You are on page 1of 5

MEIOS DE PROVA EM ESPÉCIE

INTERROGATÓRIO X DEPOIMENTO PESSOAL

DEPOIMENTO PESSOAL E COMPATIBILIDADE COM O PROCESSO DO TRABALHO

CONFISSÃO E REQUISITOS: ANIMUS CONFITENDI E FATOS DISPONÍVEIS

ESPÉCIES DE CONFISSÃO

a) Ficta ou real

b) Judicial ou extrajudicial

c) Provocada ou espontânea

d) Irrevogável e indivisível

Art. 389. Há confissão, judicial ou extrajudicial, quando a parte admite a verdade de fato contrário ao
seu interesse e favorável ao do adversário.
Art. 390. A confissão judicial pode ser espontânea ou provocada.
§ 1o A confissão espontânea pode ser feita pela própria parte ou por representante com poder especial.
§ 2o A confissão provocada constará do termo de depoimento pessoal.
Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os
litisconsortes.
Parágrafo único. Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre imóveis alheios, a
confissão de um cônjuge ou companheiro não valerá sem a do outro, salvo se o regime de casamento for o de
separação absoluta de bens.
Art. 392. Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos indisponíveis.
§ 1o A confissão será ineficaz se feita por quem não for capaz de dispor do direito a que se referem os
fatos confessados.
§ 2o A confissão feita por um representante somente é eficaz nos limites em que este pode vincular o
representado.
Art. 393. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coação.
Parágrafo único. A legitimidade para a ação prevista no caput é exclusiva do confitente e pode ser
transferida a seus herdeiros se ele falecer após a propositura.
Art. 394. A confissão extrajudicial, quando feita oralmente, só terá eficácia nos casos em que a lei não
exija prova literal.
Art. 395. A confissão é, em regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar como prova
aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável, porém cindir-se-á quando o
confitente a ela aduzir fatos novos, capazes de constituir fundamento de defesa de direito material ou de
reconvenção.
1- PROVA PERICIAL

função de bem e fielmente verificar as coisas e os fatos e lhe transmitir, por meio de parecer, o relato de suas
observações ou as conclusões que das mesmas extraírem. Como auxiliares do juiz e para funcionarem no
processo, os peritos cumprirão leal e honradamente a sua função.

ESPÉCIES DE PERÍCIAS

Exames (coisas, pessoas)

Vistoria (bens imóveis)

Avaliar (estimar valores)

INDEFERIMENTO DE PERÍCIA
Art. 464
(...)

§ 1o O juiz indeferirá a perícia quando:


I - a prova do fato não depender de conhecimento especial de técnico;
II - for desnecessária em vista de outras provas produzidas;
III - a verificação for impraticável.

Súmula nº 453 do TST - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO ESPONTÂNEO.


CARACTERIZAÇÃO DE FATO INCONTROVERSO. DESNECESSÁRIA A PERÍCIA DE QUE TRATA O
ART. 195 DA CLT. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 406 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT
divulgado em 21, 22 e 23.05.2014
O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa, ainda que de forma
proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto,
dispensa a realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna incontroversa a existência do
trabalho em condições perigosas.

OJ-SDI1-278 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. PERÍCIA. LOCAL DE TRABALHO DESATIVADO


(DJ 11.08.2003) A realização de perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quando não for
possível sua realização, como em caso de fechamento da empresa, poderá o julgador utilizar-se de outros
meios de prova.

PERÍCIA SIMPLIFICADA
Art. 464
(...)
§ 2o De ofício ou a requerimento das partes, o juiz poderá, em substituição à perícia, determinar a
produção de prova técnica simplificada, quando o ponto controvertido for de menor complexidade.
§ 3o A prova técnica simplificada consistirá apenas na inquirição de especialista, pelo juiz, sobre ponto
controvertido da causa que demande especial conhecimento científico ou técnico.
§ 4o Durante a arguição, o especialista, que deverá ter formação acadêmica específica na área objeto de seu
depoimento, poderá valer-se de qualquer recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens com o fim de
esclarecer os pontos controvertidos da causa.
Art. 473. O laudo pericial deverá conter:
I - a exposição do objeto da perícia;
II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito;
III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser predominantemente aceito
pelos especialistas da área do conhecimento da qual se originou;
IV - resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo órgão do
Ministério Público.

HONORÁRIOS PERICIAIS E PAGAMENTO

Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão
objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita.

§ 1o Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite máximo estabelecido pelo
Conselho Superior da Justiça do Trabalho.

§ 2o O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários periciais.

§ 3o O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização de perícias.

§ 4o Somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha obtido em juízo créditos capazes de
suportar a despesa referida no caput, ainda que em outro processo, a União responderá pelo encargo.

2- INSPEÇÃO JUDICIAL

Inspeção judicial é o meio de prova que consiste na percepção sensorial direta do juiz sobre qualidades ou
circunstâncias corpóreas de pessoas ou coisas relacionadas com o litígio. A inspeção judicial é uma faculdade
do juiz da causa, entretanto há no Código uma situação em que ela se torna obrigatória (art. 1.181) que aduz
serem obrigatórios o exame e interrogatório do interditando.

Art. 483. O juiz irá ao local onde se encontre a pessoa ou a coisa quando:
I - julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação dos fatos que deva observar;
II - a coisa não puder ser apresentada em juízo sem consideráveis despesas ou graves dificuldades;
III - determinar a reconstituição dos fatos.

