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Extraordinário Nacional
Serviço de Informação Missionária
Ano 46 - No3 julho a setembro de 2018
Campanha Missionária
Editorial
Índice
Editorial.................................. 3
Rápidas................................... 4 Serviço de Informação Missionária
Ano 46 - No3 julho a setembro de 2018
Destaque................................. 5
Juntamente com os jovens, levemos o Evangelho a todos
Nossos Missionários.................. 6
Laicato e missão ad gentes
Pércio Pereira Vitoria e Marcia do Rocio Pereira Vitoria
Aprofundando a Missão........... 10
Adolescência Missionária
• Pontifícia Obra de São Pedro Apóstolo
Mês Missionário Extraordinário - outubro 2019 • Pontifícia União Missionária
Pe. Maurício Jardim
Expediente
Testemunhos.......................... 12 Direção:
Juventude além-fronteiras Pe. Maurício da Silva Jardim
Leidiane Santos Gomes e Joice Naira Fernandes (diretor nacional das POM)
Conselho Editorial:
Propagação da fé.................... 14 Pe. Badacer Ramos de Oliveira Neto (secretário
Pontifícia Obra da Propagação da Fé, nacional da Obra da Propagação da Fé)
Ir. Patrícia Souza (secretária nacional da Obra da
como tudo começou... Infância e Adolescência Missionária)
Pe. Badacer Neto Pe. Antônio Niemiec (secretário nacional da
Pontifícia União Missionária)
IAM....................................... 18
IAM do Brasil no CAM 5 SGAN 905 - Conjunto B
Ir. Patrícia Souza
70790-050 Brasília - DF
Caixa Postal: 3.670 - 70089-970 Brasília-DF
Pontifícia União Missionária.... 20 Tel.: (61) 3340-4494
Fax: (61) 3340-8660
Missionário Construindo o Programa Nacional
Site: www.pom.org.br
Pe. Antônio Niemiec
E-mail: imprensa@pom.org.br
CNBB
po de trabalho com a tarefa de formular as primei-
ras propostas de ação para o Mês Missionário Ex-
traordinário, a ser celebrado em outubro de 2019,
conforme convocado pelo Papa Francisco.
De acordo com o bispo de Chapecó (SC),
Dom Odelir José Magri, coordenador do grupo,
o Mês Missionário Extraordinário de 2019 tem
como motivação a celebração do centenário da
Carta Apostólica Maximum Illud do papa Bento
XV que exorta a sair das fronteiras das nações
para testemunhar a vontade salvífica de Deus
através da missão universal da Igreja.
Divulgação
levemos o Evangelho a todos
Mensagem do Papa para o Dia Mundial das Missões, 21 de outubro de 2018
E
m virtude do Sínodo dos Jovens, que acontece e o entusiasmo expressam o descobrimento do sentido
em outubro deste ano, foi divulgado em 19 de e da plenitude da vida. A propagação da fé por atração
maio a mensagem do Papa para o Dia Mundial requer corações abertos, expandidos pelo amor. Não se
das Missões dirigindo-se à juventude e a todo o povo de pode colocar limites ao amor: forte como a morte é o
Deus. “O que me impulsiona a falar para todos, em diálo- amor (cf. Ct 8, 6). E tal expansão gera o encontro, o
go convosco, é a certeza de que a fé cristã permanece sem- testemunho, o anúncio; gera a partilha na caridade com
pre jovem quando se abre à missão que Cristo nos confia”. todos aqueles que estão longe da fé e se mostram indi-
“Todo homem e toda mulher é uma missão e essa ferentes, às vezes contrários a ela. Ambientes humanos,
é a razão pela qual se vive na terra. Ser atraído e ser culturais e religiosos ainda alheios ao Evangelho de Je-
enviado são os dois movimentos que o nosso coração, sus e à presença sacramental da Igreja constituem as
sobretudo quando se é jovem em idade, sente como for- periferias extremas, os “últimos confins da terra”, para
ças interiores do amor que prometem futuro e impelem onde, desde a Páscoa de Jesus, são enviados os seus dis-
a nossa existência para frente. Ninguém como os jovens cípulos missionários, na certeza de terem sempre o seu
sente o quanto a vida surpreende e atrai”. “Conheço Senhor com eles (cf. Mt 28, 20; At 1, 8). Isso é o que
bem as luzes e as sombras de ser jovem e, se penso na chamamos de missio ad gentes. A periferia mais deso-
minha juventude e na minha família, recordo a intensi- lada de todas é onde a humanidade, carente de Cristo,
dade da esperança por um futuro melhor.” permanece indiferença à fé ou manifesta ódio pela ple-
“Queridos jovens, não tenhais medo de Cristo e de nitude divina, da vida em Deus”.
sua Igreja! Aí se encontra o tesouro que enche a vida de “As Pontifícias Obras Missionárias nasceram de co-
alegria. Digo-vos isto por experiência: graças à fé, en- rações jovens para apoiar o anúncio do Evangelho a to-
contrei o fundamento dos meus sonhos e a força para os dos os povos, contribuindo para o crescimento humano
realizar. Vi muitos sofrimentos, muita pobreza desfigurar e cultural de muitas populações sedentas de Verdade.
o rosto de tantos irmãos e irmãs. Todavia, para quem está As orações e as ajudas materiais, que generosamente
com Jesus, o mal é um desafio para amar ainda mais”. são dadas e distribuídas por meio das POM, ajudam
“A exemplo dos santos, que nos abrem para os vastos ho- a Santa Sé a assegurar a quem recebe ajuda para suas
rizontes de Deus, convido-os a se perguntarem em todas necessidades e também, por sua vez, ser capaz de dar
as circunstâncias: “Que faria Cristo no meu lugar?” testemunho do Evangelho em seu cotidiano”.
