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Enfermagem
Módulo I
Farmacologia
Produzido por:
Depto. Pedagógico - Escola Info Jardins
Rua Campos Sales, 303 - 8º andar
Centro de Barueri - SP
www.escolainfojardins.com.br
SUMÁRIO
Aplicação profissional da farmacologia ............................................................................................... 4
Mercado farmacêutico........................................................................................................................ 13
Hipoanalgésicos/psicofármacos ......................................................................................................... 18
Anestésicos......................................................................................................................................... 20
Cardiotônicos/antiarrítmicos/antianginosos ....................................................................................... 21
Diuréticos ........................................................................................................................................... 28
Vitaminas ........................................................................................................................................... 38
Antibióticos ........................................................................................................................................ 43
Penicilinas .......................................................................................................................................... 45
Tetraciclinas ....................................................................................................................................... 46
Soluções ............................................................................................................................................. 53
Bibliografia ........................................................................................................................................ 55
Introdução
1) A indicação
Deve ser conseqüência do diagnóstico e avaliação do paciente, e indicação terapêutica
medicamentosa, feita pelo médico, dentista ou médico veterinário.
2) O uso
Requer o correto seguimento das instruções, quanto à dose e ao esquema posológico, que
deve ser feito pelo próprio paciente ou responsável pelos seus cuidados. Os pacientes internados e
que, em muitos casos, requerem supervisão especializada, quanto ao uso do produto e a evolução de
seu estado, necessitam de cuidado do profissional da ENFERMAGEM.
É exatamente neste momento que toda a equipe clínica multiprofissional, inclusive os
técnicos e os demais auxiliares de enfermagem atuam de maneira efetiva e eficaz, uma vez que já
detêm os conhecimentos básicos da FARMACOLOGIA.
Fármacos/Medicamentos/Drogas/Remédios
Fármacos e Medicamentos
a) Animal- são extratos fundamentais retirados de tecidos de animais, temos por exemplo a
insulina obtida do pâncreas de suínos e bovinos.
b) Plantas- são obtidas das diversas partes das plantas: flores, folhas, frutos, raízes, como exemplos
têm a folha da digitalis roxa que estimula o coração e óleo de oliva ou rícino
c) Minerais- São usadas na medicina de maneira purificada, como exemplos têm, o enxofre que
após um cuidadoso processo, usa-se como parte de medicamentos da família das sulfas para tratar
infecções, temos também iodo e ferro.
d) Vitaminas- são fontes de vitaminas as plantas e animais, fundamentais ao organismo,
encontrados em sua grande maioria nos alimentos naturais.
e) Drogas sintéticas- Embora preparados com o auxílio de matéria-prima natural, são resultados
exclusivamente do trabalho de laboratório. Alguns não têm correspondente na natureza, outros são
a reprodução exata de drogas naturais, obtidas à custa de processos artificiais.
Posologia – são doses indicadas para aplicação dos medicamentos por dia ou por período.
Drogas de ação local: são aquelas que tem os efeitos restritos a uma pequena porção do organismo
onde foi aplicada, pode ser na pele ou mucosa.
a) Na pele. Através da aplicação de pomada em uma ferida, toque com nitrato de prata, lavagem de
uma ferida.
Drogas
São substâncias com estrutura não tão bem definida quanto os fármacos/ medicamentos,
utilizadas com ou sem a intenção de benefício, ou como instrumento auxiliar em investigação
científica.
Remédio
É tudo aquilo que é aplicado com a intenção de combater a dor, a doença Exemplos:
Tratamento dietético, cirurgia, psicologia, alteração de hábitos, higiene, crenças.
Farmacologia
Farmacocinética
Farmacodinâmica
Estuda a ação dos fármacos, assim como os efeitos terapêuticos objetivos e subjetivos que
eles provocam em organismos sãos e doentes. Estuda a ação da droga sobre o organismo.
Liberação
Parâmetro farmacocinético caracterizado pela liberação do princípio ativo da droga que
será responsável pelo efeito terapêutico
Absorção
Trata-se de um parâmetro que se caracteriza quando ocorre a passagem do princípio ativo de
um determinado compartimento do corpo humano para a corrente sanguínea. Só então pode-se
falar que o medicamento foi absorvido.
Distribuição
Caracteriza-se quando, logo após o principio ativo cair na corrente sanguínea (absorção),
este é rapidamente seqüestrado por proteínas específicas denominadas proteínas plasmáticas que se
ligam aos princípios ativos específicos e o levam ou o distribui ao longo de todo o corpo humano,
geralmente até o órgão alvo, porém antes, realiza uma passagem pelo fígado.
Metabolismo ou Biotransformação
É no fígado, que todos os princípios ativos capturados pelas proteínas plasmáticas são
ativados (metabolizados ou biotransformados), onde parte será enviada para o sistema renal e parte
continuará a ser distribuído pelos órgãos alvos. O fígado é o principal órgão de biotransformação
de fármacos por apresentar um imenso sistema de enzimas específicas e habilitadas para bioativar e
alterar quimicamente a droga.
Excreção
Excreção; é o processo de eliminação de determinadas substâncias para fora do organismo.
O processo de excreção pode ser feito por várias vias e será variável de acordo com a substância a
ser excretada.
As vias são - urinárias, fezes, suor, saliva, leite materno, ar expirado e outras secreções corpóreas.
Nasal (soluções)
As formas farmacêuticas de apresentação mais comuns por esta via são as soluções com
finalidade de obtenção de efeito local e constituem exemplos de drogas mais utilizadas por essa via
os antissépticos e os vasoconstritores.
Retal
As formas farmacêuticas mais comuns são os clisteres (forma liquida) e os supositórios
(forma sólida), que podem ser de ação local ou de ação sistêmica .
Vaginal
As drogas de administração por esta via destinam-se exclusivamente à obtenção de efeitos
locais. Entretanto, graças ao revestimento mucoso da vagina, sempre ocorre absorção, que se torna
maior na vigência de processos inflamatórios. As formas farmacêuticas mais comuns são os cremes
e os óvulos vaginais.
