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- A morte e seus significados

-- Morte como fator libertador, passagem e fim:

G2ºP2 – Em meu ponto de vista, a morte é uma forma de libertação da


vida, pois de certa forma, a vida pode ser um limitador para sua atuação.

(Pra mim pode ser é uma forma de libertação da vida, porque de certa
forma a vida pode ser um limitador pra sua atuação. Eu vejo a morte uma um
fator libertador.)

G2ºP4 – Avalio da seguinte forma: quem morre, liberta-se e deixa o


sentimento de perda aos que ficam.

-- Morte como finalidade de ciclos ou fases:

G4ºP3 - Penso que há um ciclo, em que a pessoa nasce, vive e morre.


Também acredito na passagem.

(Para mim também, acho que é um ciclo, a pessoa nasce, vive e morre,
eu também acredito na passagem.)

G4ºP4 – A morte faz parte de um ciclo que culmina na morte. Alguns


cumprirão todas as etapas da vida, outros nem chegarão a envelhecer. Ainda
assim, a morte não deixa de ser algo natural.

Então, acho que a morte é realmente, ao meu ver, um ciclo, todos vão
morrer e alguns seguem um ciclo completo como o Joãozinho comentou, que
chega até a fase da velhice outros para alguns interferem e falecem antes, e
acho que o natural mesmo.

-- Morte como forma inesperada:


4ºSG1P1 – Considero a morte como algo natural. Todos passaremos por
ela. Porém, quando a morte acomete crianças ou vítimas de acidentes, suponho
que foge ao esperado, à ordem natural. Uma vez que, sempre aguardamos que
uma pessoa morra na velhice. Então, esse tipo de morte afeta, incomoda mais.
A morte pra mim é algo natural ne? Algo que todas nós vamos passar,
mas que quando acomete assim crianças ou são vitimas de algum acidente é
algo que foge do esperado ne? Porque a gente espera que a pessoa morra na
velhice e isso quando acontece com essas pessoas me incomoda mais. Me afeta
mais.
-- Morte fora do contexto, fora da realidade
G2ºP7- Nunca pensei sobre como seria perder alguém próximo a mim.
Não conversei sobre a morte, avalio ser um assunto que todos evitam.
Nunca parei, e como seria perder alguém perto de mim. Então, eu nunca
cheguei a conversar sobre morte, e é um assunto que todo mundo evita.

-- Morte com finalidade de ir para outras dimensões


G2ºP8 – Geralmente, não se pensa que a pessoa morta vai para um lugar
melhor, já que fica a tristeza e a saudade.
Geralmente você não pensa que a pessoa vai pra um lugar melhor, já que
você fica triste e com saudade.
G2ºP1- Entendo a morte como um ritual o qual se passa quando já se
viveu de tudo um pouco na vida. Também considero uma predestinação, em que
se vive até o momento planejado por um ser maior. Após a morte, a pessoa vai
para um lugar desconhecido, mas que idealizo ser muito bom.

acho que a morte é um ritual que você passa quando você já viveu tudo o
que você tinha pra viver, porque eu também acredito em predestinação. E aí
você chega a determinado ponto que viveu tudo o que um ser maior planejou pra
você. E você vai pra um lugar maior que eu não sei qual é, mas eu acredito que
seja muito bom.

Influências da religião e cultura


-- Formas de minimizar a morte
G4ºP1 – Em nossa cultura falar de morte tem o mesmo efeito que falar de
pornografia, por exemplo. É algo taxativo. Crescemos nessa cultura,
acostumamos e criamos paradigmas com receitas para não falar da morte como
se fala de um nascimento. Evita-se o assunto em ambientes familiares e sociais.

A gente nasceu numa cultura que falar de morte, é quase que o mesmo
que sei lá pornografia, algo taxado entendeu? Então a gente já cresceu numa
cultura assim, então por causa disso a gente acaba criando paradigmas, criando
receitas mesmo que não pode falar disso. Tipo, to numa mesa almoçando e eu
não podemos falar disso. Porque nossa, vai falar desse assunto agora? E no
mesmo sentido, eu vou falar de morte como se fosse nascimento.

