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MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES MINISTÉRIO DA DEFESA

DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM COMANDO DO EXÉRCITO


DIRETORIA DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

CONVÊNIO DNER/IME

Projeto de Ampliação da Capacidade Rodoviária das Ligações


com os Países do MERCOSUL
BR-101 Florianópolis (SC) - Osório (RS)

PROJETO BÁSICO AMBIENTAL – PBA

PROGRAMA DE CONTROLE
DE PROCESSOS EROSIVOS

Julho/2001
Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS
Programa de Controle de Processos Erosivos

ÍNDICE
Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS
Programa de Controle de Processos Erosivos

ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1
2. OBJETIVOS ................................................................................................................. 2

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA ELABORAÇÃO DO


PROGRAMA

3.1. A Linha Metodológica .......................................................................................... 4


3.1.1. A Identificação dos Elementos Caracterizadores da Região, em
Termos de Componentes Climáticos, de Relevo, dos Solos e da
Vegetação .................................................................................................. 4
3.1.2. A Determinação Precisa dos Locais de Incidências Potenciais e/ou
Suscetíveis à Instalação de Processos Erosivos ............................. 5
3.1.3. A Definição das Medidas Preventivas e/ou Corretivas a Serem
Implantadas para o Controle de Erosões e dos Processos de
Estabilização ........................................................................................ 6
3.1.4. O Estabelecimento de um Elenco de Condicionantes, Dispondo
sobre Atividades Diretamente ou Indiretamente Relacionadas com
as Obras .................................................................................................... 6
3.2. Definição dos Serviços a Executar ...................................................................... 9
4. ATIVIDADES/AÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA

4.1. Atividades/Ações .................................................................................................. 10


4.1.1. Atividades de Caráter Preventivo e Corretivo Destinadas a Evitar o
Aparecimento e a Evolução, Durante o Período de Execução das
Obras, de Processos Erosivos ........................................................... 10
4.1.2. Atividades de Caráter Preventivo e Corretivo, Destinadas a
Proteger a Estrada e suas Faixas Lindeiras, ao Longo de Toda a sua
Vida Útil, das Ações Erosivas das Águas ............................................... 10
4.1.3. Atividades de Caráter Preventivo e Corretivo Destinadas a
Assegurar a Estabilização de Encostas e Maciços ................................ 12
4.2. Relação de Quantitativos dos Principais Serviços a Executar e
Particularidades Vinculados com o Programa .................................................. 13
5. ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL ......................................................................... 15
6. MONITORAMENTO ................................................................................................... 16
7. ORÇAMENTO E FONTE DE RECURSOS ............................................................. 18
8. CRONOGRAMA .......................................................................................................... 19
9. RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS ........................................................................ 20
10. REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 21
11. ANEXOS ........................................................................................................................ 22
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Programa de Controle de Processos Erosivos

Anexo I

11.1. Modelos padrões de Dispositivos de Drenagem Superficial.

11.2. Modelo de Bacia de Sedimentação.

11.3. Ilustrações Relativas a Obras de Contenção.


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1. INTRODUÇÃO
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Programa de Controle de Processos Erosivos

1. INTRODUÇÃO

O Programa de Controle de Processos Erosivos, a ser desenvolvido durante a fase de


construção da duplicação da rodovia, deverá enfocar as condições ambientais dos terrenos
expostos, que sofreram alterações no relevo e no sistema natural de drenagem, ao longo da
Faixa de Domínio. Essas ações, associadas à retirada da vegetação protetora, à movimentação
de solos e rochas, à extensão e características morfológicas e geológicas das áreas impactadas,
resultam em alterações nos processos do meio físico, principalmente em locais sensíveis -
processos estes que podem se manifestar em erosões laminares e lineares intensas, assim
como em instabilização de encostas e maciços.

No contexto da execução das obras, o controle dos processos erosivos é fundamental para
evitar focos de degradação e requer a adoção de cuidados operacionais, que procurem evitar
ao máximo a sua ocorrência, particularmente, em situações que envolvam:

- Obras de Terraplenagem
- Obras de Drenagem;
- Execução de Aterros, Cortes e Bota-foras;
- Exploração de Jazidas e Caixas de Empréstimo;
- Instalação e Operação de Canteiros de Obra, Instalações Industriais e Equipamentos em
Geral;
- Execução de Desmatamento e Limpeza de Terrenos;
- Construção e Operação de Caminhos de Serviço;
- Carreamento de Materiais Inertes (solo e rocha) para Dentro de Cursos d’Água.

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2. OBJETIVOS
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2. OBJETIVOS

O Programa tem por objetivo elencar as ações operacionais preventivas e corretivas


destinadas a promover o controle dos processos erosivos decorrentes da obra, e evitar
problemas de instabilização de encostas e maciços, enfocando, principalmente na Faixa de
Domínio, as áreas de taludes de cortes e aterros, áreas de exploração de materiais de
construção e bota-foras, áreas de canteiros de obras e de caminhos de serviço, dentre outras,
que pela inexistência de um manejo adequado do solo, ou do sub-dimensionamento da
drenagem, podem acarretar riscos à integridade das estruturas da Rodovia

As ações operacionais visam a promover a recomposição do equilíbrio em áreas porventura


desestabilizadas e com processos erosivos desencadeados, como também evitar a instalação
desses processos, contribuindo para a redução da perda de solos e do assoreamento da rede de
drenagem.

Tais ações se traduzem na implementação de um elenco de medidas e dispositivos adequados


(durante a fase de implantação das obras de duplicação), associado a um conjunto de
condicionantes a serem observados no processo construtivo, que possibilitam reduzir as
situações específicas de risco de ocorrência de processos erosivos laminares, lineares e de
processos ativos pré-existentes, assim como de estabilizações, que possam vir a comprometer
o corpo estradal ou atingir áreas limítrofes.