Tópica
A aplicação tópica de medicamentos é destinada geralmente a ação local.
Intratecal/intra-raquidiana
Por esta via administra-se medicamentos injetáveis no espaço subaracnóide espinhal, por
onde circula o líquor.
Intravenosa/Endovenosa/Parenteral
Presta-se principalmente à obtenção de concentrações sanguíneas elevadas e de efeitos
imediatos. Pelo fato dos medicamentos que utilizam esta via serem introduzidos diretamente na
corrente sanguínea, dizemos que não há absorção.
Intra-Arterial
É ocasionalmente utilizada, em particular quando se deseja efeito em determinado órgão ou
tecido. Assim, pode ser administradas por essa via agentes antineoplásicos para o tratamento de
tumores localizados, drogas vasodilatadoras em moléstias vasculares periféricas e contrastes radio-
radiológicos.
Intramuscular
Subcutânea
Utilizada para administração de vacinas e tipos diversos de insulinas. A absorção ocorre no
endotélio dos capilares vasculares e linfáticos.
Fatores extrínsecos
- Formulações farmacêuticas
- Força de compressão de um comprimido
- Quantidade de excipiente
- Solubilidade
- Afinidade por proteínas plasmáticas
- Forma farmacêutica, etc
Esquema
Efeito Terapêutico
Fase Farmacêutica
É aquela na qual ocorre a liberação do fármaco para ser absorvido. Ocorre a desintegração
(no caso de um comprimido, por exemplo) e a dissolução em meio aquoso, do princípio ativo.
Pontos chaves: quantidade liberada e velocidade de liberação.
Fase Farmacocinética
O nível eficaz do fármaco nos líquidos e tecidos do organismo é determinado pela absorção,
distribuição, biotransformação/metabolismo e pela excreção/eliminação. Pontos chaves: velocidade
de absorção e de excreção e modalidade de biotransformação.
Fase Farmacodinâmica
É a fase em que tem lugar a indução e a emissão da resposta farmacológica, em base aos
níveis de fármaco ativo no plasma e nos tecidos. Trata-se da quantidade do principio ativo que se
ligará aos receptores específicos no Órgão Alvo, que é diretamente proporcional ao efeito
terapêutico alcançado.
MERCADO FARMACÊUTICO
Genéricos
Similares
Medicamentos produzidos por qualquer laboratório, após a expiração de patente pelo 1º
fabricante. Deverá ser comercializado apenas pelo nome ou denominação genérica (nome do P.A)
o que está longe de ser um medicamento Genérico.
Sabe-se que no futuro, os similares deverão receber um nome de marca ou fantasia, sendo o
Genérico, o único medicamento comercializado pela DCI – Denominação Comum Internacional ou
pela DCB – Denominação Comum Brasileira, ou seja, pelo nome do principio ativo principal.
Classificação Farmacológico-Terapêutica
Fármacos Quimioterápicos
- Agentes anti-helmínticos
- Agentes anti-maláricos
- Agentes anti-protozoários
- Agentes anti-sépticos, anti-fúngicos, anti-bacterianos
- Sulfonamidas
- Antibióticos
- Agentes antineoplásicos
- Agentes antivirais
Vitaminas
- Vitaminas Hidrossolúveis
- Vitaminas Lipossolúveis
Hormônios
- Hormônios da hipófise, tireóide, paratireóide, pâncreas
Escola Info Jardins 14
TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Farmacologia
- Hormônios corticóides
- Hormônios sexuais
Agentes Diversos
- Auxiliares de Diagnósticos
Classificação
Toda inflamação caracteriza-se por uma cascata enzimática que ocorre no interior da
corrente sanguínea, envolvendo substâncias específicas. Vejamos o desenho esquemático de todo
processo inflamatório:
Célula afetada
Fosfolipase A2
Ácido Aracdônico
Lipoxigenase Cicloxigenase
Mecanismo de ação:
Derivados da Pirazolona
Apresentam o mesmo mecanismo de ação que os derivados salicilatos.
Exemplos de drogas: Conmel, Novalgina, Magnopyrol (dipirona magnésica)
Exemplos de drogas:
Propifenazona Saridon
Efeitos Adversos
- Náuseas
- Vômitos
- Urticária
- Gastrite
HIPOANALGÉSICOS/PSICOFÁRMACOS
Definição
Estes fármacos são estudados pela Psicofarmacologia, ramo da Farmacologia que estuda a
ação direta ou indireta dos medicamentos sobre o psiquismo, visando a melhora de quadros
mentais.
Os hipoanalgésicos são muito utilizados pelo clínico geral e outros especialistas como uma
forma de intervir a nível psicológico, através do medicamento.
São os analgésicos ENTORPECENTES que apresentam três propriedades farmacológicas
fundamentais como:
- Aliviar a dor
- Induzir ao sono
- Induzir ao vício
(toxicomania com dependência física e psíquica).
O uso destes medicamentos em doses inferiores é tão nocivo quanto às doses excessivas,
pois expõem os pacientes aos riscos de efeitos colaterais, sem o benefício dos efeitos terapêuticos,
por esta razão, devem ser utilizados em dose e posologia adequadas.
Classificação
- Psicotrópicos
- Anticonvulsivantes
De modo geral agem como depressores do SNC – Sistema Nervoso Central, produzindo
analgesia e sonolência, embora, a intensidade varie de acordo com o tipo e a posologia.
Hipnóticos
Psicotrópico
- Ansiolíticos
Diazepan - Valium/Ansilive/Diempax/Kiatrium
Bromazepan – Lexotan/Somalium/Bromazepan
Lorazepan – Lorax/Lorium
- Antidepresivos
Imipramina – Tofranil
Clomipramina – Anafranil
Amitriptilina – Tryptanol
- Anticonvulsivantes
São medicamentos que atuam sobre a epilepsia ou crise convulsiva. Deprimem
seletivamente o SNC sem deprimir a respiração. Utilizados principalmente em pacientes
portadores de epilepsia.
