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Apostila
Cálculo de edifício em Alvenaria Estrutural
Departamento de Estruturas
Novembro de 2015
Esta apostila busca apresentar de forma clara como é realizado o dimensionamento de um edifício
em alvenaria estrutural, considerando boas práticas de projeto e as normas vigentes.
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Sumário
1. DIMENSIONAMENTO DE UM EDIFÍCIO ........................................................................................ 4
1.1 Características do edifício .................................................................................................... 4
1.2 Dados .................................................................................................................................... 4
1.3 Projeto arquitetônico ........................................................................................................... 4
2. Modulação .................................................................................................................................... 4
2.1 Importância da modulação .................................................................................................. 4
2.2 Malha modular ..................................................................................................................... 5
2.3 Ajuste arquitetônico................................................................................................................. 8
3. Grauteamento ............................................................................................................................ 12
4. Amarração .................................................................................................................................. 13
4.1 Amarração direta ............................................................................................................... 13
4.2 Amarração indireta ............................................................................................................ 15
5. Paredes ....................................................................................................................................... 16
6. Normas de referência ................................................................................................................. 19
7. Lajes ............................................................................................................................................ 20
7.1 Cálculo das reações de laje nas paredes............................................................................ 21
8. Espessura efetiva de paredes .................................................................................................... 23
9. Altura efetiva de paredes........................................................................................................... 24
10. Índice de esbeltez ................................................................................................................... 25
11. Compressão simples ............................................................................................................... 26
12. Paredes isoladas ..................................................................................................................... 27
13. Grupo de paredes ................................................................................................................... 33
14. Desaprumo ............................................................................................................................. 42
15. Ação do vento na edificação .................................................................................................. 44
16. Inércia resistente dos grupos de paredes .............................................................................. 49
17. Esforço horizontal devido à ação do vento ........................................................................... 55
17.1 Tensões de flexão devido ao vento ................................................................................... 58
18. Esforço horizontal devido ao desaprumo .............................................................................. 61
18.1 Tensões de flexão ao desaprumo ...................................................................................... 62
19. Dimensionamento .................................................................................................................. 64
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1. DIMENSIONAMENTO DE UM EDIFÍCIO
Para tornar este exemplo mais prático e simplificar os processos de cálculo, será utilizado
em todos os pavimentos a mesma planta arquitetônica.
2. Modulação
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Essa maneira de projetar auxilia, entre muitas vantagens, na definição dos ambientes, na
definição de caixilhos, nas instalações e até mesmo na hipótese de existir alguma mudança de
projeto, durante o processo de desenvolvimento ou mesmo após a finalização.
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Apesar de adotarmos o módulo M=10 (100mm ou 10cm), nada nos impede de trabalhar
com múltiplos e submúltiplos da medida modular, ou seja ½ módulo - 5 cm , 1 ½ módulos - 15 cm, 2
módulos - 20 cm, 3 módulos - 30 cm e assim por diante. O importante é termos sempre uma
referência originada de um padrão base de medida, aqui definida como M.
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Salienta-se que um projeto bem estudado e bem definido em termos de modulação implica
no aproveitamento das vantagens do sistema Alvenaria Estrutural como podemos observar na
Figura 2.2.3, resultando em facilidade e redução de tempo durante a execução, minimização ou
eliminação de esperdícios e geração de entulhos, gerando economia e maior qualidade no produto
final.
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A Figura 2.3.2 apresenta o corte esquemático do edifício onde é possível visualizar os níveis
de cada pavimento.
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Com o ajuste realizado em planta para que a modulação seja atendida no projeto
utilizaram-se os blocos apresentados na Figura 2.3.3, e com isto foi lançado a 1a fiada e 2a fiada dos
pavimentos que se repetem, conforme a Figura 2.3.4a e 2.3.4b. O modelo 3D do edifício está
apresentado na Figura 2.3.5.
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3. Grauteamento
Foi possível notar na Figura 2.3.4 os pontos de grauteamento em planta nas aberturas de
portas, janelas e amarrações entre paredes (encontro de paredes). Sua função é propiciar o
aumento da área da seção transversal das unidades e/ou promover a solidarização dos blocos com
eventuais armaduras posicionadas nos seus vazios. Através do graute é possível e aumentar a
capacidade portante da alvenaria à compressão ou permitir que as armaduras colocadas combatam
tensões de tração que a alvenaria por si só não teria condições de resistir.
Além destes pontos verticais de graute citados, há também necessidade de preencher com
graute as vergas, contravergas e cintas de amarração que são elementos horizontais. Em projetos é
comum encontrarmos duas cintas de amarração sendo uma delas a meia altura ( 1 metro),
chamada de cinta intermediária, e outra sob a laje.
