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PROGRAMA MINHA CASA

MINHA VIDA

ENTIDADES
RECURSOS FDS

Neste manual, você irá conhecer o programa Minha Casa Minha Vida — Entidades, um
programa habitacional criado a partir do incentivo do governo para atendimento à população
de baixa renda nas áreas urbanas, garantindo acesso à moradia digna. Tem a finalidade de
esclarecer conceitos e fornecer orientação para cada uma das etapas de desenvolvimento do
empreendimento habitacional, desde a contratação até a liberação de recursos.

Você verá as regras gerais do programa, como o público-alvo, as formas de intervenção


existentes e as condições para contratação do financiamento habitacional, além de dicas
importantes para que a proposta seja encaminhada de acordo com as necessidades de
análise e, ainda, orientações para os procedimentos devidos após a contratação

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Entidades Recursos FDS

APRESENTAÇÃO

O programa Minha Casa Minha Vida — Entidades tem como objetivo atender às necessidades de
habitação da população de baixa renda nas áreas urbanas, garantindo o acesso à moradia digna
com padrões mínimos de sustentabilidade, segurança e habitabilidade.

O programa concede financiamento diretamente aos beneficiários (Pessoa Física) ou à Entidade


Organizadora (Pessoa Jurídica), que reúne os beneficiários, utilizando recursos provenientes do
Orçamento Geral da União — OGU, depositados no Fundo de Desenvolvimento Social — FDS.

FDS
Conforme Decreto nº 103, de 22 de abril de 1991*, o Fundo de Desenvolvimento Social é
destinado ao financiamento de projetos de investimentos de relevante interesse social nas áreas de
habitação popular, saneamento básico, infraestrutura urbana e equipamentos comunitários.

REGULAMENTAÇÃO DO PROGRAMA

É importante conhecer as regulamentações que estabelecem as regras do programa Minha Casa


Minha Vida — Entidades.

Ele foi criado a partir da publicação da lei nº 11.977, de 07 de julho de 2009, e suas alterações.
Essa lei dispõe sobre as regras do programa Minha Casa Minha Vida e direciona ao poder
executivo a regulamentação do programa Nacional de Habitação Urbana — PNHU.

Dado esse direcionamento, foi publicada a Portaria Interministerial nº 96, de 30 de março de


2016, que dispõe sobre as operações com recursos transferidos ao Fundo de Desenvolvimento
Social — FDS, contratadas no âmbito do programa Nacional de Habitação Urbana — PNHU,
integrante do programa Minha Casa Minha Vida — PMCMV, para os fins que especifica,
estabelecendo o valor do benefício econômico, os requisitos e a participação financeira dos
beneficiários.

Após as definições da Portaria Interministerial, a Resolução nº 214, do Conselho Curador do FDS,


de 15 de dezembro de 2016, e eventuais alterações, aprova o programa Minha Casa Minha Vida
— Entidades, definindo o seu objetivo e demais condições do programa, sendo regulamentado
pela Instrução Normativa nº 14, do Ministério das Cidades, de 22 de março de 2017.

*http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D103.htm
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Entidades Recursos FDS

Lei nº 11.977, de 07 de julho de 2009:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11977.htm

Portaria Interministerial nº 96, de 30 de março de 2016:


http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index
jsp?data=31/03/2016&jornal=1&pagina=52

Portaria nº 269, do Ministério das Cidades, de 22 de março de 2017


http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.
jsp?data=24/03/2017&jornal=1&pagina=119&totalArquivos=336

Resolução nº 214, do Conselho Curador do FDS, de 15 de dezembro de 2016:


http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/servlet/
INPDFViewer?jornal=1&pagina=51&data=23/02/2017&captchafield=firistAccess

Instrução Normativa nº 14, do Ministério das Cidades, de 22 de março de 2017:


http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/servlet/
INPDFViewer?jornal=1&pagina=108&data=24/03/2017&captchafield=firistAccess

PÚBLICO-ALVO

O programa Minha Casa Minha Vida — Entidades foi criado para atender às famílias com renda
bruta mensal de até R$ 1.800,00, admitindo-se até R$ 2.350,00 para até 10% das famílias
atendidas em cada empreendimento.

LEMBRE-SE

Na apuração da renda será considerada a soma das rendas de todos os componentes da família.

As pessoas interessadas no programa devem estar cadastradas ou com o cadastro atualizado no


CADÚNICO.

CADÚNICO

Instituído pelo Decreto nº 6.135, de 26 de junho de 2007*, o Cadastro Único, programa social
do governo, tem por objetivo retratar a situação socioeconômica da população de todos os
municípios brasileiros, por meio do mapeamento e identificação das famílias de baixa renda, bem
como conhecer suas principais necessidades e subsidiar a formulação e a implantação de serviços
sociais que as atendam.

Para mais informações, consulte o gestor local do CADÚNICO no Distrito Federal ou município.

IMPORTANTE

Os candidatos a beneficiários devem estar inscritos no cadastro habitacional que a Entidade


Organizadora (EO) fará por empreendimento, sendo vedada a cobrança de taxa para efetivação
dessa inscrição.

*http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6135.htm#art14
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Entidades Recursos FDS

ENTIDADE ORGANIZADORA

A Entidade Organizadora pode ser uma cooperativa habitacional ou mista, uma associação ou
uma entidade privada sem fins lucrativos.

Ela deve reunir, organizar e apoiar as famílias no desenvolvimento e execução dos projetos
habitacionais, além de poder atuar como substituta temporária das famílias que serão beneficiadas
com a moradia, caso contrate diretamente o financiamento.

