You are on page 1of 92

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

SETOR DE EDUCAÇÃO
COORDENADORIA DE INTEGRAÇÃO DE POLÍTICAS
DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CURSO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA


DIVERSIDADE

Módulo I – Ferramenta Moodle e


Conceitual EaD

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: A DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO


BRASILEIRA

Autor: Prof. João Mendes


Contatos
UFPR - SETOR DE EDUCAÇÃO
Rua General Carneiro, 460, 2º andar CEP 80.060-150 Curitiba, PR
Fone/Fax : (41) 3360-5141 3360-5139
Home – Page: www.educacao.ufpr.br e-mail: secad.EII@ufpr.br
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Luiz Inácio Lula da Silva

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Fernando Haddad

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL


Diretor
Celso José da Costa

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Reitor
Zaki Akel Sobrinho

Vice-Reitor
Rogério Andrade Mulinari

Pró-Reitora de Graduação – PROGRAD


Maria Amélia Sabbag Zainko

Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação – PRPPG


Sérgio Scheer

Pró-Reitora de Extensão e Cultura – PROEC


Elenice Maria Matos Novak

Pró-Reitora de Gestão de Pessoas – PROGEPE


Laryssa Martins Born

Pró-Reitor de Administração - PRA


Paulo Roberto Rocha Krüger

Pró-Reitora de Planejamento, Orçamento e Finanças – PROPLAN


Lucia Regina Assumpção Montanhini

Pró-Reitora de Assuntos Estudantis – PRAE


Rita de Cássia Lopes
UFPR - SETOR DE EDUCAÇÃO

Diretora
Ettiene Cordeiro Guerios

Vice-Diretora
Clara Brener Mindal

Coordenadores do Curso de Aperfeiçoamento Educação de


Jovens e Adultos na Diversidade
Américo Agostinho R. Walger
Tânia Stoltz

Revisão
Claudia Cabral de Oliveira

Conselho Editorial
Américo Agostinho R. Walger; Ana Maria Soek; Rosineide Cirino Batista;
Sonia Maria Chaves Haracemiv; Tânia Stoltz

Coordenadoria de Integração de Políticas de


Educação a Distância – CIPEAD – UFPR E UAB
Marineli Joaquim Méier

Coordenadora Adjunta UAB


Gláucia Brito

Coordenadora de Recursos Tecnológicos


Sandramara Scandelari Kusano de Paula Soares

Equipe CIPEAD
André F. Silva, Angélica Juliani, Carlos A. Roballo, Gerson Santos, Fernanda Rios,
José Eduardo K. Ribeiro, Julia Abdul-Hak, Luiza N. B. Silva, Marcos Nascimento Jr,
Maria Elvira M. Santos, Melissa R. Formigoni, Silvia S. Reich, Vanessa R. Belão.

Produção de Material Didático


Rosangela Luiz da Silva, Inês Azevedo

Design Gráfico e Diagramação


Eduardo Tieppo; Leandro Henrique Stein; Michelly Alves Coutinho Gehlen

Mendes, João
Ferramenta Moodle e conceitual EAD / João Mendes, Sandramara
Scandelari Kusano de Paula Soares; Universidade Federal do Paraná,
Setor de Educação, Coordenadoria de Integração de Políticas de
Educação à Distância. - Curitiba : UFPR / CIPEAD, 2009.
93p. : il. algumas color.

ISBN 9788589799171
“Curso de Educação de Jovens e Adultos na Diversidade: Módulo I”
Inclui referências

1. Ensino à distância. I. Soares, Sandramara Scandelari Kusano de


Paula. II. Universidade Federal do Paraná. Setor de Educação.
Coordenadoria de Integração de Políticas de Educação à Distância. III.
Curso de Educação de Jovens e Adultos na Diversidade. IV. Título.

CDD 371.35
APRESENTAÇÃO

Ao longo da história, as inovações tecnológicas vêm


provocando transformações nas características da sociedade no âmbito
social, cultural, político, econômico, filosófico e institucional. Assim,
configura-se hoje, a chamada sociedade da informação 1 .
Essas características impõem como condição para a inserção
do indivíduo na vida política e produtiva, a necessidade de formação. A
educação se apresenta como uma “chave” indispensável para o
exercício da cidadania e vai se impondo cada vez mais devido a
inserção de novas tecnologias e às inovações aplicadas aos processos
produtivos. No entanto, de acordo com Soares (2002, p. 40), condições
sociais adversas e as consequências de inadequados fatores
administrativos de planejamentos e dimensões qualitativas internas à
escolarização, deixaram, e continuam a deixar adolescentes, jovens e
adultos sem a escolaridade obrigatória completa.
E, num mercado de trabalho em que a exigência do Ensino
Médio vai se impondo, a busca por jovens e adultos pela escolarização é
uma verdadeira corrida contra um tempo. Assim, é dever da sociedade
e do estado prover oportunidades de formação continuada para
oportunizar ao indivíduo o desenvolvimento de suas competências como
trabalhador e cidadão capaz de viver na sociedade de incertezas do
século XXI (SOARES, 2002, p. 40).
Nesse contexto, a Educação a Distância – EaD, se apresenta
como uma alternativa de atender a demanda de escolarização desses
jovens e adultos que, por vários motivos, encontram dificuldades em
frequentar a escola convencional.

1
Esse termo se refere às características da sociedade contemporânea em que a informação é de
significativa importância para o desenvolvimento das atividades humanas, utilizando uma diversidade
de recursos para obtenção, análise e processamento de informações.
Analisando as contribuições da EaD para a EJA, abordaremos
nesse material os principais conceitos relacionados a essa modalidade
de educação, destacando seus desafios, suas evolução e história e seus
componentes.
Para cada tema propomos reflexões e atividades
complementares, que serão realizadas em grupos ou individualmente,
de pesquisa e ação que poderão ser complementadas com as sugestões
de leitura.
As discussões aqui iniciadas não se encerram nesse módulo,
mas sim permearão todo o curso articulando temáticas, confrontando
diferentes modos de pensar e relacionar-se que se mostram no trabalho
com os processos educacionais da EaD.

Bom estudo!

Prof. João Mendes


PLANO DE ENSINO

1. DISCIPLINA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: A DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

2. CÓDIGO
EJA-01

3. CARGA HORÁRIA TOTAL


20 horas
3.1 Carga horária presencial: 4 horas
3.2 Carga horária a distância: 16 horas

4. EMENTA
Ambientação na Plataforma MOODLE. Fundamentos, definições, componentes
do processo educacional em EaD, evolução histórica da EaD, a relação entre
diversidade e EaD, as contribuições da EaD para a EJA.

5. OBJETIVOS

5.1. OBJETIVO GERAL


Possibilitar a compreensão histórica e crítica dos fundamentos e concepções
teórico-metodológicas da modalidade de EaD, destacando suas características,
elementos constituintes, políticas e contribuições para a Educação de Jovens e
Adultos.

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


 Analisar as concepções teórico-metodológicas e os meios utilizados na
EaD em diferentes contextos históricos.
 Identificar as possibilidades e os limites dos recursos tecnológicos
aplicados a EaD no contexto da EJA.
 Caracterizar os componentes dos processos de ensino e aprendizagem
em EaD.
 Discutir as principais contribuições da EaD para os processos
educacionais da EJA.
6. PROGRAMA
1 CONCEPÇÕES E POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
1.1 Concepções de Educação a Distância
1.2 Breve histórico da EaD no Brasil
1.3 A EaD Hoje
1.4 EaD como resposta à Diversidade

2 A CONTRIBUIÇÃO DA EAD PARA A EJA


2.1 Os componentes da EAD no contexto da EJA
2.2 O aluno em EaD
2.3 Os recursos tecnológicos em EaD
2.4 O professor em EaD
2.5 Tecnologias de Informação e Comunicação

7. METODOLOGIA DE TRABALHO
No desenvolvimento de cada tópico você será solicitado a refletir sobre a
temática, por meio de algumas questões chaves colocadas num quadro como o
exemplo a seguir:

Para você, quais as contribuições da EaD para


Educação de Jovens e Adultos?

Para tanto, será necessário que você converse com seus colegas de turma,
tutor, amigos, familiares e anote considerações em seu caderno ou, se preferir,
insira-se no mundo da informática utilizando um editor de texto. Após nossos
trabalhos, retome suas anotações, faça as correções que achar necessário e
dialogue com seus colegas sobre o assunto.
Você também será solicitado a utilizar as ferramentas do ambiente de
aprendizagem virtual – Moodle: fórum, chat para realizar as atividades
sugeridas e para dialogarmos. Criamos também atividades para você resolver
nos momentos presenciais junto com o tutor do seu polo.
SUMÁRIO

1. CONCEPÇÕES E POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA... 14


1.1 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ..................................... 16
1.2 BREVE HISTÓRICO DA EAD NO BRASIL ........................................... 18
1.3 A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA HOJE ................................................... 30
1.4 EAD COMO RESPOSTA À DIVERSIDADE ........................................... 36

2. A CONTRIBUIÇÃO DA EAD PARA A EJA .............................. 42


2.1 OS COMPONENTES DA EAD NO CONTEXTO DA EJA ........................... 44
2.2 O ALUNO EM EAD......................................................................... 44
2.3 OS RECURSOS TECNOLÓGICOS EM EAD.......................................... 47
2.4 O PROFESSOR EM EAD ................................................................. 56
2.5 TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO ........................... 60

3. TUTORIAL MOODLE – VISÃO DO ALUNO ............................ 62


3.1 APRESENTAÇÃO........................................................................... 64
3.2 COMO ACESSAR O MOODLE DA CIPEAD/UFPR .................................. 66
3.3 COMO ACESSAR O CURSO............................................................. 67
3.4 MODIFICAR PERFIL E SENHA ......................................................... 68
3.5 ENVIAR MENSAGENS .................................................................... 71
3.6 FÓRUM ....................................................................................... 74
3.7 ENVIAR TAREFA ........................................................................... 78
3.8 PARTICIPAR DO CHAT................................................................... 80
3.9 DIÁRIO DE BORDO....................................................................... 83
3.10 GLOSSÁRIO............................................................................... 85
3.11 ESCOLHA .................................................................................. 87
3.12 LIÇÃO....................................................................................... 89
3.13 PESQUISA DE AVALIAÇÃO ........................................................... 90
3.14 QUESTIONÁRIO ......................................................................... 92