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4. Amarração
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Para a família de blocos 15x30, temos apenas um bloco especial para amarrações em T:
bloco 14x44, sendo que para as amarrações em L o próprio bloco inteiro é utilizado.
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Embora não recomendada, visto que não permite a consideração da interação entre
paredes para cargas verticais (a menos que exista comprovação experimental de sua eficiência),
caso o projetista opte por utilizar, recomenda-se tomar as seguintes medidas:
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5. Paredes
A numeração das paredes foi elaborada de acordo com o que é observado na prática de
projeto de diversos escritórios de cálculo estrutural, e também para fácil visualização e localização
da parede na planta. Tais paredes são numeradas de maneira crescente, nos sentidos de cima para
baixo e da direita para a esquerda.Encontra-se representado na Figuras 5.1 a numeração das
paredes deste projeto e na Figura 5.2 as elevações de parede.
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6. Normas de referência
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7. Lajes
As principais cargas atuantes em lajes de edifícios residenciais podem ser divididas em dois
grupos, permanentes e acidentais. Além de transmitir os carregamentos verticais de ocupação do
pavimento, as lajes também podem atuar como um diafragma rígido, enrijecendo o edifício e
contribuindo na estabilidade da edificação. A Figura 7.1 ilustra o esquema estático das duas lajes
presentes no pavimento tipo,enquanto na Figura 7.2 são representadas as áreas de influência de
cada laje.
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Peso próprio :
Revestimento :
Carga permanente: ( )
Carga total:
onde:
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onde:
Ri , reação de apoio;
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Para edificações de mais de dois pavimentos não se admite parede estrutural com
espessura efetiva inferior a 14 cm. A espessura efetiva te de uma parede sem enrijecedores será a
sua espessura t, não sendo considerados os revestimentos.
No caso de paredes com enrijecedores a espessura efetiva deve ser calculada de acordo
com a expressão:
onde
Neste projeto não se faz uso de enrijecedores sendo que os blocos de concreto são da
Família 15x40.
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A altura efetiva de parede em cada uma das duas direções pode ser considerado igual:
a) A altura do pé-direito descontando a espessura das lajes, caso ocorram travamentos que
restrinjam os movimentos horizontais ou as rotações das suas extremidades na direção
considerada, ilustrado na Figura 9.1-a;
b) ao dobro da altura, se uma extremidade for livre e se houver travamento que restrinja o
deslocamento horizontal e a rotação na outra extremidade na direção considerada,
ilustrado na Figura 9.1-b.
Neste projeto as paredes de alvenaria são limitadas por lajes maciças, pertencendo todas
ao caso a, com altura efetiva .
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O índice de esbeltez é a razão entre a altura efetiva e a espessura efetiva, sendo que esta
razão nos serve de parâmetro para definir se o edifício será dimensionado utilizando critérios de
alvenaria armada ou não armada conforme a Tabela 10. Além disto o índice de esbeltez também é
utilizado com um parâmetro redutor no dimensionamento à flexo-compressão da alvenaria
estrutural.
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onde:
onde:
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i. Dados da parede 1
Comprimento: ;
Altura: ;
Espessura da parede: ;
Espessura do bloco: ;
Graute: ;
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Comprimento: ;
Altura: .
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Carregamento permanente:
Carregamento acidental:
Carregamento total:
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onde
Os demais resultados da carga de parede isolada estão apresentados na Tabela 12.3 a 12.5,
enquanto os resultados de resistência se encontram na Tabela 12.6. Todos estes resultados de
carga e resistência são relativos ao pavimento térreo.
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A Figura 13.3 busca ilustrar como ocorre a distribuição de carga nos trechos de
abertura.
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v. Graute
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Os resultados destes cálculos nos demais grupos de parede se encontram nas Tabelas 13.2
à 13.4, onde se observa as cargas verticais permanente, acidental e total respectivamente.
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A tensão normal de compressão simples nos grupos de paredes pode ser encontrada da
seguinte forma:
onde:
substituindo,
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Analisando os resultados obtidos utilizando grupo de paredes foi possível notar que a
distribuição de cargas foi mais homogênea, uma vez que foi considerada a interação em canto e
bordas. Comparando os resultados, observa-se que a compressão do prisma variava de 0,1128 a
0,275 kN/cm² no método de paredes isoladas, sendo que considerando grupos de paredes a
variação é de 0,1567 a 0,2291 kN/cm².
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14. Desaprumo
Neste exemplo que esta sendo desenvolvido, a altura total da edificação é 11,60m. Sendo
assim, o ângulo de desaprumo pode ser calculado.
O ângulo de desaprumo calculado é maior que o limite, portanto adota-se como ângulo de
desaprumo o valor limite.