“Na convivência entre as gerações, a missão da Igreja “Queridos jovens, no mês missionário de outubro,
constrói pontes intergeracionais, nas quais a fé em Deus e o em que terá lugar o Sínodo a vós dedicado, será uma
amor ao próximo constituem fatores de profunda união”. nova oportunidade de vos tornardes discípulos missio-
“Essa transmissão da fé, coração da missão da Igre- nários cada vez mais apaixonados por Jesus e pela sua
ja, realiza-se pelo “contágio” do amor, em que a alegria missão, até os últimos confins da terra.”
2018 julho a setembro 5
Nossos Missionários
Arquivo pessoal
N
ossa experiência mis- período que estivemos no país era de da língua, nossos corações diziam
sionária teve início no estiagem e os moradores vinham de que tinhamos de ajudá-lo. Assim,
trabalho com a Obra toda parte da cidade buscar água no com gestos e sinais, pegamos o me-
da Infância e Adolescência Missio- poço da missão, pois, com a estiagem, nino Ivan pela mão e o levamos até
nária, no estado do Paraná. Nessa os poços convencionais secavam e só a torneira na área da casa e fomos
caminhada, Dom Sérgio Braschi, os poços artesianos forneciam água lavando com carinho, depois seca-
bispo da Diocese de Ponta Grossa, para a população. A cidade contava mos, passamos uma pomada e en-
convidou-nos para fazer uma experi- com apenas uns cinco poços para volvemos o machucado com gazes e
ência de missão ad gentes em Guiné atender toda a população. esparadrapo. E quando terminamos
Bissau, na Missão Católica Beato Ao conviver com as crianças, o curativo, o Ivan olhou bem nos
Paulo VI na cidade de Quebo. jovens e adultos que estavam diaria- nossos olhos com aquele olhar que
Naquele momento haviamos dito mente conosco, conseguíamos identi- dizia: muito obrigado. Nós sentimos
que não seria possível, pois trabalha- ficar as crianças que passavam horas o olhar e o rosto de Deus naquele
vamos e tinhamos ainda atividades a e horas no terreno da missão, espe- menino.
serem realizadas, e somente quando rando a vez para pegar água. Nessa Ao final de noventa dias, retor-
aposentados aceitariamos o convi- espera, ficavam brincando até chegar namos ao Brasil. Agora estamos pla-
te. Porém sentimos que essa ida em a sua vez e amavam quando íamos nejando uma nova ida, colocando-
missão seria nossa gratidão a Deus brincar com eles. Partilhávamos brin- nos à disposição da Igreja para uma
por tudo que Ele nos deu. O amor cadeiras que nos ajudavam a apren- experiência maior, de no mínimo
em nossa família nos deu a certeza der a língua local e se divertiam quan- quatro anos. Estamos indo para con-
que poderíamos ir, acompanhados do falávamos uma palavra errada. tinuar e contribuir com as necessida-
por Deus onde fôssemos. A provi- Algumas semanas antes de retor- des locais. O missionário vai, mas
dência divina foi preparando nosso narmos para o Brasil, notamos que um dia ele volta. Temos que estar
coração para viver essa experiência. um dos meninos, o Ivan, recém-che- preparados para esses dois momen-
No primeiro momento, escolhemos gado para morar na casa vizinha à tos. A missão é feita com os pés dos
fazer uma vivência missionária de missão, apresentava chagas na per- que partem, com os joelhos dos que
90 dias, para poder discernir esse na, braço e boca. E como cuidar oram e das mãos dos que doam. A
chamado. desse menino de outra etnia (Fula), tudo agradecemos ao Deus da vida.
Chegamos ao país de Guiné portanto, não falava o crioulo, a lín-
Bissau no dia 16 de abril de 2018, gua que eu mal tinha começado a Pércio Pereira Vitoria
enviados pelas igrejas do Paraná. O aprender? E embora com a barreira Marcia do Rocio Pereira Vitoria
6 julho a setembro 2018
Nossos Missionários
E
ra a tarde do dia 22 de ju- do Espírito, e para sermos fiéis ao mãos de Frei Francisco, o qual ide-
nho de 2013, na capela do nosso carisma de repetir o abraço alizou, junto ao Conselho, o projeto
Hospital São Francisco na ao irmão leproso de hoje, também do Barco Hospital Papa Francisco
Providência de Deus, Rio Janeiro, e abraçamos essa missão sobre dois para atender à população ribeirinha
o coração de cada frade que ali se en- fortes rumos: anunciando e curan- na Amazônia. O Barco já está em
contrava batia acelerado. Quando o do-cuidando. Anunciando por meio construção e em 2019 irá atraves-
carro estacionou, um misto de emo- das pastorais, movimentos e ajuda sar as águas do rio para socorrer os
ção, assombro e gratidão misturou-se na paróquia Catedral de Santana mais necessitados, dando oportuni-
às lágrimas. O Papa Francisco cami- e demais comunidades, e também dade a homens e mulheres de bem a
nhou entre eles com sua simplicidade a cura e o cuidado dos enfermos, exercerem um trabalho missionário
peculiar. Cumprimentou a todos nossos preferidos, assumindo a ad- de salvar vidas, cuidando do corpo
com simpatia e parou diante do ministração do hospital. e da alma pela ação missionária
Guardião Geral, Frei Francisco Assim o trabalho foi surgindo e fo- comprometida com os valores des-
Belotti, e por instantes conversaram. mos percebendo os sinais para melhor sa Igreja com rosto amazônico.
