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SEMIOLOGIA 

DA LÍNGUA 
ÉMILE BENVENISTE

Lia Martins | Teorias Linguísticas II


É M I L E B E N V E N I S T E S E M I O L O G I A D A L Í N G U A

P E I R C E E S A U S S U R E

Quase ao mesmo tempo e em completa


ignorância um do outro, conceberam a
possibilidade de uma semiologia –
ciência dos signos
É M I L E B E N V E N I S T E S E M I O L O G I A D A L Í N G U A

P R O B L E M A

Qual é o lugar da língua


entre os sistemas de signos?
É M I L E B E N V E N I S T E S E M I O L O G I A D A L Í N G U A

P E I R C E

Não formula nada de preciso ou


específico quanto à língua

A língua está em toda parte


e em nenhum lugar 
É M I L E B E N V E N I S T E S E M I O L O G I A D A L Í N G U A

P E I R C E

Tripartição
Não tem

{
operacionalidade
ícone
para uma semiologia
signo índice
da língua 
símbolo
É M I L E B E N V E N I S T E S E M I O L O G I A D A L Í N G U A

P E I R C E

Todos os signos são signos uns dos outros 


Não há diferença entre signo e significado

multiplicação ao infinito
dissolução do conceito de signo
É M I L E B E N V E N I S T E S E M I O L O G I A D A L Í N G U A

S A U S S U R E

Posição oposta:
a reflexão procede da língua
e toma a língua
como objeto exclusivo

O signo é antes de tudo uma noção linguística,


sendo a língua o mais importante
entre os sistemas de signos
É M I L E B E N V E N I S T E S E M I O L O G I A D A L Í N G U A

S A U S S U R E
Tarefa tripla da linguística:

1. descrever sincrônica e diacronicamente as línguas


2. depreender as leis gerais que operam nas línguas
3. delimitar-se e definir-se a si mesma

delimitar e definir 
seu objeto próprio: a língua
É M I L E B E N V E N I S T E S E M I O L O G I A D A L Í N G U A

S A U S S U R E
Preocupação:
descobrir o princípio de unidade

•••
linguagem ≠ língua
multiforme princípio
e heteróclita de classificação
É M I L E B E N V E N I S T E S E M I O L O G I A D A L Í N G U A

S A U S S U R E

A linguística faria parte de uma ciência


ainda inexistente: a semiologia

comjunto dos sistemas


fundados sobre o
arbitrário do signo
É M I L E B E N V E N I S T E S E M I O L O G I A D A L Í N G U A

Sem um critério delimitativo,


Saussure enumera sistemas de signos
de forma não exaustiva: ritos, costumes,
protocolos...

Que tipo de ordem ou hierarquia há


entre os sistemas de signos – e entre eles e a
língua, que os produz e os interpreta?
É M I L E B E N V E N I S T E S E M I O L O G I A D A L Í N G U A

Mais que os sistemas de signos,


as relações entre os sistemas
devem constituir o objeto da semiologia

•••
PROBLEMA CENTRAL
Qual é o estatuto da língua
entre os sistemas de signos?
É M I L E B E N V E N I S T E S E M I O L O G I A D A L Í N G U A

B E N V E N I S T E
Que princípio comum ordena as relações
entre os diversos sistemas de signos
que compõem a vida social?

•••
SIGNIFICÂNCIA
capacidade 
de significar
É M I L E B E N V E N I S T E S E M I O L O G I A D A L Í N G U A

A língua é o fundamento de todos os sistemas,


que por seu turno fundamentam a sociedade

SISTEMA SISTEMA
LINGUÍSTICO NÃO-LINGUÍSTICO
significância universal, significância particular,
determinada posta 
pelo sistema pelo autor
É M I L E B E N V E N I S T E S E M I O L O G I A D A L Í N G U A

Toda semiologia de um sistema não-linguístico


deve pedir emprestada a interpretação da língua

Os signos da sociedade
podem ser integralmente interpretados
pelos signos da língua,
jamais o inverso

A língua se constitui como matriz semiótica,


estrutura modelante da qual as outras
estruturas semióticas reproduzem os traços
É M I L E B E N V E N I S T E S E M I O L O G I A D A L Í N G U A

DUPLA SIGNIFICÂNCIA DA LÍNGUA

modo semiótico
signo linguístico; independente; reconhecido
...
modo semântico
discurso; em referência; compreendido

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