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Arqueologia
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 02
CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 22
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Arqueologia
INTRODUÇÃO
Ao longo dos anos, muita crítica tem sido levantada quanto à confiabilidade histórica da Bíblia. Estas
críticas baseiam-se geralmente na falta de evidência de fontes externas confirmando o registro bíblico. E
sendo a Bíblia um livro religioso, muitos eruditos tomam a posição de que ela é parcial e não é confiável a
menos que haja evidência externa confirmando-a. Em outras palavras, a Bíblia é culpada até que ela seja
provada inocente, e a falta de evidências externas colocam o registro bíblico em dúvida.
Este padrão é extremamente diferente do aplicado a outros documentos antigos, mesmo que muitos
deles, se não a maioria, contém um elemento religioso. Eles são considerados acurados a menos que a
evidência demonstre o contrário. Embora não seja possível verificar cada incidente descrito na Bíblia, as
descobertas arqueológicas feitas desde a metade do século XVIII têm demonstrado a confiabilidade e
plausibilidade da narrativa bíblica. Veremos alguns exemplos dignos de nota no decorrer do estudo. Eis
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Bryant Wood, da Associates for Biblical Research.
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Arqueologia
Capítulo I
CONCEITO GERAL DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA
A arqueologia bíblica é o estudo dos povos e dos eventos da Bíblia, feito por meio do intrigante registro
soterrado. O arqueólogo escava e analisa rochas, muros e prédios em ruínas, cidades devastadas, bem como
desenterra cerâmica, tabuinhas de argila, inscrições, túmulos e outros restos antigos, ou artefatos, dos quais
colhe informações. Tais estudos não raro aprimoram a compreensão das circunstâncias em que a Bíblia foi
escrita e sob as quais viveram os homens de fé da antiguidade, bem como as línguas que eles e os povos ao
redor empregavam. Ampliaram nosso conhecimento de todas as regiões mencionadas na Bíblia: Palestina,
Egito, Pérsia, Assíria, Babilônia, Ásia Menor, Grécia e Roma.
A arqueologia bíblica é uma ciência relativamente nova. Foi somente em 1822 que a decifração da
Pedra de Roseta desvelou os hieróglifos egípcios. A escrita cuneiforme assíria foi decodificada mais de 20
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Arqueologia
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registrados em prismas (cilindros de argila). Em certos prismas, Senaqueribe descreve a campanha assíria
contra a Palestina no reinado de Ezequias (732 a.C.), porém, notavelmente, o jactancioso monarca não faz
nenhuma afirmação de ter tomado a cidade, confirmando assim o relato da Bíblia. O relato do assassinato de
Senaqueribe, às mãos de seus filhos, é também registrado numa inscrição de Esar-Hadom, sucessor de
Senaqueribe, e o assassinato é mencionado numa inscrição do rei seguinte. (2Rs 19:37) Em adição à menção
do Rei Ezequias, por Senaqueribe, os nomes dos reis Acaz e Manassés, de Judá, e os nomes dos reis Onri,
Jeú, Jeoás, Menaém e Oséias, de Israel, e também de Hazael, de Damasco, aparecem em registros
cuneiformes de diversos imperadores assírios.
Pérsia. Perto de Behistun, no Irã (antiga Pérsia), o Rei Dario I (521-486 AEC; Esd 6:1-15) mandou
esculpir uma imensa inscrição, no alto dum penhasco de rocha calcária, descrevendo sua unificação do
Império Persa e atribuindo seu êxito a seu deus, Auramazda. De valor primário é o fato de a inscrição ter
sido registrada em três línguas, a babilônica (acadiana), a elamita e a antiga persa, servindo assim de chave
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alistados como cidades da Mesopotâmia setentrional e refletindo os nomes dos parentes de Abraão. — Gên
11:17-32.
Nuzi, antiga cidade ao L do Tigre e ao SE de Nínive, escavada durante 1925-1931, forneceu um mapa
inscrito de argila, o mais antigo já descoberto, bem como evidência de que já no século 15 AEC comprava-se
e vendia-se ali a prestações. Desenterraram-se cerca de 20.000 tabuinhas de argila, consideradas como
escritas por escribas hurritas na língua babilônica. Estas contêm uma abundância de pormenores a respeito da
jurisprudência daquele tempo, envolvendo coisas tais como adoção, contratos matrimoniais, direitos de
herança e testamentos. Certos aspectos mostram um paralelo relativamente similar aos costumes descritos no
relato de Gênesis a respeito dos patriarcas. O costume de um casal sem filhos adotar um do sexo masculino,
quer livre quer escravo, para cuidar deles, para sepultá-los e para ser seu herdeiro, mostra similaridade com a
declaração de Abraão a respeito do seu escravo de confiança, Eliézer, em Gênesis 15:2. Descreve-se a venda
do direito de primogenitura, relembrando o caso de Jacó e Esaú. (Gên 25:29-34) Os textos mostram também
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Entre os nomes identificáveis acham-se os de Rabite (Jos 19:20), Taanaque, Bete-Seã e Megido (onde foi
escavada parte de uma estela, ou coluna inscrita, de Sisaque) (Jos 17:11), Suném (Jos 19:18), Reobe (Jos
19:28), Hafaraim (Jos 19:19), Gibeão (Jos 18:25), Bete-Horom (Jos 21:22), Aijalom (Jos 21:24), Socó (Jos
15:35) e Arade (Jos 12:14). Ele até mesmo alista o "Campo de Abrão" como uma de suas capturas, sendo
esta a mais antiga referência a Abraão nos registros egípcios. Encontrou-se também nesta área um
monumento de Mernepta, filho de Ramsés II, contendo um hino em que se pode encontrar a única referência
ao nome Israel nos antigos textos egípcios.