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Por meio do ângulo de desaprumo é possível calcular uma força horizontal equivalente, a
ser aplicada ao nível de cada pavimento, através da expressão abaixo. Se encontra resumido na
Tabela 14.1 a força horizontal equivalente de desaprumo em cada pavimento.
Em que,
, força horizontal equivalente ao desaprumo;
, peso total característico do pavimento a ser considerado.
Essas forças horizontais equivalentes ao desaprumo na Figura 14.2 ,podem ser somadas as
forças devido à ação do vento na estrutura, caracterizando uma carga acidental total na direção
horizontal, agindo no edifício. Neste item não serão somadas as forças horizontais para que, no
capítulo 19, sejam feitas as combinações de esforços separadamente.
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No Brasil, as ações horizontais que devem ser consideradas são a ação dos ventos e o
desaprumo. Eventualmente podem ocorrer empuxos desequilibrados do solo. Em caso de áreas
sujeitas a abalos sísmicos, a sua consideração também é indispensável.
Para consideração da ação do vento, deve-se utilizar a NBR 6123 - Forças Devidas ao Vento
em Edificações. Dessa forma, obtêm-se forças, ao nível de cada pavimento, que posteriormente
serão distribuídas pelos painéis de contraventamento segundo os procedimentos mostrados em
itens subsequentes.(CORREIA)
Seguindo com o exemplo do edifício, serão considerado 4 casos de vento apresentados na
Figura 15.1, e até chegarmos ao dimensionamento do bloco iremos considerar as etapas abaixo.
a. Cálculo dos coeficientes de arrasto da edificação;
b. Obtenção dos dados de vento que incide sobre estrutura;
c. Força horizontal provocada pelo vento incidente;
d. Distribuição desta força horizontal por grupo de paredes
e. Momento solicitante nos grupos de paredes
f. Verificação da combinação de esforços devido à flexo-compressão
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Altura do edifício ;
Altura dos pavimentos ;
Comprimentos: na direção ; na direção ;
Área de influência da ação do vento nos pavimentos tipo e cobertura.
Onde,
Ainfl,tipo , área de influência de vento no pavimento tipo;
Ainfl,cob , área de influência de vento no pavimento cobertura;
hpav , altura do pavimento;
Lpav , largura do pavimento.
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Ca = 1,35
Vento 0⁰:
Ca = 1,00
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(a)
(b)
Figura 16.3: Dimensão das subestruturas: (a) vento 90⁰; (b) vento 0⁰.
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onde:
i é a subestrutura resistente.
onde:
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O momento fletor característico Mk gerado pela ação do vento, provoca tensões normais na
base da estrutura que devem ser verificados quanto à compressão e tração limite.
i. Dados da seção
Inércia :
Comprimento de tração :
Comprimento de compressão :
Tensão mínima:
Tensão máxima:
i. Dados da seção
Inércia :
Comprimento de tração :
Comprimento de compressão :
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Tensão mínima:
Tensão máxima:
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19. Dimensionamento
onde:
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Substituindo, então:
Simplificando:
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onde:
Substituindo, então:
Neste caso, adotando-se uma argamassa com resistência média à compressão na faixa
entre 3,5 e 7,0 MPa, o limite de ftk não é excedido, conforme podemos notar na Tabela 19.2.1 .
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Podemos notar que na maioria dos trechos de parede a resistência necessária do bloco
estrutural fbk é menor que 4,0 MPa. Em alguns trechos, porém, esse valor é excedido chegando ao
máximo de 5,31 MPa na subestrutura S4 para caso de vento 0⁰.
Um bloco de alvenaria estrutural dobra sua resistência à compressão quando é grauteado.
Se adotarmos blocos com resistência 4,0 MPa no pavimento, será necessário grautear os trechos
com tensão normal superior a resistência do bloco.
Neste item é apresentado o procedimento para cálculo dos pontos de graute na
subestrutura S2, para os casos de vento 0⁰ e 180⁰.
Como foi adotado blocos de alvenaria estrutural com resistência 4,0 MPa, iremos calcular a
resistência limite do prisma referente ao bloco utilizado.
Desta forma, os trecho com tensão de prisma maiores que 0,32 kN/cm² devem ser
grauteados.
b. Tensões atuantes
As tensões atuantes na subestrutura são obtidas através das duas combinações devido à
flexo-compressão apresentadas no item 19.1. Para cada combinação será elaborado um
diagrama de tensão como o ilustradas na Figura 19.3.1, de forma que possamos comparar os
comprimentos onde o fpk,lim foi excedido. Em razão da segurança iremos sempre adotar no
dimensionamento o diagrama de tensão que resulte em maior comprimento de fpk,lim excedido.
i.
ii.
Onde:
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Simplificando,
i.
ii.
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Combinação i.
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Trecho grauteado y1 .
