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José Carlos da Silva Pereira | Recursos para Matemática

EXAME NACIONAL DE MATEMÁTICA A

2018 – 2.ª FASE | PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

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EXAME NACIONAL DE MATEMÁTICA A

2.ª FASE | 2018

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

Exame Nacional Matemática A | 2018 | 2.ª Fase | Proposta de Resolução | 1


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CADERNO 1

1.

1.1. Consideremos a seguinte figura:

  2        2

1  0,9545 0,9545 1  0,9545


2 2

A variável aleatória X tem distribuição normal de valor médio  e desvio padrão  , pelo que:

P    2  X    2   0,9545

1  0,9545
Logo, P  X    2    0,02275 , pelo que P  X    2   1  0,02275  0,97725  0,977 .
2

Resposta: C

ˆ  180º 81º 57 º  42º . Assim, pela Lei dos senos, vem que:
1.2. Tem-se que ACB

ˆ
sen ACB   sen  ABC
ˆ 

sen  42º  sen  81º 
  AB  sen  81º   5sen  42º   AB 
5sen  42º 
 3,39
AB AC AB 5 sen  81º 

Resposta: C

2. Sejam B e F os acontecimentos:

B : «o atleta escolhido pratica basquetebol» e F : «o atleta escolhido pratica futebol»

Pelo enunciado tem-se que P  B  


1
5
, P  F    P  F   e que P B F  .
2
5
3
5
3
4
 

Para mostrar que existe pelo menos um atleta que pratica as duas modalidades, basta mostrar que P  B  F   0 .

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PB  F  3

Tem-se que P B F   3
4

PF 
  PB  F     PB  F  
4 P F   3
3 3
4 5
9
20
.
5

 
Mas, P  B  F   P B  F  1  P  B  F   1   P  B   P  F   P  B  F   , pelo que:

PB  F    1   P  B   P  F   P  B  F  
9 9 1 2 9
 1   PB  F   
20 20 5 5 20

2 9 9 2 1
  PB  F    PB  F     PB  F  
5 20 20 5 20

Portanto, como P  B  F   0 , existe pelo menos um atleta que pratica as duas modalidades.

3.

3.1. Para o primeiro caracter temos cinco hipóteses, uma das cinco vogais. Para os restantes três caracteres temos de
escolher três algarismos entre os nove disponíveis. O número de maneiras de o fazer é 9 C3 . Para cada uma destas
maneiras, os três algarismos escolhidos permutam entre si de 3! maneiras distintas.

Logo, o número de códigos nas condições do enunciado é 5  9C3  3!  5  9 A3  2520 .


Resposta: D

3.2. O número de casos possíveis é 144 , pois para cada caracter existem catorze hipóteses.

Para o número de casos favoráveis temos de contar todos os códigos de quatro algarismos distintos cujo produto
ímpar. Para que esse produto seja ímpar é necessário que todos os algarismos escolhidos sejam ímpares. Assim, dos
cinco algarismos ímpares escolhem-se quatro; o número de maneiras de o fazer é 5 C4 . Para cada uma destas
maneiras, os quatro algarismos escolhidos permutam entre si de 4! maneiras distintas. Logo, o número de casos
favoráveis é 5 C4  4!  5 A4 .

5
A4
Portanto, a probabilidade pedida é dada por  0,003 .
144

4.

4.1. As coordenadas do ponto P são da forma P 1,3, zP  , com z p  0 . Assim, como o ponto P pertence à superfície
esférica dada, vem que:

1  1   3  2   zP  1  10  0  1   zP  1  10   zP  1  9  zP  1   9 
2 2 2 2 2

 zP  1   3  zP  1  3  zP   4  zP  2
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Como z p  0 , vem que P 1,3,  4  .