Só poderá atuar no programa a Entidade Organizadora que estiver previamente habilitada pelo
Ministério das Cidades.

HABILITAÇÃO

A Entidade Organizadora deverá estar habilitada conforme Portaria nº 747, do Ministério das
Cidades, de 1º de dezembro de 2014*, e suas alterações posteriores, no âmbito dos programas
de habitação de interesse social geridos pelo Ministério das Cidades com recursos do Fundo
Nacional de Habitação de Interesse Social — FNHIS e do Fundo de Desenvolvimento Social —
FDS.

Além disso, a Entidade Organizadora não pode apresentar pendências quanto à execução de
obras de empreendimentos contratados no âmbito do Programa de Habitação de Interesse Social
— Produção Social da Moradia do FNHIS, do programa Crédito Solidário e dos programas
oriundos do FGTS.

Fica dispensada do processo de habilitação a Entidade Organizadora cujo projeto seja voltado
ao atendimento de refugiados, comunidades quilombolas, pescadores artesanais, ribeirinhos,
indígenas e demais comunidades socialmente vulneráveis, localizadas em áreas urbanas.
Devendo, contudo, comprovar capacidade técnica, de acordo com o porte do empreendimento, na
apresentação da proposta.

Para a assinatura do contrato de financiamento concedido à Entidade Organizadora (PJ),


é imprescindível que o seu estatuto permita as seguintes ações, além de definir, dentre as
competências dos membros, o responsável por autorizá-las:

• A alienação de imóveis;
• A contratação de empréstimos/dívidas/obrigações;
• Dar bens imóveis em garantia.

* http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=02/12/2014&jornal=1&pagina=
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Entidades Recursos FDS

Não é necessária a avaliação de risco de crédito da Entidade Organizadora para verificação de


sua capacidade de pagamento.

É importante destacar que a Entidade Organizadora tem papel muito importante no


desenvolvimento e execução do empreendimento. Entre as atribuições devidas, as principais são:

• desenvolver e apresentar à Caixa a proposta/projeto de intervenção habitacional de


acordo com as condições e exigências do programa para análise jurídica, social e de
engenharia;
• orientar os seus associados quanto ao cadastramento ou a atualização do cadastro no
CADÚNICO;
• promover a seleção dos associados que devem ser enquadrados nas condições do
programa;
• auxiliar os associados na preparação da documentação necessária para apresentação
à Caixa;
• organizar todos os envolvidos na execução do projeto, de forma a assegurar
sincronismo e harmonia na implementação do empreendimento.
• fiscalizar e acompanhar a obra;
• apresentar a documentação necessária à liberação do recurso;
• providenciar a legalização do empreendimento perante os órgãos públicos.

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Entidades Recursos FDS

SELEÇÃO DOS PROPONENTES BENEFICIÁRIOS AO PROGRAMA

Os candidatos a beneficiários devem estar inscritos no cadastro habitacional da Entidade


Organizadora proponente do empreendimento, sendo vedada qualquer cobrança de taxas para
efetivação da inscrição no referido cadastro.

O cadastro de candidatos a beneficiários, contendo a identificação dos inscritos, deve estar


disponível permanentemente para consulta pela população, por meios eletrônicos e físicos.

Exigências:

A renda familiar bruta limitada a R$ 1.800,00, permitindo-se até 10% das famílias de cada
empreendimento atingirem renda de até R$ 2.350,00.
B na apuração da renda será considerada a soma das rendas de todos os componentes
da família e, se for apurado apenas o valor de renda informada no Cadastro Único do
Governo — CADÚNICO, esta será considerada para enquadramento do grupo familiar,
aceitando o valor R$ 0,00 (zero);
C benefício social percebido pelo proponente beneficiário pode ser considerado para
compor renda nos casos em que a análise cadastral e de apuração de renda automática,
constatar ausência de renda;
D estar cadastrado no Cadastro Único do Governo — CADÚNICO;
E ser indicado pela Entidade Organizadora;
F situação regular nos sistemas cadastrais:
• FGTS
• RAIS
• SIPES (SINAD, CADIN)
• SIACI/CIWEB
• CADMUT;

A seleção prévia (que antecede a pesquisa cadastral a ser realizada pela Caixa/enquadramento)
dos candidatos é realizada pela Entidade Organizadora, que deve observar os seguintes critérios:

Critérios Nacionais

• renda familiar compatível com a modalidade;


• as famílias com mulheres responsáveis pela unidade familiar, comprovado por
autodeclaração;
• famílias que façam parte pessoas com deficiência;
• famílias residentes em áreas de risco, ou insalubres, ou que perderam a moradia em
razão de enchente, alagamento, transbordamento, ou em decorrência de qualquer
desastre natural do gênero, comprovado por declaração do ente público.

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Entidades Recursos FDS

Critérios Adicionais

Podem ser definidos pela Entidade Organizadora até 03 critérios adicionais, como:

