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Como usar efetivamente a técnica Feynmann:

1-Aprender.
Maneiras passivas de aprender, são aquelas em que basicamente estás numa
posição de espectador, em que se vê fazer. Exemplos de maneiras passivas de aprender:
• Ler e sublinhar;
• Ouvir;
• Ver outra pessoa a fazer alguma coisa.

Maneiras ativas de aprender são aquelas nas quais fazes. Exemplos de maneiras
ativas de aprender:
• Escrever: resumir, fazer mapas de conceitos, comprimir notas, desenhar, fazer
demonstrações, resolver exercícios. Basicamente escrever >> ler;
• Falar / explicar a outra pessoa;
• Relembrar sem olhar;
• Aplicar o qe acabaste aprender, seja em exercícios (bom) seja em algum exemplo prático da
tua vida (mto bom).

Em vez de leres as demonstrações, fá-las. Em vez de apenas leres slides / sebenta, vai também
resumindo por escrito e/ou em voz alta e por palavras tuas ou vai fazendo um mapa de
conceitos daqilo qe estás a entender do qe estás a ler. Em vez de aceitares cegamente as
afirmações feitas nos livros, pergunta-te porque é que é assim, e por aí a diante.

2-Aprende por ligações de assuntos


Não por memorização de fatos. Ou seja, relaciona os tópicos novos, com coisas que já
saibas. É importante ver o conhecimento como uma espécie de árvore. Deves perceber o tronco e os
ramos antes das folhas, senão não têm nada a que se agarrar. Aqui está um exemplo de um artigo
que faz precisamente isso e que usa o estilo Feynmaniano de explicar as coisas por termos simples.
Outra maneira de ver isto é como na imagem em baixo. Cada ponto representa um conceito/ideia.
Quanto maior um ponto, maior o número de ligações que tem com outros pontos, ou maior seu
impacto em ti. Exemplos de pontos desses são conceitos gerais e/ou com carga emocional: amor e
liberdade(ambos), nomes dos familiares (emocional), ser vivo (conceito geral). Os agrupamentos
representam assuntos do mesmo tema. O processo ideal de aprendizagem é o de aprender por
relações (um bom exemplo de relações são analogias). O cérebro efetivamente cria ligações físicas
muito semelhantes às qe estão representadas na imagem (c.f. Brain Rules do John Medina). Ao
memorizares factos estás simplesmente a criar pontos desligados de tudo o resto, o qe torna o
trabalho de aprender bastante mais difícil e ao mesmo tempo mais fácil de esquecer. Várias técnicas
de memorização utilizadas por desportistas de memória assentam precisamente no facto de não só
interligarem aquilo que querem memorizar, mas com o cuidado de ser com pontos grandes, daí o
facto de preferirem imagens o mais ridículas e pessoais possíveis.
Entende todos os conceitos sobre um dado tópico, usa analogias, desenhos ou imagens visuais
e simplifica ao máximo para aprenderes por ligações de ideias, por oposição a decorares
definições, memorizares respostas e mecanizares resoluções.

Entende todos os conceitos – Se quiseres entender com sucesso uma dada matéria a única
coisa que tens de fazer é entender todos os conceitos que lhe estão relacionados.

Cada conceito que entendes é mais um ramo ao qual novas folhas se podem segurar (utilizando a
analogia de há bocado). Imagina que há um livro em que cada página tem um conceito, e que cada
conceito está relacionado com o anterior. Se houver algum conceito que te pareça difícil e então
decidas saltar, os seguintes vão ser mais difícieis de entender. Esta é uma das razões porque quanto
mais bom aluno és, mais fácil se torna ser bom aluno, e quanto pior aluno fores, mais difícil se torna
atingir o nível deu um bom aluno caso decidas de repente subir a média ou endireitar-te. Torna-se
isto um tal efeito avalanche, que depois os bons alunos são vistos como "sobredotados" quando na
verdade temos é uma boa dose de ramos ao qual novas folhas se podem agarrar (para além de bons
métodos de estudo). Por exemplo, imagine-se um aluno que teve 20 a todas as matemáticas e a
álgebra e outro 10. E vão os dois agora para o 2º ano. De repente o aluno de 10, quer ser bom aluno
e ser igual ao de 20. Aparece uma disciplina em que é preciso, para se ter 20, saber fazer
demonstrações qe envolvem conhecimento matemático. O aluno de 10 admira-se como é que em
tão pouco tempo o de 20 conseguiu saber fazer as demonstrações. Na verdade, o de 20 já sabia a
parte toda de matemática, só precisou de estudar a parte específica da disciplina, que nem era nada
de especial. Enquanto isso o de 10 perdeu muito tempo às voltas com aquilo porque as
demonstrações parecem muito difíceis. E realmente, para quem não perceber o seu funcionamento
geral, são.