Em Tell el-Amarna, a cerca de 270 km ao S de Cairo, uma camponesa descobriu acidentalmente
tabuinhas de argila que levaram à descoberta de muitos documentos em acadiano, procedentes dos arquivos
reais de Amenotep III, e de seu filho, Aquenatão. As 379 tabuinhas publicadas abrangem correspondência
dirigida ao Faraó da parte de príncipes vassalos das numerosas cidades-reinos da Síria e da Palestina,
inclusive alguma do governador de Urusalim (Jerusalém), e revelam um quadro de feudos guerreantes e
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a profundidade de mais de 21 m. O relato bíblico mostra que Bete-Sã não se achava entre as aldeias
originalmente ocupadas pelos invasores israelitas, e que, no tempo de Saul, era ocupada pelos filisteus. (Jos
17:11; Jz 1:27; 1Sa 31:8-12) As escavações em geral apóiam este registro e indicam uma destruição de Bete-
Sã algum tempo depois da derrota dos israelitas perto de Silo. (Je 7:12) De interesse especial foi a descoberta
de certos templos cananeus em Bete-Sã. Primeiro Samuel 31:10 declara que os filisteus colocaram a
armadura do Rei Saul "na casa das imagens de Astorete e prenderam seu corpo morto à muralha de Bete-Sã",
ao passo que 1 Crônicas 10:10 afirma que "puseram a armadura dele na casa do seu deus, e o crânio dele
prenderam à casa de Dagom". Dois dos templos escavados eram do mesmo período e um deles fornece
evidência de ser o templo de Astorete, ao passo que se acha que o outro seja o de Dagom, assim se
harmonizando com os textos acima quanto à existência de dois templos em Bete-Sã.
Eziom-Géber era a cidade portuária de Salomão no golfo de Acaba. É possível que seja a atual Tell el-
Kheleifeh, que foi escavada durante 1937-1940 e apresentou evidência de uma fundição de cobre,
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gerações." A destruição foi acompanhada por um intenso incêndio, conforme mostra a evidência escavada.
— Veja Jos 6:20-26.
Em Jerusalém, em 1867, descobriu-se antigo túnel de água, que da fonte de Giom penetrava na colina
por trás dela. Isto talvez ilustre o relato da captura da cidade por Davi, em 2 Samuel 5:6-10. Em 1909-1911,
o inteiro sistema de túneis ligados com a fonte de Giom foi desobstruído. Um túnel, conhecido como o Túnel
de Siloé, tinha em média 1,80 m de altura e fora aberto em rocha maciça numa distância de uns 533 m desde
Giom até o reservatório de Siloé, no vale de Tiropeom (dentro da cidade). Parece assim ser o projeto do Rei
Ezequias, descrito em 2 Reis 20:20, e 2 Crônicas 32:30. De grande interesse foi a antiga inscrição encontrada
na parede do túnel, em antiga escrita hebraica monumental, descrevendo a escavação do túnel e sua extensão.
Esta inscrição é usada para fins de comparação ao se datar outras inscrições hebraicas encontradas.
Laquis, a 44 km ao OSO de Jerusalém, era uma das principais fortalezas que protegiam a região
colinosa da Judéia. Em Jeremias 34:7, o profeta fala das forças de Nabucodonosor lutando contra "Jerusalém
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nomeado sobre Judá por Nabucodonosor após a queda de Jerusalém, e muitos acham provável que esta
impressão do selo se refira a ele. — 2Rs 25:22; compare isso com Is 22:15; 36:3.
Megido era uma cidade-fortaleza estratégica que dominava um importante passo para o vale de Jezreel.
Foi reconstruída por Salomão e é mencionada junto com as cidades-armazéns e cidades para carros do seu
reinado. (1Rs 9:15-19) Escavações feitas no sítio (Tell el-Mutesellim), uma colina artificial de 5,3 ha,
descobriram o que alguns peritos (mas não todos) acham ter sido cavalariças capazes de acomodar cerca de
450 cavalos. De início, estas construções foram atribuídas ao tempo de Salomão, mas, peritos posteriores
modificaram a data delas para um período posterior, talvez o tempo de Acabe.
A Pedra Moabita foi uma das mais antigas descobertas de importância na região ao L do Jordão. Foi
encontrada em 1868 em Dhiban, ao N do vale do Árnon, e apresenta a versão do rei moabita Mesa da sua
revolta contra Israel. (Veja 2Rs 1:1; 3:4, 5.) A inscrição diz em parte: "Eu (sou) Mesa, filho de Quemós-[. .
.], rei de Moabe, o dibonita . . . Quanto a Onri, rei de Israel, ele humilhou Moabe por muitos anos (lit.: dias),
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Samaria, a capital grandemente fortificada do reino setentrional de Israel, foi construída sobre uma
colina que se elevava cerca de 90 m acima do nível do vale. A prova de sua força de resistir a longos sítios,
tais como os descritos em 2 Reis 6:24-30, no caso da Síria, e em 2 Reis 17:5, no caso do poderoso exército
assírio, é indicada pelos restos de sólidas muralhas duplas, em alguns pontos formando um baluarte de 10 m
de largura. A alvenaria encontrada no sítio, reputada como remontando ao tempo dos reis Onri, Acabe e Jeú,
representa excelente mão-de-obra. O que parece ser a plataforma do palácio mede cerca de 90 m por cerca de
180 m. Encontraram-se grandes quantidades de peças, placas e painéis de marfim na área do palácio, e estes
talvez se relacionem com a casa de marfim de Acabe, mencionada em 1 Reis 22:39. (Veja Am 6:4.) No canto
NO do cume encontrou-se um grande reservatório cimentado, medindo cerca de 10 m de comprimento e uns
5 m de largura. Poderia ser o "reservatório de Samaria" em que se lavou o carro de Acabe, removendo-se o
seu sangue. — 1Rs 22:38.
Suscitaram interesse 63 cacos de cerâmica com inscrições a tinta (óstracos), considerados como datando
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efígie de Tibério e que foi posto em circulação por volta do ano 15 EC. (Veja Lu 3:1, 2.) O fato de que
Pôncio Pilatos era então o governador romano da Judéia foi também confirmado por uma laje de pedra
encontrada em Cesaréia, com os nomes latinos Pontius Pilatus e Tiberieum.
O livro de Atos dos Apóstolos, que fornece clara evidência de ter sido escrito por Lucas, contém
numerosas referências a cidades e suas províncias, e a autoridades de diferentes tipos e com diversos títulos,
que detinham cargos em determinada época — uma apresentação repleta de possibilidades de erro por parte
do escritor. (Observe também Lu 3:1, 2.) Todavia, a evidência arqueológica apresentada demonstra notável
grau de exatidão por parte de Lucas. Assim, em Atos 14:1-6, Lucas coloca Listra e Derbe no território da
Licaônia, mas dá a entender que Icônio se achava em outro território. Os escritores romanos, inclusive
Cícero, referiram-se a Icônio como ficando na Licaônia. No entanto, certo monumento descoberto em 1910
mostra que Icônio era considerada como sendo deveras uma cidade da Frígia, ao invés de da Licaônia.
