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oi che entrate! | "Aquele que vai contra o dia não pode temer a noite." – Euvgeny Golovin | Página 2
“…Le guerre sono vinte da coloro che hanno saputo attrarre dai cieli le forze misteriose del mondo invisibile e assicurarsi il
concorso di queste forze. Queste forze misteriose sono già spiriti dei morti, già spiriti dei nostri antenati, i quali sono stati
anche loro, un tempo, legati alla nostra terra, alle nostre zolle e sono morti in difesa di questa terra, rimanendo ancor oggi
legati ad essa dal ricordo della loro vita quaggiù e per tramite nostro, loro figli, nipoti e pronipoti. Ma più in alto degli spiriti
dei morti sta Dio. Queste forze, una volta attratte, fanno pendere la bilancia dalla tua parte, ti difendono, ti infondono
coraggio, volontà e tutti gli elementi necessari alla vittoria e fanno sì che tu vinca. Gettano il panico e il terrore fra i nemici,
paralizzano la loro attività. In ultima analisi, le vittorie non dipendono dalla preparazione materiale, dalle forze materiali dei
belligeranti, ma dal loro potere di assicurarsi il concorso delle potenze spirituali. In questo modo si spiegano, nella nostra
storia, le vittorie miracolose di alcune potenze assolutamente inferiori dal punto di vista materiale…” – Cornelio Codreanu
Creio ser necessário estabelecer, durante este tópico, as diferenças, intenções e conceitos dos chamados movimentos
revolucionários e contra-revolucionários.
Dantes, é necessário esclarecer alguns aspectos da mentalidade contra-revolucionária, bem como suas vertentes. A mais
ditosa, a Contra-Revolução idealizada pelos pensadores católicos ultra-conservadores, como a TFP e movimentos contra a
Nova Missa e o Vaticano II, tem como base não só a luta contra a revolução esquerdista, mas também contra a própria
revolução liberal.
Católicos como o Prof. Dr. Orlando Fedeli colocam, repletos de razão, capitalismo e comunismo como faces diferentes da
mesma moeda. Assim, essa contra-revolução é uma tentativa de voltar a ínclitos tempos do passado, quando o homem era
guiado por valorosos ideais espirituais, quando não havia qualquer influência dessa nefanda concepção individualista do
homem que surgiu durante o protestantismo. Portanto, é patético notar em alguns simpatizantes e até membros da TFP um
apreço pueril aos EUA e ao próprio capitalismo, já que na obra “Revolução e Contra-Revolução” do Sr. Dr. Plínio podemos
perceber um caminho completamente oposto, que é o caminho da valente e heróica luta contra a modernidade e todas suas
vertentes, uma verdadeira revolta contra as bases do mundo moderno que foram constituídas pelo Protestantismo. A tese
defendida pelo Sr. Dr. Plínio nesta obra, uma das poucas que adotamos gostosamente, postula que o Protestantismo é o pai
das revoluções liberais seguintes, que por fim desaguaram no comunismo. Outrossim, é a contra-revolução nos dias de
hoje a própria revolução em seu sentido literal, é a volta a um estado de coisas superior, através do heroísmo e de um
fatalismo místico e milenarista, que também vemos com bons olhos.
Olavo e limitados da mesma laia defendem que a mentalidade revolucionária é algo que deve ser banido, pois é responsável
pelas maiores desgraças e matanças de toda a história da humanidade.
Se, considerada em si mesmo e nos valores que defende, a mentalidade contra-revolucionária deve ser chamada
propriamente “conservadora”, é evidente que, do ponto de vista das suas relações com o inimigo, ela é estritamente
“reacionária”. Ser reacionário é reagir da maneira mais intransigente e hostil à ambição diabólica de mandar no mundo.”
– A Mentalidade Revolucionária, Olavo de Carvalho
Pois muito bem, eis que partindo dessas assertivas olavianas chegamos às seguintes conclusões:
1)- a mentalidade revolucionária deseja intervir a todo custo nos cursos da sociedade, em nome de seu tal “futuro
hipoético”.
