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ATOS ADMINISTRATIVOS

CONCEITO
Segundo a doutrina dominante, ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade do Estado que,
utilizando-se de suas prerrogativas de direito público, tenha por finalidade a produção de efeitos jurídicos
determinados.
Nem todo ato praticado pela Administração é um ato administrativo. Em determinados momentos a
Administração irá agir despida de suas prerrogativas de direito público, praticando atos privados (sem exercício de
sua supremacia, submetendo-se às regras de direito privado).

CLASSIFICAÇÕES
1) ATOS VINCULADOS E ATOS DISCRICIONÁRIOS
2) ATO SIMPLES, COMPLEXO E COMPOSTO
3) ATOS GERAIS E INDIVIDUAIS
4) ATOS DE IMPÉRIO, DE GESTÃO E DE EXPEDIENTE

ELEMENTOS OU REQUISITOS DE VALIDADE


 COMPETÊNCIA (ela é irrenunciável, intransferível e imprescritível, mas pode ser delegada ou avocada em alguns
casos).
 FINALIDADE (sempre deve ser observado o interesse público, além disso, deve atender ao objetivo definido na
lei).
 FORMA (Em regra os atos são formais e escritos - dentro desse elemento encontramos a motivação).
 MOTIVOS (situação de fato e de direito).
 OBJETO (efeito jurídico produzido, é o próprio conteúdo material do ato).

MOTIVAÇÃO
A motivação é a exteriorização dos motivos, isto é, é a sua exposição escrita.
A motivação é a regra no direito brasileiro, sempre existindo nos atos vinculados, predominando na doutrina
que também deve ser feita nos atos discricionários, salvo algumas exceções, como, por exemplo, a exoneração de
um cargo comissionado.

TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES


Os motivos alegados como justificadores para a prática do ato devem ser verdadeiros, sob pena de invalidade
do mesmo. Caso trate-se de um ato cuja motivação não seja exigida (por exemplo a exoneração de um cargo em
comissão), mas a autoridade ainda assim a faça, esses motivos alegados obrigatoriamente deverão ser verdadeiros,
caso contrário, esse ato será ilegal.

ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS


PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE - Os atos presumem-se verdadeiros e de acordo com a lei até prova em
contrário (o ônus da prova é do administrado). Dessa forma, enquanto não tiver sua invalidade decretada, o ato,
mesmo se for inválido, produzirá seus efeitos normalmente, como se fosse plenamente válido. Todo ato
administrativo possui esse atributo.
AUTOEXECUTORIEDADE - Possibilidade de executar o ato imediatamente sem a intervenção do Poder
Judiciário (também não está presente em todos os atos).
TIPICIDADE - Os atos devem corresponder aos tipos que foram previamente definidos pela lei como aptos
para gerar determinados efeitos.
IMPERATIVIDADE (decorre do Poder Extroverso) - impõe o cumprimento do ato independente da anuência
do administrado (pode criar obrigações e restringir direitos unilateralmente). Alguns atos não possuem essa
característica, como os atos negociais, os atos enunciativos e os atos de gestão.

ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS


1) ATOS NORMATIVOS
2) ATOS ORDINATÓRIOS
3) ATOS NEGOCIAIS
4) ATOS ENUNCIATIVOS
5) ATOS PUNITIVOS

EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO


ANULAÇÃO ou INVALIDAÇÃO (controle de legalidade)
 vícios de ilegalidade (ato ilegal)
 Feita pela Administração que praticou o ato ou pelo Poder Judiciário (se provocado)
 Alcança atos vinculados ou discricionários
 Efeitos: Retroativos ("ex tunc")
 Prazo (decadencial): Atos dos quais decorram efeitos favoráveis ao destinatário → 5 anos (salvo
comprovada má-fé)

REVOGAÇÃO (controle de mérito)


 Mérito administrativo: juízo de conveniência e oportunidade (ato legal)
 Feita apenas pela Administração que praticou o ato
 Alcança apenas atos discricionários
 Efeitos: não retroativos ("ex nunc")
 Prazo: em regra a qualquer momento, mas alguns atos não podem ser revogados:
 Atos consumados (que já exauriram seus efeitos)
 Atos vinculados
 Atos que geraram direito adquirido
 Atos que integram um procedimento

CASSAÇÃO
Desfazimento do ato por descumprimento dos requisitos de sua manutenção.

CADUCIDADE

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Extinção do ato pela vigência de uma lei nova, incompatível com a manutenção do mesmo, que proíba ou
torne inadmissível determinada atividade que antes era legalmente permitida.

