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a mente humana 4112

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conceitos sobre a inteligência


41120.1 - As habilidades mentais, na lida geral com informações, às quais a
sabedoria popular conhece rotulado sob o termo inteligência, não nos pa-
recem que possam ser fruto de uma faculdade constituída com uma estrutura
evolutiva que, qual a consciência, no fundo a origina e repousa.
1. Nas buscas que temos empreendido, nas observações e reflexões direci-
onadas que procedemos sobre o assunto, nós imaginamos que a inteligência
seja:
1. o efeito de instrumentações complexas sobre as variadas diligências,
de prazo imediato, computadas no interior obscuro da mente que
produzem esse caldo senciente no resultado final de um fluxo, depois
de passar por cada ponto de um processo cognitivo.
41120.11 - O Prof. Luiz Machado, Ph.D, no seu livro eletrônico O SEGREDO
DA INTELIGÊNCIA, descreve: “A inteligência não é algo que existe
pronto e, por isto mesmo, não tem sede. A inteligência é uma virtualidade,
um virtualismo do organismo”.
1. Embora não concordamos com as suas posições de base, quando ele
afirma que a inteligência depende de berço, educação e o fator genético;
não temos dúvida que esses componentes [berço, educação e fator gené-
tico] são de suma importância na formação dos valores cognitivo-volitivos
e constroem alguns fundamentos intelicentes e morais de qualquer pessoa;
mas não são decisivos para que alguém possa ter um bom nível de resposta
em situações incomuns; do contrário, um sujeito que nasce na periferia de
uma cidade ou no campo, filho de pais analfabetos e que não frequenta
uma escola ao menos razoável, seria desprovido desse requisito natural e
bastante avançado no ser humano – avançado, para os nossos padrões
medianos de avaliação e com relação a outros viventes que conhecemos.

41120.2 - Desde o século V, na China, o homem tenta encontrar um medidor


cognitivo capaz de avaliar as habilidades mentais humanas, um quociente
de inteligência, que, no fundo no fundo, iria orientar governos e demais
instituições interessadas para o grau evolutivo de cada pessoa ou grupo
de pessoas apreciadas. Nessas buscas, muitos métodos têm surgido, sem
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que os pesquisadores cheguem a um consenso (fator g, WAIS-III, WISC-


III, SAT, GRE e tantos outros); o que é notoriamente esperado.

41120.3 - Mesmo dispondo de uma gama razoável de conceitos e ideias a


respeito das atividades cognitivas desenroladas no nosso interior mental
humano, que apresentaremos mais adiante na terceira parte desta obra,
nós continuamos na expectativa para um possível emergir, das áreas
avançadas de estudos cognitivos (incluindo a ciência da computação na
Inteligência Artificial), de mais informações relacionadas ao que repre-
senta o termo [inteligência].

41120.4 - Qual nós fizemos com o assunto na seção 4111, conceitos sobre a
consciência, listamos abaixo algumas poucas ideias conceituais que circu-
lam nos meios acadêmicos, intelectuais e populares a respeito da faculdade
cognitiva que estamos tratando neste momento.
01. Faculdade de entender, pensar, raciocinar e interpretar;
02. Entendimento, intelecto;
03. Compreensão, conhecimento profundo;
04. Princípio espiritual e abstrato, considerado como a fonte de toda a
intelectualidade;
05. Capacidade de resolver situações novas com rapidez e êxito;
06. Pessoa de grande esfera intelectual;
07. Compreender situações entre dois ou mais fatos;
08. Descobrir significados e reconhecer a verdade;
09. Capacidade de resolver problemas – Howard Gardner;
10. É a capacidade de definir objetivos e estratégias focando uma cons-
trução ou um problema;
11. Resposta do ser às suas necessidades, embora entenda que a questão
ainda não teve uma resposta satisfatória – Prof. Luiz Machado;
12. Mecanismo de adaptação do organismo a uma situação nova, e como
tal, implica a construção contínua de novas estruturas referentes ao
mundo exterior, como toda adaptação biológica – Jean Piaget;
13. Nossas mentes contêm processos que nos capacitam a solucionar
problemas que consideramos difíceis. “Inteligência” é o nome que damos
a qualquer um destes processos que ainda não compreendemos –
Marvin Minsky;
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14. A Logosofia – movimento ético-doutrinário internacional, fundada pelo


pensador argentino González Pecotche (1901-1963) – afirma que inteli-
gência é a faculdade máxima da mente, por abranger todo o conteúdo
de funções mentais. É evidente que González, e qualquer outro estudioso
ou pensador, não tinha largo acesso ao próprio acervo de informações
que encerra as memórias na mente humana;
15. A capacidade global de uma pessoa agir resolutamente, pensar racional-
mente e se relacionar eficazmente com o seu ambiente – David Weschler
(1896 - 1981), psicólogo americano.