Ao ser apresentado aos irmãos que servir. Surgiu então um novo desafio Ouçamos sempre a voz de Nos-
atuam no Haiti, perguntou: prontamente aceito por nossa Frater- so Seráfico Pai São Francisco: “Co-
- Vocês estão na Amazônia? nidade, ao assumir outro Hospital na mece fazendo o necessário, depois
- Não, Santo Padre. cidade de Juruti (Pará), também per- o possível e logo estará fazendo o
- Então devem ir. tencente à Diocese de Óbidos. Equi- impossível”.
Foi um pedido breve, objetivo pado com tecnologia de ponta, o com-
e certeiro. Mas bastou para que a plexo construído por uma mineradora Fraternidade São Francisco de Assis
Fraternidade ouvisse, no pedido do multinacional encontrava-se pratica- na Providência de Deus
Papa, o mandato de Cristo: “Ide!” mente fechado há quase dois anos por
E como filhos da Divina Providên- falta de gestores. Iniciamos um traba-
cia, saímos da Capela do Hospital lho de grande movimentação para dar
com um convite missionário. Na- vida e atuação a esses dois santuários
quela mesma semana, Dom Frei da vida: no Hospital Santa Casa de
Bernardo Johannes Bahlmann, Misericórdia de Óbidos e o Hospital 9
OFM, Bispo da Diocese de Óbidos, de Abril na Providência de Deus.
Pará, convidou Frei Francisco para Desse modo, vivemos junto ao
Arquivo pessoal
conhecer uma Santa Casa que pas- nosso povo, levando esse amor por
sava por dificuldades, em sua Dio- meio do cuidado e do testemunho, vi-
cese, e que estava praticamente de vendo como Franciscanos na Provi-
portas fechadas. dência de Deus na Amazônia, na
Após o devido discernimento e certeza de que há fraternida-
conhecimento da missão e da região de entre nós e o povo.
missionária, aceitamos o desafio e E o Espírito Santo
chegamos em Óbidos no dia 4 de feve- continua a mover o
reiro de 2014. Com um carinho excep- olhar de nossa
cional, próprio do povo da região, fo- Fraternidade ao
mos acolhidos para dar início à nossa povo amazô-
missão específica nessa Igreja que tem nico pelas
como lema: “Uma Igreja missionária
no coração da Amazônia”.
Iniciamos nossos trabalhos co-
laborando com a comunidade lo-
cal, descobrindo a beleza da região
Amazônica e quais os desafios e
sofrimentos do povo. Sobre a luz
Atêlie 15
Celebramos o mês missionário de outubro com o tema: Enviados para
testemunhar o Evangelho da paz e o lema: “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8)
A
missão é uma só e nasce O papa Francisco dá ênfase à di- nas realidades desfiguradas pela
no coração da Trinda- mensão existencial da missão: “Eu corrupção, fome e por injustiças.
de. A missão é de Deus sou uma missão de Deus nesta ter- A missão é sempre tarefa eclesial.
e Deus é Missão. Ela nasce em nós ra, e para isso estou neste mundo” Uma pessoa, grupo ou instituição
pelo batismo e pelo encontro com (Evangelli Gaudium, 273). A vida se não pode ter o monopólio da mis-
Jesus Cristo que dá novo horizonte torna uma missão. Ser missionário (a) são. A missão tem, portanto, cunho
à nossa vida (cfe. Ap29). É um en- está além de cumprir tarefas ou fazer comunitário. Nossos conselhos mis-
contro apaixonante que transborda. muitas coisas. Está na ordem do ser. sionários, em suas distintas compo-
“Missão é paixão por Jesus Cristo É existencial, identidade, essência e sições (paróquia, diocese, regional e
e simultaneamente paixão pelo seu não se reduz a algumas horas do dia. nacional) são convidados a caminhar
povo” (Evangelli Gaudium, 268). Sem Na Exortação Apostólica Gaudete juntos e a contribuir com a missão de
essa paixão, a missão é reduzida e et Exsultate o papa chega a afirmar: Deus. Uma forma concreta de coope-
dispersa, e saímos para muitas ou- “Não é que a vida tenha uma missão, rar com a causa missionária é a ora-
tras coisas, andando de um lado para mas a vida é uma missão” (27). ção e a oferta em favor da evangeliza-
o outro sem mística e ardor. Portan- Dentro dessa compreensão ção dos povos. O Papa Pio XI, tendo
to, missão é questão de paixão e existencial da missão, o testemu- presente as grandes necessidades
identidade cristã. nho tem força eloquente. Paulo universais, instituiu em 1926 o penúl-
Jesus convocou o grupo dos VI sublinha: “As pessoas de hoje timo domingo de outubro como Dia
doze para que primeiro ficassem escutam com mais boa vontade as Mundial das Missões. A colaboração
com Ele e depois os enviou a pregar testemunhas do que os mestres, e de cada cristão nesse dia tem como fi-
(Cfe. Mc 3,14). A primeira tarefa se escutam os mestres é porque nalidade a Evangelização, Animação
do missionário (a) é ficar com Ele eles são testemunhas”. E ainda: e Cooperação Missionária. Dessa
para deixar-se conformar pela Sua “Cada santo (a) é uma missão por coleta, 80% são destinados a auxiliar
identidade. Desse encontro, nasce excelência” (Gaudete et Exsultate,19). atualmente 1.050 dioceses pobres nos
a missão que não tem fronteiras. O Nesse sentido, o nosso mês mis- “territórios de missão” e diversos pro-
envio é até os confins da terra, ou sionário de outubro ressalta o jetos na África, Ásia, Oceania e Amé-
seja, até as periferias geográficas e valor do testemunho num mun- rica Latina. Os outros 20% são para a
existenciais. Ao sermos enviados, do marcado por tantas formas de ação missionária no Brasil.
