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Nome: Leonardo A.

do Nascimento
Data: 14/08/18
Fundamentos e práticas da escrita, Professor Marcelo Fröhlich

Largue o celular

“Quem não lê, não escreve” diz o ditado ou a sabedoria popular. Independente disso o
fato é que a recíproca é verdadeira. Mas qual o papel da escrita num contexto moderno e
tecnológico, em que nossas mãos se desabituaram à sensação do ato de escrever, onde nossa
mente é escravizada pela rapidez das informações, não nos dando tempo para absorvê-las? E o
mais importante: como um professor estimula seus alunos a escrever, de forma a suprir as
carências acima citadas?
Imagine um professor ensino médio com um total de 35 a 40 alunos em sala de aula. O
desafio é fazer com que os mesmos produzam um texto de gênero livre, pois o objetivo é
simplesmente exercitar a escrita e criar. Logo surge outro desafio: fazer com que eles primeiro
deixem o celular, amigo inseparável, de lado e se apropriem de um objeto muito estranho, que
aos poucos – infelizmente – perde a utilidade: a caneta. Tudo pronto! Caneta e papel... e então?
Algumas linhas surgem, nada substancial, um pouco de estranheza talvez, mas ao menos algum
progresso. “Sôr, dá uma lidinha, vê o que tu acha” salta uma voz no meio da sala.
A falta de ideias é consequência da falta de leitura. Enquanto não soubermos conduzir
nossos alunos por esse caminho, dificilmente eles sentirão prazer com a escrita. Eles precisam
entender e internalizar que existe sim uma sintonia entre ler e escrever e de que cada um é
capaz de produzir alguma coisa. Precisamos mudar o retrato da sociedade atual, sociedade que
olha mais para fora do que para dentro. Falo isso porque o processo de escrita também tem
relação com o nosso íntimo e quanto mais nos conhecemos, melhor escrevemos.
Escrever deve ser prazeroso e fazer sentido. Muito depende da inspiração do professor,
que deve motivar e fazer críticas construtivas. A construção de sentido, porém é com o aluno. É
ele que deve descobrir as razões que o levam a escrever.

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