REFERÊNCIAS ........................................................................ 94
1.1 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Embora a EaD venha sendo desenvolvida há tempo


significativo, suas discussões ganham em nossos dias, um destaque
maior. Isso devido as suas possibilidades de contribuição para a
democratização da educação e redução das desigualdades sociais ou
pelo atendimento das necessidades de públicos específicos que, por
diversos motivos, encontram dificuldades ou simplesmente optam por
essa modalidade de educação.
Essas discussões apontam principalmente para questões como:
Quais as potencialidades da EaD? Quais suas limitações? Quais os mitos
e equívocos que a envolvem?
Para os propósitos desse material, buscaremos discutir algumas
questões e apresentar alguns conceitos relacionados às contribuições da
EaD para a EJA. Nesse sentido, teremos como ponto de partida a
problemática que envolve a conceituação de EaD, pois dadas às
condições técnicas, políticas e econômicas tal conceito sofreu diversas
transformações ao longo dos anos.
Considerando os vários autores que buscam essa conceituação
apresentamos a seguir as definições de Roca (1998) e Chaves (1999),
por expressarem os pontos principais que envolvem a discussão sobre
tal conceituação:

15
“A EaD define-se como um sistema de formação sem
condicionamento de lugar e com poucos condicionamentos de
tempo e ocupação do estudante. É uma modalidade de
formação com recursos, meios, sistemas de trabalho e de
organização próprios e característicos” (ROCA, 1998).

“A EaD, no sentido fundamental da expressão, é o ensino que


ocorre quando o ensinante e o aprendente estão separados
(no tempo ou no espaço). No sentido que a expressão assume
hoje, enfatiza-se mais a distância no espaço e se propõe que
ela seja contornada por meio do uso de tecnologias de
telecomunicação e de transmissão de dados, voz e imagens
(incluindo dinâmicas, isto é, televisão ou vídeo). Não é preciso
ressaltar que todas essas tecnologias, hoje, convergem para o
computador” (CHAVES, 1999).

O parâmetro comum a essas definições referem-se à distância,


entendida em termos de espaço. Para os propósitos desse material,
além do fator distância apontado nas definições acima, ressaltamos
também como característica marcante da EaD, a sua flexibilidade, a qual
possibilita a jovens e adultos, que estão à margem da educação, o
acesso ao conhecimento e desenvolvimento de suas capacidades.
Nesse sentido, admitimos como desafio: pensar a EaD como
um processo que pode ocorrer em tempos e espaços distintos,
enfocando a diversidade e necessidades específicas. Isso implica em
considerar as possibilidades trazidas pela EaD no processo educacional
de jovens e adultos.

16
Analise alguns cursos oferecidos na modalidade
de EaD. Para isso, acesse os sites abaixo:
http://www.cead.unb.br/
http://www2.abed.org.br/
http://www.unirede.br/
De cada curso, anote os seguintes dados:
* Nome do curso
* Público alvo
* Duração
* Principais ferramentas utilizadas
De posse das informações e com base no texto:
Concepções de Educação a Distância, escreva
com suas palavras, uma definição de EaD.

1.2 BREVE HISTÓRICO DA EAD NO BRASIL

Embora pareça uma novidade recentemente criada, devido aos


novos enfoques que vem recebendo, tais como meios tecnológicos
sofisticados e novas formas de interação, pode-se dizer que a Educação
a Distância – EaD, em sua forma embrionária é conhecida há muito
tempo, mas somente nas últimas décadas do século XX passou a ser
discutida e aplicada aos objetivos pedagógicos (LANDIM, 1997, p. 1). A

17
EaD vem passando, ao longo do tempo, por diversas fases, associadas a
contextos sociais e econômicos.
Nesse sentido, a EaD se apresenta como uma modalidade de
educação que pode atender a necessidade de públicos com dificuldade
de acesso ao ensino presencial, como exemplo, pessoas que residem em
áreas geograficamente distantes ou trabalhadores, que por motivos
diversos, não encontram condições para frequentar estabelecimentos de
ensino.
No Brasil, destaca-se a longa trajetória da EaD marcada por
experiências, dificuldades e sucessos, onde diversos meios foram
empregados, entre eles, o rádio, o material impresso, a televisão, o
vídeo e as “novas” tecnologias de comunicação e informação. A seguir,
sem a intenção de dar a ideia de um determinismo tecnológico,
apresentaremos essas experiências.

Rádio

A primeira transmissão radiofônica que ocorreu no Brasil foi em


7 de setembro de 1922, data em que se comemorava o centenário da
independência do país. Pouco tempo depois se percebeu que esse meio
de comunicação representava uma forma de instrução que desempenha
uma significativa função no meio social e educacional, de difusor de
informações.

18
A educação radiofônica ganhou impulso com a fundação da
Rádio Sociedade, em 1923. Essa rádio foi fundada por uma equipe cujos
componentes faziam parte da Academia Brasileira de Ciências, sendo
seus líderes: Henrique Morize (1860-1930), francês naturalizado
brasileiro e Edgar Roquette Pinto (1884-1954), médico legista, educador
e antropólogo, nascido no Rio de Janeiro. Esse último fundou a primeira
emissora radiofônica sem fins lucrativos com objetivos sociais e
científicos. Em 1936, essa rádio foi doada ao Ministério da Educação e
da Cultura – MEC, que no ano seguinte criou o Serviço de Radiofusão.
O rádio consolidou-se num amplo veículo de EaD na década de
1940 na medida em que a programação abordava problemas regionais e
possibilitava a chegada de informações em comunidades isoladas. Para
Landim (1997, p. 101), esta experiência consistiu na transmissão de

19
programas voltados ao incentivo às discussões sobre aspectos da
política e interesses do país. O rádio representava um meio de
comunicação capaz de chegar “a todos” com baixo custo, linguagem
acessível e de fácil compreensão, pois na primeira metade do século XX,
cerca de 70% da população era analfabeta.
Nessa fase da EaD, o rádio, além de suas funções informativas
culturais e recreativas, podia exercer função educativa se dedicando ao
desenvolvimento comunitário, oferecendo informações e ensino
informal, podendo, de certa forma, preencher a falta do professor
tradicional (LANDIM, 1997, p. 102). Em nossos dias, o rádio se
apresenta como um importante veículo de comunicação com potencial
didático para a EaD, se destacando como meio auditivo e massivo,
comunicando instantaneamente notícias e informações.
Em 1960, uma parceria entre o MEC e a Confederação Nacional
dos Bispos do Brasil – CNBB, deu origem ao Movimento de Educação de
Base – MEB, destacando-se como o maior sistema de Educação
desenvolvido no país até o ano de 1987. Esse sistema atingiu mais de
cinco mil grupos locais, alfabetizando cerca de 500 mil camponeses
entre 1962 e 1964. Devido a sua alta qualidade educacional e
abrangência, esse movimento recebeu em 1968 um prêmio da
Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura
(UNESCO).

20
Material Impresso

A utilização do material impresso na EaD, ganhou impulso com


o Instituto Universal Brasileiro – IUB, em 1941. Esse instituto se destaca
pela formação, por meio de correspondência, de mais de três milhões de
alunos em cursos supletivos e cursos técnicos de rádio, televisão, eletro
técnicos, enfermagem, entre outros, desde sua fundação.
O IUB atendia principalmente a população do interior, pois para
muitas pessoas, devido à situação geográfica ou por ideologias
dominantes em décadas passadas, como exemplo, a de que as mulheres
não deveriam frequentar ambientes escolares, o ensino por
correspondência era a única forma de adquirir conhecimentos. Essa
formação, nessa fase da história do país que foi marcada pela carência
de profissionais, se destacava por sua importante função social,
utilizando o material impresso.

21
De acordo com Landim (1997, p. 86), o material didático impresso, é
considerado a primeira geração de recursos didáticos em EaD,
exercendo um papel essencial na aprendizagem. Ainda segundo essa
autora, em nível mundial, cerca de 80% das atividades dessa
modalidade de ensino estão baseados em material didático impresso ou
nele se fundamentam.

Televisão

Em 1950, por iniciativa de Assis Chateaubriand (1892-1968),


as transmissões televisivas foram disponibilizadas à população
brasileira. Esse paraibano foi o fundador da TV Tupi, o primeiro canal de
televisão do país, cujos primeiros anos de transmissão tiveram caráter
de improvisação e exploravam as possibilidades trazidas por esse meio
de comunicação que transmite, além do som já transmitido pelo rádio,
as imagens em movimento.

22
Embora, como afirma Landim (1997, p. 106), a televisão apresentasse
alguns inconvenientes como: colocar o telespectador em situação
passiva, submetê-lo a horários fixos de emissão, além de não poder
recuperar o que já havia sido emitido, logo se percebeu seu potencial
educacional. A televisão se apresentava como importante ferramenta
para disseminar o conhecimento e, gradativamente, apresentava
significativa influência na vida de milhões de brasileiros.
Na década de 1960, o Governo Federal investiu em políticas de
EaD, com ações sistematizadas para atingir tal objetivo. Em 1967,
tiveram início as atividades da Fundação Padre Anchieta, mantida pelo
governo de São Paulo realizando transmissões por rádio e TV, o que
significava uma contribuição para a diminuição da marginalização
educacional da população, pois oferecia cursos supletivos, treinava
professores e desenvolvia programas de apoio à Educação.
Nesse contexto implantou, além da TV Educativa, a Comissão
de Estudos para Planejamento da Radiodifusão, que iniciou suas
transmissões em 1º de Setembro de 1970. Dois anos depois, implantou
o Programa Nacional de Telecomunicações (Prontel) criando assim, uma
integração didática e educativa do rádio e da TV articulados com a
Política Nacional de Educação.
A partir dessas políticas, o Governo Federal decretou pela
Portaria 408/70, a obrigatoriedade da transmissão gratuita do
programas educativos nas emissoras comerciais de rádio e televisão. Tal
obrigatoriedade se fundamentou na Lei 5.692/71, capítulo IV, artigos de
24 a 28, que dava ênfase na Educação de Jovens e Adultos.