não anunciamos a nós mesmos e a violência. Portanto, testemunhar
nossos projetos, mas ao Evangelho, o Evangelho da paz nos convida a Pe. Maurício Jardim
boa notícia de salvação para todos. ações concretas de misericórdia, Diretor Nacional das POM
8 julho a setembro 2018
POM
Cartaz
Em comunhão com a arte dos materiais da Campanha Missionária de 2017, neste ano
destacamos o envio para testemunhar o Evangelho da Paz. A arte mostra a Igreja, Povo de
Deus, formada por diferentes sujeitos da missão (cristãos leigos e leigas, consagrados e con-
sagradas, diáconos, padres, bispos e o papa), representantes de todas as idades e etnias. Nes-
ta ciranda aberta, todos irmãos e irmãs são convidados por Cristo a comunicar o Evangelho
da Paz no mundo cinza e sem vida. É a Igreja em saída, ad gentes, enviada a testemunhar a
alegria do Evangelho em todo o mundo. O povo traz a Palavra de Deus, fonte da missão. As
cores missionárias recordam a dimensão universal da missão. Também é possível utilizar o
Zapcode. Basta baixar gratuitamente o Aplicativo Zappar no Smartphone (celular e tablet).
Depois, ao direcionar o aparelho para os materiais (cartaz, novena, santinhos) é possível
assistir a uma animação e acessar os conteúdos da Campanha Missionária.
Novena Missionária
O livrinho da Novena Missionária contém o roteiro de 9 encontros, com cantos e ora-
ções. Inclui a Mensagem do papa Francisco para o Dia Mundial das Missões e vem acom-
panhada de um DVD. É um dos principais subsídios para animar a Campanha Missionária
do mês de outubro. Em cada dia da Novena, o método da Leitura Orante da Palavra ilu-
mina e orienta a nossa vida na missão. A Novena pode ser feita pelos grupos de reflexão,
famílias, nas comunidades ou escolas.
DVD
A Novena Missionária vem acompanhada do DVD, com destaque para os testemunhos missio-
nários que comunicam o Evangelho da Paz em diversos contextos da missão. Produzido pela Verbo
Filmes e organizado pelas POM, o DVD contém nove capítulos, um para cada dia da Novena.
Santinho
Foram confeccionadas duas versões dos santinhos com os Padroeiros da Missão, São Francisco
Xavier e Santa Teresinha do Menino Jesus. O material traz a Oração da Campanha Missionária.
Envelope
O envelope deve ser utilizado exclusivamente para a Coleta do Dia Mundial das Mis-
sões, feita nas celebrações do penúltimo final de semana de outubro (este ano, dias 20 e 21).
As ofertas devem ser integralmente enviadas às Pontifícias Obras Missionárias (POM) que
as repassam ao Fundo Universal de Solidariedade para apoiar projetos em todo o mundo.
Mês Missionário
Extraordinário
Ao acolher a proposta da Congregação para a Evangelização dos Povos, o Papa
Francisco proclamou outubro de 2019 como o Mês Missionário Extraordinário
O
papa Francisco procla- da comemoração do 100º aniversá- material para o imenso trabalho de
mou outubro de 2019 rio da Carta Apostólica Maximum evangelização, da missio ad gentes e
como Mês Missionário Illud. Trata-se de colocar a missão da formação cristã das Igrejas mais
Extraordinário com o objetivo de: de Jesus no coração da própria necessitadas.
“despertar em medida maior a cons- Igreja, transformando-a em critério
ciência da missio ad gentes e retomar para medir: “Que cada Igreja particular e
com novo impulso a transformação • a eficácia das estruturas, cada Conferência Episcopal deter-
missionária da vida e da pastoral”. • os resultados do trabalho, mine, nas formas mais apropriadas
Trata-se de acontecimento eclesial • a fecundidade dos seus ministros e e convenientes para os seus cristãos,
de grande importância que abrange a alegria que são capazes de suscitar. como viver e deixar-se moldar por
todas as Conferências Episcopais, os essas dimensões”, ressalta o Cardeal
membros dos institutos de vida con- O tema para o Mês Missioná- Filoni.
sagrada, as sociedades da vida apos- rio Extraordinário foi definido pelo Na assembleia anual dos dire-
tólica, as associações e movimentos papa Francisco: Batizados e Envia- tores das POM em Roma, o papa
eclesiais. dos: A Igreja de Cristo em missão Francisco recordou que em outubro
No centro dessa iniciativa, que no mundo. Ele indicou quatro di- de 2019 também se realizará o Síno-
envolve a Igreja Universal, estão: a mensões como forma para prepa- do para a Amazônia: “Espero que
oração, o testemunho e a reflexão rarmos e vivermos outubro de 2019: essa coincidência nos ajude a manter
sobre a centralidade da missio ad fixo o nosso olhar em Jesus Cristo ao
gentes como estado permanente do • O encontro pessoal com Jesus enfrentar problemas, desafios, rique-
envio. Cristo vivo na sua Igreja: Eucaris- zas e pobrezas; ajude-nos a renovar
O prefeito da Congregação para tia, Palavra de Deus, oração pessoal o compromisso de serviço ao Evan-
Evangelização dos povos, cardeal e comunitária. gelho para a salvação dos homens
Fernando Filoni, deseja que, duran- • Testemunho: os santos, os márti- e mulheres que vivem nessas terras.
