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UM

É nosso propósito fechar o vão e mostrar que cada pessoa -especialmente o


cristão - é um teólogo e que o profissional da teologia é simplesmente o cristão vocacionado
para fazer o que de certa maneira fazem os demais cristãos: pensar e ensinar acerca de
Deus.
Ao longo deste livro, portanto, tentaremos mostrar duas coisas. Primeira: a
teologia é inevitável ao cristão que pensa, e a diferença entre teólogos profissionais ou não é
apenas de posição, não de qualidade. Segunda: profissionais ou não, os teólogos (todos os
cristãos que pensam, independentemente da denominação) precisam uns dos outros.
O termo "teologia" é formado pela combinação de duas palavras gregas: theos,
que significa "Deus", e logos, que significa "razão", "sabedoria" ou "pensamento". Portanto,
"teologia" significa literalmente "pensamento de Deus" ou "raciocinar sobre Deus". Alguns
dicionários, de modo mais formal e especifico, a definem como "a ciência de Deus". Nessa
acepção, porém, "ciência" significa simplesmente "reflexão sobre algo". Logo, no nível mais
básico, "teologia" é qualquer pensamento que reflita ou contemple a realidade de Deus - até
mesmo o debate sobre ele.

Teólogos anônimos
Nessa primeira parte ele explica que todo pensamento sobre Deus que uma pessoa
faz isso se chama teologia, fala a diferença de um teólogo leigo e o profissional e mostra que
muitas pessoas são teólogos e não sabem que são teólogos e chama-os de teólogos anônimos.

Teologia de cosmovisão (visão de mundo)


A teologia de cosmovisão (visão de mundo) é comum a todas as pessoas que
pensam, porque indagar das questões fundamentais da vida faz parte da existência humana.
Teologia de cosmovisão é toda indagação e reflexão sobre as perguntas
fundamentais da vida.
Por exemplo, um filósofo moderno argumenta que a pergunta mais importante de
todas é: "Por que existe algo, ao invés de não existir nada?". Contudo, até mesmo essa
pergunta aparentemente abstrata e irrespondível possui certa atração, por ser simplesmente a
expressão maior da indagação mais comum, que todo ser reflexivo levanta vez por outra: "Por
que estou aqui?". Outras perguntas Cruciais da vida são: "Que devo fazer com minha
existência?"; "Que é verdadeiramente 'viver bem'?"; "Será que existe algo após a morte?".
Teologia Cristã
A Teologia Cristã é a “fé em busca de conhecimento”, é a busca pelo
conhecimento partir daquilo que a pessoa já crê. Não é uma busca pelo conhecimento para
comprovar se um fato é verídico ou não, mas é a busca pelo conhecimento crendo que aquele
conhecimento que se esta buscando é verdadeiro. Por exemplo: Deus. A Teologia Cristã não
busca conhecimento sobre Deus para provar que Deus existe, mas busca conhecimento sobre
Deus crendo que ele existe.
É deste modo que a vida cristã começa: com graça e fé, não com a razão. A razão
pode exercer um papel e ser um instrumento no chamado de Deus, no entanto ninguém se
tomará cristão simplesmente por chegar ao fim de uma corrente puramente humana de
argumentos e concluir: "Bem, penso que se quero ser racional tenho de acreditar em Deus e
em Jesus Cristo". Não, a gênese do cristianismo autêntico pode conter um processo racional,
mas não pode ser reduzida a isso.

Ligando a teologia de cosmovisão à teologia cristã


A teologia de cosmovisão fica sem respostas sem à teologia cristã.
Este é o motivo por que a teologia cristã é superior à teologia de cosmovisão: a
primeira completa e consuma a segunda. O cristão, portanto, não é apenas um teólogo
limitado à reflexão sobre as perguntas cruciais da vida, como Woody Allen, e sim alguém
capaz de refletir sobre o significado da Palavra de Deus e sobre como ela ilumina a vida,
conferindo sentido e propósito à existência.
À medida que procuramos entender o significado da fé para responder às
perguntas extremas da vida ou simplesmente às questões básicas sobre o relacionamento com
Deus, o cristão já faz teologia.
O autor fala do preconceito que as pessoas sofrem por parte de seus amigos e
familiares e até mesmo mentores espirituais que dizem que a teologia é uma ameaçar a sua fé.

