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secundário. Mas hoje é uma realidade vivida também em estabelecimento do Ensino Primário.
Há sensivelmente uma semana ocorreu um episódio que surpreendeu a comunidade do bairro de Inhagóia
A. Cinco alunos, de idades entre 12 e 15 anos, foram encontrados inconscientes, aparentemente sob efeito
de álcool.
Para além do seu estado crítico, traziam nas pastas avultadas somas em dinheiro cuja origem é ainda
desconhecida. Temendo que acontecesse o pior, os moradores trataram de encaminhar os menores para o
hospital, onde foram submetidos à desintoxicação.
Casos de alunos que se apresentam embriagados, trajando uniforme escolar, são recorrentes não só neste
bairro, como também noutros da cidade de Maputo. Quando não são detectados pelos guardas das escolas,
acabam apresentando-se nas salas de aula onde perturbam o ambiente de leccionação. O professor e os
outros colegas são as principais vítimas.
Abordado a propósito, o director-adjunto da Escola Primária Completa Unidade “2”, no bairro de Nsalene,
Henrique Chemane, disse que a situação é preocupante, tendo em conta o número crescente de alunos que
se envolvem no consumo de bebidas alcoólicas.
No ano passado, por exemplo, registaram-se três casos de alunos, os quais tomaram-se medidas
disciplinares por se terem apresentado sob efeitos de álcool. No ano em curso foi descoberto um grupo de
três alunas que portava drogas no interior da escola.
“Os alunos bebem nos corredores. Antes tínhamos graves problemas com o curso nocturno. Identificámos
os focos e procurámos controlar a situação. Contudo, estamos cientes de que há situações que acontecem
sem o nosso conhecimento”, contou.
Os directores de turma e demais professores são responsáveis pela assistência dos alunos que são
encontrados a consumir bebidas e na imposição de sanções.
“A direcção da escola confiou-nos a tarefa de tratar desses assuntos e, geralmente, aconselhamos sobre as
consequências de envolvimento em drogas. A aplicação de castigos como a limpeza do pátio tem servido
como alerta para os outros alunos”, contou-nos o professor André Vilanculos.
Quando um aluno é encontrado sob efeitos de álcool ou na posse de bebida é comum suspeitar-se que
tenha adquirido nas barracas próximas da escola. Não é o caso da Escola Primária Completa Unidade “2”.
Estes compram os produtos nas casas localizadas nas imediações.
Os estabelecimentos localizados ao redor da escola vendem apenas produtos alimentares e as barracas que
comercializam bebidas alcoólicas estão distantes.
Segundo o professor da Física da 9.ª e 10.ª classes, André Vilanculos, disse que encontrou um aluno sob
efeitos de álcool e terá confessado que comprou a bebida na casa de um tio, situada atrás da escola.
Segundo confessou, na referida residência também se vende drogas.
“É espantoso ver um grupo de alunos uniformizados a sair de uma casa alterados no seu comportamento”,
disse.
Sobre o mesmo assunto, o director-adjunto da escola disse que as casas ainda não foram identificadas, mas
está a ser desenvolvido um trabalho nesse sentido com as estruturas locais.
“Um dia pedi emprestado o caderno de um colega para levar à casa. Quando abri encontrei umas folhas no
meio. A minha mãe mandou-me deitar as referidas ervas e disse que eram drogas”, contou-nos L. Carolina,
aluna da 10.ª Classe.
Ressaltou que, para disfarçar os colegas, compram uma garrafa de leite e substituem o conteúdo por álcool
e circulam livremente no pátio escolar.
Os alunos abordados pelo “Notícias” relataram que os colegas ingerem bebidas como Zed, Royal, Tentação
e Lord Gin, que são aparentemente acessíveis, mas com alto teor de álcool.
Geralmente, os alunos que consumem bebidas alcoólicas fora do recinto escolar depois entram nas salas de
aula onde proferem insultos contra os colegas e professores, perturbando assim as aulas.
M. Acácio, aluna da 10.ª Classe, contou que são normais as brigas entre colegas por conta do envolvimento
com drogas e álcool.
Um dos alunos, que por sinal reside próximo da escola, contou que o preço das bebidas varia entre 45 e 50
Meticais.
“Todos os dias há alunos que gazetam o último tempo e concentram-se numa casa onde bebem e fumam
cigarros”, ressaltou R. Abílio, aluno de 17 anos.
