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COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS.

Avaliação de Estabilidade de Barragem de Terra em Regime


Permanente de Operação com Valores Teóricos de Projetos.
Wagner Pernias Lopes
AES Tietê S.A., Mogi-Guaçu, Brasil, wagner.lopes@aes.com

Miriam Gonçalves Miguel


Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Brasil, mgmiguel@fec.unicamp.br

Alberto Luiz Francato


Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Brasil, francato@fec.unicamp.br.

RESUMO: Este trabalho objetiva-se na avaliação do comportamento quanto à estabilidade de uma


barragem de terra, por meio de uma análise comparativa entre os resultados obtidos com a
instrumentação de auscultação, durante um longo periodo operacional, e os resultados teóricos,
esperados de projeto. A UHE Caconde foi a instalação escolhida para o desenvolvimento dos
estudos. A escolha da instalação obedeceu ao atendimento de critérios técnicos de interesse como:
longo período em operação (inicio operacional em 1966), reservatório do tipo “acumulação”
(variação de nível do reservatório), estrutura concebida em terra homogênea, com filtros de
proteção vertical e tapete horizontal, além de instrumentação de auscultação especial (piezômetros
elétricos). O elemento escolhido para desenvolvimento dos estudos foi a seção S14+18, seção
central do maciço de terra da UHE Caconde. Esta seção encontra-se instrumentada através da
instalação de 12 piezômetros do tipo elétrico, sendo 11 instalados a montante do filtro vertical e 01
a jusante. Além dos piezômetro elétricos, a seção dispõe de 06 piezômetros de tubo aberto, do tipo
“Casagrande”, instalados a jusante do filtro, monitorando o maciço de terra e a fundação (em
número de 05 instrumentos), e a montante, no maciço (01 instrumento). Os níveis máximos e
mínimos operacionais do reservatório para a Condição Normal de Operação(CCN), subsidios aos
estudos de estabilidade, foram determinados por meio da avaliação estatistica do tempo de
permanência do reservatório, considerando-se um nível de permanência superior a 48% em um
período de 10 anos. Para o levantamento dos valores piezométricos teóricos dos instrumentos, foi
utilizada a lei de Bernoulli, e para determinação do coeficiente do fator de segurança à estabilidade
(FS), foi utilizado o método numérico de Bishop Simplificado, o mesmo utilizado para o
dimensionamento em fase de projeto. Os resultados foram sintetizados em forma gráfica, individual
por instrumento, apresentando os resultados da variação do coeficiente do fator de segurança (FS)
versus a variação do nível de montante e versus a variação da cota piezométrica. Os resultados
verificados revelam uma grande proximidade entre os valores numéricos (VN) e os valores medidos
(VM) e a importância da elaboração de projetos fundamentados em critérios técnicos bem
definidos, com a respectiva aplicação na etapa construtiva, resultando em empreendimentos
estáveis e seguros. Revela-se também a importância e iniciativa de se prever uma instrumentação
adequada para as estruturas, possibilitando o acompanhamento e análises futuras do desempenho
das instalações.

PALAVRAS-CHAVE: Barragem de Terra, Estabilidade de Taludes, Método de Bishop,


Instrumentação de Auscultação, Instrumentação e Monitoramento de Barragens.

1 INTRODUÇÃO A Usina Hidrelétrica Caconde, de concessão da


AES Tietê S.A., localiza-se no Rio Pardo,
município de Caconde, estado de São Paulo. A

