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jusbrasil.com.br
21 de Novembro de 2017
A regra do art. 1º, da Lei 9.613/98 tipifica o crime de lavagem de dinheiro, que pode
ser praticado mediante diversas ações, como por exemplo, ocultar, ou dissimular. Em
sede doutrinária, a complexa dinâmica do branqueamento de capitais é subdividido em
três fases: ocultação, dissimulação e integração dos bens, direitos ou valores à
economia formal.
Segundo parcela da doutrina, a ocultação pode ocorrer de forma mais singela, quando,
por exemplo, o cidadão simplesmente esconde o dinheiro, enterrando-o ou guardando
em fundo falso[3], mas desde que tenha a intenção futura de conferir aparência de
licitude ao ativo. A simples ocultação, sem qualquer finalidade ou intenção posterior de
mascarar a origem do ativo, desconfigura a prática de lavagem de dinheiro na
modalidade "ocultar"[4], ainda que se possa cogitar, na hipótese, da prática de
favorecimento real, conforme sustentado em artigo aqui publicado[5].
[1] GODINHO COSTA, Gerson. O tipo objetivo da lavagem de dinheiro. In: BALTAZAR
JUNIOR, José Paulo; MORO, Sérgio Fernando (Orgs.). Lavagem de dinheiro:
Comentários à lei pelos juízes das varas especializadas em homenagem ao Ministro
Gilson Dipp. Porto Alegre, Livraria do Advogado, 2007. P. 32.
[2] CALLEGARI, André Luis; WEBER, Ariel Barazzetti. Lavagem de Dinheiro. São
Paulo: Atlas, 2014. P. 15.
[5] https://milanezefoltran.jusbrasil.com.br/artigos/425859611/lavagem-de-dinheiro-
ou-favorecimento-real
[8] CALLEGARI, A. L.; WEBER, A. B. Lavagem ... Op. Cit., p. 23; GODINHO COSTA,
G. O tipo... Op. Cit., p. 32.