G4ºP1 – Nossa cultura ensina-nos a poupar muito a dor. Isso se dá pelo


sofrimento causado pela morte. Desde o colégio, não existe assunto sobre
morte, não se fala sobre ela.
Eu acho que a nossa cultura nos ensina a poupar muito da dor, sabe
porque eu acho que é tão sofrido, tanto sofrimento que elas ensinam a gente a
poupar e isso é desde o colégio. Então falar sobre morte ninguém é ensinado a
falar sobre, ninguém.
-- Religião como maneira explicativa de morte
G2ºP4: A religião, pelo menos as cristãs, trazem a vertente de que após
a morte, o ser humano, em outra forma, vai para um lugar melhor. Também é
incentivada a crença na cura das doenças, assim, uma pessoa que não tem
prognóstico de cura está recebendo um castigo divino.

Mas a religião sempre traz, tem essa vertente que a pessoa ta num lugar
melhor, mas tem a outra, de que a gente sempre acredita na cura. E a pessoa
que não tem prognóstico de cura é como castigo divino.

G4ºP5 – De certa forma, algumas religiões doutrinam que a morte não é


algo temível. A bíblia apresenta a morte como uma vantagem. Nesse sentido,
não há coisa terrível, apenas uma mudança de cenário. Só existe dor para os
que ficam.
É porque de certa forma algumas igrejas trazem que a morte não é algo
a ser temível ne? Até na bíblia mesmo diz que “morrer é lucro ne”. De certa forma
não é pra ser algo visto como algo tão terrível, mas a mudança de cenário de
certa forma trouxe como algo horrível ne, algo porque é algo doloroso para as
pessoas que ficam ne? Porque pra quem vai pode ser mesmo algo bom.
G4ºP4 – Algumas religiões ensinam que a morte é a contemplação do
máximo, do êxtase. Nelas há o culto à morte com ritual e sacrifícios pelo que
acreditam.
Tem algumas religiões que acham que a morte já é contemplação do
máximo ne? Do êxtase ne? Nossa faz todo um ritual ne? Faz ate um sacrifício
ne, pelo que eles acreditam.
-- Visão da morte em culturas diferentes
G2ºP4 – Os mexicanos fazem um culto, celebram a festa dos mortos. Aqui
no Brasil, não se discute o assunto sobre a morte de forma equilibrada.

Nós vemos os mexicanos que fazem o culto dos mortos, a festa dos
mortos. Aqui no Brasil você tem a morte como algo que não se fala a gente não
discute a gente não fala sobre morte.

G4ºPh – Antes, a morte era entendida apenas do ponto de vista


cultural, hoje, há sem dúvida a influência da ciência na elucidação da
morte.
A morte antes era vista de uma forma e atualmente já sofre uma influencia
cultural, sofre influencia da ciência. Então eu acho que ela tem sim um influencia
cultural e cientifica também.

G4ºP4: - A cultura, a etnia e os valores religiosos, influenciam de forma


determinante sobre o entendimento e aceitação da morte. Tendo como exemplo,
algumas tribos indígenas que celebram a morte de entes falecidos e outras tribos
não.
e eu assim, penso que essa questão da cultura influencia sim. Você vê as
pessoas dizendo tipo às tribos indígenas que celebram a morte de algum
membro que faleceu e em outros lugares não. A morte como uma passagem,
acredita fielmente que a cultura etnia e os valores religiosos influenciam.