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UHE Caconde iniciou sua operação comercial jusante, através de piezômetros de tubo aberto,
em 1966 com potência instalada de 80,4MW, tipo “Casagrande”. Para a determinação do
área do reservatório de 30,9 km² e volume de fator de segurança à estabilidade e
550hm³. A estrutura de barramento compreende levantamento dos valores piezométricos
uma barragem de terra homogênea, com 640m teóricos dos instrumentos foram utilizados o
de comprimento e altura máxima aproximada método de Bishop e a Lei de Bernoulli,
de 60m. O leito do Rio Pardo, no eixo de respectivamente. Foram calculados vários
implantação do empreendimento, apresenta coeficientes de segurança correlacionados para
seção geológica composta por uma camada vários níveis operacionais do reservatório de
superficial de, aproximadamente, 5m de montante. Para os materiais solo, areia e
aluviões arenosos e argilosos, sobrejacentes ao enrocamento foram considerados os parâmetros
solo residual de gnaisse, predominantemente geotécnicos de projeto.
arenoso. Logo abaixo é verificada a existência O objetivo desse trabalho foi comparar os
de rocha relativamente fraturada com espessura resultados teóricos, com valores históricos
aproximada de 10m, antes de se atingir a rocha obtidos em regime permanente, consolidando os
sã. parâmetros geotécnicos e os conhecimentos a
Em ambas as ombreiras, verificam-se a respeito do comportamento da estrutura em
existência de uma camada superficial coluvial análise.
ou de tálus, nas partes inferiores das encostas, e
rocha sã, nas partes mais elevadas. Na ombreira 2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA
esquerda, observa-se uma camada variável de
solo de textura variável de 20m, abrangendo O acompanhamento e o monitoramento do
toda gama, desde argila siltosa até areia com comportamento de barragens, durante o seu
pedregulhos e fragmentos de rocha. A ombreira período de vida útil, tornam-se de fundamental
direita apresenta uma camada menos íngreme e importância para a manutenção da segurança do
de espessura variável de 4m de solo residual empreendimento, sendo que o
sobre o afloramento rochoso de gnaisse. acompanhamento, conforme apresentado por
As dificuldades construtivas para o Divino e Fusaro (2006), deve estar sempre
engastamento de uma estrutura de concreto na referenciado aos critérios de projeto adotado, de
ombreira esquerda e a necessidade de execução modo a garantir o sucesso da obra.
de escavações profundas foram predominantes Mesmo após um longo período de operação, é
para opção de construção de um barramento em de fundamental importância a comparação do
estrutura de terra. comportamento das estruturas com o esperado
Para acompanhamento e monitoramento do em projeto, como auxílio essencial para tomada
comportamento desse barramento, foram de ações preventivas e como aprendizado
instalados vários instrumentos de auscultação, evolutivo sobre o conhecimento do “estado da
como piezômetros elétricos, pneumáticos, de arte”, através de lições aprendidas.
tubo aberto, medidores de nível d’água, Em um passado não muito distante, não existe o
medidores de vazão etc. costume ou prática de elaboração de um manual
Os dados históricos coletados nesses de instrumentação, onde as projetistas
instrumentos, para um regime permanente de desenvolviam e forneciam os valores esperados
operação, permitiram, além do (limites, projetos, etc.), para as instrumentações,
acompanhamento do comportamento da possibilitando uma transferência de
estrutura de terra, a realização de estudos e informações importantes entre as etapas de
análises comparativas com os valores previstos projeto e operação.
de projeto. Com o objetivo de melhorar a quantidade de
Dessa maneira, foi escolhida a seção principal informações relativas aos critérios e
da UHE Caconde, que possui 60m de altura, metodologias adotados em fase de projetos e
filtro vertical/horizontal, com monitoramento a aproveitando-se o histórico de informações
montante, através de piezômetros elétricos, e a acumuladas a partir de anos de coleta de

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informações provenientes de instrumentos de realizada por meio de enrocamento e a jusante,


auscultação, vem sendo desenvolvida e através de vegetação (grama). Para maior
apresentada uma série de trabalhos relacionados proteção e estabilidade do maciço, o projeto
ao assunto. Pode-se citar o trabalho de Divino e previu a construção de filtro vertical e
Fusaro (2006), no qual é apresentada horizontal de jusante. O filtro vertical possui
metodologia para determinação de limites de elevação até a cota 845,00m e espessura de
performance (estatísticos e determinísticos) 1,0m.
associados ao fator de segurança à estabilidade. A seção S14+18 é instrumentada através da
Em outros trabalhos são apresentadas instalação de 11 piezômetros elétricos (PE) a
metodologias para a determinação de valores montante do filtro vertical e 1 piezômetro
limites referenciais para operação de elétrico (PE) a jusante. Foram instalados
instrumentação, desenvolvidos por Kuperman também 6 piezômetros de tubo aberto (PZ),
et al. (2006) e Juliano et al. (2005). sendo 1 a montante do filtro vertical e 5 a
jusante.
3 MATERIAIS E MÉTODOS Nas Figuras 2 e 3 são apresentadas as locações
dos piezômetros elétricos (PE) e de tubo aberto
3.1 Materiais (PZ), para seção S14+18. Já na Tabela 1, são
apresentadas as cotas de instalação dos
O trabalho fundamenta-se no estudo e
comportamento de uma seção instrumentada da
usina hidrelétrica Caconde. A seção escolhida
foi a S14+18, apresentada na Figura 1. A
escolha da seção S14+18 deve-se a grande
quantidade de instrumentos instalados a
montante (região saturada) como a jusante instrumentos.
(região não saturada).