Um vector director da recta r é r  4,1, 2  , pelo que um vector normal a um plano perpendicular à recta r é r e
portanto, uma equação do plano perpendicular à recta r que contém o ponto P é:

4  x  1  1 y  3  2  z  4   0  4 x  4  y  3  2 z  8  0  4 x  y  2 z  15  0

4.2. Tem-se que C 1,2, 1 e A 1,2,1 , pois A é o simétrico de C em relação ao plano xOy.

A amplitude do ângulo AOC é igual à amplitude do ângulo entre os vectores OA e OC , pelo que:

1, 2,1  1, 2, 1 1 1  2  2  1   1


 
ˆ  cos OA OC 
cos AOC   OA  OC

1, 2,1  1, 2, 1
 
OA  OC 12  22  12  12  22   1
i) 2

1 4 1 4 2
  
6 6 6 3


Portanto, cos AOC
3

ˆ  arccos  2   48º
ˆ  2  AOC
 
3

i) OA  A  O  1,2,1   0,0,0  1,2,1 e OC  C  O  1,2, 1   0,0,0  1,2, 1

5. A distância de mercúrio ao Sol quando o ângulo  aumenta para o triplo é dada por d  3  . Assim, pretende-se
determinar   0,20º  de modo que d  3   d    0,03 d    d  3   0,97d  

555 0,97  555


Assim, d  3   0,97d    d  3   0,97d    0   0
10  2,06cos  3  10  2,06cos 

Recorrendo ao editor de funções da calculadora, define-se y1  d  3   0,97d   na janela 0,20    5,5 :

y  d  3   0,97d  

a  10º 20º
O 

Assim, d  3   0,97d    0    a , com a  10º .

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 
6. A função f  é derivável em  0,  pelo que, como o gráfico de f tem um único ponto de inflexão, a sua abcissa
 2
será necessariamente o zero da segunda derivada de f , f  .

Assim, como f   x    3x  tg x   3 
1
, vem que:
cos2 x

1 1 1 1  1 
f   x   0  3  2
0 2
 3  cos 2 x   cos x   x  arccos    0,96

cos x cos x 3 x 0,   cos x  0
 2
3  3

Resposta: D

7. Seja r, com r  , a razão da progressão aritmética  un  . Tem-se que:

▪ u3  u1  2r  u1  u3  2r  u1  4  2r
u3  4

▪ u12  u3  9r  u12  4  9r
u3  4

u1  u12
Portanto, como S12   12 , vem que:
2

4  2r  4  9 r 174 21
S12  174   12  174   7r  8  6  174  7r  8   7r  29  8  r   r  3
2 6 7

Logo, como o termos geral da progressão aritmética  un  é dado por un  u3   n  3  r , vem que:

un  4   n  3  3  3  3n  9  3n  5

Vejamos então se existe um n tal que un  5371 :

5376
un  5371  3n  5  5371  3n  5376  n   n  1792
3

 5371 é o termo de ordem 1792 da progressão aritmética  un  .

8. Considerando zC o número complexo cujo afixo é C, zC e z são raízes de índice 5 de um certo número complexo,
pelo que z 5   zC  .
5

Mas zC  1 e portanto z 5   zC    1  1 .


5 5

Resposta: A

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CADERNO 2

9.

9.1. Vamos começar por representar a região admissível deste problema de Programação Linear:

y
Tem-se que:
C  0,10
▪ x  0  0  y  10  y  10  C  0,10 ; a recta de equação
x  y  10 intersecta o eixo Oy no ponto C  0,10 
B  5,5

▪ x  5  5  y  10  y  5  B  5,5 ; as retas de equações


x  y  10  y   x  10
x  y  10 e x  5 intersectam-se no ponto B  5,5
A 5,0 
O 5 x

3 3
Para L  0 , tem-se que 0  3x  5 y  y   x . A reta de equação y   x , reta de nível 0, não é paralela a
5 5
nenhum dos lados do polígono OABC  e portanto a solução óptima deste problema é atingida num dos seus vértices.