23
Foram instaladas nove emissoras de televisão educativa entre
1966 e 1974, entre elas destacam-se: a TV Cultura de São Paulo e a TV
Educativa do Rio de Janeiro, todas com o objetivo principal de educar
pessoas adultas. Foi criado também o Projeto Sistema Avançado de
Comunicações Interdisciplinar, SACI, estabelecendo um sistema nacional
de tele educação via satélite, o EXERN – Experimento Educacional do Rio
Grande do Norte. Esse projeto promoveu a transmissão de sinais de TV
e Rádio para cerca de 500 escolas, com programação voltada para as
primeiras séries do então 1º Grau de ensino, além de cursos de
formação de professores. O projeto foi financiado e administrado pelo
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o INPE.
Destaca-se também nessa fase o Projeto Minerva, cujo nome
teve o objetivo de homenagear a deusa grega da Sabedoria. Seus
programas eram transmitidos pelas emissoras de rádio em cadeia
nacional com o objetivo de levar conhecimento a população de baixa
renda que não apresentava condições financeiras de frequentar escolas
privadas.
Sua transmissão era de caráter obrigatório por todas as
emissoras do país. A partir de 1973, em conjunto com o MEC e a
Secretaria de Educação, o Projeto Minerva disponibilizou cursos
supletivos por meio da transmissão de aulas e matérias de apoio. Para a
obtenção do certificado o aluno se submetia aos testes trimestrais de
avaliação do desempenho.
Dando continuidade ao Projeto Minerva, destacou-se também o
Curso “João da Silva”, que oferecia, em formato de telenovelas,
formação para as primeiras séries do então 1º Grau de Ensino.

24
Criada em 1977, a Fundação Roberto Marinho disponibilizou o
Telecurso, que consistia num método de ensino supletivo de 1º e 2º
Graus e profissionalizante. Essa fundação se constituiu nas primeiras
iniciativas privadas a possibilitar a educação a milhões de brasileiros.
Em 1978, foi lançado o Telecurso de 2º Grau numa parceria entre a
Fundação Roberto Marinho e a Fundação Padre Anchieta, a TV Cultura
de São Paulo.
Em 1979, teve início o Movimento Brasileiro de Alfabetização –
MOBRAL, um projeto educacional com 60 programas de TV com a
apresentação dramatizada adaptada à tele aula, com duração média de
20 minutos.
Com o advento do vídeo cassete, os programas educativos
passaram a ser gravados. Aretio (1994) diz que para a EaD, o vídeo se
mostra mais útil que a TV, já que a transmissão televisiva comercial
dedica a maior parte do tempo de emissão ao lazer e a informação e,
geralmente a formação de caráter não sistemático e, em poucas
ocasiões, a educação.
Entre 1979 e 1983, foi lançado em nível de pós-graduação o
curso Tutorial a Distância, o POSGRAD. Esse curso tratava-se de um
sistema experimental pela Coordenação de Pessoal de Ensino Superior –
CAPES do MEC administrado pela Associação Brasileira de Tecnologia
Educacional (ABT) tendo como objetivo a capacitação de professores,
principalmente do interior do país.
Surgiram iniciativas de EaD tendo como principal meio
tecnológico a televisão. Como exemplo, a Fundação Maranhense de TV
Educativa. As aulas eram transmitidas em preto e branco para turmas

25
com cerca de 40 alunos, com a supervisão de um Orientador de
Aprendizagem (AO) em cada uma das tele salas. Ao término de cada
módulo, eram realizados debates para aprofundar e sistematizar os
conceitos abordados.
Esse sistema atingiu, em 1981, 28 municípios com mais de 23
mil alunos. Além das tele aulas, os alunos recebiam materiais impressos
para aprofundamento dos conceitos. Eram atendidos com prioridade
alunos de baixa renda dos bairros periféricos e da zona rural. Citamos
ainda como exemplo dessas iniciativas, o desenvolvimento da “TV
ESCOLAR” promovido pela TVE Ceará, tendo como objetivo principal
atender o interior do estado oferecendo formação para as séries iniciais
do então 1º Grau de Ensino. Essa TV apresentava também, informações
culturais e esportivas, sendo reconhecida internacionalmente pela
significativa contribuição para a formação escolar e abrangência.
Em 1988, a reformulação da Constituição Brasileira,
determinou a valorização e a preferência a programações educativas,
culturais e informativas das emissoras de TV. Tal programação deve
apresentar programas semanais, com cerca de 30 minutos diários de
segunda a sexta-feira, ou com setenta e cinco minutos aos sábados e
domingos.
Com o crescente surgimento de Instituições de Ensino Superior,
observa-se também o envolvimento e investimentos em estratégias de
EaD. Além dessas instituições outras iniciativas privadas, mas com o
apoio do MEC, ocorreram como a criação do “Canal Futura”. Nesse
emblema a palavra educação foi substituída por conhecimento como
forma de atrair público.

26
Esse canal apresenta filmes, novelas e seriados de cunho
educativos, além de telejornais e programas infantis voltados para a
difusão de conhecimentos diversos e úteis ao cotidiano dos
telespectadores. De acordo com o Instituto Datafolha, em 2006 (última
pesquisa realizada), o Canal foi assistido habitualmente por cerca de 19
milhões de pessoas.
O Canal Futura em 2008, contando com a parceria de Tvs
Universitárias, transmite sua programação em sinal aberto, atingindo
telespectadores de todo o Brasil. Dessa forma, destaca-se a significativa
colaboração desse canal para o desenvolvimento educacional do país.

Conforme mencionado anteriormente, em 1988,


com a reformulação da Constituição Brasileira, foi
determinada a valorização e a preferência a
programações educativas, culturais e
informativas das emissoras de TV. Tal
programação deve apresentar programas
semanais, com cerca de 30 minutos diários de
segunda a sexta-feira, ou com setenta e cinco
minutos aos sábados e domingos.

27
Vamos analisar aspectos dessa programação.
Para isso, acesse sites de 3 emissoras de TV e
busque informações sobre programas que
abordem assuntos comunitários ou de cunho
educativo.

A seguir, anote os dados abaixo:


 nome do programa
 duração
 conteúdo veiculado
 horário de transmissão

Produza um texto com os principais aspectos


observados nos programas. Depois troque ideias
com seus colegas sobre o assunto.

28
Para aprofundar seus conhecimentos sobre a EaD
ao longo da História, sugerimos a leitura dos
textos:

A história da EaD no Brasil, de João Roberto


Moreira Alves.
A história da EaD no mundo, de Ivônio Barros
Nunes.

Ambos os textos são encontrados no livro:

LITTO, F. M. e FORMIGA M. (Orgs). Educação à


distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2009.

1.3 A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA HOJE

Embora existissem várias iniciativas de EaD no Brasil, até 1996


essa modalidade de educação ainda não estava oficializada. A EaD
passou a existir legalmente com a instituição da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação – LDB (Lei nº 9.394), em 20 de dezembro de 1996.

29
Leia a seguir, os principais aspectos da regulamentação da EaD,
proposta por essa lei.

"Art. 80 O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a


veiculação de programas de ensino a distância, em todos
os níveis e modalidades de ensino, e de educação
continuada.
§ 1.º A educação a distância, organizada com abertura e
regime especiais, será oferecida por instituições
especificamente credenciadas pela União.
§ 2.º A União regulamentará os requisitos para a
realização de exames e registro de diploma relativos a
cursos de educação a distância.
§ 3.º As normas para produção, controle e avaliação de
programas de educação a distância e a autorização para
sua implementação, caberão aos respectivos sistemas de
ensino, podendo haver cooperação e integração entre os
diferentes sistemas.
§ 4.º A educação a distância gozará de tratamento
diferenciado, que incluirá:
I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais
de radiodifusão sonora e de sons e imagens;
II - concessão de canais com finalidades exclusivamente
educativas;
III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder
Público, pelos concessionários de canais comerciais."

A oficialização da EaD permitiu a oferta de cursos em vários


níveis de ensino. Como estratégia de difusão e aceitabilidade dessa
modalidade de educação, os certificados não eram distintos dos cursos

30
em modalidade de educação presencial, ou seja, tinham o mesmo valor
formal.
Após essas ações de oficialização, novas regulamentações
foram decretadas com o objetivo de sistematizar e detalhar os processos
de EaD no Brasil. Em 1998, o Decreto nº 2.494 apontou os requisitos
para as instituições de ensino se credenciarem para a oferta de cursos a
distância, a regulamentação das matrículas de alunos, as normas para
transferências de alunos entre as modalidades presencial e a distância, a
certificação e a forma de avaliação da aprendizagem.
É importante destacar a definição de EaD presente nesse
decreto, a qual será redefinida em decretos posteriores. Assim, o
Decreto n° 2.494 aponta a EaD como:

“uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem


com a mediação de recursos didáticos sistematicamente
organizados, apresentados em diferentes suportes de
informação, utilizados isoladamente ou combinados, e
veiculados através de diversos meios de comunicação”.

Pode-se afirmar que essa definição de EaD apresenta certas


limitações, como exemplo, considerando essa modalidade de educação
como uma auto-aprendizagem, desconsiderando assim, aspectos
interativos entre os atores da EaD, como exemplo, a interação entre
professor e aluno, conforme abordaremos mais adiante.
Em 2005, com o objetivo de ampliar a definição de EaD e
propor novas regulamentações foi o publicado o Decreto nº 5.622,
revogando o Decreto nº 2.494. Nesse novo decreto a EaD é conceituada
como:

31
“Modalidade educacional na qual a mediação didático-
pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre
com a utilização de meios e tecnologias de informação e
comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo
atividades educativas em lugares e/ou tempos diferentes”.

