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Aprovada por:
________________________________________________
Prof. Luiz Landau, D.Sc
________________________________________________
Dr. Gerson Gomes Cunha, D.Sc.
________________________________________________
Prof. José Luís Drummond Alves, D.Sc.
________________________________________________
Prof. Fania Fridman, D.Sc.
________________________________________________
Prof. Marcelo Knörich Zuffo, D.Sc.
A meus pais.
iv
AGRADECIMENTOS
Ao professor Gerson Gomes Cunha, pela ajuda na escolha do tema, paciência, e por não
ter desistido de mim.
Dezembro/ 2007
como ponto de partida para o estudo de soluções para visualização da evolução urbana e
utilidade e essa nova tecnologia tem causado uma revolução na área do estudo do
dos projetos.
espaços.
vii
December/ 2007
starting point for the study of solutions for visualization of urban evolution and
simulation of projects in urban planning, using as model the quarter of the Lagoon in
Rio De Janeiro.
utility and this new technology it has caused a revolution in the area of the study of the
urban space, either in the historical analysisin, or the conception, implantation and
evolution of urban spaces, as well as of study of the impact of new interferences in these
spaces.
viii
ÍNDICE
2.1. Interfaces 16
2.2. Histórico 17
2.3. A Realidade Virtual – Conceitos e definições 18
2.4. Sistemas de Realidade Virtual 21
2.4.1 – Sistema de Telepresença 23
2.4.2. Sistema de Realidade Virtual 24
2.4.3. Sistema de Realidade Aumentada 25
2.4.3.1. Optical See-Through 25
ix
BIBLIOGRAFIA 149
ANEXOS 161
xi
Figura 2 17
Relacionamento Usuário / Ambiente
Figura 3 20
Cenário de Blade Runner – O Caçador de Andróides
Figura 4 20
Cenário de Star Wars - Coruscant
Figura 5 21
Cenário de Star Wars – Polis Massan
Figura 6 22
a) Cenário baseado no ambiente b) Cenário baseado no objeto c)
Cenário misto
Figura 7 23
Dispositivo háptico
Figura 8 24
Arquitetura de um ambiente de Telepresença
Figura 9 24
Configuração típica de um sistema de RV em PC
Figura 10 25
Esquema de Optical See-Through
Figura 11 26
Head Mounted Display para Optical See-Through
Figura 12 26
Esquema de Video See-Through
Figura 13 27
Head Mounted Display para Video See-Through
Figura 14 27
Esquema de Monitor-based
Figura 15 28
Monitor-Based AR
Figura 16 28
Projector-based AR
xii
Figura 17 29
Aplicação em Realidade Melhorada para auxiliar remoção de tumores
cerebrais
Figura 18 30
Workstation com display estereoscópico
Figura 19 30
Esquema de Workbench
Figura 20 30
Workbench
Figura 21 31
Exemplo de uma CAVE
Figura 22 31
Projeção Frontal em Tela Plana
Figura 23 31
Back Projection – Projeção por trás em tela plana
Figura 24 32
Projeção Frontal em Tela Curva
Figura 25 43
Edifício Home Insurance
Figura 26 44
Tipos de construções
Figura 27 60
Limites do bairro da Lagoa
Figura 28 64
Favela na Lagoa – 1928
Figura 29 69
Favela da Catacumba
Figura 30 69
Favela da Catacumba já em processo de remoção – 1970
Figura 31 70
Favela da Praia do Pinto, anos 60 e o projeto de prédios que não saiu
do papel.
Figura 32 71
As principais favelas da Lagoa
xiii
Figura 33 74
Obras do aterro da Lagoa, 1921
Figura 34 75
Vista panorâmica da Lagoa, com o Cristo Redentor em construção
Figura 35 77
Projeto para o Parque Proletário da Gávea, de Afonso Eduardo Reidy
Figura 36 77
A maquete do projeto
Figura 37 78
Jardim de Alah
Figura 38 79
Obras de abertura do Corte de Cantagalo - 1934
Figura 39 79
A ligação Lagoa Copacabana já pronta.
Figura 40 80
O Leblon, em 1938
Figura 41 80
Saída do Túnel Rebouças à época de sua inauguração
Figura 42 81
Vista do alto da saída do Túnel Rebouças – 1970
Figura 43 82
Projeto com as alternativas para o traçado da Auto Estrada Lagoa
Barra.
Figura 44 82
Vista aérea da Auto Estrada.
Figura 45 83
A maquete do projeto original do Estádio de Remo da Lagoa
Figura 46 83
O Estádio de Remo nos áureos tempos
Figura 47 84
O projeto atual do Estádio de Remo
Figura 48 86
(a) Imagem de Teocalli (b) Fotografia aérea da Cidade do México
xiv
Figura 49 86
Los Angeles Virtual
Figura 50 87
LA Virtual
Figura 51 93
Construção: estrutura e renderização
Figura 52 94
Exemplos de Ambientes 3D feitos no MultiGen.
Figura 53 95
Simulação para o metrô de superfície sobre fotografia em Porto Alegre
Figura 54 95
Inserção de viaduto sobre fotografia, em Recife
Figura 55 96
O trabalho de Moura – Navegação Virtual em Ouro Preto - MG
Figura 56 97
Virtual London
Figura 57 97
Cidade Virtual
Figura 58 98
Rapid Modelling – 3D Tub Map
Figura 59 100
Gendarmenmarkt 3D
Figura 60
ARTHUR - Augmented Round Table for Architecture and Urban 100
Planning
Figura 61 101
Projeto Fortalezas Multimídia
Figura 62 101
Rio 500 Anos
Figura 63 102
Los Angeles International Airport
Figura 64 102
Los Angeles Entertainment District
xv
Figura 65 103
Hollywood
Figura 66 103
Paisagem urbana através de Realidade Virtual
Figura 67 105
Organizando as pastas
Figura 68 106
Criando layers
Figura 69 107
Escalando o Objeto
Figura 70 107
Inserindo e “explodindo” o arquivo wmf
Figura 71 108
Comando filter
Figura 72 110
Comando porperties
Figura 73 110
Curvas erguidas no eixo Z
Figura 74 112
Janela do Surfer
Figura 75 113
Espaçamento da malha
Figura 76 114
Inserção da malha no VT – Builder
Figura 77 115
Visualização da malha
Figura 78 115
Inserção da Textura
Figura 79 116
Coordenadas de extensão
Figura 80 117
Ajuste da imagem
Figura 81 118
Limite do ambiente virtual gerado
xvi
Figura 82 119
Alocação dos arquivos
Figura 83 120
Iniciação do Enviro
Figura 84 121
Edição de Parâmetros
Figura 85 122
Indicação do arquivo de textura
Figura 86 123
Personal Computer
Figura 87 123
Esquema de visualização em PC
Figura 88 123
Visualização Ativa
Figura 89 124
Projetor DLP
Figura 90 125
Tela para projeção frontal
Figura 91 125
Estereoscopia Passiva
Figura 92 125
Óculos 3D
Figura 93 126
Joystick
Figura 94 126
Esquema para visualização do modelo
Figura 95 127
Visualização do Modelo – Momento atual
Figura 96 128
Limites dos bairros da Lagoa e adjacências
Figura 97 130
Vista superior do modelo em 1809 e vistas em perspectiva
Figura 98 131
Vista superior do modelo em 1880 e vistas em perspectiva
xvii
Figura 99 132
Vista superior do modelo em 1930e vistas em perspectiva
Mapa 1 67
Instituições e Acidentes Geográficos
Mapa 2 162
Planta da Lagoa Rodrigo de Freitas em 1809
Mapa 3 162
Planta da Lagoa em 1860
Mapa 4 163
Planta da Lagoa – 1875
xviii
Mapa 5 163
Planta da Lagoa em 1888
Mapa 6 164
Mapa da Lagoa – 8º Distrito
Mapa 7 164
Botafogo, Copacabana, Ipanema e Leblon – 1954
Mapa 8 165
Perfis do espelho d’água da Lagoa - 1965
xix
CAPÍTULO 1 . INTRODUÇÃO
com suas ocupações irregulares, construções de áreas de lazer, vias expressas, remoções
de favelas, acréscimo de áreas através de aterros e outros e tem como objetivo estudar o
onde se concluiu que esta era uma região cujos usos, tão diversos entre si, davam
Foi o bairro que teve a maior interferência do poder público para a remoção de favelas.
Dois grandes impactos que o bairro sofreu foram, primeiro, a abertura do Túnel
da auto-estrada Lagoa-Barra, que faz a ligação com a Zona Oeste. Devido a essas duas
grandes obras, podemos entender que a Lagoa atualmente, também é bairro de ligação
entre regiões. Segundo Cony (1996), a Lagoa é a maior rótula rodoviária do mundo,
História Urbana e em estudos Planejamento Urbano, cuja finalidade é ter uma visão
debatido era se a computação gráfica viria substituir o desenho manual. A dúvida era:
será que o mouse virá a substituir o lápis, e o monitor, a prancheta? Eram questões que
condenando essa nova tecnologia. Hoje não se admite mais um processo de criação na
arquitetura e no espaço urbano sem o uso dos softwares CAD e de outros programas de
eram refratários ao uso das novas tecnologias se renderam a ela, tanto pela difusão do
uso como para acompanhar os novos tempos. Grilo et alli (s.d.) afirma que transmitir
desafio para quem elabora o projeto e uma dificuldade para quem o “lê”. A
sua construção”.
Segundo Grilo (op. cit.), uma das primeiras aplicações em percursos virtuais foi
impacto das mesmas sobre esse espaço, de forma a contribuir para o aumento da
do mundo globalizado.
4
tradicionais.