41120.5 - O construtivismo – uma corrente teórica, da psicologia, empenhada


em explicar como a inteligência humana se desenvolve – dá conta de que
as atividades cognitivas denominadas inteligência são determinadas
pelas ações mútuas entre o indivíduo e o meio.
1. Os estudiosos partidários dessa corrente de pensamento, entre os maiores
destaques está Piaget, aceitam que o homem não nasce inteligente, mas
também não é passivo sob a influência do ambiente no aprendizado.
2. Eles [os construtivistas] entendem que a pessoa responde aos estímulos
externos, agindo sobre os mesmos, para construir o seu próprio conheci-
mento e, da mesma forma, organizá-lo de maneira cada vez mais elaborada.
21. O que dá a entender que o indivíduo traz consigo – via genes, talvez,
a despeito de a ideia não se sustentar diante de um aprofundamento mais
sério e avançado – alguma bagagem informativa apontando em uma deter-
minada tendência pessoal, pois do contrário ele [o indivíduo] reagiria,
sim, passivamente aos impulsos do ambiente e seria um produto genuíno
da cultura corrente no meio de convívio.
41120.51 - O problema do construtivismo – o conjunto de ideias que trilha o
caminho mais correto em termos de elucidar a inteligência humana, claro,
em nossa opinião – é que, um período de vida humana a qual conhecemos
(nascimento/morte) é muito curto e, não há tempo útil para construção de
um aprendizado tão elaborado e eficiente como o que apresentaram alguns
gênios, como: Thomas Edson, Santos Dumont, Isaac Newton, Albert
Einstein, Mozart (compôs sinfonia aos oito anos), o grande mestre inglês
Shakespeare, Beethoven, da Vinci, van Gogh, Picasso, Castro Alves, Rui
Barbosa, Jorge Amado, pra não ir mais longe, e tantas outras cabeças
ilustres e maravilhosas, conhecidas no mundo inteiro; tanto nas artes e na
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literatura como na filosofia e nas ciências, que passaram por este solo
Terra; tão maltratado pelos próprios habitantes, que só têm pensado em
si mesmos, nas soluções de caráter pessoal e imediatas – para não falar
daqueles fatores, degradantes, mais corriqueiros e com os quais nos acos-
tumamos tanto que terminaram, por inércia de comportamento, caindo no
lugar comum.

O curto período de vida conhecido de um ser natural, qualquer classe


de indivíduo ou espécie, não é suficiente para que o mesmo acumule
uma carga de conhecimentos, ao menos razoável, necessária à própria
sobrevivência no meio competitivo. Essas ideias fazem com que o cons-
trutivismo termine por confirmar o inatismo, embora indiretamente.

41120.6 - Howard Gardner, o estudioso que melhor conceitua a habilidade


mental que estamos tratando nesta seção, fala, em uma das suas obras
mais famosas (INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS), de uma multiplicidade
da inteligência e nomeia oito tipos específicos desta faculdade.
1. Inteligência:
11. naturalista,
capacidade de se relacionar com o ambiente e o cosmo;
12. visual/espacial,
capacidade de lidar com gráficos e imagens;
13. interpessoal,
capacidade de se envolver facilmente com outras pessoas e com
os seus sentimentos e emoções;
14. intrapessoal,
capacidade de formar um modelo eficiente de si mesmo e vendê-lo
em benefício próprio ou de uma causa;
15. verbal/lingüística,
capacidade de comunicar-se com palavras;
16. 1rítmica/musical,
capacidade de lidar com sons.
17. corporal/sinestésica,
capacidade de expressar-se através de movimentos do corpo, e
18. lógico/matemática,
capacidade de lidar com números, física, etc.
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41120.61 - Gardner listou oito tipos principais de inteligências; bem que,


mais tarde, tenha considerado a hipótese de mais uma inteligência, a que
ele batizou de inteligência espiritual.
1. Todavia, com um pouco mais de paciência e um forte espírito de pesquisa,
o rol pode atingir dezenas ou, quem sabe, a casa dos três dígitos.
11. Mesmo assim não são tipos de inteligências, segundo o Prof. Luiz Ma-
chado são habilidades; tese a qual também não concordamos plenamente.
3. O instrumento humano de autocondução, de aprender e de pensar (mente
ou computo), qual CPU dos computadores, opera com energia mani-
pulando sinais e informações e o banco de dados, em qualquer hipótese
imaginável, não caracteriza e nem qualifica o processador; mesmo que ele
[BD] possa exercer influência sobre os rendimentos do primeiro [CPU] e
condicioná-lo biologicamente, no caso de nós humanos e outros seres
capazes da natureza.
41120.62 - Conceitualmente, a ideia do estudioso e pesquisador americano,
aceita na psicologia em geral, é aproveitável como iniciativa de aprofunda-
mento na questão ou para uso de profissionais cognitivos, nos consultórios
psicológicos ou terapêuticos; tendo eles a necessidade de classificar os
pacientes pelos comportamentos intelicentes, que os mesmos apresentam,
para um bom acompanhamento, estatístico, dos quadros evolutivos em
grupos e a classe ou modelo de terapia aplicada.
1. Entretanto, dentro dos estudos, buscas e conclusões que temos empreen-
dido sobre a mente humana, é um equívoco científico; que não faz nenhum
mal aos conhecimentos, muito pelo contrário, enriquece o pesquisador.
41120.63 - Como o autor [Gardner] confirma, com as próprias palavras,
“inteligência é a capacidade de resolver problemas”.
1. O fato [inteligência] pressupõe haver um processo envolvendo dois
elementos: um executor (agente que manuseia o processo) e a informação
(matéria-prima aplicada na solução do problema).
11. Caso o indivíduo [agente] disponha de regras e sinais musicais [maté-
ria-prima] facilmente acessáveis no próprio acervo, ele terá uma enorme
predisposição para a música.
111. Isso não quer dizer que o mesmo não possa dedicar-se à física e ser
um cientista competente mais adiante, sem que as suas faculdades mentais
tenham sofrido alterações em linhagem de características. Embora os
dispositivos de memória e a pessoalidade, no conjunto de sistema, passem
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por boas alterações, sim – a personalidade interior e o comportamento


