a AOL assegura que também irá ofere-
cer aos seus utilizadores uma ferramenta de
pesquisa no espaço de trabalho, a qual será
integrado no seu próximo “browser”, tirando
partido da tecnologia do Copernic. Para além
da pesquisa de ficheiros do mesmo tipo, todas
estas ferramentas têm outro factor comum: só
estão disponíveis para os PC com os sistemas
operativos Windows mais recentes: o Windows
XP e o Windows 2000. Os clientes de outras
plataformas, como o Linux, terão de continuar
a socorrer-se das ferramentas dos respectivos
sistemas operativos e a organizar eficazmente
os seus documentos se não quiserem perdê-los
entre uma montanha de ficheiros.
Os utilizadores do MacOS, da Apple,
parecem entretanto ter a sua questão em
vias de resolução, já que a Blinkx anunciou
na semana passada que vai produzir uma
versão da sua ferramenta de pesquisa no
“desktop” para esta plata-
forma — só que não será,
certamente, gratuita.
Com a guerra da pes-
quisa nos computadores
pessoais a prometer ser
um dos temas interessan-
tes a acompanhar durante
o ano de 2005, pode ter-se
desde já a certeza de que,
independentemente dos
desenvolvimentos dos
próximos meses, os prin-
cipais vencedores serão
os utilizadores finais — que ganharão em
funcionalidades e melhor desempenho dos
seus computadores. ●
Google Desktop Search
Local de ‘download’: http://
desktop.google.com/dc.html
Dimensão do ficheiro a descarregar: 447 KB
Sistemas operativos suportados:
Windows XP e Windows 2000 com Service
Pack 3 (ou posterior)
Espaço livre em disco: 500 MB
Microsoft MSN Toolbar
Local de ‘download’: http://
beta.toolbar.msn.com/
Dimensão do ficheiro a descarregar: 603 KB
Sistemas operativos suportados:
Windows XP ou 2000, com Outlook
2000 (ou posterior) ou Outlook Express
6.0 (ou posterior) e Internet Explorer 5
instalado, mesmo que não seja o “browser”
preferencial.
Espaço livre em disco: 500 MB
 .com
Siebel Systems e compra eDocs…
A Siebel Systems, fornecedora de aplicações empresariais, anunciou
um acordo definitivo para a aquisição da empresa eDocs, com sede
em Natick, no estado de Massachusetts (EUA), que desenvolve
soluções de “software” de facturação electrónica e “customer self-
service”. A aquisição deverá, assim, alargar a oferta de produtos
e serviços da Siebel no mercado do E-billing e de auto-serviço
de clientes, esperando a Siebel disponibilizar uma das soluções
mais abrangentes do sector, permitindo às empresas melhorar a
experiência dos seus clientes e reduzir custos. A Siebel liquidará
inicialmente 115 milhões de dólares, em dinheiro, aos accionistas da
eDocs; os pagamentos seguintes, baseados em objectivos de lucros
e noutras cláusulas contratuais, deverão ser efectuados em 2006.
Excluindo os custos pontuais decorrentes da fusão, a empresa prevê
que esta reduza os lucros do primeiro trimestre de 2005 em cerca
de 0,01 dólares por acção, para além de um custo pontual estimado
entre os 8 e os 10 milhões de dólares. Os quadros superiores da Siebel
e da eDocs aprovaram a aquisição, que ficará pendente das habituais
condições (incluindo as aprovações das autoridades reguladoras)
esperando-se que fique concluída ainda neste trimestre. ●
… e cresce 23 por cento no trimestre
A mesma empresa anunciou os seus resultados financeiros
preliminares para o quarto trimestre de 2004, que terminou a 31
de Dezembro, estimando que o volume de negócios para o quarto
trimestre de 2004 se situe entre os 387 e os 390 milhões de dólares,
mais 23 por cento que no terceiro trimestre de 2004. A Siebel espera
que a venda de licenças no último trimestre se situe nos 159 a 161
milhões de dólares, 53 por cento mais que no terceiro trimestre de
2004. A facturação relativa a serviços de manutenção é estimada
em cerca de 122 milhões de dólares, o que representa 3 por cento
de crescimento face ao trimestre anterior. As margens operacionais
para o quarto trimestre de 2004 deverão ficar entre os 15 e os 16
por cento da facturação total, o que representa um aumento de
90 por cento face ao terceiro trimestre de 2004. Os resultados
operacionais para o quarto trimestre de 2004 são estimados em
cerca de 52 milhões de dólares, o que representa 130 por cento de
aumento face ao trimestre anterior. Os resultados líquidos deverão
ficar entre os 42 e os 44 milhões de dólares. ●
Samsung e Sony partilham patentes
A Samsung Electronics e a Sony Corporation assinaram, no mês
passado, um acordo de partilha de patentes que permitirá a
utilização mútua dos portfólios de patentes das duas empresas.
Nas últimas décadas, estas duas fabricantes de electrónica de
consumo construíram, cada uma, portfólios de patentes assentes
em elevados investimentos em investigação e desenvolvimento
(I&D), de que resultaram uma vasta gama de tecnologias, em
especial as relacionadas com as redes digitais e a banda larga. O
acordo anunciado encerra um processo de negociações iniciado
em Dezembro de 2003. A Samsung e a Sony passam, assim, a
poder usar as patentes de ambas as empresas, “acertando o
passo” no que se refere ao desenvolvimento das tecnologias
digitais. Por outro lado, e para salvaguardar a especificidade de
cada empresa e a concorrência entre ambas, está excluída do
acordo a denominada “diferenciação tecnológica de patentes”
(“differentiation technology patents”), bem como os direitos
relativos ao “design” dos equipamentos. ●
MicroStrategy e To Be em parceria
A MicroStrategy de Portugal, subsidiária da MicroStrategy
Incorporated, fornecedora de “software” de “business intelligence”,
estabeleceu uma parceria com a To Be-Consultores de Sistemas
e Tecnologias de Informação para o mercado angolano. “A
parceria com a To Be é um dos primeiros passos da estratégia
para a introdução da nossa plataforma MicroStrategy nos
países africanos de língua oficial portuguesa” (PALOP), explicou
Nuno Esculcas, gestor de contas para Portugal da MicroStrategy
Ibérica. “O interesse no desenvolvimento de projectos de
‘business intelligence’ nos PALOP levam a que a MicroStrategy
Ibérica seja considerada uma referência para as empresas aí
localizadas”, acrescentou, referindo também a necessidade
de “contar com os melhores parceiros nesses mercados”. Ao
considerar que “a To Be é uma empresa de consultoria que se
encontra numa posição de destaque no mercado angolano”, os
responsáveis da MicroStrategy pretendem agora dar-lhe “todo o
apoio necessário para vingarem no sector das telecomunicações,
da banca e noutros em que uma plataforma de ‘business
intelligence’ possa melhorar a gestão dos clientes”. ●
S E G U N D A - F E I R A . 1 0 . J A N E I R O . 2 0 0 5