Este trabalho tem por objetivo criar uma metodologia a partir de equipamentos e
São apreciados aqui aspectos das atividades voltadas para Realidade Virtual,
1.2 . Motivação
mesma sofreu, bem como as interferências em tal espaço, tais como os diversos aterros
levou à coleta de muito material iconográfico e cartográfico, mas justamente por isso o
estudo ficou prejudicado, pela falta de uma visão mais detalhada do espaço, o que se
nasceram na prancheta, tais como Brasília e Goiânia, que tomaram vida própria, não
tendo o seu ritmo de crescimento ocorrido conforme o esperado. Isso se deve a diversos
5
fatores, tais como migrações, especulações imobiliárias e descaso do poder público, por
exemplo.
futuras, é um tema cuja prática passa pela atuação de diversos profissionais: arquitetos,
e tantos outros. Nesse sentido, a atuação do poder público na gestão do espaço urbano
deve ser precedida de estudos e coleta de dados detalhados. Alguns itens que Moisés
(s.d.) cita como imprescindíveis para um bom planejamento e que vão de encontro aos
erro posteriormente;
- analisar com critério o impacto das decisões nas áreas circunvizinhas àquelas
trabalhadas.
do desenvolvimento urbano.
porque já se convenceram que se torna mais cômodo trabalhar com imagens 3D, e
ferramentas mais fáceis de ser aplicadas, com um retorno mais eficiente e rápido.
Moura (2003: 35) afirma que as ocorrências no espaço urbano não se realizam
de forma homogênea, mas sim condicionadas à diversos fatores. Por isso, afirma:
6
1.3 . Objetivos
(RV), com suas aplicações, uso e solução em ambientes sintéticos. Usamos como
metodologia proposta.
1.4 . Hipóteses
crescimento urbano.
uma análise dos diversos projetos urbanos desenvolvidos para a região. São projetos
que, na sua maioria, não conseguem demonstrar com clareza o impacto que terão sobre
o bairro.
grande aumento do número de veículos que trafegam pela região. A via foi inaugurada
veículos/dia. O fato que mais contribui para este aumento foi, sem sombra de dúvida, a
de 1967, com capacidade para 72.000 mil veículos/dia, hoje atinge os 190.000 veículos
dia.1
Várias soluções têm sido propostas para solucionar estes problemas, como por
Gávea à Barra da Tijuca, com uma estação intermediária em São Conrado. A Figura 1
mostra o traçado da Linha 4 feita sobre uma foto de satélite da região da Zona Sul.
passo para a auferição dos resultados, em uma análise que pode levar à decisão de
1
Dados extraídos de http://www.ntc.grg.br/scripts/noticias e http://www.rio.rj.gov.br/smtr/smtr/hp_cve_reboucas.htm
8
viabilizar o projeto ou não. No caso do mergulhão, por exemplo, a grande questão é se,
Esta resposta pode ser dada por uma simulação em um ambiente virtual da situação
descrita.
Já o caso de metrô pode ser estudado levando-se em conta, por exemplo, qual
vai ser o impacto na redução do fluxo de veículos, e durante a obra, quais as alterações
mais eficientes para o trânsito, se as obras forem feitas pela superfície, quais serão as
Existem dois projetos atualmente que causaram bastante polêmica junto aos
grande polêmica, mais uma vez por causa do impacto no trânsito. Este problema, aliado
a outros de ordem burocrático-administrativas, fez com que o projeto ficasse parado por
um bom tempo.
lado fez da área um point, por outro fez com que quem passe pela Lagoa nos finais de
entrada dos estacionamentos, o mais movimentado no chamado Parque dos Patins, que
1.6 . Atividades
1.6.1 . Atividade 1
1.6.2 . Atividade 2
1.6.3 . Atividade 3
1.6.4 . Atividade 4
planejamento urbano.
metodologia proposta.
1.8 . Problematização
trabalhar.
estudado.
12
representação gráfica das idéias também esbarra nos “limites impostos pelo
instrumental”.
A coleta dos dados mostrou que os profissionais da área, como, por exemplo,
Uma vez explicitado o problema e definido o que se deseja, foi elaborada uma
trabalho.
Após trabalhar os dados coletados, foi feita a redação do texto sobre a Lagoa.
No estado da arte, foi feito um levantamento sobre o que tem sido feito nas áreas
x Quarta fase: nessa fase, foi feito o estudo das ferramentas que melhor se
tese.
modelo.
De acordo com Kirner (2003) Realidade Virtual (RV) pode ser definida de uma
computador até agora disponível. Com aplicação na maioria das áreas do conhecimento,
do mundo físico pode ser transferido para manipular o mundo virtual. Para suportar esse
2
Dispositivos de Entrada e Saída
16
exploração do ambiente e a manipulação natural dos objetos com o uso das mãos, por
Segundo Kirner (op. cit.) a realidade virtual também pode ser considerada como
idéias não são exclusivas de realidade virtual, mas aqui elas coexistem.
mas existem também sistemas imersivos baseados em salas com projeções das visões
nas paredes, teto, e piso. Além do fator visual, os dispositivos ligados com os outros
realidade virtual poder ser imersiva ou não imersiva. Como já foi visto, do ponto de
salas de projeção nas paredes, enquanto a realidade virtual não imersiva baseia-se no
acabam dando algum grau de imersão à realidade virtual com o uso de monitores,
2.1 . Interfaces
2.2 . Histórico
A Realidade Virtual surgiu na esfera militar, onde teve sua primeira aplicação.
Em 1929, foi criada a primeira cabine para treinamento de vôo, para que os
(Barsa, 1999).
entretenimento. Era uma espécie de cabine que combinava filmes 3D, som estéreo,
diretamente na tela de um computador por meio de uma caneta ótica. Foi então que
surgiu a computação gráfica. Segundo Machado (op. cit.), Sutherland foi considerado o
3
Ivan Sutherland era engenheiro elétrico e Primeiro-Tenente das Forças Armadas dos Estados Unidos. Aos 26 anos,
ganhou U$ 15 milhões por ano para pesquisar computadores.
18
capturando através de uma câmera de vídeo a imagem dos participantes, que era
projetada em 2D em uma grande tela. Assim, havia uma interação entre os participantes
Virtual de Projeção.
imitavam a cabine de um avião. Essa demonstração foi feita por Thomas Furness, em
virtual.
Lanier, que quis diferenciar as simulações tradicionais por computação dos mundos
digitais que criava. Por ter uma abrangência muito grande, o termo é definido por cada
usuário de que ele está em outra realidade – um novo meio de “estar” e “tocar” em
contato”.
Latta (1994) define como uma avançada interface homem-máquina que simula
principais de Realidade Virtual. A primeira por ser a ação que se exerce entre duas ou
mais coisas e a segunda por ser a capacidade de o usuário sentir como se fosse parte de
um ambiente, convencendo-se de que tal ambiente é real. Mas a Realidade Virtual pode
ou tátil. Camacho (s.d.) argumenta que tais sentidos devem enviar ao cérebro as
sensações necessárias para que o participante possa interagir com o ambiente. Sendo
assim, “é necessário que esse ambiente lhe transmita uma sensação de veracidade
A Realidade Virtual está sendo usada nos mais diversos campos de atuação: na
fundamental para tantos outros. Sua representação, via de regra, recria o passado, supõe
futuro, geralmente tem seu cenário integralmente elaborado virtualmente. Filmes como
Blade Runner - o Caçador de Andróides (Ridley Scott, 1982) (Figura 3), ou Guerra nas
Estrelas (George Lucas, diversos episódios) (Figuras 4 e 5) são exemplos nesse sentido.
vertente humana, já que é a razão da sua própria existência. “É no homem que começa a
tempo real, através de técnicas de computação gráfica”. Como já foi citado, tais
ambientes podem ser imersivos ou não imersivos. Mais do que um conjunto de dados,
Segundo Rebelo (op. cit.) os cenários de Realidade Virtual são três, sendo o
último derivado dos dois primeiros: o primeiro é dado pelo processo de exploração do
Rebelo, op. cit.) como aqueles que envolvem os sentidos (interação sensorial) e os que
sentidos humanos, podemos citar a visão como o que estabelece a relação mais estável
informações para a interação com o mundo ao redor. O tato, segundo Rebelo (op. cit.) é
encarado como parte de um sentido mais amplo definido como háptico4 (Figura 7). O
sentido háptico pode ser dividido em cinestésico5 e tátil. Através do primeiro, temos a
Pinho (op. cit.) afirma que em um ambiente virtual, a toda ação do usuário
4
As definições em dicionários definem o termo háptico como relativo ao tato, tátil, próprio para tocar, sensível ao
tato.
5
Percepção consciente da posição e dos movimentos das diferentes partes do corpo.
23
É uma situação onde o usuário interfere em um ambiente real sem estar de fato
sistema de Realidade Virtual em um PC. Com a Realidade Virtual é possível tanto criar
Os dois sistemas citados são diferentes no modo de atuar sobre o ambiente, mas
interface atua sobre o telerobô que vai atuar sobre o mundo real.
ser visualizada por diversos meios, cada um com características próprias. Consiste em
Utiliza HMD (Head Mounted Display), mostrado na Figura 11, do seguinte tipo:
Utiliza HMD (Head Mounted Display) , mostrado na Figura 13, do seguinte tipo:
São utilizados video streams6 combinados com objetos virtuais e enviados para o
HMD.
6
Stream de vídeo é uma técnica de transmissão que controla o download e a reprodução do arquivo de vídeo,
baseando-se na velocidade de conexão disponível, para tornar a visualização do vídeo contínua.
27
2.4.3.3 . Monitor-based AR
Monitor em uso.
Figura 15 – Monitor-Based AR
Fonte: http://www.npdi.dcc.ufmg.br/workshop/wti2004/apresentacoes/a101-silva.pdf
2.4.3.4 . Projector-based AR
Projector-based AR.
Figura 16 - Projector-based AR
Fonte: http://www.npdi.dcc.ufmg.br
/workshop/wti2004/apresentacoes/a101-silva.pdf
29
Figura 17. Assim, é possível aprimorar uma imagem por meio de gráficos gerados pelo
dados da telepresença e/ou com a visão do mundo real por parte do usuário.