Dentre os elementos preventivos a serem considerados, destacam-se como mais importantes


os correspondentes a:

- Adoção, para os taludes de cortes e aterros e nas caixas de empréstimo, jazidas e bota-
foras, de conformação geométrica compatível com as características geotécnicas dos
materiais e com a topografia das áreas limítrofes;
- Definição de estruturas e dispositivos físicos de drenagem a serem incorporados à infra-
estrutura viária do trecho (bueiros, sarjetas, descidas d’água, valetas, dissipadores de
energia etc), com a finalidade de controlar o fluxo das águas pluviais superficiais e
profundas;
- Recuperação da cobertura vegetal para a proteção das superfícies expostas à ação das
águas pluviais, a regularização e redução do escoamento superficial e o aumento do
tempo de absorção da água pelo subsolo, contribuindo no controle dos processos erosivos
e de instabilização e evitando o carreamento de sedimento às linhas de drenagem.
- Definição de estruturas físicas apropriadas a serem implantadas em locais/situações
específicas, ditadas pela interferência do traçado já definido com locais de ecodinâmica
suscetível à alteração nos processos do meio físico, causada pelas intervenções
necessárias à execução das obras ou por agentes outros.
Cumpre observar que as finalidades dos elementos acima destacados, em particular o segundo
e o terceiro, mutuamente se integram e/ou contribuem, em termos práticos, para o alcance dos
objetivos do Programa, na medida em que:

- O emprego de dispositivos de drenagem provisórios ou definitivos revestidos em geral de


concreto, resistindo devidamente a volumes/velocidades de escoamento elevados e
canalizando as águas superficiais, desde os pontos de captação até os talvegues naturais,

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constituem-se em elementos preventivos no sentido de proteger as áreas objeto de


recuperação ambiental dos fluxos mais concentrados, levando à proteção do meio
ambiente ao longo de toda vida útil de Rodovia;
- O revestimento vegetal (ação destacada na elaboração do Programa de Recuperação de
Áreas Degradadas), executado sobre o solo devidamente reconformado, oferece a
proteção e controle de caráter extensivo contra os processos erosivos (para os baixos
volumes específicos e velocidades de escoamento das águas), favorecendo o
encaminhamento das águas até os locais de captação dos dispositivos de drenagem
definidos no presente Programa;
Da mesma maneira, cabe registrar que, para efeito de caracterização da abrangência do
Programa Ambiental em foco, foi estabelecido o seguinte:

As ações operacionais preventivas e corretivas mencionadas no inicio deste Capítulo, quando


destinadas a contemplar ocorrências dentro da Faixa de Domínio integrarão o Programa de
Controle de Processos Erosivos.

As ações operacionais preventivas e corretivas mencionadas no inicio deste Capítulo, quando


destinadas a contemplar ocorrências fora da Faixa de Domínio, integrarão o Programa de
Recuperação de Áreas Degradadas.

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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
PARA ELABORAÇÃO DO PROGRAMA
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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA ELABORAÇÃO


DO PROGRAMA

3.1. A Linha Metodológica

A linha metodológica adotada na elaboração do Programa de Controle de Processos Erosivos


apoia-se em especificações consagradas pelo DNER e retratadas nos Manuais Técnicos -
Manual de Projeto de Engenharia Rodoviária, Manual de Hidrologia e Manual de Drenagem;
que ordinariamente, e de uma forma geral, contemplam ou envolvem uma série de
procedimentos específicos, a seguir sumariamente abordados na forma dos itens 3.1.1 a 3.1.4.

3.1.1. A Identificação dos Elementos Caracterizadores da Região, em Termos de


Componentes Climáticos, de Relevo, dos Solos e da Vegetação

Sobre estes elementos, os quais por suas particularidades podem se constituir nas causas
geradoras mais freqüentes de ocorrências de processos erosivos, são pertinentes as seguintes
considerações.

- Chuva – A precipitação pluviométrica, importante indicador do quadro climático, atua na


aceleração maior ou menor da erosão, dependendo da sua distribuição mais ou menos
regular, no tempo e no espaço, e sua intensidade. Chuvas torrenciais ou pancadas de
chuvas intensas, constituem a forma mais agressiva de impacto da água no solo. Durante
estes eventos, a aceleração da erosão é máxima, acirrando processos ativos de
ravinamento e voçorocamento de maneira extremamente rápida, criando, muitas vezes,
situações emergenciais. Na área em estudo, com precipitações pluviométricas da ordem
de 1.500mm/ano, estão presentes eventos dessa natureza.
- Relevo – As características do relevo refletem-se na intensificação de processos erosivos.
Maiores velocidades de erosão podem ser esperadas em relevos acidentados, como
morros, do que em relevos suaves, como colinas amplas, pois declividades mais
acentuadas favorecem a concentração e maiores velocidades de escoamento das águas
superficiais, aumentando sua capacidade erosiva. Associativamente, os serviços de
terraplenagem nesses terrenos, com retirada ou acúmulo de materiais, modificando as
condições topográficas, a geometria e o estado de tensões originais, seja pelo alívio de
cargas ou carregamento, podem dar origem a processos do meio físico ao desestruturar
solos e expor seus horizontes mais sensíveis, levando à erosão laminar mais intensa,
sulcos, ravinas e, inclusive, voçorocas. Em terrenos inclinados, a modificação da
geometria e da resistência mecânica do solo e da rocha potencializam a formação de
processos de escorregamento ou quedas de blocos, enquanto que, em terrenos sujeitos a
rastejos, o processo pode ser intensificado, particularmente em corpos de tálus.
- Solo – A natureza dos solos constitui um dos principais fatores indicativos da
suscetibilidade dos terrenos à erosão. Quando resultantes de processos pretéritos de
erosão, transporte, deposição e sedimentação em encostas, formam os tálus ou colúvios,
constituídos por composição e granulometria bastante heterogênea e a presença de
materiais originários de matrizes argilosas e arenosas. Esses terrenos são altamente
instáveis quando processadas alterações em sua geometria (cortes e aterros) e em seu
sistema de infiltração e percolação de água. Quanto mais arenosa a textura do solo, menor

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o grau de coesão de suas partículas e maior o potencial de instalação e desenvolvimento


de processos erosivos, comparativamente aos solos argilosos. Esses processos
apresentam-se fundamentalmente associados a deficiências do sistema de drenagem e da
proteção vegetal.
- Vegetação – A cobertura vegetal exerce importante papel na estabilidade do solo, na
medida em que amortece o impacto da chuva, regulariza e reduz o escoamento
superficial, a remoção e o transporte de partículas de solo e favorece a absorção da água
pelo sub-solo. As culturas agrícolas e pastagens oferecem relativa proteção superficial ao
solo, embora, em áreas declivosas, essa proteção seja mais efetiva quando há sistemas
radiculares profundos. O manejo inadequado do solo e também as deficiências na
drenagem de áreas agrícolas são causas freqüentes da instalação de processos erosivos.

