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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS

FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA


CURSO DE BACHARELADO E LICENCIATURA EM QUÍMICA

PROCESSOS DA INDÚSTRIA QUÍMICA ORGÂNICA

Produção do Álcool Industrial.

Fabio Ribeiro Pinheiro


Marciélli K. R. de Souza
Thiago Dias dos Santos

Prof °. Dr. Jaime Humberto Palacio Revello

Dourados – MS
24 de janeiro de 2018
Sumáá rio
Sumário..............................................................................................................2

Introdução..........................................................................................................3

Álcool de fermentação.......................................................................................4

Fabricação do álcool industrial..........................................................................5

Rota de produção...............................................................................................8

Fluxograma........................................................................................................9

Referências......................................................................................................10

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Introduçáã o
A partir da década de 1920, estabeleceu-se a relação do Brasil com o etanol foi
estabelecida. O Instituto de Açúcar e Álcool (IAA) e a Escola Superior de Agricultura
Luiz de Queiroz (ESALQ) realizaram estudos além de desempenharem um papel de
suma importância para o crescimento do setor alcooleiro no país, ao buscar, a melhor
forma de fabricar álcool etílico. [1]
Atualmente o álcool etílico é um dos combustíveis mais utilizados. Mas para
obter este produto no posto de combustível é necessário um grande percurso, e diversas
tecnologias envolvidas. [2]
Uma das matérias primas para a produção de álcool no Brasil é a cana de açúcar.
Com sua utilidade na produção de álcool, quanto na produção de açúcar, está matéria
prima é muito utilizada e cultivada no Brasil. [2]
Logo após da colheita da cana de açúcar, a cana madura, ficando rica em
açúcares e com pouca água, sendo realizado posteriormente o processo de pesagem e
posterior limpeza, retirando as impurezas, tais como a terra que se encontra aderida na
cana de açúcar e até mesmo de insetos. Posteriormente a cana de açúcar será picada e
moída várias vezes, obtendo-se assim o maior volume do conteúdo tecidual (caldo) da
planta, constituído em grande parte de líquido adocicado, com partes sólidas suspensas
no meio. O que sobra da cana resultante deste ciclo é denominado bagaço, o qual tem
várias utilidades. Uma das aplicações atuais do bagaço é a queima em caldeiras,
gerando vapor que aciona geradores, produzindo energia elétrica utilizada nas próprias
usinas para o funcionamento das máquinas (exemplo: para triturar e moer a cana, entre
outras). A energia que sobra da queima do bagaço é muitas vezes vendida para abastecer
o mercado de energia. O bagaço pode também retornar ao campo como cobertura do
solo ou servir para alimentação animal. [2]
Para cada tonelada de cana utilizada na produção de álcool são gerados cerca de
280 kg de bagaço, o qual pode ser utilizado de várias maneiras, conforme descrito
acima. Atualmente, existem várias pesquisas em andamento que buscam produzir mais
álcool a partir do bagaço. Abordaremos essa questão nos próximos boletins. [3]