• famílias que habitam ou trabalham a, no máximo, “x” km de distância do centro do


empreendimento, comprovado com a apresentação de comprovante de residência;
• famílias residentes no município há no mínimo “x” anos, comprovado com a
apresentação de comprovante de residência;
• famílias beneficiadas por Bolsa Família ou Benefício de Prestação Continuada (BPC) no
âmbito da Política de Assistência Social, comprovado por declaração do ente público;
• famílias que se encontrem em situação de rua e que recebam acompanhamento
socioassistencial do Distrito Federal, estados e municípios, ou de instituições privadas
sem fins lucrativos, com certificação de entidade beneficente de assistência social
(CEBAS) e que trabalhem em parceria com o poder público, comprovado por
declaração do ente público ou da instituição;
• famílias com filho(s) em idade inferior a 18 (dezoito) anos, comprovado por documento
de filiação;
• famílias monoparentais (constituída somente pela mãe, somente pelo pai ou somente
por um responsável legal por crianças e adolescentes), comprovado por documento de
filiação e documento oficial que comprove a guarda;
• famílias de que façam parte pessoa(s) idosa(s) comprovado por documento de oficial
que comprove a data de nascimento;
• famílias de que façam parte pessoa(s) com doença crônica incapacitante para o
trabalho, comprovado por laudo médico;
• famílias em situação de coabitação involuntária, comprovado por autodeclaração do
candidato;
• famílias com ônus excessivo de aluguel, comprovado por recibo ou contrato de aluguel e
declaração de renda;
• famílias inscritas no cadastro habitacional há mais de “x” anos, desde que posterior a
julho de 2009, independentemente das datas de atualização cadastral, comprovado por
protocolo ou similar;
• famílias em atendimento de “aluguel social”, comprovado pelo ente público;
• famílias de que faça parte pessoa atendida por medida protetiva prevista na lei nº
11.340, de 07 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), comprovado por cópia da
petição inicial do Ministério Público que formaliza a ação penal;
• outros, a serem submetidos previamente à aprovação da Secretaria Nacional de
Habitação.

Os critérios adicionais devem ser determinados em assembleia específica, registrada em ata,


dando conhecimento a todos os seus associados, divulgando-os em meios que garantam sua ampla
publicidade.

Será permitido às mulheres chefes de família firmar contrato de financiamento


independentemente de outorga do cônjuge.

“x” = a distância entre a residência ou trabalho e o centro do empreendimento e o tempo em que se reside 7
no município, conforme critérios descritos nas alíneas “a” e “b”, deverá ser determinado pela EO.
Entidades Recursos FDS

Para atendimento à demanda de cotas devem ser adequadas, no mínimo 3% das UH(s) do
empreendimento, direcionadas ao atendimento de cada um dos seguintes seguimentos:

• pessoas idosas, com idade igual ou superior a 60 anos;


• pessoas com deficiência ou famílias de que façam parte pessoas com deficiência, na
ausência de percentual superior fixado em legislação municipal ou estadual.
• para os casos de Pessoas Com Deficiência — PCD ou nos casos em que a família
apresentar pessoa(s) PCD, o candidato deve comprovar a condição de PCD, na EO,
mediante apresentação do atestado médico que comprove a deficiência alegada e que
contenha o número da CID e a classificação da deficiência;

O número de candidatos selecionados deverá corresponder à quantidade de unidades


habitacionais, que poderá ser acrescida de 30% considerando a possibilidade de substituição de
famílias não aprovadas na análise para enquadramento no programa.

Não podem ser beneficiadas com o programa pessoas que:

• são titulares de financiamento imobiliário ativo em qualquer localidade do País;


• são proprietárias ou promitentes compradores de imóvel residencial em qualquer
localidade do País;
• receberam, a qualquer época, subsídios diretos ou indiretos com recursos orçamentários
da União e/ou de Fundos (FGTS, FDS, FAR, FNHIS)* para aquisição de moradia;
• receberam, a qualquer tempo, lote ou edificação em programas habitacionais, salvo se
a modalidade requerida for destinada à edificação no lote anteriormente recebido;
• possuam restrição cadastral no SINAD e no Cadastro Informativo de Créditos não
Quitados do Setor Público Federal — CADIN; e,
• são titulares de débitos não regularizados na Receita Federal.

São consideradas excetuadas as seguintes situações:

• nos casos de emergência ou estado de calamidade pública reconhecida pela União,


as famílias desabrigadas que perderam seu único imóvel, mesmo que tenham recebido
benefício de natureza habitacional oriundo de recursos orçamentários da União, do
FAR, do FDS ou de descontos habitacionais concedidos com recursos do FGTS;
• somente será considerado impedimento no CADMUT a existência de registro de imóvel
diverso daquele em que o beneficiário habitava à época da ocorrência de desastre
natural/calamidade pública.
• as subvenções ou descontos destinados à aquisição de material de construção para fins
de conclusão, ampliação, reforma ou melhoria de UH; e
• caracterizada ineficácia contratual ou o beneficiário tenha sido substituído durante a
fase de construção de imóvel que tenha recebido, a qualquer época, subsídios diretos
ou indiretos com recursos orçamentários da União e/ou de Fundos (FGTS, FDS, FAR,
FNHIS)* para aquisição de moradia.

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Entidades Recursos FDS

Os parâmetros de priorização, as condições e os procedimentos para a seleção dos beneficiários


são estabelecidos por meio da portaria do Ministério das Cidades nº 163, de 6 de maio de 2016.

http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/servlet/
INPDFViewer?jornal=1&pagina=117&data=09/05/2016&captchafield=firistAccess

É permitida a participação de pessoas com restrição cadastral


no Serviço de Proteção ao Crédito SCPC e/ou SERASA

A relação dos candidatos a beneficiários selecionados deve contemplar a lista principal de


candidatos e a lista reserva de candidatos, quando houver, a qual deve ser entregue junto com os
demais documentos, no momento de apresentação da proposta.

A listagem inicial contendo os candidatos selecionados previamente pela Entidade Organizadora


é apresentada à Caixa juntamente com a proposta do empreendimento e deve contemplar a lista
principal de candidatos e a lista reserva de candidatos, quando houver, a partir da qual é efetuada
a pesquisa cadastral dos candidatos para verificação do devido enquadramento como beneficiário.