ANESTÉSICOS
Anestésicos Locais
Definição
A anestesia local, também conhecida como anestesia regional ou bloqueio de condução, é a
perda da sensibilidade parcial ou de um território do organismo obtida pela aplicação de uma
substância capaz de bloquear localmente a condução dos impulsos nervosos provenientes de uma
determinada área corporal.
Os anestésicos locais são fármacos capazes de anestesiar os nervos periféricos parcialmente
de uma determinada região, sem a perda da consciência. São amplamente utilizados em anestesia
de mucosa (tópica), espinhal (região lombar), epidural (para grandes intervenções no abdômen e
pelve), e de infiltração (suturas de feridas traumáticas).
Mecanismo de Ação
Atuam bloqueando o potencial de ação das membranas excitáveis.
Anestésicos Gerais
Definição
São fármacos que produzem analgesia, perda da consciência, relaxamento muscular e
redução da atividade reflexa, deprimindo, não seletiva, mas reversivelmente o sistema nervoso
central.
Classificação
Classificam-se, de acordo com a forma farmacêutica e via de administração em:
- Inalantes
- Venosos.
Mecanismo de Ação
Atuam bloqueando o potencial de ação das membranas excitáveis. Pode-se utilizar a mesma
teoria da despolarização de membranas neuronais excitáveis utilizada para os anestésicos locais.
Inalantes
- Halotano – Fluotane/Halothane
- Enflurano – Ethrane
- Éter – Éter anestésico
Venosos
- Tiopental - Thionembutal
- Cetamina – Ketalar
- Geralmente, a título de Adjuntos à Anestesia se utilizam alguns analgésicos potentes
como o Fentanil e a Morfina.
Efeitos Adversos
Anestésicos inalantes podem causar parada circulatória, arritmias, depressão ventilatória,
dano hepático, e por serem carcinogênicos não devem ser administrados a pacientes grávidas
durante o primeiro trimestre de gravidez.
CARDIOTÔNICOS/ANTIARRÍTMICOS/ANTIANGINOSOS
Cardiotônicos ou Digitálicos
Definição
Os digitálicos são substâncias da mais alta importância dentro da farmacologia
cardiovascular, não somente porque já vêm sendo empregados pelo homem há milhares de anos,
mas principalmente pela capacidade que têm de alterar profundamente o funcionamento da célula
cardíaca.
Os digitálicos são extraídos da planta Digitalis lanata e Digitalis purpúrea, por isso recebem
este nome, e por serem tônicos para o coração, são também chamados de Cardiotônicos.
São fármacos capazes de aumentar a força de contratilidade cardíaca nos doentes com
insuficiência cardíaca, não acompanhada de taquicardia ou mesmo de consumo de oxigênio pelas
células cardíacas.
Mecanismo de Ação
Efeito direto sobre a fibra cardíaca, aumentado a contração cardíaca. Agem a nível
molecular como inibidores da enzima ATPase da membrana, desta forma, inibe o transporte de Na
e K para fora da membrana do miocárdio, e também a saída excessiva de cálcio, equilibrando suas
quantidades.
Ca+
ATPase Na+ e K+
Bomba
Intoxicação Digitálica
Uma vez feito o diagnóstico da intoxicação digitálica, deve-se agir imediatamente. Entre as
medidas a serem seguidas são mais importantes as citadas a seguir:
- Suspensão imediata da administração de digitálicos.
- Aplicação de cloreto de potássio, pois melhora significativamente as arritmias produzidas
pelos digitálicos.
- Correção da Hipercalcemia.
Antiarrítmicos
Definição
São fármacos que agem especificamente nas arritmias, diferentemente dos cardiotônicos e
digitálicos.
As arritmias cardíacas decorrem principalmente de alterações de dois sistemas de comando
dos batimentos cardíacos: 1) a origem rítmica de impulsos e, 2) a condução destes impulsos pelas
fibras do miocárdio em intensidade e tempo apropriado. Trata-se de uma anormalidade na iniciação
ou propagação dos estímulos cardíacos gerados pelo Nodo Sino-atrial.
Mecanismo de Ação
Apresentam diversos mecanismos de acordo com a droga utilizada:
Drogas do Grupo I
São os medicamentos que atuam alterando a membrana celular bloqueando a corrente rápida
de entrada de sódio no momento da despolarização. Estabiliza ou deprime a membrana.
Drogas do Grupo II
São os medicamentos que têm a capacidade de bloquear os receptores adrenérgicos do tipo
Beta, portanto são drogas anti-adrenérgicas, simpatolíticas.
Drogas do Grupo IV
São os medicamentos que têm a ação de bloquear a entrada de cálcio e não a de Sódio na
célula cardíaca.
Antianginosos (Vasodilatadores)
Definição
Os antianginosos são fármacos que agem nas crises anginosas.
Na angina do peito nos vasos coronários o fluxo sanguíneo, o suprimento de oxigênio para
os tecidos são inadequados, gerando isquemia. .
Mecanismo de Ação
Atuam por ação direta, promovendo o relaxamento da musculatura lisa dos vasos arteriais,
sem a interferência de mediadores químicos (neurotransmissores). Causam a queda da resistência
periférica, promovendo o esvaziamento ventricular e vasodilatação.
A absorção sublingual gera efeito 1 minuto após a sua administração. Apresenta uma
passagem extremamente rápida pelo fígado, por esta razão considera-se a não participação deste
órgão na biotransformação.
A administração via oral promove efeito logo após 20 a 30 minutos.
Anti-hipertensivos
Definição
São medicamentos que agem e regulam a pressão arterial. Todos os fármacos anti-
hipertensivos atuam por inibição de algum dos sistemas do organismo responsáveis pela
manutenção da pressão arterial (normal ou elevada), independentemente de sua origem.