2)- a mentalidade revolucionária reveste-se de autoridade com base nesse futuro hipotético.
3)- mas no fim, o que move tudo isso é apenas a ambição diabólica de mandar no mundo.
Notamos que este pensamento carece de qualquer fundamento Tradicional, e está baseado em concepções com base no
Protestantismo e seu filho preferido, o neoconservadorismo americano.
Embora neoconservadores neguem o intento de criar um novo homem, tal hipocrisia cai por terra ao notarmos que, na
prática, buscam totalmente o contrário. Pois, o que é mais revolucionário que invadir países estrangeiros em nome de uma
suposta libertação do povo, em nome da criação de regimes “democráticos”? Não é isso a busca por um novo homem? O
insígne René Guénon, num tom que continua ainda mais atualizado nos dias de hoje, escreveu e profetizou:
“Incontestavelmente, o Ocidente está invadindo tudo; sua ação exerceu-se em primeiro lugar no domínio material, o que
estava imediatamente ao seu alcance, seja pela conquista violenta, seja pelo comércio e o açambarcamento dos recursos de
todos os povos. Mas as coisas agora vão ainda mais longe. Os ocidentais sempre animados por esta necessidade de
proselitismo que lhes é tão peculiar, conseguiram até certo ponto espalhar entre outros, seu espírito anti-tradicional e
materialista; e quando a primeira forma de invasão não atingia, em suma, senão os corpos, esta envenena as inteligências e
mata a espiritualidade. Aliás, uma preparou a outra e a tornou possível, de maneira que não é em definitivo senão pela
força bruta que o Ocidente chegou a impor-se por toda a parte, e não podia ser de outra forma, pois é nisso que assenta a
única superioridade real de sua civilização, tão inferior sob qualquer outro ponto de vista.
A invasão ocidental é a invasão do materialismo sob todas as suas formas, e talvez não passe disso; todos os disfarces mais
ou menos hipócritas, todos os pretextos “moralistas”, todas as declamações “humanitárias”, todas as habilidades de uma
propaganda que sabe, na ocasião, tornar-se insinuante, para melhor atingir seu fim de destruição, tudo isso nada pode
contra esta verdade, que não poderia ser contestada senão por ingênuos, ou por aqueles que têm qualquer interesse nesta
obra verdadeiramente “satânica”, no sentido mais rigoroso da palavra.”
[…]
“Assim, quando a resistência a uma invasão estrangeira é feita por um povo ocidental, chama-se “patriotismo” e é ela digna
de todos os elogios; quando porém, o é por um povo orientai, chama-se “fanatismo”, ou “xenofobia” e já não merece agora
senão o ódio e o desprezo. Demais, não é em nome do “Direito”, da “Liberdade”, da “Justiça” e da “Civilização” que os
europeus pretendem sempre impor a sua dominação, e impedir a qualquer outro homem que êle viva e pense de um modo
diferente do seu? Convir-se-á que o “moralismo” é realmente uma coisa admirável, a não ser que se prefira concluir muito
simplesmente, como nós mesmos que, salvo algumas exceções tanto mais honrosas quanto mais raras, já não há mais, por
assim dizer, no Ocidente, senão duas espécies de pessoas, bem pouco interessantes tanto uma como outra: os ingênuos,
que se deixam levar pelas belas palavras e que crêem em sua “missão civilizadora”, inconscientes como são da barbarie
materialista em que estão mergulhados, e os hábeis, que exploram este estado de espírito para a satisfação de seus
instintos de violência e de cupidez. Em todo o caso, o que há de certo é que os orientais não ameaçam a ninguém, nem
cogitam tampouco de invadir o Ocidente de um modo ou doutro.” – “A Crise do Mundo Moderno”
Notamos tal pernicioso pensamento em ditos “católicos” neocons, como Dinesh D’Souza, sujeito que se diz católico, mas na
prática e nas idéiais, é um protestante furreca. Notem que neocons reduzem o papel da religião ao moralismo, não é mais
função da religião criar um novo homem, estabelecer uma ordem com fundamentos metafísicos; a função da religião é dar
uma vida boa e garantir direitos individuais tão louvados pelo Ocidente.