Níveis de Teologia na prática


O autor esclarece que toda pessoa é um teólogo. E tenta mostra que há níveis
distintos de teologia. Ele faz isso usando varias analogias. Mostrando que um cozinheiro ele é
em certo sentido um químico. Qualquer cidadão que participe de uma assembleia da cidade,
de uma reunião com a direção da escola ou da convenção de seu partido é cientista político.
Cada um de nos é um psicólogo. E que controlar um talão de cheques constitui-se uma forma
rudimentar de matemática. E nos convida a imaginar um delegado de uma convenção política
do bairro queixar-se dos cientistas políticos pelo fato de suas teorias serem difíceis de
entender e “tirarem a vitalidade da política”. Ou o intérprete leigo de sonhos reclame dos
psicólogos por serem tão intelectuais. O caixa de um banco criticando a matemática por ser
abstrata. Em seguida ele (o autor) mostra que assim como o caixa de um banco ele
prejudicaria o banco ou os clientes sem a matemática. O cristão sem a teologia pode ser
prejudicado e prejudicar os outros. E que com a ajuda da matemática o caixa do banco poderia
desempenhar sua função melhor assim como um cristão conheceria mais a Deus e ajudaria
mais o próximo com a teologia. A conclusão do autor é que a correlação deveria substituir a
hostilidade entre os teólogos leigos e profissionais.

DOIS

Nem todas as teologias são iguais

Neste Capítulo ele (o Autor) tenta mostra que existe varias teologias, inicia
mostrando uma narrativa de uma historia em quadrinhos onde uma criança diz que fez uma
descoberta teológica, dizendo: Se você apontar as mãos para baixo, receberá o contrário
daquilo pelo que está orando. Ele relata o modo de pensar de um de seus alunos que se negou
a ouvir seus conselhos de usar comentários, livros de conteúdo terminológico e fontes para
fazer seu trabalho, dizendo que o seu modo de pensar é o correto.
Explica que para se refletir mais profundamente sobre Deus o cristão precisa da
teologia. A teologia não é uma espécie de conhecimento esotérico acessível apenas a uns
poucos intelectuais superiores. Teologia é simplesmente fé em busca de entendimento.
Sempre que uma pessoa busca uma resposta a perguntas por meio da fé, já esta fazendo
teologia.

Muitas pessoas questionam a necessidade ou o valor da teologia e dos teólogos


profissionais. A mentalidade populista (do povo) tem um pensamento negativo com relação a
quem tem um conhecimento especializado e perícia no entendimento da fé cristã.

Cristianismo Reflexivo

Nem Deus nem sua Palavra podem estar errados, mas pode haver equívocos de
nossa parte na interpretação e aplicação das Escrituras. Por isso existe a necessidade da
reflexão que é um pensamento crítico e o exercício da lógica, pois podemos crer naquilo que a
Palavra de Deus diz de forma incorreta ou incompleta. De certo modo, a fé não examinada ou
não refletida não vale a pena ser vivida. E a reflexão não coloca de lado os compromissos de
fé durante o processo.
As teologias são, portanto diversidades de reflexões. Em uma extremidade está à
teologia popular e na outra extremidade, o seu oposto a teologia acadêmica. Entre uma e outra
existe vários níveis de teologia. No meio delas fica a teologia ministerial. A mais próxima da
teologia popular estar à teologia leiga. E a mais próxima da teologia acadêmica fica a
profissional.