30
Figura 20 – Workbench
Fonte: Pinho, s.d.
31
Seu desenvolvimento foi rápido nos últimos anos e a cada dia, são descobertas mais
aplicações.
como Matrix, são um dos maiores exemplos. No setor de games, não se admite mais a
Esse novo tipo de interface homem – computador é descrito por Júnior (apud.
Godoy e Alves, 2002) como “um mundo de fantasia onde jogos e outros recursos de
disciplinas. Servem para qualquer faixa etária e para qualquer nível de ensino, seja um
de nível superior. Uma das vantagens do sistema é que ele pode se adaptar às
feitas pesquisas que de outra forma, seriam mais dispendiosas, perigosas ou até mesmo
educação. Muita coisa tem sido feita na área do desenho, por exemplo. Não se admite
7
Pinho (2001)
34
Outra vertente aberta com o uso da Realidade Virtual foi o Ensino à Distância. O
Ensino à Distância é um modelo de educação onde não há contato físico entre aluno e
Embora o custo de um curso à distância seja mais alto, por ser necessário um
qualidade, horários mais flexíveis, uma maior iniciativa dos alunos8, e na partilha de
recursos.9
Na medicina, a Realidade Virtual também tem sido muito usada, uma vez que
para o treinamento de cirurgias e biópsias, o uso de cobaias têm limitações que, em uma
inovação tecnológica.
espaços urbanos utilizando uma ferramenta de grande potencial, que é a RV. Com a RV
Eichemberg (2003) acha que a arquitetura digital não pode se limitar à mera simulação
do espaço existente.
8
Já que vão estar mais atualizados e sua evolução será maior e mais rápida,
9
Uma escola pode usar seus recursos para ensinar estudantes que estão em outras escolas e vive-versa.
35
perigo real.
distância, ou até mesmo palestras, economizando assim tempo e gastos com viagens e
hospedagem. Via Web se torna possível inclusive apresentar arquivos do tipo Power
Point e outros aplicativos. O Senac, por exemplo, já conta desde 2000, com uma Rede
tempo real. Diversas outras empresas têm usado esse sistema com grande sucesso.
Uma área onde a Realidade Virtual tem sido amplamente usada é em Virtual
Janeiro.
3 . 1 . Urbanismo e a Cidade
Ela se forma quando os serviços já não são executados pelas pessoas que
cultivam a terra, mas por outras que não têm esta obrigação, e que são mantidas pelas
primeiras com o excedente do produto total. Nasce, assim, o contraste entre dois grupos
sociedade se torna capaz de evoluir e de projetar a sua evolução. A cidade, centro maior
desta evolução, não só é maior do que a aldeia, mas se transforma com uma velocidade
muito maior.
segundo G. Bardet (1990) este termo surgiu pela primeira vez em 1910. No entanto,
conforme Benevolo (1994) pode-se dizer que o urbanismo moderno nasceu até mesmo
Segundo Almeida (op. cit.) esta cidade é construída pela iniciativa privada,
necessidade de uma ação pública, ordenando e propondo soluções que até o momento
eram implementadas apenas pelo setor privado, com objetivos individuais, de curto
Ainda segundo Almeida (op. cit), é nesse momento que surge o urbanismo
sanitarista, cuja maior meta seria melhorar as condições de salubridade nas cidades,
no Tâmisa; a captação de água se faz no mesmo rio aonde são despejados os esgotos,
sendo este fato uma causa permanente de epidemias. Nos Estados Unidos, observa-se
desenvolvimento urbano. Nesta época, Nova York que conta com 100 000 habitantes,
crescimento urbano, uma Comissão estuda por quatro anos um projeto de urbanização
processo de industrialização.
circulação;
destes profissionais, entre eles, Le Courbusier, Gropius, Rietveld, Sert, Van Eesteren,
Urbanismo:
‘Patris II’, o IVº Congresso Internacional de Arquitetura Moderna - C.I.A.M., cujo tema
era a ‘Cidade Funcional’, foi concluído dias depois em Atenas. Durante a viagem, cem
urbanismo era uma das chaves para uma mudança qualitativa da sociedade e da vida
humana.
10
“Utilizaram para isso dois mapas na escala 1:10.000, um documentando as atividades residenciais, atividades
produtivas e áreas públicas equipadas; outro documentando o tráfego e a rede viária. Empregaram ainda um mapa,
em escala 1:50.000, assinalando a cidade com seu entorno imediato, suas ligações suburbanas e as características
do relevo e da paisagem. As conclusões deste encontro foram reunidas na Carta de Atenas.” Almeida (op. cit.: 42)
40
características são: zonas urbanas bem definidas e separadas (edifícios públicos, setor
classe.
Segundo Almeida (op. cit.) foi com a elaboração da Carta de Atenas que as
Territorial”.
conexões e sem ter uma visão global do novo organismo citadino. No primeiro caso, os
intelectuais não apenas planejaram, mas tentaram criar a sua cidade ideal. Segundo
3 . 2 . A Formação Urbana
foi perdendo sua característica nômade. Como exemplo, podemos citar Roma e Atenas,
romanas formaram-se à luz dos conceitos e idéias das cidades gregas, “das quais
modelo uniforme:
dez. Há que se entender a cidade atual não como um feito recente, mas sim como uma
aparentemente é uma tarefa simples. Basta ordenar as cidades, listar seus problemas,
político global e estrutural”. (Campos Filho, op. cit.: 13). As maiores contribuições
43
para este pensamento vieram de Engels e Marx, que enxergavam a propriedade da terra
ecológicos humanos” (Campos Filho, op. cit.: 15). Weber e Simmel, em suas pesquisas,
tentavam entender e explicar quais seriam as forças não econômicas responsáveis pelo
Baron Jenney, autor do projeto do primeiro edifício com vigas de aço, de10 andares, o
Home Insurance11 (Figura 25), e seu discípulo, Louis Sullivan, considerado o primeiro
arquitetura e, conseqüentemente, no uso do solo que, cada vez mais valioso, se tornou
bem aproveitado, uma vez que propiciava prédios cada vez mais altos.
11
O Home Insurance ficava em Chicago, Illinois, Estados Unidos. Construído em 1885, com uma altura de 55m, foi
demolido em 1931.
44
construção com paredes não portantes e por isso menos espessas, e a quarta figura
capital, em grande quantidade, e um pequeno pedaço de terra, para que possam existir
O espaço urbano é formado pela atuação de diversos agentes sociais, que tem a
do mesmo. Sua atuação se faz dentro de um março jurídico regulador que reflete os
século XX. Com o incremento das tecnologias de guerra, as destruições das cidades
45
demanda por planos urbanos era crescente, vista da seguinte maneira por Del Rio (1990:
44):
O urbanismo passou a ser visto não como estudo de áreas pontuais, mas sim
Esse “urbanismo operacional” já está sendo visto como um dos vilões das
12
Mancha urbana pode ser entendida também como área urbana. Área é chamada de umas das primitivas gráficas ou
elementos gráficos básicos da representação cartográfica. Ou, no geoprocessamento é denominada de umas das
entidades gráficas. As outras são o ponto e a linha. A área pode ser entendida como uma mancha que apresenta
extensão, direção e posição, segundo Loch (2006).
46
Cabe lembrar que uma cidade tem seus bairros com características distintas, e os
mesmos devem ser estudados respeitando-se suas diferenças, diferente do que prega a
urbano, se tornou cada vez mais freqüente a participação popular nos processos de
47
atendidas com maior eficiência e tais processos passaram a ser mais transparentes para
os mais atingidos por eles. Na segunda metade do século XX, alguns países passaram a
“planejador”. O primeiro é visto como “aquele que estuda e projeta cidades” (Del Rio,
op. cit.: 51), o que “trata da natureza dos elementos urbanos e suas inter-relações”
(idem: 53), e o segundo “diz muito mais mas não diz nada ao mesmo tempo” (idem: 52),
devidamente regulamentada.
Para Del Rio (op. cit.: 52), o Urbanista deve trabalhar a cidade não somente
enquanto espaço urbano, mas também como palco das políticas aplicadas a ela, sejam
por uma gama grande de profissionais, aqueles que “têm na inter-relação entre o
vez que tem como objeto de trabalho o espaço físico da cidade, deveria ser praticado por
aqueles que tem formação acadêmica para tal, o que acaba erroneamente se limitando
de transformações da cidade devem ser encarados como aqueles cuja atividade é mais
- o comunitário, cujas decisões tem relevância apenas para um restrito grupo, por
exemplo, o bairro;
residência e seu espaço imediato, e por isso, é o que passa mais rapidamente por
transformações.
quinze parcelas.
Até meados do século XII Portugal não via muita importância nas terras
riquezas naturais do país, o Brasil passou a ter mais atenção por parte da Côrte.
Santa Cruz.
Por meio de Cartas e Instruções Régias foram baixadas normas para promover a
mesmo ano, foram fundadas povoações em Porto Seguro. Em 1766, foram dadas
América das invasões, principalmente por parte dos espanhóis, para quem já estavam
O Sul teve sua ocupação promovida em sua maior parte por pessoas vindas dos
diferenciadas, seguindo a influência dos povos responsáveis por essas invasões. São
padrões franceses. Entretanto, depois da expulsão dos invasores, aos poucos as regiões
mantê-la o sesmeiro deveria seguir determinadas condições, sob pena de perder a posse
da terra.
para dentro. Isso ocorreu devido ao aumento da população, entre outros fatores por
na maior parte vinda da África. O desenvolvimento urbano brasileiro pode ser lido à luz
direção ao Brasil.
Após a queda da produção de açúcar, foi a vez da exploração das pedras e metais
Rio de Janeiro.
no país. A Abolição despejou nas cidades pessoas que passaram a não ter onde morar
importação de mão de obra européia, parte para o trabalho urbano, e parte para a
a necessidade de morar próximo às indústrias, uma vez que as jornadas de trabalho eram
atendessem ao operariado no sentido de lhe oferecer transporte, já que não mais residia
A moradia passou a ser o lugar onde o consumidor iria exercitar o seu poder de
consumo, acumulando bens que passam a ser produzidos em larga escala. Nesse
sentido, essa nova explosão de consumo foi determinante na redefinição do tamanho das
moradias.