Figura 2. Seção 14+18 UHE Caconde (PE – AES Tietê -


Figura 1. Seção 14+18 UHE Caconde (AES Tietê - 2008)
2008).
Figura 3. Seção 14+18 UHE Caconde (PZ – AES Tietê -
A seção S14+18 possui altura aproximada de 2008).
59,50m, da crista à fundação da barragem, com
Tabela1. Cota de Instalação dos Instrumentos (CESP,
comprimento aproximado da base de 300m. A
1999).
face do talude de jusante possui três inclinações Núm. Cota (m) Estaca Núm. Cota (m) Estaca
diferenciadas: 1:3 (cota 810,20 a 828,50m), PE-01 812,06 014+18,00 PE-10 830,00 014+18,00
1:2,5 (cota 828,50 a 844,50m) e 1:1,5 (cota PE-02 811,19 014+18,00 PE-11 830,00 014+18,00
844,50m a cota da crista 859,50m) e quatro PE-03 810,50 014+18,00 PE-12 835,58 014+18,00
bermas intermediárias. O talude de montante PE-04 815,00 014+18,00 PZ-13 796,24 014+18,00

possui quatro inclinações e três bermas PE-05 814,50 014+18,00 PZ-14 798,48 014+18,00
PE-06 814,00 014+18,00 PZ-15 798,34 014+18,00
intermediárias; as inclinações são: 1:6 (cota
PE-07 820,51 014+18,00 PZ-16 830,00 014+18,00
815,50 a 829,50m), 1:3,0 (cota 829,50 a
PE-08 820,10 014+18,00 PZ-17 789,50 014+18,00
839,50m), e 1:2,5 (cota 839,50 a 849,50m) e
PE-09 824,76 014+18,00 PZ-18 799,51 014+18,00
1:1,5 (cota 849,50 a da crista 859,50m). A
proteção superficial da face de montante é
Os parâmetros geotécnicos foram obtidos do

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projeto básico, conforme apresentado por Mello eleito variável do estudo. Para determinação do
(1957). Os dados de projeto foram utilizados fator de segurança à estabilidade e
para possibilitar comparação e análise do determinação dos valores piezométricos dos
comportamento do maciço e da instrumentação, piezômetros elétricos e de tubo, foram
após longo período em regime de operação. Na realizadas simulações de cálculos para os níveis
Tabela 2, são apresentados os principais d’água de montante nas cotas 855,00; 854,00;
parâmetros utilizados no cálculo de 853,00; 852,00; 851,00 e 850,00m. Para valores
estabilidade, na determinação dos fatores de inferiores a 850,00m, tornou-se desnecessária a
segurança e cotas piezométricas numéricas para realização do cálculo de estabilidade, devido à
cada instrumento. área saturada localizar-se fora da área de
influência do raio de ruptura, desta forma não
Tabela 2. Parâmetros Geotécnicos (MELLO, 1957). influenciando o fator de segurança à
Peso Ângulo de estabilidade.
Coesão
Tipo Específico Atrito
(kN/m )3 2
(kN /m ) (graus)
Para a determinação dos valores piezométricos
Solo Saturado 19,5 Zero 27,5 numéricos para os PE e PZ, para determinado
Solo Não nível de montante, utilizou-se a Lei de
19,0 Zero 25,5
Saturado Bernoulli. Na Figura 04 é apresentada a seção
Enrocamento 20,0 Zero 35,0 S14+18, com as redes de fluxo de projeto com o
respectivo raio de ruptura e lamelas para o nível
3.2 Método. do reservatório na cota 854,00m.