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A obtenção do álcool anidro é feito pala absorção dos 4 ou 5% de água presentes
nos 95 a 96% de álcool industrial, utilizando-se cal virgem, posterior destilação. Este
processo é caro, embora produza um álcool anidro de elevada qualidade: foi superado
em grande parte por operações unitárias modernizadas da engenharia química,
destilação e extração, envolvendo um terceiro componente. Consequentemente a
operação de desidratação tornaram-se mais viáveis economicamente, adiquiriram forma
contínua, usando-se de preferência líquidos ou soluções, o que levou a uma redução de
preço do álcool anidro a disponibilizado por um valor um pouco superior ao do álcool
comum. [4]
A água no álcool a 95% é removida tecnicamente por dois métodos principais:
primeiro por desidratação por destilação com um terceiro componente, que forma um
azeótropo de mínimo, com ebulição a baixo da do álcool a 95% na temperatura de
78,15°C ou da água. O azeótropo pode ser binário, de que a água e o éter etílico
constituem um exemplo ou ternário, deque o álcool, a água e o benzeno constituem
outro exemplo. Nestas circunstâncias, o álcool anidro é obtido na cauda da coluna de
destilação, pois sua pressão de vapor é relativamente mais baixa que a do azeótropo que
arrasta a água. Segundo é a desidratação por extração a contracorrente, em geral numa
coluna contínua com um terceiro componente, que abaixa mais a pressão de vapor do
álcool, por exemplo: glicerol. [4]
Para a fabricação do álcool industrial é necessário energia, operações unitárias,
convesões químicas. Os processos na usina exigem vapor para aquecimento na
destilação, energia para bombeamento, água para condensação e ocasionalmente, para o
arrefecimento durante a fermentação exotérmica. O calor envolvido na reação de
fermentação vai a 88.940.000 Kcal. O desprendimento de calor estende-se usualmente
durante 60h. [4]
Para explicar as etapas do preparo através do fluxograma disponibilizado pelo
professor, foi dividido cada parte explicando detalhadamente cada processo. Para que
explique a fabricação do álcool, pode ser dividida nas conversões químicas e operações
unitárias principalmente principais que seguem:
ÁÁ lcool de fermentáçáã o
Transporte dos melaços ou milho (Op)
Armazenamento dos melaços ou milho (Op)
Moagem etc. do milho (Op)

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Hidrólise de farinha de milho, por aquecimento, com malte ou ácido para
construir o mosto (Cq)
Cultura de inóculos (Cq)
Fermentação dos melaços diluídos e invertidos ou do mosto de milho (Cq)
Destilação de álcool da “cerveja” (Op)
Retificação e purificação do álcool (Op)
Recuperação de subprodutos, por exemplo, CO2 reações, sais potássicos (Op)
Álcool do eteno
Liquefação de gases de petróleo contendo eteno (Op)
Retificação para se ter eteno e etano puros (Op)
Desidrogenação do etano e eteno (Cq)
Hidratação sobre um catalisador (Cq)
Destilação do álcool de eteno parcialmente convertido (Op)
Retificação e purificação de álcool (Op)
Fábricáçáã o do áá lcool industriál
O fluxograma da Fig. 31.1 que segue em anexo, mostra as diversas operações e
conversões envolvidas na transformação de melaços em álcool comercializável. Os
melaços, em virtude da grande concentração de açúcar, não permitem a fermentação
direta pelas leveduras. Inicialmente, devem ser diluídos a concentrações no máximo de
17% em açúcar. Esta solução é o mosto e representa o substrato de carboidratos pronto
para a inoculação de levedura. O mosto é bombeado para uma grande dorna de
fermentação (60.000 a 500.000 galões ou 227.000 a 1.890.000 litros), em aço, que, nas
usinas modernas, é fechada, para recolher o dióxido de carbono desprendido e
possibilitar condições mais fáceis de limpeza e de esterilização. Adicionam-se um sal de
amônio e ácido sulfúrico, o primeiro para fornecer um constituinte nutritivo deficiente
nos melaços e outro para manter o pH apropriado do meio (de 4,0 a 5,0), de forma a
facilitar a atividade de levedura escolhida e suprimir a multiplicação de castas selvagens
ou de bactérias. Também se acrescenta sulfato de magnésio, quando houver carência, e
uma pequena quantidade de fosfato (geralmente como superfosfato). [4]
Enquanto isto, uma cultura de levedura escolhida (cerca de 5% do volume total)
está sendo cultivada nos recipientes de programação. Todas as operações são realizadas
com estrita supervisão de laboratório, inclusive na seleção de casta de levedura do
inóculo, na esterilização dos melaços diluídos, na adição dos nutrientes, na manutenção