Adobe Systems cresceu 29 por cento
A Adobe Systems anunciou, na semana passada, os seus
resultados financeiros relativos ao quarto trimestre e ao ano
fiscal, que terminaram no passado dia 3 de Dezembro. No
quarto trimestre do ano fiscal de 2004, a Adobe obteve receitas
na ordem dos 429,5 milhões dólares, o que representa um
crescimento face aos 358,6 milhões reportados no quarto
trimestre do ano fiscal de 2003 e os 403,7 milhões registados
no terceiro trimestre do ano fiscal de 2004. Estes valores
representam um crescimento de 20 por cento face ao ano
anterior. “O quarto trimestre constituiu um final notável para
um ano excelente”, considerou Bruce Chizen, presidente e “chief
executive officer” (CEO) da Adobe. No conjunto do ano fiscal
de 2004, a Adobe facturou 1667 mil milhões de dólares, 29 por
cento acima dos 1295 mil milhões registados no ano fiscal de
2003. No primeiro trimestre do ano fiscal de 2005, a Adobe prevê
alcançar receitas entre 435 e 455 milhões de dólares. ●
Parceria Infosistema-OutSystems
A Infosistema anunciou, na semana passada, uma parceria
com a OutSystems, que, para os responsáveis desta em-
presa, permitirá enriquecer a sua oferta de soluções,
reduzindo os custos de manutenção e operação associados
ao desenvolvimento de aplicações. Esta parceria irá aliar a
tecnologia e produtos da Outsystems à oferta de serviços e
soluções da Infosistema relacionados com o desenvolvimento
aplicacional e a integração de soluções empresariais — visando
também reforçar a oferta e as competências da Infosistema
graças às tecnologias da Outsystems. Está ainda prevista a
colaboração em projectos de elevado valor, que envolvam
grandes e médias organizações. Para Gonçalo Caeiro, CEO da
Infosistema, “este alinhamento de estratégia com a OutSystems
é fundamental para enriquecer a oferta de soluções da
Infosistema e reforçar a presença da mesma nos segmentos
de grandes e médias empresas”. Segundo Paulo Rosado, CEO
da OutSystems, “a Infosistema é uma consultora de referência
no sector das tecnologias de informação em Portugal” e
esta parceria “visa reforçar os conhecimentos e a partilha de
tecnologia da OutSystems com a Infosistema”. ●
computadores .5
 virose
Mais uma falha no Internet Explorer
A empresa dinamarquesa de segurança Secunia divulgou, no
princípio da semana que passou, a descoberta,
pelo investigador Albert Puigsech, de uma
nova falha no Internet Explorer que pode
ser aproveitada para comprometer
sistemas vulneráveis.
A falha é devida a um erro
na validação de “input” no
manejamento da transferência
de ficheiros por FTP (File
Transfer Protocol), um método
de transferência de ficheiros que usa
o protocolo TCP/IP da Internet e que é
muito usado para transferir páginas da Web
entre o seu criador e o computador que as
aloja -- bem como para descarregar programas
e ficheiros de servidores para um qualquer
computador ligado à Internet.
Esta nova falha permite a alguém mal-intencionado
transformar um servidor de FTP de modo a que — ao
convencer um utilizador a descarregar um ficheiro
especialmente criado para o efeito — sejam criados
ficheiros em localizações arbitrárias nos computadores
atacados. Por isso, os utilizadores do Internet Explorer
deverão evitar utilizar servidores de FTP desconhecidos.
A Secunia diz que confirmou a existência desta falha
num servidor com todas as actualizações de segurança
instaladas, com o Internet Explorer 6 a correr sobre os
Windows 2000 com o Service Pack 4 e XP com o Service
Pack 1. Os sistemas com o Windows XP com o Service Pack
2 não são afectados. A Microsoft confirmou, entretanto,
que esta falha é diferente das noticiadas na Virose da
anterior edição, e que a empresa está já a investigá-la —
não tendo ainda conhecimento da existência de qualquer
episódio do seu aproveitamento.
‘Worm’ anti-Santy
A empresa de segurança F-Secure diz ter conhecimento
de sete sítios da Web que foram atacados por um novo
“worm”, que parece ter sido concebido para combater o
computadores .6
OS VÍRUS DA SEMANA
já conhecido Santy usando as mesmas armas deste.
O “worm” anti-Santy faz buscas no Google à procura de
sítios que usem o “software” PHP Bulletin Board (phpBB),
à semelhança do Santy, infecta-os e tenta torná-los mais
seguros através da instalação de um “patch”. Este “worm”
é, pois, aparentemente benéfico (ainda que não se
saiba da sua real eficácia), podendo, no entanto, causar
problemas aos administradores de sistemas, que têm
que enfrentar o aumento de tráfego decorrente da sua
acção, o que torna o acesso ao sítio bastante mais lento.
Ele também desfigura os sítios atacados, fazendo aparecer
o seguinte texto: “viewtopic.php secured by Anti-Santy-
Worm V4. Your site is a bit safer, but upgrade to >= 2.0.11.”
A F-Secure diz ter detectado duas versões do “worm”
que apontam para dois endereços de IP diferentes, a que
respondem servidores localizados na Argentina. ● JOSÉ DOUTIL
S E G U N D A - F E I R A . 1 0 . J A N E I R O . 2 0 0 5
Dia 10
X97M/Hopper.r, W97M/Nono.A, WM/Helper.B, AOS.A,
WM/Eraser.A:Tw, WM/Helper.A;B, VBS/Loveletter.ar, W97M/
Alina.a@mm, W97M/Melissa.ao@mm, W97M/Hope.p,
VBS/Baracu.A@mm, VBS/Count, VBS/Godzilla@M, W97M/
Alamat, X97M/Anis, W32/Urick@MM, VBS/Zync, VBS/Aqui,
JS/Gigger.a@MM, VBS/IISDel.worm
Dia 11
VBS/Aqui, W32/Blurt@MM, WM/Alliance.A, W97M/Alamat,
W97M/Bablas.aj, WM/Eraser.A:Tw, W97M/AntiSocial.e,
WM/MERCY.B, WM/CVCK1.A, WM/JUNKFACE.A;B
Dia 12
WM/Eraser.A:Tw, WM/Envader.A (Intended), W97M/Yous,
W97M/Alamat, WM/Alliance.A, VBS/Aqui, W97M/Cobra.a1
Dia 13
W97M/Cobra.a1, VBS/Aqui, VBS/Zync, VBS/Alphae, WM/
BADBOY.A;B;C, Twno.A, W97M/Rapmak.a, WM/BOOM.A;B,
W97M/Alamat, W97M/Yous, W97M/Digma, WM/FRIDAY.A,
WM/Envader.A (Intended), WM/CVCK1.B;E, WM/Eraser.A:
Tw, WM/Goldsecret.B:Int, WM/FRIDAY.D, W97M/Idea.A,
W97M/BackHand.A, WM/SHOWOFF.G
Dia 14
W32/SoftSix.worm, W97M/Class.B, W97M/Class.D, W97M/
Class.Q, WM/Eraser.A:Tw, WM/PHARDERA.C ;D (INTENDED),
W97M/Este, VBS/San@M, W97M/Yous, VBS/Valentin@MM,
W97M/Alamat, W97M/Ekiam, VBS/Aqui, W97M/Cobra.a1
Dia 15
W97M/Cobra.a1, W32/Winur.worm.b, W32/Winur.worm.a,
VBS/Alphae, VBS/Zync, VBS/Aqui, W97M/Alamat, X97M/Anis,
W32/PetLil@MM, W32/Urick@MM, Tribute.A;B, W97M/Yous,
VBS/Count, W97M/Courage.a, WM/Theatre.A, WM/Eraser.A:
Tw, AOS.A, Habir.A, W97M/Jackal.A, X97M/Hopper.r, W97M/
Class.ed, JS/Gigger.a@MM, W97M/Fifteen.a
Dia 16
XM/Laroux.IC, WM/ERASER.H, WM/Eraser.A:Tw, W97M/Yous,
Tribute.A;B, WM/Concept.F;G;J, W97M/Alamat, W97M/
Cobra.a1, W97M/Cash, W97M/Akuma
NOVO PORTAL PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL OU MOTORA GRAVE agenda