O método utilizado para o desenvolvimento dos


estudos consiste de ferramentas numéricas e
estatísticas. Para cálculo de estabilidade do
talude de jusante, utilizou-se o método de
Bishop Simplificado, demonstrado por Rogério
(1976). Para definição do raio de ruptura,
optou-se pela convenção apresentada por
Massad (2003). Adotou-se no estudo uma Figura 4. Levantamento do Fator de Estabilidade para
cota 854,00m.
possível ruptura de base para o talude de
jusante. Neste critério, o raio de ruptura
O período de medidas, considerado para
tangencia a fundação da barragem de terra e
tabulação e consolidação de dados,
tem sua origem no ponto médio entre a
compreendeu entre 1986 a 1996. Os dados
distância rebatida da crista da barragem e o pé
medidos nos instrumentos de auscultação foram
do talude de jusante, conforme indica a Figura
tabulados e relacionados com nível de montante
4. Obteve-se para esta situação o raio de ruptura
do dia do registro. Valores extremos que
de base para o talude de jusante com 108m.
apresentavam inconsistência ou dúvidas quanta
Este raio manteve-se constante para as diversas
a confiança dos dados foi desconsiderada. Os
simulações calculadas.
piezômetros elétricos PE11 e PE12, que
O nível d’água de jusante foi considerado
apresentaram valores de leituras duvidosas,
constante na cota 810,00m. A região localizada
foram descartados deste universo.
abaixo desta cota foi considerada nos cálculos
A variação do reservatório dentro da faixa de
de estabilidade como área saturada, mantendo
influência do raio de ruptura (cota 850,00 a
os mesmos critérios e premissas originais de
855,00m) representa um período de
projeto, permitindo a comparação com os
permanência do nível do reservatório de 48%
valores reais de campo medidos nos
para o período estudado (10 anos).
instrumentos.
A Figura 5 apresenta um histograma
O nível d’água de montante do reservatório foi
desenvolvido, que mostra estratificado o tempo

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de permanência x cota do reservatório da UHE Figura 6. Resultado PE-01.


Caconde.
Permanência x Nível
1200 16% 854,00
FS=1.68
PE- 03
14%
1000 850,00 à 855,00

Tempo de Permanência (%)


Tempo Permanência (Dias)

12%
800 48% de Permanência 853,00
FS=1.69
10%

Nível de Montante
600 8%
852,00
6% FS=1.70
400
4%
200
2% FS=1.72
851,00

0 0%
855

853

851

849

847

845

843

841

839

837

835

833
FS=1,73
Nível de Montante 850,00
800,00 805,00 810,00 815,00 820,00 825,00 830,00 835,00 840,00 845,00 850,00
VM VN
Cota Piezométrica

Figura 5. Tempo e Permanência x Cota do Reservatório


(1986 a 1996). Figura 7. Resultado PE-03.

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE 854,00

RESULTADOS PE- 08 FS=1.68

853,00
Alguns dos valores numéricos (VN) de fator de FS=1.69

segurança à estabilidade, obtidos pelo método


Nível de Montante

de Bishop Simplificado, e de cota piezométrica, 852,00


FS=1.70

determinados pela Lei de Bernoulli para uma


rede de fluxo de projeto, são apresentados (PE- 851,00
FS=1.72

01, 03 e 08) pelas Figuras 6, 7 e 8,


respectivamente, comparativamente, com os 850,00
FS=1,73

800,00 805,00 810,00 815,00 820,00 825,00 830,00 835,00 840,00 845,00 850,00
valores medidos (VM) nos piezômetros VM VN
Cota Piezométrica

elétricos e nos tubos abertos para a faixa de


variação no nível do reservatório de 855,00 a Figura 8. Resultado PE-08.
850,00m, no período de 1986 a 1996.
Os resultados verificados revelaram uma grande Para a região saturada, talude de montante,
proximidade dos valores numéricos (VN) com podem ser classificados os resultados obtidos da
os valores medidos (VM), utilizando-se teoria comparação entre os PE’s, com a ocorrência de
tradicional, por meio do método de Bishop três grupos distintos: grupo com valores
Simplificado e da Lei de Bernoulli. medidos abaixo dos valores numéricos (PE-01,
04, 05), grupo com valores medidos oscilando
854 ,00
próximos aos valores numéricos (PE-02,03,06 e
PE- 01 FS=1 .68
09) e o grupo com valores medidos
ligeiramente superiores aos valores numéricos
853 ,00
FS=1 .69 (PE-07, 08 e 10). Os PE’s 11 e 12 foram
descartados devido à inconsistência das leituras.
Nível de Montante