CONVALIDAÇÃO
 Correção de vícios sanáveis
 Efeitos retroativos

Somente podem ser convalidados vícios relativos:

 à competência (em razão da pessoa, salvo se exclusiva)


 à forma (salvo quando a lei determina que ela é elemento essencial de validade)

EXERCÍCIOS
1) Existem atos administrativos produzidos por agentes de entidades que não integram a estrutura da
administração pública, mas que nem por isso deixam de qualificar-se como tais, como no caso de certos atos
praticados por concessionários e permissionários de serviços públicos, quando regidos pelo direito público.

2) Todo ato praticado pela administração pública é considerado ato administrativo.

3) Ato complexo é aquele cujo conteúdo resulta da manifestação de um só órgão, mas a produção de seus
efeitos depende de outro ato que o aprove.

4) Segundo disposto na Constituição Federal, compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições,
referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República. Neste caso, a manifestação de vontade de
ambos os órgãos, ao se fundir para formar um ato único, resulta no denominado ato administrativo
a) coligado, sendo que o referendo é pressuposto necessário para legitimar a vontade do Chefe do Executivo
Federal.
b) complexo, em que se verifica identidade de conteúdo e fins.
c) coletivo, posto que se praticam dois atos, um principal e outro acessório.
d) colegiado, já que o referendo complementa a manifestação de vontade principal.
e) composto, em que a vontade de um é instrumental em relação a de outro, que edita o principal.

5) O efeito jurídico imediato que o ato administrativo produz é


a) a forma do ato.
b) a finalidade do ato.
c) o motivo do ato.
d) o objeto do ato.
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e) a motivação do ato.

6) A teoria dos motivos determinantes


a) não se aplica aos atos administrativos discricionários.
b) vincula a validade do ato à motivação nele contida.
c) permite a convalidação de atos administrativos que adotaram motivos falsos.
d) destina-se ao ato administrativo proferido sem motivação.
e) tem por objetivo revogar atos administrativos que adotaram motivos falsos ou inexistentes.

7) A cobrança de multas, em caso de resistência do particular, é um ato administrativo autoexecutório.

8) Imperatividade é o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente de


sua concordância.

9) Os atos administrativos extinguem-se por diversas razões, dentre elas, a retirada, que compreende a
revogação e a invalidação ou anulação. A revogação e a anulação constituem-se, respectivamente, na retirada do
ato
a) por razões de ilegalidade, produzindo efeitos, em regra, para o futuro na primeira hipótese e retroativos à
data em que emitido, na segunda hipótese.
b) por razões de ilegalidade e por razões de conveniência e oportunidade, produzindo efeitos, em regra,
retroativos à data em que emitido na primeira hipótese e para o passado na segunda hipótese.
c) por razões de conveniência e oportunidade e por razões de ilegalidade, produzindo efeitos, em regra, para o
futuro na primeira hipótese e retroativos à data em que emitido, na segunda hipótese.
d) com fundamento no exercício do poder hierárquico e, no segundo caso, com fundamento no exercício do
poder discricionário.
e) pelo Poder Judiciário, após provocação e pela Administração, de ofício, produzindo efeitos, em regra, para o
futuro na primeira hipótese e retroativos à data em que emitido, na segunda hipótese.

10) Considere que um servidor tenha sido demitido do serviço público por meio de ato de autoridade
incompetente. Nessa situação, o ato administrativo poderá ser invalidado tanto pela administração como pelo
Poder Judiciário.

11) A revogação de um ato administrativo produz efeitos retroativos à data em que ele tiver sido praticado.

12) O Poder Judiciário poderá revogar um ato administrativo editado pelo Poder Executivo, se o ato for
considerado ilegal.

13) A convalidação do ato administrativo


a) é sempre possível quando o vício diz respeito à forma.
b) não é possível se o vício decorre de incompetência do agente que o praticou.
c) pode ocorrer se o vício recair sobre o motivo e à finalidade.
d) é admitida nas hipóteses de incompetência em razão da matéria.
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e) é a supressão do vício existente em ato ilegal, com efeitos retroativos à data em que este foi praticado.

14) Melinda, servidora pública, praticou ato administrativo com vício de competência. Cumpre salientar que a
hipótese não trata de competência outorgada com exclusividade pela lei, mas o ato administrativo competia a
servidor público diverso. Em razão do ocorrido, determinado particular impugnou expressamente o ato em razão
do vício de competência. Nesse caso, o ato
a) não comporta convalidação, pois o vício narrado não admite tal instituto.
b) comporta convalidação que, na hipótese, dar-se-á com efeitos ex tunc.
c) não comporta convalidação, em razão da impugnação feita pelo particular.
d) comporta convalidação que, na hipótese, dar-se-á com efeitos ex nunc.
e) comporta exclusivamente a aplicação do instituto da revogação, com efeitos ex tunc.

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