Similarmente, uma inscrição descoberta em Delfos confirma que Gálio era procônsul da Acaia,
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foram postos em ordem pela palavra de Deus, de modo que aquilo que se observa veio a existir das coisas
que não aparecem." (He 11:1, 3) "Estamos andando pela fé, não pela vista." — 2Co 5:7.
Isto não significa que a fé cristã não tenha qualquer base no que pode ser visto, ou que ela trate apenas
de intangíveis. Mas é verdade que, em todo período e época, sempre houve ampla evidência contemporânea
ao redor das pessoas, bem como nelas mesmas e em suas próprias experiências, que as podia convencer de
que a Bíblia é a verdadeira fonte de revelação divina e que ela não contém nada que não se harmonize com
fatos demonstráveis. (Ro 1:18-23) O conhecimento do passado à luz das descobertas arqueológicas é
interessante e apreciado, mas não é vital. O conhecimento do passado à luz da Bíblia é, por si só, essencial e
solidamente fidedigno. A Bíblia, com ou sem a arqueologia, dá verdadeiro significado ao presente e ilumina
o futuro. (Sal 119:105; 2Pe 1:19-21) Na realidade, é fraca a fé que precisa depender de tijolos que se
desintegram, de vasos quebrados e de muros desmoronantes, para sustentá-la e servir-lhe de muleta.
Incertezas subjacentes às conclusões. Embora as descobertas arqueológicas às vezes tenham fornecido
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sólido, feito anteriormente. Isto se dá, em especial, em campos como a arqueologia e a geografia bíblicas,
onde o domínio dos instrumentos e dos métodos de investigação é tão árduo, que existe sempre uma tentação
de negligenciar o método sólido, substituindo o trabalho lento e mais sistemático por combinações espertas e
palpites brilhantes." — The Westminster Historical Atlas to the Bible (Atlas Histórico da Bíblia, de
Westminster), editado por G. E. Wright, 1956, p. 9.
Diferenças na datação. É importante compreender isto ao se considerar as datas propostas pelos
arqueólogos com respeito às suas descobertas. Ilustrando isto, Merrill F. Unger diz: "Por exemplo, Garstang
data a queda de Jericó em c. 1400 a.C. . . .; Albright apóia a data de c. 1290 a.C. . . .; Hugues Vincent,
famoso arqueólogo palestino, sustenta a data de 1250 a.C. . . .; ao passo que H. H. Rowley considera Ramsés
II como o Faraó da Opressão, e o Êxodo como tendo ocorrido sob seu sucessor, Marnipta [Mernepta] por
volta de 1225 a.C." (Archaeology and the Old Testament, p. 164, n. 15) Ao passo que argumenta a favor da
fidedignidade do processo e da análise arqueológicos modernos, o Professor Albright reconhece que "ainda é
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babilônio do sexto século AEC, em seus escritos, forneceram o mesmo relato, no sentido de que Senaqueribe
foi assassinado por apenas um de seus filhos. No entanto, num mais recentemente descoberto fragmento do
Prisma de Esar-Hadom, o filho que sucedeu Senaqueribe, Esar-Hadom declara especificamente que seus
irmãos (plural) se revoltaram e mataram seu pai, e então fugiram. Comentando isto, Philip Biberfeld, em
Universal Jewish History (História Universal Judaica; 1948, Vol. I, p. 27), diz: "A Crônica Babilônica,
Nabonido e Beroso estavam equivocados; apenas o relato da Bíblia mostrou ser correto. Foi confirmado em
todos os mínimos pormenores pela inscrição de Esar-Hadom e mostrou ser mais exato no tocante a este
evento da história assírio-babilônica do que as próprias fontes babilônicas. Trata-se dum fato de suma
importância para a avaliação até mesmo de fontes contemporâneas que não concordam com a tradição
bíblica."
Problemas de decifração e de tradução. Há também necessidade de devida cautela por parte do cristão
quanto a aceitar, sem questionar, a interpretação dada a muitas inscrições encontradas em diversas línguas
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Arqueologia
Capítulo II
ARQUEOLOGIA E CONFIRMAÇÃO BÍBLICA
A Arqueologia Confirma o AT
A arqueologia é um campo de estudo de base muito mais sólida do que a alta crítica. Os
arqueólogos, por escavarem os restos de civilizações passadas, aumentaram de muitas maneiras nosso
entendimento sobre como as coisas eram nos tempos antigos. Por isso, não surpreende que o registro
arqueológico repetidas vezes se harmonize com o que lemos na Bíblia. Ocasionalmente, a arqueologia até
mesmo tem vindicado a Bíblia perante os críticos dela.
A Identidade de Belsazar. Um exemplo interessante de como a arqueologia às vezes chega mesmo a
vindicar a Bíblia perante seus críticos é o caso da identidade de Belsazar. Segundo o livro de Daniel, o
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Estudo Perspicaz da Escrituras, vol. 1, art. “Arqueologia”.
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J. D. Douglas, O Novo Dicionário da Bíblia, art. “Arqueologia”.
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Arqueologia
último governante de Babilônia, antes de esta cair diante dos persas, era chamado Belsazar. (Daniel 5:1-30)
Visto que, fora da Bíblia, não parecia haver nenhuma menção de Belsazar, levantou-se a acusação de que a
Bíblia estava errada e que este homem nunca existiu. Mas, no século 19, em algumas ruínas no sul do Iraque,
descobriram-se diversos cilindros pequenos, com inscrições cuneiformes. Verificou-se que incluíam orações
pela saúde do filho mais velho de Nabonido, rei de Babilônia. O nome deste filho? Belsazar.
Portanto, existia um Belsazar! Mas, será que ele era rei por ocasião da queda de Babilônia? A maioria
dos documentos encontrados subseqüentemente referiam-se a ele como filho do rei, príncipe herdeiro. Mas
um documento cuneiforme descrito como o ―Relato Versificado de Nabonido‖ lançou mais luz sobre a
verdadeira posição de Belsazar. Relatou: ―Ele [Nabonido] confiou o ‗Acampamento‘ ao seu (filho) mais
velho, o primogênito, as tropas em toda a parte no país ele mandou pôr sob (o comando) dele. Largou (tudo),
confiou-lhe o reinado.‖8 De modo que se confiou o reinado a Belsazar. Certamente, para todos os fins e
objetivos, isso fez dele um rei! Este relacionamento entre Belsazar e seu pai, Nabonido, explica por que
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segundo a Bíblia, ele foi solto da prisão e deu-se-lhe uma subsistência alimentar. (2 Reis 24:8-15; 25:27-30)
Isto é apoiado por documentos administrativos encontrados em Babilônia, que alistam as rações dadas a
―Yaukîn, rei de Judá‖.
