Os trabalhadores da Estrat�gia de Sa�de da Fam�lia
(ESF) vivenciam em seu cotidiano de trabalho diferentes
e complexas demandas f�sicas e ps�quicas, pois, nessa modalidade de aten��o, os membros das equipes da ESF est�o em contato di�rio com a realidade da comunidade, que � carente em m�ltiplos aspectos, o que pode afet�- los, tanto f�sica como emocionalmente. Por trabalharem inseridos na comunidade e serem refer�ncia de aten��o � sa�de da popula��o residente em sua �rea de abrang�ncia, os trabalhadores da ESF precisam assumir in�meras e diversificadas atribui��es. O trabalho nas Unidades de Sa�de P�blica � desenvolvido em um ambiente com v�rios fatores de risco ocupacional, que podem gerar danos � sa�de dos trabalhadores e afetar a qualidade da assist�ncia prestada. Neste trabalho, busca-se refletir sobre o estresse laboral dos trabalhadores das equipes da ESF, que devem ser considerados, como importantes atores na constru��o da aten��o b�sica no Brasil. Esses sujeitos protagonizam uma estrat�gia de sa�de, que visa a promover mudan�as no modelo assistencial em sa�de coletiva, o que por si s� representa um desafio, bem como desenvolvem, entre diversas atividades, a��es educativas em domic�lios ou com coletividades e, desse modo, est�o expostos a diferentes ambientes e situa��es com potencial estressor. Na S�ndrome de Burnout,s�o comuns sintomas defensivos, como a tend�ncia ao isolamento, sentimento de onipot�ncia, perda de interesse pelo trabalho, absente�smo, �mpetos de abandonar o trabalho, ironia e cinismo. Conforme a frequ�ncia, a intensidade, as caracter�sticas e o tempo de exposi��o �s situa��es estressantes, a avalia��o cognitiva da situa��o estressante agrava-se, os mecanismos de adapta��o esgotam-se, inicia-se a exaust�o ps�quica, f�sica e emocional, caracter�sticas da S�ndrome de Burnout que acomete o grupo de trabalhadores esgotados. Assim, muitos talvez se adaptem, enquanto outros tendem a negar e ocultar de si e dos outros suas decep��es, o mal- estar e dores ps�quicas, ou at� mesmo, f�sicas. Instala-se assim, a �cultura do contentamento�, da sa�de perfeita. Nesse contexto, � proibido revelar sofrimentos, dores e doen�as, e o profissional tende a evitar revel�-los, desta forma, torna-se suscept�vel seu agravamento.