Assim:

Vértice L  3x  5 y

A  5,0  L  3  5  5  0  15

B  5,5 L  3  5  5  5  40

C  0,10  L  3  0  5 10  50

 O valor máximo que a função objectivo alcança na região admissível dada pelo sistema é 50.

Resposta: B

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9.2. Tem-se que:

▪ F1 F2  2c (distância focal), pelo que F1F2  12  2c  12  c  6

▪ PF1  PF2  2a (eixo maior), pelo que PF1  PF2  20  2a  20  a  10

▪ a2  b2  c2  102  b2  62  100  36  b2  b2  64

x2 y 2
A equação reduzida da elipse é da forma   1 , sendo a o semi-eixo maior e b o semi-eixo menor. Assim, como
a 2 b2
x2 y2
a 2  100 e b2  64 , a equação reduzida da elipse é   1.
100 64
Resposta: B

10. Tem-se que i15  i123  i12  i3  i 43  i 2  i   i 4    1  i  13    i    i , pelo que:
3

2  i 1 i
2
4  4i  i 2  1  i 4  3i  1  1 4  3i 1  2i
z  3i15   3 i   3i    3i 
1  2i 1  2i 1  2i 1  2i 1  2i

4  8i  3i  6i 2 4  5i  6 10  5 i
  3i   3i   3i  2  i  3i  2  2 i
1   2i  1  4i 2
2 2
5

1 1
Logo,   z     2  2i   1  i
2 2

1
Escrevendo   z na forma trigonométrica vem:
2

1
▪   z  1 i   1   1  1  1  2
2 2

1 1  5
▪ sendo  um argumento de   z , tem-se tg    1 , com   3.ºQ , pelo que      .
2 1 4 4

5
1 i
Logo,   z  1  i  2 e 4 .
2

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11. A recta r é tangente à circunferência de centro na origem no ponto A, pelo que é perpendicular à recta OA:

A  2,1

O x
r

1 1 1
Como OA  A  O   2,1   0,0   2,1 , pelo que mOA  e portanto mr      2 .
2 mOA 1
2

Logo r : y   2 x  b , sendo b a sua ordenada na origem. Como o ponto A pertence à recta r, substituindo-o na sua
equação, vem 1   2  2  b  b  5 .
Resposta: B

12.

12.1. Fazendo a intersecção dos três planos, vem que:

y   x x   y x   y x   y
   
   
y  z  y  z  y  z  y  z  Sistema impossível
   
2 x  3 y  z  1  0 2   y   3 y  y  1  0   2 y  2 y  1  0 1  0  P.F .
   

Logo, a intersecção dos três planos é o conjunto vazio.


Resposta: D

12.2. Tem-se que:

1 1 1
  5   n  2   5
n
2   5 
n 2
n
 n  1       1     lim  1     e5  2
1

 n  5 2
1 1
   n      lim  n     n      
5 1 2
  
4 2
 e2
lim   lim
  1         1 e e
 n 1 
n n
 1  1  
e
 n  1       1     lim 1   
  n      n    n  

Resposta: D

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13. Tem-se que:

▪ D  x  : x  1  0  8  x  0  x  : x  1  x  8  x  : 1  x  8   1,8 

▪ Neste domínio, tem-se:

log 2  x  1  3  log 2 8  x   3 log 2  x  1  log 2 8  x   log 2  23   log 2   x  18  x    log 2 8 


 
3  log 2 2

 8x  x2  8  x  8  7 x  x2  0

Cálculo auxiliar: 7 x  x2  0  x  7  x   0  x  0  7  x  0  x  0  x  7

Assim, como a função y  7 x  x2 é quadrática e o seu gráfico, que é uma parábola, tem a concavidade voltada para
baixo, o conjunto solução da inequação 7 x  x2  0 é   ,0  7,   :

0 7
x
y  7 x  x2

Como o domínio de validade da inequação é   1,8  , fazendo a intersecção vem:

1 0 7 8

 O conjunto solução da inequação dada é    ,0  7,       1,8    1,0  7,8 .