‘DR’ mais acessível a quem IMAGINA – The 23rd International Digital

Entertainment & Interactive Content Trade Show
Data: 2-02-2005 a 5-02-2005
Local: Monte Carlo, Mónaco

tem necessidades especiais Contacto: Head Office

E-mail: info@imagina.mc
URL: www.imagina.mc
ISSCC 2005 – IEEE International Solid-State

O
“DIÁRIO DA REPÚBLICA tado a pessoas com deficiência visual INCM. Como esta não tem competência
Circuits Conference
Electrónico” tem, desde estará disponível toda a informação para decidir quem deverá ter acesso gra- Data: 6-02-2005 a 10-02-2005
a passada quinta-feira, publicada nas diferentes séries do tuito ao novo “site”, essa tarefa ficará a Local: São Francisco, Califórnia, EUA
uma nova versão adap- “Diário da República”. Sandra Costa, cargo do SNRIPD e das associações que, Contacto: Frank Hewlett
tada a pessoas com defi- analista e programadora na Imprensa de alguma forma, lhe estão ligadas. E-mail: hewlettfw@sandia.gov
ciência visual. O novo “site” resulta de Nacional-Casa da Moeda, explicou que O desenvolvimento desta nova URL: issc.org/isscc/
uma iniciativa conjunta da Imprensa o objectivo deste projecto — iniciado versão do “Diário da República Electró-
Nacional-Casa da Moeda (INCM) e do nos primeiros meses do ano passado nico” contou também com a colaboração 3GSM World Congress 2005
Secretariado Nacional para Reabilitação — foi eliminar as principais barreiras da Associação de Cegos e Amblíopes de Data: 14-02-2005 a 17-02-2005
e Integração de Pes- à “navegação” no sítio Portugal (Acapo). Contactada no início Local: Cannes, França
soas com Deficiência ISABEL GORJÃO SANTOS por parte de quem tem de 2003, esta associação participou em E-mail: info@3gsmworldcongress.com
(SNRIPD), e prevê problemas de visão. diversas reuniões, tendo também ficado URL: www.3gsmworldcongress.com
também o acesso gratuito por parte das “Todas as ligações da página estão responsável por reunir um conjunto de ASPDAC 2005 – ACM/IEEE Asia and South Pacific
pessoas com deficiência visual ou motora agora devidamente explicadas e foram pessoas que testasse o novo portal, o que Design Automation Conference
grave que subscreverem o serviço. introduzidos marcadores que referem a veio a acontecer. Data: 18-02-2005 a 21-02-2005
Uma apresentação mais simples e ordem dos ‘links’ na página”, adiantou Segundo Renato Gonçalves, da Local: Xangai, China
diversas melhorias ao nível da “nave- Sandra Costa, referindo também que, ACAPO, a grande vantagem do “site” é URL: www.aspdac2005.com
gabilidade” do sítio — como explicações no que se diz respeito à informação permitir o uso das ferramentas de acessi-
acerca das imagens, a identificação dos disponível, “o novo portal é uma cópia bilidade que geralmente vêm associadas FPGA 2005 – 13th ACM/SIGDA International
Sysposium on Field-Programmable Gate Arrays
títulos e dos subtítulos e outros mar- do que já existia”. aos leitores de ecrã, que permitem ouvir
Data: 20-02-2005 a 22-02-2005
cadores especiais — são algumas das A diferença está sobretudo no aspecto o que está escrito no monitor. “Navegar”
Local: Monterey, Califórnia, EUA
novidades do “Diário da República Elec- gráfico, uma vez que, no novo sítio, foi pelos títulos do portal a partir de teclas de
URL: isfpga.cs.caltech.edu
trónico”. Quem a partir de agora aceder dada prioridade à legibilidade dos con- atalho ou ter acesso à descrição das liga-
a www.dre.pt encontra uma ligação ao teúdos, passando para segundo plano o ções e das imagens são algumas das vanta- ARC 2005 - International Workshop
portal para cidadãos com necessidades aspecto da página. Trata-se, portanto, gens referidas por Renato Gonçalves, que on Applied Configurable Computing
especiais, podendo visualizar a página de “uma página textual, sem imagens, acede ao “Diário da República Electrónico” Data: 22-02-2005
principal do novo “site”. o que até torna o acesso mais rápido”. O desde 1997 e considera que, “se todas as Local: Algarve
Irá manter-se a página na Internet investimento neste projecto, diz Sandra entidades públicas seguissem o exemplo, E-mail: jmcardo@ualg.pt
do “Diário da República” que já exis- Costa, envolveu ainda muitas horas de seria muito mais fácil às pessoas com URL: w3.ualg.pt/~jmcardo/arc2005
tia. Aliás, esta possuía já algumas trabalho de pessoas que trabalham na deficiência visual acederem aos diversos IADIS International Conference
características que a serviços públicos”. on Applied Computing 2005
tornavam mais acessí- Irolinda Oliveira, Data: 22-02-2005 a 25-02-2005
vel a quem tem neces- secretária nacional Local: Algarve
sidades especiais. Mas adjunta para a reabilita- E-mail: ac2005@iadis.org
a nova página é ainda ção, adianta que o papel URL: www.iadis.org/ac2005
mais acessível e o seu do SNRIPD será forne-
uso será gratuito para cer as listas de pessoas DATE – Design, Automation and Test in Europe