Percebe as coisas logo na primeira vez que as encontrares. E lembra-te que só entendes algum
tópico se o souberes explicar por palavras tuas e souberes dar um exemplo concreto. Ao tentares
explicar algo a alguém, poderás notar falhas no raciocínio - lembra-te dessas falhas porque é aí
exatamente que está uma lacuna no teu conhecimento - e poderás ver que não consegues dar
nenhum exemplo. Isso são provas que não entendes totalmente o tópico. Nota: entender é cansativo
mentalmente e por isso é que usamos, às vezes sem querer, o atalho de memorizar ou de aceitar
cegamente as afirmações que nos são ditas. Mas é um atalho com custos: não só não consegues ter
espírito crítico como também não consegues adaptar esse conhecimento a situações novas fora
daqila em que memorizaste. Além disso será um desperdício de dinheiro, uma vez que andas a
pagar propinas para ficares a saber muito pouco.

Usa analogias/comparações – Uma maneira de aprender uma coisa é reconhecer semelhança(s)


importantes entre ela e outra mais fácil de perceber. Uma analogia é apenas um meio para se chegar
ao conhecimento, meio esse que pode ser abandonado quando já entenderes o conceito. É como
usar muletas enquanto o músculo ainda não está forte (analogia para entender a utilidade das
analogias ^^). As analogias são algo de pessoal, porque dependem daqilo que cada um sabe. Veja-se
alguns exemplos:

Exemplo de analogia: Dizer que a Terra tem 4.5 bilhões de anos e que os seres humanos só existem
há 0.2 milhões dá uma ideia de que realmente somos muito novatos na nossa casa. Mas se
utilizarmos uma analogia para esta informação vamos conseguir-nos aperceber muito mais
facilmente do seu significado. Analogia pode ser por exemplo utilizar medidas de tempo que nos
são familiares. Se a história da terra fosse comprimida num ano, o ser humano só apareceria em 31
de Dezembro às 23h. Está ou não está mais claro?

E mais outro exemplo: O primeiro homo (espécie humana) apareceu há 2.8M anos e a revolução
agricultural do neolítico há cerca de 10000 anos. Ok. Há aqui uma discrepância. Mas e se
disséssmos que o primeiro homo apareceu há 125 000 gerações (esperança média de vida 20 anos...
yup... era assim tão baixa...) e que a revolução agricultural foi há apenas 500 gerações? Agora fica
mais claro esta diferença abismal de depois de 125 000 só nas ultimas 500 gerações é que passámos
a cultivar coisas e a domesticar gado.

Outro exemplo: Em 2009 um avião do voo da AirFrance 447 despenhou-se no meio do Atlântico e
demoraram 2 anos para encontrar as caixas negras. Foram encontrá-las numa última tentativa
desesperada a 4km de profundidade perto do último local conhecido do avião. Mas porque é que
demoraram tanto tempo? 4km é uma distância assim tão grande? Mais uma vez aqui podemos usar
uma analogia. Para mostrar como as analogias são algo subjetivo, se a distância da tua casa-escola
fosse 1km e fizesses isso a pé frequentemente, saberias ter uma noção da distância (e que
corresponderia a aprox. a 1h a andar a pé). Ou então, 4km corresponde a duas Serras da Estrela uma
em cima da outra. Mas para qem não tiver noção da altura da Serra da Estrela isto não fica claro,
portanto, cada serra da estrela sao aproximadamente 60 edifícios de 10 andares cada uns em cima
dos outros. E foi por isso que foi tão difícil conseguirem resgatar as caixas negras;