3.1.2. A Determinação Precisa dos Locais de Incidências Potenciais e/ou Suscetíveis à


Instalação de Processos Erosivos

Nesse tópico são definidas as áreas de abrangência dos fenômenos passíveis de ocorrência,
entre as linhas de crista e cumeada da elevação até o divisor de águas da bacia contribuinte
para a região de cada local, observando-se:

- Os talvegues a montante do terreno ou com influência na área do corte;


- Os blocos de rocha superficiais e suas condições de estabilidade (nessas circunstâncias os
blocos deverão ser removidos durante as operações de terraplenagem ou obras de
contenção);
- A existência de taludes em processo de instabilização, onde o movimento de massas
possa alterar as contribuições dos talvegues para os taludes considerados;
- A existência de sulcos de erosão em qualquer estágio de desenvolvimento;
- O tipo de recobrimento vegetal e o mapeamento detalhado das diferentes espécies
ocorrentes;
- O mapeamento das áreas de ocorrência de afloramentos rochosos com os seus respectivos
estágios de alteração, a tipologia da rocha e outras particularidades notáveis como
fraturas, friabilidade etc.;
- As áreas mais elevadas com conformação de contrafortes definidores das bacias de
captação de precipitações pluviométricas;
- O zoneamento das ocorrências de horizontes de solos diferenciados como colúvios, solos
residuais, depósitos de tálus;
- O levantamento topográfico e geológico-geotécnico do talude, identificando sua altura ou
localização estratégica, onde os efeitos da erosão comprometam a integridade local. Os
estudos deverão considerar os perfis topográficos obtidos ao longo de planos ortogonais
ao talude até as linhas de cumeadas, mapeando os vários tipos de solos (residual, coluvial,
sedimentar, depósito de tálus) e as anomalias geológicas como intrusões, diques,
derrames basálticos, dobras, falhas, fraturamento, grau de alteração etc.

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3.1.3. A Definição das Medidas Preventivas e/ou Corretivas a Serem Implantadas para
o Controle de Erosões e dos Processos de Estabilização

Estas medidas têm por objetivo evitar a instalação de processos do meio físico ou reintegrar as
áreas tratadas à paisagem original, com a atenuação ou eliminação de áreas propensas a
processos erosivos e/ou de instabilização e se materializam através das soluções definidas no
Projeto de Engenharia, nos capítulos correspondentes a Obras Complementares, a Drenagem,
a Obras de Arte Correntes e outros Componentes. São, assim, definidos procedimentos
ordinários bem como o emprego de dispositivos específicos, cuja utilização é prática
consagrada, na Engenharia Rodoviária.

3.1.4. O Estabelecimento de um Elenco de Condicionantes, Dispondo sobre Atividades


Diretamente ou Indiretamente Relacionadas com as Obras

Destas condicionantes, instituídas através de Especificações Complementares, em especial as


ECA’s a serem rigorosamente observadas durante a execução das obras, para atender à
preservação ambiental em seus múltiplos aspectos, cabe destacar o seguinte:

- Atender entre Outras, as Seguintes Orientações Relativamente às Instalações/Construções


das Unidades de Apoio:
• A área de implantação dos canteiros não pode ser susceptível à instalação de
processos erosivos;
• A instalação do canteiro de obras deverá contemplar a implantação de um sistema de
drenagem específico para cada local, de contenção de erosão específico, e de
estabilização, dentre outros;
• As áreas selecionadas para a abertura de trilhas, caminhos de serviço e entradas de
acesso não devem ser susceptíveis a processos erosivos;
• As áreas de instalação de jazidas e caixas de empréstimo não podem ser susceptíveis
a cheias e inundações, bem como as áreas de instalação de jazidas de materiais
argilosos não devem apresentar lençol freático aflorante;
• As áreas destinadas à implantação de usinas e britagem, à abertura de trilhas,
caminhos de serviço e estradas de acesso, para instalação de jazidas e caixas de
empréstimo e áreas terraplenadas e de bota-fora não podem estar sujeitas às
instabilidades físicas passíveis de ocorrência em cotas superiores, como por exemplo
escorregamentos de materiais instáveis.
- Adotar, entre Outros, os Seguintes Procedimentos no que Respeita as Atividades de
Cunho Operacional.
• Respeitar a legislação de uso e ocupação do solo vigente nos municípios envolvidos.
Nas atividades de desmatamento e de limpeza de terrenos, respeitar a legislação de uso e
ocupação do solo vigente nos municípios envolvidos.

- Planejar previamente os serviços de terraplenagem.


Os serviços de terraplenagem deverão ser objeto de planejamento prévio, com a finalidade de
se evitar e/ou minimizar a exposição desnecessária dos solos à ação, principalmente, das
águas superficiais.

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- Condicionar a abertura de novas frentes de obras à ocorrência de condições climáticas


satisfatórias.
O engenheiro responsável pela obra, deverá ter acesso aos dados meteorológicos da região,
evitando, sempre que possível, a abertura de novas frentes quando houver previsão de chuvas
intensas num curto período de tempo.

- Limitar o desmatamento.
Orientar e limitar o desmatamento ao estritamente necessário à implantação das obras na faixa
estradal (pista + acostamento + aceiros laterais).