António Muhate, guarda da escola há bastante tempo, contou que os alunos não bebem na sua presença
porque temem sofrer represálias. “Entram com a bebida na pasta e consomem na casa de banho”,
assegurou.
Acrescentou que tem insistido com os discentes para que não enveredem por este caminho e apostem nos
estudos como garante do seu futuro.
“Eu digo-lhes para que estudem para não sofrerem, porque é na escola onde se desenha um bom futuro”,
aconselhou Muhate.
Como forma de colocar um ponto final à problemática e devolver o bom ambiente de ensino e aprendizagem,
a direcção da escola optou pela promoção de palestras às quartas-feiras, no tempo dedicado às reuniões de
turma, com moderação dos directores de turma.
Mas também têm sido feitos trabalhos com associações que lidam com assuntos relativos ao consumo de
estupefacientes.
“Recentemente tivemos palestras com a Associação Saber é Viver, focada no tratamento pediátrico do HIV
e na redução do estigma associado à doença, o que significa que tratamos também de outros males a que
os alunos são vulneráveis”, relatou o director-adjunto.
Trata-se de um esforço que conta com a colaboração dos pais e encarregados de educação.
http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/capital/68411-alcool-e-drogas-afectam-escolas-
primarias.html
MMO Notícias
Segundo apurou o Canalmoz, nesta escola existem alunos que fumam cigarros,
cannabis sativa (soruma) e consomem bebidas espirituais. A procuradoria não
entrou em detalhes, mas confirma a existência de focos de droga na província
de Maputo. Avançou que já foram destruídas machambas de soruma. E a droga
foi incinerada.
Sabe-se também que no mês passado foram desmanteladas redes de produção
de cocaína e haxixe na província de Maputo. Existem arguidos presos, outros
em julgamento em conexão com esta matéria.
Alunos ouvidos pelo Canalmoz em Massaca disseram que há três anos que
certos colegas apresentam-se bêbados ou drogados. “No ano passado tínhamos
um colega que sempre trazia uma bebida de marca El Salvador. Nos intervalos,
tirava a garrafa da pasta e bebia”, contou um estudante.
Acrescentaram que esse mesmo estudante acabou sendo dado um ultimato
pelo director pedagógico, mas nunca acatou, pois o jovem continua apresentar-
se bêbado na escola.
“Há um estudante da 9ª classe turma C, que todas as segundas-feiras, aparece
grosso na escola e drogado”, denunciaram os alunos.
Fonte: https://noticias.mmo.co.mz/2013/09/ha-proliferacao-drogas-escolas-
maputo.html#ixzz5OzRJen5r
Dois mil jovens com perturbações mentais por consumo excessivo de álcool em
Maputo
Friday, 14/07/2017 | 10:33PRM diz que Mafalala, Chamanculo e casas de pasto como Matchedje
são focos de venda e consumo de drogas
O consumo de bebidas alcoólicas na cidade de Maputo deixou, ano passado, um total de 2.014
jovens com perturbações mentais, segundo o Gabinete de Prevenção e Combate as Drogas
(GPCD).
Trata-se de jovens com idades compreendidas entre 16 e 25 anos.
Falando durante a visita ao gabinete, efectuada hoje, pela Governadora da cidade de Maputo,
Iolanda Cintura, a directora do GPCD, Sara Jafete, explicou que o grupo inclui estudantes,
principalmente do ensino secundário.
“Os alunos misturam refrescos com álcool e, assim, torna-se complicado para os professores
notarem que os seus alunos estão consumindo álcool”, disse Jafete.
Devido a tendência que se tem assistido nos últimos tempos, o Gabinete tem realizado
palestras e campanhas em várias escolas a nível da cidade de Maputo.
“Estes são os casos que nós assistimos através do gabinete e unidades hospitalares na cidade
de Maputo”, destacou.
Na ocasião, a directora apelou aos pais e encarregados de educação para não oferecerem
elevadas somas em dinheiro aos filhos.
“Amor aos filhos não se avalia pelo valor que se dá, sobretudo quando se trata de quantias
elevadas. Muitas das vezes os adolescentes não sabem como gerir o dinheiro, e acabam
entrando para o mundo de drogas”, disse.
No princípio do ano, 94 pessoas foram detidas por envolvimento no consumo e venda de
drogas.
Por sua vez, o comandante da Polícia na cidade de Maputo, Bernardino Rafael, disse que tem
sido desmantelados vários focos de consumo e venda de drogas.