Um exemplo da nossa área: Estando com dificuldades em entender o significado da derivada de


uma função, podes imaginar que a derivada é como uma placa das que dá a inclinação numa
estrada, em que a estrada é a função. O gradiente de uma função basicamente são como placas que
dizem a inclinação da estrada em cada direção.
Outro exemplo: Posso decorar que "uma série de Fourier é uma soma de funções harmônicas para
representar uma função periódica". Mas daqui a uma semana (ou antes) já me esqueço. Então para
entender aquela frase o primeiro passo é entender todos os conceitos. O que é uma função
harmônica? O que é uma função periódica? Estando isto percebido, fica a faltar perceber a relação
dos dois, um bocado abstrata, como uma 'soma'. Podíamos dizer que cada tecla de um piano produz
uma função harmônica (não é bem, mas o que mais interessa nas analogias é entender o tópico e
não tanto a veracidade das analogias que criamos) (frequências diferentes) e que podemos carregar
com mais ou menos força na tecla (amplitude da onda). Então uma série de Fourier é como que um
acorde no piano de maneira que o som resultante seja o da função periódica.

Usa figuras/desenhos/esqemas – Ideias abstratas podem tornar-se mais claras se as conseguirmos


visualizar. O caso da analogia da derivada é um exemplo disso. Utilizar desenhos e imagens nos
apontamentos facilita a compreensão e, por conseguinte, a memorização, comparativamente a texto
corrido (ver em baixo onde se fala no 'Picture Superiority Effect');

Simplifica – Vários cientistas de renome são da opinião que se não consegues explicar uma coisa
de maneira simples é porque não a entendes suficientemente bem. Exemplos de simplificações são
resumos, desenhos, esquemas e utilizares linguagem simples. Se uma criança conseguisse entender
o que escreveste/disseste/desenhaste, melhor. Utilizar simplificações é útil porque por exemplo a
nossa memória de trabalho (para quem percebe de computadores é o nosso eqivalente à RAM) é
relativamente limitada. Já te deve ter acontecido que estás a estudar um tópico e às tantas já não
sabes a que propósito é que veio esse tópico. No entanto, se a razão que levou a esse tópico for
complicada, torna-se difícil contextualizar este tópico. E aprender uma coisa sem contexto é como
uma folha sem ramo, vai cair.

3-Tempo, Intensidade e Eficiência


São os 3 pilares que permitem saber o máximo no menor tempo total possível. "Aumento da
competência sobre um tópico" = tempo · intensidade · eficiência. Podemos comparar isto a um
carro. Então "aumento da distância = tempo a andar · quanto fomos a carregar no acelerador ·
potência do motor.

Tempo: Tem a ver com o tempo que dedicas ao assunto. Como não podia deixar de ser, e é óbvio, é
preciso investires tempo a estudar, caso contrário é impossível aprender o que quer que seja. Para te
ajudar a controlar o tempo uma hipótese é cronometrares o tempo dedicado (para cada disciplina, no
caso do estudo aplicado à faculdade). Deste modo torna-se muito mais fácil controlares o tempo
investido num certo tópico/disciplina, e geri-lo da melhor forma. Este é o resultado das medições
das horas de estudo ao longo dos anos que fui fazendo. Se realmente quiseres ter boas notas (ou,
mais importante que isso, saires da faculdade com sólidos conhecimentos) quanto mais cedo
começares a estudar e quanto mais consistente for o ritmo de estudo, mais fácil fica.

Intensidade: Tem a ver com o quão focado e quão intensivo é o estudo.


• Quanto mais intenso, mais sentes que estás a puxar pela cabeça. Só está a ser uma sessão
intensa se sentires que estás a puxar por ela (exceto quando estás cansado). Geralmente
quanto mais ativo (e portanto menos passivo) for o estudo mais vais sentir isso.
• Foca-te. Elimina as distrações. Elimina fontes que requeiram constante força de vontade
para não as fazeres. Por exemplo, se tens TV no quarto e precisas de força de vontade para
não cederes à tentação de a ligar, podes fazer com que seja mais difícil ligá-la. Se tens um
jogo no PC de qe gostas e que está à distância de um click e ao qual cedes frequentemente
quando devias era estar a estudar o movimento harmónico de um sistema de n graus de
liberdade, então se calhar é melhor desinstalares o jogo temporariamente.
• Vai puxando, aos poucos, os limites do tempo em que consegues estar focado/concentrado a
100% naquilo que estás a fazer. Se quiseres ser mais científico, cronometra para ver quando
é que começas a desconcentrar, e vai aumentando esse tempo. É algo treinável ;
• Um método que ajuda indiretamente a aumentar a intensidade tem a ver com limitares o
tempo para estudar ou para não estudar. Por exemplo se definires que só podes estudar das
18-20h, e o resto do tempo é para as aulas ou para outras coisas que não tenham a ver com a
faculdade, então instintivamente sabes que tens de aproveitar bem essas 2h, porque se não o
fizeres ficas com coisas por fazer.