Referente à relação entre a arqueologia e os relatos históricos da Bíblia, o Professor David Noel
Freedman comentou: ―Em geral, porém, a arqueologia tende a apoiar a validez histórica da narrativa bíblica.
O amplo esboço cronológico, desde os patriarcas até os tempos do N[ovo] T[estamento], correlaciona-se
com os dados arqueológicos. . . . Descobertas adicionais provavelmente confirmarão a atual posição
moderada, de que a tradição bíblica tem raízes históricas, e foi fielmente transmitida, embora não seja
história no sentido crítico ou científico.‖
A Queda de Jericó. Significa isso que a arqueologia concorda com a Bíblia em todos os casos? Não,
pois há diversos desacordos. Um deles é a conquista dramática de Jericó, descrita no início deste capítulo.
Segundo a Bíblia, Jericó foi a primeira cidade conquistada por Josué, quando conduziu os israelitas à terra de
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Arqueologia
devemos lembrar, portanto, que nem todas as datas são absolutas e são em variados graus suspeitas‖, embora
ele ache que os arqueólogos de hoje podem ter mais confiança nas suas datas do que os do passado.
O Mundo do Antigo Testamento faz a pergunta: ―Quão objetivo ou realmente científico é o método
arqueológico?‖ Responde: ―Os arqueólogos são mais objetivos quando desenterram os fatos, do que quando
os interpretam. Mas, as suas preocupações humanas afetam também os métodos que usam ao ‗escavar‘. Não
podem deixar de destruir sua evidência ao cavarem através de camadas de terra, de modo que nunca podem
testar suas ‗experiências‘ por repeti-las. Isto torna a arqueologia ímpar entre as ciências. Além disso, torna a
reportagem arqueológica uma tarefa muito difícil e cheia de armadilhas.‖
De modo que a arqueologia pode ser muito útil, mas, assim como qualquer outro empreendimento
humano, é falível. Ao passo que consideramos com interesse as teorias arqueológicas, nunca devemos
encará-las como verdades incontestáveis. Quando os arqueólogos interpretam seus achados dum modo que
contradiz a Bíblia, não devemos automaticamente presumir que a Bíblia esteja errada e que os arqueólogos
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A Bíblia Palavra de Deus ou de Homem? págs. 43-53.
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este mesmo homem. Sobre isso diz o arqueólogo G. Ernest Wright: ―Esta é a única referência que temos a
este procônsul, fora da Bíblia, e é interessante que Lucas nos forneça seu nome e título corretos.‖
Durante a estada de Paulo em Atenas, ele disse que havia observado um altar dedicado ―A um Deus
Desconhecido‖. (Atos 17:23) Em outras partes do território do Império Romano descobriram-se altares
dedicados em latim a deuses anônimos. Um deles foi encontrado em Pérgamo, com uma inscrição em grego,
como seria o caso em Atenas.
Mais tarde, enquanto Paulo estava em Éfeso, sofreu oposição violenta por parte dos prateiros, cujo
rendimento provinha da fabricação de santuários e imagens da deusa Ártemis. Éfeso era chamada de
―guardiã do templo da grande Ártemis‖. (Atos 19:35) Em harmonia com isso, descobriram-se diversas
estatuetas de Ártemis, de terracota e de mármore, no lugar da antiga Éfeso. No último século, escavaram-se
os restos do próprio enorme templo.5
A Fidedignidade da Bíblia. Isto ilustra o fato de que os arqueólogos muitas vezes divergem entre si.
5
A Bíblia Palavra de Deus ou de Homem? págs. 63-65.
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pensadores racionalistas modernos deixaram de provar que as Escrituras Hebraicas não são história verídica,
ao passo que estes próprios escritos fornecem toda a evidência de serem exatos.6
Capítulo III
DESCOBERTAS MAIS EXPRESSIVAS DA ARQUEOLOGIA BÍBLICA
―A Arqueologia provê uma amostra de antigas ferramentas, vasos, muros, prédios, armas e
adornos. A maioria destes pode ser posta em ordem cronológica e, com segurança, identificada com
6
A Bíblia Palavra de Deus ou de Homem? págs. 53-54.
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The Archaelogical Encyclopedia of the Holy Land.
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Arqueologia
datá-los de meados do século III a.C. a 68 da era cristã, a maior parte deles escritos durante os séculos I a.C.
e I da era cristã. Com exceção do livro de Ester, todos os do cânon judaico-palestino foram encontrados em
Qumran.
Os mais importantes dentre os manuscritos são: um rolo do livro de Isaías, em excelente estado de
conservação, com cerca de duas mil variantes do texto aceito pela exegese hebraica; uma paráfrase livre, em
aramaico, do Gênesis; uma tradução aramaica do livro de Jó, com apenas 38 colunas parcialmente
conservadas; 13 manuscritos com textos dos profetas e salmos, incluindo referências históricas à vida da
comunidade; vários livros apócrifos judaicos, como o Livro dos jubileus, o Livro de Enoc, os Testamentos de
Levi e Neftali, com a tradução em hebraico ou aramaico de obras até então só conhecidas em traduções
gregas ou etíopes; a Regra da comunidade ou Manual de disciplina, da qual está completo um manuscrito
que mistura doutrina teológica com prescrições práticas; a Regra da congregação, que determina
especialmente a precedência entre o Messias sacerdotal e o Messias militar e político; e A guerra dos filhos
Pedra de Rosetta
Nome pelo qual é conhecido o fragmento de basalto negro, encontrado nas proximidades da
cidade de Rosetta, no Baixo Egito, em 1799. Permitiu ao francês Jean-François de Champollion decifrar a
escrita hieroglífica, em 1822. Encontra-se no Museu Britânico.
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Arqueologia
Obelisco de Salmanasar
Salmanasar III foi rei da Assíria de 859 a 825 a.C. Filho e sucessor de Assur-Nasirpal II, consolidou e
ampliou o segundo império assírio com a conquista da Síria e do Urartu. Tornou-se conhecido por sua
crueldade. O fim de seu reinado foi marcado pela disputa de poder entre seus herdeiros, que levou a uma
guerra civil.
