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Direito Autoral

Ministro Juca Ferreira apresenta


os resultados da Consulta
Pública sobre a revisão da lei
Publicado em http://www.cultura.gov.br/site/2010/09/09/direito-autoral-21/

09 de setembro de 2010

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, concedeu coletiva à imprensa, na manhã


desta quinta-feira, 9 de setembro, em Brasília, para apresentar os resultados da
Consulta Pública realizada pelo Ministério, sobre a modernização da Lei de Direito
Autoral.

Ele apontou a necessidade de transparência no sistema de arrecadação e a


criação de uma unidade administrativa para mediação de conflitos, como sendo as
principais modificações aprovadas pela sociedade civil, durante a Consulta. Foram
destacadas, também, solicitações de aperfeiçoamento nos itens que tratam sobre
o uso das obras intelectuais para fins educacionais e como recurso criativo, além
da necessidade de aprimoramento das propostas da legislação autoral para a área
da rede mundial de computadores.

Ao todo, foram recebidas 8 mil 431 manifestações durante a Consulta Pública,


sendo que 7 mil 863 via Internet e outras 568 por meio de documentos impressos
ou emails. Deste montante, 58% foram de contribuições para o aperfeiçoamento
do texto e 42% apenas de posicionamentos sobre dispositivos apresentados no
anteprojeto, sem propostas concretas.
Também foram detectadas repetições de centenas de participações com um
mesmo padrão de conteúdo, a partir de poucos endereços IP. “Essa é uma
situação que o ambiente virtual permite e que nós identificamos
como spans, dentro do processo de avaliação dos resultados”, comentou o
ministro.

Juca Ferreira disse que a equipe técnica do Ministério da Cultura continuará


fazendo a análise das contribuições, com vistas à produção de um relatório
técnico, que deverá passar por avaliações dentro do governo, antes de ser
encaminhado ao Congresso Nacional, ainda este ano.

Enfatizou, ainda, a necessidade de harmonização do direito do autor com o


crescimento do acesso do público às obras, como sendo condição fundamental ao
desenvolvimento de uma economia da Cultura no País e à consequente melhora
na remuneração dos criadores.

“A primeira pesquisa feita com a nova classe média que está surgindo no Brasil
(cerca de 30 milhões de indivíduos), aponta o desejo destas pessoas de terem um
lazer de melhor qualidade”, comentou. “Este é um combustível importante para o
consumo dos bens culturais e para a inclusão da boa parte da população
brasileira”, complementou.

Segundo o ministro, a atual legislação traz algumas ilegitimidades que precisam


ser superadas, tais como a regulamentação das cópias de material didático e
dos downloads da Web, sob pena do País ter que passar os próximos anos
correndo atrás de alunos que fazem cópias de livros ou de jovens que baixam
músicas na Internet.

Novo edital
Acompanharam o ministro Juca Ferreira na coletiva, o diretor de Direitos
Intelectuais do MinC, Marcos Alves de Souza, e o secretário de Políticas Culturais
(SPC/MinC), José Luiz Herencia. Respondendo a uma pergunta da imprensa
sobre cópia reprográfica, Marcos disse que as empresas operadoras das
máquinas de reprodução têm obrigação de remunerar os titulares das obras e que
estes devem se organizar em associações coletivas de gestão dos direitos
autorais, para fiscalizarem o processo.

O secretário José Luiz Herencia afirmou que o MinC está em processo final de
elaboração de um edital de fortalecimento da gestão coletiva. O apoio será dado
tanto na forma de informações técnicas como na destinação de recursos para a
formação destas entidades, principalmente para segmentos de criadores que
ainda não estão organizados.

balanco coletiva
(http://www.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2010/09/balanco_coletiva1.pdf)

(Texto: Patrícia Saldanha)


(Fotos: Pedro França)
(Comunicação Social/MinC)

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