Classificação
Como a terapêutica da hipertensão arterial é feita usualmente com a associação de duas ou
mais drogas, cumpre conhecer detalhadamente o mecanismo de ação dos diversos anti-
hipertensivos, para se obterem resultados terapêuticos mais satisfatórios, associados a um equilíbrio
hemodinâmico adequado e um mínimo de efeitos colaterais.
A classificação dos anti-hipertensivos para fins didáticos é extremamente difícil, pela
complexidade do mecanismo de ação farmacológica, envolvendo várias estruturas e porque nem
sempre o mecanismo principal de ação está bem esclarecido.
Mesmo assim, baseados no estado atual de conhecimento, conseguiu-se chegar a seguinte
classificação de acordo com os seus respectivos mecanismos de ação farmacológica:
1. Redutores de noradrenalina liberada
2. Estimulantes ou bloqueadores Alfa-adrenérgicos
3. Bloqueadores B-Adrenérgicos
4. Bloqueadores ganglionares
5. Vasodilatadores diretos (sobre a parede vascular)
6. Os que exercem ação no Sistema Renina-Angiotensina
4. Bloqueadores Ganglionares.
É um tratamento abandonado: Bloqueia a transmissão sem modificar os potenciais de membrana
das células ganglionares.
Por liberar histamina deve ser administrado apenas em hospitais e por médicos experientes.
Renina Angiotensinogênio
Rins Sangue
Angiotesina I
Angiotesina II
4. Bloqueadores Ganglionares.
Arfonad (trimetafan)
Terapêuticas
São aquelas que ocorrem dentro do organismo, após a administração do medicamento.
Podem ser ainda:
Farmacocinéticas: São aquelas interações que acontecem antes que as drogas atinjam o
sítio de ação (receptores específicos no órgão alvo), em uma das seguintes etapas: absorção,
distribuição, metabolismo ou biotransformação, e excreção.
Vejamos alguns exemplos daquilo que pode vir a ocorrer:
Absorção
Formação de substâncias insolúveis
Alteração de pH
Alteração da motilidade gastrintestinal
Distribuição
Competição pela ligação a proteínas plasmáticas
Biotransformação
Indução enzimática
Inibição enzimática
Excreção
Filtração glomerular
Secreção tubular
Reabsorção tubular
Sinergismo: Adição
Somação
Potenciação
Farmacodinâmicas
Antagonismo
Alimentar
Tetracilinas c/ leite Complexo insolúvel de Cálcio
Farmacocinéticas
pH ácido + anestésicos locais Absorção
Adrenalina + anestésicos locais Distribuição c/ ↓
ação anestésica
Aspirina + anuovulatório Distribuição c/ ↓
ação anuovulat
Álcool + drogas Metabolismo c/ ↓
ação drogas.
Farmacodinâmica Antagonismo
Heparina + Sulfato de cálcio Complexo insolúvel de cálcio anulando ambos os
efeitos
DIURÉTICOS
Definição
Classificação
Os diuréticos podem ser classificados em seis grupos:
- Inibidores da enzima anidrase carbônica (acetazolamida-Diamox)
- Saluréticos moderados (hidroclortiazida-Clorana; clortalidona-Higroton)
- Saluréticos potentes (furosemida - Lasix)
- Poupadores de potássio (espironolactona-Aldactone,amilorida-Moduretic)
- Osmóticos (sol.manitol 20%: glicose + uréia)
- Mercuriais (sempre associado com a teofilina) s/ fins terapêuticos
Diuréticos
Mecanismos de ação
A compreensão dos mecanismos de ação dos diuréticos foi conseguida através do melhor
conhecimento da fisiologia renal. A utilização racional destas drogas depende, portanto, de um
completo entendimento dos mecanismos normais de reabsorção de água e sódio que se processam
nos rins.
Saluréticos Moderados
Inibição da reabsorção de sódio nos túbulos proximais. Mecanismo ainda desconhecido.
Sabe-se também que estes aumentam a excreção de Na e Cl-.
Saluréticos Potentes
Promovem grande aumento da excreção de sódio pela urina, por inibir a reabsorção deste ao
longo de toda a alça de Henle. Age especificamente na alça de Henle.
Poupadores de Potássio
A aldosterona secretada pela glândulas adrenais, ao ligar-se aos receptores específicos
presentes nos túbulos distais, promove a formação e liberação de uma enzima que inicia os
mecanismos do sistema de troca dos ínos Sódio e Potássio.
Existem aqueles que competem com a aldosterona por receptores específicos localizados nos
túbulos distais: Espironolactona, impedindo a formação da enzima e o sistema de troca iônica.
Existem aqueles que agem por inibição direta da enzima em questão: Triantereno e Amilorida
(Moduretic). Estes apresentam ação mais rápida do que a Espironolactona.
Em caso de aldosteronismo secundário, os demais diuréticos podem causar a eliminação
elevada de potássio, por esta razão se associa diuréticos, pois os diuréticos poupadores de potássio,
potencializam a capacidade dos demais diuréticos de eliminar apenas do Na, desta forma poupa-se
K.
Osmóticos
Atuam diminuindo a reabsorção de água e sódio nos túbulos distais e coletor.
Saluréticos Moderados
Hidroclortiazida-Clorana
Clortalidona-Higroton
Saluréticos Potentes
Furosemida – Lasi
Poupadores de Potássio
Espironolactona-Aldactone
Amilorida-Moduretic
Osmóticos
Solução de manitol 20%
Solução de glicose
Solução de uréia
Mercuriais
Sempre associado com a teofilina s/ fins terapêuticos
Meralurida
Mersalil
Mercurofilina
AGENTES HEMATOLÓGICOS
Definição/Classificação
São os medicamentos que atuam sobre o sangue. Segundo o tipo de efeito produzido ou
desejado, podem ser classificados em:
Antianêmicos
Anticoagulantes:
- Antitrombóticos ou Antiplaquetários
- Fibrinolíticos
Hemostáticos ou Coagulantes
Noções de Hemostasia
Entende-se por hemostasia o mecanismo completo que bloqueia o sangramento, previne
hemorragias espontâneas e evita e gelificação do sangue no sistema vascular. Trata-se de um
processo biológico com a participação de uma cascata enzimática que envolve 13 fatores de
coagulação.