Pode-se verificar isso no Brasil através da cidade de São Paulo. Por volta de
pela promessa de uma vida melhor. A cidade cresceu de uma forma desordenada.
Com a crise financeira que assolou Portugal na virada do século XVI para o
século XVII, o Brasil se tornou a fonte de abastecimento para o país, o que fez com que
recebesse grande número de portugueses à procura de uma nova vida. Com a escassez
febre dos metais preciosos, caminhos foram abertos para que as riquezas pudessem
que havia sido extinta com a abolição. Com a decadência da lavoura cafeeira, apenas
da Colônia, uma vez que as paróquias exerciam o papel de instrumento de ligação entre
febre das pedras e metais preciosos e posteriormente com a oligarquia cafeeira, foi o
terras e por ditar regras sociais e políticas, sendo sempre o núcleo central em torno da
de Janeiro, na maioria das vezes, tiveram como figura principal as ordens religiosas, por
53
manterem a posse de suas terras às custas de brigas judiciais sem fim. Tal quadro só se
modificou (em parte) em 1759, com a incorporação das terras dos jesuítas ao Fisco.
A cidade, até 1628, contava apenas com uma freguesia, a de São Sebastião,
quando foi criada a freguesia da Candelária. Toda a área entre a Lapa e o morro de
Castelo eram ocupados por chácaras. A diferenciação social era refletida na arquitetura
mais pela aparência do que pela localização, uma vez que a elite e a população de baixa
renda moravam próximos, tanto pela falta de transportes coletivos como pela
necessidade de defesa.
posturas para a urbanização local, o que, para Fridman e Ramos (1992, p. 66),
hoje”.
que, se por um lado sofreu desorganização, por outro teve suas feições mudadas para
social que surgiu com a vinda a Corte. Diversas desapropriações foram feitas e o custo
54
financeiro das mesmas para a Coroa foi alto, mas acarretaram em diversos
O Rio de Janeiro sofreu o maior impacto para sua estruturação urbana. A cidade
criados. A cidade não tinha condições de abrigar tanta gente de uma só vez, e essa
invasão causou uma verdadeira transformação em sua rotina. Tornou-se sede da Corte e
suburbanas. A área central da cidade era restrita ao que hoje se conhece como região
Portuária e Centro.
Família Real, observa-se que em 1799 a cidade tinha 43.376 habitantes e em 1821, esse
O período que vai de 1838 até o início da segunda metade do século XIX
A Lei de Terras estabelecia que as terras devolutas (até então obtidas por meio
haviam ganho a posse de suas terras, uma vez que não pagaram por um bem que agora
dimensões para cada um. Estava prevista a reserva de lotes para serviços públicos e os
Trem e bonde chegaram com diferença de poucos anos entre eles. A primeira linha de
malha urbana locais até então de difícil acesso e, por isso mesmo, pouco habitados.
O centro da cidade passou a ser opção para os trabalhadores de baixa renda, que
não podiam arcar com o custo dos transportes, e aqueles que podiam fugiram para áreas
fim às grandes chácaras, retalhadas em lotes e em vias públicas. Com isso, “o processo
13
Por iniciativa do Visconde de Mauá, ligando o porto da Estrela, hoje Mauá, até a raiz da serra da Estrela, trecho da
atual estrada de ferro Rio-Petrópolis.
14
Ligando a rua Gonçalves Dias ao Largo do Machado.
56
baixa a se fixar no bairro. Era uma parte da população que não podia pagar por
atraindo imigrantes de outras regiões do país. Tal fixação se refletiu na ocupação dos
demais bairros da orla oceânica, inclusive na Lagoa e Leblon, locais já definidos como
de moradia das classes média-alta e alta. Por isso foram promulgadas leis de
responsável pela maior reforma urbana já realizada. Rasgou ruas, aterrou mangues,
demoliu morros, saneou rios e lagoas, asfaltou e arborizou ruas, enfim, fez uma nova
cidade, para adequar o espaço urbano à importância que o Rio estava ganhando.
57
Nos anos 20 do século passado, foi contratado o francês Alfred Agache para
elaborar um plano de reurbanização da cidade. Por ser um plano caro, não foi
ordenada dos espaços. Surgiu assim o primeiro grande código de obras da cidade, em
perdeu muitas de suas funções, e precisava se adaptar à nova realidade. Essas mudanças
e grande parte da população passou a ter acesso ao automóvel, e a cidade não estava
preparada para isso. Foi então contratado o arquiteto grego Constantino Doxiadis para a
reformulação do espaço urbano. A intenção do Plano Doxiadis era projetar uma cidade
que atendesse às novas necessidades da população. Uma das idéias mais importantes do
plano era a criação de vias expressas, quase todas construídas muito tempo depois,
Assim como Pereira Passos, Carlos Lacerda foi outra figura de fundamental
Estado da Guanabara, entre 1960 e 1965, encontrou um Estado com diversos problemas
sistema Guandu, abriu diversos túneis e construiu 19 viadutos. Por sua iniciativa,
reassentadas.
15
Conseqüência da nova tecnologia de concreto armado.
58
enxergando a cidade como áreas distintas, cada uma com suas peculiaridades e
necessidades.
O Plano Integrado de Transportes do Metrô, PIT – Metrô, tinha como uma das
metas suprir a demanda por áreas construídas no Centro da cidade. Anterior à Linha 1
para o país e o exterior. Para Lopes (2003), o Plano Estratégico foi um sucesso,
16
http://www.rio.rj.gov.br/smu/
59
iniciando como área agrícola, passando pelo uso industrial e se consolidando como área
região, nos detendo nas de maior impacto, que são os sucessivos aterros sofridos pelo
É necessário ressaltar que a linha que delimita o bairro em questão é tênue, já que
Ipanema e Leblon, pelo outro. Os limites17 definidos pela prefeitura para o bairro da
Lagoa estão descritos no Anexo 1 e são mostrados pela linha azul na Figura 27:
17
É importante ressaltar que a área de abrangência do presente trabalho é maior que tais limites.
18
Foto extraída do Google Maps e limites do bairro da Lagoa baseados nos dados da Prefeitura da Cidade do Rio de
Janeiro, em http://portalgeo.rio.rj.gov.br/bairroscariocas/zoom.php?arq=imagem_lagoa.jpg.
61
A cidade do Rio de Janeiro teve a sua formação marcada pela atuação de diversos
que se desenvolveu graças à agricultura, com os diversos engenhos ali localizados. Com
moradores de baixa renda, para abastecer de mão de obra tais indústrias. Entretanto,
também atraiu os moradores das classes mais altas que, fugindo do centro da cidade,
procuraram se fixar nas áreas onde o acesso era difícil, uma vez que tais áreas não
atrairiam a população de baixa renda. Com o êxodo das indústrias para bairros mais
afastados, solidificou-se na região a ocupação pelas classes mais abastadas que, durante
Leblon e Leme.
Diogo de Amorim Soares, que o vendeu a seu genro Sebastião Fagundes Varella. Esse
cidade, diversos engenhos foram construídos. O Engenho de El-Rei foi tão importante
que, para facilitar o acesso e o escoamento dos produtos da região foi construída uma
Após algumas transações, o engenho foi herdado por Rodrigo de Freitas, por
terras o seu filho João de Freitas Castro, que por sua vez as deixou a sua esposa.
das terras, tendo agregado mais terras às suas. A fusão de alguns engenhos, sendo os
fez com que se tornassem um só, o engenho de Rodrigo de Freitas, nome que se
perpetuou.
Existem divergências a respeito de tal fusão, uma vez que alguns historiadores
alegam ser pouco provável a existência de três engenhos na região. O mais provável é
que o Engenho D’El Rei após ser comprado por Diogo de Amorim Soares se tornou o
seguindo pela atual rua da Passagem, subindo a Ladeira dos Tabajaras e atingindo a
praia de Copacabana. Posteriormente, o caminho passou a ser feito pela rua São
Clemente. Era esse o trajeto por onde escoava a produção agrícola das fazendas da
Zona Sul.
Por motivo de segurança para a cidade, em 1769 o caminho de São Clemente foi
fechado por uma muralha de pedras, perto da Lagoa, onde hoje se encontra o Largo dos
Cabe lembrar que o processo de abertura das ruas da cidade se deu devido ao seu
cidade. Para suprir o Exército e a Marinha, foi autorizada a construção de uma Fábrica
de Pólvora, tendo sido escolhida a Lagoa para abrigar a fábrica, por ser longe do centro
urbano. Sua inauguração aconteceu em 1810. Após alguns acidentes, foi destruída por
Rodrigo de Freitas, posteriormente, Real Jardim Botânico, no mesmo lugar onde havia
que eventualmente afetavam as águas da Lagoa, o interesse pelas terras ali era grande,
com as belíssimas casas que serviam como sedes dos engenhos. Assim, a aristocracia
começaram a migrar em direção à Zona Sul da cidade, ocupando a Lapa, Glória, Catete,
Largo do Machado e Botafogo. Para isso, foram feitos diversos aterros, para vencer
Em 1880 os limites do espelho d’água da Lagoa iam até o Largo das Três Vendas
(atual Praça Santos Dummont) e o início da rua da Boa Vista (atual rua Marquês de São
Graças às grandes áreas livres e aos muitos cursos de água, a região se mostrou
ideal para a instalação dos parques industriais, na sua maioria têxteis19. Tais fábricas
tiveram grande impacto social e urbano, pois ofereciam creches para os filhos das
operárias, e construíram casas de aluguel e vilas operárias, algumas existentes até hoje,
como a Vila Sauer, motivo de litígio na justiça pela obtenção da posse dos imóveis,
atraíram para a região a mão de obra que supriria essas indústrias. Sem condições de
arcar com os custos de uma moradia convencional e com o custo dos transportes, e sem
serem beneficiados pelas vilas operárias, esse contingente, em sua maior parte escravos
para as habitações coletivas e as favelas. A Figura 28, de 1928, mostra uma delas.