Eficiência: Tem a ver com os métodos de estudo que usas.


• Aprende de maneira ativa e aprende por ligação de assuntos ;
• Elimina o pseudo-estudo. Passar coisas a limpo, por apontamentos mais bonitos, ir buscar
exames de anos anteriores e organizar as pastas e cadernos das disciplinas parece estudo
porque estamos a trabalhar, e faz-nos sentir bem connosco porque parece que estamos a
estudar, mas na verdade é muito pouco eficiente (método passivo) e é pouco intenso. Só será
intenso e eficiente se por exemplo o reescrever os apontamentos das aulas implicar escrever
por palavras tuas, escreveres mais exemplos, fizeres esquemas teus, resolveres os exercícios
por ti e não simplesmente copiar ou ir olhando para a resolução... Existe pseudo-estudo que
é necessário, mas é por isso que se deve começar a trabalhar cedo, de maneira que possa ser
feito muito antes dos exames e testes.

4-Técnicas
1) Técnica de Feynman
Quando vires um conceito que estás com dificuldade em entender, que te parece relativamente
complexo, ou para veres se entendes bem de um tópico/quando não sabes o que não sabes, usa a
técnica de Feynman. A técnica é simples:
• Pega numa folha de papel
• Escreve o nome do conceito como título, o conceito que qeres entender.
• Explica a ideia como se a estivesses a ensinar a alguém sem olhar para o livro ou
apontamentos. Ou como um professor meu gostava muito de dizer "imagina que alguém
muito aflito se chegava ao pé de ti, te agarrava pelos ombros e te pedia "explica-me
resumidamente (...)"
• O que é crucial nesta técnica é que este último passo muito provavelmente vai repetir
algumas das áreas que já entendes. No entanto, hás-de xegar a um ponto onde paras de
escrever porque não sabes explicar. É precisamente esse o (um dos) vazio no conhecimento
que precisas de encher.
• Pode ser usada em conjunto com analogias/desenhos/esqemas;
• Esta técnica é muito eficiente em termos de tempo, no entanto é muito desconfortável e
cansativo mentalmente, porque o cérebro está a tentar juntar/ligar as coisas que aprendeste
de maneira que façam sentido para ti. Aplicada em ME3 (falta pôr)

2) Compressão de Notas
Usa a compressão de notas para poderes ter um panorama geral, e completo, da matéria. A
compressão de notas consiste em comprimir toda a matéria (ou apenas de um capítulo, ou, se não
for possível, um tópico) numa folha, com a letra mais peqena possível. Exemplos: Compressão de
notas para a Teoria da Decisão. Compressão de notas para Cálculo de Multivariáveis (por Scott
Young). Compressão de Notas para Gestão de Stocks.
Faz os exercícios com o auxílio dessa folha e vai preenchendo as lacunas existentes. Usa mapa de
conceitos (setas com as relações entre as conceitos/ideias). Para isso tenta evitar escrever o mesmo
conceito (a palavra) em locais diferentes. Usa setas.

3) Mapa de Conceitos
Usa imagens quando possível substituir as palavras, porque é muito mais rápido de visualizar.
Olhando para um mapa de conceitos com em que os conceitos estão representados por imagens e se
relacionam por setas com as relações escritas é muito mais fácil e rápido de entender do que texto
corrido. Exemplo: Mapa de conceitos para o RTD. Mapa de conceitos para vibração de um sistema
com 2 graus de liberdade. (a melhorar)
5 - Sobre a Resolução de Exercícios

