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A Relação Família Escola

A escola e a família, assim como outras instituições, vêm passando por profundas mudanças ao
longo da história. Estas mudanças acabam por influenciar na estrutura familiar e na dinâmica
escolar de maneira que a família, em vista das circunstâncias, entre elas o fato de os pais ou
responsáveis terem de trabalhar para ajudar no sustento da casa, tem transferido para a
escola, tarefas educativas que deveriam ser suas. O que não deixa de ser um desafio para
ambos, de procurar uma ligação mais próxima entre si. Sendo que os pais não devem se
omitir do papel também de educar sob qualquer pretexto. Essa atitude. leva a uma troca de
informação mútua que acaba resultando em ajuda recíproca e em aperfeiçoamento dos
métodos. Ao aproximar a escola com a vida familiar e suas preocupações cotidianas, gera-se
uma relação de interesse pelas coisas que às sustentam e às ligam proporcionando com essa
interação uma divisão de responsabilidades.

A relação família e escola deve estar presente em qualquer trabalho educativo que tenha
como principal alvo, o aluno. A escola deve também exercer sua função educativa junto aos
pais, discutindo, informando, orientando sobre os mais variados assuntos, para que em
reciprocidade, escola e família possam proporcionar um bom desempenho escolar e social aos
educandos.
Para Piaget: “ Se toda pessoa tem direito à educação, é evidente que os pais também possuem
o direito de serem, senão educados, ao menos, informados no tocante à melhor educação a
ser proporcionada a seus filhos”. (PIAGET, 2007, p. 50)
É importante que a família esteja comprometida no processo ensino aprendizagem. pois
tende a favorecer o desempenho escolar, visto que o convívio da criança com a família é muito
maior do que o convívio com a escola. Estudos mostram que o ser humano durante toda sua
vida é influenciado pelo ambiente em que vive, assim, fatores sociais, econômicos,
psicológicos e culturais têm contribuído para o seu desenvolvimento. Desta maneira entende-
se que, assim como o desenvolvimento, a aprendizagem acontece sob a influência de muitos
elementos.