Como seu pai, Assurbanipal II, Salmanasar utilizou também o obelisco em vez de estelas para narrar
com relevos figurados e textos apropriados suas empresas militares. Obelisco é um monumento vertical
alongado e quadrangular construído sobre um pedestal e que apresenta o formato de pirâmide ou cone em
sua parte superior. No antigo Egito, costumavam ser erguidos em duplas, cercando a entrada dos túmulos ou
dos templos, e estavam associados, na maioria das vezes, ao culto do Sol.
O mais conhecido é o Obelisco Negro (2,02 m; Museu Britânico), chamado popularmente assim devido
à cor do seu alabastro. Ele apresenta sobre cada um de seus quatros ladros cinco quadros em relevo com a
representação de cenas de vassalagem de diversos reis e Estados submetidos e entrega de tributos forçados
(barras de metal, marfim, madeira, objetos manufaturados e animais domésticos ou selvagens, entre outros).
Num desses quadros aparece a entrega do tributo israelita, no tempo do rei Jeú, da casa de Omri.8
8
Federico Lara Peinado.- El arte de Mesopotamia.- Historia 16. Madrid; 1989. Págs. 92-93
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Arqueologia
O obelisco negro
Pedra Moabita
Os moabitas chegaram ao apogeu por volta do século IX, mas deles só restam poucos vestígios, como a
"pedra moabita" — uma das mais antigas inscrições alfabéticas conhecidas.
Os moabitas viveram na Palestina oriental, entre os séculos XIV e IV a.C. Etnicamente próximos dos
israelitas, são citados no Antigo Testamento em numerosas passagens da história de Israel. Seu ancestral,
Moab, era filho de Ló, sobrinho de Abraão. Cultuavam o deus Kemos, correspondente moabita de Iavé para
os israelitas. Davi, futuro rei de Israel, que tinha a moabita Rute por ancestral, buscou proteção no reino de
Moab contra Saul. Depois venceu e subjugou aquele reino, de onde Salomão trouxe esposas para seu harém.
No início do século IX a.C., o rei Mesa reconquistou terras perdidas por Moabe e mandou gravar a
pedra moabita. Nela ele apresenta sua versão a respeito do conflito entre Moabe e Israel.Seguiu-se um
período de estabilidade e florescimento, até que no século VIII os assírios chegaram à região. Nessa época,
os israelitas deixaram de conviver com os moabitas, apesar das afinidades lingüísticas, culturais e religiosas,
porque Isaías e outros profetas condenavam suas práticas religiosas.
Moabe participou, no início do século VI a.C., da coalizão que enfrentou a Babilônia. O historiador
judeu Flávio Josefo (século I da era cristã) situa a derrota moabita no ano 582 a.C. Nos séculos seguintes, a
região de Moab sofreu invasões de nômades até que foi conquistada pelos nabateus, provavelmente ao final
do século IV a.C.
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Arqueologia
O Código de Hamurábi
Chama-se Código de Hamurábi o conjunto de leis promulgado pelo imperador babilônico Hamurábi no
século XVIII a.C., que unificou o direito costumeiro sumério e Arcádio.
O nome de Hamurábi, rei que levou a Babilônia ao máximo esplendor, permanece indissociavelmente
ligado a um dos mais importantes códigos jurídicos da antiguidade.
Hamurábi foi o sexto rei da primeira dinastia babilônica, chamada dinastia dos amorritas. Filho de
Sinmuballit, quinto rei da dinastia, reinou aproximadamente de 1792 a 1750 a.C. Com Hamurábi, a
Babilônia tornou-se herdeira de toda a civilização milenar sumério-acádica. Pouco depois de ascender ao
trono, o jovem soberano deu início à fusão de semitas e sumérios em uma unidade política e civil, imposta
não só pelas armas, mas também pela ação administrativa e pacificadora.
Hamurábi restaurou os templos importantes do país, abriu novos canais e reparou os antigos, para dar
impulso à agricultura na planície mesopotâmia. Os tributos, em forma de dízimo, eram pagos em dinheiro ou
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Arqueologia
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tumba foi duas vezes invadida por saqueadores, capturados antes de praticarem danos maiores. Somente em
1922, durante exploração na necrópole do vale dos reis, uma missão arqueológica britânica dirigida por
Howard Carter descobriu o sepulcro e várias câmaras intactas. Em seu interior encontrou, junto ao sarcófago
e à múmia do faraó, um enorme tesouro em ouro, jóias e obras de arte.
Estela de Merneptá
Conhece-se como estela o monumento monolítico, com ou sem inscrições e baixos-relevos, erguido
para assinalar locais sagrados, sobretudo funerários. A estela de Merneptá é uma das mais conhecidas. Nela,
Merneptá, filho de Ramsés II, se gaba da conquista de Israel: a única menção conhecida de Israel em antigos
textos egípcios.
Estela de Ur-Nammu
Ur-Nammu (c.2000 a.C) foi um soberano sumério. Primeiro rei da dinastia de Ur, publicou o mais
antigo código de leis da Mesopotâmia. Em seu reinado foi erigido o grande zigurate de Sin.
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* O palácio de Jericó onde Eglom, rei de Moabe, foi assassinado por Eúde (Juízes 3:15-30).
* O Portão leste de Siquém onde Gaal e Zebul observaram a aproximação das tropas de Abimeleque (Juízes
9:34-38).
* O Tempo de Baal / El-Berite em Siquém, onde foram obtidos fundos para o reinado de Abimeleque e onde
os cidadãos de Siquém se refugiaram quando Abimeleque atacou a cidade (Juízes 9:4, 46-49).
* O tanque de Gibeão onde as forças de Davi e Is-Bosete lutaram pelo reinado de
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Arqueologia
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A existência de Jesus como registrado por Josephus, Suetônio, Thallus, Plínio o Jovem, o Talmude e
Lucian.
Expulsão de judeus de Roma durante o reinado de Cláudio (A.D. 41-54) (Atos 18:2), como registrado por
Suetônio.
Capítulo IV
O DILÚVIO E A ARQUEOLOGIA
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Arqueologia
historiador. Ele exige sempre uma demonstração clara e material. E essa não existia; nenhum cientista,
qualquer que fosse a sua especialidade, pudera dá-la. E a verdade é que foi por puro acaso, isto é, graças as
escavações que visavam algo completamente diferente, que se apresentou a prova insofismável da existência
do dilúvio. E isso aconteceu num sítio de escavações realizadas em Ur dos Caldeus!