“Os bairros da Mafalala e Chamanculo, assim como algumas casas de pasto, como Matchedje,
são focos de venda e consumo de drogas. Nós vamos para lá, sempre, pois são locais
recorrentes no consumo e venda de drogas. Este é um problema que só pode acabar com o
envolvimento de toda população”, disse.
Por seu turno, a governadora Iolanda Cintura manifestou preocupação com o índice de
consumo de drogas nas escolas da cidade de Maputo.
“Este é um assunto muito sensível. A evolução do problema ano após ano nos preocupa em
grande medida, mas eu tenho esperança na identificação de soluções para se ultrapassar o
problema”, disse.
http://197.218.5.28/articles/detail_article/39083
Categoria: Nacional
Publicado em 22 março 2016
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O apelo foi aquando do lançamento do projecto “smahsed” (quebrados) que visa despertar os riscos sobre
o consumo de álcool na menor idade no seio da camada estudantil na faixa dos 12 aos 13 anos.
A iniciativa promovida pela DIAGEO em parceria com o Ministério da Educação e Desenvolvimento da
Humano (MINEDH) e o Consulado Britânico em Moçambique, pretende divulgar mensagens educativas por
meio de peças teatrais nas escolas onde serão abordados os impactos negativos do consumo de bebidas
alcoólicas.
No seu discurso o ministro da educação disse que os actuais níveis de consumo de álcool são preocupantes
pois para além de criar sérios riscos a saúde dos alunos, estão a comprometer o seu aproveitamento
pedagógico.
“O álcool, o HIV, o tabaco e outras drogas são males sociais que e ameaçam destruir a juventude de
numerosos alunos pelo país, e isto é um chamamento a união de todas as forças vivas da sociedade para
que possamos enfrentar e erradicar estes males de modo proteger as gerações vindouras destes perigos ”
alertou o ministro.
Falando da exposição que os alunos encontram pelo facto de algumas escolas estarem próximas de
mercados informais onde se vendem bebidas alcoólicas, Jorge Ferrão pediu uma maior responsabilidade por
parte dos agentes informais, chamando estes a serem parceiros do Ministério da educação na erradicação
do fenómeno.
“Naturalmente que nós temos barracas em volta das nossas escolas, nos espaços que foram tomados pelo
comercio informal. Respeitamos as pessoas que exercem o comércio informal, mas gostaríamos de com eles
fazer um pacto e apelar que somente vendam o álcool a maiores de 18 anos e não as crianças, pois a nossa
área de jurisdição é até o limite da própria escola” exortou.
Moçambique é o primeiro país africano a acolher esta iniciativa que surgiu no Reino Unido há sensivelmente
11 anos, tendo já escalado diversos países como a Irlanda, Vietname, Jamaica, entre outros. Na primeira
fase o projecto vai abranger 45.000 alunos de 30 escolas do Distrito de Marracuene, onde actores
profissionais da Escola de Comunicação e Artes (ECA) vão escalar duas escolas por dia.
A tese foi defendida há dias por Emanuel Impissa, administrador do distrito de Ribáuè,
província de Nampula, no acto da entrega de cinquenta telefones móveis celulares para
igual número de presidentes de conselhos de escola, no âmbito da potenciação da
sociedade civil para contribuir no controlo da assiduidade do professor.
Na mesma cerimónia Emanuel Impissa apelou os gestores das escolas e das zonas de
influência pedagógica (ZIP) para que adoptem comportamentos que possam ser seguidos
ao nível das comunidades onde se encontram inseridos, na escola.
“Há gestores de escolas que permitem o registo de situações anárquicas sendo uma delas e
que tem vindo a ganhar espaço que se consubstancia com pedido de um professor ao seu
colega para leccionar a sua turma por um período mínimo de uma semana enquanto se
desloca à cidade capital provincial para alegadamente efectuar operações junto a banca
quando na verdade ele se encontra num convívio com a família e amigos”, referiu aquele
dirigente.
Aconselhou, para situações similares, que a denúncia da comunidade seja feita através do
presidente do conselho de escola, reforçando que só desta forma é que se pode pensar
que está havendo contribuição para eliminar um dos factores que concorrem para a fraca
qualidade do ensino.
http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/sociedade/54314-consumo-de-alcool-nas-escolas-
preocupa-sector-da-educacao.html