Aprendizagem é um processo de mudança, de comportamento adquirido através da


experiência construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais. Piaget
diz que o indivíduo está constantemente interagindo com o meio ambiente e dessa interação
resulta uma mudança contínua, a qual ele denomina adaptação. Enquanto Piaget se
interessava em como se constrói o conhecimento e como essa construção ocorre na mente do
indivíduo, Vygotsky estava interessado em como fatores sociais e culturais influenciam o
desenvolvimento intelectual, valorizando sempre o papel do ambiente social para o
desenvolvimento e a aprendizagem. Piaget diz que a aprendizagem se dá através da interação
do indivíduo com os outros objetos da realidade e que esta relação vai gerar o
desenvolvimento dos esquemas mentais. Vygotsky destaca ainda o conceito de mediação no
processo de aprendizagem das crianças realizado sempre por um adulto. A mediação de
Vygotsky está relacionada a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), ou seja, a criança
precisa ser mediada por alguém, para que pouco a pouco consiga resolver seus problemas de
modo independente, chegando assim ao nível de desenvolvimento real. (NDR). Assim, a
aprendizagem pode ser encarada como um processo dinâmico, não sendo unilateral, necessita
de uma dinâmica educacional em que família e escola estejam ativamente integradas, no qual
o individuo absorva constantemente experiências com os grupo no qual está inserido
alternadamente, sendo que essa absorção de conhecimento seja proveitosa e favorável como
fonte de experiências. Diversos fatores podem interferir no processo de desenvolvimento e
também na aprendizagem, entretanto, o ambiente familiar tem forte influência para o
desenvolvimento e aprendizado na escola, assim como a escola exerce papel fundamental
para o desenvolvimento intelectual e social do aluno. Desse modo, o ambiente escolar e
familiar no qual o aluno está inserido pode ser favorável ou não, vai depender de estímulos,
incentivo ou condições de ensino. Ao se falar em desempenho escolar, o ambiente familiar não
deve ser relegado a segundo plano, mesmo quando se trata da educação formal, função
considerada especificamente da escola, pois como se sabe o aprendizado tem início muito
antes da vida escolar e sabe-se também que ao chegar à escola, a criança já traz consigo um
considerável conjunto de conhecimentos, mesmo que diferenciados em função do meio no
qual vive. Influenciando-se por Piaget e Vygotsky , considera-se que aprender é resultado da
interação do indivíduo com o outro, por meio da maturação biológica, hereditariedade,
gênero, cultura Pode-se então concluir que experiências familiares aliadas ao trabalho escolar
resultam numa melhora eficaz no aprendizado, a relação familiar é tão importante quanto as
atividades educacionais, pois ambas igualmente motivadoras e estimulantes, beneficiam a
aprendizagem rica em significados para o educando. A cultura da família e da sociedade é
igualmente um fator de ensino que vai redundar na escola. Pois desenvolvimento e
aprendizagem andam juntos e são simultâneos, assim como família e escola têm que caminhar
juntos.
A família é vista como a base da sociedade, porém diante das mudanças econômicas, políticas
e, sobretudo sociais, as teorias têm que se adequar ao núcleo familiar diferentemente
estruturado de anos atrás. O antigo padrão familiar, antes constituído de pai, mãe e filhos e
outros membros, cujo comando centrava-se no patriarca e/ou matriarca, deixa de existir e em
seu lugar surgem novas composições familiares. Ou seja, famílias constituídas sob as mais
diversas formas, desde as mais simples, formadas apenas por pais e filhos, outras formadas
por casais oriundos de outras relações, até famílias composta por homossexuais e famílias
apenas composta por avós e netos. Significa que essa interação exige um desafio muito mais
elaborado por parte da escola. Além disso, os atropelos da vida moderna que acarretam a falta
de tempo dos pais para uma boa convivência com os filhos, a velocidade com que essas
transformações têm ocorrido (desde a Revolução Industrial) o grande número de separações
de casais, a inclusão de indivíduos especiais Essas mudanças e o aumento da expectativa de
vida, a diminuição do índice de mortalidade, o aumento de mulheres ingressando no mercado
de trabalho. Mudanças sócio-políticas-econômicas das últimas décadas vêm influenciando na
dinâmica e na estrutura familiar, acarretando mudanças em seu padrão tradicional de
organização. Assim, não se pode falar em família, mas sim famílias, por conta da diversidade
de relações existentes em nossa sociedade. As mudanças pelas quais a sociedade tem passado
atualmente em decorrência de grande carga de informação, dos avanços tecnológicos e tantos
outros fatores, têm repercutido na estruturação da família e consequentemente na estrutura
da escola. Portanto, faz-se necessário voltar atenção para a escola que, apesar das mudanças,
continua exercendo a função de mediadora de conhecimentos científicos. Não existe uma
fórmula mágica para se efetivar a relação família/escola, pois, cada família, cada escola, vive
uma realidade diferente. Nesse sentido, esta interação se faz necessário para que família e
escola conheçam suas realidades e construam coletivamente uma relação de diálogo mútuo,
procurando meios para que se concretize essa convivência, apesar das dificuldades e
diversidades que as envolvem. O diálogo è primordial para um equilíbrio no desempenho
escolar dos alunos.

Sem deixar de lembrar o saudoso Paulo Freire que costumava dizer que: “Não há educação
sem amor.”

REFERENCIAS:

Piaget, Jean. Para onde vai a educação. Rio de Janeiro. José Olímpio, 2007

Monografias.brasilescola.uol.com.br/educação/interacao

www.diadiaeducacao.pr.gov.br acessado em 20 de julho de 2017

-Tecnologia da informação e educação


A tecnologia educacional é o estudo e prática ética da facilitação do aprendizado e a
melhoria da performance através da criação, uso e organização de processos e recursos
tecnológicos.
As mudanças provocadas pelo uso das tecnologias educacionais geram a necessidade de
competências que até então não eram necessárias, mas que neste novo contexto deverão
ser desenvolvidas pelos indivíduos. Neste contexto, a tecnologia educacional é o meio e
não o fim do processo educativo e como tal deve ser inserida nas atividades de sala de
aula como companheira e não apenas como uma forma de automatizar processos antes
realizados, pois assim assume-se a produção de novos conhecimentos e não apenas a
reprodução. Atualmente, o meio em que vivemos está permeado pelo uso de
técnicas e recursos tecnológicos, fazendo do computador uma ferramenta que
vem auxiliar o processo ensino/aprendizagem nas questões do cotidiano, trazidas
até a sala de aula. É muito importante o compromisso do docente e a escola deve
por em questão e discutir os aspectos da informática dentro da evolução da
sociedade, juntando nesse processo as transformações às vezes não percebidas. É
importante que educador e educando aprendam a selecionar as informações
apropriadas, verificando e identificando suas possibilidades de uso na sala de
aula.