Nessa definição destaca-se a ênfase na utilização de meios


interativos como suporte às interações entre os atores da EaD. Outros
pontos de destaque do Decreto nº. 5.622 são: a necessidade da criação
de pólos para realização dos encontros presenciais e a obrigatoriedade
da realização das avaliações presenciais, inclusive com peso maior sobre
as demais atividades propostas.
Após essas sistematizações das ações em EAD no Brasil,
verificou-se uma expansão dessa modalidade de ensino, sobretudo na
oferta de cursos voltados para a formação de professores da Educação
Básica. Isso devido à exigência da qualificação em nível superior do
corpo docente das séries iniciais do Ensino Fundamental. Nesse sentido,
a modalidade de Ead, favorece os professores que encontram
dificuldades de terem acesso ao ensino presencial.
Outra ação de destaque nas políticas brasileiras de EaD foi a
criação da Universidade Aberta do Brasil, oficializada pelo Decreto nº
5.800, de 8 de junho de 2006. Esse sistema consiste numa ampla
articulação entre universidade públicas, estados e municípios com o
objetivo de promover, por meio da EaD, o acesso gratuito da população
considerada excluída do processo educacional ao Ensino Superior. Hoje,

32
a prioridade da UAB é a formação de professores para a Educação
Básica.
Buscando aprimorar a EaD, o Sistema UAB tem como
parâmetros cinco eixos fundamentais:

1. Expansão pública da educação superior, considerando os


processos de democratização e acesso.
2. Aperfeiçoamento dos processos de gestão das instituições de
ensino superior, possibilitando sua expansão em consonância
com as propostas educacionais dos estados e municípios;
3. A avaliação da educação superior a distância tendo por base os
processos de flexibilização e regulação em implementação pelo
MEC;
4. As contribuições para a investigação em educação superior a
distância no país.
5. O financiamento dos processos de implantação, execução e
formação de recursos humanos em educação superior a
distância.

É também objetivo do Sistema UAB expandir a EaD


principalmente para o interior dos estados reduzindo, dessa forma, as
desigualdades na oferta de cursos superiores nas diferentes regiões do
país.

33
A UAB surgiu no contexto das várias ações desenvolvidas pelo
Governo Federal para expandir a Educação Superior no país, tendo em
vista a formação e inclusão social da população. As perspectivas desse
sistema relacionam-se a expandir gradativamente a oferta de cursos
superiores nas diferentes áreas do conhecimento, contribuindo dessa
forma para o aumento da formação em nível superior.

Além dessas ações governamentais, observa-se também o


aumento da oferta de cursos superiores a distância por instituições de
ensino privadas. Para Belloni (2006, p. 49), a atuação do setor privado
nesse campo tende a crescer na mesma medida do aumento das
demandas, o que estimula os investimentos na diversidade e
sofisticação dos meios e disponibilidade de produtos, dado o contexto de
competição entre as instituições de EaD. No entanto, destaca-se nesse
contexto a exploração desse novo setor pela indústria cultural,

34
despertando um vislumbramento com as tecnologias de comunicação e
informação, de modo a fazer acreditar que elas poderão levar por si só a
uma rápida democratização do acesso à educação e à formação. Ainda
para essa autora, “é preciso ir além da retórica e dos modismos
tecnológicos e analisar suas implicações sociais” tendo em vista a
garantia de um aprendizado efetivo.

Procure saber mais sobre as Políticas Brasileiras


de Educação a Distância. Para isso acesse o site:
http://www.portal.mec.gov.br/seed

1.4 EAD COMO RESPOSTA À DIVERSIDADE

Dadas às características da EaD, que de acordo com Soares


(2002, p.93), “é um meio de superar uma série de obstáculos que não
se encontram em situação face a face.” Esse autor atribui a contribuição
da EaD para a EJA ao fato dessa modalidade de educação permitir
formas de proximidade não-presencial, indireta e virtual (quando utiliza
determinados aparatos tecnológicos). Nesse sentido, pode propiciar um
atendimento mais aberto a jovens e adultos, pois a EJA “compreende
um leque amplo e heterogêneo de experiências educativas de formatos
e modalidades diversas” (RIBEIRO, p. 201).

35
Ao pensar a educação de jovens e adultos que, por vários
motivos ficaram a margem do processo educacional, destaca-se o valor
da educação para a construção de uma cidadania ativa tendo a EJA
como espaço de um direito de desenvolvimento humano e profissional.
Soares (2001, p. 32) aponta que muitos desses jovens e adultos estão
imersos numa diversidade inerente às diferentes regiões do país, em
diferentes contextos sociais e desenvolveram uma cultura baseada na
oralidade. Como evidências de expressão dessa cultura, entre muitos
outros, podem ser citados, a literatura de cordel, os repentistas, o teatro
popular, o cancioneiro regional, as festas populares, as festas religiosas
e os registros de memória das culturas afro-brasileiras e indígenas.

A diversidade, conforme Roca (1998, p. 185), é o ponto de


partida para fundamentar a tarefa de formação, pois as capacidades de

36
cada pessoa representam uma grande riqueza que é necessária
aproveitar. Para essa autora, quando se trata de estudantes
adolescentes ou adultos, é preciso considerar elementos tais como: as
diferentes disponibilidades horárias, as responsabilidades adquiridas ou
o aumento da capacidade de determinação pessoal de necessidades e
objetivos. Elementos esses que podem ser favorecidos pela EaD.
Para atender esse público, Pastor (1998, p.237) diz que é
necessário uma visão de diversidade que “permita buscar soluções para
cada problemática e respostas educacionais adequadas a cada
indivíduo”. Para isso, nossa cultura tem buscado respostas às
necessidades provenientes da diversidade dos indivíduos nos avanços
das chamadas “novas tecnologias” tendo em vista a aproveitar os
benefícios que oferecem. No contexto educacional isso equivale a refletir
sobre as possibilidades e limites desses recursos para a uma sociedade
mais equilibrada, igualitária e que respeite a diversidade.
Para Roca (1998, p. 185), pelo menos entre a maioria dos
profissionais da educação já existe a consciência de que cada pessoa é
diferente das outras. Assim, cada indivíduo tem seus objetivos pessoais,
um determinado estilo cognitivo, estratégias individuais de
aprendizagem que lhe parecem mais positivas, um ritmo próprio de
aprendizagem, etc.

37
Nesse contexto, na relação entre a diversidade, EaD, avanços
tecnológicos e EJA, discutem-se formas de colocar a serviços dos jovens
e adultos com dificuldades de acesso à escola convencional, os recursos
tecnológicos de forma a permitir a participação na vida política e
produtiva da sociedade.
No entanto, é preciso considerar que esses avanços ou
instrumentos são gerados não para dar resposta as diferentes pessoas
de uma comunidade ou cultura. Para Pastor (1998, p. 238), esse
processo costuma ser o inverso. Na maioria das vezes, para serem
aproveitados para fins diferentes dos previstos esses recursos precisam
ser adaptados, porque da maneira como foram concebidos não levam
em consideração a diversidade da população.
Assim, para esse autor, a intervenção educacional em uma
sociedade tecnológica diversa necessita garantir o aproveitamento

38
destes recursos como caminho de acesso à participação dos sujeitos na
construção da sua cultura.
Destacam-se nesse sentido, as Tecnologias da Informação e
Comunicação – TICs, que se referem aos recursos tecnológicos que
foram gerados pelas diferentes formas de tratamento da informação
como os computadores, CD-ROM, etc e da imagem como a televisão, o
vídeo, o cinema, os satélites, etc.
Nessa perspectiva, considerando a aplicação das TICs, o
processo educacional pode se converter numa tradução educativa da
diversidade cultural da sociedade. No entanto, nesse processo, é preciso
considerar algumas precauções. As TICs são também veículos de mídia.
Para Freire (2000, p. 109), é preciso enfrentar o extraordinário poder da
mídia, desmistificar a farsa ideológica, uma espécie de arapuca atraente
que facilmente caímos. Para esse autor, não se trata de lutar contra a
mídia, mas “não podemos nos pôr diante de um aparelho de televisão
[por exemplo,] “entregues” ou “disponíveis” para o que vier.

39
2.1 OS COMPONENTES DA EAD NO CONTEXTO DA EJA

Em EaD os processos de ensino e aprendizagem envolvem uma


segmentação que inclui basicamente o aluno, os recursos tecnológicos e
o professor. A seguir, de forma sucinta, analisaremos cada um desses
componentes.

2.2 O ALUNO EM EAD

Quando pensamos na EaD, é comum vir a mente a imagem de


uma pessoa estudando sozinha materiais impressos e realizando
atividades ou ainda, a imagem de uma sala onde se assiste uma tele
aula. No entanto, embora essas imagens se relacionem a imagem típica
do estudante de EaD, elas não necessariamente correspondem a
realidade. Para Belloni (2006, p.40), embora não possa ser
generalizada, esta imagem é um retrato revelador de uma determinada
visão da EaD como algo “marginal socialmente”.
Dadas às concepções contemporâneas de EaD, observa-se o
advento de uma clientela diversificada que busca essa modalidade de
educação, além do aumento do número de alunos e demandas
específicas. Clientela essa “que tende a se tornar mais reflexiva e
consciente da importância da educação e da formação continuada e
mais exigentes em termos de qualidade e liberdade de escolha”.
Para Belloni (2006, p. 41), a questão de quem é o estudante é
complexa, pois para essa definição faz-se necessário conceber as
características, condições de estudo e necessidades do estudante.