Exercícios que tiveste alguma dificuldade, escreve numa folha os passos críticos da resolução desse
exercício. [exemplos de TC] Fazer uma folha só com coisas deste género ou pô-las junto das folhas
de compressão de notas do tópico respetivo.
• Ao fazer um exercício deves ter algumas coisas em conta:
• Deves ter feedback disponível sob a forma da solução, da resolução desse exercício
ou de problemas semelhantes. Fazeres um exercício, dando o teu melhor, mas sem
saberes o que é que erraste pelo meio, não serve para grande coisa.
• Os exercícios devem ser feitos por ti, sem ver a resolução - a menos que estejas
absolutamente encravado - e servem para perceberes as áreas que requerem atenção e
para fazer debugging do mapa mental que construíste sobre o tópico. A compreensão
não vem de resolver N exercícios parecidos, mas sim de perceberes bem alguns
poucos, que englobem toda a matéria em estudo.
• Especialmente nos tópicos onde não estás muito à vontade, pode ser útil ires
escrevendo o teu raciocínio na tentativa de resolução do exercício. Vai escrevendo
perguntas que forem surgindo pelo meio, e tentando responder a elas. Ao fazeres isto
vais-te deparar com muitas dúvidas que nem sabias que tinha, e de outras disciplinas
que não as que estás a estudar... Muitas vezes o que também poderás notar é que tens
dúvidas em matérias passadas/bases. Isso são falhas do estudo passado que devem
ser corrigidas para poderes continuar.
• Tendo o raciocínio e as dúvidas escritas torna-se muito mais fácil de analizares os
possiveis erros no raciocínio e de analizar as dúvidas para encontrar uma resposta.
• Se encravares (tipo meia hora/1hora sem conseguir avançar) vê o mínimo necessário
da resolução para responder às dúvidas que escreveste e para prosseguir com o
exercício. Ao veres que erraste em alguma parte/ ou ao veres que não sabes fazer
alguma coisa pergunta-te: o que é que precisavas de entender, para saberes fazer
corretamente o exercício? Trata de entender isso. Exemplo dos somatórios de IO.
• Não tenhas pressa em ver a solução de um problema. Tem calma, e tenta antes
entender o que estás a fazer, de maneira que quando fores ver a (re)solução seja só
para confirmar e não para aprender.
• Além disso, também não tenhas pressa em resolver muitos exercícios. Se fores com
calma e entenderes cada um muito bem, os seguintes ficam bem mais fáceis e não
precisas de resolver tantos.
• o objetivo de fazer 1 exercício não deve ser o de chegar ao fim com a solução certa
mas aprender no processo de tentativa de resolução.
• Quando tens um problema para resolver, descreve-o da maneira mais simples possível e por
palavras o mais comuns possíveis, de maneira que até uma criança percebesse;

6 - Outros
Sabes a senação de quando finalmente entendes um conceito? "Fez-se luz", "Já vejo a matrix", "Era
a peça do puzzle que faltava" ou os momentos "Aha!". O objetivo ideal durante o estudo, é estares
constantemente a tê-los, pois são uma das melhores indicações que estás a progredir realmente e
que estás a entender cada vez mais a matéria a fundo.
• Perguntar aos profs: If you were to write an advice guide about doing incredibly well
in this class, what would the chapters be?
• Pelo menos uma vez por ano, destrói os hábitos de estudo e tenta coisas novas. Ao
fazeres isso vais dar por ti a usar os hábitos antigos. Por isso tens que te forçar
continuamente, especialmente no início, a usar os novos hábitos.
• Para cada teste pergunta-te: O que é que 1 aluno que tire 18-20 no teste tem de saber
fazer/entender?
• "Quando estás a pensar em algo que não entendes tens um sentimento desconfortável
chamado confusão. É um negócio difícil e triste. Então a maioria do tempo estás
realmente triste com esta confusão, não consegues penetrar na coisa. A confusão é
porque nós somos tipo macacos um pouco estúpidos que estamos a tentar juntar dois
paus para alcançar a banana e não conseguimos chegar a ela, a ideia. Eu sinto isso a
toda a hora, que sou um macaco a tentar por dois paus juntos. Então estou-me sempre
a sentir estúpido. Contudo, de vez em quando os paus juntam-se-me e eu chego à
banana. É uma sensação de inadequação, e de que és estúpido, e que quem entende a
ideia é um génio. Mas todas as ideias que há no mundo foi algum "tolo" que pensou
nela. E "what one fool can do another can."" (R. Feynman)
• Ter contigo algum conceito para aprofundares/problema que não sabes resolver, qdo
vais no autocarro,…
• Estudar a matéria mais densa/difícil/mais chata de manhã. Se começares a perder
concentração, muda para outra matéria mais fácil de seguir.
• Ao resolver um problema, vai escrevendo o teu raciocínio e aquilo que não entendes.
Torna-se muito mais fácil assim identificar e resolver os mini problemas que te estão
a impedir de progredir ao encontro da solução, e de identificar as falhas no teu
conhecimento.
• Enquanto aprendemos tudo parece divergir e estamos sempre a alargar no
conhecimento, mas de vez em quando há períodos em que as coisas convergem, e
afinal as duas estradas vão dar ao mesmo sitio;
• Ir pondo num ficheiro notepad coisas para fazer / dúvidas a tirar. [imagem]
• Para entender alguma coisa particular de um assunto, começa por enquadrar essa
coisa, isto é, ver o assunto geral, a ideia principal da qual esse detalhe faz parte e só
depois ir para o particular. Isto serve para criares ligações à nova matéria qe vais
aprender mais facilmente.
• A repetição nem sempre é má. Por exemplo se quiseres decorar alguma fórmula /
esquema rapidamente (para alguns exames pode dar jeito decorar alguma coisa para
além de a entender para ser mais rápido a escrever/usá-la) tenta desenhá-la/escreve-la
de memória. Depois vai-te testando espaçadamente (ver gráficos em baixo) a ver se a
consegues ou não desenhar/escrever de memoria.
• "I don't believe in the idea that there are a few peculiar people capable of
understanding math, and the rest of the world is normal. Math is a human discovery,
and it's no more complicated than humans can understand. I had a calculus book once
that said, 'What one fool can do, another can.' What we've been able to work out
about nature may look abstract and threatening to someone who hasn't studied it, but
it was fools who did it, and in the next generation, all the fools will understand it.
There's a tendency to pomposity in all this, to make it deep and profound." (Richard
Feynman).
• Há que saber distinguir quando é necessário ou quando é perda de tempo ir a certas
aulas, ler certos livros, ...