- Limitar a abertura de canchas.


Deverá ser limitada ao máximo a abertura de novas frentes, sem que as já abertas
(terraplenagem do corpo estradal), tenham os elementos de proteção estabelecidos (drenagem,
cobertura de proteção, bacias de sedimentação etc.).

- Manter a execução do corte estritamente no limite definido na Nota de Serviço.


Para os espécimes vegetais com DAP > 10 cm fazer o corte seletivo com moto-serra e
proceder o empilhamento da madeira para posterior transporte. A madeira oriunda do corte só
poderá ser transportada com a respectiva ATPF (Autorização para o Transporte de Produtos
Florestais) a ser obtida no órgão florestal licenciador.

- Estocar adequadamente o solo orgânico proveniente da limpeza dos “off-sets”.


Referidos solo orgânico deverá ser reaplicado nos locais de empréstimo, bota-foras e demais
áreas a serem recuperadas, conforme estabelecido.

- Adotar providências e implantar dispositivos que impeçam o carreamento de sedimentos


para os corpos d’água
Estas providências/dispositivos, a serem implantados nos casos de desmatamentos e limpeza
de terrenos nas proximidades de corpos d’água envolvem, por exemplo, o enleiramento do
material removido, a construção de valetas para condução das águas superficiais, valetas
paralelas ao corpo d’água etc.

- Restringir ao mínimo o desmatamento de vegetação ciliar, na implantação de pontes e/ou


bueiros.
Limitar ao máximo, na implantação de pontes e ou bueiros, o processo de degradação da
vegetação ciliar, restringindo as áreas a serem desmatadas, ao mínimo efetivamente
necessário.

- Executar medidas de proteção contra processos erosivos e desmoronamentos, em aterros


de encontros de pontes e em aterros que apresentem faces de contato com o corpo
hídrico.
As medidas de proteção pertinentes envolvem a construção de terra armada, enrocamento,
pedra argamassada, argamassa projetada etc., devendo se estender até a cota máxima da cheia.

- Executar medidas que objetivem evitar a evolução de erosões e ruturas remontantes, no


caso de aterro em encostas.

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Estas medidas deverão incluir:


• Implantação de um sistema de drenagem para captação de surgências d’água, se
necessário, antes de lançar qualquer material (colchão drenante);
• Conformação do pé de aterro em forma de dique, com material razoavelmente
compactado e, quando próximo a cursos d’água, proteger o dique com enrrocamento;
• Compactação do aterro, conforme definido no Projeto, em camadas, além da
proteção e drenagem superficial.
- Evitar o aparecimento e aceleramento de processos erosivos, através de medidas
preventivas.
Tais medidas preventivas consistem, por exemplo, na revegetação de taludes expostos e com
alta declividade, terraceamento, drenagem, amenização da declividade de taludes, manejo e
compactação do solo etc.

- Adotar sistema de drenagem específico temporário, nas áreas com operação de atividades
de terraplenagem.
Recomenda-se, para este fim, a construção de bacia de sedimentação (ou caixa de siltagem) –
a qual se constitui em uma pequena e temporária estrutura de contenção formada por
escavação e/ou dique, que intercepta e retém sedimentos carreados pelas águas superficiais,
evitando o assoreamento de cursos d’água, banhados etc.

Tais bacias deverão ser construídas próximas ao pé dos taludes dos aterros ou nas
proximidades das saídas das descargas dos drenos das águas superficiais, de fontes de
sedimentos de aterros, cortes e bota-foras, não devendo ser construídas no leito de cursos
d’água. A vida útil recomendada para esses dispositivos é de 18 meses, constando em
seqüência, algumas informações sobre o dispositivo.

Para uma primeira estimativa, o volume (V) mínimo das bacias pode ser calculado através da
expressão a seguir:
V = 0,4 x A x h, onde
V = volume da bacia, em m³
A = superfície da área de contribuição, em m²;
h = altura máxima, em m.
Para a região em estudo, recomenda-se que o volume mínimo da bacia, seja de 190 m3/ha de
área de contribuição.

Os sedimentos depositados na bacia, devem ser removidos e dispostos em local apropriado


(bota-fora controlado, corpo de aterro da rodovia) e a bacia deve ser recuperada nas suas
dimensões originais.

A operação de remoção dos sedimentos deve ser realizada no momento em que a metade da
altura útil da bacia for alcançada pelo material depositado.

O dique das bacias de sedimentação deverá ser construído com os materiais da própria obra
ou disponíveis no local específico (rocha sã, argila, rocha alterada etc.)

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O dique não deverá ter altura maior do que 2,0 m, na parte onde a topografia do terreno
natural é a mais baixa.

A plataforma de topo deverá ter um mínimo de 1,5 m de largura e os taludes inclinação


2H:1V, ou mais abatidos, dependendo do material de construção.

O vertedor da bacia, pode ser constituído de argila, de tubo, de pedra ou de concreto. Para
cada local deve ser estudado o tipo de material a ser empregado, observando-se sempre, a
garantia da sua não erodibilidade. Como medida prática, pode ser adotada a largura de 4 m do
vertedor para uma área de contribuição de 0,8 ha.

Após a estabilização das áreas afetadas pela construção da Rodovia, recuperar e revegetar o
local ocupado pelas bacias.

Obs.: No Anexo I são apresentados, a título de exemplos, desenhos esquemáticos sobre o


dispositivo bacia de sedimentação.

3.2. Definição dos Serviços a Executar

Assim, com base na adoção do referido instrumental técnico e, observados os procedimentos


descritos no item 3.1 foram definidos, em termos de modalidades, localizações, especificações
e quantitativos, os vários serviços e elementos a executar com vistas ao controle dos processos
erosivos e de instabilização de maciços e encostas, serviços estes que, em conjunto com as
obras de implantação, pavimentação e sinalização, integram as planilhas de quantitativos de
serviços que serão executados pelas empreiteiras das obras.