As influências da morte no contexto de formação profissional

Vivência pessoas de morte


-- Perda e superação pessoal
G4ºP3 – Eu perdi meu irmão mais velho, por parte de pai, em um acidente
de moto. No início foi muito doloroso. Era uma pessoa nova, ativa e por isso, não
nos conformamos. Com o passar do tempo fomos melhorando, nos
acostumando com a ausência dele. Como disse, no início é doloroso, mas depois
nos acostumamos. (Repetição é opcional colocar ou não)
eu já, pessoal eu perdi meu irmão, ele sofreu um acidente de moto, meu
irmão mais velho por parte de pai e assim no inicio é muito doloroso ne? E acho
que ele por ser uma pessoa nova uma pessoa ativa, a gente ficou um pouco
inconformado e com o passar do tempo não é que a gente vá melhorando, mas
vai acostumando com a falta da presença da pessoa, mas no inicio é bem
doloroso. Mas depois a gente acostuma.

G4ºP5 – Eu não consigo formar uma opinião sobre isso, penso que sua
morte foi tranquila, mesmo porque não sei sua posição sobre isso.

Eu não tenho uma opinião formada, acho que foi tranqüilo ela ter ido
embora, ate porque eu não sei se ela tinha alguma posição sobre isso.

G4ºP1- A dor vem até hoje, forte. Principalmente depois que comecei a
estudar e percebi que poderia ter evitado a doença, mas a vida permanece.
Então assim, a dor ela vem assim até hoje, grande, e principalmente
depois que eu comecei a estudar e percebi que poderia ter sido evitado à
doença, mas a vida permanece.
G2ºP7 – Como já falei, quando sabemos que uma pessoa vai morrer, nos
preparamos antes, chegada a hora estamos tranquilos. Já sabia que ia
acontecer.
E como eu já falei quando a gente sabe que a pessoa vai morrer a gente
se prepara antes, e quando chega na hora à gente já ta tranqüilo. E já sabia que
ia acontecer.
G2ºP2 – Todos somos apegados à vida, mesmo que seja à vida dos
outros. Quando chega a hora simplesmente não cedemos.

Tipo todo mundo é tão apegado a vida, mesmo que seja a vida dos outros
que quando chega à hora simplesmente não quer abrir mão.

G2ºP6 – Após dois anos de seu falecimento, porém eu lidei bem com a
situação. Talvez pela idade dele, pela amputação de uma perna. Como estava
vendo todo seu sofrimento aceitei mais a sua morte.

depois de dois anos ele faleceu, mas eu acho que eu lidei bem com assim,
não sei se foi por conta da idade do sofrimento, ele teve que amputar uma perna
e assim eu tava vendo que tava sendo muito sofrido, e ai foi tranqüilo.
Dificuldades durante a formação profissional
-- Vivência como estudante
G4ºP1 - No início é difícil aceitar, há uma sensação de incapacidade.
Com o passar do tempo, vamos aprendendo a lidar com nossos sentimentos e
aceitando que fizemos tudo que podíamos.
Mas com o passar do tempo a gente vai aprendendo melhor a lidar com
nossos sentimentos, acaba deixando de lado, e falando não a gente fez tudo o
que poderia ter feito. Mas no inicio se pega pensando no que deveria ter feito.
G4ºP2 – Diversas mortes diretas, do cuidado direto. Vivenciar faz
aprender bastante sobre como lidar com a morte de um paciente.
Diversas mortes diretas, de cuidado direto meu e que eu acho que o
vivenciar te faz aprender bastante sobre como lidar com a morte de um paciente,
então.
G2ºP1- Eu imaginava ver, no curso, alguém morrendo, porém nunca uma
criança. Não consigo explicar o que senti, se fosse alguém da minha família ou
conhecido, e ainda uma criança, não aceitaria bem.
Eu nunca imaginei ver uma criança morrendo, eu imaginava que durante
o curso eu fosse ver alguém morrendo. Às vezes eu até hoje eu me pergunto o
que eu senti. Se fosse alguém que eu conheço alguém na minha família eu com
certeza não ia aceitar bem, porque é uma criança.
G4ºP5 – Eu presenciei um paciente em parada cardíaca e já não tinha
mais nada a ser feito, porém me considerei sem reação. Na hora sinto-me mal,
porém não me sinto abalada ou desestruturada.
eu vivenciei o paciente estava em parada já e não tinha jeito, mas eu acho
que eu não sei, eu me considero sem reação. Eu fico mal de ver na hora, mas
não é algo que me abala e nem me deixa desestruturada.
G2ºP5 – De certa forma, o profissional se envolve, pode ficar triste e se
emocionar. Isto está no fato de sermos humanos e exercermos a profissão
também de forma humana.
Não que a gente não possa se envolver e ficar triste e se emocionar, longe
disso eu acho que isso ta no fato da gente ser humano e exercer a profissão de
forma humana.
G2ºP7 – Particularmente, tenho uma experiência antes da ESCS,
de que a morte é uma realidade muito distante.
Particularmente venho com uma experiência antes da ESCS de que
pra mim a morte é uma realidade muito distante.
-- Morte como fracasso, visão de pouca sensibilidade por parte dos
profissionais