A substituição de candidato constante na listagem inicial poderá ocorrer antes da contratação do


financiamento por desistência do interessado, formalizada à direção da Entidade Organizadora,
ou por exclusão aprovada em Ata da Assembleia Geral devidamente registrada, desde que
garantida ao substituído a ampla defesa e o contraditório.

As substituições de beneficiários não poderão ultrapassar 30% (trinta por cento) do total da
listagem inicial.

RAIS – Relação Anual de Informações Sociais


SIPES (SINAD, CADIN) -
SIACI/CIWEB -
CADMUT – Cadastro de Mutuários
*FAR – Fundo de Arrendamento Residencial
*FDS – Fundo de Desenvolvimento Social
*FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
*FNHIS - Fundo Nacional de Habitação Social

* A garantia Responsabilidade Solidária é aplicada somente no caso de contratação do 9


financiamento pelos beneficiários (pessoa física).
Entidades Recursos FDS

COMISSÃO DE REPRESENTANTES E COMISSÃO


DE ACOMPANHAMENTO DE OBRAS

Para fortalecer e garantir o devido acompanhamento e a avaliação físico/financeira da execução


do projeto, exige-se a formação de duas comissões:

• CRE (Comissão de Representantes);


• CAO (Comissão de Acompanhamento de Obras).

A CRE será responsável pelo acompanhamento financeiro do empreendimento e pela abertura e


movimentação da conta bancária que receberá os recursos. Além disso, deve prestar contas aos
beneficiários quanto à aplicação dos recursos liberados.

A CAO deve acompanhar a execução do empreendimento e/ou acompanhar a elaboração,


apresentação e aprovação dos projetos, juntamente com os beneficiários e a Entidade
Organizadora. Essa comissão também deve prestar contas aos beneficiários, informando sobre o
desenvolvimento dos projetos ou, no caso de construção, sobre o andamento das obras, segurança
e guarda das obras e do material adquirido.

As comissões devem ser compostas por, no mínimo, três participantes, dos quais um participante
é membro dirigente da EO, conforme previsto em estatuto, e dois são futuros beneficiários do
empreendimento.

Devem ser eleitas em assembleia, convocada pela EO, realizada entre o futuro grupo de
beneficiários vinculados ao empreendimento, com registro em Ata, sob assinatura de, pelo menos,
50% mais 01 dos proponentes beneficiários ao empreendimento.

Não é permitido que os componentes da CAO sejam integrantes da CRE e vice-versa.

As comissões devem ser eleitas previamente à contratação do financiamento.

FORMAS DE INTERVENÇÃO

O programa destina-se à concessão de financiamentos a Pessoas Físicas, contratadas sob a forma


associativa, para execução das seguintes modalidades operacionais:

FORMAS DE INTERVENÇÃO SITUAÇÃO DO TERRENO/IMÓVEL


Construção em terreno próprio Terreno ou fração ideal de terreno de
propriedade dos beneficiários, devidamente
legalizado com matrícula individualizada
no RI ou recebidos, no ato da operação de
financiamento, por meio de doação;
Aquisição de terreno e construção Aquisição do terreno ou fração ideal de
terreno devidamente legalizado com matrícula
individualizada no RI;

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Entidades Recursos FDS

Requalificação de imóvel urbano Aquisição de imóveis usados, inclusive


edificações constituintes de patrimônio histórico,
que se encontrem vazios, abandonados ou
subutilizados, conjugada com a execução de
obras e serviços voltados à recuperação e
ocupação para fins habitacionais, admitidas
ainda obras e serviços necessários à
modificação de uso.

É facultado às entidades organizadoras atuarem como tomadoras dos financiamentos, nos casos
de empreendimentos que requeiram financiamento para elaboração de projetos e obtenção das
aprovações e licenciamentos necessários.

FORMAS DE INTERVENÇÃO SITUAÇÃO DO TERRENO/IMÓVEL


Elaboração de projetos, pagamento de 1) terreno de propriedade da EO que será
assistência técnica, despesas com legalização doado aos beneficiários;
e construção de UH, em terrenos transferidos ou 2) terreno de propriedade do poder público
de propriedade da EO doado à EO, com finalidade específica de
construção de UH destinada aos beneficiários
do programa, com o compromisso de
individualização. Prevê o pagamento de
custos com elaboração de projetos, assistência
técnica, com as devidas aprovações dos entes
públicos, inclusive a regularização fundiária da
área.
Aquisição de terreno, elaboração de projetos, Terreno ou fração ideal de terreno de terceiros,
pagamento de assistência técnica, despesas que será adquirido com finalidade específica de
com legalização e construção de UH construção de UH destinada aos beneficiários
do programa. Além da aquisição do terreno,
prevê o pagamento dos custos com assistência
técnica para elaboração e aprovação
de projetos de urbanismo, engenharia
e arquitetura, trabalho técnico social e
legalização nos entes públicos, inclusive a
regularização fundiária da área no RI.
Aquisição de imóvel usado, pagamento de Aquisição de imóvel usado, pagamento
projetos, assistência técnica e despesa com de assistência técnica para elaboração e
legalização, para requalificação de imóvel aprovação dos projetos dos entes públicos,
inclusive custos de legalização no RI,
para futura execução de obras e serviços
voltados à recuperação e ocupação para fins
habitacionais, admitidas ainda obras e serviços
necessários à modificação de uso.