Referidos serviços, conforme reportados em 3.1.3 compreendem serviços ordinários de


revestimento e proteção vegetal e de execução de dispositivos de drenagem e obras de arte
correntes, bem como serviços específicos, em especial, para atender a problemas de
instabilidade

Neste sentido, cumpre observar que no Anexo I são apresentados, a título de exemplo,
desenhos contendo modelos de dispositivos de drenagem adotados pelo DNER – bem como
ilustrações relativas a soluções específicas referentes às obras de contenção, que serão
executadas na obra.

As indicações nele exemplificadas devidamente conjugadas às Especificações Particulares e


Complementares pertinentes integrantes do Projeto de Engenharia, ensejam a quantificação
dos serviços a executar em cada caso, atendendo aos preceitos estabelecidos neste Programa
Ambiental e conforme definido no Projeto de Engenharia.

É de se observar, outrossim, que na forma da sistemática vigente no DNER, soluções


constantes no Projeto de Engenharia Rodoviária são objeto de análise e revisão a partir do
início das obras, oportunidade em que, no caso específico dos serviços de controle de
processos erosivos e de instabilização de maciços e encostas, ante a verificação de
insuficiências – inclusive decorrentes de acidentes eventualmente ocorridos posteriormente à
elaboração dos Estudos e Projetos, poderá evidenciar-se a conveniência da adoção de
alterações e complementações às soluções previstas no Projeto de Engenharia.

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4. ATIVIDADES/AÇÕES PARA
IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA
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4. ATIVIDADES/AÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA

4.1. Atividades/Ações

As atividades concernentes à implantação do Programa agregam a execução de medidas de


caráter preventivo e corretivo e deverão observar durante a execução das obras, o disposto nas
“Especificações Gerais para Obras Rodoviárias do DNER”, mais especificamente na
aplicação das Especificações de Drenagem nos 283/87 a 298/97, nas Especificações
Complementares e Particulares instituídas no Projeto de Engenharia e nos condicionamentos
estabelecidos neste Programa.

Tais atividades em função de suas naturezas e finalidades estão enfocados sucessivamente nos
itens 4.1.1, 4.1.2 e 4.1.3.

4.1.1. Atividades de Caráter Preventivo e Corretivo Destinadas a Evitar o


Aparecimento e a Evolução, Durante o Período de Execução das Obras, de
Processos Erosivos

Essas ações destinam-se a produzir efeitos temporários, durante o próprio período de


execução das obras, envolvendo a execução de dispositivos provisórios, bem como a
observância, no que concerne à execução das obras, de um elenco de condicionantes,
conforme exposto no Capítulo 3, item 3.1.4.

4.1.2. Atividades de Caráter Preventivo e Corretivo, Destinadas a Proteger a Estrada e


suas Faixas Lindeiras, ao Longo de Toda a sua Vida Útil, das Ações Erosivas das
Águas

Essas atividades, que envolvem um conjunto de medidas relativas à execução das soluções
propostas para a prevenção, durante toda vida útil da Rodovia, de problemas decorrentes da
instalação de processos erosivos, compreendendo a execução de dispositivos de drenagem,
bem como à proteção da camada superficial do solo, por meio da execução de revestimento
vegetal conforme estabelecido no Projeto de Engenharia, estão enfocadas em seqüência.

4.1.2.1. Atividades voltadas para Execução da Drenagem

Essas atividades, que envolvem a construção de dispositivos vários, que são definidos, em
termos de modalidades, localizações, funções específicas, quantitativos e processos
construtivos no Projeto de Engenharia constam dos Capítulos específicos relativos à execução
da Drenagem, à execução das Obras de Arte Correntes, à execução das Obras de Arte
Especiais e, eventualmente em outros Capítulos, também definidos no Projeto de Engenharia.

No caso do Projeto de Drenagem Superficial são definidos dispositivos com a finalidade de


proteger a infraestrutura viária, assegurando a adequada drenagem das águas pluviais em
todas as suas formas de ocorrência, dos quais se destacam os mais usuais:

- Valetas de proteção, dispostas a montante dos “off-sets” do corpo estradal, para


interceptar as águas que poderão atingir o talude do corte ou do aterro;

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- Sarjetas, utilizadas na plataforma da estrada para coletar a água que incide sobre a
mesma, conduzindo-a até lançá-la em ponto adequado para afastá-la do corpo estradal;
- Descidas d’água, empregadas nos pontos baixos dos aterros e nos locais onde o fluxo
d’água na sarjeta estiver próximo da capacidade de escoamento da mesma;
- Dissipadores de energia, para atenuar a velocidade da água, diminuindo o risco de erosão
do terreno natural, meios fios e demais dispositivos.
Da mesma maneira, são definidos todos os elementos e dispositivos referentes à Drenagem
Profunda (que resguarda os maciços da eventual ocorrência de erosão interna e de
estabilizações em cortes) e as Obras de Arte Correntes (bueiros destinados a assegurar a
continuidade do fluxo dos talvegues naturais e que recebem a contribuição da Drenagem
Superficial da Rodovia).

Neste sentido, o Álbum de Projetos Tipo de Dispositivos de Drenagem, que contém os


modelos padrões vigentes no DNER (versão de abril/88), adotados nos Projetos de
Engenharia contempla os seguintes dispositivos principais:

