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Conceitos:
TRANQUILIZANTES:
Butirofenonas: Azaperone.
ANSIOLÍTICOS:
HIPNOANALGÉSICOS:
ANTI-COLINÉRGICOS:
Atropina e Glicopirrolato.
Anti-colinérgicos
Efeitos:
Fenotiazínicos e Butirofenonas
Efeitos:
Agentes Fenotiazínicos
Acepromazina: 0,05 a 0,1 mg/kg IM ou IV. Duração dos efeitos de até 10
horas. Quanto mais aumenta a dose, mais aumenta os efeitos
terapêuticos e colaterais.
Agentes Butirofenonas
Causa sedação potente, mas em suínos para uma sedação mais eficaz são
utilizados cetamina, acepromazina e morfina associados ao azaperone.
Ansiolíticos
Benzodiazepínicos
Hipnoanalgésicos
Agonistas alfa-2-adrenérgicos
Opióides
VANTAGENS
equipamento
Custo reduzidos
DESVANTAGENS
relaxamento muscular
OS barbitúricos causam uma depressão progressiva que vai desde a Sedação ligeira até
o choque bulbar, podendo sua ação provocar excitação, delírio, euforia e confusão
mental. Na dose maciça por tiobarbituratos, pode ocorrer apnéia transitória, mas em
estímulo doloroso reverterá esse efeito desencadeando a resposta respiratória.
Fármacos e doses
BARBITÚRICOS –
Tiopental:
Frasco com 1g de pó
Apneia transitória
Indicações
- Indução anestésica
- procedimentos diagnósticos
- anticonvulsivante??
- Cães e gatos: sem MPA 25 mg/kg com MPA 12,5 mg/kg - Equinos e bovinos: sem
MPA 1g/100 kg com MPA 1g/200 kg
Infelizmente, em nosso meio, há poucos fármacos que não fazem parte do grupo dos
barbitúricos. Os principais fármacos que encabeçavam este tópico eram a alfaxolona e
a alfadolona (atualmente fora do comércio), substituídos atualmente pelo propofol.
Hidrato de cloral
Alfaladona + Alfaxalona
Metomidato
Uretan
Propofol
Etomidato
Propofol
Doses:
- Cães: 2 a 10 mg/kg IV
- Equinos: 2 mg/kg IV
Infusão contínua:
Etomidato
lesões intracranianas
Doses:
- Cães: 1 a 3 mg/kg IV
- Felinos: 1 a 3 mg/kg IV
Anestesia Dissociativa
Efeitos adversos
Tremores musculares.
Estimulação do SNC.
Salivação.
Delírio.
Para diminuir esses efeitos adversos, sempre deve-se associar outros fármacos como
relaxantes musculares que vão diminuir a rigidez do paciente, ou a atropina que é
utilizada antes da anestesia dissociativa para diminuir as secreções do trato respiratório
e a salivação. Este protocolo de anestesia dissociativa não é recomendado, para
processos dolorosos e muito invasivos.
Efeitos Colaterais
Espasticidade tônica.
Tremores musculares.
Estimulação do SNC.
Nistagmo.
Salivação.
Secreções do Trato Respiratório.
Para diminuir estes efeitos os fármacos mais utilizados para associar são os
fenotiazínicos. O sulfato de Atropina não é recomendado, pois provoca aumento da
atividade cardíaca.
Para aumentar essa analgesia associar com opióides ou com agonistas alfa-2.
A anestesia dissociativa só promove analgesia somática, e mesmo com associação de
outros fármacos a analgesia é baixa, portanto esta não deve ser utilizada em
procedimentos invasivos viscerais e dolorosos.
Mecanismo de Ação
Agentes Dissociativos
A Fenciclidina não é mais utilizada, apenas seus derivados, onde a mais utilizada é a
Cetamina.
Farmacologia
Cetamina
Período de latência
o IM: 5 minutos
Tiletamina
pH: 2,8
Período de latência
Duração de ação
o IM: 60 minutos
Biotransformação
É hepática.
Excreção
Renal.
Portanto, utilizar com cautela em nefropatas.
Doses
Cetamina:
IV: 2-5 mg/kg
IM: 10-20 mg/kg
Tiletamina:
IV: 2-5 mg/kg
IM: 7,5-10 mg/kg
Outros Efeitos
Vias de Administração
Via intramuscular
Via intravenosa
Utilizar dose menor
Via peridural
Menor dose
Uso Clínico
Sempre utilizar associado à outros fármacos, quando não associa provoca: hipertonia
muscular, recuperação violenta, convulsão e analgesia incompleta (só causando
analgesia somática, ou seja, muscular).
