Professional Documents
Culture Documents
RESUMO
_________________________________
Ser eficiente é desenvolver tarefa ou produto sem cometer erros, com ótimo
resultado e com o mínimo de desperdícios (DICIO). O termo eficiente está
diretamente ligado à eficácia, que é a obtenção do resultado esperado (DICIO),
portanto, quando se fala em eficiência energética, entende-se que é obter o nível de
energia necessário para realização da tarefa, de forma correta, e sem desperdícios
de energia.
Esta perspectiva apresentada, e que está se tornando uma realidade cada vez mais
presente como exigência de mercado, será indispensável para as organizações que
projetam sucesso e visam um próspero futuro para seu patrimônio e visualizam
também, como oportunidades de marketing e de indústria preocupada com as
questões ambientais. Segundo dados divulgados pela EPE (Empresa de Pesquisa
Energética), o consumo de energia elétrica no Brasil oriundo da indústria em 2014
foi de 178,055 Gw/h, valor que representa 38% do consumo total de energia elétrica
no mesmo período. Entende-se que esta perspectiva deve encorajar as indústrias a
buscarem soluções, mecanismos de conservação de energia, incentivo do governo
por meio de leis e decretos e programas de implantação de projetos de melhoria.
Nesse sentido, as empresas poderão viabilizar formas de economizar energia
elétrica nas mais diversas classes de equipamentos, métodos de produção e
disseminar políticas de conscientização sustentadas pela otimização de gastos e
pela necessidade do reaproveitamento de energia.
Trata-se da quantidade de luz total emitida pela fonte de iluminação. Para MOREIRA
(1999, p. 17) o fluxo luminoso é a “grandeza característica de um fluxo energético,
exprimindo sua aptidão de produzir uma sensação luminosa no ser humano através
do estimulo da retina ocular”. Ou seja, é a capacidade de fonte em causar sensação
de iluminação no ambiente em torno desta fonte. Sua unidade de medida é o Lúmen
(𝜑).
Para MOREIRA (1999, p. 18) iluminância é o “fluxo luminoso incidente por unidade
de área iluminada”. Também conhecida como iluminamento, trata-se de uma das
unidades mais importantes dentro da luminotécnica e pode ser entendida como a
quantidade de luz irradiada em uma superfície determinada. Sua unidade de medida
é o LUX. Atualmente, a norma brasileira ABNT NBR ISO-CIE 8995-1 de 2013
regulamenta os níveis de iluminância interna nos postos de trabalho levando em
consideração os seguintes fatores:
- segurança;
- economia;
- experiência prática.
𝐼
𝐸=
ℎ2
(l. α. cos³ α)
𝐸=
ℎ²
Segundo SILVA (2012, p. 22) “Índice de reprodução de cor é a grandeza que define
o quanto a luz artificial consegue imitar a luz natural do sol”. O IRC é expresso em
uma escala de 0 a 100. Quanto melhor for a capacidade da fonte de luz em simular
a luz natural, mais próximo de 100 será esta medida, e quanto menor, mais próximo
de 0. Lâmpadas incandescentes ou halógenas possuem IRC igual a 100, pois sua
forma de luz simula o sol (SILVA, 2012).
φ
𝑛=
𝑤
𝑃 = 𝑈. 𝑖
Lâmpadas LED ou diodos emissores de luz são fontes de iluminação artificial. São
compostos por semicondutores (materiais que estão no extremo entre condutor e
isolante), utilizados na conversão de energia elétrica em luz.
Tipos de lâmpadas Potência por ponto instalado Iluminância média por ponto
Cálculos:
Payback do Investimento
Potência por
Altura
Local Iluminância Média Refletor Usa Angulação
Tipo de Lâmpada (Pé
Medido por Local (LUX) Instalado Reator do Refletor
Direito)
(W)
1 1020 480 Vapor de Sódio SIM 2M 30°
2 116 480 Vapor de Sódio SIM 4M 15°
3 80 480 Vapor de Sódio SIM 2M 60°
4 106 480 Vapor de Sódio SIM 4M 60°
5 402 480 Vapor de Sódio SIM 2M 45°
6 80 480 Vapor de Sódio SIM 5M 45°
480 Vapor de Sódio SIM 5M 15°
480 Vapor de Sódio SIM 5M 15°
7 350
330 Vapor Metálico SIM 5M 15°
330 Vapor Metálico SIM 5M 15°
8 140 330 Vapor Metálico SIM 5M 15°
9 740 480 Vapor de Sódio SIM 3M 60°
10 365 330 Vapor Metálico SIM 4M 45°
11 465 480 Vapor de Sódio SIM 3M 45°
12 477 480 Vapor de Sódio SIM 3M 60°
13 185 480 Vapor de Sódio SIM 3M 45°
14 117 480 Vapor de Sódio SIM 5M 15°
15 158 330 Vapor Metálico SIM 3M 60°
16 177 480 Vapor de Sódio SIM 3M 60°
17 185 480 Vapor de Sódio SIM 2M 45°
18 620 480 Vapor de Sódio SIM 3M 45°
19 670 330 Vapor Metálico SIM 3M 15°
20 140 160 Vapor Mista NÃO 3M 15°
21 520 480 Vapor de Sódio SIM 3M 45°
22 140 480 Vapor de Sódio SIM 3M 45°
23 IMPOSSÍVEL MEDIR* 480 Vapor de Sódio SIM 2M 60°
24 IMPOSSÍVEL MEDIR* 330 Vapor Metálico SIM 4M 15°
25 220 330 Vapor Metálico SIM 3M 45°
26 250 480 Vapor de Sódio SIM 3M 45°
27 217 480 Vapor de Sódio SIM 3M 45°
28 250 330 Vapor Metálico SIM 2M 60°
29 265 330 Vapor Metálico SIM 2M 15°
30 300 480 Vapor de Sódio SIM 3M 45°
31 400 480 Vapor de Sódio SIM 5M 15°
32 350 480 Vapor de Sódio SIM 3M 45°
33 IMPOSSÍVEL MEDIR* 480 Vapor de Sódio SIM 4M 45°
34 IMPOSSÍVEL MEDIR* 480 Vapor de Sódio SIM 4M 45°
35 444 480 Vapor de Sódio SIM 3M 45°
36 55 480 Vapor de Sódio SIM 3M 45°
Fonte: O autor (2015).