O conceito atual de hemostasia inclui quatro componentes principais, os quais devem
funcionar harmonicamente para que o sangue circule no interior dos vasos, que são:
- Vasos
- Plaquetas
- Sistema de coagulação
- Sistema fibrinolítico
Os Fatores da Coagulação
Fator Nº Nome
I Fibrinogênio
II Protrombina, trombogênio, trombozima
II a Trombina
III Tromboplastina tecidual, tromboquinase
IV Cálcio iônico
V Pro-acelerina, fator lábil
VI Acelerina
VII Pro-convertina, autoprotrombina I
VIII Fator anti-hemofílico alfa, tromboplastinogênio
Antianêmicos
São fármacos usados no tratamento de anemias carenciais. São tipos de anemias causados
por níveis inadequados de substâncias químicas específicas no organismo, sobretudo, ferro,
vitamina B12 ou ácido fólico, todas essenciais para a maturação normal dos eritrócitos e outras
células.
Estes fármacos são, portanto, exemplos de terapia de reposição.
Tipos de anemias
- Anemia normocítica (perda de sangue ou defeitos no sangue)
- Anemia hipocrômica microcítica (deficiência de ferro)
- Anemia macrocítica/megaloblástica (deficiência de vit. B12 ou ácido fólico)
Os agentes antianêmicos exercem ação nestes dois últimos tipos de anemias.
Anticoagulantes
São fármacos que prolongam o tempo de coagulação sanguínea. São usados em diversos
distúrbios cardiovasculares, tais como moléstia reumática cardíaca, infarto do miocárdio,
embolismo pulmonar, doença vascular cerebral, doença vascular periférica e trombose venosa. São
também úteis em alguns casos especiais da oftalmologia, otorrinolaringologia, obstetrícia e cirurgia
ortopédica.
Agem por geralmente inibir a ação ou a formação de um ou mais dos XIII fatores da
coagulação.
Os efeitos adversos dos anticoagulantes são de ocorrência rara. Contudo, tais substâncias
são absolutamente contra-indicadas em algumas doenças especiais, tais como a hemofilia, doença
ulcerativa do trato gastrintestinal, doenças hepáticas ou renais graves, feridas ulceradas expostas e
hipertensão intensa.
Uma vez que tais fármacos atravessam a barreira placentária, durante a gravidez devem ser
usados com precaução. Há necessidade de cuidado na sua administração a mães em período de
lactação.
Dividem-se em:
Antitrombóticos ou Antiplaquetários
Fármacos que impedem e previnem a formação de trombos
(coágulos sanguíneos) e inibem a agregação de plaquetas.
Fibrinolíticos
Fármacos utilizados para dissolver os trombos já formados
até 72 horas de formação.
Hemostáticos ou Coagulantes
São fármacos utilizados em doenças hemorrágicas para estancar sangrias anormais (através
da coagulação do sangue) restabelecendo a hemostasia.
Anticoagulantes:
Antitrombóticos ou Antiplaquetários
AAS - ácido acetilsalicílico
Dipiridamol - Persantin
Ticlopidina - Ticlid
Heparina - Liquemine,Trombofob,Trom
Bocide, Venalot
Warfarina – Marevan
Fibrinolíticos
Estreptoquinase - Streptase, Kabikinase
Alteplase
Anticoagulantes
Hemostáticos ou Coagulantes
Kanakion – Vitamina K
Fitomenadiona – Vitamina K
Aprotinina - Tissucol
Complexo protrombínico humano
Cabazocromo – Adrenoxil
Ácido aminocapróico - Ipsilon
- Fenobarbital - Gardenal
- Fenitoína - Hidantal
- Carbamazepina - Tegretol
- Etosuximida - Zarontin
- Valproato sódico - Depakene
- Diazepan e Clonazepan (para status epilepticus)(Diempax)(Rivotril)
Estabilização da Membrana
Diversos anticonvulsivantes, como a Fenitoína e a Carbamazepina, atuam exercendo ação
depressora ou estabilizante geral membranas celulares neuronais excitáveis. De acordo com esta
teoria, a estabilização das membranas seria responsável pelo efeito anticonvulsivante destas drogas.
HORMÔNIOS DO PÂNCREAS
O pâncreas é uma glândula anexa do Sistema Digestório responsável pela produção de três
hormônios distintos e importantes:
- Insulina
- Glucagon e
- Somatostatina
Insulina
É um hormônio secretado pelas células beta das Ilhotas de Langherans do pâncreas.
A insulina é classificada como um hormônio hipoglicemiante utilizada em vários tipos do
Diabetis. O tratamento do Diabetis pode ser dar através de:
- Dieta específica
- Terapia com insulinas
- Agentes Hipoglicemiantes Orais
Tipos e Classificação
De acordo com a duração da atividade hipoglicemiante:
Vias de administração:
SC, IM e IV (circunstâncias especiais-Soro).
Apresenta efeito 30 minutos após a sua administração, atinge o pico de concentração entre 2
– 4 horas e se esgota entre 6 – 8hs.
Apresentações Comerciais: U20, U40, U80, U100, U500 (USA)
Insulina NPH
O N é de pH Neutro, P de protamina e H de Hagedorn. Apresenta aspecto turvo causado
pelo zinco e pela proteína que existe em seu conteúdo.
Vias de administração:
Somente Subcutânea.
Apresenta efeito de 1-2 horas após a sua administração, atinge o máximo de concentração
entre 8 – 12 hs. Esgota-se entre 24 – 28 hs.
Apresentações Comerciais: U40, U80.
Insulina Monocompetente
É um tipo de insulina extremamente purificada, não tendo atividade antigênica, isto é, não
forma anticorpos, responsáveis por certas reações das insulinas comuns. É muito utilizada em
jovens.