43
Assim, de forma geral, podemos conceber o aluno de EJA na
modalidade EaD, como o jovem ou adulto que nunca frequentou ou que,
por algum motivo, abandou a escola. Esse aluno, normalmente trabalha,
o que implica um relativo pouco tempo para estudar. Destaca-se o
objetivo desse aluno em buscar a educação formal, como caminho para
alcançar ou manter condições de competitividade no mercado de
trabalho.
Nesse sentido, é imprescindível processos de ensino centrados no
estudante e mais apropriados às necessidades e diversidades. Assim, ao
pensar a EaD para essa clientela é preciso evitar a concepção que
postula que todos os estudantes têm o mesmo nível de pensamento e
necessidades, além de considerar, como já mencionamos a questão da
diversidade.
Porém vale destacar que o conceito de aprendente autônomo, ou
independente, capaz de autogestão de seus estudos ainda é
embrionário. Da mesma forma que o estudante autônomo é ainda uma
exceção no universo de nossas universidades, abertas ou convencionais
(BELLONI, 2006, p. 41). Nessa perspectiva, essa autora afirma que o
“ensino deve transforma-se para dar condições e encorajar uma
aprendizagem autônoma que promova a construção do conhecimento”.
Para isso é necessário um processo de ensino e aprendizagem
centrado no aprendente, cujas experiências dele sejam aproveitadas
como recurso. Para Belonni (2006, p. 42), o estudante não é o objeto ou
produto, mas o sujeito ativo que realiza sua própria aprendizagem.
Uma situação muito comum aos estudantes da EJA, é que estão
retornando aos estudos muitos anos depois da sua última experiência

44
como aluno, sendo comum trazerem em “histórico escolar” experiências
negativas. Esse aspecto representa um desafio as instituições
provedoras de EaD voltados a essa clientela, pois envolve “mais
questões de ordem socioafetiva do que propriamente a conteúdos ou
métodos de cursos” (BELLONI, 2006, p. 45). Destaca-se nesse sentido a
necessidade de estratégias de contato, interação e motivação desses
estudantes. Essas estratégias podem se converter em garantia de
ingresso e permanência do aluno no curso.
Especificamente no caso do aluno da EJA, observa-se no ensino
presencial, a contribuição dos aspectos socioafetivos da interação
professor aluno como fator de motivação.
Como forma de atender às diversidades e necessidades do
aluno da EJA na modalidade a distância, ressaltamos a necessidade
apontada por Belloni (2006, p. 48) nas abordagens em EaD, que
enfatizam “abordagens realmente interativas, isto é, entres seres
humanos e não apenas com máquinas o que implica evitar ‘pacotes’ de
instrução programada”.
Nesse sentido, é necessário disponibilizar aos estudantes meios
que permitam a interação, oportunidades de discussão e relações
pessoais. Tais interações podem ocorrer por meio de recursos
tecnológicos ou de encontros presenciais. Para Belloni (2006, p. 48) faz-
se necessário que o diálogo seja estimulado não apenas entre
professores e estudantes, mas também, entre os próprios estudantes, o
que pode ocorrer por meio de grupos de estudos, grupos tutoriais, etc;
ou ainda, entre o estudante o meio social onde vive e trabalham.

45
Ressalta-se nesse contexto a contribuição das TICs para os processos
educacionais em EaD, tema esse que será abordado mais adiante.

Procure saber mais sobre os métodos de estudos


individuais. Para isso acesse os sites a seguir:

 http://www.psicopedagogia.com.br/guia/estudar.s
html

 http://www.dadireitofmn.com.br/dowload/artigo/C
omo_Estudar_Melhor.doc

2.3 OS RECURSOS TECNOLÓGICOS EM EAD

Como abordado anteriormente a EaD vem passando, ao longo


do tempo, por diversas fases, associadas a contextos sociais e
econômicos. Pode-se dizer que tais fases foram acompanhadas de novos
meios e recursos empregados com o intuito de garantir a mediação do
processo educacional em EaD, envolvendo as ações do professor e as
formas de interação.
Partindo do pressuposto de que a educação envolve um
processo complexo que utiliza a mediação de algum meio de
comunicação como complemento ou apoio à ação do professor em
interação com os estudantes, Belloni (2006), sistematiza em três
gerações os modelos de EaD, os quais abordaremos brevemente.

46
A primeira geração de EaD foi característica do século XIX
sendo impulsionada pelo desenvolvimento da imprensa e da expansão
do transporte ferroviário. Trata-se do ensino por correspondência.
Destacam-se como limitações dessa fase a lenta interação entre
professor e aluno e os contatos extremamente esporádicos,
normalmente, quando o aluno se submetia aos exames. Essa fase exigia
significativa autonomia por parte do aluno.
A autora caracteriza a segunda geração de EaD pela integração
dos meios de comunicação audiovisuais aos materiais impressos, o que
passou a ocorrer a partir dos anos 60. Nessa geração os objetivos
educacionais voltaram-se sobretudo a atingir o público de massa.
Como terceira geração de EaD, a autora sistematiza o modelo
que contemplamos em nossos dias e que vem se consolidando a partir
do final da década de 90. Essa geração se caracteriza pelo advento e
disseminação das TICs, além dos meios que já eram utilizados nos
processos educacionais de EaD.
Em cada uma dessas fases, destaca-se o papel significativo dos
meios tecnológicos, uma vez que nessa modalidade de educação, a
interação entre professor e aluno é indireta necessitando da mediação
dos meios de comunicação. Hoje, com as possibilidades oferecidas pelas
TICs, diversas mudanças podem ocorrer nas práticas de EaD.
Entre essas mudanças, Belloni (2006, p. 54) destaca aquelas
que facilitam o contato regular e eficiente entre os estudantes e a
instituição, fator esse crucial para a motivação do aluno e condição
indispensável para a aprendizagem autônoma. Para essa autora, os
meios de ensino trazidos pelas TICs envolvem todos os anteriores que já

47
eram utilizados, mas agregados a recursos informatizados e redes
telemáticas com todas as suas potencialidades (banco de dados, e-mail,
lista de discussão, sites, etc), Cd-Rom didáticos, de divulgação científica,
etc.
Dessa forma, as contribuições da TICs para EaD implicarão em
mudanças radicais nos modos de ensinar e aprender. Assim, unidades
de curso concebidas sob a forma de programas interativos
informatizados, tendem a substituir as unidades de cursos impressas
(BELLONI, 2006, p. 57).
Sobre a utilização do computador nos processos de ensino e
aprendizagem, Roca (1998, p. 92), afirma que esse recurso
desempenha um significativo papel na motivação para o aprendizado,
porém destaca que gera reações muito diferentes em função das
características pessoais dos usuários. Para a autora, “a atitude dos
estudantes costuma ser diferente conforme a sua idade, o seu nível de
formação e a sua profissão, entre outros fatores”.
Nesse sentido, ao pensar os processos educacionais na
Educação de Jovens e Adultos na modalidade em EaD, é imprescindível
considerar essas atitudes, pois estaríamos nos enganando se
considerássemos as tecnologias como o elemento básico número um dos
sistemas de formação a distância. Os elementos fundamentais
continuam sendo: o estudante e o professor. Para Roca (1998, p. 183),
em primeiro lugar, é imprescindível a vontade do estudante, que pode
ser ajudado, motivado e orientado com uma grande variedade de
recursos.

48
Nesse contexto, a eficácia de uma determinada TICs vai
depender, portanto, muito mais da concepção de cursos e estratégias do
que das características e potencialidades técnicas destas ferramentas
(BELLONI, 2006, p. 60). As TICs não podem ser simplesmente
adicionadas de forma convencional aos processos de aprendizagem. Elas
podem auxiliar o professor a problematizar o saber, a contextualizar
conhecimentos, “dar movimento” aos conteúdos para que os alunos
possam dele se apropriar.
Nas modalidades convencionais de educação o professor
mediatiza os conteúdos. Nesse caso, o meio mais importante é a
linguagem verbal direta, o que significa que mediatizar o ensino não é
uma competência totalmente nova. O que é novo é o grande elenco de
mídias cada vez mais atraentes disponíveis hoje e já sendo utilizadas
por alunos fora da escola (BELLONI, 2006, p. 60).
As TICs ofereçam ocasiões originais de aprendizagem,
provocando curiosidades, apresentando desafios, criando situações de
aprendizagem totalmente novas de conviviabilidade e interações mais
intensas do que a aula magistral baseada na autoridade do professor.
No entanto, Belloni (2006, p. 73) destaca que elas “não substituem os
livros didáticos, nem assumem suas funções, embora transformem
profundamente seu uso, que será muito mais de referência e síntese do
que de consulta e de estudo”.
Isso significa que pensar a aplicação das TICs nos educacionais,
não significa manter versões eletrônicas de meios já aplicados a esses
processos. Mas para ir além, pois a gama de atividades que as TICs
permitem desenvolver é muito extensa e envolve: oficinas de trabalho,

49
simulações, debates, jogos, atividades dialógicas, busca de informações,
consultas, correções, exames interativos, trabalho por projetos, etc.
Para uma contribuição efetiva das TICs para a EaD, Roca
(1998, p. 200) ressalta que no meio delas pode-se buscar o
“desenvolvimento de ações que permitem ações educacionais a partir de
concepções mais “construtivistas” do processo de ensino e
aprendizagem de sujeitos autônomos”.
Assim, o paradigma que advêm é o da formação interativa
baseada em ambiente interativos multimídia que reúnem textos, sons,
gráficos, imagens fixas e em movimento, etc. Dessa forma, colocam o
controle da aprendizagem nas mãos do usuário possibilitando a escolha
entre diferentes roteiros e estratégias de aprendizagem.
Destacam-se também nos processos educacionais em EaD, a
televisão a cabo e a televisão via satélite. Estes recursos vêm sendo
bastante utilizados em centros de estudos, onde permitiram organizar
atividades muito variadas (assistência em grupo e com um debate
posterior, assistência individual, trabalho de grupos a partir dos
materiais recebidos, etc).
Ainda dentre as contribuições das TICs para os processos
educacionais em EaD, destacamos o papel da Internet e apresentaremos
a seguir suas principais características e recursos.
A Internet definida como uma rede mundial de computadores,
ou seja, uma rede de telecomunicações que permite conexão entre
milhares de computadores com o objetivo de compartilhar ou trocar
dados, oferece diversas ferramentas que possibilitam acesso a
comunicação e obtenção de bilhões de informações.