os cegos ou amblíopes que poderão ter acesso The only european event for electronic system
que se inscreverem ao serviço. As pessoas design & test
junto do Secretariado com deficiência visual Data: 7-03-2005 a 11-03-2005
Nacional para a Rea- ou deficiência motora Local: Munique, Alemanha
bilitação e Integração grave poderão aceder Contacto: Secretariat
de Pessoas com Defi- ao “site” gratuitamente E-mail: sue.menzies@ec.u-net.com
ciência ou de diversas após a apresentação de URL: www.date.conference.com
outras associações. uma certidão e a requi- CeBIT 2005 – FEIRA DE Tecnologias de Informação,
Cerca de uma centena sição de uma palavra- Telecomunicações, Software & Serviços
de pessoas mostraram- passe. “Temos recebido, Data: 10-03-2005 A 16-03-2005
se já interessadas em no secretariado, muitos Local: Hannover, Alemanha
aderir ao novo serviço. telefonemas de pessoas URL: www.cebit.de
Neste “site” adap- interessadas”. ●
ASYNC 2005 – 11th IEEE International Symposium
on Asynchronous Circuits and Systems
cartas Data: 13-03-2005 a 16-03-2005
Local: Nova Iorque, EUA
URL: vlsi.cornell.edu/async2005/
Ainda o Firefox, da Mozilla
ARCS 2005 – 18th International Conference
Hoje em dia, a Internet tornou-se num meio vital para todos equipa que assegura a sua continuação, formada por um on Architecture of Computing Systems
aqueles que desejam estar actualizados, seja para apren- “maintainer” (chefe) e membros responsáveis, que fazem “System Aspects in Organic and Pervasive Computing”
derem algo, informarem-se ou apenas para trocarem uns com que seja um “software” de extrema qualidade. Estas Data: 14-03-2005 a 17-03-2005
“mails”. Por isso, é deveras importante haver produtos que não são as únicas razões por que é considerado o melhor Local: Innsbruck, Áustria
sejam desenhados de raiz a pensar na segurança e que sejam “browser” actual, mas também por ter um motor próprio URL: www.teco.edu/arcs05/
constantemente actualizados, pois é a segurança pessoal e com capacidades enormes (desde renderização da página
DRS Workshop - Dynamically Reconfigurable Systems
do seu próprio computador que está em risco. até ao Javascript), pois foi desenhado para antecipar-se Data: 17-03-2005
O Firefox, da Mozilla, é tudo isto e muito mais, pois contém um aos problemas da Web, evitando a contaminação a partir Local: Innsbruck, Áustria
enorme leque de vantagens em relação ao Internet Explorer de páginas (“downloads” involuntários de “software” mal- URL: configware.org/DRS_Workshop_ARCS_2005.pdf
— o “browser” que vem instalado por omissão no Windows intencionado), possibilidade de abrir várias páginas na
e, por essa razão, é o mais usado e falado entre cibernautas e mesma janela, de se adicionar novas funções ou visuais isQED 2005 – 6th International Symposium on Quality
utilizadores comuns. As pessoas limitam-se a trabalhar com gráficos, e compatibilidade com vários sistemas operativos, Electronic Design
ele, sem se preocuparem em saber qual é o melhor; contudo, entre muitas mais coisas. “Design for Quality in the Era of Uncertainty”
isto não acontece só com os “browsers” (navegadores de Em conclusão, o Firefox é um feito notável, porque conse- Data: 21-03-2005 a 23-03-2005
páginas) da Internet mas também com os sistemas operati- gue ser muito semelhante ao Internet Explorer, tornando Local: San Jose, Califórnia, EUA
vos. O “browser” da Microsoft, o Internet Explorer, há muitos a transição pouco custosa e sem sofrer dos problemas de URL: www.isqed.org/isqed.htm
anos que não é actualizado e não acompanhou a evolução segurança do“browser”da Microsoft. O download deste“bro- BIBLIOTECAS DIGITAIS: UMA REVISÃO DE TECNOLOGIA
da Internet, pois sofreu [as consequências do desmembra- wser” para o seu sistema operativo poderá ser feito em http: 2º Ciclo de Seminários em Estudos de Informação e
mento] da equipa de programadores (…). //www.Mozilla.org/products/firefox/all.html de uma versão Bibliotecas Digitais e Gestão de Sistemas de Informação
O código-fonte do Firefox é aberto (“open source”) e, em português do Brasil, já que a versão em português de Local: Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da
deste modo, qualquer programador poderá continuar a Portugal ainda está a ser traduzida e irá estar disponível em Empresa (ISCTE), Lisboa
desenvolvê-lo ou assegurar apenas a sua continuação, breve (mais informações sobre o projecto nacional em http: “What Canadian are Acessing on Public Library Internet
contribuindo a todos os níveis possíveis — corrigindo //Mozilla.shopizzy.com). Terminals: A Transaction Log Analysis”
“bugs”, adicionando novas funcionalidades, etc. —, pas- Marco Rodrigues Data: 25-03-2005
sando o código por uma aprovação, (…) havendo uma Por E-mail URL: www.dct.iscte.pt/mestrados/comum/seminarios/
seminarios.2004.htm