Assim torna-se necessário relacionar teoria e prática para que possamos perceber
nos mais diversos meios das tecnologias a importância de um avanço enquanto
educadores e educandos. Dessa forma, o uso da tecnologia vem proporcionar a
todos uma nova forma de pensar e de se posicionar diante desse novo mundo
globalizado.
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A nossa sociedade passa por momentos de transformações. Estas mudanças


ocorrem devido às novas tecnologias de informação e comunicação, que aos
poucos, vão se interligando a atividade educativa.
A revolução da informática trouxe consigo inúmeros impactos que, por sua
vez , atingiram diversas áreas sociais. A educação não escapa dessa mudança.
Cada vez mais a tecnologia se faz presente na escola e no aprendizado do aluno,
seja pelo uso de equipamentos tecnológicos seja por meio de projetos envolvendo
educação e tecnologia.
Diante das mudanças que a sociedade passou e vem passando nos últimos
anos, a educação foi umas das que mais sofreu com essas transformações. A
anexação do computador e da Internet na vida dos alunos, trouxe uma avalanche de
informações que as escolas e os professores muitas vezes, não estão preparados
para absorver. A adaptação das escolas ao uso das Tecnologias da Informação e
Comunicação (TIC), ainda é um desafio para alguns educadores, pois muitos não
possuem domínio das ferramentas tecnológicas.
No entanto utilização de recursos tecnológicos no processo de ensino, é cada vez mas
necessária, pois torna a aula mais atrativa, proporcionando aos alunos uma forma
diferenciada de ensino. Para que isso se concretize de maneira que todos os
envolvidos sintam-se beneficiados, a questão das acesso à informação deve estar bem
consolidada.
A forma de ensinar e aprender podem ser beneficiados por essas tecnologias, como
por exemplo, a Internet, que traz uma diversidade de informações, mídias e
softwares, que auxiliam nessa aprendizagem.
Perante a inevitabilidade de se conviver com as TIC na educação, faz-se
necessário analisar e refletir sobre os benefícios, as mudanças e os conhecimentos
tendo em vista que de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (Brasil, 1997), o
computador é, ao mesmo tempo, ferramenta e instrumento de mediação. Ferramenta, porque
permite ao usuário realizar atividades que, sem ele ( computador) seria muito difícil ou até
mesmo impossível. Com o uso do computador é possível construir objetos virtuais, fazer
simulações, realizar cálculos complexos com rapidez e eficiência, editar textos, possibilita a
interação e a produção de conhecimento no espaço e no tempo, além de diferentes formas de
comunicação, via Internet. Por outro lado, é também um instrumento de mediação porque
possibilita o estabelecimento de novas relações para a construção do conhecimento e novas
formas de atividade mental que possibilitam horizontes no sentido da inclusão social. Neste
contexto a questão da utilização desses recursos, particularmente na educação, ocupa uma
posição central, e por isso é importante refletir sobre as mudanças educacionais provocadas
por essas tecnologias, propondo novas práticas docentes e buscando proporcionar
experiências de aprendizagem significativa para os alunos. Para que o uso das tecnologias seja
eficaz no processo ensino-aprendizagem da escola se faz necessário que os professores
estejam adequadamente capacitados para a utilização na sala de aula. Dessa forma, Kenski
(2012, pag. 78) afirma que os professores, treinados insuficientemente, o aproveitamento
também será mínimo e como resultado será a insatisfação de ambas as partes (professores e
alunos) e um sentimento de impossibilidade de uso dessas tecnologias para (essas) atividades
de Ensino. A presença das tecnologias, principalmente do computador, requer das instituições
de ensino e do professor novas posturas frente ao processo de ensino e de aprendizagem.
Com o uso das tecnologias nosso sistema de ensino estimulará a criatividade e a dinâmica no
processo de ensino-aprendizagem dos alunos na prática escolar, tornando assim o ambiente
escolar mais estimulante e interativo. O desenvolvimento do ambiente escolar da sociedade
depende, hoje, da capacidade de gerar, transmitir, processar, armazenar e recuperar
informações de maneira eficiente. Por isso, a escola precisa buscar oportunidades de acesso á
esses instrumentos, adquirindo capacidade para produzir e desenvolver conhecimentos
utilizando a TIC. O processo de ensino-aprendizagem trata-se do saber, lidar, buscar
informações, construir seus próprios conhecimentos, ou seja, fazer uso desses recursos com
criatividade.

Referencias:

www.editorarealize.com.br

meuartigo.brasilescola.uol.com.br acessado em 2017

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