G2ºP6: A morte é inevitável. Não necessariamente é um fracasso. É claro


que tentamos manter a vida, porém sendo inevitável, vai acontecer uma hora.

É inevitável, a morte não é um fracasso não necessariamente foi um


fracasso. É claro que a gente tenta manter a vida, mas é inevitável vai acontecer
uma hora.

G2ºP3 – Outro aspecto muito importante é saber que o profissional é


humano. O que a Joaninha falou é muito importante. Do ponto de vista
mecanicista, todos acreditam que o profissional precisa ser insensível. Não deve
expressar sentimentos diante do paciente ou de sua família, a qual está sofrendo
com a morte.
Outro aspecto muito importante é saber que o profissional é humano, isso
que a Joaninha falou é super importante. É do ponto de vista assim, mais
mecanicista todo mundo acha que o profissional tem que ser frio mesmo e não
expressar sentimentos na frente do paciente ou da família que ta sofrendo com
a morte.
-- Atitudes e visão de profissionais formados

G4ºP6 – Considero que possa ser um despreparo, má formação científica,


psicológica e espiritual.
Acho que pode ser um despreparo e uma má formação, ate psicológica e
espiritual.
G2ºP4 – Eles abstêm-se de enfrentar ou enfrentam disfarçando que não
estão vendo.

eles se abstêm de enfrentar, eles não enfrentam. Na verdade eles


enfrentam, fingindo que não estão vendo.

G2ºP4 – A prioridade é para os que têm prognóstico, uma boa previsão


no caso. Como ele estava em uma situação bem grave passaram algumas
pessoas, na frente, para o exame.
Então, a prioridade é para os que têm prognóstico, um bom prognostico
no caso, e como ele tava numa situação já bem grave, é passaram algumas
pessoas na frente dele para o exame.
G2ºP4 - Todos os profissionais de saúde, inclusive o enfermeiro, não
querem criar vínculos com o paciente que vai morrer. Se se cria elos sofre-se
com a morte da pessoa.
é porque o enfermeiro, na verdade todos os profissionais de saúde eles
não querem criar vínculos com quem vai morrer. Porque se eu crio vínculos eu
sofro com a morte da pessoa.
G2ºP1 – A enfermeira que estava de plantão disse: - Vocês não podem
ficar sofrendo, porque toda hora vai morrer um paciente. Sabe, é melhor não se
apegar, senão nós nos acabamos.
Foi o que a enfermeira do plantão falou assim: “vocês não podem ficar
sofrendo, porque toda hora vai morrer um, e se a gente se apegar a gente se
acaba, sabe é melhor a gente não se apegar.

G2ºP7 – Muitas pessoas falam que o profissional chora apenas quando


seu primeiro paciente morre. Em seguida, age naturalmente como algo normal e
diário.

muita gente fala isso mesmo, você só chora no seu primeiro paciente
depois você, já age naturalmente como se fosse uma coisa normal e diária.

-- Superação como forma de enfrentar a morte

G2ºP2 – A superação talvez, vivenciar o processo e o conhecimento de


algo possibilita seu domínio.

A superação talvez, vivenciar o processo de conhecer algo facilita o


domínio daquilo.