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 S H A R E WA R E
Um gestor para as
actividades ‘peer to peer’
A
S REDES “peer to peer”
(ou interpares, em por-
tuguês) que surgiram
nos últimos anos na
Internet e que unem
utilizadores anónimos em vários
pontos do globo com objectivos
comuns — na maior parte dos
casos, a partilha de ficheiros
multimédia — vieram para ficar.
O número de aplicações criadas
para facilitarem a comunicação e
a partilha de documentos nestas
redes tem também crescido ex-
ponencialmente, o que torna o seu
acesso cada vez mais fácil a todo o
tipo de utilizadores. O Ares é uma
das aplicações mais populares
nesta categoria e que permite a
pesquisa de músicas e ou filmes
nos computadores disponíveis na
rede e a cópia dos mesmos para o
computador do utilizador.
Problemas legais à parte, o MP3 para o que o processo
e o DiVX cada vez conquistam mais
as preferências dos consumidores.
A verdade é que até mesmo os
fabricantes de equipamentos elec-
trónicos se renderam a estes for-
matos nascidos na Internet e se
popularizaram nas redes “peer-
to-pper” — e, hoje, quase todos os
leitores para os CD musicais lêem
temas em MP3 e muitos leitores
de DVD suportam o formato
DiVX (ou formatos de compressão
MPEG4 dele derivados). Os auto-
rádios, os telemóveis e os pequenos de ligação, o utilizador
dispositivos com memória Flash
ou os discos rígidos portáteis
são alguns dos aparelhos que
permitem ouvir música gravada
em formato digital ou ver um filme
em qualquer lugar, onde quer que
o utilizador se encontre.
O módulo de pesquisa de
ficheiros é a unidade central do
Ares. Aqui é possível procurar
temas musicais ou
filmes, pelo nome da NUNO BERNARDO
música ou do filme,
autor, género ou palavra-chave que
categorize o ficheiro. Encontrado
o ficheiro, música ou vídeo
pretendido, o programa-cliente
encarrega-se de copiar o ficheiro
para o computador do utilizador.
Por isso, e para além de facilitar a litam a vida a todos aqueles que
pesquisa de informação na rede, o
Ares é um gestor de transferência
de ficheiros, podendo copiá-los em
simultâneo, retomando a cópia
ARES GALAX Y 1.8.1
interrompida — tudo
se torne simples, eficaz
e evite aumentar o
seu custo de acesso à
Internet.
Os ficheiros a co-
piar podem incluir os
já referidos filmes e mú-
sicas, até programas,
documentos de texto
ou imagem. Todo o pro-
cesso se realiza de forma
simples e transparente
e, em caso de quebra
pode mais tarde retomar
a cópia exactamente no ponto
onde se encontrava (evitando co-
piar novamente a parte antes
“descarregada”), pois a cópia do
ficheiro pretendido realiza-se a
partir de diversos pontos existentes
na rede: cada parte de um ficheiro
com uma música ou filme pode
ser copiado de diversos computa-
dores ligados à rede.
O programa gere to-
do este processo para
que utilizador não tenha de se
preocupar com a complexidade
deste processo.
O Ares oferece, para além
do gestor de transferências,
algumas funcionalidades que faci-
pretendem partilhar os seus fi-
cheiros na rede. Por exemplo,
dispõe de um gestor de ficheiros
que permite auxiliar a organização
S E G U N D A - F E I R A . 1 . M A R Ç O . 2 0 0 4
S E G U N D A - F E I R A . 1 0 . J A N E I R O . 2 0 0 5
de todos os documentos, músicas
e vídeos. Por outro lado, inclui um
leitor de ficheiros multimédia,
que torna possível visualizar as
imagens seleccionadas ou ouvir
os temas copiados. O utilizador
pode, inclusive, criar a sua pró-
pria lista de preferências para
ouvir os seus temas musicais
favoritos numa ordem específica.
Os resultados são, assim, apre-
sentados de forma agrupada.
A mais recente versão do Ares
oferece um maior nível de
controlo e segurança na partilha
dos seus ficheiros, limitando o
tipo de documento a partilhar e
a largura de banda associada.
Os utilizadores do Windows XP
podem contar com melhores
desempenhos e um motor de
pesquisa que permite encontrar
ficheiros não só pela sua des-
crição mas também por tipo de
suporte, categoria, artista, nome
do produto e outros, através de
palavras-chave associadas a Paula Dias
cada ficheiro. Os documentos
copiados podem ser organizados e
arquivados por categorias.
O programa inclui ainda um
utilitário de “chat” que permite
a conversa em tempo real entre
utilizadores. Estes podem con-
versar com outros utilizadores
que tenham preferências comuns,
ao mesmo tempo que copiam os
ficheiros pretendidos para o seu
sistema informático. Em comple-
mento, o programa oferece o
módulo “Collection” que permite
associar vários fi-cheiros em co-
lecções de forma a facilitar a cópia
de vários pacotes de ficheiros.
Este módulo pode igualmente ser
copiado no sítio de apoio ao pro-
grama, juntamente com toda a do-
cumentação de apoio lá dispo-
nibilizada.
Os criadores do programa não
querem ser associados a uma
imagem de pirataria de conteúdos
e, por isso, alertam os utilizado-
res para todas as questões rela-
cionadas com os direitos de autor.
O Ares apresenta-se em duas
versões distintas: uma versão
“lite” e outra “normal”, que inclui
um poderoso leitor de ficheiros,
bem como uma ferramenta que
permite criar e gerir salas de
“chat”. Ambas as versões são
de utilização gratuita mas, no
momento de instalação, activam