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do pH e da temperatura (24,4°C), e na limpeza e esterilização dos recipientes de
programação para a fermentação subsequente. Os bacteriologistas desenvolveram
linhagens de leveduras que se desenvolvem nas condições ácidas, em que as leveduras
selvagens e as bactérias não sobrevivem. Como a reação indica, a fermentação é
exotérmica, e é necessário resfriar o fermentador: esta é outra vantagem proporcionada
pelas dornas de aço. Embora a temperatura mais conveniente seja variável, em geral, no
princípio, é cerca de 21°C e, no final da fermentação está abaixo de 38°C. [4]
Pela regulamentação governamental, o ciclo de fermentação deve durar 4 dias, a
pesar de ser usual fazê-lo em 36 a 50h. Uma vez que o álcool só é formado pelas
leveduras a partir de monossacáridos, é necessário decompor a sacarose C22H22O11 em d-
glicose e d-frutose. Na fermentação alcoólica por leveduras, estes microorganismos
fornecem um catalisador orgânico, ou enzima, a invermase, que transforma os
monossacáridos em álcool e dióxido de carbono. [4]
Quando são usados materiais amiláceos para a obtenção de álcool industrial, é
necessário converte-los a maltose, um dissacarídeo. Isto pode ser feito pelo processo de
malte ou por diversos processos biológicos. O processo do malte, exceto em
circunstancias excepcionais, é muito dispendioso para dar álcool industrial. Um
substituto econômico do malte na fabricação de álcool é a amilase, enzima produzida
pela fermentação do Aspergillus. Além disso, a amilase de fungos não pode substituir o
malte da cevada para a produção de bebidas, pois o gosto do produto não é o mesmo e
existem também regulamentos legais, durante a Segunda Grande Guerra, o
processamento dos grãos passou do processo de cozimento e hidrolise descontínuos
para o processamento continuo. São usados industrialmente dois tipos de cozinhadores:
um cozinhador tubular, operando a 177°C, com um tempo de retenção de 1 a 2 min, e
uma torre vertical, operando a uma temperatura mais baixa e com maior tempo de
retenção. [4]
O licor nos fermentadores, depois de a fermentação estar completa, é a cerveja
(vinho, no caso de melaço de cana). O álcool é separado por destilação. Numa
fermentação como da Fig. 31.1 o vinho, contendo de 6,5 a 11% de álcool por volume, é
bombeado para as seções superiores da coluna de destilação, depois de passar por
diversos trocadores de calor (esquenta-vinhos). À medida que o vinho desce pela
coluna, vai perdendo os seus constituintes mais voláteis. O líquido descarregado pelo
fundo da coluna, por um trocador de calor, é o vinhoto ou vinhaça. Tem proteínas,
açucares residuais e, em alguns casos, produtos vitamínicos, de modo que é muitas

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vezes sujeito à evaporação para ser usado como constituinte em raçoes animais. O
produto de topo (cabeça), contendo álcool, água e aldeídos, passa, por trocadores de
calor (esquenta-vinhos), para um condensador parcial, ou deflegmador, onde há
suficiente condensação de vapores (flegmas) para possibilitar um refluxo e também
concentrar os vapores resistentes que passam pelo condensador, onde recolhe o álcool a
50%, contendo os voláteis aldeídos. Este condensador, o vinho concentrado, é lançado
na coluna dos aldeídos, ou da cabeça, onde se separam as impurezas volteis, ou
aldeídos, que saem no produto do topo. O licor efluente da parte inferir da coluna de
aldeído passa à coluna de retificação. [4]
Nesta terceira coluna, o álcool é concentrado e, finalmente, purificado da
seguinte forma: o vapor que passa por um deflegmador é parcialmente condensado para
manter o álcool mais concentrado na coluna e fornecer um refluxo para os pratos
superiores. Os produtos mais voláteis, que ainda podem conter um traço de aldeídos e,
naturalmente parte de álcool, são completamente condensados e retornam à parte
superior da coluna de aldeído. Nas vizinhanças do topo da coluna de retificação,
recolhe-se o álcool de 95 a 95,6%, através de um condensador, que é estocado e
comercializado. Mais para baixo, faz-se a sangria dos óleos fuseis, de ebolição mais
elevada, através de um resfriador e de um separador, lançando-os, depois, numa coluna
especial, onde se extrai qualquer álcool que possam conter antes de o resíduo ser
comercializado como álcool amílico impuro para ser usado como solvente. O resíduo
final desta coluna de retificação descarrega a água. [4]