Controle da Dor
• Dor aguda
• Dor Crônica
A dor crônica advém de processos dolorosos de longa duração, que podem ser
causadas por doenças crônicas, ou por mau manejo da dor após traumas ou cirurgias.
Tanto em caninos como em felinos as duas principais afecções causadoras de dor
crônica são a osteoartrose e o câncer. Alterações comportamentais e fisiológicas não se
manifestam em pacientes que sofrem de dores crônicas, que costumam apresentar
sinais de forma mais discreta. As alterações de comportamento são típicos de
depressão, como redução do apetite ou apetite seletivo, menor tolerância ao exercício,
apatia, agressividade. A dor crônica é de difícil controle e acarreta em perda, muitas
vezes grave, da qualidade de vida do animal.
• Dor neuropática
• Terminologia:
Dor – quando por algum motivo o estímulo continua, a nociocepção torna-se mais
forte, até superar o limiar de dor e consegue alcançar as áreas do córtex cerebral,
transformando-se em consciente, ou seja, em dor.
Dor fisiológica – age como mecanismo protetor, para incitar o indivíduo a se afastar de
uma possível fonte de lesão, evitar movimentos ou contato com estímulos externos
durante a fase de reparação de uma injúria.
Dor patológica – resposta exagerada, muito além de sua utilidade protetora. A dor
patológica é resultado de um processo inflamatório crônico, como artrite e câncer, ou
de lesão aguda, como traumatismo e cirurgia. Tem um efeito protetor menos claro ao
indivíduo e, sempre que possível, deve ser tratada.
Dor somática – originada de lesões em ossos, articulações, músculos e pele. Descrita
em humanos como localizada, constante, lancinante, contínua e pulsante.
Analgesia multimodal – uso de várias drogas com diferentes ações que podem agir em
diferentes níveis das vias nocioceptivas, para produzir uma analgesia ideal.
Alodinia – refere-se à uma dor resultante de estímulo não nocivo sobre a pele normal.
Sedação – depressão do sistema nervoso central, mediada via córtex cerebral, em que
o paciente está sonolento, porém despertável.
Anestesia – perda total ou parcial da sensação. Também pode ser definida como
insensibilidade à dor induzida por medicamentos. Pode tornar o paciente inconsciente
(anestesia geral) ou apenas insensibilizar uma parte do corpo (anestesia local).
• Consequências da Dor
Já se sabe que quanto mais cedo se iniciar o tratamento do “sinal” dor e mais seletiva
for a terapia ministrada, maior será a eficiência e menores serão os efeitos adversos
que se instalarão como conseqüência dela. É possível afirmar ainda que pacientes não-
tratados adequadamente com analgésico, apresentam recuperação retardada e ainda
podem desenvolver complicação e cronificação dos eventos.As conseqüências da dor
excedem a parte emocional. Diversos estudos demonstram que a dor pode acarretar
danos para a saúde do animal, produzindo efeitos sistêmicos negativos sobre a
homeostase.Animais com dor tendem a ficar estressados e seu comportamento
alterado; sua recuperação se torna agitada, havendo um aumento da morbidade,
retardo na cicatrização e queda da imunidade, causada pelo aumento do cortisol,
tendo como conseqüência maior predisposição a infecções secundárias e aumento do
tempo de internação.A liberação de catecolaminas estimula o sistema simpático,
aumentando o trabalho cardíaco e o consumo de oxigênio do miocárdio. Níveis
aumentados de insulina e glucagon induzem a um desvio metabólico, aumentando a
gliconeogênese em função do desequilíbrio entre eles e do excesso de catecolaminas
circulantes. Ocorre aumento do catabolismo protéico e por fim inapetência e
caquexia.O desvio do fluxo sanguíneo do trato gastrointestinal causado pela
estimulação simpática continuada compromete a motilidade e afeta a irrigação da
mucosa intestinal, podendo ocasionar alterações na flora bacteriana, má absorção,
distúrbios eletrolíticos e sepse.Estímulos dolorosos e os efeitos psicológicos da
percepção da dor podem resultar numa cascata complexa de eventos fisiológicos,
inclusive recrutamento dos eixos simpático-adrenal e hipotalâmico-ptuitária. Essa
“resposta ao estresse” induz a um estado hipermetabólico, e caso essa condição se
prolongue, pode ocorrer acidose láctica, depleção dos estoques de energia, prejuízo à
cicatrização, úlceras gastrintestinais e falência de órgãos decorrente de baixa perfusão.