Com base nos dados levantados, os valores de potência instalada podem ser
observados na Tabela 2. Foi considerada por ponto instalado, a potência da
lâmpada somada a potência do reator, conforme os dados de placa demonstrados
nas tabelas da secção 3.1.3:
Com base nos dados levantados, foi calculado o consumo considerando o valor R$
0,24 (valor pago pela fábrica por KW/h). Considera-se que as lâmpadas funcionam
24 horas por dias, sete dias por semana. Devido à dificuldade em quantizar
intervenções de manutenção nestas luminárias, não foi possível incluir no cálculo os
gastos mensais médios com manutenção. Diante dessas informações é possível
obter a Tabela 3.
Nos dados levantados em campo, foram identificados três tipos de lâmpadas e dois
modelos de reatores. Os dados de placa (especificação) das lâmpadas/reatores são
apresentados nas Tabelas 4 a 8. Posteriormente neste trabalho estes dados irão
auxiliar na determinação da economia obtida com o retrofit deste sistema.
Corrente (A) -
Potencia (W) 150
Tensão Mínima (V) 90-270
Fluxo Luminoso (𝜑) 16.650
Eficiência Luminosa (𝜑/W) -
Temperatura de Cor (K) 4000/5000/5700
IRC >80
Vida Útil (horas) 80.000
Fonte: HDA (2015).
Corrente (A) -
Potência (W) 169
Tensão Mínima (V) 90-305
Fluxo Luminoso (𝜑) 12.839
Eficiência Luminosa (𝜑/W) 98Lm/W
Temperatura de Cor (K) 5000 a 6000k
IRC >70
Vida Útil (horas) 50.000
Fonte: CONEXLED (2015).
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑚𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙 = 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑙𝑎𝑑𝑎 𝑥 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑎 𝑥 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑠𝑒𝑚𝑎𝑛𝑎 𝑥 4 𝑥 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐾𝑊/ℎ
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙 = 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑙𝑎𝑑𝑎 𝑥 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑎 𝑥 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑠𝑒𝑚𝑎𝑛𝑎 𝑥 52 𝑥 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐾𝑊/ℎ
Altura/Ângulo 2m, 30° 2m, 15° 2m, 45° 2m, 60° 3m, 30° 3m, 15° 3m, 45° 3m, 60°
Quantidade
0 1 2 0 0 2 12 4
instalada
Altura/Ângulo 4m, 30° 4m, 15° 4m, 45° 4m, 60° 5m, 30° 5m, 15° 5m, 45° 5m, 60°
Quantidade
1 1 1 1 0 7 1 0
instalada
Fonte: O autor (2015).
(𝐼𝛼. 𝑐𝑜𝑠³ 𝛼)
𝐸=
ℎ²
Altura/Ângulo 2m, 30° 2m, 15° 2m, 45° 2m, 60° 3m, 30° 3m, 15° 3m, 45° 3m, 60°
Situações
0 1 2 0 0 2 12 4
encontradas
E 961,03 1336,8 518,2 188,9 427,13 594,1 518,2 83,9
Altura/Ângulo 4m, 30° 4m, 15° 4m, 45° 4m, 60° 5m, 30° 5m, 15° 5m, 45° 5m, 60°
Situações
1 1 1 1 0 7 1 0
encontradas
E 240,26 334,2 129,6 47,2 153,77 213,9 82,9 30,2
Fonte: O autor (2015).
Após realização dos cálculos, observou-se que alguns pontos ficaram com índices
de iluminância abaixo de 100 LUX, nível determinado pela ABNT NBR ISO-CIE
8995-1. Nestes casos recomenda-se a utilização de lentes com fachos de abertura
12x120º. A Figura 8 demonstra graficamente os níveis de intensidade luminosa
obtido com esta lente, e a Tabela 14 explana os níveis de iluminância obtidos com a
lente 12x120º nas situações onde a lente 120x120º não atendeu à necessidade:
Situações encontradas 1 1 4
E 334,3 190,4 338,4
Fonte: O autor (2015).
Figura 8: Curva de Intensidade Luminosa com Lente 12x120º.
4 Resultados e Discussões
5 Conclusão
REFERÊNCIAS