Teologia popular
Teologia popular é a crença não refletida. É a teologia que rejeita a reflexão crítica
e entusiasticamente abraça a aceitação simplista da tradição informal de crenças e práticas,
formada primordialmente por clichês e lendas.
Teologia leiga
A teologia leiga surge quando o cristão comum começa a questionar os clichês e
lendas simplistas da teologia popular. O autor conta um exemplo de um cristão que fez uma
comparação do sermão de um culto e o hino cantado após o sermão e ele percebeu uma
discrepância entre o que se estava cantando com o que se tinha pregado. A teologia leiga se
diferencia da teologia popular por causa da reflexão.
Teologia ministerial
A teologia ministerial se encontra entre a teologia leiga e a profissional. Ela tem
um nível de reflexão exigido maior que a teologia leiga. A teologia ministerial tem um
conhecimento básico de idiomas bíblicos ou pelo menos habilidade no uso de concordâncias,
comentários e outros auxílios impressos, além de perspectiva histórica acerca do
desenvolvimento da teologia no transcurso das eras e pensamento sistemático perspicaz apto a
reconhecer inconsistências entre crenças e a estabelecer a coerência entre um item da fé e
outro.
Teologia profissional
A teologia profissional tem como principal objetivo servir aos teólogos leigos e
ministros. Ela exerce o papel de serva, e não o papel de senhoril. O teólogo profissional ajuda
aos leigos e ministros ensinando a eles em seminários, faculdades e universidades ligadas a
igreja e escrevendo livros e artigos para os ajuda eles em suas jornadas de reflexão.
Teologia acadêmica
A teologia acadêmica ela é o oposto da teologia popular. Enquanto a teologia
popular ignora a reflexão a teologia acadêmica em sua pior versão é aquele tipo de pessoa que
chega a dizer: acreditarei no que posso entender. A teologia acadêmica ela é altamente
especulativa, quase filosófica e visa sobretudo a outros teólogos. Os teólogos profissionais
podem beneficiar-se com o estudo da teologia acadêmica, mas os cristãos individuais que
lutam no mundo real pouco lucram com ela.

Teologias interdependentes
A teologia popular e a acadêmica podem oferecer perigo para a fé cristã. Mas as
teologias que ficam no espaço entre essas duas teologias que são extremos uma da outra elas
são todas benéficas e necessárias. Os teólogos ministeriais usam as ferramentas e métodos dos
teólogos profissionais para instruir e aprimorar os teólogos leigos. O propósito do teólogo
profissional é servir aos teólogos ministeriais e leigos. Nem todas as teologias são iguais, isso
não quer dizer que a teologia ministerial ou a leiga é melhor ou pior que a teologia
profissional, mas quer dizer que essas três são preferíveis à teologia popular. Elas são
igualmente valiosas, embora tenha níveis diferentes de habilidade na reflexão sobre a fé cristã
e seu significado, elas são níveis interdependentes. Sem a teologia ministerial e profissional a
teologia leiga tende a cair na teologia popular. E sem o cuidado dos teólogos profissionais,
eles podem se torna teólogos acadêmicos que desprezam a igreja e os cristãos normais e
valoriza mais os seus pensamentos sobre Deus que o povo de Deus que deveria servir.

TRÊS

DEFINIÇÃO DE TEOLOGIA

A teologia busca respostas para perguntas gerais e pessoais sobre Deus e sobre o
sentido, o propósito e a verdade definitivos.

QUE É TEOLOGIA?

Teologia é o ensino referente a Deus ou o estudo sobre Deus. A teologia tenta


alcançar entendimento mais profundo acerca de Deus. A teologia tenta entender o Ser
supremo, sua natureza e seu relacionamento com o mundo. No sentido geral a teologia ela não
é exclusivamente cristã o ser humano quase que universalmente sempre buscou respostas às
questões fundamentais da vida. Filósofos e professores religiosos sempre tentaram entender,
descrever e explicar Deus. Mas a teologia cristã ela é a concretização. A teologia cristã analisa
as crenças referentes a Deus e o mundo convictos de que Cristo é a resposta. A teologia cristã
é a reflexão e a organização das crenças referentes a Deus e ao mundo que os cristãos têm em
comum como seguidores de Jesus Cristo. Os cristãos que estudam e escrevem sobre a teologia
dividi sua investigação em tópicos que são ligados um com os outros, os tópicos centrais são:
Deus, a humanidade e o universo criado, Jesus e a salvação que ele trouxe, o Espírito Santo e
as obras do Espírito em nós e no mundo, a igreja como a comunhão de discípulos de Cristo, a
consumação ou conclusão do programa de Deus para a criação.