- Para a drenagem superficial: valetas de proteção de cortes, valetas de proteção de aterros,


banquetas, sarjetas, meios-fios, entrada para descidas d’água, descidas d’água,
dissipadores de energia e caixas coletoras;
- Drenagem subterrânea: drenos profundos (em solo e em rocha) e bocas de drenos;
- Drenagem para travessias de talvegues: corpo de bueiros tubulares, bocas de bueiros
tubulares e bueiros celulares.
- Incorporam-se a estas atividades as medidas voltadas ao Controle de Processos Erosivos
Ativos Lineares – medidas que têm por objetivo a reintegração de áreas à paisagem
original, com a eliminação de processos ativos de ravinamentos profundos e
voçorocamentos e, em conseqüência, otimizar as condições de trafegabilidade da rodovia,
as melhorias da segurança de tráfego, as condições ambientais dessas áreas, mediante a
implantação de medidas de controle, basicamente corretivas, definidas pela norma
DNER, e que compreendem:
• Proteção da face externa da voçoroca por muro de arrimo;
• Preenchimento da face externa da voçoroca com pedra de mão e implantação de
dreno invertido, minimizando o efeito de carreamento de material granular;
• Implantação de barreira na face externa da voçoroca, composta de saco de aniagem
cheios de solos arenosos;
• Implantação de drenos profundos, minimizando ou atenuando o processo evolutivo;
• Preenchimento dos vazios localizados a montante da barreira física com solos
adequados;
• Dissipação da energia do fluxo de águas superficiais no ponto de descarga, onde
propõe-se a construção de barreiras constituídas de enrocamento.
• Conformação final do terreno e preparo para a introdução da cobertura vegetal.
Obs.: Alguns modelos de dispositivos de drenagem usualmente adotados e extraídos do
álbum do DNER estão apresentados, como exemplos, no Anexo I.

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Programa de Controle de Processos Erosivos

4.1.2.2. Atividades voltadas para a Proteção Superficial dos Taludes

De forma conjugada com a construção dos dispositivos de drenagem superficial, é tratada a


proteção superficial dos taludes (cortes e aterros), dado o papel que desempenha na
estabilização dos maciços, impedindo a formação de processos erosivos e diminuindo a
infiltração de água no mesmo, através da superfície exposta do talude.

Tal proteção superficial, no Projeto de Engenharia é, em geral, tratada no Capítulo de Obras


Complementares, sendo que por questões técnicas, econômicas e estéticas é ordinariamente
adotado, como no caso do presente Projeto, o revestimento vegetal dos taludes de cortes e de
aterros, com a utilização de enleivamento, hidrossemeadura e o plantio de arbustos.

Obs.: Cabe esclarecer que a proteção vegetal dos canteiros de obras, dos caminhos de
serviços, e de todas as demais unidades instaladas fora da Faixa de Domínio esta á sendo
contemplada no Programa de Recuperação de Áreas Degradadas.

4.1.3. Atividades de Caráter Preventivo e Corretivo Destinadas a Assegurar a


Estabilização de Encostas e Maciços

As medidas de caráter preventivo e corretivo, relativas à estabilização de encostas e maciços


instáveis, estão definidas no Projeto de Engenharia e envolvem, conforme o caso, os
conjuntos de atividades a seguir descritos.

- Ocorrências de Deslizamento
• Nessas ocorrências destacam-se os casos de queda de blocos, que se desprendem da
superfície exposta e os de arrastes ou deslizamentos de massas, por ruptura ao
cisalhamento, decorrentes freqüentemente da saturação do maciço pelas águas em
época de chuvas intensas As medidas de caráter preventivo e corretivo preconizadas
nos Manuais Técnicos e no Projeto de Engenharia, envolvem a proteção dos taludes
instáveis através de estruturas apropriadas, em geral associadas à adoção de
procedimentos ordinários, tais como:
- Reintrodução de cobertura vegetal, envolvendo os estratos herbáceos e
arbustivo-arbóreo;
- Remoção de todo material escorregado e, quando possível, de rochas e matacões
com potencial de escorregamento
- Retaludamento e conformação da superfície escorregada;
- Construção de banquetas nos taludes;
- Implantação de sistema de drenagem nas banquetas dos taludes.
- Ocorrências de Solapamento
• Estas ocorrências, que em geral são motivadas pela fundação inadequada sobre
terreno pantanoso (solos moles), podem decorrer também de disposições geométricas
(terreno de fundação com inclinação transversal pronunciada ou, ainda, inclinação de
talude muito íngreme associada a elevadas alturas de aterro). Estão
convenientemente tratadas nos referidos Manuais Técnicos e no Projeto de
Engenharia, e envolvem a execução de obras especiais, associadas em geral à adoção
dos seguintes procedimentos ordinários:
- Remoção do material abatido;

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Programa de Controle de Processos Erosivos

- Reconstituição da área abatida com a recomposição do aterro;


- Recomposição do sistema de drenagem superficial;
- Recomposição do corpo estradal;
- Reintrodução de cobertura vegetal na saia do aterro.
• As ocorrências focalizadas neste item 4.1.3 têm lugar, ao longo dos 300km de Ligação,
com elevada freqüência e assumem características bastante variadas, em cada caso. As
soluções pertinentes propostas no Projeto de Engenharia foram estabelecidas após
exaustivos estudos topográficos e geológicos-geotécnicos e levaram em conta as
particularidades de cada caso, a experiência adquirida em situações similares ocorridas
anteriormente, bem como os preceitos de natureza técnico-econômica.

Dentro desta linha estão contempladas, com maior freqüência no Projeto de Engenharia –
Capítulos de Terraplanagem, de Obras Complementares e/ou de Obras de Contenção, as
seguintes soluções:

- Remoção dos solos moles;


- Construção de Bermas;
- Construção de Aterros Reforçados;
- Construção de Aterros Estaqueados;
- Construção de Muro de Peso;
- Construção de Muro Gabião;
- Construção de Muro de Terra Armada.
Obs.: No Anexo I, são apresentadas ilustrações relativas a estas duas últimas soluções
mencionadas.

