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Generalidades
Neste anexo são apresentados os valores dos deslocamentos máximos requeridos para
situações usuais nas construções. Esses deslocamentos devem ser entendidos como valores
práticos a serem utilizados para verificação do estado-limite de serviço (ELS) de deslocamentos
excessivos da estrutura.
Considerações de projeto
S ser ≤ S lim.
Em alguns casos, limites mais rigorosos podem ter que ser adotados, portanto não são absolutos,
levando em consideração as seguintes características:
- O uso da edificação;
- A percepção de desconforto.
Os deslocamentos devem ser calculados conforme 4.9.8 (Determinação de respostas para ELS)
da norma NBR 8800, levando-se em conta a possibilidade de ocorrência de deformações
plásticas no estado-limite de serviço.
O efeito da rigidez à rotação das ligações, dependendo de avaliação do responsável pelo projeto,
pode ter que ser também considerado.
O responsável técnico pelo projeto deve analisar criteriosamente cada situação e decidir se
determinado deslocamento pode ser considerado um estado-limite reversível ou não.
Qual é a recomendação da norma em relação à classificação do estado limite de serviço
(ELS) em reversível ou irreversível?
ELS reversível: na falta de uma melhor avaliação, se um elemento estrutural suportar somente
componentes não sujeitos à fissuração e se seu comportamento em serviço for elástico, pode-
se considerar o deslocamento excessivo como um estado-limite reversível;
ELS irreversível: por outro lado, se o elemento estrutural suportar componentes sujeitos à
fissuração ou se o seu deslocamento em serviço levar à ocorrência de deformações plásticas,
deve-se entender seu deslocamento excessivo como um estado-limite irreversível.
O responsável técnico pelo projeto deve decidir quais combinações de serviço devem ser
usadas, conforme:
- A sequência de construção.
Quando o responsável técnico pelo projeto deve seguir o disposto na norma sobre as
combinações de serviço (sem necessidade de levar em consideração o que foi observado
na alternativa anterior)?
Em algumas notas da tabela C.1 constam algumas combinações de serviço a serem feitas:
- Na verificação dos deslocamentos máximos nas terças de cobertura na vertical para baixo
devem ser consideradas as combinações raras de serviço;
- Nas verificações dos deslocamentos das vigas de rolamento em geral: considerar combinações
raras de serviço.
Nota: existem três combinações de serviço e a combinação rara de serviço apenas reduz as
ações variáveis secundárias pelo fator de redução ( ψ1) e a ação variável principal considerada
é a característica (sem fator de redução).
Dependendo dos fatores mencionados, pode ser que se tenha de alterar uma combinação de
serviço comumente utilizada. Por exemplo, o deslocamento δmax está normalmente relacionado
à aparência da estrutura, devendo-se usar combinações quase permanentes. No entanto, as
combinações a seguir indicadas devem ser feitas nos seguintes casos específicos:
Combinação frequente:
- Afetar o funcionamento de equipamentos;
- Em vigas de rolamento.
Valores máximos
O objetivo dessa seção é indicar os valores máximos para os deslocamentos verticais (flechas)
e para os deslocamentos horizontais.
Os deslocamentos verticais são classificados a seguir utilizando uma figura de uma viga
biapoiada:
δ1: deslocamento devida às ações permanentes (sem efeitos de longa duração) [de cima para
baixo];
δ2: é o deslocamento devido aos efeitos de longa duração das ações permanentes (se houver,
geralmente é devido o concreto em estruturas mistas de aço e concreto) [de cima para baixo];
A consideração dos efeitos de longa duração deve ser feita conforme O.1.2.1 (seção
homogeneizada e efeitos de longa duração do concreto no anexo O).
Comente sobre a contraflecha.
No cálculo dos deslocamentos verticais a serem comparados com os valores máximos dados na
Tabela C.1 (os valores são os mesmos mostrados na apostila de aço I da UFMG e resumidos à
mão) pode-se deduzir o valor da contraflecha da viga até o limite do valor da flecha proveniente
das ações permanentes (δ1 ≤ δ0).
Quais são os deslocamentos responsáveis por causar danos aos elementos não-
estruturais?
Na maioria das vezes, apenas a parcela do deslocamento devida às ações variáveis (δ3),
somada à parcela (se houver) dos efeitos de longa duração das ações permanentes (δ2), é
responsável por causar danos aos elementos não-estruturais.
São comuns, entretanto, situações em que se deve somar também o deslocamento de parte das
ações permanentes (aquela que passa a atuar somente após a construção do elemento não-
estrutural considerado) ou mesmo considerar o deslocamento máximo, δmax (ver C.2.4).
Nota: essa alternativa é um comentário sobre as decisões a serem tomadas pelo responsável
técnico pelo projeto.
Para galpões em geral e edifícios de um pavimento com paredes de alvenaria (além do limitado
na tabela dessa seção), deve ser limitado o deslocamento horizontal (perpendicular à parede)
da estrutura, de maneira que a abertura da fissura que possa ocorrer na base da parede não
seja superior a 1,5 mm, entendida a parede como painel rígido.