POR QUE TEOLOGIA?

O autor mostra a necessidade da teologia. Ela serve para não sermos arrastados
pelos ventos de novas doutrinas que sopram no campo das ideias. A teologia cristã tem o
objetivo de formular a verdade cristã. A teologia é o sustento da vida cristã. O estudo
teológico o levará a descartar crenças incorretas e isso fortalecera a sua fé, ao invés de destruí-
la. As crenças cristãs que são solidas com a teologia elas resistirão ao teste da reflexão crítica
e nos dará mais convicção para defendê-las.

A TEOLOGIA ALICERÇA A VIVÊNCIA CRISTÃ

Tem pessoas que considera a teologia uma disciplina meramente intelectual, mas
o autor mostra que não é bem assim. A preocupação principal dos bons teólogos é a vida
cristã. Eles querem não apenas pensar corretamente, mas viver de modo correto. A boa
teologia ela traz o aspecto teórico, acadêmico e intelectual da fé cristã a vivência cristã. Desse
modo, torna-se imensamente prática. O autor explica que a teologia é inseparável do aspecto
mais prático da vida cristã a conversão por isso ela é pratica. A historia da morte e
ressurreição de Jesus não é suficiente para uma pessoa se converter ao evangelho é necessário
explicar o seu significado. A teologia ajuda a esclarecer o significado da historia em que Deus
age por meio de Cristo de uma forma que se entende com facilidade. O proposito da teologia
não acaba na conversão, depois da conversão ela tem em vista outro alvo prático o de oferecer
orientação para a vivência cristã. A boa teologia vai além de estabelecer verdades. Ela analisa
o significado de nossas crenças ou profissões de fé para tudo na vida proporcionando ao
crente a orientação de que precisa para viver como discípulo de Cristo. Teologia cristã é a
reflexão e organização das crenças referentes a Deus e o mundo partilhadas pelos seguidores
de Cristo com a finalidade da vivência cristã.

TEOLOGIA É AGRADAVEL A DEUS


A teologia deve ser teocêntrica, centrada em Deus. A boa teologia permite que
Deus seja glorificado até mesmo na mente do cristão. A reflexão teológica leva a pensar
corretamente sobre Deus, bem como sobre nós mesmo e o mundo como criação subordinada a
Deus. Isso é agradável a Deus. A boa teologia é um dos veículos pelos quais o crente pode
amar a Deus com a mente. A boa teologia conduz à boa adoração, e a boa adoração enaltece a
Deus. Teologia cristã é refletir sobre a vida e as crenças centradas em Deus, que os cristãos
compartilham como seguidores de Jesus Cristo, e articulá-las, com o propósito de glorificar a
Deus em tudo que os cristãos são e fazem.