50
Surgiu em 1969, no contexto da Guerra Fria, com o objetivo de
descentralizar as informações. Assim, por exemplo, se um ataque viesse
a ocorrer e destruísse um determinado centro de dados, as informações
estariam a salvo num outro centro em qualquer lugar do mundo.
Porém seu uso popularizou-se a partir da década de 1980,
permitindo “romper” as fronteiras dos países disponibilizando os mais
variados tipos de informações, que podem ser acessadas a qualquer
momento do dia ou da noite. Dessa forma, pode-se, por exemplo,
“visitar” lugares famosos, fazer compra, bater papo, se comunicar com
pessoas distantes a custos reduzidos, etc.
Embora não tenha sido criada exclusivamente com objetivos
educacionais, a Internet, oferece amplas possibilidades de aplicação
como TICs no ensino e aprendizagem. A seguir, apresentamos algumas
ferramentas disponíveis na Internet ressaltando o potencial de aplicação
delas no contexto escolar.
O World Wide Web (www) refere-se a uma teia que utiliza
vários recursos de textos, imagens, animações, vídeos, sons, etc, dando
origem a uma home page (página) ou site. Um site é composto por
várias páginas, que podem conter link (ligação) que direcionam o
usuário outros sites. Os sites possuem endereço eletrônico. Veja como
exemplo, o endereço eletrônico do site a seguir: www.ufpr.br
Muitos sites podem ser utilizados como fonte de informações
para a realização de atividades escolares, publicação de trabalhos,
baixar arquivos, etc.
O bate papo (Chat) se caracteriza como um espaço virtual de
comunicação entre pessoas possibilitando a comunicação em tempo

51
real. Eles são bastante utilizados para várias finalidades, desde o lazer,
até a discussão de temáticas relacionadas a grupos de interesses, como
exemplo, bate papo presente num site sobre Tecnologia Educacional,
onde pessoas interessadas no assunto pode trocar ideias com outros
profissionais.
No sites com temática escolar, o bate papo pode ser utilizado
como ferramenta de interação entre alunos e professores, tanto da
mesma escola, como de escolas ou instituições diferentes. Ele oferece a
vantagem de permitir, por exemplo, que alunos e tutores se
comuniquem ou esclareçam dúvidas em tempo real.
O correio eletrônico (e-mail) funciona de forma semelhante a
um correio, permitindo o envio e recebimentos de mensagens. Pode-se
anexar às mensagens arquivo contendo texto, fotos ou animações.
Oferece a vantagem de ser recebida a qualquer momento, de forma
rápida e de baixo custo.
No contexto educacional, o correio eletrônico possibilita ao
aluno e ao professor/tutor a troca de informações e compartilhamento
de arquivos.
A lista de discussão consiste num ambiente que permite
troca de informações, normalmente, sobre um mesmo assunto. São
apresentadas, numa página, temas, perguntas, problemas, etc e um
espaço onde os usuários digitam seus comentários ou replicam os
comentários realizados por outros usuários. Nela ficam registrados os
diálogos dos participantes sobre o tema, podendo ser analisados por
quem os acessa. Essas listas são elaboradas por empresas ou pessoas
com o objetivo de agrupar indivíduos interessados num mesmo tema.

52
Algumas listas de discussão funcionam de forma semelhante ao
correio eletrônico. Dessa forma as pessoas precisam ser inscritas numa
lista para receber as informações, comentá-las ou lançar novas questões
para serem debatidas.
Os blogs educativos são páginas da Internet que possibilitam
comentários sobre assuntos diversos, estimulando a produção textual e
exercitando nos estudantes o poder de argumentação, capacidade de
interpretação, etc.
A Internet, segundo Gonçalves (2008), tornou o mundo
“menor” provocando revoluções dos processos de comunicação,
disponibilizando serviços, etc. estimulando assim, a democratização das
informações e facilitando o acesso ao saber.

Com as possibilidades oferecidas pela Internet em EaD, Borba e


Penteado (2001, p. 73) afirmam que:

“é possível que, superando a distância física, seja constituída


uma comunidade que pensa determinados problemas
coletivamente. É uma comunidade de seres humanos com
mídias que não divide um mesmo espaço físico como nas
comunidades que usualmente falamos.”

Esses autores destacam também que nem todos os cursos de


EaD utilizam a Internet para estimular a formação dessa comunidade.
Muitos a utilizam apenas como banco de dados, não existindo,
praticamente, nenhuma relação síncrona.
Ao pensar o uso dos meios em EaD, as TICs apresentam
possibilidades inéditas de interação entre professor, aluno e instituição

53
com materiais de qualidade significativa. Nesse contexto, destacam-se
sobretudo as telemáticas, que apresentam a vantagem de combinar a
flexibilidade da interação humana com a independência do tempo e no
espaço, agilizando processos.
Mesmo considerando as contribuições trazidas pelas TICs para
os processos em EaD, Roca (1998, p. 202) ressalta que “a
aprendizagem flexível, aberta e a formação a distância não exigem
implicitamente a utilização de recursos avançados”. Existe,
principalmente na EJA, um número significativo de exemplos destas
modalidades de EaD que utilizam como materiais de aprendizagem os
textos impressos e o correio eletrônico e o tradicional como forma de
distribuição e monitoramento dos processos educacionais.

Procure saber mais aplicações das TICs nos


processos de ensino e aprendizagem na
modalidade EaD. Para isso, utilizando sites de
busca, obtenha informações sobre os usos
educacionais do computador, da Internet, da
televisão, no processo educacional em EaD.

54
2.4 O PROFESSOR EM EAD

Procurando caracterizar o professor na EaD, Belloni (2006, p.


79), aponta para uma indefinição conceitual e institucional quanto ao
papel desempenhado por esse ator, já que é chamado a desempenhar
múltiplas funções.
Na EaD, os métodos exigem uma segmentação do ato de
ensinar em múltiplas tarefas, sendo esta segmentação a característica
principal do ensino a distância, o que torna difícil a identificação de
quem é o professor em EaD. Nesse sentido, Belloni (2006, p. 80) diz
que:

“as funções docentes vão separar-se e fazer parte de um


processo de planejamento e execução dividido no tempo e no
espaço: as funções de selecionar, organizar e transmitir o
conhecimento, exercidas nas aulas magistrais no ensino
presencial, corresponde em EaD a preparação de unidades
curriculares (cursos) e de textos que constituem a base dos
materiais pedagógicos realizados em diferentes suportes
(livro-texto ou manual, programas).”

Partindo desse pressuposto, em EaD o processo de


aprendizagem é exercido não somente pelos eventuais contatos
pessoais coletivos ou individuais, mas em atividades de tutoria a
distância mediatizada por meio de recursos diversos. Nesse sentido, na
EaD, ocorre uma “transformação do professor de uma entidade
individual em uma entidade coletiva” (BELLONI, 2006, p. 81).

Mesmo as tarefas mais técnicas influenciam o alcance do


objetivo final, por isso o processo educacional em EaD exige um

55
trabalho de integração e coordenação de equipe. Assim, é necessário
acrescentar ao ato de ensinar:

“as funções de acompanhamento do processo de


aprendizagem: tutoria, aconselhamento, monitoria de centros
de apoio e de recursos, atividades relacionadas à avaliação
(preparação, correção de materiais de avaliação formativa e
somativa)” (BELLONI, 2006, p. 80).

Nesse sentido, o “professor” necessita tornar-se parceiro do


estudante no processo de construção do conhecimento. Isso,

“envolve a criação de novos métodos para o trabalho


docente, de práticas inovadoras, mais apropriadas às
características dos aprendentes e às mudanças sociais, e,
portanto, mais efetivos” (ROCA, 1998, p. 187).

Considerando as diversidades na Educação de Jovens e Adultos


e a função dos processos educacionais em EaD, os objetivos de
aprendizagem tem que ser diferentes para cada pessoa, pois de acordo
com Roca (1998, p. 187):

“não existe uma metodologia única que seja a melhor, todas


podem ser boas em momentos diferentes e para pessoas
diferentes; o mesmo ocorre com os materiais e com todos os
recursos didáticos".

Para atender as diversidades e necessidades do aluno no


contexto da EaD na Educação de Jovens e Adultos, muitas vezes, é
preciso mudar o diálogo da sala de aula para o diálogo dinâmico dos
laboratórios, salas de meios, e-mail, telefone e outros meios de
interação mediatizada, do monopólio do saber à construção coletiva.

56
Isso envolve múltiplas funções relacionadas ao papel do professor em
EaD.
Buscando uma identificação dessas múltiplas funções, Belloni
(2006, p. 83) apresenta o desdobramento da função docente, que no
ensino presencial é assegurada por um indivíduo.

 Professor formador: tem como função orientar o


estudo e o aprendizado do aluno. Para isso, fornece a
ele apoio psicossocial, estimula a buscar e a processar
informações. Tais funções correspondem propriamente
às atividades pedagógicas do professor no ensino
presencial.

 Professor conceptor de cursos e materiais: concebe


os currículos dos cursos, elabora planos de ensino,
seleciona conteúdos e produz materiais didáticos.

 Professor pesquisador: desenvolve pesquisa numa


disciplina específica ou estuda teorias relacionadas às
metodologias de ensino/aprendizagem.

 Professor tutor: tem como papel orientar o aluno em


seus estudos relativos à disciplina pelo qual é
responsável, esclarecer dúvidas e explicar questões
relativas aos conteúdos da disciplina; e normalmente
participa das atividades de avaliação;

57
 Tecnólogo educacional (designer ou pedagogo
especialista em novas tecnologias, a função é nova, o
que explica a dificuldade terminológica). Organiza
pedagogicamente os conteúdos e realiza sua adequação
aos suportes técnicos a serem utilizados na elaboração e
produção de materiais. Busca assegurar a qualidade
pedagógica e comunicacional dos materiais didáticos e
assegurar a integração dos participantes da equipe
envolvida no ensino em EaD.

 Monitor: tem como função, normalmente em atividades


presenciais, orientar a exploração dos materiais
didáticos e a realização das atividades em grupo
(“recepção organizada”). O monitor coordena e orienta
esta exploração. Sua função se relaciona mais
diretamente com sua capacidade de liderança, sendo em
geral uma pessoa da comunidade, formada para esta
função, de caráter mais social do que pedagógico, tendo
em vista o bom andamento das interações presenciais
em EaD.

É importante ressaltar que na EaD, “embora já não ocupe sozinho


o centro do palco, o professor continua sendo essencial para o processo
educativo” (ROCA, 1998, p. 184). Assim, mesmo que ainda que
multiplicadas e transformadas as funções do professor continuam

58
indispensáveis para o sucesso da aprendizagem, sendo esse profissional
o elemento chave para o alcance dos objetivos educacionais.

Considerando os componentes da EaD


apresentados no texto, reproduza o quadro a
seguir e preencha-o comparando as modalidades
de educação presencial e a EaD.

Presencial EaD
Alunos
Meios de ensino
Professor

Com base no quadro, produza um texto


abordando tais diferenças e os desafios que se
colocam na aplicação da EaD na Educação de
Jovens e Adultos.

2.5 TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Na sociedade da informação o acesso à educação formal se


apresenta como a “chave” para a inserção do indivíduo na esfera política
e produtiva. Devido às inovações, postos de trabalhos diminuem e as
novas oportunidades de emprego exigem profissionais mais qualificados.

