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Resumo: Este artigo é resultado de uma reflexão, que em parte, foi feita em
minha tese de doutorado sobre a trajetória de uma xamã, Roseana
Gil, sendo este percurso o fio condutor para a minha problemática
sobre a pajelança cabocla no contexto da Nova Consciência
Religiosa. Porém, pretendo tratar aqui pontualmente a
característica mais marcante desta xamã: o seu discurso ecológico,
isto é, de “preservação e proteção da natureza” a partir de uma
“pajelança ecológica”, termo que ela mesma passa a utilizar após
sua inserção no universo da Nova Era recebendo o “nome
iniciático” Rosa Azul. Dessa forma, este trabalho inicia com o que
chamo na tese de desfecho da cena etnográfica, com Roseana Gil
atuando como uma xamã urbana na cidade de Belém, metrópole
da Amazônia, acentuando a sua tendência para a “errância” e
“mobilidade” religiosa, deixando sempre uma possibilidade de
abertura para o acaso e a improvisação.
Abstract: This article is the result of a consideration that, in part, was made
in my doctoral thesis on the trajectory of a shaman, Roseanna Gil,
this topic leading my study on the caboclo shamanism in the context
Doutora em Antropologia, professora da UNIFESSPA. Email:
gisavillacorta@gmail.com
1 MAUÉS, Raymundo Heraldo & VILLACORTA, Gisela. “Pajelança e
cabocla para os pajés que nascem com o “dom de curá”, ao contrário dos “pajés
de agrado” onde os sinais do dom surgem tardiamente quando um encantado se
“agrada” dos mesmos.
6 MALUF Sônia W. Antropologias, Narrativas e busca de sentido. Horizontes