As lacunas e as possibilidades identificadas na formação


superior para lidar com a morte

Preparação para morte


-- A faculdade prepara para a morte
G4ºP1 – A faculdade não prepara, de maneira geral, porque as
oportunidades provêm de cursos de extensão fechados, assim não são todos
que participam. Por outro lado, o profissional precisa saber lidar, estar preparado
para enfrentar a morte e até mesmo dar a notícia dela aos familiares.

não acho que prepara de maneira geral, porque as oportunidades que tem
são cursos de extensão e não são abertos, não são todos que participam. A
gente tem que saber lidar, porque pra dar uma noticia a gente tem que ta
preparada pra passar pro familiar.

G2ºP4 – Tenho notícia de duas palestras sobre a morte, uma da


Margarida, no módulo 204 e outra na terceira série. No entanto, são duas
palestras pra uma vida toda de trabalho.

eu ouvi raramente alguém falar raramente que tem uma palestra agora no
módulo 204 que é da Margarida, ela acabou de falar pra gente. E tem uma
palestra na terceira série sobre morte. Aí a gente tem duas palestras pra uma
vida que a gente vai ter de trabalho.

G2ºP2 – As duas palestras são iniciativas focais de tutores, visto que a


ESCS, em si, não tem a iniciativa de preparar os estudantes.

eu acho que os dois são iniciativas focais de tutores, porque a ESCS em


si ela não tem uma iniciativa de vou preparar os estudantes.

G2ºP4 – Por ser uma área em que se trabalha e se dá mais importância


ao emocional, ao psicológico (estalos dos dedos), que não tem tanta fisiologia,
patologia, conteúdos densos e estudo de teorias.

porque por ser uma área que você trabalha mais o emocional e o
psicológico (estalos dos dedos) e que não tem tanta fisiologia, patologia e que
você não tem aquela questão densa de conteúdo, e estudar teorias e tudo mais,
não é importante porque é o emocional.

G2ºP6 – A necessidade de trabalhar a questão da morte é tão


evidente, que alguns tutores, ainda que decididos a deixarem seus alunos
enfrentarem a morte, não o fazem por desconhecerem a reação e
conhecerem o despreparo de cada um, diante desse momento.

a necessidade de trabalhar com a morte é tão grande, que até


mesmo alguns tutores que querem deixar você vivenciar aquele momento
de enfrentar a morte às vezes não deixam por você não ter uma
preparação, pra lidar, porque que não sabe você enquanto pessoa vai
reagir aquilo ali, sobre aquele momento lá.

Sugestões de como abordar o tema morte


-- educação para a morte
G4ºP5 – Idealizo que a educação para a morte é imprescindível e deve acontecer
desde a infância. A preparação da criança desde a morte de um bichinho de
estimação até o falecimento de uma avó.

Eu acho que educação pra morte deve vir desde a infância, à criança lida com
situações desde um bichinho de estimação a uma avó que faleceu. Então eu
acho que educação pra morte é imprescindível e deve vir desde a infância.

G4ºªP1 – É necessária a educação para a morte, assim como aprender a


suportar a dor. A sociedade realmente tenta omitir assuntos dolorosos, que
ferem, propagando que a dor é algo ruim. Por isso existem tantas pessoas com
transtornos mentais, posto que não aprendem a sustentar e lutar com seus
sentimentos.

É o que eu falei deve se educar, e eu acho que a sociedade realmente tenta não
falar de assuntos que são dolorosos, que machucam, e a gente é ensinado que
dor é algo ruim a gente não enxerga. Por isso a gente tem tantas pessoas
doentes na área de saúde mental mesmo, porque não aprendem a lidar com
seus sentimentos. Então assim, eu acho que a gente não tem que só ser
ensinado a lidar com a morte como a lidar com a dor.

G4ºP2 – A mudança acontece pela educação, se essa educação não


acontece na vida, precisa ocorrer no espaço acadêmico, caso contrário, não
ocorrerá mudança.
é então, a gente sabe que a mudança só vem através da educação, então
se a gente não tiver isso nessa parte acadêmica a gente não vai ter.