QUATRO

DEFESA DA TEOLOGIA

De onde vem à aversão a teologia entre os cristãos? Algumas de suas origens são:
antiintelectualismo, teologia popular, religião experimental subjetiva, teologia acadêmica
árida, falta de repercussão prática dos conceitos teológicos e interação precária entre leigos,
pastores e teólogos profissionais. O estudo teológico pode ser hostil à fé, mas a solução contra
a má teologia não é ficar sem teologia. A boa teologia é a solução.
POR QUE A TEOLOGIA É CONTROVERTIDA?
O trabalho do teólogo profissional consiste em examinar de modo critico e dar
nova forma a crenças já consagradas e é isso que os põe em dificuldades com bons cristãos.
OBJEÇÕES À TEOLOGIA
São quatro os principais tipos de objeção feita à teologia: a objeção estraga-prazer, a alegação
de discórdia, a acusação de especulação e a denúncia por irresolução.
A objeção estraga-prazer
Muitos cristãos pintam os teólogos profissionais ou leigos como estraga-prazeres
inevitáveis, propensos a aniquilar toda a alegria do viver cristão. A objeção estraga-prazer
denuncia o sutil mas perigoso equívoco sobre o cristianismo, capaz de degradá-lo ao nível da
superstição.
A objeção de “a alegação de discórdia”
A segunda objeção ligada à teologia formal é a alegação de discórdia, que se
desenvolveu com o slogan Jesus une, a teologia divide. A melhor resposta à alegação de
discórdia é que o objetivo primário da teologia é nem dividir nem unir, e sim descobrir e
proteger a verdade.
A acusação de especulação
Muitos cristãos estão convictos de que a ocupação principal dos teólogos é a
especulação inútil. Essa acusação tem duas ramificações. Um lado acusa a teologia de cavar
fundo demais em mistérios que simplesmente se encontram além da compreensão humana.
Por outro, acusa-a de nessa preocupação com o desconhecido perder o contato com a
realidade prática, cotidiana. Mas o cristão que investe tempo no cuidadoso exame dos
processos e produtos da reflexão teológica percebe que sua fé cristã se fortalece com a
convicção intelectual.

A denúncia por irresolução


Muitos cristãos acreditam que, apesar da muita atividade, a teologia não progride.
Pelo fato de haver questões que não foram resolvidas dizem que a teologia não progride, mas
a preocupação com a falta de progresso numa área não deveria cegar ninguém para
realizações em outras áreas.
A intenção do autor é defender qualquer insinuação de que a própria teologia
quando exercida de maneira correta seja espiritualmente debilitadora, desnecessariamente
separatista, meramente especulativa ou simplesmente ineficaz.

CINCO

TAREFAS E TRADIÇÕES DA TEOLOGIA

O objetivo do autor neste capítulo é analisar as tarefas da teologia para tirar


algumas das falsas expectativas e impressões erradas sobre ela.

A TAREFA CRÍTICA DA TEOLOGIA

CRITICA – Duas tarefas [2]

[1] exame e avaliação das crenças cristãs;

[2] categorização das crenças válidas em dogma, doutrina ou opinião.


A primeira tarefa é o estudo das crenças e ensinos cristãos com a finalidade de
detectar se realmente são autênticos. Sem heresia (ensino errôneo) não poderia haver teologia
ou ortodoxia (ensino correto). A teologia não inventa doutrinas. A tarefa dos teólogos é
examinar, analisar, avaliar e recomendar às igrejas as crenças que devem ser aceitas e as que
devem ser rejeitadas.

A segunda tarefa é dividir as crenças válidas em categorias baseadas no nível de


importância. As três categorias principais de crenças cristãs são: dogma, doutrina e opinião.
A crença é considerada dogma quando se mostra essencial ao evangelho. Quem nega um
dogma é considerada uma pessoa que rejeita o evangelho de Jesus Cristo. A crença é
considerada doutrina quando ela é importante, mas não é essencial. A negação de uma
doutrina pode ser considerada uma heresia, mas não apostasia. A crença é considerada opinião
quando ela é considerada interessante, porém sem importância para a fé cristã. Não existe
nenhuma categorização universal. O que uma determinada denominação considera dogma
outra pode considerar doutrina, o que uma denominação pode considerar doutrina outra pode
considerar opinião.

A TAREFA CONTRUTIVA DA TEOLOGIA

CONSTRUTIVA – Duas tarefas [2]

[1] Construção de modelos para unificar os ensinamentos bíblicos;

[2] Relacionar modelos bíblicos com a cultura contemporânea. Ou revestir os


modelos de formas inteligíveis para que cristãos e não-cristãos possam entende-los. Ou
apresentação desses modelos de forma relevante à cultura contemporânea

A tarefa construtiva da teologia é a construção e unificação das doutrinas cristãs,


vinculando elas com fidelidade e relevância à cultura.