Expedições Arqueológicas:
Havia já seis anos que os arqueólogos americanos e ingleses estudavam o terreno junto ao Tell al
Muqayyar, que nessa época dava a impressão de uma obra colossal. Quando o trem de Bagdá se detinha
nesse local por um instante, os viajantes olhavam com espanto para os gigantescos montes de areia retirada.
Trens inteiros de terra eram removidos, examinados cuidadosamente, passados na peneira; lixo milenar era
manejado como se se tratasse de valioso tesouro. A atividade, os cuidados, as fadigas e o zelo de seis anos
produziram uma colheita prodigiosa. Aos templos sumérios com armazéns, fábricas e tribunais, as ricas
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Arqueologia
Durante dois séculos, os habitantes de Ur haviam depositado seus homens notáveis naqueles túmulos.
Com a abertura da mais profunda e última câmara tumular, os pesquisadores do século XX decidiram
continuar com as escavações.
Aprofunda-se as escavações:
Com a chegada do verão de 1929, aproximava-se do fim a sexta campanha de escavação no Tell al
Muqayyar. Woolley pôs mais uma vez seus auxiliares nativos a trabalhar no monte dos "túmulos reais". Não
podia descansar, queria ter certeza se a terra sob o túmulo real mais profundo poderia oferecer descobertas
durante o novo período de escavações. Depois de retirados os alicerces do túmulo, algumas centenas de
golpes de pá revelaram que embaixo havia mais camadas de entulho. A que profundidade do passado
chegariam aqueles mudos cronômetros? Quando surgiria, debaixo daquela colina, a primeira povoação
assente em solo virgem? Era isso o que Woolley queria saber! Lentamente, com muito cuidado, a fim de ter
certeza, mandou abrir poços e ficou ali para examinar as camadas extraídas. "Quase imediatamente se
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Arqueologia
O fundo do poço, onde começava a camada de limo, ficava muitos metros acima do nível do rio. Não podia
ser, portanto, aluvião do Eufrates. Que significava, pois, aquela extraordinária camada de limo? Como se
formara? Nenhum dos seus colaboradores conseguiu dar uma resposta conclusiva. Continuaram, pois,
aprofundando o poço. Superexcitado, Woolley observava, enquanto cesta após cesta ia saindo da escavação e
o conteúdo era imediatamente examinado. As pás continuaram cavando, um metro, dois metros... era ainda
puro limo. A cerca de três metros de profundidade, a camada de limo terminou tão bruscamente como havia
começado. Que viria a seguir?
As cestas que apareceram a luz do dia, a seguir, deram uma resposta que nenhum daqueles homens
podia ter imaginado. Não podiam acreditar no que viam. Esperavam terra virgem, mas o que lhes aparecia ali
sob o sol implacável era novo entulho, depois mais entulho, detritos de outrora, e, entre eles, numerosos
cacos de barro, sob uma camada de quase três metros de puro limo, topavam de novo com restos de
habitações humanas. Mas tanto o aspecto como a técnica da cerâmica haviam mudado notavelmente. Acima
A descoberta do Dilúvio:
Naquele dia, um telégrafo da Mesopotâmia transmitia para o mundo a mais extraordinária notícia que
ouvidos humanos já ouviram: "Descobrimos o dilúvio!" A tremenda descoberta realizada em Ur ocupou as
manchetes da imprensa dos Estados Unidos e da Inglaterra.
O dilúvio - essa era a única explicação possível para a enorme jazida de lama sob a colina de Ur que
separava nitidamente duas épocas humanas. O mar havia deixado aí seus vestígios incontestáveis sob a
forma de restos de pequenos animais marinhos. Woolley quis ter certeza o mais depressa possível. Podia ser
que um acaso, se bem que improvável, tivesse iludido a ele e aos seus colaboradores. Mandou escavar um
poço a uns trezentos metros do primeiro.
As pás puseram a descoberto o mesmo perfil: cacos de olaria, camadas de limo, restos de objetos de barro
moldados a mão.
A fim de afastar toda e qualquer dúvida, mandou finalmente escavar ainda outro poço na massa de
escombros, num lugar onde as habitações humanas se erguiam sobre uma colina natural; portanto, em
camadas situadas acima do depósito de limo.
A uma profundidade mais ou menos igual aquela em que nos dois outros poços acabavam de repente as
vasilhas feitas no torno, aí também deixaram de aparecer. Imediatamente abaixo, seguiam-se vasilhas feitas a
mão... exatamente como Woolley imaginara e havia esperado. Somente aí faltava, naturalmente, a camada de
limo divisória. "Cerca de cinco metros abaixo de um pavimento de tijolos", observa Woolley," a que
podíamos atribuir com relativa segurança a data de 2700 anos a.C., encontramos as ruínas daquela cidade
que existira antes do dilúvio."
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Arqueologia
Até onde se estenderia a camada de limo? Que regiões teriam sido abrangidas pela catástrofe? Uma pesquisa
regular dos vestígios da grande inundação está sendo levada a efeito atualmente, em outros sítios no sul da
Mesopotâmia. Outros arqueólogos descobriram em Kish, ao nordeste da antiga Babilônia, onde o Eufrates e
o Tigre, fazendo grandes curvas, se aproximam um do outro, um novo e importante ponto de referência. Em
dado momento, toparam com uma camada de terreno de aluvião, se bem que aí tenha apenas meio metro de
espessura. Por meio de sondagens, consegue-se estabelecer a extensão geral da enorme inundação. Segundo
Woolley, a catástrofe cobriu, ao nordeste do Golfo Pérsico, uma extensão de seiscentos e trinta quilômetros
de comprimento por cento e sessenta de largura.
Após inúmeras pesquisas e tentativas de interpretação sem resultados concretos, havia muito que se tinha
abandonado a esperança de solucionar o grande mistério do dilúvio, que parecia recuar para épocas
remotíssimas, insondáveis para o homem. Então, eis que o trabalho incansável e seguro de Woolley e de seus
colaboradores produzia para os cientistas um resultado espantoso: não só fora descoberta uma imensa e
A busca pela Arca de Noé tem recebido atenção internacional nas últimas duas décadas. Dezenas de
expedições à região do Ararate na Turquia Oriental, a maioria das quais compostos por grupos cristãos norte-
americanos, têm gerado numerosas afirmações - sem no entanto prova alguma.