te o tempo de preparação remota, res da missão e os confessores da fé, Rezemos para que o Sínodo para a
cada uma das Igrejas particulares que são a expressão das Igrejas es- Amazônia possa requalificar, evan-
se empenhem na oração e reflexão, palhadas por todo o mundo. gelicamente, a missão nessa região
envolvendo comunidades contem- • Formação: bíblica, catequética, tão sofrida, injustamente explorada
plativas monásticas e de clausura. O espiritual e teológica sobre a missio e necessitada da salvação de Jesus”.
papa Francisco nos pede para colo- ad gentes. Segundo o papa, o processo de
carmos a missão ad gentes no centro • Caridade missionária: como ajuda preparação será de outubro de 2018
Juventude além-fronteiras
“O Ide vai além de uma saída a outro país. É atravessar
barreiras individuais e padecer em situações de injustiça”
T
emos diante dos olhos uma realidade marca-
da por derrotas e vitórias, com suas angústias
e anseios, numa terra de missão que se des-
cobre pelo esforço, seja individual ou coletivo, na busca
por restaurar a sociedade presente de uma forma mais
humana. A reciprocidade do cuidado e do amor pelos
demais seres é exigida pelo mandamento que Jesus defi-
ne: “amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei”
(Jo 13, 34).
O mandamento dado por Jesus nos faz responsáveis
também no cuidado aqui vivenciado, embora saibamos
que resultados imediatos e respostas para toda essa
realidade vivida, a princípio, estejam sem horizontes.
Temos consciência de que nossa inserção nesse sentido
não será só marcante para as pessoas que convivemos,
mas será bem mais marcante e frutuosa em nós, que
desfrutamos da presença de cada um deles. Os haitia-
nos possuem um olhar de resistência a toda essa realida-
de que avassala a esperança, mas que não perde o brilho
nessa mesma esperança.
Estamos inseridas no projeto que a Conferência dos
Religiosos do Brasil é responsável com a Igreja do Brasil,
em parceria com a Igreja do Haiti. Podemos conviver de
perto com pessoas que se empenham para ter essa possi-
bilidade de viver de uma maneira mais digna. São crian-
ças que superaram e superam a desnutrição; mães e pais
de famílias que colaboram no projeto com costura e bor-
dado, visando uma melhoria para seus filhos e família;
jovens que se empenham na educação e se esforçam para
trilhar melhor caminho e avançar em questões futuras.
Nessas últimas semanas, com um pouco do domínio
da língua, conseguimos nos comunicar, orientar alguns
e proporcionar a eles uma palavra amiga. Nas visitas
feitas às localidades daqui, de estruturas um tanto pre-
cárias, fomos sempre bem acolhidas. Pessoas sorriden-
tes e afetuosas que nos permitiam estar com eles.
Aqui percebemos que o Ide vai além de uma saída na-
cional. É atravessar barreiras individuais e padecer diante
de situações de injustiça e se questionar: Qual o papel de
ser Igreja mediante tantas dificuldades e particularidades
de um povo tão diferente? Diferenças essas presentes na
língua, na forma de ser e no processo histórico.
Qual a possibilidade de colaborar numa realidade
que a única coisa que podemos fazer é apenas estar pre-
sente ao lado deles? Conviver aqui nos faz passar por um
processo de desconstrução, tanto no idioma quanto nos
Missionárias ajudam em projetos sociais no Haiti
O
utubro é o mês dedicado às Missões em toda a
Igreja. Desde o ano de 1926 o Papa Pio XI ins-
tituiu o penúltimo domingo desse mês como
o Dia Mundial das Missões, dedicado à oração e a ofer-
tas em favor da evangelização dos povos. Como sabemos,
a missão é de Deus, entretanto, Ele quis contar conosco
como seus cooperadores nessa tarefa. Para isso, ao lon-
go da história, tem chamado a muitas pessoas, como eu e
você. Partilhamos aqui a vida de uma jovem mulher que
sentiu esse apelo de Deus, deixando-se guiar pelo Espírito.
Ela é Paulina Maria Jaricot, nascida em Lyon, França,
em 21 de julho de 1799, em um contexto de fim de revo-
lução, após os anos difíceis do totalitarismo de Napoleão.
Era o auge da revolução industrial na França. Portanto, um
período cheio de muitas tensões e inseguranças que tocava
diretamente a fé, pois a Igreja passava por inúmeras e seve-
ras perseguições do Estado, em um clima liberal e ateu fa-
vorável à indiferença a Deus. Para exemplificar, as Missões
Estrangeiras de Paris (MEP) só conseguiu enviar, durante
esse período, apenas dois missionários para o Oriente.
Nesse cenário, Paulina e seu irmão Filéias, embora
tivessem uma vida segura e confortável, foram alimen-
tados desde crianças pelas correspondências dos mis-
sionários que estavam no oriente, sobretudo na China.
Ouviam os desafios enfrentados e as necessidades da
Igreja para o anúncio do Evangelho, bem como sobre
a realidade de sofrimento que passava aquele país do
oriente, especificamente dos perigos de morte sofridos
por crianças. Essas leituras provocaram um impacto
profundo na vida dos irmãos, a ponto de Filéias deci-
Paulina Maria Jaricot, nascida em
dir ser missionário na China. Paulina quis ir, mas não Lyon, França, em 21 de julho de
podia, mas seu irmão a incentivava com estas palavras: 1799, em um contexto de fim de
“Coitadinha, você não pode. Mas vai pegar um raste-
lo, juntará um montão de ouro, e daí o mandará para revolução, após os anos difíceis do
mim...”. (NAÏDENOFF, Georges. p. 8)* . totalitarismo de Napoleão.