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Entidades Recursos FDS

Os projetos podem propor empreendimentos com os seguintes tipos de Unidades Habitacionais:

Tipo Descrição Pessoa Física Pessoa Jurídica


Unidades residenciais
Concentradas
contíguas urbanas, que
formam um conjunto
habitacional
x x
Unidades residenciais
Pulverizadas
pulverizadas isoladas
e dispersas em área
urbana
x Não é permitido

Os projetos devem obedecer às especificações mínimas estabelecidas pelo


Ministério das Cidades, por meio da Portaria nº 269, de 22 de março de 2017

http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.
jsp?data=24/03/2017&jornal=1&pagina=119&totalArquivos=336

ATENÇÃO!

Ainda que a contratação seja feita por Entidade Organizadora (Pessoa Jurídica), realiza-se o
enquadramento dos beneficiários (Pessoa Física):

• no caso de contratação de financiamento pela Entidade Organizadora (Pessoa Jurídica),


o enquadramento (pesquisa cadastral) dos candidatos selecionados previamente pela
Entidade Organizadora será realizado antes da assinatura do contrato.
• Os beneficiários assinarão o Termo de Anuência ao Contrato firmado entre a Entidade
Organizadora e a Caixa na data da contratação
• Quando houver substituição de beneficiário, o enquadramento dos novos beneficiários
no programa deverá respeitar os critérios vigentes na data da substituição efetuada com
assinatura de Termo de Anuência.

REGIMES DE CONSTRUÇÃO

Autogestão:
• Autoconstrução
• Mutirão ou autoajuda
• Administração direta

Cogestão:
• Empreitada Global

No caso de construção verticalizada é obrigatória a contratação sob o regime de construção


cogestão, sendo permitido o regime de construção autogestão quando o RT ou a AT comprovar
acervo técnico compatível ao projeto elaborado, sob apresentação de ART de execução e
verificação de capacidade técnica.

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Entidades Recursos FDS

GARANTIAS

Alienação fiduciária do imóvel, constituída pelo terreno e benfeitorias existentes ou a serem


construídas.

LIMITE DE QUANTIDADE DE UNIDADES HABITACIONAIS POR PROJETO

O número máximo de UH a serem produzidas, no âmbito do município, observará o porte do


município e o déficit habitacional urbano do município:

Limite de UH executadas
Limite de UH por
População do município simultaneamente por EO
Empreendimento
e/ou contíguas
Até 20.000 habitantes 50 200
Acima de 20.000 e até 50.000 habitantes 100 400
Acima de 50.000 e até 100.000 habitantes 300 1.200
Acima de 100.000 habitantes 500 2.000

No caso de contratação com a Entidade Organizadora, e permitida a contratação no máximo 500


UH por empreendimento limitado por vias públicas em todo o perímetro, permitido agrupamento
de no máximo 4 empreendimentos, separados por vias públicas, em municípios acima de 100.000
habitantes.

Déficit habitacional:
http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSNH/ArquivosPDF/ESTIMATIVA_DEFICIT
ABAIXO_20MIL_HAB_URB.pdf 13
Entidades Recursos FDS

VALORES

VALOR DE FINANCIAMENTO

O valor de financiamento corresponde ao valor da operação.

VALOR DA OPERAÇÃO

Considerando o regime de construção Empreitada Global, os valores máximos de operação são


definidos por UF, conforme tabela apresentada no Anexo I.

Para os demais regimes de construção, os valores serão reduzidos em 8% (oito por cento).

Essa redução poderá ser reincorporada, desde que direcionada à ampliação da área construída
por unidade habitacional e/ou a construção de equipamentos comunitários no empreendimento,
limitada ao valor máximo de operação definidos por UF ou ao Valor de Investimento aprovado, o
menor dos dois.

COMPOSIÇÃO DO INVESTIMENTO

A composição do investimento corresponde à soma dos custos diretos e indiretos necessários à


produção do empreendimento.

O programa pode ter contrapartida complementar de estados, do Distrito Federal e dos municípios,
por intermédio do aporte de recursos financeiros, bens e/ou serviços economicamente mensuráveis,
necessários à composição do investimento a ser realizado.

Os custos diretos e indiretos são financiáveis, exceto a infraestrutura externa.

CUSTOS DIRETOS

Terreno

Valor correspondente ao de aquisição, desapropriação ou doação, o que for menor, limitado a


10% do valor total da operação, admitida a elevação para 15%) quando situados em capitais
estaduais classificadas pelo IBGE como metrópole.

Os imóveis para as modalidades Construção de UH Urbanas e Requalificações de Imóveis


Urbanos, a serem adquiridos, ou de propriedade própria (EO ou beneficiário) ou do poder público,
deverão estar devidamente legalizados com matrícula no Registro Imobiliário.

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Entidades Recursos FDS

Projetos

Valor correspondente aos custos de elaboração dos projetos e obtenção das aprovações e
licenciamentos necessários à execução do empreendimento, limitado conforme segue:

A empreendimentos com até 100 UH: investimento limitado a 3% do valor correspondente ao


somatório dos itens componentes do investimento, excetuados aqueles referentes ao custo
indireto;
B empreendimentos com mais de 100 e limitados a 300 UH: investimento limitado a 2,5%
do valor correspondente ao somatório dos itens componentes do investimento, excetuados
aqueles referentes ao custo indireto; e,
C empreendimentos com mais de 300 UH: investimento limitado a 2% do valor
correspondente ao somatório dos itens componentes do investimento, excetuados aqueles
referentes ao custo indireto.

Os custos referentes aos estudos preliminares e ao projeto básico, legal e executivo, elaborados
anteriormente à apresentação da proposta do AF, podem compor o investimento no componente
projeto.

Construção habitacional

Valor correspondente à edificação das UH dotadas de padrões mínimos de habitabilidade,


salubridade e segurança definidos pelas posturas municipais.