14.

e0 1
14.1. Tem-se que f  0   3   3   3  1  4 , pelo que:
1 0 1

ex ex ex  1  x 0
f  x   f  0 3 4 1  
1 x
x
  0
 lim 1  x  lim 1  x  lim
e 1 x
f   0   lim  lim 
x 0 x0 x 0 x x 0 x x 0 x x  0 x 1  x 

ex  1 x ex  1 1 1 1
 lim  lim  lim  lim   1 1 11  2
x  0 x 1  x 
 
x 0 x 1  x x 0 x x 0 1  x 1  0 1  0
Limite notável

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14.2. Tem-se que:

 ex  ex e 0 0
▪ lim f  x   lim  3    3  lim  3  3 3 30  3
x  x 
 1 x  x  1  x 1     1  

Logo, a recta de equação y  3 é assimptota horizontal do gráfico de f , quando x   .

ln  x 2   2 2ln x  2 2ln x 2 ln x 2
▪ lim f  x   lim  lim  lim  lim  2  lim   20  0  0
x   x   x x 1 x  0 x   x x   x x   x x   x 
Limite notável

Logo, a recta de equação y  0 é assimptota horizontal do gráfico de f , quando x   .

14.3. Tem-se que  f h1   2   f  h1  2   .

Assim, como h  x   2  x  1  2  x  1 , vem que h 1  2  h1  2   1 ( h tem inversa, por ser bijectiva)

ln 12   2
Logo,  f h1   2   f  h1  2    f 1   ln1  2  0  2  2 .
1
Resposta: C

15. Uma reta tangente ao gráfico de g num dado ponto tem declive máximo, se na abcissa do ponto a derivada de g
tem um máximo absoluto. Tem-se:

▪ g   x   2cos x  2sen x sen x   2cos x  2sen xcos x  2cos x sen 2 x 


 sen  2 x 

▪ g   x    2sen x   2 x  cos 2 x    2sen x  2cos 2 x 

▪ g   x   0   2sen x  2cos 2 x   0  2cos 2 x   2sen x  cos 2 x  sen x

 
Como sen x  cos   x  , vem que:
2 

   
cos  2 x   sen x  cos  2 x   cos   x   2 x   x  2k  2 x    x  2k , k 
2  2 2

   2k 
 3x   2 k  x    2 k , k   x    x    2k  , k 
2 2 6 3 2

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Assim,

   
▪ se k  0 , então x   x ;  0,   e   0,  
6 2 6 2

 2 5  3 5 3
▪ se k  1 , então x     x    2  ;  0,   e  0,  
6 3 6 2 2 6 2

 4 3 3  2  
▪ se k  2 , então x    ;  0,   ▪ se k  1 , então x     ;   0,  
6 3 2 2 6 3 2 2

 5
Portanto, os zeros de g  que pertencem ao intervalo 0,   são e .
6 6

Recorrendo a uma tabela de variação do sinal de g  , vem:

 5
x 0 
6 6

g   x 
*
0 0

g mín. máx. mín. máx.

Assim, como:

      3 3 3 3
g     2cos    sen    2    e g     2cos    sen  2   2   1  0   2
6 6 3 2 2 2

3 3 3 3
o máximo absoluto da função g  é , pelo que o declive da recta r é .
2 2

Nota:

   5         
▪ tem-se que  ,  e g   2    2sen  2   2cos  2  2    2  1  2cos     2  2   1   4  g   2   0 ;
2 6 6         

 
▪ tem-se que 0  0,  e g  0   2sen  0  2cos  0    2  0  2 1  2  g  0   0 ;
 6

 5 
▪ tem-se que    ,   e g     2sen    2cos  2    2  0  2  1  2  g  0   0 .
 6 

FIM
Exame Nacional Matemática A | 2018 | 2.ª Fase | Proposta de Resolução | 11

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