59
Como forma de se inserir no mundo do trabalho, muitos
adolescentes, jovens e adultos buscam na escolarização as condições
para completar seus estudos, uma vez que por diversos motivos, foram
excluídos do processo educacional.
Nesse sentido, a EaD apresenta um significativo potencial de
contribuição para a formação, pois por suas características, permite
vencer determinados obstáculos e possibilitar o acesso ao conhecimento
por pessoas que estão geograficamente distantes ou que, por outros
motivos, encontram dificuldade de acesso à escola.
Assim, considerando as diversidades e necessidades de cada
estudante, faz-se necessário estimular a autonomia, de forma que o
aluno seja capaz de promover a autogestão de seus estudos. Nessa
perspectiva, o advento e aplicação das TICs nos processos educacionais
da EaD, possibilitam interação mais efetiva entre o professor e o aluno.
Porém, a simples inserção desses recursos não é garantia de
interação e alcance dos objetivos educacionais na EJA na modalidade de
EaD. Tal inserção significa ir além do que já é realizado com os
materiais convencionais. Equivale a promover situações de
aprendizagem que provoquem curiosidades, apresentem desafios e que
facilitem a apropriação de conceitos complexos por parte do aluno.
Dessa forma, as TICs potencializam as contribuições da EaD
para os processos educacionais de jovens e adultos, pois aos materiais
convencionais podem ser conjugados novos recursos. Isso estimula a
interação de ambientes de aprendizagem reunindo textos, sons,
gráficos, imagens fixas e em movimento, atendendo dessa forma, as
diversidades da EJA.

60
Autor: Prof. Sandramara S. Kusano
de Paula Soares
3.1 APRESENTAÇÃO

Prezado Cursista,

O MOODLE (Modular Object-Oriented Dynamic Learning


Environment) é um software livre para gestão da aprendizagem e de
trabalho colaborativo, que permite a realização de cursos a distância,
criado pelo educador e cientista computacional Martin Dougiamas, em
2001 (WIKIPEDIA, 2008). Também conhecido como LMS (Learning
Management Systems) ou Ambiente Virtual de Aprendizagem, o Moodle
é uma aplicação Internet/Intranet que roda num servidor e é acessado
via navegador (Internet Explorer, Mozilla, Firefox, entre outros).
Esse software, voltado para programadores e acadêmicos em
educação, representa um sistema de administração de atividades
educacionais. Tem como finalidade a criação de comunidades on-line em
ambientes virtuais destinados a aprendizagem colaborativa, em cursos a
distância, como apoio a cursos presenciais, em atividades de formação
de grupos de estudo, para treinamento de professores ou no
desenvolvimento de projetos (WIKIPEDIA, 2008). Mais informações
sobre o software Moodle podem ser obtidas através do endereço:
http://moodle.org.

Professores, tutores, alunos e demais participantes de um


curso podem acessar o MOODLE de qualquer lugar onde haja
um computador com conexão à Internet e um navegador
web.

63
Uma das principais características do moodle é a facilidade de
uso. A estrutura central do ambiente permite que o professor/tutor
estabeleça um cronograma baseado em atividades semanais, por tópico
ou social.

Na CIPEAD (Coordenadoria de Integração de Políticas de


Educação a Distância) da Universidade Federal do Paraná, a versão do
Moodle utilizada é 1.9.5 e administrado pela Coordenação de Recursos
Tecnológicos da CIPEAD/UFPR.

Esse tutorial foi elaborado como instrumento para auxiliá-lo no


processo de inclusão ou modificação de recursos e/ou atividades no
Moodle, com a descrição e ilustração dos passos que devem ser
seguidos para cada ferramenta.

Bons Estudos !

64
3.2 COMO ACESSAR O MOODLE DA CIPEAD/UFPR

Para fazer o acesso ao Moodle – Cipead, você deverá utilizar um


navegador, como Internet Explorer, Mozilla Firefox, ou outro de sua
preferência, e estar conectado na Internet.
Como fazer:
1. Digite na barra de endereços de seu navegador um dos
endereços abaixo:
 Pelo site da CIPEAD: http://www.nead.ufpr.br ou
http://www.cipead.ufpr.br
 Diretamente no servidor moodle da CIPEAD:
http://www.cursos.nead.ufpr.br
2. Em seguida, digite os dados para acessar:
 Usuário: número do seu CPF (sem ponto nem
traço). Exemplo: 00123456789
 Senha: 123456

Essa senha deverá ser modificada posteriormente por motivos de


segurança. Na seção “Modificar Perfil” deste tutorial, há informações de
como mudar senha. Caso você já tenha cadastro no Moodle/Cipead, os
dados de acesso permanecem os mesmos.

65
3.3 COMO ACESSAR O CURSO

Assim que entrar na plataforma, aparecerá uma lista de todos os


cursos e turmas que você está matriculado. Você deverá clicar naquela
que deseja acessar.
Como fazer:
1. Localize sua turma no centro da página inicial do Moodle.
Lembre-se que se você estiver matriculado em várias
turmas, talvez seja necessário “rolar” a tela, utilizando as
barras laterais da tela, ou as setas do teclado de seu
computador.
2. Clique no nome da turma (em destaque, no quadro em
vermelho)

66
3.4 MODIFICAR PERFIL E SENHA

O perfil é um recurso muito importante num curso a distância.


Ele é útil para que os participantes possam se conhecer através das
informações pessoais disponibilizadas, modificar e-mail, inserir foto,
alterar nome, entre outros.
Como fazer:
1. Para modificar seu perfil vá até a página principal onde
estão listados seus cursos e clique em seu nome (Fig. 01),
no canto superior direito (em destaque, no quadro
vermelho).

Fig. 01 – Localizando o seu nome.

2. Abrirá a tela com todos os seus dados (Fig. 02).

67
3.4.1 MUDANDO SUA SENHA

1. Clique em “Mudar Senha” (em destaque, no quadro verde)


para Modificar sua senha.

Fig. 02 – Tela com seus dados.

2. Na tela seguinte será pedida sua senha anterior, nova


senha e confirmação de nova senha. Confirme a
operação, clicando em “Salvar mudanças”.

3.4.2 ALTERANDO DADOS PESSOAIS

1. Para modificar seus dados pessoais (como nome, e-mail,


descrição e foto), clique em “Modificar perfil” (em
destaque, no quadro vermelho). Abrirá uma nova tela,
com suas informações cadastradas.

68
Fig. 03 – Tela com dados a serem modificados.

2. Altere seus dados, clicando nos espaços indicados.


3.

69
O quadro destacado na cor vermelho é para inserir uma
descrição sua, como por exemplo, um mini-currículo.
Neste quadro pode-se inserir imagem, emoticons, links
para web, entre outros recursos disponibilizados na barra
de ferramentas.
4. Ao concluir, clique no botão “Atualizar perfil”

Observações:
 Pode-se inserir FOTO no seu perfil. O arquivo com a
imagem não deve ultrapassar 2Mb e deve estar no formato
.jpg ou .png.
o Você pode utilizar um programa de desenho (como o
paint, por exemplo) para alterar o formato da imagem
e reduzir o tamanho da foto.
 Todos os campos indicados na cor vermelha devem ter seu
preenchimento obrigatório.

3.5 ENVIAR MENSAGENS

Você pode enviar uma mensagem para qualquer participante


dentro do seu curso (Fig. 04). Esta mensagem não é publicada aos
demais participantes.
Como fazer:
1. Clique na caixa “Participantes” (em destaque, no quadro
vermelho)

70
Fig. 04 – Enviar mensagem – Item Participantes.

2. Aparecerá a lista de todos os participantes (Fig. 05). Para


enviar mensagens a um participante clique no nome dele.

Fig. 05 – Lista de Participantes.

71
3. Abrirá a tela com o perfil do participante selecionado.
Para enviar uma mensagem, clique no botão “Enviar
mensagem” (Fig. 06).

Fig. 06 – Tela com perfil do Participante.

4. Digite a mensagem no espaço (quadro) e clique no novo


botão “Enviar mensagem” (Fig. 07).

72
Fig. 07 – Envio da Mensagem.

3.6 FÓRUM

O fórum é um recurso assíncrono que permite a interação entre


os participantes do curso, sem a necessidade que todos estejam
conectados ao mesmo tempo.

73
3.6.1 PARTICIPAÇÃO NO FÓRUM

Você pode participar do fórum respondendo a uma mensagem de


um colega ou do tutor, quantas vezes forem necessárias.
Como fazer:
1. Localize o link “Responder” no quadro da mensagem que
pretende responder.
2. A seguir abrirá uma janela para postar a sua contribuição.
Escreva no editor de texto, podendo utilizar os recursos
disponíveis, como negrito, itálico, cor de texto, etc.
3. Ao concluir, clique em “Enviar mensagem ao Fórum” (Fig.
08).

Fig. 08 – Participação no Fórum.

74
3.6.2 INSERIR IMAGEM NO FÓRUM

Você pode inserir uma imagem junto com sua mensagem a ser
postada no fórum.
Como fazer:
1. Clique em “Responder”
2. No campo “Anexo”, clicar no botão “Arquivo...”

Figura 09 - Anexo – Para enviar imagem.

75
3. Escolha a imagem e clique no botão “Abrir” (Fig. 10).
Fique atento para o tamanho do arquivo, que não pode
ultrapassar 2Mb.

Fig. 10 – Janela para escolha do arquivo.

4. Para finalizar e enviar sua mensagem no fórum, clique no


botão “Enviar mensagem ao fórum”.

3.6.3 ANEXAR ARQUIVO

Para anexar um arquivo na sua resposta ao fórum (Fig. 11), siga


o mesmo procedimento para inserir imagem no fórum, descrito na seção
5.2.

76
Fig. 11 – Anexar arquivo no Fórum

3.7 ENVIAR TAREFA

A ferramenta Tarefa é utilizada para que o tutor possa avaliar


textos elaborados e enviados pelo cursista, com espaço para
comentários e notas, e que não são disponibilizados a todos os
participantes.

77
As tarefas serão enviadas através de um arquivo (texto, imagem,
etc.). É necessário utilizar um editor de sua preferência (fora do
ambiente Moodle), como o Microsoft Word ou BrOffice Writer.
Para enviar uma tarefa:

1. Clicar no botão “Arquivo” (Fig. 12).

Fig. 12 – Enviar Tarefa.

