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Teólogos anônimos
Nessa primeira parte ele explica que todo pensamento sobre Deus que uma pessoa
faz isso se chama teologia, fala a diferença de um teólogo leigo e o profissional e mostra que
muitas pessoas são teólogos e não sabem que são teólogos e chama-os de teólogos anônimos.
DOIS
Neste Capítulo ele (o Autor) tenta mostra que existe varias teologias, inicia
mostrando uma narrativa de uma historia em quadrinhos onde uma criança diz que fez uma
descoberta teológica, dizendo: Se você apontar as mãos para baixo, receberá o contrário
daquilo pelo que está orando. Ele relata o modo de pensar de um de seus alunos que se negou
a ouvir seus conselhos de usar comentários, livros de conteúdo terminológico e fontes para
fazer seu trabalho, dizendo que o seu modo de pensar é o correto.
Explica que para se refletir mais profundamente sobre Deus o cristão precisa da
teologia. A teologia não é uma espécie de conhecimento esotérico acessível apenas a uns
poucos intelectuais superiores. Teologia é simplesmente fé em busca de entendimento.
Sempre que uma pessoa busca uma resposta a perguntas por meio da fé, já esta fazendo
teologia.
Cristianismo Reflexivo
Nem Deus nem sua Palavra podem estar errados, mas pode haver equívocos de
nossa parte na interpretação e aplicação das Escrituras. Por isso existe a necessidade da
reflexão que é um pensamento crítico e o exercício da lógica, pois podemos crer naquilo que a
Palavra de Deus diz de forma incorreta ou incompleta. De certo modo, a fé não examinada ou
não refletida não vale a pena ser vivida. E a reflexão não coloca de lado os compromissos de
fé durante o processo.
As teologias são, portanto diversidades de reflexões. Em uma extremidade está à
teologia popular e na outra extremidade, o seu oposto a teologia acadêmica. Entre uma e outra
existe vários níveis de teologia. No meio delas fica a teologia ministerial. A mais próxima da
teologia popular estar à teologia leiga. E a mais próxima da teologia acadêmica fica a
profissional.
Teologia popular
Teologia popular é a crença não refletida. É a teologia que rejeita a reflexão crítica
e entusiasticamente abraça a aceitação simplista da tradição informal de crenças e práticas,
formada primordialmente por clichês e lendas.
Teologia leiga
A teologia leiga surge quando o cristão comum começa a questionar os clichês e
lendas simplistas da teologia popular. O autor conta um exemplo de um cristão que fez uma
comparação do sermão de um culto e o hino cantado após o sermão e ele percebeu uma
discrepância entre o que se estava cantando com o que se tinha pregado. A teologia leiga se
diferencia da teologia popular por causa da reflexão.
Teologia ministerial
A teologia ministerial se encontra entre a teologia leiga e a profissional. Ela tem
um nível de reflexão exigido maior que a teologia leiga. A teologia ministerial tem um
conhecimento básico de idiomas bíblicos ou pelo menos habilidade no uso de concordâncias,
comentários e outros auxílios impressos, além de perspectiva histórica acerca do
desenvolvimento da teologia no transcurso das eras e pensamento sistemático perspicaz apto a
reconhecer inconsistências entre crenças e a estabelecer a coerência entre um item da fé e
outro.
Teologia profissional
A teologia profissional tem como principal objetivo servir aos teólogos leigos e
ministros. Ela exerce o papel de serva, e não o papel de senhoril. O teólogo profissional ajuda
aos leigos e ministros ensinando a eles em seminários, faculdades e universidades ligadas a
igreja e escrevendo livros e artigos para os ajuda eles em suas jornadas de reflexão.
Teologia acadêmica
A teologia acadêmica ela é o oposto da teologia popular. Enquanto a teologia
popular ignora a reflexão a teologia acadêmica em sua pior versão é aquele tipo de pessoa que
chega a dizer: acreditarei no que posso entender. A teologia acadêmica ela é altamente
especulativa, quase filosófica e visa sobretudo a outros teólogos. Os teólogos profissionais
podem beneficiar-se com o estudo da teologia acadêmica, mas os cristãos individuais que
lutam no mundo real pouco lucram com ela.