852 ,00
FS=1 .70
Para a região do talude de jusante, região
considerada não saturada, com exceção da
região localizada abaixo da cota 810,50m,
851 ,00
FS=1 .72
prevista em projeto como região saturada,
revelou-se a proximidade dos valores
F S=1, 73
850 ,00
8 00,0 0 8 05,0 0 81 0,0 0 81 5,00 82 0,00 82 5,00 830 ,00 835 ,00 840 ,00 845 ,00 850 ,00
numéricos com os valores medidos. A única
VM VN
Cota Piez ométrica exceção foi para o PZ-14, que apresentou
pressão ligeiramente superior, o que pode ser

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compreendida talvez, pela sua proximidade da 062 - R1- Mogi-Guaçu/ SP.


zona de transição, entre o solo compactado e a AES Tietê. (2008). Barragem de Terra – Seção 14+18 –
Piezômetros Elétricos. Desenho CB-CAC – 064 - R1-
região do filtro vertical e horizontal. Mogi-Guaçu/ SP.
Os valores do fator de segurança à estabilidade CESP. (1999). SICESP – Sistema Cesp de Segurança de
oscilaram entre 1,68 a 1,73 para a respectiva Barragens -. Versão 1.4. São Paulo.
Divino, P. L., Fusaro, T. C. (2006). Manual da
faixa operacional 855,00 a 850,00m, situando-
Instrumentação: O Elo Entre Projeto e Operação de
se acima do recomendado pelo ICOLD (1999), Barragens. Anais do III Simpósio sobre
isto é, para a situação de percolação permanente Instrumentação de Barragens – São Paulo -CBDB,
com o reservatório no nível máximo de T2A.012.
Gaspar, J. W., Guedes, G. M., Signer, S. (1983).
operação, o valor do fator de segurança à
Caconde (Graminha). Anais do Simpósio sobre a
estabilidade deve ser maior do que 1,50. Geotecnia da Bacia do Alto Paraná – São Paulo -
ABMS, 103-117 Pg.
6 CONCLUSÕES ICOLD. (1999). Guia Básico de Segurança de
Barragens. Comissão Regional de Segurança de
Barragens – Núcleo de São Paulo – São Paulo –
Os resultados numéricos fundamentados nos CBDB, 1999.
critérios de projeto, quando comparados com os Juliano, F. K., Cardia., R. J., Lopes, W. P. (2005).
valores coletados na instrumentação de Aproveitamento Múltiplo Mogi-Guaçu: Valores de
auscultação durante um longo período de Referência para Piezômetros. XI Congresso
Brasileiro de Geologia de Engenharia Ambiental –
operação, consolidaram o que já é de Florianópolis /SC – ABGE.
conhecimento: a fundamental importância da Kuperman, S. C., Moretti, M. R., Pinfari, J. C., Carneiro,
etapa de projeto e construção na segurança dos E. F. (2006). Estabelecimento de Valores Limites da
grandes empreendimentos. Projetos elaborados, Instrumentação Civil de Barragens de Concreto e de
Terra da CESP. Anais do III Simpósio sobre
fundamentados em critérios, e estudos bem Instrumentação de Barragens – São Paulo -CBDB,
elaborados e aplicados na etapa construtiva, T2A.042.
resultam em empreendimentos estáveis e Massad, F (20030. Obras de Terra: Curso Básico de
seguros, mesmo após um longo período de Geotecnia. 1ª. Edição. São Paulo: Oficina de Textos,
169p.
operação e monitoramento. Revelou-se também Mello, V. F. B. (1957). Geotécnica S.A.: Análise da
a importância e a iniciativa de se prever uma Estabilidade do Talude de Jusante sob Condições
instrumentação adequada das estruturas, Críticas de Funcionamento. Projeto Base – São
possibilitando a realização de estudos e análises Paulo.
Rogério, P. R. (1976). Cálculo da Estabilidade de
futuras dos seus comportamentos. Taludes pelo Método de Bishop Simplificado. 1ª.
Como sugestão para novo trabalho, sugere-se a Edição. São Paulo: Edgard Blucher. 153p.
realização de simulação numérica, com a
utilização de ferramentas computacionais e a
observação da precisão dos resultados
comparados com as metodologias de cálculo
tradicional.

AGRADECIMENTOS

Os autores do trabalho gostariam de registrar os


agradecimentos pelo apoio fornecido ao
desenvolvimento deste trabalho pela AES Tietê
S.A.

REFERÊNCIAS

AES Tietê. (2008). Barragem de Terra – Seção 14+18 –


Piezômetros de Tubo Aberto. Desenho CB-CAC –

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