19
Pelo menos até os meados da década de 50, a Fábrica Carioca permaneceu no Jardim Botânico, e até o início dos
60, o Cotonifício Gávea ainda sobreviveu.
65
Lagoa, geralmente nas encostas da Serra da Carioca, cujos lotes eram mais valorizados
enxergava a Lagoa como um bairro onde a elite pudesse fixar residência, uma vez que a
proporcionando uma excelente fonte de lucro, e dando à Zona Sul as características que
mantém até hoje. Ocorreu aí a segunda importante mudança do uso do solo na Lagoa.
industrial para o Jardim Botânico e outros bairros da Zona Sul carioca”. (Santos: 48)
cidade, entre elas o aterro das margens da Lagoa, numa tentativa de aliar estética à
espelho d´água, descaracterizando um dos mais belos cartões postais da cidade, por
Em 1880, os limites do espelho d’água da Lagoa iam até o Largo das Três Vendas
(atual Praça Santos Dummont) e o início da rua da Boa Vista (atual rua Marquês de São
Parte dessas terras então incorporadas à malha urbana deram lugar ao Jockey Club do
Rio de Janeiro. O Mapa 1 mostra os diversos aterros sofridos pela Lagoa, bem como as
da Catacumba foi removida em 197020, dando lugar a um parque temático, com diversas
20
“Localizada na divisa entre Ipanema e Copacabana, numa área estratégica e de alto valor imobiliário, a Favela da Catacumba
foi extinta em 1970. Com vista privilegiada para a Lagoa Rodrigo de Freitas, a comunidade tinha 2.320 barracos e cerca de 15 mil
habitantes.” http://www.favelatemmemoria.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=7&infoid=9
67
LEGENDA:
A – Saco da Lagoa
B – Rio Prêto
F – Pedras do Pintor
Ocorrências e Instituições:
1 – Encosta do Corcovado
2 – Corcovado
3 – Morro da Saudade
5 – Morro do Cantagalo
6 – Clube Caiçaras
7 – Clube Piraquê
11 – Jardim Botânico
12 – Jóquei Clube
13 – Hospital da Lagoa
14 – Sociedade Hípica
15 – Clube Militar
69
entre Lagoa e Ipanema, sofreu um incêndio em 1968, quando já estava passando por um
processo de remoção.22 Como o poder público estava sendo visto como elitista, por
21
A Favela da Praia do Pinto ocupava uma área de 96.000 m2, com 17.000 habitantes.
22
“De todas as favelas extintas nos anos 60, o caso mais polêmico foi a da Praia do Pinto, no Leblon. Os moradores
souberam dos planos da Prefeitura de acabar com a comunidade ainda na década de 50, mas houve forte
70
São Sebastião, mas que assim como alguns outros da cidade, sofreu o que Silva (2005:
área da mesma, a ser elaborado após sua remoção. Entretanto, a idéia não saiu do papel
e hoje no local, existe um condomínio de prédios para classe média chamado Selva de
Pedra.
resistência. Segundo dados do Censo de Favelas de 1949, pelo menos 20 mil pessoas moravam no local. A remoção
só foi concluída após um incêndio, em 1969, durante o mandato do governador Negrão de Lima... Praticamente
todos os barracos da Praia do Pinto foram destruídos pelo fogo. No dia seguinte, policiais colocaram abaixo as
poucas casas que sobraram de pé. Até hoje ninguém confirma se foi acidente ou uma última tentativa do Governo de
expulsar os moradores. Mas todos os indícios apontam para um remoção forçada”.
http://www.favelatemmemoria.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=7&infoid=9
23
O mesmo processo ocorreu com os Parques Proletários da Gávea e com o conjunto Dona Castorina, no Horto.
24
Em censo de 1948, a Favela da Praia do Pinto aparece como a primeira entre as maiores da Zona Sul. (Silva, 2005:
150)
71
bonde, em direção à Zona Sul. Com isso, foram abertas ruas e túneis, como, por
exemplo, o Túnel Velho, ligando a Rua Real Grandeza à rua Siqueira Campos. Com a
construtores e loteadores.
bondes para a Zona Sul) pode ser creditada à elitização dos bairros da Zona Sul, uma
vez que se entendia que o trem atrairia a população de baixa renda. Para que isso não
Por essa época, um novo estilo de vida passou a ditar como moda a moradia perto
seguida a Botafogo, foi Copacabana. Com a expansão dos bondes até o bairro, sua
ocupação se tornou rápida e fácil, com esse meio de transporte se tornando fundamental
72
imobiliário, uma vez que possuía transporte eficiente. Foram abertos o Túnel Novo e a
Em 1900, a rede de bondes foi ampliada, chegando ao Largo dos Leões, e dali
seguindo para o Jardim Botânico. Posteriormente, Ipanema foi beneficiada, com suas
terras sendo incorporadas à malha urbana. Com isso, os bairros da Zona Sul atendidos
pelo bonde passaram a ser beneficiados. Nesse sentido, o bonde causou uma verdadeira
O Leblon não foi beneficiado pelo bonde, e por isso, com a falta de um meio de
transporte eficiente, o bairro sofreu um processo de expansão mais lento, e por isso
elite da época. Rui Barbosa enxergou o impacto do bonde na cidade da seguinte forma:
particular, da Lagoa e seus bairros adjacentes, podemos afirmar que o bonde foi
Foi esse o processo que ocorreu na Lagoa, uma vez que a indústria expulsou da
região os pequenos agricultores, atraindo com isso as classes mais pobres, mais tarde
expulsas pela elite que, com o aval do poder público, confirmou a ocupação do bairro
pelas classes sociais dominantes. A ocupação das encostas da Serra da Carioca por
Rodrigo de Freitas, porque para ele a Lagoa era “um subúrbio de nossa capital, que será
sem dúvida, num futuro próximo, um dos mais belos e mais importantes” (Carlos
Sampaio, 1924: 15). Por isso, empreendeu diversas obras de melhoramentos pela
cidade, inclusive aterrando as margens da Lagoa, com material barato (lixo), com a
Após diversas negociações, a Prefeitura cedeu, por meio de permuta, os terrenos para a
Lagoa foi atrair para a região moradores de outros bairros, mas que tinham um alto
ratificar sua ocupação como elitista. Isso impulsionou a valorização da área e trouxe
novo significado à região. Mesmo assim, a convivência da elite com as favelas ao redor
Lagoa,e 11ª, Gávea, constava de nove favelas, uma vez que já haviam sido excluídas as
Jóquei foram rapidamente erradicadas, bem como algumas outras poucas áreas que
principalmente desde o Largo do Humaitá até a Lagoa, como as ruas Fonte da Saudade,
Humaitá, Epitácio Pessoa, Lopes Quintas e Morro da Saudade (Silva, 2005: 82).
locais eram as piores possíveis. Foi chamado o arquiteto Afonso Eduardo Reidy para o
mostrada na Figura 36, não foi de todo implantado26, e contaria com creche, posto de
saúde, escola e até capela. No local, hoje existem o Planetário e alguns prédios para a
classe média. O resto do terreno foi dado à Pontifícia Universidade Católica. O projeto
já incluía também a auto-estrada Lagoa Barra, que posteriormente teve seu traçado
modificado.
25
A Favela do Largo da Memória começava “à margem do bonde Jardim Botânico-leblon, perto do Jockey Clube” e
que se estendia até o atual canal da Visconde de Albuquerque. (Silva, 2005: 188)
26
Por divergências políticas entre o arquiteto Afonso Eduardo Reidy e o então governador Carlos Lacerda.
77
do Jardim de Alah, fazendo a comunicação da lagoa com o mar, com 140 metros de
extensão. Ambos os canais seriam mais uma das tantas tentativas para sanear a Lagoa,
Azevedo Neto, e a opção de estreitar o canal natural, instalando uma comporta junto à
praia nunca se mostrou eficaz para resolver o problema, que existe até hoje.
XX, uma das intervenções de maior impacto urbanístico na região foi a abertura do
27
A foto mostra a primeira parte da urbanização do Jardim de Alah, pelo lado de Ipanema, e o contorno original do
litoral pelo lado do Leblon. As ilhas de areia mais acima na foto seriam usadas como base para os sucessivos aterros.
Uma delas, a Ilha das Dragas, era ocupada por barracos que posteriormente formariam mais uma das tantas favelas da
região. À direita, é possível ver um pequeno trecho da ilha onde hoje se encontra o Clube Caiçaras, construído sobre
os aterros entre os anos 50 e 70 do século XX, o mesmo acontecendo com o local ocupado pelo Clube Piraquê.
Embaixo da foto vê-se a ponte de ligação entre Leblon e Ipanema, feita em 1936.
http://www.fotolog.com/andredecourt/8700830
79
Zonas Norte e Sul da cidade, projetado para uma capacidade de 76 mil veículos/ dia,
1971, a via, que corta a parte central do conjunto residencial Condomínio Marquês de
que vão para a Barra da Tijuca e tem um volume de 130 mil veículos/dia.
Havia três alternativas para o traçado da via. A que passava por dentro do
existentes foi, há pouco tempo, ressuscitada e pensada como solução mágica para o
trânsito na região28, e a escolhida foi a que passaria por dentro do Minhocão. Para isso,
para a via e a Figura 44, mostra a estrada já em funcionamento, passando por dentro do
prédio.
sucessivos aterros a que era submetida. Foi feita a urbanização da área, com a
28
Essa idéia foi na época descartada devido ao alto custo da obra.
82
quiosques.
Figura 43– Projeto com as alternativas para o traçado da Auto Estrada Lagoa Barra.