TRADIÇÕES DA TEOLOGIA

[1] Ortodoxas orientais

[2] Tradições ou igrejas católicas romanas

[3] A igreja protestante


[4] Modernista

Parte do entendimento da teologia deve-se às diversas tradições dentro das quais


ela é praticada. As quatro principais tradições teológicas do cristianismo são:

[1] A Igreja Ortodoxa oriental acredita que os sete concílios ecumênicos da igreja
não dividida (Nicéia I, em 325, até Nicéia III, em 787) constituem o corpo definitivo de
interpretação da doutrina cristã. Toda a atividade construtiva limitou-se aos primeiros sete
séculos. Rejeitam qualquer desenvolvimento adicional da doutrina como também a ideia da
infalibilidade papal.
[2] A Igreja Católica Romana diferente da igreja ortodoxa oriental defende o
processo contínuo de descoberta da verdade teológica.
[3] A Igreja Protestante começa com a Reforma no século XVI, liderada pelo
monge católico alemão Martinho Lutero. Ele prega 95 teses na porta da catedral de
Wittenberg protestando contra a ênfase da teologia católica romana à autoridade do papa e
dos concílios e contra certas crenças e práticas comuns da igreja.
[4] A teologia liberal ou modernista é a reconstrução de crenças cristãs tendo
como norma primordial a relevância para a cultura. Ela pode ser definida como dar o
reconhecimento máximo às reinvindicações da modernidade. A ortodoxia oriental
permaneceu intocada, o catolicismo romano conseguiu silenciar a teologia liberal, no entanto
o protestantismo foi influenciado por ela e aconteceu que tudo que não pudesse ser crido pelo
ser humano moderno racional era tratado, na melhor das hipóteses, como obsoleto, e, na pior,
como superstição. Assim foram tratados os milagres, os livros verbalmente inspirados, seres
espirituais e muitas outras crenças tradicionais dos cristãos. O surgimento da teologia liberal
resultou numa reação previsível o desenvolvimento de uma escola adversária de teologia
protestante que visava recuperar e proteger os pontos fundamentais do cristianismo. No século
XX muitas teologias surgiram para evitar os extremos da teologia liberal e da fundamentalista
pode ser chamadas de teologias mediadoras.

SEIS

AS FERRAMENTAS DO TEÓLOGO
Para executar a tarefa da teologia de forma solida é necessário de fontes ou
normas.

POR QUE A TEOLOGIA PRECISA DE FERRAMENTAS?

A teologia precisa de ferramentas por que na bíblia não existe uma exposição
sistemática, a bíblia é um livro rico e diversificado. Tem também a possibilidade de não
sermos neutros na leitura da bíblia, nossa leitura vai ser influenciada por nosso contexto
cultural e histórico.

AS FERRAMENTAS DA TEOLOGIA

As ferramentas da construção teológica são a mensagem bíblica, a herança


teológica da igreja e as formas de pensamento da cultura contemporânea. A teologia surge
pela interação dessas três ferramentas.

A MENSAGEM BÍBLICA

A bíblia é o padrão informativo e formativo para o povo de Deus ao longo das


gerações. A bíblia é indispensável para a teologia, pois é nela que encontramos a visão do que
significa ser povo de Deus, ela é quem fornece o alicerce para a vida cristã. Ela é tanto fonte
para podermos entender o que significa ser povo de Deus quanto à norma para nossas crenças
e nossa maneira de viver.

A HERANÇA TEOLÓGICA DA IGREJA

A herança é uma ferramenta secundaria. A importância da herança para a teologia


é que nós não somos a primeira geração, depois da igreja primitiva, que se esforça para ser a
comunidade de Cristo na terra. Somos uma trajetória histórica do povo de Deus na terra. Os
cristãos do passado sempre se preocuparam, assim como nós, com o significado da mensagem
bíblica. Suas deliberações, conclusões e confissões nos proporcionam um legado duradouro.
Eles nos deixaram uma vasta herança, uma valiosa ferramenta para a tarefa teológica. Busca-
se na herança orientações para a construção de uma teologia para hoje, que precisa além de
ser bíblica, ser cristã.
AS FORMAS DE PENSAMENTO DA CULTURA CONTEMPORÂNEA

Além de a teologia precisar ser bíblica e cristã ela precisa ser relevante para o
nosso contexto atual. Por isso existe a necessidade da cultura como ferramenta para a
construção da teologia.