De acordo com a Bíblia, a Arca de Noé era uma grande barcaça construída de madeira e
impermeabilizada com betume. Suas dimensões eram aproximadamente 450 pés de comprimento, 75 pés de
largura e 45 pés de altura com três andares interiores. Aparentemente, uma "janela" foi construída ao seu
teto. (Gênesis 6:14-16). As dimensões da Arca tornam-a a maior embarcação marítima conhecida existente
antes do século XX e suas proporções são surpreendentemente semelhantes às encontradas nos grandes
transatlânticos atuais.
A Bíblia diz que o barco de Noé repousou sobre "os montes de Ararate" (Gênesis 8:4). "Ararate"
provavelmente se refere uma região (o antigo reino de Urartu) e não um monte específico. Após a saída de
Noé e sua família para a montanha, o barco virtualmente desapareceu das páginas da Bíblia. Os escritores
bíblicos que vieram posteriormente nunca deram indicativos de que soubessem que a Arca ainda podia ser
vista.
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Arqueologia
O monte atualmente denominado "Ararate" é semelhante a uma cadeia com dois picos gêmeos. É muito
interessante observar que existem diversas referências no decorrer da história que relatam sobre um grande
barco em uma montanha nesta região. As mais antigas referências (início do século III D.C) sugerem que era
de conhecimento geral que a Arca ainda podia ser vista no Monte Ararate.
Reportes durante o século passado envolvem visitas à embarcação, coleta de madeira e fotografias
aéreas. Em geral, acredita-se que pelo menos uma parte da Arca ainda está intacta, não no pico mais alto,
mas em algum lugar acima do nível dos 10.000 pés. Aparentemente encoberta por neve e gelo na maior parte
do ano, apenas em alguns verões quentes a estrutura pode ser localizada e visitada. Algumas pessoas dizem
terem andado no seu teto, outras terem andado na parte interna.
Nos anos 80, a "arca-logia" obteve certo ar de respeitabilidade com a participação ativa do ex-astronauta
da NASA James Irwin em expedições à montanha. Além disso, as investigações sobre a Arca também foram
aceleradas com a dissolução da União Soviética, pois a montanha estava justamente na fronteira entre União
Capítulo VI
A CONTROVÉRSIA DO SANTO SUDÁRIO
Sudário era uma espécie de véu com que se cobria a cabeça dos mortos na antiguidade. Neste
sentido, chama-se de santo sudário ou sudário de Turim a mortalha ou lençol de linho supostamente
pertencente ao sepulcro de Cristo. Descoberto em 1354 e conservado desde 1578 na catedral de Turim. Há
muita controvérsia a respeito. Uns dizem datar do primeiro século enquanto outros afirmam remontar ao
período entre 1260 e 1390.
Testes químicos feitos na Itália comprovam pelo menos uma coisa: que o tecido envolveu realmente um
corpo, afastando a hipótese de fraude, pelo menos no que diz respeito ao aspecto biológico. As marcas
encontradas no Santo Sudário – uma das relíquias mais sagradas da Igreja Católica e que teria envolvido
Jesus Cristo depois da crucificação – são de um corpo humano. A revelação foi feita num simpósio
organizado pelo Centro de Sindologia (estudo do Sudário) de Turim, na Itália, onde está guardado o manto.
Participaram do simpósio 40 cientistas de 10 países. "Pesquisas físicas e químicas, feitas com a ajuda de
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Arqueologia
computadores, permitiram estabelecer que a imagem humana visível na tela não é uma pintura, mas o
resultado da oxidação e da desidratação de um corpo humano", afirmou Gian Maria Zaccone, vice-presidente
do Centro Internacional de Sindologia. Os cientistas não conseguiram, no entanto, explicar como ocorreu a
oxidação. Idade da peça permanece um mistério O tecido tem traços de sangue humano e pólen de plantas
que existem em Jerusalém. Mas ainda persiste a polêmica sobre a idade do tecido, pois análises com o
elemento carbono 14, feitas em 1988, indicaram que a peça remonta à Idade Média. O simpósio reconheceu
essas análises, mas acrescentou que não se pode descartar uma possível contaminação do tecido, o que
alteraria os resultados. O Santo Sudário será exposto novamente para o público, de 12 de agosto a 22 de
outubro, na Catedral de Turim.
Capítulo VII
Intrigantes, inquietantes, polêmicos e esclarecedores. Apenas um misto de palavras pode definir o que
são os Manuscritos do Mar Morto e sua importância para os estudiosos da religião.
Descobertos em 1947 por um garoto beduíno que pastoreava cabras ao largo das cavernas de Qumrã,
nos arredores do Mar Morto, e vendidos pelo amigo desse pastorzinho a um estudioso judeu e um padre,
esses rolos de pergaminho, pele e bronze achados em jarros de barro, que já viajaram o mundo, passando
pelas mãos de estudiosos e catedráticos, têm feito uma verdadeira revolução no estudo do judaísmo e do
cristianismo do século I.
Apresentados ao mundo, os Manuscritos do Mar Morto tem influenciado e esclarecido, desmistificado e
reafirmado vários pontos do panorama bíblico.
Mas, apesar disso tudo, perguntas ficam no ar sempre que esses manuscritos são citados, pois,
constantemente, ouve-se muita polêmica ao seu redor. A primeira pergunta que logo se faz é qual o
importante legado que esses pergaminhos deixaram para a estudo bíblico? Como e porque esses antigos
escritos podem ajudar na compreensão do século I, do judaísmo e do cristianismo primitivo?
Essa intrigantes perguntas vão aos poucos sendo respondidas quando se começa a descobrir o dia-a-dia da
comunidade de Qumrã, seus hábitos, leis e crenças. Quando se começa a tomar conhecimento do que
realmente se passava no panorama político, econômico e social da época dos qumramitas. Miraculosamente,
uma novo modo de pensar é revelado quando se toma contato com esse admirável novo mundo bíblico.
E mais, passa-se a ver que os Manuscritos do Mar Morto foram um descoberta de valor inestimável,
pois tanto confirmam a integridade e validade do texto bíblico (vide o rolo do livro de Isaías, onde, em todo
texto, achou-se apenas sete variantes, sendo seis palavras diferentes, porém sinônimas, e uma que, apesar de
não ser sinômina, em nada alterava a integridade do livro) como também esclarecem o texto, pois tiram o
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Arqueologia
véu do mistério que encobria o real modo de pensar, viver e acreditar das pessoas mais próximas a época do
início do cristianismo.