Fonte: http://www.fotolog.com/andredecourt/8659627
29
O projeto é de 1954, de autoria de Benedicto de Barros, arquiteto do Departamento de Obras no Governo Getúlio
Vargas, do engenheiro calculista Antonio Arlindo Laviola e do advogado Carlos Osório de Almeida, todos
remadores.
84
obras, foi demolida a arquibancada original e o atual projeto prevê a construção de nova
arquibancada. Mas, com a proximidade dos Jogos Pan-Americanos, é quase certo que o
Figura 47.
quiosques na orla, geralmente para atingir um público alvo de maior poder aquisitivo,
Lagoa.
85
projetos existentes.
através da Internet, que permita a associação dos documentos históricos aos modelos 3D
compreensão da cidade.
Figura 48:
86
arquiteto Charles Moore, criou simulações dos ambientes projetados por este.
Bill Jepson fundou o UST – Urban Simulation Team, que fez o projeto Virtual
LA, Los Angeles Virtual. O projeto foi feito usando-se fotografias aéreas, dados de
30
Sistema de posicionamento por satélite, utilizado para determinação da posição de um receptor na superfície da
Terra ou em órbita.
87
Jepson (apud. Delaney, 2000) explica que a vantagem do ambiente virtual sobre
o modelo físico tradicional é que o usuário se coloca como pedestre, e os ambientes são
vistos no nível dos olhos, diferente do modelo tradicional cuja visão geralmente é aérea.
Figura 50 – LA Virtual
Fonte: http://www.cyberedge.com/3a1_000531_a.pdf
gráfica tem sido o meio mais rápido e eficaz em projetos de Arquitetura e Urbanismo.
sendo importante o conhecimento prévio de todos estes elementos que uma estrutura
urbana possui ou pode vir a possuir. Qualquer interferência sofrida por um dos
apenas do espaço físico, mas como densidade demográfica e suas alterações, nível
veículos e tantos outros. Sendo assim, para a elaboração de um projeto urbano, ou até
obtidos. A informática facilitou este trabalho, no sentido de que se tornou muito mais
nenhum meio é mais eficiente do que a representação gráfica. Mas como representar
fato de que os estudos são feitos em projetos que representam o espaço em duas
dimensões.
mesmo.
todos esses fatores. A esse respeito, podemos citar Rebelo e Luz (2000):
uma interferência no espaço urbano causará. A Realidade Virtual, nesse sentido, é uma
grande conquista, uma vez que pode nos dar esta resposta em tempo real. As
cit.)
real o retorno das ações. Rebelo e Luz (op. cit.) entendem que “com aplicativos
uma vez que a versão final pode ser facilmente compreendida por meio da Realidade
Virtual.
Nesse sentido, a RV é uma ferramenta que poderá ser utilizada para a análise e
também devem ter essas análises feitas. Assim, a Realidade Virtual, por meio de
modelos tridimensionais, é um instrumento perfeito para tal. Pupo (2000: 2-3) sintetiza
Todos os projetos deveriam ser inseridos nesse ambiente, que ao mostrar o resultado da
implantação dos mesmos, facilitaria para que os analistas que aprovam os projetos
A economia que um processo desses traria também é grande, uma vez que
cit.) resumem:
5 . 1. Ferramentas
Qualquer trabalho que tenha como objeto de estudo o espaço urbano tem como
base a superfície urbana. É em cima da planta do terreno que vai se processar todo o
possíveis, como cursos d’água, tipo de relevo, vegetação, etc. O planejamento urbano
Geográfica. Esse sistema, segundo Rebelo e Luz (op. cit.) “descreve e analisa o espaço
espacialmente referenciado”.
92
este ambiente;
que o que foi projetado bidimensionalmente possa ser estudado, analisando erros e
acertos, avaliando-os, e fazendo alterações quando necessário, enfim “fazendo com que
projetos urbanos é, por exemplo, a de poder simular a trajetória do sol, mostrando nos
modelos virtuais o que em um desenho de perspectiva ficaria restrito a uma vista pré-
31
http://www.esteio.com.br/servicos/se_sig.htm
93
quanto mais próximo estiver o objeto, mais detalhamentos deverá mostrar. Se o objeto
estiver distante, mais simples será o modelo. Sendo assim, em um espaço urbano
grande, o trabalho fica melhor se for feito por partes: cada região ou construção feita
com modelos diferentes, que posteriormente serão unidos, ou seja, será feito um link
mais simples. Os modelos são construídos com paredes verticais, e portas e janelas são
imagens inseridas nas paredes. A visualização da construção pode ser apenas por fora,
por dentro ou ambos. Quanto mais complexo for o modelo, mais tempo se levará para
Via de regra, os projetos que tem como base a reconstrução digital de espaços
Entre eles podemos citar o MultiGen (Figura 52) citado por Neto, Santos e Landau
(2002):
ambientes reais, como por exemplo as elaboradas pela firma Espaço Virtual
32
http://www.evirtual.com.br
95
Urbano
finalidade é criar:
33
“O termo Geoprocessamento tem sido confundido com o termo Geomática. Infelizmente, Geoprocessamento tem
sido tomado como sinônimo de SIG (Sistema de Informação Geográfica). Geoprocessamento resulta da fusão da
Geomática com a Ciência da Computação, especificamente a área de Sistemas de Informação. Nesta visão os
Sistemas de Informação Geográfica - SIG/GIS são tecnologias de Geoprocessamento que lidam com informação
geográfica na forma de dados geográficos. Por sua vez, dados geográficos podem ser classificados como dados
espaciais e dados de atributos. A Geomática reúne métodos, técnicas, metodologias e tecnologias das Ciências
Geodésicas com o formalismo matemático, com o objetivo de coletar, tratar e processar dados espaciais, tornando-
os aptos a serem utilizados por tecnologias SIG. Estes dados permitem que se conheça a estrutura geométrica de
entes espaciais (casa, rua, rio, parcela de solo, viatura, etc.) bem como sua posição no espaço geográfico”.
http://www.cav.udesc.br/~engrural/ie/eventos/cursosig.html
96
O uso do SIG se justifica, segundo Moura (op. cit.), porque “permite a definição
também na análise dos dados coletados por diferentes disciplinas. A autora defende a
construído. Tais pesquisas são feitas no Centro para Análises Espaciais Avançadas –
34
http://www.casa.ucl.ac.uk/andy/
98
Tube Map”,35 (Figura 58) uma modelagem rápida em 3D de um mapa dos túneis do
metrô de Londres. O trabalho foi relativamente simples: primeiro foi baixado do site de
Transportes de Londres um mapa 2D usando Acrobat, que foi importado para o Adobe
Illustrator36. O arquivo foi exportado com extensão DWG, que preserva seus dados de
vetores de linhas. O próximo passo foi importar o arquivo para o 3DMax e converter
3D.
35
http://digitalurban.blogspot.com/2005/01/rapid-modelling-3d-tube-map.html
36
O software Adobe Illustrator permite a criação eficiente de trabalhos sofisticados de arte vetorial para praticamente
qualquer meio. Possibilita o uso de ferramentas de maneira fácil e rápida, explora variações de cores e compartilha
arquivos diretamente entre o Illustrator e outros aplicativos profissionais da Adobe, ao mesmo tempo em que prepara
conteúdo interativo, para impressão, Web, bem como designs para dispositivos móveis e de movimento.
http://www.adobe.com/br/products/illustrator/
99
bem como outros pontos turísticos, como o interior do edifício Frank Gehry, o Sony
centro da cidade. Também foram destacados cerca de 550 edifícios importantes, com
Para visualizar a Berlim 3D, mostrado na Figura 59, é necessária a versão 4.0 ou
Google Earth, e não é visível quando o programa é carregado. Ele deve ser baixado
O modelo cobre apenas 10% da cidade de Berlim, e sua criação foi possível
piloto.
mesa redonda ampliada para arquitetura e planejamento urbano, que permite obter
37
http://earth.google.com/
38
http://www.virtual-berlin.de/
39
Software para ao manipulação e visualização de modelos de cidades geovirtuais e modelos de paisagens.
http://www.3dgeo.de/landx.aspx
40
http://www.3dgeo.de/
41
Augmented Round Table for Architecture and Urban Planning
100
analisar um projeto em 3D, sem que seja necessário construir sua maquete.
Figura 59 - Gendarmenmarkt 3D
O programa deve ser visto em 3-D, com óculos semitransparentes com projeção
estereoscópica (Figura 60). Os óculos permitem que as cenas geradas pelo computador
Figura 60 - ARTHUR
No Brasil, um projeto interessante é o Fortalezas Multimídia (Figura 61), que
Uma vantagem do CD-ROM sobre um vídeo, por exemplo, é que a Realidade Virtual
permite a interatividade com o usuário, que é quem decide o percurso a ser feito. Foi
feita a captura das vistas panorâmicas com o uso do QuickTime VR, com uso de
panoramas fotográficos em 360o, com 26 pontos de giro em 360o espalhados pela ilha.
Outro trabalho que merece ser citado é o projeto “Rio 500 Anos”, elaborado pelo
diversos espaços de Los Angeles, entre eles o Aeroporto Internacional, Los Angeles
Realidade Virtual. A coluna da esquerda mostra a vista por cima das construções e a da
42
http://www.ust.ucla.edu/ustweb/PDFs/USTprojects.PDF
103
Figura 65 – Hollywood
virtual proposto.
experiência dos profissionais na área de Estudo Urbano com imagens 2D é grande (uma
vez que “lêem” mapas, plantas, fotos), e em alguns casos até em 3D (utilizando as
adotada.
criar uma estrutura de pastas, especificando cada tipo de arquivo a ser utilizado, ou seja,
é aconselhável arquivar os dados conforme sua extensão (ex: wmf, dwg, dxf, grd, etc)
6 . 1 . 2 . Modelagem 2D – CAD
No Autocad os objetos podem ser separados por layers, que são camadas de
(Windows meta file). Deve-se, portanto, inserir o arquivo da Fundação CIDE nº287-E
(arquivo.wmf) no Autocad.