-- Educação para a vida


G2ºP5 – Acredito que pelo fato de não ocorrer essa educação para a
morte, no aspecto da saúde, demonstra que a própria área da saúde está mais
relacionada e associada à vida.

Até, eu acho que essa questão de não falar sobre a morte no aspecto da
saúde, é exatamente porque a se vê a saúde como vida, como sinônimo de vida.

G4ºP2 – Antigamente, não tinham muitos meios para a manutenção da


vida, então hoje, a morte causa mais abalo, por existirem diversos recursos para
proteger a vida.
eu acho que também muito pela questão de antigamente não tinha muitos
meios para se manter a vida. Então hoje a gente já tem diversas formas de
manter a vida e por isso choca mais.
-- Profissionais não capacitados para educar para a morte
G4ºP3 – Bem, todos profissionais precisam ser bem preparados para o
enfrentamento pessoal da morte, estudantes e inicialmente os próprios tutores.
Os tutores que não tiveram preparo específico, não estão habilitados para
orientar os estudantes e cada um encara a morte de uma forma, restando a
alguns atitudes pouco humanas.
eu concordo e assim antes de preparar a gente estudantes tem que
preparar nossos tutores, porque assim nossos tutores eles são pessoas que não
tiveram um preparo especifico e fizeram um enfrentamento pessoal .mas acho
assim, a interpretação é diferenciada para cada um deles, então a forma que
eles encaram a morte é diferente e as vezes não seria um jeito mais assim,
humano.
G4ºP2 – A visão dos tutores, em relação à morte, mostra que a educação
deles, na graduação segue atitudes bem mais antigas.
E ver a visão dos tutores em relação a isso né, que a educação deles
ainda é mais antiga que a nossa com relação a isso na graduação.
G2ºP4 – Quando se tem uma situação de morte, no cenário da
saúde, o tutor tenta proteger o aluno e o afasta daquela situação para
evitar o sofrimento. Assim, o tutor age como um pai protegendo o filho.
Porque o tutor tenta proteger o aluno e quando se tem uma situação
de morte no cenário o que ele quer fazer e te afastar dele, ele quer te tirar
daquela situação para que você não sofra. Ele age como um pai, ele quer
te proteger do sofrimento.
G2ºP3 – É própria da formação do tutor e também, recorrente,
atitudes de fugir dos acontecimentos de morte. Como ele se sente
confortável na condição de fuga é mais cômodo que o aluno também crie
um perfil de não sofrer com a morte distanciando-se dela.

É recorrente até da formação do próprio tutor, é algo que ele ta


acostumado a fazer no dia a dia dele. Ele mesmo tá, é dele fugir dos
acontecimentos de morte, então como ele se sente confortável nessa
condição de fugir ele quer fazer com que o aluno dele também crie esse
perfil de não sofrer com a morte e estar distante.

-- Discutir sobre morte sua importância e reconhecer as fases do luto

G2ºP1 – Sempre que discutimos sobre algo nos apoderamos dele. O que
mais nos incomoda na morte é não ter controle sobre ela. Conversar sobre a
morte é o primeiro passo para se preparar e enfrentá-la.

Acho que sempre que você conversa sobre algo, tipo, conversar sobre a
morte é algo que eu acho que te prepara para a morte. Sempre que você discute
sobre algo você se apodera daquilo, eu acho que o que mais incomoda a gente
na morte e que a gente de repente percebe que não tem controle sobre as coisas

G2ºP6 – A psicologia preconiza que temos que passar cinco fases do luto
para conseguir lidar com toda a situação da morte.

Tem a parte da psicologia que fala que a gente tem que passar pelas 5
fases do luto pra conseguir lidar com tudo aquilo.
G2ºP1 – Apesar das cinco fases do luto é necessário saber identificá-las
e enfrentar o processo para se livrar mais rápido do luto.

você sempre vai passar pelas 5 mas quanto mais você souber identificar
você vai conseguir se livrar, se livrar dele mais rápido , você tem que enfrentar o
processo para que você se liberte dele.