A Comunidade de Qumrã
Comumente incluída na seita dos essênios, a comunidade inicial era formada de doze leigos e três
sacerdotes, que simbolicamente representavam as doze tribos de Israel e os três clãs levíticos (cf.Gn 46:11).
Provavelmente, eles acreditavam ser um novo povo de Deus e, no seio do seu país, da terra de Israel, o
restante fiel que obedeceria perfeitamente a lei de Moisés e a todas as revelações particulares dadas a Levi e
seus descendentes.
E mais, criam constituir um verdadeiro templo onde poderá se desenvolver uma liturgia segundo a
vontade de Deus. Inspirados em Isaías 28:16, acreditavam que quem quisesse viver nessa comunidade
deveria comportar-se sempre em perfeito estado de pureza como no templo ou como no santo dos santos.
Para atingir esses alvos, tinham três objetivos: estabelecer a aliança segundo os decretos eternos, expiar em
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Arqueologia
Diferentemente da opinião do crítico literário Robert Alter, que diz que "os rolos do Mar Morto são
escritos de valor literário e espiritual menor, pois não oferecem qualquer conexão significativa entre o
pensamento bíblico e o pensamento rabínico primitivo, e que os seus autores - os qumramitas - estavam
fisicamente isolados do corpo político dos judeus" ("How The important are the Dead Sea Scrolls?", pp. 34-
41), é indiscutível o valor, a importância e a significação básica que os rolos têm para a real compreensão do
desenvolvimento do judaísmo e do cristianismo. Como é sabido, os rolos "representam aspectos diversos da
real condição do judaísmo durante três séculos do período intertestamentário - com todas as suas
complexidades sectárias e heterodoxas".
E mais, boa parte dos manuscritos datam claramente do período asmoneu, um período que, nas palavras
de Menachem Stern, "(...)levou a independência espiritual e material da nação judaica tanto na Judéia quanto
fora. (...) No século II a.C. um estado judaico expandiu-se sobre toda a Palestina, (...) que tornou-se religiosa
e nacionalmente, a Grande Judéia, e esse fato imprimiu sua marca no caráter religioso, cultural e étnico na
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Arqueologia
primitivos.
Se pegarmos, por exemplo, os apóstolos João e Paulo, encontrar-se-á muitas semelhanças entre seus
escritos e os rolos. Em João encontramos, entre outros pontos, o dualismo-luz-trevas que também
aparece freqüentemente nos textos de Qumrã. Enquanto em João 12:35-36 lemos "Jesus lhes disse:
Por pouco tempo a luz está entre vós. Caminhai enquanto tendes luz, para que as trevas não vos
apreendam: quem caminha nas trevas não sabe para onde vai. Enquanto tendes luz, crede na luz, para
vos tornardes filhos da luz", no rolo de "Regras da Comunidade" na coluna 3 linha 19 a 25, lê-se que
"Na morada da Luz... Nas mãos do Príncipe das Luzes está a dominação de todos os Filhos da Justiça
— eles caminham nas vias da Luz - e nas mãos do Anjo das Trevas está a dominação dos Filhos da
Perversidade - e eles caminham nas vias das Trevas. E é por causa do Anjo das Trevas que se dividem
os Filhos da Justiça... e todos os espíritos de sua parcela tentam fazer cambalar os Filhos da Luz, mas o
Deus de Israel e o Seu Anjo de verdade ajudam todos os Filhos da Luz".
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século II a.C., havia judeus palestinos que continuavam a usar a escrita hebraica original em textos do
Pentateuco. E mais, esses rolos e outros fragmentos bíblicos encontrados nas cavernas, mostram que, na
época em que os manuscritos foram escondidos, ainda não existia uma versão única e canonizada das
escrituras, mas sim versões diferentes dos mesmos textos que circulavam entre os palestinos.
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anunciam a vinda de Jesus como também dizem a Maria e José o que fazerem. Já em Apocalipse, os anjos
tanto cultuam a Deus como executam as punições de Deus contra os ímpios.
Outra semelhança a se considerar é a existente entre a doutrina dos "Dois Espíritos" encontrada tanto no
Manual de Disciplina como em algumas passagens do Novo Testamento. De acordo com o "Manual de
Disciplina", as almas humanas são guiadas por dois seres espirituais ou anjos: o espírito da luz tenta guiar a
humanidade pelos caminhos da equidade e é quem governa sobre todos os indivíduos justos; já os Espírito
das Trevas, tenta as pessoas a agirem iniquamente e tem total domínios sobre os iníquos. No Novo
Testamento, Satã aparece diversas vezes como um espírito que tenta as pessoas a praticar o mal, chegando a
tentar inclusive a Jesus (Mt. 4:1-11). Também 1 Jo. 4:16, fala do espírito do anticristo que, sendo oposto ao
espírito da verdade, opõe-se ao povo de Deus e tenta desviá-lo do bom caminho.
Interessante também é o fato de que tanto os cristãos primitivos como os autores de alguns dos rolos
buscarem alternativa ou substituição para o sacrifícios de sangue. Para os primeiros cristãos a alternativa foi
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Arqueologia
Curso de Arqueologia
CONCLUSÃO
―Deus tem conservado dois registros históricos de Seu relacionamento especial com o ser humano e
de Suas revelações a este. A Bíblia, escrita originalmente em pergaminhos e chegada, com grande
dificuldades, às nossas mãos, é um deles. O outro registro é constituídos pelas ruínas e os idiomas
desconhecidos dos países de onde veio a Bíblia.‖9
A arqueologia tem, em pelo menos duas dezenas de anos de investigações topográficas e
arqueológicas, recolhido os fios da vida primitiva escondidos sob milhares de montículos que ocultavam
antigas cidades e , com eles, teceu um painel que concorda perfeitamente com as vidas e os acontecimentos
em torno das personagens citadas pela Bíblia.
A arqueologia tem trazido à luz dos nossos dias milhares de evidências ―externas‖ que confirmam
as narrações das Escrituras.
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“Suplemento Arqueológico”, na Bíblia Thompson, por G. Frederick Owen, D.D., Ed. D.
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BIBLIOGRAFIA
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