Teologias interdependentes
A teologia popular e a acadêmica podem oferecer perigo para a fé cristã. Mas as
teologias que ficam no espaço entre essas duas teologias que são extremos uma da outra elas
são todas benéficas e necessárias. Os teólogos ministeriais usam as ferramentas e métodos dos
teólogos profissionais para instruir e aprimorar os teólogos leigos. O propósito do teólogo
profissional é servir aos teólogos ministeriais e leigos. Nem todas as teologias são iguais, isso
não quer dizer que a teologia ministerial ou a leiga é melhor ou pior que a teologia
profissional, mas quer dizer que essas três são preferíveis à teologia popular. Elas são
igualmente valiosas, embora tenha níveis diferentes de habilidade na reflexão sobre a fé cristã
e seu significado, elas são níveis interdependentes. Sem a teologia ministerial e profissional a
teologia leiga tende a cair na teologia popular. E sem o cuidado dos teólogos profissionais,
eles podem se torna teólogos acadêmicos que desprezam a igreja e os cristãos normais e
valoriza mais os seus pensamentos sobre Deus que o povo de Deus que deveria servir.
TRÊS
DEFINIÇÃO DE TEOLOGIA
A teologia busca respostas para perguntas gerais e pessoais sobre Deus e sobre o
sentido, o propósito e a verdade definitivos.
QUE É TEOLOGIA?
O autor mostra a necessidade da teologia. Ela serve para não sermos arrastados
pelos ventos de novas doutrinas que sopram no campo das ideias. A teologia cristã tem o
objetivo de formular a verdade cristã. A teologia é o sustento da vida cristã. O estudo
teológico o levará a descartar crenças incorretas e isso fortalecera a sua fé, ao invés de destruí-
la. As crenças cristãs que são solidas com a teologia elas resistirão ao teste da reflexão crítica
e nos dará mais convicção para defendê-las.
Tem pessoas que considera a teologia uma disciplina meramente intelectual, mas
o autor mostra que não é bem assim. A preocupação principal dos bons teólogos é a vida
cristã. Eles querem não apenas pensar corretamente, mas viver de modo correto. A boa
teologia ela traz o aspecto teórico, acadêmico e intelectual da fé cristã a vivência cristã. Desse
modo, torna-se imensamente prática. O autor explica que a teologia é inseparável do aspecto
mais prático da vida cristã a conversão por isso ela é pratica. A historia da morte e
ressurreição de Jesus não é suficiente para uma pessoa se converter ao evangelho é necessário
explicar o seu significado. A teologia ajuda a esclarecer o significado da historia em que Deus
age por meio de Cristo de uma forma que se entende com facilidade. O proposito da teologia
não acaba na conversão, depois da conversão ela tem em vista outro alvo prático o de oferecer
orientação para a vivência cristã. A boa teologia vai além de estabelecer verdades. Ela analisa
o significado de nossas crenças ou profissões de fé para tudo na vida proporcionando ao
crente a orientação de que precisa para viver como discípulo de Cristo. Teologia cristã é a
reflexão e organização das crenças referentes a Deus e o mundo partilhadas pelos seguidores
de Cristo com a finalidade da vivência cristã.
QUATRO
DEFESA DA TEOLOGIA
De onde vem à aversão a teologia entre os cristãos? Algumas de suas origens são:
antiintelectualismo, teologia popular, religião experimental subjetiva, teologia acadêmica
árida, falta de repercussão prática dos conceitos teológicos e interação precária entre leigos,
pastores e teólogos profissionais. O estudo teológico pode ser hostil à fé, mas a solução contra
a má teologia não é ficar sem teologia. A boa teologia é a solução.
POR QUE A TEOLOGIA É CONTROVERTIDA?
O trabalho do teólogo profissional consiste em examinar de modo critico e dar
nova forma a crenças já consagradas e é isso que os põe em dificuldades com bons cristãos.
OBJEÇÕES À TEOLOGIA
São quatro os principais tipos de objeção feita à teologia: a objeção estraga-prazer, a alegação
de discórdia, a acusação de especulação e a denúncia por irresolução.
A objeção estraga-prazer
Muitos cristãos pintam os teólogos profissionais ou leigos como estraga-prazeres
inevitáveis, propensos a aniquilar toda a alegria do viver cristão. A objeção estraga-prazer
denuncia o sutil mas perigoso equívoco sobre o cristianismo, capaz de degradá-lo ao nível da
superstição.
A objeção de “a alegação de discórdia”
A segunda objeção ligada à teologia formal é a alegação de discórdia, que se
desenvolveu com o slogan Jesus une, a teologia divide. A melhor resposta à alegação de
discórdia é que o objetivo primário da teologia é nem dividir nem unir, e sim descobrir e
proteger a verdade.