sistemas de registo dos passos
dos utilizadores e dispositivos
de publicidade “on-line”, que
frequentemente abrem janelas
com mensagens publicitárias.
Este é talvez o único ponto ne-
gativo do programa, pelo que o
utilizador deverá contar com este
facto. ●
FICHA
Editor
Rui Jorge Cruz
Redactores, colaboradores
e cronistas
Ana Gerschenfeld, Ana Machado,
André Ruivo, António Granado,
Casa dos Bits, Fernando Santos,
Helena Viegas, Henrique Carreiro,
Henrique Saias, Isabel Gorjão
Santos, João Cruz, José Antunes,
José Doutil, Luís Félix, Miguel
Crespo, Nuno Bernardo, Nuno
Vieira, Paulo Almeida, Pedro
Fonseca (pedrof@journalist.com),
Rita Cruz, Rita Hasse Ferreira
Secretariado
Paginação
Ana Carvalho, Ivone Ralha,
Hugo Pinto, Jorge Guimarães
Projecto Gráfico & Designer
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especiais para Macau, Timor, São
Tomé e Guiné. Os preços incluem
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computadores .9
 JOGOS
‘SUDDEN STRIKE RESOURCE WAR’, ‘CODENAME: PANZERS’, ‘HEROES OF WORLD WAR II’, ‘BLITZKRIEG’, ‘PERIMETER’ E ‘GROUND CONTROL II’
‘Reserva especial’ de estratégias
N
UM TEMPO DE CONSUMO RÁPIDO
de tudo, ainda há jogos que
demoram tanto tempo a
desfrutar como um clássico
russo da literatura. Sobretudo
quando se fala de jogos de estratégia,
é difícil tirar conclusões pensadas e
saboreadas ao fim de meia dúzia de dias
de jogo. Por isso, mais vale a pena esperar
e descobrir todos os grandes e pequenos
defeitos e virtudes.
“Perimeter” é um daqueles jogos que,
como dizia o poeta, primeiro estranha-se
e depois entranha-se. Um dos jogos mais
originais de 2004 tem na
componente de inovação o MIGUEL
seu principal óbice: não é
fácil começar a jogar, pois a lógica-base da
sua forma de jogar é relativamente fácil
de perceber mas muito mais complicada
de pôr em prática.
O único recurso existente é a energia;
mas, para a conseguir, há que assegurar
terreno terraplenado, que possa suportar
um rede de distribuição. E este é o
primeiro desafio, pois há misteriosos
exércitos que destroem o terreno e, sem
barreiras defensivas, inutilizam a nossa
computadores .10
rede. Isto torna impossível progredir no
terreno e, em consequência, atacar ou
defender-se dos adversários. O ambiente
futurista faz com que as unidades sejam
altamente criativas e passíveis de serem
combinadas entre si para formar novos
tipos. Original em muitos aspectos, bem
construído e inteligente, “Perimeter” é,
sem dúvida, um dos jogos de estratégia
mais interessantes dos últimos tempos.
Algumas parecenças tem “Ground
Control II”. Se o original deslumbrou
meio mundo com um grafismo fantástico
para um jogo de estratégia, esta segunda
parte vai pelo mesmo
CRESPO caminho. É muito raro
ver um jogo de estratégia
com um grafismo 3D ao nível de um
jogo de acção — mas “Ground Control”
consegue a proeza. Jogo de estratégia
táctico, de ambiente futurista, tem como
característica dominante o facto de não
haver base a construir, ou seja, em cada
missão o jogador recebe um grupo pré-
definido para conquistar determinado
objectivo. Para conseguir reforços, tem
de conquistar zonas de aterragem,
onde os Dropship podem deixar mais
S E G U N D A - F E I R A . 1 0 . J A N E I R O . 2 0 0 5
unidades. Com unidades terrestres e
aéreas, tem uma interface clássica, de
clicar para seleccionar as unidades e
depois lhe atribuir uma tarefa. O uso do
cenário é interessante, nomeadamente
na vantagem das elevações de terreno
ou de poder proteger as unidades atrás
de edifícios. Destaque também para a
necessidade de usar tácticas apuradas,
em especial na construção de formações de
unidades, e para a excelente inteligência
artificial (IA).
Igualmente assombroso é “Soldiers:
Heroes of World War II”. Usando como
base o tema mais estafado do género, a detalhe e permite que todo o cenário seja
Segunda Guerra Mundial, consegue um destrutível. Além do efeito, isso influencia
ar de frescura ao introduzir num jogo o jogo, pois obriga a escolher bem os locais
de estratégia uma componente de acção de abrigo. A versatilidade é outro ponto
na primeira pessoa. Por um lado, temos de destaque, pois as unidades parecem
o controlo de equipa, em jeito clássico; poder fazer tudo, desde recuperar armas
por outro, o modo de controlo directo, a combustível de veículos destruídos.
em que o jogador controla apenas um Merece ainda destaque a extensão dos
personagem e tem de se mover e apontar mapas, a quantidade de armas (uma
aos inimigos. Bastante criativo, este modo centena) e veículos, e as missões de quatro
não é obrigatório mas é fundamental, pela dos países em contenda: Inglaterra, EUA,
mais-valia que representa a acção directa, Alemanha e Rússia.
em contraponto ao dar-se apenas ordens. Um paralelo pode ser feito com
Completamente 3D, tem excelente “Codename: Panzers – Phase One”.
 JOGOS
Excelente grafismo, cenário da II
Grande Guerra, pouca componente
de gestão e muita estratégia. Com
base num grupo pré-determinado
de unidades, que é preciso poupar
ao máximo, aqui há três grupos
de campanhas (russos, alemães
e aliados), com características
diferentes. A exploração dos pontos
fracos dos adversários é fundamental,
bem como o jogar das cartadas
permitidas por um grupo limitado
