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PROPOSTA 01
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos
ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da
língua portuguesa sobre o tema “A CRISE HÍDRICA NO BRASIL: PERSPECTIVAS DE
SOLUÇÃO EM MEIO ÀS QUESTÕES POLÍTICAS E SOCIAIS.”, apresentando proposta de
intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente
e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
PROPOSTA 02
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base no tema: QUESTÕES SOCIAS,
POLÍTICAS E SOLUÇÃO DA CRISE HÍDRICA NO BRASIL, escolha uma das propostas de
produção abaixo:
a) Uma receita com os indicativos (ingredientes) que combatam a indiferença dos
governantes em relação à seca no Brasil.
b) Escreva uma carta aberta ao governador do Estado do Ceará reivindicando intervenções
que tragam solução para a seca no nosso estado.
TEXTO 1
A crise hídrica é resultado dos baixos níveis de água nos reservatórios, no momento em que
deveriam estar em níveis normais para atender as necessidades da população.
No Brasil, a falta de água tornou-se mais grave a partir do ano de 2014. Na ocasião, a região
Sudeste foi a principal afetada. A atual crise hídrica do Brasil é considerada a pior da história.
Apesar do Brasil apresentar quase um quinto das reservas hídricas do mundo, a falta de água é
uma realidade em várias regiões do país. Alguns estudos indicam que os episódios de falta de
recursos hídricos devem se repetir nos próximos anos.
Além disso, a água não é igualmente distribuída no território brasileiro. Por exemplo, a região
Norte concentra a maior parte da reservas hídricas do país, ao mesmo tempo é a região com a
menor densidade demográfica.
Se o Brasil tem quase um quinto das reservas hídricas do mundo, por que as notícias sobre falta
de água se tornaram tão comuns em todo o país nos últimos anos? Há muitas respostas para a
pergunta, passando pela diferença na maneira como a água se distribui geograficamente e a
degradação das áreas em volta das bacias hidrográficas, até mudanças climáticas e infraestrutura
de abastecimento deficiente.
Para aumentar a complexidade do tema, os setores que mais contribuem para a economia são
também os mais dependentes. Por exemplo, 62% da energia do Brasil é gerada em usinas
hidrelétricas. A água também é essencial na agricultura. Segundo a Agência Nacional de Águas
(ANA), a irrigação usa 72% dos recursos hídricos disponíveis para consumo.
Tamanha dependência significa que, em tempos de crise – como a vivida por São Paulo em 2014
e 2015 –, a produtividade de diversos setores econômicos pode ser ameaçada.
Esses e outros temas são discutidos no novo Diagnóstico Sistemático de País (SCD, na
abreviatura em inglês), que mostra como os recursos naturais podem contribuir para o
desenvolvimento econômico do país.
“Em São Paulo, por alguns meses, não ficou claro se as indústrias, como a de alumínio, grande
consumidora de água, poderiam continuar produzindo no ritmo anterior à crise hídrica”, lembra
Gregor Wolf, líder do programa de desenvolvimento sustentável do Banco Mundial no Brasil.
O estudo inclui alguns pontos importantes sobre a forma como o Brasil vem gerenciando seus
recursos hídricos e, embora não aponte soluções, discute os principais obstáculos que devem ser
enfrentados a fim de estabelecer um modelo sustentável e inclusivo.
Diante das provas científicas cada vez mais fortes da conexão entre desmatamento, degradação
das florestas e mudanças nos padrões de chuva em todo o Brasil, o documento adverte: crises
hídricas como a de São Paulo podem se repetir ao longo das próximas quatro décadas, afetando
o abastecimento de água, a produção agrícola e a geração de energia, entre outras atividades. O
estudo também destaca a redução do desmatamento na Amazônia (em 82%) e a criação de
regulamentações como o Código Florestal, que ajuda a proteger os recursos naturais dos terrenos
rurais. Trata-se de conquistas recentes depois de décadas de devastação e é necessário controle
constante para que não se percam.
A indústria ainda é uma das principais causadoras da degradação ambiental no Brasil. Segundo o
SCD, pesquisadores encontraram efluentes industriais, incluindo metais pesados e
hidrocarbonetos, nos cursos d’água de diversas regiões metropolitanas. Tais poluentes são
descarregados sem qualquer tratamento prévio. Em cidades como São Paulo e Recife, isso
significa que os rios circundantes não são mais seguros para fornecimento de água potável,
forçando as cidades a obter água de poços ou bacias cada vez mais distantes. O crescimento de
novos complexos industriais, particularmente no Nordeste, também pode resultar em impactos
ambientais de longo prazo, como poluição e competição por recursos naturais (principalmente
água).
Entre os 40% mais pobres do país, o percentual de domicílios com um vaso sanitário ligado à rede
de esgoto aumentou de 33% em 2004 para 43% em 2013. No entanto, o acesso ainda é menor do
que entre os mais ricos. Outra diferença marcante é a que existe nas coberturas nacionais de
água (82,5%), esgoto (48,6%) e tratamento real de esgoto (39%). A falta de tratamento de esgoto
faz com que poluentes sejam jogados diretamente na água ou processados em tanques sépticos
desregulados, com graves consequências na qualidade dos recursos hídricos, assim como no
bem-estar da população.
Muitas empresas de abastecimento ainda sofrem com grandes perdas de água (37%, em média),
excesso de pessoal e custos operacionais elevados. O financiamento do setor é baseado em
tarifas e subsídios cruzados, com uma estrutura tarifária ultrapassada, incapaz de gerar serviços
mais eficientes e sustentáveis. Resultado: elas não têm capital suficiente para aumentar a
cobertura e tornar a infraestrutura mais resistente a eventos climáticos extremos (como secas e
inundações).
O estudo acrescenta que a qualidade de vida dos brasileiros mais pobres está fortemente
relacionada com a gestão da água e de outros recursos naturais, e, portanto, as políticas de
preservação são cada vez mais necessárias.
TEXTO 3
TEXTO 5