Existem com dois nomes: Actrapid = Simples, Monotard = NPH e são obtidas do pâncreas
do boi e do porco (a insulina que mais se assemelha a insulina humana).
Sangue
Glicose Glicose
Vaso Sanguíneo
[Glicose]
A insulina transporte a glicose livre na corrente sanguínea para dentro das células,
promovendo hipoglicemia, por isso é conhecida como agente hipoglicemiante.
Glucagon
Apresenta atividade inversa a da insulina, e é utilizada clinicamente para eliminar a
hipoglicemia provocada por superdose de insulina.
Sangue
Glicose Glicose
Vaso Sanguíneo
[Glicose]
Somatostatina
É um potente controlador da produção ou excreção tanto da insulina quanto de glucagon.
Atua como hipoglicemiante e hiperglicemiante.
Sangue
Glicose Glicose
HORMÔNIOS CORTICÓIDES/CORTICOSTERÓIDES
Definição
São substâncias sintetizadas a partir do colesterol pelo córtex da glândula adrenal ou supra-
renal, cuja atividade é controlada pelo hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) liberado pela
hipófise.
Mineralocorticóides
Aldosterona
Desoxicortona - Lipocort
Acetato de fludrocortisona (Panotil, Rinofluimicil
Glicocorticóides
Fluormetolona - Flumex
Flurandrenolida - Drenison
Pivalato de flumetasona - Losalen, Locorten
Cortisona - Rinocortisol
Hidrocortisona - Flebocortid, Meticorten
Prednisolona - Deltacortril
Metilprednisolona - Depo-medrol, Solu-medrol
Dexametasona - Betnovate, Celestone, Diprospan
HIPOGLICEMIANTES ORAIS
Definição
São fármacos utilizados para corrigir os níveis de glicemia sérica, diminuindo-a. Geralmente
são indicados para pacientes com o diabetis inicial, cujo início se dê após os 40 anos de idade.
Sulfoniluréias:
- Carbutamina - Nadisan
- Tolbutamina - Rastinon
- Clorpropamida - Diabinese
- Glibenclamida - Daonil
- Glibizida - Minidiab
Biguanidas:
- Metformina - Glucophase, Glucobay
- Fenformina - Debei
Mecanismo de Ação
Sangue
Glicose Glicose
Vaso Sanguíneo
[Glicose]
Sulfoniluréias
Acredita-se que estas estimulam a liberação de insulina das células beta das ilhotas de
Langherans, reduzem a captação hepática da insulina secreta endogenamente e suprimem
diretamente a liberação de glucagon.
Biguanidas
Inibem várias seqüências metabólicas que geram glicose e também inibem a gliconeogênese
hepática, além de diminuir os níveis séricos de triglicérides e colesterol. Agem por outros
mecanismos também, desnecessários citá-los aqui.
VITAMINAS
Definição
As vitaminas são compostos orgânicos (carbono) relativamente simples, entretanto, o
organismo humano não é capaz de sintetiza-las, devendo ser fornecidas em quantidades adequadas
na dieta.
Classificação
Vitaminas lipossolúveis - A D E K
Vitaminas hidrossolúveis - Todas do complexo B + vitamina C.
Principais Drogas
Vitaminas lipossolúveis
Vitamina A (retinol) Arovit/Hipoglós pomada
Vitamina D (colecalciferol) Arovit/Hipoglós pomada
Vitamina E (Tocoferol) Ephynal
Vitamina K (Fitomenadiona) Kanakion/Synkavit
Vitaminas hidrossolúveis
Vitamina B1(Tiamina) Benerva
Vitamina B2 (Riboflavina) Betavitina
Vitamina B6 (Piridoxina) Benexol
Vitamina B12 (Cianocobalamina) Cianocobalamina
Vitamina C (Ácido ascórbico) Redoxon
Ácido Nicotínico/Nicotinamida/Niacina Biotina Nicopaverina
Ácido Pantotênico(Pantotenato de Cálcio)
Principais Impactos
A hipervitaminose por vitaminas hidrossolúveis não provoca nenhum dano tóxico ao
indivíduo, pois é sempre muito bem excretada pela urina, salvo casos de nefropatia. Já a
hipervitaminose por vitaminas lipossolúveis causa toxicidade em alto grau.
- Antivirais
- Antineoplásicos(quimioterapia)
Todo o quimioterápico, de acordo com a ação que vai exercer sobre o microrganismo podem
ser:
Agentes alquilantes:
- Ciclofosfamida - Enduxan
- Clorambucil - Leukeran
Antimetabólitos:
- Metotrexato - Methotrexate
- Citarabina - Aracytin
- Azatioprina - Imuran
- Fluoruracil - Efurix
Compostos Platínicos:
- Carboplatina
- Cisplatina
Antibióticos Específicos:
- Bleomicina - Blenoxane
- Doxorrubicina - Adriblastina
Derivados vegetais da vinca:
- Vimblastina - Velban
- Vincristina - Oncovin
Mecanismo de Ação
Agentes Alquilantes
Atuam sobre os ácidos nucléicos e proteínas.
Antimetabólitos
Atuam na síntese de ácidos nucléicos.
Compostos Platínicos
Interferem na ação do DNA em processos subseqüentes a sua formação.
Antibióticos Específicos
Reagem com o DNA ou efetuam ligação com ele.
Derivados Vegetais da Vinca
Inibem o processo mitótico (mitose).
Definição
São substâncias ou mediadores químicos liberados nas fendas sinápticas, durante a
transmissão do impulso nervoso juntamente com a ocorrência do potencial de ação
(despolarização), envolvendo apenas os SNA simpático e parassimpático.
Noções de Anatomia
SNC: Encéfalo (cérebro, cerebelo e bulbo) e medula espinal.