OS TRÊS ASPECTOS DA TEOLOGIA RELEVANTE

O primeiro aspecto da teologia relevante é que ela articula as crenças cristãs de


forma que as pessoas possam entender. Ela tenta externar nossas crenças numa linguagem que
as pessoas possam entender. Cada povo, tribo e cultura a teologia relevante tenta fazer a
mensagem do evangelho ser relevante para cada um dentro do seu contexto cultural.

O segundo aspecto da teologia relevante visa responder às necessidades


percebidas e às perguntas externadas pelas pessoas ao nosso redor.

O terceiro aspecto da teologia relevante é levar a sério as descobertas e


constatações das diversas disciplinas do aprendizado humano. Fazendo isso sem elevar a
cultura acima da mensagem bíblica ou da herança teológica.

SETE

CONSTRUINDO UMA TEOLOGIA CONTEXTUALIZADA

DE QUE TIPO DE TEOLOGIA CONSTRUTIVA PRECISAMOS?

A teologia biblicamente construtiva

A tarefa construtiva da teologia é expor a unidade e coerência do ensino bíblico


acerca de Deus, de nós mesmos e do mundo no contexto em que Deus nos chama a ser
discípulos. Sendo assim a teologia de que precisamos é a teologia biblicamente construtiva.
Como teólogos nós tentamos resolver problemas teológicos aparentemente insolúveis. A boa
teologia mostra correlações entre descrições teológicas aparentemente irreconciliáveis e as
unifica.

Embora necessariamente bíblica, a teologia não se resume à justaposição de declarações


encontradas nas Escrituras.

A teologia construtiva contextualizada

O alvo da construção teológica não é somente dizer o que a bíblia afirma. É


também contextualizar a mensagem bíblica tentando faze-la compreensível para o mundo
atual. O nosso objetivo é entender a revelação de Deus mediada pelos autores bíblicos em
nosso contexto e em nosso mundo. A teologia construtiva é contextual por natureza.

COMO CONTEXTUALIZAR A TEOLOGIA?

A dois meios de se contextualizar a teologia. A teologia centrada na bíblia e a


teologia centrada na cultura. A teologia centrada na bíblia é descobrir as questões que ela
propõe e também como os autores bíblicos respondem a elas. Mas isso traz um grave perigo à
teologia. Pois assim a doutrina construída por mais bíblica que seja se tornara irrelevante para
o mundo. A teologia centrada na cultura ela ouve os clamores espirituais do mundo
contemporâneo com a intenção de descobrir seus questionamentos e preocupações, depois de
descobrir retornamos para a bíblia em busca de respostas. Na teologia centrada na cultura há
três perigos. Primeiro, pode levar a teologia a ser orientada pelo mundo, em vez de pela
Bíblia. Segundo, pode nos cegar quanto aos pontos conflitantes entre nossa sociedade e a
Bíblia. E terceiro, priorizar a cultura pode nos levar a permitir que o mundo determine o
conteúdo da teologia. Ao buscar a relevância podemos perde o evangelho. A forma do ensino
cristão tem de variar de época para época e de cultura para cultura. O conteúdo, porém, será
sempre o mesmo, a verdade bíblica de que Jesus é a resposta.

TRIÁLOGO

A resposta de como construir uma teologia contextualizada é a interação entre


Bíblia, herança e cultura. Cada um isoladamente podem apresenta sérias fraquezas e revelam-
se perigosas.

COMO SISTEMATIZAR A TEOLOGIA?

A teologia se torna sistemática por meio do motivo integrador.


QUE É MOTIVO INTEGRADOR

É o tema em torno do qual as diversas doutrinas são estruturadas. Motivo


integrador é a ideia central que fornece a perspectiva temática à luz da qual o teólogo entende
todos os conceitos teológicos e lhes confere significado ou valor relativo. O motivo integrador
une Bíblia, herança e cultura.