Aquisição de imóveis para recuperação e/ou modificação de uso

Valor correspondente ao custo de aquisição ou avaliação de imóveis usados, o menor, acrescido


dos custos necessários à execução de obras e serviços voltados à recuperação, ocupação e
modificação de uso do imóvel para fins habitacionais.

Equipamentos comunitários

São considerados equipamentos públicos comunitários os equipamentos complementares à


habitação destinados à educação, cujo projeto e investimento deve corresponder, respectivamente,
aos requisitos mínimos e aos valores definidos pela política setorial correlata em sua instância
federal, estadual ou municipal, conforme o caso, observado o disposto em ato normativo específico
do Ministério das Cidades.

São considerados equipamentos de uso comum os equipamentos esportivos, de lazer, espaços


cobertos de uso comunitário e sala do síndico, quando couber, cujo investimento deve corresponder
a, no mínimo, 1% (um por cento) do valor total da operação, exceto nas intervenções com menos
de 100 UH.

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Entidades Recursos FDS

No caso de empreendimento sob a forma de condomínio, o valor estabelecido no item anterior,


obrigatoriamente, deverá custear os seguintes equipamentos, internos aos condomínios:

A espaço coberto para uso comunitário e sala do síndico com local para armazenamento de
documentos;
B espaço descoberto para lazer e recreação infantil.

A inclusão de equipamentos públicos comunitários na composição do investimento é precedida


da verificação de viabilidade financeira da proposta em relação aos limites definidos para o
programa, além da existência de compromisso do poder público local no sentido de tornar os
equipamentos operantes, admitida a doação dos referidos equipamentos aos entes públicos locais,
de forma a viabilizar o compromisso assumido.

Urbanização e infraestrutura interna

Valor correspondente ao custo das obras e serviços necessários a tornar operativas as obras de
edificação, compreendendo abastecimento de água; esgotamento sanitário; energia elétrica;
iluminação pública; e vias de acesso e internas da área do empreendimento, ficando admitidas
ainda obras de drenagem, proteção, contenção e estabilização do solo.

Os custos diretos incluem também:

• administração da obra
• almoxarifado
• canteiros de obras
• mobilização
• desmobilização
• segurança do empreendimento
• assistência técnica
• trabalho social

CUSTOS INDIRETOS

Despesas de legalização

• Valor correspondente às despesas com taxas, impostos diretos e emolumentos cartorários,


imprescindíveis à regularização e constituição dos financiamentos.

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Entidades Recursos FDS

TRABALHO SOCIAL

Valor correspondente ao custo das ações que objetivem promover o desenvolvimento da população
beneficiária, de forma a favorecer a sustentabilidade do empreendimento, mediante a abordagem
dos temas mobilização e organização comunitária, educação sanitária e ambiental, e geração de
trabalho e renda.

O investimento no componente deve corresponder a 1,5% do valor da operação, quando se tratar


de loteamentos, e 2% para empreendimentos sob a forma de condomínios.

O TS é desenvolvido em 3 etapas, conforme Manual de Instruções do Trabalho Social publicado


pelo Ministério das Cidades:

• Etapa Pré-obras — iniciado em até 90 dias antes do início da obra e limitado a 15% do
valor total estabelecido para TS informado no QCI;
• Etapa Obras — executada durante as obras, após a assinatura dos contratos de
operação entre AF e beneficiários do empreendimento;
• Etapa de Pós-Ocupação — iniciada imediatamente após a conclusão das obras e terá
duração de até 90 dias, limitado a 10% do valor total estabelecido para TS informado
no QCI.

Os detalhes sobre cada uma das ações da Etapa Durante as Obras podem ser encontrados na
portaria do Ministério das Cidades nº 21, de 22 de janeiro de 2014*, disponível na página do
Ministério das Cidades: www.cidades.gov.br

PRAZOS PARA CONTRATAÇÃO E ELABORAÇÃO DO PROJETO E DE


CONSTRUÇÃO DA UNIDADES HABITACIONAIS

Nas contratações realizadas com os beneficiários, o prazo para construção dos empreendimentos
é de 24 meses.

No caso de contratação com a Entidade Organizadora, prazo para elaboração dos projetos e
construção do empreendimento é de 36 meses.

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Entidades Recursos FDS

CONDIÇÕES DO FINANCIAMENTO

Os beneficiários assumirão responsabilidade contratual pelo pagamento de 120 prestações


mensais.

O valor bruto da prestação corresponde ao valor do financiamento dividido por 120 meses;

O valor líquido da prestação a ser paga pelos beneficiários varia conforme a renda bruta familiar
mensal

Renda Familiar Bruta Mensal (RFBM) Prestação mensal


até R$ 800,00 R$ 80,00
de R$ 800,01 a R$ 1.200,00 10% da RFBM
de R$ 1.200,01 a R$ 1.800,00 25% da RFBM - R$ 180,00
de R$ 1.800,01 a R$ 2.350,00 36% da RFBM - R$ 378,00

O FDS assume a diferença entre o valor bruto e o valor líquido da prestação, a título de subsídio.
É bom lembrar:

• O FDS assume a diferença entre o valor bruto e o valor líquido da prestação, a título de
subsídio.
• O prazo de carência é de 24 meses, ou seja, os beneficiários começam a pagar as
prestações de amortização somente após a conclusão das obras;
• Não há taxas de juros e não há cobrança de seguro de Morte ou Invalidez Permanente
– MIP e Danos Físicos ao Imóvel – DFI;
• No caso de MIP, a dívida remanescente será liquidada ou amortizada pelo FDS
a título de subsídio, observando-se o percentual de renda pactuado por cada
coobrigado.
• No caso de DFI, as despesas de recuperação serão assumidas pelo FDS, sem
exigência de pagamento pelo devedor, limitadas ao valor da operação atualizado.
EXEMPLO

O valor da prestação é calculado a partir do valor de financiamento, que corresponde ao valor da


operação que será contratada, conforme valores da tabela do Anexo I.