SNA: Simpático (tóraco-lombar) e Parassimpático (crânio sacral)
Receptores
SNASimpático/Adrenérgicos Alfa1,Alfa2,Beta1,Beta 2
SNAParassimpático/Colinérgicos Muscarínicos/Nicotínico
Neurônio Pós-ganglionar
00
00
Receptores da Noradrenalina
DROGAS ADRENÉRGICAS/SIMPATOMIMÉTICAS
Definição
São fármacos que produzem efeitos similares às respostas do estímulo de nervos
adrenérgicos quando estimulados pela Noradrenalina endógena.
Acreditava-se que a droga que produzia tal efeito fosse a adrenalina, por esta razão este tipo
de transmissão recebeu o nome de Transmissão adrenérgica, entretanto, sabe-se hoje que o
responsável é o neurotransmissor Noradrenalina (norepinefrina, epinefrina ou levarterenol).
Outros de menor importância são a dopamina e a efedrina. São chamados de catecolaminas
por apresentarem uma estrutura química com núcleo catecólico.
Classificação
Vasopressores
Dopamina – Revivan
Efedrina ou etilefrina – Efortil
Fenilefrina ou isoprenalina ou noradrenalina
- Norepinefrina
Broncodilatadores
Atuam nos receptores beta adrenérgicos, relaxando as contrações da musculatura lisa.
Efedrina ou epinefrina – Adrenalina
Isoprenalina
Salbutamol – Aerolin
Terbutalina – Bricanyl
Fenoterol – Berotec (muito usado com o broncodilatador Atrovent)
Descongestionantes Nasais
Atuam nos receptores alfa adrenérgicos, promovendo vasoconstrição das arteríolas da mucosa
nasal.
Efedrina
Epinefrina – Adrenalina
Fenilefrina - Coldrin
Fenilpropanolamina – Naldecon (retirado do mercado)
Nafazolina - Privina
Oximetazolina – Afrin
Fenoxazolina - Aturgyl
Anorexígenos
Anfepramona
Anfetamina
Femproporex
Fenfluramina
DROGAS COLINÉRGICAS/PARASSIMPATOMIMÉTICAS
Definição
São fármacos que produzem direta ou indiretamente os efeitos similares aos causados pela
Acetilcolina endógena. Aqueles de ação indireta são chamados de Anticolinesterásicos. Os
fármacos colinérgicos de ação direta com interesse terapêutico são:
Acetilcolina
Carbacol - Miostat
Metacolina – Frixodon, Polmagex
Pilocarpina – Isopto Carpine, Pilocarpina.
Droga de escolha no tratamento de glaucoma de ângulo aberto.
Muscarina
Já os fármacos colinérgicos de ação indireta (Anticolinesterásicos) são:
Neostigmina - Prostigmine
Piridostigmina - Mestinon
Demecário - Frumtosnil
Fisiostigmina - Leodine
Ecotiopato - Fosfolina
São assim denominados por agirem inibindo a enzima acetilcolinesterase, que atua inibindo
(degradando) a acetilcolina liberada, aumentando a quantidade deste neurotransmissor nos sítios
(receptores).
Classificação
- Isoprenalina
- Sotalol - Sotacor
- Metoprolol - Seloken
- Atenolol - Atenol
- Propanolol - Inderal, Propanolol
- Nadolol - Corgard
DROGAS ANTI-COLINÉRGICAS/BLOQUEADORES
COLINÉRGICOS/PARASSIMPATOLÍTICAS
Definição
São fármacos que bloqueiam a atividade resultante da ação da acetilcolina. Podem ser
antimuscarínicos (bloqueiam receptores muscarínicos), ganglioplégicos, quando inibem e atuam
nas sinápses ganglionares (nicotínicos) e bloqueadores na junção neuromuscular.
Antimuscarínicos principais
- Atropina - Atropina
- Escopolamina - Buscopan
- Homatropina - Novatropina
- Tropicamida - Mydriacyl
ANTIBIÓTICOS
Definição
São fármacos formados de substâncias químicas muito diferentes entre si, produzidas
originalmente por certas espécies de cogumelos ou bactérias, possuindo como característica comum
o fato de exercerem atividade bacteriostática ou bactericida sobre os germes susceptíveis (sensíveis
a determinado fármaco).
Por microrganismo
- Antibacterianos
- Antifúngicos
- Antivirais
- Antinparasitários
- Antiprotozoários
Por origem
- Antibióticos (produzidos por fungos naturalmente)
- Quimioterápicos (sintéticos)
Pelo efeito exercido sobre os microrganismos
- Bactericida, bacteriostático
- Fungicida, fungistático
- Viricida, virustático
De acordo com o espectro de atividade
- Antibióticos de amplo espectro
Canamicina, gentamicina, neomicina, algumas cefalosporinas, cloranfenicol e
algumas penicilinas (ampicilina, cabenicilina) e as tetraciclinas.
- Antiamebianos
Fumagilina, paromomicina, puromicina.
- Antibióticos antineoplásicos
Estudado em quimioterapia.
Mecanismo de Ação
Os antibióticos podem atuar de quatro maneiras distintas:
1. Prejudicando a formação da parede celular
2. Desorganizando a membrana celular
3. Impedindo a divisão dos cromossomos
4. Bloqueando a síntese das proteínas
Racionalização de drogas
O uso racional de qualquer droga é fator importante em todos os casos e essencial no que
tange os antibióticos, pois podem desenvolver resistências.
PENICILINAS
Mecanismo
Dependendo da concentração podem ser bactericida ou bacteriostática.
Indicações
Infecções graves produzidas por gram-positivos; pré operatório em pacientes portadores de
alterações valvulares cardíacas; pacientes submetidos a tratamento por corticóide.
Vias de Administração: Oral, IV, IM. Outras vias possíveis são: retal, inalações, intratecal (intra-
raquidiana).
Ampicilina Ampicil
Ampicilin
Binotal
Policilin
Carbenicilina Carbenicilina
Pyopen
Cloxacilina Bactopen
Cloxacilina
Oxacilina Staficilin N
Fenoximetilpenicilina Pen-Ve-Oral
(penicilina V)
Amoxicilina Amoxil
Amoxilin
Benzoral
Hiconcil
Novocilin
TETRACICLINAS
As tetraciclinas apresentam-se sob a forma de sólido cristalino, de cor amarela inodoro.