43“Órgão vinculado à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, tendo por finalidade prover o Estado do Rio
de Janeiro de todo o acervo de dados e informações básicas necessários ao conhecimento e acompanhamento da
realidade física, territorial, ambiental, econômica, demográfica e social do Estado, disponibilizando ferramentas
imprescindíveis para tomada de decisões nas mais variadas áreas de atuação governamental, empresarial e
acadêmica.” http://www.cide.rj.gov.br/
44
O software do tipo CAD - Computer Aided Design ou projeto assistido por computador, é o mais popular para a
elaboração de desenhos em 2D e 3D, inclusive com recursos para visualização. Largamente usado na arquitetura,
engenharia civil e desenho industrial, entre outras áreas.
106
Após a inserção do arquivo, é necessário ampliá-lo, uma vez que ele vem em
tamanho menor, por ter sido utilizada uma escala de redução. Para tanto, se utiliza o
existe uma malha de 1km utilizada na produção dos mapas. Através dela foi possível
ajustar o tamanho dos objetos, dividindo-se 1000 (metros) pelo valor medido
escala, aplicado logo após usando-se o comando scale, como na Figura 69.
vem como bloco, ou seja, com todas as linhas unidas. Após o explode os objetos estão
algumas curvas durante a utilização do comando eraser, pois como o arquivo possui
muitos objetos, todos muito próximos e em um único layer, é comum alguma linha ser
Como solução para esse problema foi utilizado o comando filter, capaz de
selecionar objetos através de seus atributos, entre eles a cor, e como as curvas do
arquivo original nº 287 da Fundação CIDE (Figura 71) vieram todas e apenas elas na
cor marrom, foi possível então selecioná-las separadamente, sem o risco de algumas
das curvas (objetos de mesma cor) e muda-se o layer (pré-criado) destes objetos. Após
esse processo desliga-se o novo layer das curvas e deleta-se todo o resto dos objetos do
arquivo. Após a limpeza do arquivo deve-se salvar o mesmo em extensão .dwg (na
6 . 1 . 3 . Modelagem 3D – CAD
Junto com as curvas também estão os textos que indicam as suas respectivas
alturas. Estes textos permaneceram após a “limpeza” porque possuem mesma cor das
Figura 72. E assim podemos alterar as suas coordenadas no eixo Z, elevando a curva
até a altura indicada no texto, representando assim a altura real daquela linha no terreno
real. Para tanto, basta alterar o valor da opção elevation dentro do menu geometry, na
colocando-se as curvas nas suas respectivas alturas no eixo Z (Figura 73), o arquivo está
pronto para ser exportado, para depois se produzir a malha tridimensional do terreno.
Para tanto, é necessário salvar o arquivo pronto de extensão .dwg como um novo
Utilizando o próprio autocad, no menu file, na opção save as, é possível salvar o
45
Em uma planta topográfica, as curvas de nível são a representação gráfica do relevo de um terreno. Caracteriza-se
como uma linha onde todos os pontos têm a mesma altitude em uma dada região representada. Elas definem a
configuração do terreno.
Para se compreender e "ler" o relevo de um terreno é necessário conhecer a "mecânica" das curvas de nível. O
intervalo entre duas curvas de nível é a diferença de altitude entre duas curvas consecutivas, e deve ser constante em
uma mesma representação gráfica.
http://home.utad.pt/~bcb/topografia/ficha11.html; http://pt.wikipedia.org/wiki/Curva_de_n%C3%ADvel
110
Gomes Cunha foi possível realizar a conversão do arquivo de extensão .dxf para um
processo possibilita o uso futuro do arquivo de texto contendo as coordenadas nos três
eixos dos pontos das curvas de nível para a geração da malha tridimensional.
Para a conversão do arquivo de texto para extensão .dat não foi necessário
renomear. Foi necessário renomear o arquivo de coordenadas para extensão .dat porque
esse será o tipo de arquivo utilizado para geração da malha tridimensional, realizada
74). Este programa é capaz de gerar uma malha através do processo de triangulação de
pontos, ou seja, ele efetua a ligação de pontos (sempre de três em três pontos)
distribuídos no espaço tridimensional, utilizando as suas coordenadas nos três eixos (x,
do menu grid. Ao entrar nesta função é aberta uma janela onde é possível encontrar o
46
Surfer é um programa de mapeamento de superfície que roda na plataforma Windows. Com rapidez e facilidade,
converte os dados para contornos destacados, superfície, vetor, imagem, contornos sombreados e mapas.
Virtualmente todos os detalhes do mapa podem ser personalizados para se produzir exatamente a apresentação que se
deseja.
112
processar o arquivo dat, abre uma segunda janela onde é possível determinar o
espaçamento da malha e o local onde será salvo o novo arquivo tipo grd.
atuação do software, pois o programa analisa os dados por partes, definindo ponto a
um arquivo de extensão tipo .grd (surfer binary grids) e será posteriormente utilizada na
ferramenta Google Maps. A opção pelo Google Maps se deu por que não há custo para
o seu uso. Por ser possível retirar apenas trechos de fotos de satélite do site, foi
necessário montar todos os trechos, o que poderia ser feito em qualquer editor de
imagem, mas pela facilidade de manuseio e por ser um programa mais usual, optamos
pelo software Photoshop48. Buscamos gerar uma textura inteira com boa resolução e
que abrangesse toda a área. Unindo-se as imagens e gerando-se um único arquivo, após
o “encaixe” perfeito das imagens, foi criada então a textura do ambiente virtual a ser
gerado.
47
http://www.google.com
48
Programa mais popular para edição e tratamento de imagens. Possui uma extensa biblioteca de ferramentas para
manipulação de imagens digitais.
114
arquivo .grd é inserido através do menu layer, na opção import data. Escolhendo-se a
extensão correta para ser inserida, é possível visualizar apenas o arquivo da malha
(Figura 78). Esse procedimento é efetuado também através do menu layer, na opção
49
Software que permite a manipulação de dados geoespaciais.
50
Oferece uma interface pronta, boa integração com formatos geográficos, projeções e modelos 3D. É essencial na
reconstrução digital de grandes territórios. Tem ferramentas para visualização de paisagens em tempo real.
115
coordenadas, ou seja, dois pontos com duas coordenadas x e y, que delimitam uma área
retangular de imagem.
comando numeric values, também no menu area tool. O valor informado na janela do
numeric values deve ser então copiado para ser utilizado na hora de informar a extensão
Porém, se necessário, a imagem pode ser ajustada após a sua inserção, utilizando
o comando layer properties no menu layer, alterando o valor de suas coordenadas para
cima e para baixo, ou também para direita e esquerda (Figura 80). Dessa maneira é
utilizado o comando offset, acessado pelo atalho na barra superior do software, que
utilizada no ambiente virtual. Esse procedimento é realizado através das opções set to
full extents e set layer extents, ambas no menu area tool. A opção set to full extents
determina toda a área utilizada como ambiente e a opção set to layer extents determina a
área do layer selecionado como limite do ambiente virtual gerado (Figura 81).
exportação dos objetos para a visualização. Através da opção merge and resample
A malha tridimensional é exportada com a extensão “bt” e deve ser alocada na pasta
opção save layer as no menu layer, e alocada dentro da pasta geospecific dentro da
pode ser utilizada a opção single texture (única textura), basta apenas renomear o
precedido de “underline”. Porém para o uso no estudo, como a imagem utilizada era
maior do que a máxima possível foi necessário usar a opção to folder of tiles. Este
119
por potências de base 2, ou seja, ele divide a imagem utilizando uma malha regular feita
16x16, etc...). Além da divisão da imagem utilizada, para utilizar o recurso to folder of
tiles, é necessário também dividir a malha tridimensional através de uma malha regular
recurso to folder of tiles da opção merge and resample elevation, no menu area tool .
pastas do VTP de acordo com o tipo de arquivo, cada um em sua respectiva pasta,
conforme a Figura 82. Após a exportação de todos os arquivos será gerado o ambiente
51
É um visualizador parcialmente baseado no OpenScene Graph (biblioteca 3D), que permite a navegação em
grandes terrenos, habilitando ou desabilitando parte dos modelos. A característica fundamental desse visualizador é
que é possível modificar em tempo real e em 3D todos os objetos incluídos na paisagem.
120
terreno”. Através desta opção é possível indicar o caminho do arquivo gerado da malha
ambiente de visualização.
de grade e através da opção edite parameters (Figura 84) é possível configurar todo o
ambiente, inclusive indicar a textura a ser utilizada na opção texture, onde deve ser
Como foi dito no tópico anterior deve-se observar o tamanho da textura utilizada
e compará-la com a capacidade máxima através da opção OpenGL Info para determinar-
se qual opção de exportação de imagem será utilizada. Como no caso estudado foi
utilizada uma imagem de textura com extensão maior do que a máxima, foi portanto
121
A textura a ser utilizada deve ser renomeada incluindo-se no nome dado o valor
modelos utilizando-se PCs e salas de visualização com tela frontal. Os dois módulos
de diversas áreas, com uma visualização simultânea, através de uma rede normal de
1 – PCs
tanto por indivíduos como por empresas, e consta de CPU ou Unidade Central de
computador de mesa.
visualização estéreo passiva no PC, são utilizados óculos para corrigir a divergência.
Na visualização estéreo ativa, mostrada na Figura 88, são usados óculos ativos.
2 – Sala de visualização
mundo virtual a ser estudado mais abrangente do que uma única tela de PC, além de se
o Tela com Suporte (Figura 90) - 3,05m x 2,05m (distância de tiro52 de 4m),
52
Ponto do eixo de projeção até a tela
53
http://www.tecgraf.puc-rio.br/~abraposo/INF1366/2005/07_estereoscopia.pdf
125
o Placa Gráfica NVidia Quadro- Suporte a CG; Chipset Nvidia/256 bits; 256 MB
Windows;
estimativa de usuários.