Se o valor do financiamento (valor da operação) é de R$ 60.000,00, esse valor será dividido


em 120 parcelas, conforme prazo de amortização estabelecido para o programa. O resultado
corresponde ao valor bruto da prestação: R$ 60.000,00 / 120 meses = R$ 500,00

Se a renda mensal da família corresponde a até R$ 800,00, o valor líquido da prestação será de
R$ 80,00

A diferença entre o valor bruto da prestação (R$ 500,00) e o valor líquido da prestação
(R$ 80,00) é assumida pelo FDS, é o subsídio que o programa oferece para beneficiar as famílias:

R$ 500,00 – R$ 80,00 = R$ 420,00

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Entidades Recursos FDS

ATENÇÃO

Não é permitida a substituição do beneficiário tomador do financiamento durante a fase de


amortização sem a respectiva quitação da dívida.

A substituição de beneficiários somente é permitida durante a fase de construção do


empreendimento

CONTRATAÇÃO

As propostas/projetos de intervenção habitacional poderão ser apresentadas à GIHAB para


enquadramento, quando o Ministério das Cidades autorizar, tendo anexos os documentos
relacionados no Anexo II, os quais comprovam o atendimento aos objetivos e diretrizes do
programa.

As propostas recebidas serão hierarquizadas pela aplicação de critérios previamente definidos


pelo gestor do programa.

O processo de seleção efetuado pelo MCIDADES consiste em eleger as propostas previamente


hierarquizadas até o limite dos recursos orçamentários alocados no exercício ao PMCMV-E,
observando as diretrizes:

• regionalização — quantidade de UH já contratadas no município em relação ao seu


deficit habitacional;
• indicadores de dinamismo do entorno — distância do empreendimento às centralidades
existentes, em específico, equipamentos educacionais, agências bancárias, agência dos
correios ou lotérica e ponto de ônibus;
• porte do empreendimento e relação ao porte populacional do município;
• Gestão urbana e infraestrutura básica:
• se o empreendimento é proposto em terreno proveniente de doação ou cessão;
• implementação pelos municípios dos instrumentos da lei nº 10.257, de 10/07/2001,
que visam ao controle da retenção das áreas urbanas em ociosidade;
• implementação pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios de medidas de
desoneração tributária para as construções destinadas à habitação de interesse social; e,
• existência de infraestrutura urbana básica preexistente.
• Estágio de elaboração do projeto, quando já apresentado ao agente financeiro.

Após a seleção da proposta a EO apresenta à Caixa a documentação necessária para análise de


viabilidade do empreendimento.

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Entidades Recursos FDS

PRAZO PARA CONTRATAÇÃO

O prazo para contratação do empreendimento é de 165 dias a contar da publicação da seleção


da proposta pelo Ministério das Cidades e publicação no Diário Oficial da União

ABERTURA DE CONTAS

Deve ser providenciada na Caixa a abertura de conta:

• Em nome da Comissão de Representantes — CRE, para crédito dos recursos;


• Em nome do vendedor do terreno, se for o caso

ASSINATURA DOS CONTRATOS DE FINANCIAMENTO

Os contratos de financiamento são firmados com a Entidade Organizadora ou com os beneficiários


(Pessoa Jurídica ou Pessoa Física, respectivamente) para estabelecer a dívida assumida, as
condições para liberação dos recursos e forma de amortização, entre outras obrigações.

ASSINATURA DO TERMO DE ANUENCIA

No caso de contratação diretamente com a Entidade Organizadora (Pessoa Jurídica), os


beneficiários indicados para transferência da propriedade das unidades habitacionais após
o término das obras devem assinar o Termo de Anuência ao contrato firmado entre a Caixa e
a Entidade Organizadora, para financiamento da aquisição de imóvel e requalificação e/ou
construção de unidades habitacionais.

LIBERAÇÃO DE RECURSOS E ACOMPANHAMENTO DE OBRAS E DE


ELABORAÇÃO DO PROJETO

A liberação de recursos ocorre conforme Cronograma de Desembolso Financeiro, distribuídos


proporcionalmente entre 24 e 36 meses, de acordo com a modalidade.

O contrato de financiamento deve estar devidamente registrado no cartório


competente para permitir o início da liberação de parcelas.

Para acompanhamento de obras e de execução de projetos, a Entidade Organizadora deve


encaminhar à Caixa, mensalmente, a Planilha de Levantamento de Serviços (PLS), que compõe a
relação de documentos exigidos para a liberação de recursos.

As informações prestadas pela Entidade Organizadora são verificadas pela Caixa por meio
de vistorias realizadas no local da obra ou, no caso de elaboração de projetos, por meio da
comprovação do pagamento de despesas e apresentação das peças técnicas, a fim de constatar a
regularidade da execução dos serviços.

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Entidades Recursos FDS

PRIMEIRA PARCELA

A primeira parcela inclui o valor de pagamento de terreno, se for o caso, e a antecipação de


valor para início das obras, exceto no caso de modalidade contratada sob o regime de construção
empreitada global ou para pagamento da assistência técnica para elaboração de projeto.

PARCELAS INTERMEDIÁRIAS

As parcelas seguintes são liberadas conforme o cronograma, sob a condição de apresentação de


execução da etapa prevista.