Percebe-se tal pensamento materialista e destruidor de qualquer base Tradicional em qualquer artigo neocon sobre o
assunto, como por exemplo:
https://lasciateognisperanza.wordpress.com/page/2/ 2/4
5/4/2018 lasciate ogni speranza voi che entrate! | "Aquele que vai contra o dia não pode temer a noite." – Euvgeny Golovin | Página 2
http://www.americanthinker.com/2008/02/does_shariah_really_promote_hu.html
Embora as críticas ao Islam sejam superficiais e idiotas, a leitura do texto levanta um ponto importante, que merece mais
atenção que as patuscadas de um autor limitado intelectualmente: o que nos chama a atenção é a monstruosa pretensão de
julgar uma Tradição religiosa segundo fundamentos meramente humanos e, para desespero de qualquer neocon,
revolucionários. Pois não foi a revolução iluminista que estabeleceu a primazia da “razão” contra os fundamentos os
religiosos? Não foram os revolucionários secularistas que advogaram o completo abandono da concepção jusnaturalista em
nome de uma direção rumo à vontade do populacho? Dinesh D’Souza, em seu folheto incensado como grande obra “What’s
so great About America?” derrama elogios às liberdades individuais da América, e que, segundo o parvo americano, existem
graças às raízes cristãs da América.
Mas de qual Cristianismo Dinesh trata? Do catolicismo, que ele diz professar? Ou do calvinismo, que instaurou durante sua
era em Genebra um dos regimes que mais atacaram as liberdades individuais? Não, meus caros, Dinesh falava em nome de
uma antiga religião: a adoração ao bezerro de ouro.
A adoração ao bezerro de ouro é o culto a Kaly, à destruição dos fundamentos tradicionais do homem. Ao utilizar o
Cristianismo para defender seu ósculo ao bezerro, Dinesh cria uma nova religião, uma religião que não tem mais papas,
Escrituras ou Tradição para guiar seus caminhos, mas sim os valores criados por… revolucionários!
Vejamos o que diz a Igreja Católica sobre as liberdades tão caras a neocons:
https://lasciateognisperanza.wordpress.com/page/2/ 3/4
5/4/2018 lasciate ogni speranza voi che entrate! | "Aquele que vai contra o dia não pode temer a noite." – Euvgeny Golovin | Página 2
Como, diante disso, manter uma atitude “conservadora” e “contra-revolucionária”? Seria um absurdo diabólico lutar contra
esse bezerro de ouro? Se sim, podemos colocar no saco da mentalidade revolucionária os pandavas, que na batalha de
Kurushetra buscaram a destruição do poder estabelecido.
Vejam que os elementos da tal “mentalidade revolucionária” estava presente na elevada batalha de Arjuna contra os seus, e
o principal: a idéia de que a guerra não é apenas material, é interior, a destruição do inimigo faz parte do próprio dharma
do guerreiro, a luta contra os samskaras, a natureza demoníaca que impede a liberação do homem.
Nos dia de hoje, vemos alinhados no campo da escuridão, como kauravas modernos, todas as doutrinas meramente
políticas, sejam elas de índole conservadora ou revolucionária, mas que no fim visam apenas a pobreza do espírito, a
supremacia da razão sobre esse despertar, essa liberação.
De outro lado, vemos alinhados os pandavas, homens que lutam pela verdadeira libertação e pela verdadeira volta ao
estado original, buscam a criação desse novo homem transcendente e liberto de toda ilusão, de todos anseios transitórios e
terrenos, conforme profetiza Alexander Dugin:
“The materialistic, atheistic, antisacral, technocratic, atlantist variant of the End is turned into a different epilogue — the
final Victory of the sacred Avatar, the coming of the Terrible Destiny, giving those who chose voluntary poverty a reign of
spiritual abundance, and to those who preferred wealth founded on assassination of Spirit, eternal damnation and torments
in hell.”
Estamos em outra batalha de Kurushetra. Kurushetra significa “campo de ação”. Nos resta agora decidir em qual lado
combateremos.
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