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CONVÊNIO DNER/IME
PROGRAMA DE CONTROLE
DE PROCESSOS EROSIVOS
Julho/2001
Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS
Programa de Controle de Processos Erosivos
ÍNDICE
Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS
Programa de Controle de Processos Erosivos
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1
2. OBJETIVOS ................................................................................................................. 2
Anexo I
1. INTRODUÇÃO
Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS
Programa de Controle de Processos Erosivos
1. INTRODUÇÃO
No contexto da execução das obras, o controle dos processos erosivos é fundamental para
evitar focos de degradação e requer a adoção de cuidados operacionais, que procurem evitar
ao máximo a sua ocorrência, particularmente, em situações que envolvam:
- Obras de Terraplenagem
- Obras de Drenagem;
- Execução de Aterros, Cortes e Bota-foras;
- Exploração de Jazidas e Caixas de Empréstimo;
- Instalação e Operação de Canteiros de Obra, Instalações Industriais e Equipamentos em
Geral;
- Execução de Desmatamento e Limpeza de Terrenos;
- Construção e Operação de Caminhos de Serviço;
- Carreamento de Materiais Inertes (solo e rocha) para Dentro de Cursos d’Água.
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2. OBJETIVOS
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2. OBJETIVOS
- Adoção, para os taludes de cortes e aterros e nas caixas de empréstimo, jazidas e bota-
foras, de conformação geométrica compatível com as características geotécnicas dos
materiais e com a topografia das áreas limítrofes;
- Definição de estruturas e dispositivos físicos de drenagem a serem incorporados à infra-
estrutura viária do trecho (bueiros, sarjetas, descidas d’água, valetas, dissipadores de
energia etc), com a finalidade de controlar o fluxo das águas pluviais superficiais e
profundas;
- Recuperação da cobertura vegetal para a proteção das superfícies expostas à ação das
águas pluviais, a regularização e redução do escoamento superficial e o aumento do
tempo de absorção da água pelo subsolo, contribuindo no controle dos processos erosivos
e de instabilização e evitando o carreamento de sedimento às linhas de drenagem.
- Definição de estruturas físicas apropriadas a serem implantadas em locais/situações
específicas, ditadas pela interferência do traçado já definido com locais de ecodinâmica
suscetível à alteração nos processos do meio físico, causada pelas intervenções
necessárias à execução das obras ou por agentes outros.
Cumpre observar que as finalidades dos elementos acima destacados, em particular o segundo
e o terceiro, mutuamente se integram e/ou contribuem, em termos práticos, para o alcance dos
objetivos do Programa, na medida em que:
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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
PARA ELABORAÇÃO DO PROGRAMA
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Programa de Controle de Processos Erosivos
Sobre estes elementos, os quais por suas particularidades podem se constituir nas causas
geradoras mais freqüentes de ocorrências de processos erosivos, são pertinentes as seguintes
considerações.
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Nesse tópico são definidas as áreas de abrangência dos fenômenos passíveis de ocorrência,
entre as linhas de crista e cumeada da elevação até o divisor de águas da bacia contribuinte
para a região de cada local, observando-se:
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3.1.3. A Definição das Medidas Preventivas e/ou Corretivas a Serem Implantadas para
o Controle de Erosões e dos Processos de Estabilização
Estas medidas têm por objetivo evitar a instalação de processos do meio físico ou reintegrar as
áreas tratadas à paisagem original, com a atenuação ou eliminação de áreas propensas a
processos erosivos e/ou de instabilização e se materializam através das soluções definidas no
Projeto de Engenharia, nos capítulos correspondentes a Obras Complementares, a Drenagem,
a Obras de Arte Correntes e outros Componentes. São, assim, definidos procedimentos
ordinários bem como o emprego de dispositivos específicos, cuja utilização é prática
consagrada, na Engenharia Rodoviária.
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- Limitar o desmatamento.
Orientar e limitar o desmatamento ao estritamente necessário à implantação das obras na faixa
estradal (pista + acostamento + aceiros laterais).
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- Adotar sistema de drenagem específico temporário, nas áreas com operação de atividades
de terraplenagem.