Paulina, que tem o espírito empreendedor e uma pai-
xão profunda por Jesus, tem uma intuição em favor das
*NAÏDENOFF, Georges. Paulina Jaricot, Fundadora da Obra Missionária Pontifícia da Propagação da Fé. Série Fundadores. Pontifícias
Obras Missionárias, Brasília, 2009
14 julho a setembro 2018
Propagação da fé
Fotos:
CONGRESSO
MISSIONÁRIO
AMERICANO
Vivência missionária
Dom Esmeraldo Farias relata os momentos principais de sua
experiência no 5º Congresso Missionário Americano (CAM 5)
T ive a alegria de participar do
5º Congresso Missionário
Americano, realizado em Santa Cruz
nidades se prepararam com muito
esmero, pois tivemos a oportunida-
de de vivenciar a missão em todos
único, para que todo o que nele crê
não pereça, mas tenha a vida eter-
na. Deus enviou o seu Filho ao
de la Sierra (Bolívia) em julho passa- os ambientes, e aprender muito com mundo não para condenar o mun-
do. Fiz parte da delegação do Brasil, o povo boliviano e demais partici- do, mas para que o mundo seja
formada por 175 pessoas dos vários pantes do Congresso. salvo por ele” (Jo 3,16-17). Então,
regionais, entre cristãos leigos (as), di- Vi a alegria de milhares de pes- somos chamados a ser colaborado-
áconos, padres, religiosos (as), semi- soas que participaram da celebração res de Deus testemunhando o seu
naristas, bispos e a direção das POM. eucarística de abertura e de encer- amor em toda a nossa vida: palavra
Para a nossa preparação, foi ramento. Na paróquia Cristo Mi- e ação que iluminam; que trazem
muito importante fazer o estudo do sionero, onde estive hospedado, as perdão e reconciliação. É o Espírito
texto base, a reflexão feita em cada celebrações foram muito bonitas e Santo, protagonista da missão, que
regional e em muitas dioceses, e a cheias de fé, com um número cres- nos concede essa graça; é ele que
celebração do IV Congresso Mis- cente de participantes. A presença e faz a comunhão no processo de edi-
sionário Nacional. Em todas essas a disponibilidade dos jovens; a inte- ficação do Reino de Deus.
oportunidades, aprofundou-se o gração entre os missionários; a pre- Participei da oficina que tra-
tema central: A alegria do Evange- sença das crianças acompanhadas tou da formação missionária dos
lho para uma Igreja em saída, jun- de seus pais e avós nas celebrações; o presbíteros. Como seguidor de Je-
tamente com os demais eixos: sino- amor com que as famílias e comuni- sus Cristo, o missionário do Pai, o
dalidade e comunhão, testemunho e dades de religiosas nos receberam, a presbítero é chamado a ser partícipe
profetismo. O nosso olhar teve sem- dedicação de padre Sílvio, o Pároco, dessa mesma missão com atenção
pre em mente a missão nas nossas foram sinais muito fortes de como se especial às periferias existenciais,
comunidades eclesiais, no âmbito vive a alegria do Evangelho que é o sociais e geográficas, vivenciando
diocesano, regional e nacional, en- coração da missão profética e fonte sempre a comunhão eclesial, na cer-
tre os vários setores da sociedade, e de reconciliação e comunhão. teza de que alegria do Evangelho é
também em outros países. As palestras sobre o tema foram o coração da missão profética e fon-
Pude experimentar a carinhosa enriquecedoras, pois mostraram te de reconciliação e comunhão.
acolhida dada a cada um dos par- como a Missão brota do Amor de
ticipantes no aeroporto, rodoviária, Deus que trabalha para libertar a Dom Esmeraldo de Farias
nas casas das famílias, nas comuni- vida das pessoas e, assim, edificar Presidente da Comissão Episcopal
dades paroquiais, no local do con- o seu Reino. “De fato, Deus amou Pastoral para a Ação Missionária e
gresso e nas celebrações. As comu- tanto o mundo que deu o seu Filho Cooperação Intereclesial da CNBB
16 julho a setembro 2018
Missão em Contexto
E
ntre os dias 10 e 14 de julho aconteceu na cidade de Jesus e Maria da arquidiocese de Santa Cruz de La
de Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, o 5º Con- Sierra, existia protagonismo nas crianças. Afinal, preva-
gresso Missionário Americano (CAM 5), com leceu a todo instante o testemunho de cada um deles: se
a presença de representantes de diversos organismos mis- esforçaram para não apenas dizer e/ou apresentar qual-
sionários, dentre eles a IAM, como podemos acompanhar: quer coisa para os missionários que participavam do 5º
Cristiano dos Santos, coordenador da IAM no Es- Congresso Missionário Americano (CAM), mas “em ser”
tado de Mato Grosso do Sul, compartilha: “O CAM para nós os missionários do Senhor. Assim, distribuíram
5 foi um congresso muito especial em que pude ver as sorrisos, abraços apertados, mimosas lembrancinhas con-
outras realidades da IAM de outros países da América, feccionadas de punho próprio, olharam nos nossos olhos.