A acusação de especulação
Muitos cristãos estão convictos de que a ocupação principal dos teólogos é a
especulação inútil. Essa acusação tem duas ramificações. Um lado acusa a teologia de cavar
fundo demais em mistérios que simplesmente se encontram além da compreensão humana.
Por outro, acusa-a de nessa preocupação com o desconhecido perder o contato com a
realidade prática, cotidiana. Mas o cristão que investe tempo no cuidadoso exame dos
processos e produtos da reflexão teológica percebe que sua fé cristã se fortalece com a
convicção intelectual.
CINCO
TRADIÇÕES DA TEOLOGIA
[1] A Igreja Ortodoxa oriental acredita que os sete concílios ecumênicos da igreja
não dividida (Nicéia I, em 325, até Nicéia III, em 787) constituem o corpo definitivo de
interpretação da doutrina cristã. Toda a atividade construtiva limitou-se aos primeiros sete
séculos. Rejeitam qualquer desenvolvimento adicional da doutrina como também a ideia da
infalibilidade papal.
[2] A Igreja Católica Romana diferente da igreja ortodoxa oriental defende o
processo contínuo de descoberta da verdade teológica.
[3] A Igreja Protestante começa com a Reforma no século XVI, liderada pelo
monge católico alemão Martinho Lutero. Ele prega 95 teses na porta da catedral de
Wittenberg protestando contra a ênfase da teologia católica romana à autoridade do papa e
dos concílios e contra certas crenças e práticas comuns da igreja.
[4] A teologia liberal ou modernista é a reconstrução de crenças cristãs tendo
como norma primordial a relevância para a cultura. Ela pode ser definida como dar o
reconhecimento máximo às reinvindicações da modernidade. A ortodoxia oriental
permaneceu intocada, o catolicismo romano conseguiu silenciar a teologia liberal, no entanto
o protestantismo foi influenciado por ela e aconteceu que tudo que não pudesse ser crido pelo
ser humano moderno racional era tratado, na melhor das hipóteses, como obsoleto, e, na pior,
como superstição. Assim foram tratados os milagres, os livros verbalmente inspirados, seres
espirituais e muitas outras crenças tradicionais dos cristãos. O surgimento da teologia liberal
resultou numa reação previsível o desenvolvimento de uma escola adversária de teologia
protestante que visava recuperar e proteger os pontos fundamentais do cristianismo. No século
XX muitas teologias surgiram para evitar os extremos da teologia liberal e da fundamentalista
pode ser chamadas de teologias mediadoras.
SEIS
AS FERRAMENTAS DO TEÓLOGO
Para executar a tarefa da teologia de forma solida é necessário de fontes ou
normas.
A teologia precisa de ferramentas por que na bíblia não existe uma exposição
sistemática, a bíblia é um livro rico e diversificado. Tem também a possibilidade de não
sermos neutros na leitura da bíblia, nossa leitura vai ser influenciada por nosso contexto
cultural e histórico.
AS FERRAMENTAS DA TEOLOGIA
A MENSAGEM BÍBLICA
Além de a teologia precisar ser bíblica e cristã ela precisa ser relevante para o
nosso contexto atual. Por isso existe a necessidade da cultura como ferramenta para a
construção da teologia.
SETE
TRIÁLOGO
OITO
Analisar como a teologia sai da esfera intelectual e entra no mundo que habitamos
TEOLOGIA E VIDA
Para ser um teólogo é necessário ser cristão praticante. Um dos alvos do esforço
teológico é o ambiente social, a cultura. Por isso devemos escutar a cultura e isso implica
determinar o que deve ser ouvido. Analisar fenômenos culturais. Verificar a cultura e
responder a ela.
VER A VIDA PELA ÓTICA TEOLÓGICA
É necessário olhar para a vida pessoal pela perspectiva teológica. Existem duas
maneiras de ver a vida pessoal pela perspectiva teológica. Primeiro, compreendendo a
existência (quem sou eu?) conforme o sistema de crenças cristão, permitindo ao ser humano
desenvolver a percepção equilibrada de si mesmo. Segundo, depois de descobrir sua
identidade, buscar saber como os diversos aspectos de nossa vida entram em harmonia com o
nosso alvo de trazer glória a Deus, ou seja, viver de acordo com nossas convicções
fundamentais em meio às situações da vida. Integridade cristã significa agir de acordo com a
crença cristã.
NOVE
O teólogo precisa ter o coração voltado para Deus. Ser teólogo requer de você
insatisfação com seu nível atual de entendimento. Para ser um teólogo é preciso estar disposto
a trabalhar.
RISCOS E RECOMPENSAS