Combinação ii.
No caso da combinação ii, o valor da compressão máxima não excede o limite do prisma,
sendo .
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Figura 19.3.3: Ponto necessário de graute devido à compressão máxima para vento 0⁰.
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A hipótese acima descrita proporciona taxas de armaduras maiores do que as que seriam
necessárias caso não houvesse limitação na tensão do aço. Em outras palavras pode-se entender
que essa limitação propicia momentos resistentes de cálculo consideravelmente inferiores aos
realmente existentes. Pode-se ainda entender essa limitação como uma camada extra de segurança
no dimensionamento à flexão. Como a quantidade de vigas em alvenaria é limitada, o consumo de
aço quando se pensa no universo de obras nacionais é também limitado, portanto essa precaução
não tem impacto do ponto de vista da economia. É possível que, em normas futuras, o limite
imposto seja eliminado.
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b) Tensões atuantes
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A distância x da linha neutra até a borda tracionada pode ser encontrada por uma
simples relação entre triângulos representados na Figura 19.4.2.
d) Resultante de tração
Na alma:
Força resultante:
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Na aba:
Tensão de referência:
Tensão média:
Força resultante:
Resultante de tração:
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Onde:
Logo,
f) Armadura mínima
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Tabela 19.4.2: Dimensionamento dos trechos com armadura - Caso de vento 180⁰
Tabela 19.4.3: Dimensionamento dos trechos com armadura - Caso de vento 90⁰
Tabela 19.4.4: Dimensionamento dos trechos com armadura - Caso de vento 270⁰
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Além dos pontos de graute para aumentar a resistência a compressão da alvenaria, foram
adicionados outros pontos para serem colocadas as armaduras de tração conforme podemos ver na
Figura 19.4.4 . As barras de aço utilizadas possuem todas diâmetro de 10 mm e estão dispostas uma
barra por furo no bloco.
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Armadura vertical
Paredes e vigas
(armadura principal)
(armadura secundária)
Pode-se dispensar armadura secundária em paredes de contraventamento
calculadas como alvenaria não armada;
Recomenda-se calcular a armadura mínima considerando-se apenas a alma da
parede de contraventamento;
Pilares
(armadura principal);
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Na junta de assentamento
;
Armadura transversal
(válido para casos onde há necessidade de estribos).
Deve-se respeitar a armadura máxima de 8% da área da seção a ser grauteada (área do
graute envolvendo a armadura, não contando a área do bloco), incluindo regiões de traspasse.
Deve-se respeitar os diâmetros de armadura máximos:
Armadura na junta de assentamento: 6,3 mm.
Demais casos: 25 mm.
Limite de espaçamento entre as barras
Diâmetro do agregado mais 5 mm;
1,5 vezes o diâmetro da armadura;
20 mm
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20. Cisalhamento
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vi. Verificação
onde
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21. Verga
Neste tópico será dimensionado a verga sobre a janela esquerda da parede 01 do exemplo.
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Dados
Vão efetivo ;
; ;
Carregamento atuante
Reação de laje:
Peso do graute
Carregamento total
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Momento fletor
Resistência do prisma
Resistência da parede
Seção balanceada
Verificação
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a) Cálculo da armadura:
Altura da Linha Neutra
Braço de alavanca
Armadura calculada
Armadura mínima
Armadura adotada:
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Dados:
Vão efetivo = ;
; ;
Carregamento total
onde
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Verificação
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Os valores das propriedades elásticas da alvenaria podem ser adotados de acordo com a
Tabela 23.1.
A carga vertical do grupo de paredes é o valor obtido no item 13, e desconsidera os novos
pontos de graute calculados pois sua carga não afeta significativamente o peso da estrutura.
Cada subestrutura de contraventamento recebe uma parcela da carga vertical do grupo de
paredes, que é calculada por meio de uma razão entre as áreas da subestrutura e o grupo de
paredes. As áreas de cada subestrutura estão indicadas nas Figuras 23.2.1 e 23.2.2, e os resultados
do cálculo das cargas verticais estão apresentados nas Tabela 23.2.1 e 23.2.2.
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23.4 Resultados
O coeficiente é de grande importância para a análise dos efeitos globais de 2a ordem em
edifícios com mais de 4 pavimentos. Este coeficiente relaciona os momentos de primeira ordem
devido a ação do vento com o provocado pelas cargas verticais, através da seguinte equação:
onde
é o momento de tombamento, ou seja, a soma dos momentos de todas as
forças horizontais da combinação considerada, com seus valores de cálculo, em relação à
base da estrutura.
Podemos notar nas Tabelas 23.4.1 e 23.4.2 os valores baixos do parâmetro gama z,
característica da alvenaria estrutural em que a estrutura apresenta elevados valores de rigidez.
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