Recomenda-se, para este fim, a construção de bacia de sedimentação (ou caixa de siltagem) –
a qual se constitui em uma pequena e temporária estrutura de contenção formada por
escavação e/ou dique, que intercepta e retém sedimentos carreados pelas águas superficiais,
evitando o assoreamento de cursos d’água, banhados etc.
Tais bacias deverão ser construídas próximas ao pé dos taludes dos aterros ou nas
proximidades das saídas das descargas dos drenos das águas superficiais, de fontes de
sedimentos de aterros, cortes e bota-foras, não devendo ser construídas no leito de cursos
d’água. A vida útil recomendada para esses dispositivos é de 18 meses, constando em
seqüência, algumas informações sobre o dispositivo.
Para uma primeira estimativa, o volume (V) mínimo das bacias pode ser calculado através da
expressão a seguir:
V = 0,4 x A x h, onde
V = volume da bacia, em m³
A = superfície da área de contribuição, em m²;
h = altura máxima, em m.
Para a região em estudo, recomenda-se que o volume mínimo da bacia, seja de 190 m3/ha de
área de contribuição.
A operação de remoção dos sedimentos deve ser realizada no momento em que a metade da
altura útil da bacia for alcançada pelo material depositado.
O dique das bacias de sedimentação deverá ser construído com os materiais da própria obra
ou disponíveis no local específico (rocha sã, argila, rocha alterada etc.)
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O dique não deverá ter altura maior do que 2,0 m, na parte onde a topografia do terreno
natural é a mais baixa.
O vertedor da bacia, pode ser constituído de argila, de tubo, de pedra ou de concreto. Para
cada local deve ser estudado o tipo de material a ser empregado, observando-se sempre, a
garantia da sua não erodibilidade. Como medida prática, pode ser adotada a largura de 4 m do
vertedor para uma área de contribuição de 0,8 ha.
Após a estabilização das áreas afetadas pela construção da Rodovia, recuperar e revegetar o
local ocupado pelas bacias.
Neste sentido, cumpre observar que no Anexo I são apresentados, a título de exemplo,
desenhos contendo modelos de dispositivos de drenagem adotados pelo DNER – bem como
ilustrações relativas a soluções específicas referentes às obras de contenção, que serão
executadas na obra.
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4. ATIVIDADES/AÇÕES PARA
IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA
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4.1. Atividades/Ações
Tais atividades em função de suas naturezas e finalidades estão enfocados sucessivamente nos
itens 4.1.1, 4.1.2 e 4.1.3.
Essas atividades, que envolvem um conjunto de medidas relativas à execução das soluções
propostas para a prevenção, durante toda vida útil da Rodovia, de problemas decorrentes da
instalação de processos erosivos, compreendendo a execução de dispositivos de drenagem,
bem como à proteção da camada superficial do solo, por meio da execução de revestimento
vegetal conforme estabelecido no Projeto de Engenharia, estão enfocadas em seqüência.
Essas atividades, que envolvem a construção de dispositivos vários, que são definidos, em
termos de modalidades, localizações, funções específicas, quantitativos e processos
construtivos no Projeto de Engenharia constam dos Capítulos específicos relativos à execução
da Drenagem, à execução das Obras de Arte Correntes, à execução das Obras de Arte
Especiais e, eventualmente em outros Capítulos, também definidos no Projeto de Engenharia.
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- Sarjetas, utilizadas na plataforma da estrada para coletar a água que incide sobre a
mesma, conduzindo-a até lançá-la em ponto adequado para afastá-la do corpo estradal;
- Descidas d’água, empregadas nos pontos baixos dos aterros e nos locais onde o fluxo
d’água na sarjeta estiver próximo da capacidade de escoamento da mesma;
- Dissipadores de energia, para atenuar a velocidade da água, diminuindo o risco de erosão
do terreno natural, meios fios e demais dispositivos.
Da mesma maneira, são definidos todos os elementos e dispositivos referentes à Drenagem
Profunda (que resguarda os maciços da eventual ocorrência de erosão interna e de
estabilizações em cortes) e as Obras de Arte Correntes (bueiros destinados a assegurar a
continuidade do fluxo dos talvegues naturais e que recebem a contribuição da Drenagem
Superficial da Rodovia).
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Programa de Controle de Processos Erosivos
Obs.: Cabe esclarecer que a proteção vegetal dos canteiros de obras, dos caminhos de
serviços, e de todas as demais unidades instaladas fora da Faixa de Domínio esta á sendo
contemplada no Programa de Recuperação de Áreas Degradadas.