3- DOCUMENTOS
Documentos são toda representação objetiva de um pensamento, material ou literal (Alsina). Em sentido
estrito, documento é toda coisa que seja produto de um ato humano, perceptível com o sentido da visão do
fato que serve de prova histórica indireta ou representativa de um fato qualquer.

DOCUMENTO AUTÊNTICO

todo documento que não se tem dúvida de sua autoria e veracidade material do conteúdo que nele se contém.
Será Inautêntico quando declarada sua falsidade material

DOCUMENTO PÚBLICO:
FORMAÇÃO E FATOS OCORRIDOS NA FRENTE DA AUTORIDADE: FÉ PÚBLICA

Art. 408. As declarações constantes do documento particular escrito e assinado ou somente assinado
presumem-se verdadeiras em relação ao signatário.

Parágrafo único. Quando, todavia, contiver declaração de ciência de determinado fato, o documento
particular prova a ciência, mas não o fato em si, incumbindo o ônus de prová-lo ao interessado em sua
veracidade.

EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS

ATÉ QUANDO É POSSÍVEL ANEXAR DOCUMENTOS NO PROCESSO DO TRABALHO?

SUM-8 JUNTADA DE DOCUMENTO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19,20 e 21.11.2003 A juntada de


documentos na fase recursal só se justifica quando provado o justo impedimento para sua oportuna
apresentação ou se referir a fato posterior à sentença.

FALSIDADE DOCUMENTAL

FALSIDADE MATERIAL x FALSIDADE IDEOLÓGICA

ÔNUS DA PROVA E FALSIDADE DOCUMENTAL

- se tratar de falsidade de documento ou de preenchimento abusivo, à parte que a arguir

- se tratar de impugnação da autenticidade, à parte que produziu o documento

INCIDENTE DE FALSIDADE

A falsidade deve ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo de 15 (quinze) dias, contado a partir da
intimação da juntada do documento aos autos.(art.430, CPC)

A arguição de falsidade tem por objeto uma questão de fato (autenticidade ou falsidade de um documento),
que é prejudicial ao julgamento objeto litigioso, na medida em que o interesse de agir de quem a suscita,
conforme se verá, está vinculado à relevância do documento reputado falso para o deslinde da causa. Assim,
saber se o documento é, ou não, falso deve ser uma questão que tenha aptidão para influenciar na resolução
do próprio mérito da demanda.

FALSIDADE DOCUMENTAL MATERIAL E PERÍCIA TÉCNICA


Segundo Nelson Nery Junior e Rosa Maria de Andrade Nery (208) : A ata notarial é documento público,
fruto da atuação notarial, documento revestido de fé pública, lavrado por tabelião que atesta a existência de
um fato ou o modo de esse fato existir, descrevendo-o conforme ele se apresenta, de sorte a preservar a
memória de sua ocorrência e servir como

4- TESTEMUNHA

Testemunha é, em sentido muito amplo e vago, quem pelos sentidos tomou conhecimento de algum fato, não
importando se o faz pelo sentido da visão, audição, paladar, olfato ou tato, ou mesmo por informação de
outrem. Em direito processual, é a pessoa física chamada a cooperar com a Justiça, informando ao juiz os
fatos e circunstâncias de interesse para a causa, dos quais tenha conhecimento.

Incapacidade

Impedimento

Suspeição

SUM-357 TESTEMUNHA. AÇÃO CONTRA A MESMA RECLAMADA. SUSPEIÇÃO (mantida) - Res.


121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter
litigado contra o mesmo empregador.

Isenção de animus. Comprovado durante a instrução processual que a testemunha indicada relaciona-se com
a parte que a indicou fora do âmbito laboral, frequentando, uma em companhia da ou- tra, barzinhos, ou
outros locais assemelhados, evidenciando desta forma a existência de estreitos laços de amizade, afigura-se
regular e justificável o acolhimento da contradita lançada, porque demonstrada a suspeição da referida
testemunha por faltar-lhe a necessária isenção de ânimo, inconfundível com a hipótese de mera cordialidade
mantida entre colegas de trabalho. (TRT/SP ? 00415 200407802006 ? RO ? Ac. 4 a T. ? 20060715060 ? Rel.
Paulo Augusto Câmara ? DOE 22.9.2006).

QUALIFICAÇÃO DA TESTEMUNHA E FALTA DE DOCUMENTO

Art. 457. Antes de depor, a testemunha será qualificada, declarará ou confirmará seus dados e informará se tem relações de
parentesco com a parte ou interesse no objeto do processo.
§ 1o É lícito à parte contraditar a testemunha, arguindo-lhe a incapacidade, o impedimento ou a suspeição, bem como, caso a
testemunha negue os fatos que lhe são imputados, provar a contradita com documentos ou com testemunhas, até 3 (três),
apresentadas no ato e inquiridas em separado.
§ 2o Sendo provados ou confessados os fatos a que se refere o § 1 o, o juiz dispensará a testemunha ou lhe tomará o depoimento
como informante.
§ 3o A testemunha pode requerer ao juiz que a escuse de depor, alegando os motivos previstos neste Código, decidindo o juiz
de plano após ouvidas as partes.

Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo
judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: (Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013) (Vigência)
§ 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de
obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública
direta ou indireta.(Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
§ 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a
verdade.(Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)

You might also like