Figura 92 – Óculos 3D
126
Figura 93 - Joystick
o Um monitor de 17”.
momento atual.
7.1. Introdução:
1809, 1880, 1930, 1965 e o momento atual. Como já foi dito, os limites do bairro se
Copacabana, Ipanema e Gávea). Nesse sentido, optamos por analisar uma área mais
abrangente além do bairro em questão, uma vez que as intervenções realizadas nos
que o anel viário em torno da Lagoa dá acesso a todos os bairros citados. A Figura 96
do Rio de Janeiro, entre outros. No Anexo 3 mostramos alguns mapas e fotos utilizados
como referência para a confecção dos modelos. Apresentando uma série de respostas
texto uma composição de três imagens de cada modelo (nos cinco períodos analisados),
sendo a primeira com vista superior dos modelos e outras duas, uma no sentido
evolução do bairro, que muitos dos problemas hoje existentes decorrentes dos aterros e
uma visualização das ocupações irregulares durante diferentes décadas ou até se ter uma
Para finalizar, será realizada uma avaliação dos resultados dos programas e
54
http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/
130
outros.
7. 2. A Lagoa em 1809.
da lagoa e do mar (B), bem como os limites do espelho d’água que então chegavam
que já existe a ligação Botafogo-Gávea, com a abertura da rua Jardim Botânico (A), em
alguns trechos beirando a lagoa. Botafogo já se encontra loteado (B), com o Cemitério
São João Batista já existente (C), mas ainda com poucas construções, e já existe a via de
acesso para Copacabana passando por cima do morro, conhecida como Ladeira do
Barroso, atual Ladeira dos Tabajaras (D); o Túnel Velho só seria aberto em 1892. As
Magalhães (E), Siqueira Campos (F), Toneleros (G) e Barata Ribeiro (H), também com
algumas poucas construções isoladas. O acesso ao atual Posto Seis é feito pela orla da
encontrar alguns lotes abertos no Posto Seis (J), em cuja ponta da praia localiza-se a
Igrejinha de Copacabana (L), demolida em 1908, para dar lugar ao Forte Copacabana.
132
crescimento. O Túnel Velho, já aberto (C), por iniciativa dos loteadores, facilita o
espelho d’água entre 1880 e 1930 abre espaço para a pista do Jockey Club (D). Grande
da Serra da Carioca (E). Ipanema (F) e Leblon (G), por sua vez, já com seu arruamento,
ainda não têm uma ocupação urbana densa como os bairros vizinhos. A ligação entre
esses dois bairros pela Lagoa só é possível contornando o espelho d’água, uma vez que
133
não há passagem sobre o canal de ligação da lagoa com o mar, ou então pela ponte
Copacabana (I).
Em 1965, toda a região já está densamente ocupada. A Figura 100 mostra que
Copacabana já com seus enormes prédios de pequenos apartamentos, tem uma grande
urbanística para Ipanema (B) e Leblon(C), tornando-a mais restritiva, para que o
processo de ocupação ocorra de maneira mais ordenada. Por isso, percebe-se que esses
dois bairros ainda têm muitas casas, sendo os prédios mais altos localizados na Av.
O canal de ligação entre lagoa e mar já está retificado, com a urbanização do seu
É possível delimitar o tamanho das favelas da região, a saber: Praia do Pinto (F),
Figura 101 – Vista Superior do Modelo nos dias atuais e vistas em perspectiva.
podemos afirmar que seu uso elitista foi consolidado, com a remoção das favelas, a
abertura de diversos clubes para a elite e o traçado das ruas mais ordenado (em
comparação a Copacabana).
resultado das iniciativas para ordenação do espaço urbano por parte do poder público.
7.7. Comprovação
7.7.1. Os aterros.
135
volume de água superior ao que pode suportar. Sendo assim, suas águas tendem a
Analisando nos modelos mostrados nas Figuras 102 e 103, as áreas que mais
sofrem com as enchentes causadas pelas chuvas, podemos perceber que os sucessivos
aterros sofridos pelo espelho d’água da Lagoa são um dos fatores que contribuem para
tal, principalmente nos locais assinalados nos modelos, como a rua Jardim Botânico(A),
Praça Santos Dummont (B), áreas do entorno da Lagoa, como o Parque dos Patins (C) e
saída do Túnel Rebouças (E) e o acesso para o Humaitá (F) também alagam. Todos
esses trechos citados ficam em área de aterro incorporada à malha urbana. Isso fica bem
Figura 103 - O perfil da Lagoa no momento atual, com as principais áreas de aterro
assinaladas.
Devido aos estudos realizados, ficou claro que as enchentes no entorno da Lagoa
são nada mais do que o direito que os corpos d’água tem a uma área de inundação.
Com os aterros realizados nessas áreas, as águas apenas procuram sua área original.
Mostramos que hoje nos limites da Lagoa não existem mais favelas, mas ao redor ainda
se encontram algumas favelas que, de uma forma ou de outra, despejam seu esgoto in
natura nas águas da Lagoa. Em documento elaborado por Paz (2005), o problema é
As quatro maiores favelas atuais na Zona Sul, a saber Rocinha, Vidigal, Parque
Cabritos. Essas favelas estão indicadas na Figura 32. O poder público necessita
remover as construções fora desses limites bem como coibir novas ocupações.
remoção das principais favelas da Lagoa, mostradas nas Figura 104 e 105, bem como o
que encontram, no ambiente sintético proposto, o instrumento ideal para o estudo da sua
implantação.
7.8. Programas
produção do trabalho.
140
(Surfer).
O uso do software também não representa uma tarefa das mais fáceis, pois sua
armazenamento do PC, pois as texturas de alta resolução para uma área grande como a
no site Google, na opção de mapas. Este processo representou uma enorme massa de
trechos de alta resolução para a produção de um único arquivo de imagem sobre toda a
sua característica quase "artesanal", o que aumentou o tempo necessário para a obtenção
de bons resultados.
possui algumas restrições de uso porque seus comandos não são de fácil utilização: o
comando “mover”, por exemplo, trabalha apenas com sistema de coordenadas, não
arquivos de referência (que busca arquivos externos), se não utilizada de forma correta
rápida.
recursos é possível fazer uso das vantagens deste software de visualização. Seu
processamento gráfico.
vôo panorâmico, passeio com duas velocidades, passeio com câmera em altura fixa, que
Os resultados obtidos com o uso dos equipamentos atingiram os seus objetivos. Foi
- 512 MB RAM
- HD 80 GB
sofisticados com placas gráficas, processadores mais atualizados e com mais memória
configuração:
144
- 2 GB RAM
- HD 200 GB
- Tela de 15”
menor, o que não permitiu uma visualização tão perfeita quanto no PC.
Um acessório que otimizaria a manipulação dos modelos e cuja falta foi sentida
é um Joystick, uma vez que o uso do mouse não apresentou um controle preciso dos
movimentos.
torna de fácil inserção no modelo, bem como qualquer intervenção proposta para o
mesmo.
145
objeto de nosso estudo, demonstrando as peculiaridades de sua evolução, bem como sua
importância no contexto urbano da cidade do Rio de Janeiro. Com seus diferentes usos
ao longo do tempo, e apesar das dificuldades abordadas, tais como enchentes, trânsito e
urbano. Mostramos que a RV é uma ferramenta cada vez mais aplicável, inclusive nos
146
intervenções futuras.
viabilidade.
inerente à história urbana. O modelo pode, em síntese, ser usado tanto para resgatar o
modificação do espaço urbano, mas sim mostrar o resultado dessa influência no espaço
ambientes sintéticos.
Segundo Abreu (1988), “qualquer cidade pode ser vista como uma coleção de
mas sim como “a expressão concreta de cada fase histórica na qual uma sociedade se
Favela da Chácara do Céu, no Leblon, aumentou nesses últimos 40 anos em mais de 9,5
mil m2.
XX, principalmente.
seguintes considerações:
coerente com o uso das ferramentas escolhidas, proporcionando uma grande otimização
148
Urbano, sendo uma solução de custo acessível, que utiliza a tecnologia para fins de
pesquisa.
8 . 1 . Trabalhos Futuros
público.
adotada. Esta nova ferramenta irá contribuir, certamente, para acelerar a transformação
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161
ANEXOS
Anexo 1:
Delimitação do bairro Lagoa, Código 027, segundo o Decreto N o 5.280 de 23 de
Agosto de 1985:
“Do entroncamento da Avenida Epitácio Pessoa com a Rua Professor Gastão Bahiana,
seguindo por esta (incluída, incluindo a Rua Presidente Alfonso Lopes) até o seu
entroncamento com a Rua Percy Murray (excluída); daí, em direção norte, atravessando
a Avenida Henrique Dodsworth (incluindo os prédios de nº 64 e nº 65) e, pelo divisor de
águas em direção espigão do Morro dos Cabritos, passando pelos pontos de cota 119m e
108m, até o seu ponto culminante (cota 384m); deste ponto, descendo o espigão,
passando pelo final da Rua Vitória-Régia (incluída), e subindo pelo divisor de águas em
direção norte, até o ponto culminante do Morro da Saudade (cota 246m); deste ponto,
descendo a vertente em direção noroeste até o final da Rua Casuarina; por esta
(excluída); Rua Engenheiro Marques Pôrto (excluída); Rua Humaitá (excluída); Rua
Jardim Botânico (excluída); Praça Santos Dumont (excluída); Avenida Bartolomeu
Mitre (excluída) até a Rua Mário Ribeiro; por esta (excluída); Avenida Borges de
Medeiros (incluída) até a Praça Paul Claudel (excluída); Avenida Epitácio Pessoa
(incluída) ao ponto de partida.”
Anexo 2
Dados da R. A. da Lagoa
Fonte: http://portalgeo.rio.rj.gov.br/bairroscariocas/index_bairro.htm
Anexo 3
Apresentamos a seguir, algumas fotos e mapas que serviram como fonte para a
presente trabalho.