de apoios (aéreo ou artilharia, por
exemplo). Sendo algo clássico, está
muito bem conseguido, e isso dá-lhe
um interesse renovado.
Ainda na Segunda Guerra
Mundial, surge “Resource War”,
o novo episódio da saga “Sudden
Strike”. Sem inovações técnicas,
sente-se que a base já não resiste
bem ao peso dos anos. A temática é
que é nova: como o nome indica, tudo
gira em torno dos recursos — ou seja,
em evitar que o adversário receba
recursos —, o que pode ser feito, por
exemplo, cortando-lhe as linhas de
abastecimento para que ele deixe
dica
Evitar a criação de
hiperligações no Excel
No Microsoft Excel, desde a versão 2000,
quando se introduz, numa célula, um endereço
de URL (de um sítio na Net) ou um endereço
de correio electrónico, o programa assume
automaticamente esse dado como uma
hiperligação (ou “hyperlink”), por omissão
apresentada a azul e sublinhada. Nesta situação,
quando se põe o cursor do rato sobre a
hiperligação, o cursor passa a ter o ícone de uma
mão e aparece uma legenda com fundo amarelo
com a informação de que, para abrir o sítio ou
enviar um “mail”, se deve dar um clique sobre ela;
e que, para seleccionar a célula, é preciso dar um
clique e manter premido o botão do rato por uns
momentos.
Há três maneiras de desactivar esta
funcionalidade do programa. A primeira — e
a mais simples, não implicando a alteração de
qualquer tipo de configurações — é, ao escrever
o endereço, fazê-lo como uma etiqueta, ou seja,
escrevendo um apóstrofo (ou pelica) logo antes
do endereço. Por exemplo: ‘www.publico.pt.
A segunda maneira é alterando uma configuração
do programa. No menu Ferramentas, escolhe-se
o comando Opções da Correcção Automática
e, na caixa de diálogo que se abre de seguida,
no separador Formatar ao Escrever, desactiva-
se a opção Internet e Caminhos de Rede com
Hiperligações em Substituir ao Escrever.
Título “Sudden Strike
Resource War” 6
/10
O terceiro método é um pouco mais complexo,
implicando o uso de código da linguagem Visual
Estilo Estratégia Basic, sendo talvez “excessivo” para a maior parte
Plataforma PC das situações. No entanto, é uma boa alternativa
Produtor Fireglow a ter que estar constantemente a desactivar e
Distribuidor Infocapital activar a criação automática de hiperligações.
Para aplicar este método, primeiro há que
Edição Dezembro 2004
copiar um texto do artigo 291209 da Microsoft
Knowledge Base, o que se pode fazer no
Título “Codename: Panzers seguinte endereço, no capítulo “Use a Program-
– Phase One” 8
/10 Level Event Handler”, no ponto 4 ( http://
Estilo Estratégia support.microsoft.com/default.aspx?scid=kb;en-
Plataforma PC us;291209 ). A seguir, cria-se uma nova folha
Produtor CDV
de cálculo e inicia-se o Visual Basic Editor
carregando nas teclas Alt+F11. No menu Insert,
Distribuidor Infocapital escolhe-se o comando Module, devendo o
Edição Dezembro 2004 programa apresentar o aspecto que se pode ver
na imagem. Na janela do Module insere-se o texto
Título “Soldiers: Heroes of atrás referido (bastando copiar da página da Net
World War II” 8
/10 e colar aqui).
Estilo Estratégia Depois, carrega-se nas teclas Ctrl+R para ir para a
janela do Project Explorer. Aqui, dá-se dois cliques
Plataforma PC
sobre o item EsteLivro (que seleccionámos na
Produtor Codemasters imagem), o que faz abrir uma nova janela com
Distribuidor Ecofilmes o nome Livro1 – EsteLivro (Code). Nesta janela,
Edição Setembro 2004 insere-se o código que se encontra na mesma
de ter matéria-prima para produzir página da Microsoft, no ponto 7. Por fim, volta-
novas unidades. A interface não Título “Blitzkrieg se ao Excel carregando de novo nas teclas
tem nada de novo e é já clássica. Há
algumas novas unidades e outras
– Burning Horizon” 7
/10 Alt+F11, onde se grava o ficheiro. A partir de
então, sempre que se executar a macro, a criação
Estilo Estratégia
modificadas, mas o 2D isométrico não de hiperligações é desactivada. Se se colocar
cativa o olhar e o jogo não tem grande Plataforma PC a macro na pasta do Excel, ela será executada
longevidade. Um trunfo é o editor de Produtor CDV sempre que se iniciar o programa. ● JOSÉ DOUTIL
mapas, que permite criar excelente Distribuidor Infocapital
missões “à la carte”.
Edição Setembro 2004
“Burning Horizon” é uma
expansão do clássico “Blitzkrieg”
mas que funciona isolado. Centrado Título “Perimeter”
nas campanhas do Norte de África Estilo Estratégia 9
/10
(sim, é também da II Grande Guerra) Plataforma PC
não tem componente de gestão,
centrando-se apenas na estratégia. Produtor Codemasters
Tem poucas missões mas cada uma Distribuidor Ecofilmes
delas é titânica. Portanto, o número Edição Setembro 2004
é enganador e espere-se um jogo
bem longo. Com muitas unidades
Título “Ground Control II
de cada força, bem caracterizadas,
obriga a grande trabalho táctico, Operation Exodus” 8
/10
até porque a IA dos adversários é Estilo Estratégia
muito boa. Sem grandes inovações ou Plataforma PC
floreados técnicos (é a 2D), não deixa Produtor Sierra
créditos por mãos alheias e revela-
Distribuidor Infocapital
se um título sólido, muito jogável e
interessante. ● Edição Setembro 200
S E G U N D A - F E I R A . 1 0 . J A N E I R O . 2 0 0 5 computadores .11
 WEBMANIA