padrão desse sujeito, certamente, vão sofrer significativas modificações.
2. Mudança de objeto cognitivo (programa rodando no computador e co-
nhecimento ativo para o homem), ou conteúdo informativo nos dispositivos
de armazenamento, não determina em alteração na qualidade dos pro-
cessadores, elementos que procedem as rotinas lidando, na CPU de um
computador, com dados gerais.
21. Dois computadores iguais podem executar tarefas absolutamente dife-
rentes – basta disporem de softwares e bases de dados distintas.
22. No nosso caso humano, a dificuldade está na parte sensitiva do saber,
que manuseia ferramentas e matéria-prima – a estrutura somática é multifun-
ção, mas precisa adaptar-se à qualquer atividade nova e não se condiciona
tão fácil como acontece com uma impressora; que foi arquitetada tecno-
logicamente para sair de um texto comum para um modo gráfico, sem
alteração nas engrenagens e sem intervenção manual.

41120.7 - Daniel Goleman, psicólogo norte-americano e Ph.D, traz mais


uma qualificação, e esta bem especial, para a inteligência, embolando ainda
mais o ‘meio de campo’ operado pela mente e pela psique, no mesmo
bloco vertical, nos mesmos hábitos aplicados pelas ciências da vida.
41120.71 - Sem retirar os méritos das longas pesquisas de Goleman, mais
de vinte anos (da publicação da obra) segundo ele próprio relata; inteligên-
cia emocional é um equívoco em organização de sistema, da qual a compo-
sição do ser humano não pode escapar.
1. Emoção e inteligência são valores que se associam na aplicação de um
procedimento, que dependa da capacidade mental e das energias vitais
humanas, qual acontece com a energia elétrica e os softwares na rotina
executada pelo computador; mas elas [emoção e inteligência] não se
misturam a ponto de um desses elementos modificar o outro, embora as
emoções, que têm funções reguladoras de voltagem das energias vitais,
possam interferir, involuntariamente, na performance de qualquer processo
executado nas fornalhas de sistema de um vivente natural que disponha
dessas faculdades.
41120.72 - Goleman afirma que “num certo sentido, temos dois cérebros,
duas mentes – dois tipos diferentes de inteligência: racional e emocional”.
E que o “nosso desempenho na vida é determinado pelas duas”.
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1. O nosso bom desempenho na vida depende, com toda certeza, de uma


performance emocional qualificada (na seção 32423 o leitor se inteira sobre
as manifestações humanas, inclusive as emoções), sem que haja uma inteli-
gência tipificada e com essa qualificação.
41120.73 - O autor da obra INTELIGÊNCIA EMOCIONAL, que pretende
redefinir o que é ser inteligente, não ficou o tempo suficiente na ‘igreja’
para ouvir a ‘missa’ por completo e interpretar o ‘sermão’ nos seus princi-
pais fundamentos.

41120.8 -Professor Luiz Machado, nos limites dos seus estudos sobre o
cérebro humano, contestando Gardner e invocando os 2 (dois) hemisférios
cerebrais, nos traz dois tipos únicos de inteligência.
1. Um conjunto que ele chama de grande inteligência (uma espécie de
inteligência instintiva e ligada às emoções, segundo o professor) e inteligên-
cia racional ou neoética (possível pelo raciocínio, intelecto e as funções
desse mesmo intelecto, também segundo as mesmas conclusões do profes-
sor e pesquisador cognitivo em referência).
11. Um outro ponto de visão muito importante, do Professor Machado,
e que enriquece o tema, mesmo assim o mantém em aberto.

41120.9 - O Dicionário Houaiss conceitua a inteligência fazendo um confron-


to, muito interessante, com as faculdades psíquicas dos sentidos. Senão
vejamos:
1. “faculdade humana da linguagem e do pensamento, voltada para a apre-
ensão cognitiva da realidade, em contraste com a função desempenhada
pelos sentidos na captação de percepções imediatas e não refletidas do
mundo externo”.

1. Inteligência, na nossa visão e conceito, confrontando


com as funções mentais nativas da intelicência, é a
capacidade humana de processar informações, e
chegar a resultados não conhecidos, usando recursos
artificiais ou estranhos ao processo.
2. Entender a intelicência vai ficar mais fácil para
compreender a inteligência.

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