OITO

APLICANDO A TEOLOGIA À PRÓPRIA VIDA

Analisar como a teologia sai da esfera intelectual e entra no mundo que habitamos

TEOLOGIA E VIDA

O alvo final da teologia não é o conhecimento em si. Temos de evitar que o


acúmulo de conhecimento se torne o alvo da nossa existência. A experiência, não é o guia
infalível. O que é não deve necessariamente continuar sendo. Tampouco o que vemos ou o
que imaginamos estar experimentando é sempre a verdade.

TEOLOGIA E VIDA SÃO INTERDEPENDENTES

A nossa teologia se encontra no relacionamento de reciprocidade com a vida.

TEOLOGIA É A BUSCA DA SABEDORIA

Como cristãos queremos pensar corretamente, queremos enxergar o mundo de


acordo com a crença de que Jesus é o Cristo. E não só pensar corretamente, mas também nos
comportar corretamente.

VIVER COMO TEÓLOGOS CRISTÃOS

Para ser um teólogo é necessário ser cristão praticante. Um dos alvos do esforço
teológico é o ambiente social, a cultura. Por isso devemos escutar a cultura e isso implica
determinar o que deve ser ouvido. Analisar fenômenos culturais. Verificar a cultura e
responder a ela.
VER A VIDA PELA ÓTICA TEOLÓGICA

É necessário olhar para a vida pessoal pela perspectiva teológica. Existem duas
maneiras de ver a vida pessoal pela perspectiva teológica. Primeiro, compreendendo a
existência (quem sou eu?) conforme o sistema de crenças cristão, permitindo ao ser humano
desenvolver a percepção equilibrada de si mesmo. Segundo, depois de descobrir sua
identidade, buscar saber como os diversos aspectos de nossa vida entram em harmonia com o
nosso alvo de trazer glória a Deus, ou seja, viver de acordo com nossas convicções
fundamentais em meio às situações da vida. Integridade cristã significa agir de acordo com a
crença cristã.

NOVE

UM CONVITE PARA ABRAÇAR A TEOLOGIA

A sã teologia é capaz de tirar o peso da mente das pessoas.

DE QUE PRECISA O TEÓLOGO?

O teólogo precisa ter o coração voltado para Deus. Ser teólogo requer de você
insatisfação com seu nível atual de entendimento. Para ser um teólogo é preciso estar disposto
a trabalhar.

RISCOS E RECOMPENSAS

A recompensa ao se dedicar a teologia é uma vida cristã enriquecida e ampliada.


A teologia (ou cristianismo reflexivo) é um modo de adorar a Deus com a mente. Uma
segunda recompensa para quem se dedica a teologia é encontrar respostas para as perguntas
que surgem no curso da vivência cristã em meio à cultura. A terceira recompensa é um
sistema de crenças capaz de nos apoiar nos períodos inevi táveis de sequidão espiritual,
quando não conseguimos sentir a presença de Deus.

Um dos riscos da teologia é o perigo de trocar a fé sincera pelo intelectualismo. O


segundo risco é a perda da filiação à igreja. Também existe o risco de você ser mal
compreendido.

TORNANDO-SE UM CRISTÃO REFLEXIVO


A teologia tem três ferramentas principais a bíblia, a herança teológica da igreja e
a cultura contemporânea. Elas são interdependentes. O primeiro passo para se torna um
cristão reflexivo é conscientizar-se dessas fontes da teologia e começar a utilizá-las.

PENSAR CRÍTICA E CONSTRUTIVAMENTE

É importante subir do nível do conhecimento para o do pensamento reflexivo.

ENTÃO, QUEM PRECISA DE TEOLOGIA?

A teologia tem a função de destacar os equívocos alheios. A teologia é crucial


para a tarefa de viver o cristianismo em todos os seus aspectos, tanto na igreja quanto no
mundo. Viver o cristianismo implica perguntar e tentar responder perguntas sobre Deus e o
mundo.

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