7 - A Importância de Rever
Nota: no gráfico de cima, a revisão aparece como sendo instantânea o que é apenas meia verdade. A
revisão de um grande número de conceitos pode demorar muito tempo, e muitas vezes esse fato tem
de ser tido em conta, por exemplo, terminando o estudo propriamente dito mais cedo, para se
dedicar algum tempo a rever tudo o que se aprendeu nesse dia.
Hipótese: dando um tiro no escuro, a função do esqecimento poderá ser grosseiramente descrita por
uma função exponencial negativa do género
R=e−tc⋅m⋅n⋅q R=e^{\frac{-t}{c\cdot m \cdot n \cdot q}}R=ec⋅m⋅n⋅q−t
Onde R=retenção, R∈[0,1]R\in[0,1]R∈[0,1], t=tempo, c=capacidade de memorização,
m=memorabilidade do facto/evento (aumenta quanto mais intensas as emoções envolvidas e quanto
mais relacionado connosco for), n=numero de revisões, q=qualidade da aprendizagem
Mas isto serve para que? Quando aprenderes alguma coisa, sabes que deverás revê-la algumas
vezes, e mais frequentemente quanto mais recente foi a altura em qe a aprendeste. Ex: Aprendes
uma coisa agora. Daqui a 10mins volta a revê-la. E 30 mins depois disso, 1h depois da 2ª revisão,
6h depois da 3ª, 1 dia depois da 4ª, 2 dias. etc. É verdade que o marrar antes dos exames tem a
vantagem que não se perde tanto tempo em revisões, mas por outro lado, quem reveu aquelas vezes
todas vai-se lembrar da matéria por muito mais tempo do que quem marrou, e alem disso nos dias
antes do exame já tem o estudo feito, já que rever é muito mais rápido do que aprender, (útil no
Verão especialmente, em que muitos dos nossos amigos não engenheiros já andam de férias e nós
ainda com exames).

A revisão basicamente é constituída por 2 passos:


1) sem consultar nenhum apontamento, ver se te lembras do conceito/esqema/dedução/... isto é,
deduzir de memória (de memória não é decoradas, é saber fazer sem olhar para nenhum
apontamento) as demonstrações, desenhar esquemas sem olhar para um já feito, por aí fora;
2) Se falhaste em lembar-te/saber fazer alguma coisa, ir ver o qe foi qe falhou. Muitas vezes as
coisas qe mais falham nas revisões são aqelas qe não estão bem entendidas, por exemplo, porqe
foram memorizadas em vez de relacionadas com outras ideias.
Estes gráficos dizem-nos ainda outra coisa. Qe é mais importante rever uma aula no máximo até um
dia depois de termos assistido

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