- Ocorrências de Deslizamento
• Nessas ocorrências destacam-se os casos de queda de blocos, que se desprendem da
superfície exposta e os de arrastes ou deslizamentos de massas, por ruptura ao
cisalhamento, decorrentes freqüentemente da saturação do maciço pelas águas em
época de chuvas intensas As medidas de caráter preventivo e corretivo preconizadas
nos Manuais Técnicos e no Projeto de Engenharia, envolvem a proteção dos taludes
instáveis através de estruturas apropriadas, em geral associadas à adoção de
procedimentos ordinários, tais como:
- Reintrodução de cobertura vegetal, envolvendo os estratos herbáceos e
arbustivo-arbóreo;
- Remoção de todo material escorregado e, quando possível, de rochas e matacões
com potencial de escorregamento
- Retaludamento e conformação da superfície escorregada;
- Construção de banquetas nos taludes;
- Implantação de sistema de drenagem nas banquetas dos taludes.
- Ocorrências de Solapamento
• Estas ocorrências, que em geral são motivadas pela fundação inadequada sobre
terreno pantanoso (solos moles), podem decorrer também de disposições geométricas
(terreno de fundação com inclinação transversal pronunciada ou, ainda, inclinação de
talude muito íngreme associada a elevadas alturas de aterro). Estão
convenientemente tratadas nos referidos Manuais Técnicos e no Projeto de
Engenharia, e envolvem a execução de obras especiais, associadas em geral à adoção
dos seguintes procedimentos ordinários:
- Remoção do material abatido;
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Dentro desta linha estão contempladas, com maior freqüência no Projeto de Engenharia –
Capítulos de Terraplanagem, de Obras Complementares e/ou de Obras de Contenção, as
seguintes soluções:
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5. ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL
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5. ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL
A implantação do Programa será conduzida sob a responsabilidade do DNER que, para tanto,
contará com o concurso de Firmas Empreiteiras de Obras e Empresas de Consultoria, com
experiência rodoviária nas atividades de supervisão de obras e de supervisão ambiental.
A execução dos serviços estará a cargo das Firmas Empreiteiras contratadas pelo DNER para
as obras de duplicação da via; O acompanhamento físico da execução das obras deverá ser
efetivado por parte dos Órgãos Locais (Residências)/Regionais (Sede Distrital) do DNER,
assessorados em cada caso por Firmas de Consultoria que, no que se refere à supervisão são,
ordinariamente, as próprias Firmas que elaboraram os Projetos de Engenharia referentes a
cada um dos lotes. O monitoramento do Programa será desenvolvido por parte de empresa
Consultora contratada para a Gestão Ambiental da implantação do empreendimento. Os
Órgãos Locais (Residência)/Regionais (Sede Distrital) do DNER serão assessorados em cada
caso por Firmas de Consultoria, com especialidades e experiência no trato da questão
ambiental em Empreendimento Rodoviário.
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6. MONITORAMENTO
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6. MONITORAMENTO
O monitoramento será desenvolvido pela Fiscalização do DNER que, para tanto, contará com
a participação de Firma Consultora encarregada da Gestão Ambiental atividade esta que se
constitui em objeto de um programa específico.
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8. CRONOGRAMA
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8. CRONOGRAMA
O Monitoramento deverá se estender por um ano após o término das obras, oportunidade em
que deverá ser avaliada a necessidade de sua continuidade.
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9. RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS
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9. RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS
Considerar que o Programa guarda estreita vinculação com vários outros Programas
Ambientais, em particular os Programas de Recuperação de Áreas Degradadas, de
Recuperação dos Passivos Ambientais, Controle de Material Particulado, Gases e Ruídos e
Redução do Desconforto e de Acidentes na Fase de Obras.
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10. REFERÊNCIAS
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10. REFERÊNCIAS
Bibliografia:
Programas e Projetos:
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11. ANEXOS
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11. ANEXOS
ANEXO I
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Anexo I
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Anexo I
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Anexo I
Meios-Fios de Concreto
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Anexo I
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Anexo I
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Anexo I
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Anexo I
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Anexo I
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Anexo I
MURO GABIÃO
TERRA ARMADA