e assim compartilhar a ‘Alegria de evangelizar as crian- Deixaram transparecer que a missão tem algo a ver com
ças e os adolescentes’. Chamou muito minha atenção entrega, com doação, com cuidado, com bondade e, prin-
o fato de a maioria dos jovens trabalhando voluntaria- cipalmente, com Alegria. Na simplicidade e criatividade,
mente no CAM serem crianças da IAM, com o amor e foram portadoras do anúncio da Boa Notícia e, acima de
a dedicação surgindo tão bonitos, a testemunharem, por tudo, não criaram fronteiras para a missão. Desse modo,
meio do trabalho, o amor pela missão e por nossa Igre- evidenciaram que, em qualquer parte do mundo, está pre-
ja, levando o Evangelho com muita alegria no coração, sente nossa identidade: evangelizamos para além de nos-
como testemunhas do amor Deus”. sas necessidades, ou de nós mesmos, e de nossos círculos
Também a coordenadora do Estado do Rio de Janeiro de amigos e de familiares. O compromisso é com todas as
Simone Beatriz ressalta: “Foi um momento maravilhoso, crianças e adolescentes do mundo.”
ímpar. A oportunidade de trocar experiências, atividades,
de partilhar. Além de dar impulso, uma carga de motiva-
CNBB
Durante o período da tarde aconteceram diferentes zação da IAM no Continente Americano. Creio que os
encontros, sendo que, para a Obra da Infância e Ado- trabalhos em grupos e as plenárias durante os três dias
lescência Missionária, houve um conversatório no qual de conversatório irão ajudar a IAM da América a cres-
foram convidadas duas pessoas por país. Pelo Brasil, cer e criar unidade. Para mim serviu como um grande
participaram a secretária nacional da IAM, irmã Patricia aprendizado e para colocar a Alegria do Evangelho
Souza, sds, e Suzimar Ferreira, coordenadora do Estado em prática.”
do Pará, a qual partilha: “Sobre o Conversatório destaco A partilha dos participantes sobre o que foi e como
a sua própria realização, as trocas de experiências e tro- foi o Congresso Missionário Americano reforça o com-
cas de materiais entre os assessores que lá estavam. Foi promisso com a missão entre todos nós.
muito bom encontrar com outros "loucos", como foi
muito falado por lá, e perceber a importância da organi- Ir. Patrícia Souza, Secretária Nacional da IAM
Orientações
Planejar o dia das visitas missionárias e previamente conversar com o grupo sobre qual o objetivo das visitas.
• O assessor(a) deve prever quais ruas ou quadras em que as crianças e adolescentes irão realizar as visitas.
• O assessor(a) pode convidar alguns pais e mães para acompanhar o grupo nas visitas, mas quem deve condu-
zir a visita e os momentos de oração devem ser as crianças e adolescentes.
• Antes de sair para as visitas, reunir o grupo e fazer um pequeno momento de oração, invocando o Espírito Santo.
• Após as visitas, reunir novamente com todos para um momento de partilha e oração.
• Se possível levar um cartão para as famílias que serão visitadas.
Construindo o
Programa
Missionário Nacional
Igreja do Brasil com um projeto missionário melhor articulado, tendo um
fio condutor comum, com projetos e ações que facilitem a formação e
com respeito ao que é mais específico em cada Regional
O
s membros do Conselho Missionário Na- missionária nas várias regiões do Brasil, vendo o que há
cional (COMINA), reunidos na 35ª Assem- de específico em cada Regional e o que há em comum,
bleia Nacional, realizada em Brasília, em conscientes de que a missão marca toda a vida da pes-
março de 2018, reconheceram a necessidade de a ação soa batizada chamada a ser testemunha da fé em todos
missionária da Igreja no Brasil ter diretrizes fundamen- os setores e etapas da vida;
tais a partir da construção coletiva de um Programa b) identificar as realidades que esses desafios trazem;
Missionário Nacional. c) fazer um aprofundamento, a partir do Evangelho e
Essa necessidade leva em consideração: dos documentos da Igreja, em especial daqueles que en-
• a pluralidade de atividades missionárias no Brasil; focam a missão, com atenção especial para o pontifica-
• os passos dados de reflexão, de organização e de ani- do do Papa Francisco;
mação missionária por todo o Brasil; d) elaborar um programa a partir dessas realidades, des-
• as reflexões da equipe executiva do COMINA e as ses desafios, dos questionamentos e luzes encontradas,
que aconteceram com os coordenadores dos Conse- observando objetivos, conteúdos, etapas, metodologia,
lhos Missionários Regionais (COMIREs), durante o espiritualidade, celebrações e formação.
ano de 2017; e) escutar de perto os COMIREs para que tenham
• o Regulamento do COMINA, artigo 2º, onde se diz: maior participação no levantamento dos desafios, em
“O COMINA, órgão da CNBB, tem por finalidade: sua análise, aprofundamento e também na elaboração
a) promover a articulação das instituições missionárias da proposta de programa a ser apresentada na assem-
atuantes no País, entre si, com as Pontifícias Obras Mis- bleia do COMINA, em 2019.
sionárias (POM) e com a CNBB; Um dos propósitos do processo de construção de
b) estudar e apresentar soluções articuladas para as um Programa Missionário Nacional (quadrienal) é que
questões missionárias de maior relevância no cenário se tenha, na Igreja no Brasil, um trabalho melhor arti-
nacional; culado com um fio condutor comum, com projetos e
c) promover, acompanhar e animar os Conselhos Mis- ações que facilitem a formação de assessores junto aos
sionários Regionais (COMIREs); COMIREs, com respeito ao que é mais específico em
d) cooperar com a CNBB e as instituições missionárias cada Regional.