Tetraciclina Acromicina
Tetraciclina
Tetrex
Oxitetraciclina Terramicina
Doxicilina Vibramicina
Definição e Classificação
O sistema energético dos animais é essencialmente aeróbico, isto é, dependente de oxigênio,
e se desenvolve em cadeia regenerativa para a liberação progressiva de energia acumulada.
O aparelho respiratório é responsável pelas trocas gasosas entre o organismo e o meio
ambiente. É o sistema nervoso central que coordena a ação dos músculos respiratórios que
executam o trabalho necessário para a ventilação pulmonar vencendo as resistências aerodinâmicas
oferecidas pelas vias aéreas.
São fármacos que atuam sobre a tosse de maneira geral, e podem ser classificados em:
- Antitussígenos
- Expectorantes/Mucolíticos
- Broncodilatadores (como os corticóides)
Antitussígenos
São os fármacos utilizados como calmantes da tosse improdutiva, quando não há presença
de secreções nas vias aéreas.
A tosse é um reflexo de defesa do aparelho respiratório e visa à eliminação de substâncias
estranhas que se apresentem nas vias aéreas.Caracteriza-se por uma expiração explosiva,
desencadeada pela abertura da glote após uma fase em que há grande aumento da pressão das vias
aéreas. Algumas vezes, o ato da tosse não é produtivo, não se acompanhando de aumento da
secreção e torna-se extenuante, incomodando muito ao paciente, como resultado de irritação da
mucosa, apresentando fundo nervoso.
A depressão do reflexo da tosse geralmente é conseguido com os derivados da morfina:
codeína e afins.
Expectorantes/Mucolíticos
São os fármacos destinados a fluidificar as secreções brônquicas, muco, por isso
mucolíticos.
Broncodilatadores
São os fármacos que dilatam os brônquios, facilitando a saída das secreções, propiciando
melhor respiração.
Antitussígenos
- Codeína - Setux, Belacodid e Resprin
- Dextrometorfano - Silencium
Expectorantes/Mucolíticos
- N-acetilcisteína - Fluimucil
- Iodeto de Potássio - Iodeto de Potássio
- Guaiacol -
- Cloreto de amônio – EACA Balsâmico
- Ipeca – Fenergan Expectorante
Broncodilatadores
São normalmente utilizados para alívio das crises de dispnéias agudas ou prevenção destas. Muito
usados em portadores de asma.
Definição e Classificação
São os fármacos destinados a:
- Alterar, em quantidade ou qualidade, as secreções digestivas
- Interferir na motilidade das estruturas do TGI.
Antiácidos/Antiulcerosos
São medicamentos que neutralizam o ácido clorídrico gástrico. São utilizados no alívio
sintomático de gastrite crônica e úlcera péptica.
Hidróxido de alumínio (Aldrox), Hidróxido de magnésio, Cimetidina (Tagamet), Ranitidina
(Antak).
Antiemético
São medicamentos eficazes contra o vômito.
Metoclopramida (Plasil), Dimenidrinato (Dramin), Clorpromazina.
Antieméticos
Laxantes ou Catárticos
São medicamentos que auxiliam o trânsito do conteúdo intestinal, facilitando a evacuação.
Bisacodil (VO e supositórios) - Ducolax, Picossulfato de sódio, óleo de rícino (forte, portanto,
purgativo, Laxol), supositório de glicerina, fenolftaleína + óleo mineral (Agarol).
Antidiarréicos/Constipantes
São medicamentos que eliminam a diarréia.
Elixir palegórico, Difenoxilato, Ioperamida.
Antifiséticos/Antigases
São medicamentos usados para impedir o acúmulo de gases no interior do TGI.
Dimeticona (Luftal).
Antiespasmódicos
São medicamentos que tem a capacidade de diminuir o tônus e o peristaltismo intestinal.
Ocorre um retardo no esvaziamento gástrico em tratamento de úlcera péptica duodenal.
Atropina (Atroveran), Hioscina (Buscopan), Hioscina+dipirona (Buscopan Composto).
Antiespasmódicos
CÁLCULO DE MEDICAÇÃO
Cálculo de Gotejamento
A Bomba de Infusão ( BI ) é hoje um grande auxílio no controle do volume infundido. Porém,
nem sempre ela está disponível para uso. Por isso é importante saber fazer o cálculo de
gotejamento.
Macrogotas / Fórmula
Nº de gotas/min = V
Tx3
V = volume em ml
T = tempo em horas
Exemplo 1:
Quantas gotas deverão correr, em um minuto, para administrar 1.000ml de soro glicosado
( SG ) a 5% de 6 em 6 horas ?
Microgotas / Fórmula
nº de microgotas / minuto = V
T
Podemos fazer o cálculo do número de microgotas de uma outra maneira. Como uma gota é igual a
3 microgotas, então temos:
nº de microgotas = nº de gotas x 3
nº gotas /min = V
Tx3
nº de microgotas = 25 x 3 = 75
Exercícios:
Volume = SG 5% 500ml
Utilizando a fórmula:
nº de gotas / min = V x 20
nº de minutos
V = 100ml
nº de minutos = 30
Então:
nº de microgotas / min = 67 x 3 = 201
Exercício:
Volume: SF 0,9% 60 ml.
SOLUÇÕES
Conceito
Solução é uma mistura homogênea composta de duas partes distintas:
Transformando o Soro
O soro é uma solução injetável e muito utilizado para hidratação e alimentação do paciente. Os mais
SGF – 500ML
Vamos lá?
Exemplo 1:
BIBLIOGRAFIA
As obras indicadas e utilizadas para a elaboração desta apostila e para a implementação das aulas da
disciplina de Farmacologia são:
Silva, Naíma S. e colab. – Manual de Drogas e Soluções, Editora EPU, São Paulo, 1996.