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Rotá de produçáã o
Depois de colhida no campo a cana de açúcar chega até a usina por caminhões, é
pesado e analisado a quantidade de açúcar que a cana possui, com a retirada de uma
pequena amostra do material através de sondas. A amostra da cana é direcionada a um
laboratório que analisará a quantidade total de açúcar que a cana tem. Após limpeza e
moagem da cana para extração do caldo objetiva-se romper as células para liberação do
caldo nelas contido, onde passa por um jogo de facas e entra em um desfibrador. Após
passado por tratamento primário de peneiramento, o caldo é submetido a um tratamento
mais completo que implica na adição de cal, aquecimento e posterior decantação
tratamento semelhante aquele utilizado na fabricação do açúcar, livre de impurezas e
esterilizado. O caldo pode então ser encaminhado para a fermentação onde os açucares
são transformados em álcool, as reações ocorrem em tanques denominados dornas de
fermentação, o tempo varia de 6 a 10 h, após esse período todo o açúcar foi consumido,
com a consequente redução da liberação de gases e da multiplicação do fermento, após
esse processo o vinho é enviado para centrifugas para recuperação do fermento que é
tratado novamente, para reutilizar no processo fermentativo. O excesso do fermento
pode ser encaminhado para secagem dando origem a um novo produto, levedura seca
que poderá ser comercializada. O vinho centrifugado é encaminhado para destilaria,
processo esse que utiliza dos diferentes pontos de ebulição nas diversas substâncias
voláteis presentes, separando-as a operação é realizada com diversas colunas
distribuídas por vários troncos, que tem por finalidade esgotar a maior quantidade
possível de álcool no seu produto de fundo, que é denominado vinhaça. Que é retirada a
uma proporção média de 12 L para cada 1L de álcool produzido, constituída
principalmente de água, a qual sai sólidos em suspensão insolúveis e utilizadas na
lavoura como fertilizantes. Sendo seu calor parcialmente recuperado pelo caldo em um
trocador de calor o álcool hidratado produto final do processo de destilação e retificação
é uma mistura binária de álcool e água que atinge um teor da ordem de 96°, que então
pode ser comercializado dessa forma ou passar por um processo de desidratação,
transformando-se em álcool anidro. Depois de prontos, o álcool é armazenado em
tanques no parque industrial para recarga em caminhões para a comercialização.

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Fluxográmá

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Refereê nciás
[1] Disponivél em: < https://www.novacana.com/estudos/contextualizacao-
historica-do-etanol-120913/> acesso em: 20 de jan. de 2018
[2] PITARELO, A. P. Avaliação da Susceptibilidade do Bagaço e da Palha de
Cana-de-açúcar à Bioconversão via Pré-tratamento a vapor e Hidrólise Enzimática.
2007. 125 f. Dissertação (Mestrado em Química, Sub-Área de Química Orgânica) –
Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2007.
[3] BORTOLAZZO, N. G. Isolamento e seleção de fungos celulolíticos para
hidrólise enzimática do bagaço de cana-de-açúcar. 2011. 76 f. Dissertação (Mestrado em
Ciências, Área de concentração de Microbiologia Agrícola) – Escola Superior de
Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade Estadual Paulista, Piracicaba, 2011.
[4] SHREVE, R.N. & BRINK Jr, J.A. - Indústrias de Processos Químicos - 4ª
ed. Guanabara Koogan, S.A. Rio de Janeiro, 1980.

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