4.2. Relação de Quantitativos dos Principais Serviços a Executar e


Particularidades Vinculados com o Programa

Os serviços a executar em atendimento ao Programa de Controle de Processos Erosivos e


estão apresentados a seguir:

01. Quantidades dos Serviços Referentes a Proteção Vegetal e Arborização em


Taludes de Corte e Aterro
Dispositivos / Unidades
Enleivamento (m²) Hidrossemeadura (m²) Arbusto (unid.) Árvore (unid.)
2.706.480 3.129.580 123.125 42.616

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Programa de Controle de Processos Erosivos

02. Quantidades dos Principais Dispositivos de Drenagem Superficial


Dispositivos / Unidades
Bacia de
Descida Entrada/ Dissipadores
Valeta Sarjeta Meio-fio Sedimentação ou
D’água Saída D’água de Energia
(m) (m) (m) Barreira de
(m) (und.) (unid.)
Siltagem (m)
203.574 491.874 269.526 3.789,50 376 505 9.078

03. Quantidades dos Dispositivos de Drenagem Profunda


Dispositivos / Unidades
Drenos Profundos em Cortes em Drenos Profundos em Cortes em Bocas e Saídas de Drenos
Solo (m) Rocha (m) (und.)
73.906 14.333 11.030

04. Quantidades dos Dispositivos de Drenagem da Talvegues (Obras de Arte


Correntes)
Dispositivos / Unidades
Bueiros Simples Tubulares de Bueiros Duplos/ Triplos Bueiros Simples Celulares de
Concreto (m) Tubulares de Concreto (m) Concreto (m)
45.629 8.801 2.929,60

05. Quantidades Referentes a Execuçãzo de Aterros sobre Solos Moles


Soluções Adotadas (predominantes) Extensão (m) Volume de Aterro (m3)
Construção de Bermas; 54.024,23 2.743.101,50

Construção de Aterros Reforçados;


Construção de Aterros Estaqueados

06. Quantidades Referentes a Execução de Obras de Contenção


Soluções Adotadas (predominantes) Extensão (m) Área (m2)
Muro de Terra Armada 40.283,52 199.359,11
Muro Gabião

No Anexo I são apresentados:

- Modelos padrões de Dispositivos de Drenagem Superficial;


- Particularidades relacionas com os processos de proteção contra erosão envolvendo
Modelo de Bacia de Sedimentação e Ilustrações Relativas a Obras de Contenção.

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5. ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL
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5. ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL

A implantação do Programa será conduzida sob a responsabilidade do DNER que, para tanto,
contará com o concurso de Firmas Empreiteiras de Obras e Empresas de Consultoria, com
experiência rodoviária nas atividades de supervisão de obras e de supervisão ambiental.

Para o desenvolvimento das atividades, de modo a atender plenamente aos objetivos


almejados pelo Programa, foram convenientemente equacionadas as modalidades de
encargos, de caráter genérico, correspondentes à: execução das obras, ao acompanhamento
físico da execução das mesmas e ao monitoramento do Programa de Controle de Processos
Erosivos.

A execução dos serviços estará a cargo das Firmas Empreiteiras contratadas pelo DNER para
as obras de duplicação da via; O acompanhamento físico da execução das obras deverá ser
efetivado por parte dos Órgãos Locais (Residências)/Regionais (Sede Distrital) do DNER,
assessorados em cada caso por Firmas de Consultoria que, no que se refere à supervisão são,
ordinariamente, as próprias Firmas que elaboraram os Projetos de Engenharia referentes a
cada um dos lotes. O monitoramento do Programa será desenvolvido por parte de empresa
Consultora contratada para a Gestão Ambiental da implantação do empreendimento. Os
Órgãos Locais (Residência)/Regionais (Sede Distrital) do DNER serão assessorados em cada
caso por Firmas de Consultoria, com especialidades e experiência no trato da questão
ambiental em Empreendimento Rodoviário.

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6. MONITORAMENTO
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6. MONITORAMENTO

O monitoramento será desenvolvido pela Fiscalização do DNER que, para tanto, contará com
a participação de Firma Consultora encarregada da Gestão Ambiental atividade esta que se
constitui em objeto de um programa específico.

As atividades pertinentes ao Monitoramento, que terão a finalidade de:

- Verificação da adequada execução dos elementos/dispositivos constantes, como soluções,


no Projeto de Engenharia e que atendem a vários Programas Ambientais.
- Verificação da conformidade ambiental, no que respeita à observância dos
condicionamentos instituídos e que interferem com os procedimentos relacionados com a
programação de obras e os processos construtivos.
Em termos específicos, para atender a tais finalidades deverão ser, basicamente cumpridas as
seguintes etapas:

- Análise de toda a documentação técnica do Empreendimento, em especial dos aspectos


de interface do Projeto de Engenharia com o Programa de Proteção contra Processos
Erosivos.
- Inspeção preliminar aos trechos para certificação de que as “condições de campo” ao
longo de cada trecho são efetivamente as retratadas no Projeto de Engenharia com vistas,
inclusive, à detecção da necessidade de eventuais adequações, no que se refere às
soluções de engenharia relacionadas com o controle de processos erosivos.
- Registro de todos os dispositivos a serem implantados, para atender ao objetivo do
Programa.
- Inspeções diárias ao trecho para, relativamente aos dispositivos a serem implantados,
verificar:
• O cumprimento do cronograma estabelecido.
• A evolução de execução dos serviços , com avaliação qualitativa e quantitativa dos
serviços e a observância das Especificações Técnicas pertinentes.
- Inspeções diárias ao trecho para verificar quanto ao atendimento, durante todo o processo
construtivo, dos condicionamentos estabelecidos nas Especificações Complementares e
no disposto no Capítulo 4 do Programa com ênfase para os seguintes tópicos:
• Condições de implantação e funcionamento dos Canteiros de Obras, dos Caminhos
de Serviço e de todas as demais Unidades de Apoio.
• Observância do que prescreve a legislação do uso e ocupação do solo, vigente nos
municípios envolvidos.
• Minimização, em termos de extensão e de tempo cronológico, da exposição dos solos
movimentados à ação de águas de superfície.
• Condicionamento da abertura de novas frentes de obras às condições climáticas.
• Limitação da faixa a ser desmatada ao estritamente necessário.