2. Em seguida abrirá uma janela para que você possa


procurar no seu computador o arquivo que será enviado
(Fig. 13).

78
Fig. 13 – Janela para busca de arquivo.

3. Selecione o arquivo a ser anexado e clique no botão


“Abrir”
4. Por último, clique no botão “Enviar este arquivo” (Fig. 12).
Muitas vezes, as tarefas têm prazos definidos pelo tutor.
Neste caso, o envio do arquivo só será permitido dentro
do prazo especificado.

3.8 PARTICIPAR DO CHAT

Outro recurso disponível em cada curso é a sala de bate-papo ou


chat onde os alunos poderão conversar com os outros participantes em
tempo real (discussão síncrona).

79
Para entrar na sala:

1. Clique no item que indica o Chat (Fig. 14) na janela


principal do curso (no quadro em destaque, em
vermelho).

Fig. 14 – Selecionando o Chat.

2. Em seguida abrirá a tela para você entre no chat (Fig.


15).

80
Figura 15 – Entrando na sala do Chat.

3. Clique no link “Clique aqui para entrar no chat agora”.

A tela do chat é dividida em duas partes (Fig. 16). A parte direita


da tela exibe todos os usuários que estão participando do bate-papo. A
parte esquerda mostra as mensagens digitadas tanto por você quanto
pelos demais participantes.

Fig. 16 – Tela do Chat.

81
4. Para enviar uma mensagem basta digitá-la na caixa de
texto na parte inferior da tela e pressionar a tecla "Enter"
no teclado.
5. É possível, dentro do bate-papo, chamar a atenção de um
usuário, caso ele não esteja respondendo. Para isso basta
clicar em “bip” ao lado do nome dele. Aparecerá na tela
uma mensagem de que você está chamando a atenção
desse usuário.

3.9 DIÁRIO DE BORDO

Este módulo corresponde a uma atividade de reflexão orientada


por um moderador. O professor pede ao estudante que reflita sobre um
certo assunto e o estudante anota as suas reflexões progressivamente,
aperfeiçoando a resposta. Esta resposta é pessoal e não pode ser vista
pelos outros participantes. O professor pode adicionar comentários de
feedback e avaliações a cada anotação no Diário. Esta deve ser uma
atividade constante - uma atividade deste tipo por semana, por
exemplo.
Para acessar um diário de bordo:
1. Clique no item que indica a o diário (Fig. 17) na janela
principal do curso.

82
Fig. 17 – Acessar Diário de Bordo.

2. Em seguida abrirá a tela para você escrever no diário (Fig.


18). Para iniciar, basta clicar no botão “Iniciar ou editar a
minha anotação no diário”.

Fig. 18 – Acessar Diário de Bordo.

3. Em seguida abrirá a tela para você iniciar ou editar o


diário (Fig. 19).

Fig. 19 – Edição do Diário de Bordo.

83
4. Na parte superior da tela aparece a pergunta a ser
respondida e o quadro maior, ao centro, é o espaço para
você escrever no diário.
5. Para concluir, clique no botão “Salvar mudanças”.

3.10 GLOSSÁRIO

O Glossário é um recurso que permite a visualização de termos e


conceitos relativos ao conteúdo do curso (Fig. 20).

Fig. 20 – Glossário.

84
Existem duas formas de procurar a palavra desejada:

1. Digitando a palavra exata na caixa de texto e clicando no


botão "Buscar" (em vermelho). Nesse tipo de busca existe
a possibilidade da procura da palavra em todo o texto.
Com essa opção habilitada, o resultado será a busca de
todos os conceitos que tenham a palavra procurada dentro
do texto de sua definição.
2. Através do índice (em verde), onde você pode clicar na
letra do alfabeto correspondente à inicial da palavra
desejada.

Você também pode inserir novas palavras no glossário já


existente. Como inserir:

1. Clique no botão “Inserir novo item”. Abrirá uma nova tela


(Fig. 21):

85
Fig. 21 – Inserir novas palavras no Glossário.

2. Insira a palavra e sua definição. Também poderão ser


anexados arquivos e alteradas outras configurações.
3. Ao concluir, clique no botão “Salvar mudanças”.

3.11 ESCOLHA

Esta atividade consiste em responder uma enquete. O tutor


prepara uma pergunta com opções de respostas com o objetivo de saber

86
a opinião dos alunos sobre algum tema. Um exemplo seria uma enquete
para saber qual a opinião dos alunos sobre o ensino de educação à
distância.

Para responder a uma Escolha:

1. Clique no item que indica a Escolha (Fig. 22) na janela


principal do curso.

Fig. 22 – Acessar Escolha.

2. Em seguida abrirá a tela para você responder a Escolha


(Fig. 23).

Fig. 23 – Responder Escolha.

3. Para responder a Escolha, selecione uma das respostas e


clique no botão “Gravar a minha resposta”.

87
3.12 LIÇÃO

Apresenta conteúdos em um formato página a página.


Normalmente, ao final de cada página é exigido que o aluno responda a
uma pergunta.

Para acessar uma Lição:


1. Clique no item que indica a Lição (Fig. 24) na janela
principal do curso.

Fig. 24 – Acessar a Lição.

2. Em seguida abrirá a tela para você acessar a Lição (Fig.


25).

Fig. 25 – Responder a Lição.

88
1. Para responder a Lição, leia o enunciado, selecione a
alternativa que julgar certo e clicar no botão “Salvar a
resposta selecionada”.
2. Em seguida será exibida sua resposta e o feedback da
mesma.

3.13 PESQUISA DE AVALIAÇÃO

Permite a realização de diversos tipos de avaliação de cursos,


favorecendo a reflexão sobre os processos de aprendizagem.

Para acessar uma Pesquisa de Avaliação:

1. Clique no item que indica a Pesquisa (Fig. 26) na janela


principal do curso.

Fig. 26 – Acessar a Pesquisa de Avaliação.

2. Em seguida abrirá a tela para você acessar a Pesquisa


(Fig. 27).

89
Figura 27 – Responder a Pesquisa de Avaliação.

90
3. Essa é apenas um exemplo. Para responder a Pesquisa,
leia o enunciado, selecione as alternativas e clicar no
botão “Enviar respostas”.

3.14 QUESTIONÁRIO

Apresenta perguntas ao aluno em formato de questionário.


Para acessar um Questionário:
1. Clique no item que indica o Questionário (Fig. 28) na
janela principal do curso.

Fig. 28 – Acessar ao Questionário.

2. Em seguida abrirá a tela para você acessar o Questionário


(Fig. 29).

Fig. 29 – Acesso ao Questionário

3. Basta clicar no botão “Tentar responder ao questionário


agora”.

91
Fig. 30 – Responder ao Questionário.

4. Esse é apenas um exemplo. Para responder ao


Questionário, selecione as respostas que julgar certas e aí
teremos três botões para clicar.
 O primeiro “Salvar sem enviar” permite responder a
página visualizada e prosseguir para as demais.
 O segundo botão, “Enviar página” envia as
informações ao sistema, dá o feedback das respostas e
permite responder novamente ao questionário.
 Já o ultimo botão “Enviar tudo e terminar” é para
quando se terminou todo o questionário, tem certeza
da resposta e decide terminar de responder. Após
clicar neste botão não é possível modificar as
respostas como no botão anterior.
5. Após será aberta a janela de feedback final, com todas as
informações sobre desempenho e dados da data.

92
REFERÊNCIAS

 APRENDIZADO ELETRÔNICO. Metodologia e processo de


Aprendizagem. Disponível em:
<http://www.aprendizadoeletronico.com.br/file.php/1/moddata/forum/1
90/419/Metodologia_e_Processo_de_aprendizagem_AVA.doc>. Acesso
em: 07 mai 2008.

 BELLONI, M. L. Educação a Distância. 4. ed. Campinas: Autores


Associados, 2006.

 BRASIL, Decreto n. 5622, de 19 de dezembro de 2005. Regulamenta o


art. 80 da Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece
as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: <
http://portal.mec.gov.br/seed/legislacao >. Acesso em 18 mai. 2009.

 BRASIL, Ministério da Educação/Secretaria de Educação a distância.


Refêrencia de qualidade para cursos a distância. Disponível em: <
http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/referencias.pdf >. Acesso
em: 18 mai. 2009.

 CHAVES, E. Conceitos Básicos: Educação a Distância. EdutecNet: Rede


de Tecnologia na Educação, 1999. Disponível em
<http://www.edutecnet.com.br/.> Acesso em: 18 mai. 2009.

 FREIRE, P. Pedagogia da Indignação: cartas pedagógicas e outros


escritos. São Paulo: Unesp, 2000.
 GONÇALVES, M. T. Paradigmas na educação e a Internet na escola.
Disponível
em:<http://www.midiativa.org.br/index.php/educadores/content/view/f
ull/221>. Acesso em: 01 mai. 2009.
 LANDIM, C. M. F. Educação a distância: algumas considerações. Rio
de Janeiro: [s.n.],1997.

 PASTOR, C. A. Utilização didática dos recursos tecnológicos como


resposta à diversidade. In: SANCHO, J. M. Para uma tecnologia
educacional. Porto Alegre: Artmed, 1998.

 RIBEIRO, V. M. (Org.). Educação de Jovens e Adultos: novos leitores,


novas leituras. Campinas: Mercado das Letras: Associação de Leitura do
Brasil – ALB: São Paulo: Ação Educativa, 2001.

 ROCA. O. A autoformação e a formação a distância: as tecnologias da


educação nos processos de aprendizagem. In: SANCHO, J. M. Para uma
tecnologia educacional. Porto Alegre: Artmed, 1998.

 SOARES, L. J. G. Educação de Jovens e Adultos. Rio de Janeiro:


DP&A, 2002.

 UFRGS. Moodle Institucional. Disponível em:


<http://moodleinstitucional.ufrgs.br/tutorial_moodle/ forum.html>.
Acesso: em 07 mai. 2008.

 WiKIPEDIA. Moodle. Disponível em: <http://www.wikipedia.org>.


Acesso em: 07 mai. 2008.

You might also like