ÚLTIMA PARCELA

A última parcela é liberada mediante de comprovação da conclusão e legalização do


empreendimento.

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Entidades Recursos FDS

ANEXO I - TABELA VALOR DE OPERAÇÃO

VALOR DA OPERAÇÃO POR UH (R$)

LOCALIDADE/ TIPOLOGIA CENTRO


SUL, ES, NORTE,
DF, RJ, SP OESTE
MG NORDESTE
(Exceto DF)

Apartamento e
Capitais classificadas pelo IBGE como 96.000 96.000 82.000 82.000
casa sobreposta
metrópoles.
Casa 93.000 85.000 79.000 79.000
Demais capitais estaduais, municípios das
RM das capitais estaduais, de Campinas, Apartamento e
da Baixada Santista e RIDE de Capital 95.000 82.000 80.000 80.000
casa sobreposta
com população maior ou igual a 100 mil
habitantes, capitais regionais, classificadas
pelo IBGE, com população maior ou igual a Casa 92.000 79.000 77.000 77.000
250 mil habitantes.
Municípios com população igual ou maior
que 250 mil habitantes e municípios das RM Apartamento e
88.000 80.000 78.000 78.000
das capitais estaduais, de Campinas, da casa sobreposta
Baixada Santista e das RIDE de Capital com
população menor que 100 mil habitantes
e capitais regionais, classificadas pelo
IBGE, com população menor que 250 mil Casa 85.000 77.000 75.000 75.000
habitantes.

Municípios com população maior ou igual Apartamento e


84.000 75.000 73.000 73.000
a 50 mil habitantes e menor que 250 mil casa sobreposta
habitantes. Casa 81.000 72.000 70.000 70.000
Apartamento e
Municípios com população entre 20 e 50 73.000 70.000 68.000 68.000
casa sobreposta
mil habitantes.
Casa 70.000 67.000 65.000 65.000
Apartamento e
- - - -
Demais municípios. casa sobreposta
Casa 64.500 63.500 62.500 62.500

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Entidades Recursos FDS

VALOR DA OPERAÇÃO POR UH (R$)

MODALIDADE: REQUALIFICAÇÃO CENTRO


NORTE,
DF, RJ, SP SUL, ES, MG OESTE
NORDESTE
(Exceto DF)

Capitais classificadas pelo IBGE como metrópoles. 135.000,00 125.000,00 125.000,00 125.000,00

Demais capitais estaduais, municípios das RM das


capitais estaduais, de Campinas, da Baixada Santista
e RIDE de Capital com população maior ou igual a
125.000,00 120.000,00 115.000,00 115.000,00
100 mil habitantes, capitais regionais, classificadas
pelo IBGE, com população maior ou igual a 250 mil
habitantes.
Municípios com população igual ou maior que 250 mil
habitantes e municípios das RM das capitais estaduais,
de Campinas, da Baixada Santista e das RIDE de
115.000,00 110.000,00 105.000,00 100.000,00
Capital com população menor que 100 mil habitantes
e capitais regionais, classificadas pelo IBGE, com
população menor que 250 mil habitantes.
Municípios com população maior ou igual a 50 mil
100.000,00 95.000,00 90.000,00 85.000,00
habitantes e menor que 250 mil habitantes.
Municípios com população entre 20 e 50 mil
80.000,00 75.000,00 75.000,00 70.000,00
habitantes.
Demais municípios. 70.000,00 70.000,00 70.000,00 70.000,00

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Entidades Recursos FDS

ANEXO II - DOCUMENTAÇÃO

No ato de apresentação da proposta, a Entidade Organizadora deve anexar:


1 Formulário contendo, no mínimo:
• Endereço do empreendimento;
• Modalidade de financiamento: construção ou requalificação;
• Tomador do financiamento: Pessoa Física ou Jurídica;
• Estimativa de número de UH;
• Tipologia das edificações (casas, térreas, sobrepostas, apartamentos);
• Regime construtivo proposto (autogestão ou cogestão).
2 Documentação do terreno:
• Cópia da matrícula do imóvel em nome da entidade;
• Cópia do compromisso de compra e venda válido em nome da EO; ou
• Cópia do ato público que destina o imóvel à EO, em caso de imóvel doado ou cedido
por ente público.
3 Cópia da lei municipal de uso e ocupação do solo ou equivalente, indicando o
zoneamento da área objeto da proposta, quando houver.
4 Levantamento planialtimétrico do terreno, quando houver;
5 Manifestação sobre a forma e valor de aporte da contrapartida no processo de produção
das UH, inclusive sobre a existência de previsão orçamentária quando se tratar de aporte
pelo poder público.
6 Informação de presença prévia de equipamentos educacionais;
7 Informações sobre a infraestrutura urbana básica preexistente no entorno;
8 Estudo de massas/planta de estudo preliminar;
9 Declarações de viabilidade de atendimento emitidas pelas concessionárias de saneamento
e energia ou
10 Declaração emitida pela EO confirmando a existência de solicitação das referidas
declarações dos órgãos competentes; (alterado pela IN 18/17, de 24/04/17 — DOU
25/04/17)
11 Listagem de beneficiários em número igual ou superior ao de UH com declaração da
entidade de que as famílias estão enquadradas no programa.
• A entidade organizadora deve apresentar ata da assembleia que aprovou os critérios
de seleção dos seus beneficiários.
• Listagem deve conter, pelo menos, o nome do chefe de família, RG, CPF, endereço,
número de pessoas na família e renda familiar.
• É vedada a vinculação de uma família beneficiária a mais de uma proposta.

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