na elaboração e execução de projetos de atuação missio- A proposta metodológica do Programa leva em con-
nária dentro e fora do País; sideração algumas premissas:
e) fomentar iniciativas de animação, formação, articula- • Respeito às realidades: a construção do Programa
ção e cooperação missionária”. deseja potencializar a ação missionária no país, for-
Além disso, a proposta da construção desse Progra- talecer as ações exitosas já existentes. Não almeja
ma Missionário Nacional pretende: finalizar ou fragilizar projetos em andamento nos
a) detectar e analisar os maiores desafios para a vivência Regionais e/ou Dioceses;
COMISE
Um presente de Deus para a Igreja
M
inha história voca- são missionária com mais intensida- tores - padres e bispos - que sejam
cional missionária de. Nesses meus quase nove anos de mais missionários!
teve início há muito caminhada vocacional, a Igreja me Nesse sentido, ao término
tempo, quando ainda era criança. confiou “grandes missões” com o do meu mandato como coordena-
Com meus seis anos de idade, mes- COMISE. Fui o coordenador do CO- dor nacional, realizamos, em São
mo sem entender muita coisa, Deus MISE no Regional Leste 2 da CNBB Luís do Maranhão, entre os dias
me deu um sinal de que minha vo- e, logo em seguida, escolhido para 1º e 5 de julho, a décima edição da
cação era missionária. Sou de uma ser o coordenador nacional para um Formação Missionária para Semi-
cidade pequena do interior de Minas mandato de três anos. Tudo acon- naristas (Formise) do Nordeste e
Gerais, chamada Piranga. Foi nessa teceu pela graça de Deus em minha Nacional. De fato, foi um evento
cidade, na zona rural onde minha caminhada vocacional. que nos encheu de muita alegria,
família morava que Deus me cha- pois ali presenciamos um grupo
mou à vida sacerdotal missionária. de quase 150 seminaristas, pro-
Em minha paróquia sempre vindos de 17 regionais da CNBB,
aconteciam as Santas Missões po- dispostos a gastarem suas vidas na
pulares. Em uma dessas missões, A atividade missão. Foi um evento que deixou
senti forte o chamado do Senhor transparecer a comunhão entre os
para o serviço missionário por meio missionária é a seminaristas do Brasil e o desejo
de um simples e simpático missio- principal e a mais de uma Igreja mais missionária e
nário que nos foi visitar, o Senhor servidora.
José. Era um homem do campo sagrada da Igreja Ao encerrar minha fun-
como nós, mas nos encantou quan- (Ag, 29) ção como coordenador nacional
do chegou à nossa casa com sua bí- do COMISE, agradeço a Deus e
blia “surrada” no embornal e com a a Igreja por terem me confiado a
alegria de Cristo no rosto, fazendo- Todas as atividades realiza- sublime missão de estar à frente
nos sentir nele a visita do próprio das com o COMISE, no meu regio- de um trabalho tão sério e neces-
Cristo. Lembro que naquele dia nal e no nacional, proporcionaram- sário para a vida eclesial, como é
nossa casa ficou “iluminada”. me ainda mais o cultivo da Paixão a atividade missionária. De fato,
O tempo passou e Deus foi me pela Missão. A missão é do Cristo, posso dizer com segurança que o
mostrando que o serviço missionário mas Ele conta com cada um de nós. COMISE é um presente de Deus
requer desprendimento de nós mes- O trabalho com o COMISE abriu para Igreja. Deus seja louvado por
mos e de nossos “projetos pessoais”. meus horizontes em vista de uma todas as coisas!
Em 2010, ingressei no seminário São Igreja sem fronteiras. Por isso, hoje
José, da Arquidiocese de Mariana, e tenho um coração livre e disposto a A função termina, mas a Missão
logo conheci o Conselho Missionário ir aonde as pessoas necessitarem da continua...
de Seminaristas (COMISE). Fiquei Palavra de Deus. Tenho a consciên-
feliz, pois tive a certeza de que ain- cia de que se eu não for missionário, João Luiz da Silva
da no processo formativo eu teria a é melhor que eu não seja ordenado. Seminarista da Arquidiocese
oportunidade de trabalhar a dimen- Isso porque a Igreja necessita de pas- de Mariana (MG)
22 julho a setembro 2018
Prestação de contas: Campanha Missionária 2017
I. Valor integral da Coleta Missionária
Dia Mundial das Missões, outubro/2017, recebido até o dia, 6/4/2018.
A colaboração das Circunscrições Eclesiásticas do Brasil, em 2017, foi de R$ 10.776.987,42.
Coleta do Dia Mundial das Missões (2013 a 2017), por Regional da CNBB – Valores em moeda nacional (R$):
2. Obra de São Pedro Apóstolo (Roma) – Para projetos de formação e manutenção de semina-
ristas maiores e menores, construção, reforma de seminários e casas de formação para a vida R$ 1.386.718,84
Religiosa, masculina e feminina
4. Campanha Missionária – Para reembolso de despesas com os impressos gráficos, logística R$ 648.484,30
em transporte e mão de obra
6. Sede Nacional das POM, em Brasília, DF – Para manutenção com móveis e imóveis, côngru-
as, salários, encargos sociais e obrigações tributárias, serviços de animação missionária, doações,
viagens, serviços e taxas bancárias, alimentação, limpeza, água, luz, telefone, internet, publica- R$ 1.080.807,17
ções das Obras missionárias e outros materiais de animação (SIM, globos, terços, CDs)