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• Condicionamento da abertura de novas frentes de terraplenagem à plena conclusão


dos elementos de proteção estabelecidos (drenagem e cobertura de proteção,
principalmente), para frente de obra já aberta (terraplenagem e corpo estradal).
• Execução do corte estritamente no limite definido na Nota de Serviço.
• Estocagem adequada de solo orgânico proveniente da limpeza dos “off-sets”.
• Implantação de dispositivos que impeçam o carreamento de sedimentação para os
corpos hídricos.
• Minimização de desmatamento da vegetação ciliar.
• Execução de medidas de proteção nos aterros que apresentem face de contato com
corpos hídricos.
• Execução de medidas preventivas/corretivas com vistas a evitar a evolução de
erosões e rupturas remontantes.
• Adoção de medidas preventivas para evitar o aparecimento ou aceleração de
processos erosivos.
• Adoção de sistema de drenagem específico temporário, nas áreas com operação de
atividades de terraplenagem.
- Tais inspeções que serão de caráter seletivo em função de cada Impacto e da
suscetibilidade de cada segmento à incidência do referido Impacto, terão definidas a sua
metodologia e periodicidade a partir do conhecimento mais preciso in locun.
- O Monitoramento deverá se estender, contemplando situações específicas, durante a Fase
de Operação da Rodovia, por um período a ser definido no estágio final da fase de
Construção.
Obs.: Conforme exposto, as atividades pertinentes ao monitoramento serão desenvolvidas no
âmbito do PGA – Programa de Gestão Ambiental – o qual tem por objetivo de caráter geral
“Garantir que todos os Programas Ambientais e condicionamentos outros instituídos no PBA
serão devidamente desenvolvidos nos prazos e dentro das condições estabelecidas para
obtenção do Licenciamento Ambiental”.
De outra parte, tais atividades de monitoramento estão tratadas em detalhes no Programa de
Monitoramento Ambiental o qual, se constituindo em um Programa de apoio ao PGA e com
caráter orientador/normativo instituiu, a nível de diretrizes gerais, a linha de ação a ser
adotada para o acompanhamento dos Programas Ambientais, particularmente para os
Programas integrantes do PCA.

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7. ORÇAMENTO E FONTE DE RECURSOS


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7. ORÇAMENTO E FONTE DE RECURSOS

O Orçamento para a implantação do Programa de Controle de Processos Erosivos, foi obtido a


partir do Orçamento Geral das Obras, considerando basicamente os custos dos itens de
serviços referentes à execução dos serviços relativos à proteção vegetal dos taludes dos cortes
e dos aterros.

No que se refere ao Monitoramento o custo estará computado, como parcela do orçamento do


Programa de Gestão Ambiental.

O Orçamento, assim estabelecido, extraído do Orçamento Referencial integrante do Projeto de


Engenharia, alcançou o valor da ordem de R$ 9.050.000,00, em Dez/1999, estando embutido
no “Custo Direto das Obras”.

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8. CRONOGRAMA
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8. CRONOGRAMA

O Cronograma de Execução deverá guardar correspondência com o Cronograma de Execução


das Obras de Restauração e Duplicação da Rodovia.

Os trabalhos de Controle de Processos Erosivos deverão ser iniciados e executados em todas


as suas etapas, pari-passu com a execução de todos os serviços de cada frente de obra de
implantação e pavimentação em que, de acordo com o Projeto de Engenharia, está prevista a
execução de dispositivos destinados ao controle de erosão. Esta atividade deverá,
obrigatoriamente, estar incluída entre as atividades explicitadas no Plano de Ataque às Obras.

O avanço longitudinal das obras de ampliação da capacidade ao longo da pista deverá


coincidir, em todas as etapas, com o avanço longitudinal dos serviços de proteção contra
erosão, de sorte que, para cada segmento, a conclusão das obras venha a corresponder,
igualmente, à conclusão dos serviços de proteção contra erosão identificados nos respectivos
segmentos.

O Monitoramento deverá se estender por um ano após o término das obras, oportunidade em
que deverá ser avaliada a necessidade de sua continuidade.

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9. RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS
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9. RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS

Considerar que o Programa guarda estreita vinculação com vários outros Programas
Ambientais, em particular os Programas de Recuperação de Áreas Degradadas, de
Recuperação dos Passivos Ambientais, Controle de Material Particulado, Gases e Ruídos e
Redução do Desconforto e de Acidentes na Fase de Obras.

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10. REFERÊNCIAS
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10. REFERÊNCIAS

Bibliografia:

Corpo Normativo Ambiental para Empreendimento Rodoviário – Instruções de Serviço


Ambiental – ISA – 07; Impactos na Fase de Obras Rodoviárias –
Causas/Mitigação/Remediação; Programas Ambientais/Estado de São Paulo, do
Corredor São Paulo – Curitiba – Florianópolis, Especificações Gerais do DNER,
Especificações Complementares, Especificações Particulares e ECA’s – Especificações
Complementares Adicionais.

Programas e Projetos:

Projeto de Engenharia da Ligação Florianópolis - Osório.

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11. ANEXOS
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11. ANEXOS

ANEXO I

11.1. Modelos Padrões de Dispositivos de Drenagem Superficial.

11.2. Modelo de Bacia de Sedimentação.

11.3. Ilustrações Relativas a Obras de Contenção.

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Anexo I

11.1. Modelos Padrões de Dispositivos de Drenagem Superficial

Sarjetas Triangulares de Concreto

1
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Anexo I

Valetas de Proteção de Aterros

2
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Anexo I

Meios-Fios de Concreto

3
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Anexo I

Descidas d’Água de Aterros Tipo Rápido - DAR

4
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Anexo I

Descidas d’Água de Cortes em Degraus - DCD

5
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Anexo I

Dissipadores de Energia Aplicáveis a Saídas de Bueiros Tubulares e Descidas d’Água de


Aterros - DEB

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Anexo I

Dissipadores de Energia Aplicáveis a Descidas d’Água de Aterros Tipo Rápido -


DEB-01

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Anexo I

11.2. Modelo de Bacia de Sedimentação.

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Anexo I

11.3. Ilustrações Relativas a Obras de Contenção

MURO GABIÃO

TERRA ARMADA

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