G4ºP5 – O tema da morte e as fases de luto deveriam ser discutidos mais


abertamente para ampliar o conhecimento.
Mas acho que o tema deveria ser discutido, mas abertamente, porque a
gente não discute esse tema. Assim entra as fases do luto, mas não a morte
mesmo. Então deveria ser mais discutido para ter um conhecimento melhor.
G2ºP3 – Discutir sobre a morte tornou-se, para mim, algo mais concreto
e real, diferente da realidade, distante, que eu via antes.
Depois que eu comecei a falar de morte eu acredito que se tornou pra
mim algo mais é concreto e real, pra mim eu via antes como uma realidade muito
distante.
-- Outras propostas de ferramentas para auxiliar a educação para a
morte
G4ºP5 – Palestras, oficinas ou rodas de conversa.
palestras, oficinas, não oficina, mas uma roda de conversa ne?
G4ºP1 – A roda de conversa teria muito mais a acrescentar.
acho que uma roda de conversa teria muito mais a acrescentar!
PG4ºP4 – Seria bem interessante a troca de experiências, porque nos
formamos com a contribuição das falas dos outros.
troca de experiências, porque você se forma através também do que os
outros falam. Troca de experiências seria legal.
G2ºP1 – A exposição a situações de morte em um ambiente controlado.
Devido a uma sensação de controle e segurança, um ambiente controlado
propicia melhor pensamento e apropriação da situação.

acho que a exposição num ambiente controlado a situações de morte


porque quando você ta num ambiente controlado, você consegue pensar melhor,
e aquilo, quando você consegue pensar melhor você se empodera mais, você
lida melhor porque você tem uma sensação de controle que te da segurança.
G2ºP1 – Cursos de extensão disponibilizados não somente na
primeira série, mas que ocorram anualmente ou semestralmente, podem
auxiliar no processo de educação para a morte.

Acho que cursos de extensão, é também podiam ajudar muito nessa


coisa, porque caso você tivesse um módulo ele provavelmente seria
durante 1 série, e os cursos de extensão podem acontecer anualmente ou
semestralmente.

G2ºP4 – O assunto de morte poderia transcender. Ser falado na


infância, na gravidez, na atenção básica, em tudo que a morte se encaixe,
em qualquer momento, de qualquer forma.
Ou então a gente poderia transcender todo o assunto de morte.
Falar de morte na infância, falar de morte na gravidez, falar de morte é, na
atenção básica porque a gente vai pegar casos de morte. Falar em tudo,
porque em tudo se encaixa a morte. Morte em qualquer momento, morte
de qualquer respeito de qualquer forma.
G4ºP5 – Promover o debate no curso seria uma estratégia, (como a
Florzinha citou), com filmes e textos motivadores para impulsionar uma
discussão aberta e segura.
Eu acho que promover o debate no curso seria interessante usar
estratégias como a florzinha até citou que a gente tem alguns filmes ou textos
motivadores, pra promover um debate aberto, seguro.
-- Qual o momento certo dessa introdução
G4ºP2 – Considero que o momento certo é na série que somos
introduzidos no contexto hospitalar. Pois já na primeira série falamos sobre uma
vida saudável.
não, acho que nas séries que já somos introduzidos no contexto
hospitalar. Pois quando estamos na 1º série já está falando sobre vida saudável,
saúde.
G4ºP1 – Desconsidero a separação dos temas, se falamos sobre vida,
devemos falar sobre a morte. Principalmente com a mesma naturalidade que se
fala sobre a vida.
o que eu não entendo Florzinha, é o por que separar os temas, entendeu?!
Por que aqui a gente ta falando sobre vida, mas porque não falar sobre morte
com o traço de falar sobre vida entendeu? Não é pra ser assim, é simplesmente
ser tão natural quanto, entendeu? E se falar sobre vida falar sobre morte
também, entendeu? Pelo menos eu penso assim.

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