“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e
o Verbo era Deus” – João 1:1.
A Bíblia é o livro sagrado do Cristianismo. Ela é o livro mais
famoso e mais produzido no mundo. Seus 66 livros foram escritos por mais de 40 pessoas, das mais diferentes profissões, culturas e nacionalidades, durante um período de cerca de 1.600 anos.
Nela se encontram os mais variados gêneros literários, como
histórias, biografias, leis, poesias, hinos, canções, provérbios, cartas, sermões, profecias e visões, que mostram como Deus se relaciona com a humanidade. Sua incrível uniformidade faz da Bíblia um livro singular, que só poderia ter sido escrito sob inspiração divina.
De fato, ela mesma reivindica uma inspiração especial de
Deus: a expressão “e Deus disse”, ou equivalente, ocorre mais de 2.600 vezes.
Que é a Bíblia?
Um simples olhar lançado sobre o índice basta para ver que
ela é uma “biblioteca”, uma coleção de livros muito diversos. Quando se consultam as introduções a esses livros, a primeira impressão se confirma: distribuindo-se por mais de dez séculos, os livros provêm de dezenas de autores diferentes; uns estão escritos em hebraico (com certas passagens em aramaico), outros em grego; apresentam gêneros literários tão diversos quanto a narrativa histórica, o código de leis, a pregação, a oração, a poesia, a carta, o romance.
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www.santoevangelho.com.br “Nascida no Oriente e vestida de formas e imagens orientais, a Bíblia percorre as estradas do mundo inteiro, familiarizada com os caminhos por aonde vai; penetra nos países, um após outro, para em toda parte sentir-se bem, como em seu próprio ambiente. Aprendeu a falar ao coração do homem em centenas de línguas. As crianças ouvem suas histórias com admiração e prazer, e os sábios ponderam-nas como parábolas de vida. Os maus e os soberbos estremecem com os seus avisos, mas aos ouvidos dos que sofrem e dos penitentes sua voz tem timbre maternal. A Bíblia está entretecida nos nossos sonhos mais queridos, de sorte que o amor, a amizade, a simpatia, o devotamento, a saudade, a esperança, cingem-se com as belas vestimentas de sua linguagem preciosa. Tendo como seu esse tesouro, ninguém é pobre nem desolado. Quando a paisagem escurece, e o peregrino, trêmulo, chega ao vale da sombra, não teme nele entrar: empunha a vara e o cajado da Escritura: diz ao amigo e companheiro – Adeus, até breve. Munido desse apoio, avança pela passagem solitária como quem anda pelo meio de trevas em demanda da Luz”.
Deus criou o homem para manter um relacionamento de
profunda comunhão. No desejo de se revelar ao homem, o Senhor Deus lhe comunica o Seu conhecimento falando de três formas:
(1) Através da “voz da natureza” (Salmos 119:1 – 4;
Romanos 1:20).
(2) Por meio da Sua Palavra escrita (Mateus 4:1 – 11;
Apocalipse 1:10, 11).
(3) e, por fim, Deus fala por intermédio do Seu Filho
Amado, Jesus, a Palavra Viva que se fez carne e habitou entre nós (Hebreus 1:1, 2).
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www.santoevangelho.com.br O nosso estudo procura abordar a Palavra Escrita. A Bíblia está resumida em tema central: a história do plano de Deus que visa a redenção do homem, prisioneiro do pecado, por meio da morte expiatória e ressurreição de Jesus Cristo, o Filho eterno do Deus Vivo.
A primeira porção da Bíblia conta a história de muitos povos
e em particular a história do povo de Israel. Com frequência eles tiveram que enfrentar os mesmos problemas que eu e você temos de enfrentar hoje em dia. E muitas vezes reagiram da mesma maneira que nós. Ora confiaram em Deus, ora duvidaram dEle. Viram seus poderosos milagres, mas precisaram da segurança da Sua presença. Era o Seu povo escolhido, mas com frequência tiveram que enfrentar testes e dificuldades.
Todo aquele que teve um encontro real com o Senhor Jesus
deve procurar conhecer também a Sua Palavra (Bíblia), A Bíblia, ao mesmo tempo em que é fonte para a vida espiritual, é também uma ferramenta de suma importância para a edificação da Igreja. Uma Igreja onde os membros são bem alimentados (instruídos) na Palavra (Deuteronômio 8:3), passa a conhecer melhor o seu Deus, a ter maior intimidade e, como consequência, torna-se um povo forte e ativo (Daniel 11:32). Por outro lado, o povo que não conhece a Palavra de Deus, pode ser destruído pelo diabo (Oséias 4:6a,14b), erra constantemente (Mateus 22:29), e facilmente será levado de um lado para outro sob qualquer vento de doutrina (Efésios 4:14). O reitor de uma grande Universidade afirmou: “Estou convicto do valor de uma educação universitária para homens e mulheres. Mas creio que o conhecimento da Bíblia sem um Curso Superior é mais valioso do que um Curso Superior sem a Bíblia”. Devemos ter sede e fome pela Palavra de Deus a ponto de explodirmos em gozo e exclamarmos como o Salmista no Salmos 119:97 – 100:
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www.santoevangelho.com.br “Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia! Os teus mandamentos me fazem mais sábio que os meus inimigos; porque, aqueles, eu os tenho sempre comigo. Compreendo mais do que todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos. Sou mais prudente que os idosos, porque guardo os teus preceitos”.
O estudante da Bíblia deve ter o cuidado de não ceder à
tentação de estudar assuntos isolados dos Livros Sagrados sem ter um conhecimento geral do todo. O estudo esfacelado só traz prejuízos, pois, defrauda o estudante que não aproveitara em nada as horas de estudo. Há muita gente preocupada em estudar Escatologia (estudo das últimas coisas), quando ainda não conhece os livros da Bíblia e a história da redenção. Todo estudo deve ser sistemático.
Conhecer a Bíblia sem conhecer o Espírito Santo que a
inspirou, leva o homem ao formalismo. “Conhecer” o Espírito Santo e não conhecer a Bíblia leva o homem ao fanatismo. Em nossa mente deve estar sempre viva a exortação do Senhor Jesus: “Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus” (Mateus 22:29). Ao estudar a Bíblia há o grande privilégio de se ter o Autor ao lado para esclarecer dúvidas e orientar nas questões obscuras (João 16:13). O brado de alerta do profeta Oséias continua ecoando nos quatro cantos da terra: “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor” (Oséias 6:3a).