T alvez não esteja lá ninguém mas esta página

transpira gente, imaginação e muitas emoções.
Palavras, conceitos, transformam-se em desenhos,
imagens e exclamações. Ao intruso — você — é solici-
tada intervenção. Que se mexa, descubra, experimen-

O BEIJO
te. E deixe a passividade atrás da porta, que não parece
ser para ali chamada. Os cartões animados e interactivos
que esta página coloca ao dispor dos dedos e das teclas
dos visitantes são irresistíveis: escreva o que quiser
na palma de uma mão e envie a um amigo. A partir
daqui, bastar-lhe-á seguir um caracol e desvendar en-
quadramentos novos, que lhe pregarão partidas e
trarão gargalhadas num universo constante de surpresa.
Se preferir um contacto mais terra a terra, escolha o
insecto que quer personificar e insira-se na colónia para
conversar e discutir… “bugs” há muitos e para todos os
gostos! ● mulher.aranha@publico.pt
www.nobodyhere.com

W
WEBBMMAANNI IAA
www.glef.org www.cbcradio3.com www.igougo.com www.apache.org

E dutopia – The New World of

Learning”, “a única revista que
lhe dará uma perspectiva prática
do que funciona actualmente, do
que se prefigura no horizonte e de
quem está a moldar o futuro de uma
educação em plena mudança”. Esta é a
página da George Lucas Educational
Foundation, uma organização sem
fins lucrativos que estuda, documenta
e divulga informação — através da
edição de livros, material multimédia,
de uma revista e da produção de
documentários e filmes — sobre
alguns programas educativos exem-
plares a fim de generalizar a sua
difusão. E são surpreendentes al-
gumas das actividades pedagógicas
que dão a conhecer… ●
U ma estação de rádio, programas de
música, Internet. O modelo parece
não ser novidade mas acredite que se
poderá surpreender e deixar encantar.
As contribuições estéticas e sonoras
têm muitos nomes, estilos, traços e
registos. Aqui fica a dica para não parar
mais: no canto superior direito, encontra
um quadrado pequeno, dividido em
dois triângulos representando um sis-
tema bipolar. É através dele que poderá
escolher o seu caminho. ●
E sta é a página da Apache Software
Foundation, uma organização de
M ais parece um grito tribal numa
qualquer selva perdida; mas,
afinal, não passa de:“I go you go”. É certo
apoio a uma comunidade específica
de programadores e utilizadores da
aplicação Apache (muito usada para
que é o “carimbo” de uma “tribo” mas
esta talvez esteja mais sob domínio
de um outro modo de vida, ligado às
novas tecnologias e ao culto do lazer:
é a líder mundial das comunidades que
navegam “on-line”. Esta página diz ser “o
melhor sítio para encontrar informação
de viagens, recensões, conselhos e
histórias inspiradoras de viajantes
frequentes, em primeira mão”. Se gosta
de passear, junte-se aos 350 mil que
querem partilhar as suas próprias
alojar e manter sítios em servidores da
Web) e de projectos do chamado “open
aventuras… ● source software”. Partilham não ape-
nas um servidor mas também conhe-
cimento e uma filosofia no desen-
volvimento destes projectos com o
fim de criar “software” de alta qua-
lidade. Os projectos são abertos e fun-
cionam num esquema de colabora-
ção. Portanto, se está interessado e acha
que tem conhecimentos para partici-
par, proponha-se! ●

www.exploremarsnow.org

S onha em fazer uma visita ao Planeta Vermelho, aquele que, no nosso imaginário,
está povoado de seres verdes? Aqui, neste sítio “algo” futurista, pode fazer um
passeio interactivo ao habitat marciano: pelo ambiente inóspito do exterior ou pela
base sofisticada. Aposto que já se sente curioso o suficiente para ir a correr conhecer
os aposentos de descanso recheados de pormenor, os quartos de banho, as exíguas
instalações para apoio médico, a zona de convívio com a sua parede digital e os seus
painéis de comunicação, os contentores para dormir, a estufa com os seus módulos
experimentais de crescimento biológico terrestre. Talvez um dia venha mesmo a acordar
naquilo que é hoje apenas uma simulação! ●

computadores .12 7c1bf3e5-024b-435b-bb28-84bbcd8a7552

S E G U N D A - F E I R A . 1 0 . J A N E I R O . 2 0 0 5