Em casos de lesão no tórax ou medula toracolombar, a dor associada com o
movimento ou a expansão da caixa torácica prejudica a função pulmonar. A redução do
estímulo nocioceptivo e da intensidade da dor por meio de técnicas de analgesia
podem melhorar a resposta de estresse e os efeitos da dor na função pulmonar.A dor
prolongada ou não tratada promove uma resposta de estresse prolongada e destrutiva,
caracterizada pela desregulação neuroendócrina, fadiga, disforia, mialgia,
comportamento anormal e desempenho físico alterado.
Anestésicos locais
Os anestésicos locais (AL) são substâncias que bloqueiam a condução nervosa de forma
reversível. Bloqueiam principalmente os impulsos nervosos que conduzem os estímulos
dolorosos, causando então uma perda temporária da sensibilidade daquele local.
Eles promovem analgesia para o pós-cirúrgico, diminui a dose dos outros anestésicos
administrados, e quando administrado AL pode-se deixar o paciente em um plano
anestésico mais superficial.
Se o profissional utilizar a técnica errada e lesionar algum nervo, o animal pode não
voltar a ter sensibilidade no local.
Mecanismo de ação: Os anestésicos locais agem na membrana celular, bloqueando os
canais de sódio, causando uma hiperpolarização da membrana, consequentemente
inibe a propagação do impulso nervoso.
Estrutura Química dos Anestésicos Locais
A estrutura química é quem determina os efeitos clínicos dos anestésicos locais. Eles
são constituídos de três partes fundamentais:
Grupo Aromático: principal determinante da potência do anestésico local. É a porção
lipofílica do fármaco, é responsável pela absorção do anestésico pelo tecido nervoso.
Anestésico Cadeia
Grupo Aromático Grupo Amina
local Intermediária
Cocaína Ácido benzóico Éster Amina Terciária
Para-
Procaína Éster Amina Terciária
aminobenzóico
Para-
Tetracaína Éster Amina terciária
aminobenzóico
Lidocaína Xilidina Amida Amina terciária
Bupivacaína Xilidina Amida Amina terciária
Ropivacaína Xilidina Amida Amina terciária
Amina
Prilocaína Xilidina Amida
secundária
Sequência do bloqueio anestésico
O anestésico é administrado, ocorre uma expansão da membrana pela base, a forma
ionizável do fármaco se liga ao receptor dos canais de sódio, ocorre a inibição dos
canais de sódio e uma diminuição da condutância do sódio, então há uma depressão
da depolarização da membrana, bloqueando o desenvolvimento do potencial de ação,
e a propagação do impulso nervoso.
São bloqueados os impulsos nervosos de sensibilidade e os motor.
Os anestésicos locais estão disponíveis na forma de um sal hidrossolúvel, de baixo pH
(ácido), portanto a maioria do fármaco está na forma ionizada. O anestésico é
administrado na forma ionizada, no organismo, se transforma na forma não ionizada
para ser absorvido pela membrana celular. Ao ser absorvido, se transforma na forma
ionizada, que vai se ligar nos pontos específicos dos canais de sódio para gerar o efeito.
Em áreas inflamadas (feridas contaminadas, abscessos), o pH é mais baixo (mais ácido),
então o anestésico não consegue se transformar da forma ionizada para a forma não
ionizada, portanto não é absorvido pela membrana celular. Ou seja, nesses locais os
anestésicos locais não tem ação, são ineficazes.
Absorção
Os anestésicos locais podem ser absorvidos pela corrente sanguínea, podendo causar
intoxicação, e causando uma diminuição da qualidade e duração do bloqueio
anestésico.
As intoxicações por AL ocorrem mais em gatos e cães pequenos, portanto nesse
animais deve-se calcular a dose tóxica corretamente. A intoxicação causa efeitos
neurológicos.
Já em grandes animais é muito difícil ocorrer intoxicação, por isso, normalmente nem
se faz o cálculo da dose tóxica.
A absorção depende da:
7 (sem vaso),
Lidocaína 20 16 - 28 10 - 15 1,0 - 2,0
9 (com vaso)
2 (sem vaso),
Bupivacaína 3,5 - 4,5 5 - 11 20 - 30 2,5 - 6,0
3 (com vaso)